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Aspectos gerais das Unidades de Terapia Intensiva. Professora: Ingrid Oliveira - Enfª/ UFPA Especialista em Saúde do Idoso/UFPA Mestranda em Enfermagem PPGENF/ UFPA Organização, estrutura e funcionamento das UTI’s RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010 Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. TRABALHANDO ALGUNS CONCEITOS O QUE É CTI? O QUE É UTI? SÃO A MESMA COISA? CTI UTIDenomina-se Centro de Terapia Intensiva o conjunto de UTI’s agrupadas em um mesmo local; Unidade de Terapia Intensiva; Unidade que abriga pacientes que requeiram assistência médica, de enfermagem, laboratorial e radiológica initerrupta. Unidade específica dentro de um CTI (coronariana, dentro de uma CTI (coronariana, neonatal, pedi neonatal, pediátrica, etc ). LOCALIZAÇÃO ● Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. ● Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia. CLASSIFICAÇÃO ● De acordo com a Faixa Etária: ○ Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias; ○ Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a 18 anos incompletos; ○ Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14 anos. ■ Obs. : Pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos incompletos podem ser atendidos nos Serviços de Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com o manual de rotinas do Serviço. ● É obrigatória a existência de UTI em todo hospital com capacidade igual ou superior a 100 leitos. ● O número de leitos de UTI em cada hospital deve corresponder entre 6% e 10% do total de leitos existentes no hospital, a depender do porte e complexidade deste, e levando-se em conta os seguintes parâmetros referenciais: ○ 5% de leitos UTI Adulto em se tratando de Hospitais Gerais; DISTRIBUIÇÃO DE LEITOS ○ 5% de leitos UTI Pediátricos em relação ao total de leitos pediátricos do Hospital; ○ 5% de leitos de UTI Neonatal em relação ao número de leitos obstétricos do Hospital; ○ 10% de leitos de UTI Especializada, em se tratando de Hospitais Gerais que realizem cirurgias complexas como Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e que atendam trauma e queimados. QUAL A EQUIPE BÁSICA? ● Responsável Técnico Médico –Médico Intensivista. ● 1 Médico para cada 10 leitos. ● Enfermeiro assistencial exclusivo para a unidade e gerente de enfermagem. ● Técnicos de Enfermagem. ● Fisioterapeutas. ● Nutricionistas. ● Auxiliar administrativo. ● Serviço de Higienização. INFRAESTRUTURA ● Área coletiva de tratamento adulto, em UTI adulto; ● Área coletiva de tratamento de Neonatologia em UTI neonatal; ● Quarto de isolamento; ● Posto/ Área de Serviços de Enfermagem; ● Área para prescrição médica; ● Sala de utilidades; ● Sala administrativa; ● Copa; ● Rouparia; ● Sala de preparo de Equipamentos/ Material; ● Depósito de Equipamentos/ Material; ● Sanitário com vestiário para funcionários; ● Sanitários ou banheiros para pacientes em UTI adulto ou pediátrica; ● Sala de espera para acompanhantes e visitantes; ● Sanitário para o público; ● Depósito de material de limpeza; ● Sala de reuniões; ● Quarto de plantão com banheiro; ● Área de estar com a equipe; CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES ● POSTO DE ENFERMAGEM: ○ Deve estar instalado de forma a permitir completa observação dos leitos; ○ Deve dispor de observação visual ou por meio eletrônico, devendo neste caso dispor de uma central de monitores; • No mínimo 1 Posto para cada 10 leitos. ● ÁREA COLETIVA DE TRATAMENTO ○ Divisórias retráteis ou não, entre os leitos, em UTI pediátrica ou adulto; ○ Lavatórios exclusivos para o uso da equipe de assistência, obedecendo à proporção de 1 lavatório para cada 5 leitos ou 1 para cada quarto, em caso de quarto privativo. ● ISOLAMENTO ○ Deve ser previsto 01 Quarto de Isolamento, com sanitário ou banheiro, para cada 10 leitos de UTI, ou fração. ○ O Quarto de Isolamento deve ser provido de antecâmara e lavatório exclusivo para uso da equipe de assistência, além de bancada com pias de despejo. SOBRE AS ROTINAS... ● Toda UTI deve estabelecer, por escrito, um manual de rotinas de procedimentos, elaborada em conjunto com os setores afins do hospital (CCIH, Farmácia, Serviço de Manutenção, dentre outros), e que contemple, no mínimo, os seguintes tópicos: ○ Procedimentos médicos. ○ Procedimentos de enfermagem. ○ Processamento de artigos e superfícies. ○ Controle de manutenção dos equipamentos. ○ Procedimentos de biossegurança. ○ Transporte intra-hospitalar. UTILIDADES EM UTI ● Energia Elétrica: Mínimo de 11 tomadas por leito sendo desejável 16 (110 e 220V) aterradas a 1 m de altura do piso. ● Iluminação: Iluminação natural acrescida de iluminação geral com diminuição de intensidade da luz em períodos noturno e madrugada. ● Abastecimento de água: Deve possuir lavatório para o posto de enfermagem e em locais de manipulação de insumos. É ideal também um lavatório na entrada da unidade para visitantes. É desejável que haja abastecimento de água quente e fria, não apenas para cuidados com cliente, mas também para os profissionais. ● Sistema de gases e vácuo: Oxigênio, ar comprimido e vácuo 24h. Mínimo de 2 saídas de O2 por leito, 01 de Ar comprimido e 02 pontos de vácuo por leito. ● Pisos: Laváveis, isolantes do ponto de vista elétrico e térmico, de coloração que facilite a identificação de sujidade e não interfira na iluminação (sem refletir a luz) e ajude a absorver o som. ● Teto: Material com alta capacidade de absorção acústica, recomendável possuir protetor para as lâmpadas .Contínuo e resistente aos processo de limpeza. ● Portas (em caso de quartos): Vão mínimo de 1,10m, material lavável. A porta principal de entrada deve ter, no mínimo, 2,0m de largura e 2,10m de altura. RECURSOS MATERIAIS MÍNIMOS ● Carro de Emergência com Cardioversor ● Monitor Multiparâmetros e Ventilador Mecânico(a cada leito). ● Ventilador Móvel ● Cilindros de gases para transportes. ● Aparelho de ECG. ● Biombos ● Hamper ● Maca ● Mesas para procedimentos ● Mesas de refeição ● Suportes para soro ● Escadinhas ● Bombas de infusão ● “Kit’s” de procedimentos – Compostos por materiais padronizados fornecidos pelo setor de farmácia/almoxarifado. ● Impressos específicos contemplando os parâmetros de assistência ao paciente crítico. ALGUMAS NORMAS E ROTINAS DA ENFERMAGEM ● QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ROTINAS DE ENFERMAGEM EM UTI? ● Aferição dos sinais vitais em impresso específico; ○ O horário padrão para verificação dos sinais vitais serão: 2/2h- 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 2, 4; 4/4h- 10, 14, 18, 22, 06; 6/6h- 10, 16, 22, 04; 8/8h- 16, 24, 8. ● Comunicar alterações ao enfermeiro; ● Mensuração de dor; ● Realizar avaliação neurológica (nível de consciência, resposta motora) ● Auxiliar o enfermeiro e o médico em procedimentos específicos; ● Realizar todos os procedimentos relacionados à higiene e conforto do paciente; ● Aferição dos sinais vitais em impresso específico; ○ O horário padrão para verificação dos sinais vitais serão: 2/2h- 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 2, 4; 4/4h- 10, 14, 18, 22, 06; 6/6h- 10, 16, 22, 04; 8/8h- 16, 24, 8. ● Comunicar alterações ao enfermeiro; ● Mensuração de dor; ● Realizar avaliação neurológica (nível de consciência, resposta motora) ● Auxiliar o enfermeiro e o médico em procedimentos específicos; ● Realizar todos os procedimentos relacionados à higiene e conforto do paciente; ● Identificação do cliente - pulseiras e placas a beira leito. ● Identificação e troca dos sistemas de infusão; ● Realizar balanço hídrico no mínimo a cada 2 horas; ● Monitorização cardíaca; ● Cuidados comsondas e drenos - fixação da SVD. ● Observar fixação e posicionamento da cânula endotraqueal e TOT; ● Prevenção de quedas; ● Integridade da pele – mudança de decúbito a cada 2 horas; ● Administração de drogas vasoativas; ● Administração de dietas – cuidado com sondas (verificar posição da sonda, elevar o decúbito do paciente a 30°, observar distensão abdominal, náuseas, vômitos, diarreias); ● Privacidade do paciente; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVE Quais os sinais e sintomas que indicam agravamento do quadro clínico do paciente? a internação em UTI são: • Infarto Agudo do Miocárdio; • Desconforto Respiratório; • Acidente Vascular Cerebral; e • Hipotensão arterial refratária. EQUIPAMENTOS Termômetro Oxímetro de pulso: Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. verifica a taxa de saturação do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua. Eletrocardiográfico, com freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax. EQUIPAMENTOS • Monitor de pressão arterial • Não-invasivo (Esfigmomanômetro) • Invasivo (por punção arterial em geral a radial) • Capnógrafo • Monitor Cardíaco - Efetua o controle do débito cardíaco • Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. • O cateter é colocado no nariz e a máscara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. • Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traquéia sob anestesia e sedação. • Permite a conexão do ventilador mecânico com os pulmões. • A permanência pode ser de curta duração, até horas, ou semanas. • Ventilador Mecânico - Aparelho que permite a entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e segurança do sistema respiratório. • O processo de retirada do ventilador mecânico é chamado de desmame ventilatório, que é gradual. CATETERES Sonda naso-enteral ou nasogástricas: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é introduzida sonda maleável de baixo calibre. Dietas especiais designadas Dietas Enterais, são mantidas em infusão contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. Podendo ser aberta ou fechada; Drenagem de conteúdos gástricos: para isso, é essencial o conhecimento para diferenciar o conteúdo, como bile (aspecto verde), sangue, etc. Lavagem gástrica: como já dito anteriormente, ela é realizada principalmente em casos de intoxicação. Sonda vesical - Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese (volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. • Cateter Central - O cateter é chamado de central em decorrência de estar próximo ao coração. • Fino, da espessura de uma carga de caneta, é introduzido através do pescoço ou no tórax (infraclavicular – abaixo da clavícula). • Permite acesso venoso rápido e eficaz. • Sua permanência pode variar de semana a meses. • É indolor. TRAQUEOSTOMIA • Procedimento relativamente simples, consiste na abertura da traquéia na região inferior frontal do pescoço e introdução de cânula plástica em substituição a mantida através da boca • Pode ou não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do ventilador mecânico. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A TRAQUEOSTOMIA • Os cuidados com a Traqueostomia visam a manutenção da passagem de ar e oxigênio para o Paciente. • Sinais de desconforto, agitação ou ruídos advindos dos equipos e cânulas são sinais de necessidade de limpeza, inspeção ou cuidados específicos. • Observar o acúmulo de secreção na Cânula de Traqueostomia, pois a secreção impede o fluxo normal do ar até o paciente causando desconforto e esforço na respiração. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A TRAQUEOSTOMIA Observar as linhas de conexão da Cânula de Traqueostomia até a máquina de ventilação mecânica, para que não ocorra nenhum tipo de dobra causando interrupção da passagem do ar. Os principais sintomas de obstrução da Cânula de Traqueostomia são o ruído (como ronco) e dobras no sistema de ligação da máquina até a Traqueostomia. Nesses casos deve-se providenciar a aspiração das secreções e a verificação do sistema. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A TRAQUEOSTOMIA A frequência da aspiração não pode ser determinada com precisão, por isso a observação do quadro é a melhor providência para evitar o desconforto. A aspiração da Cânula Traqueal deve ser realizada sempre com material estéril. A gaze no entorno da incisão também tem de ser estéril, e deverá ser trocada sempre que apresentar sujidade ou secreção acumulada. Esses procedimentos minimizam o risco de infecções. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A TRAQUEOSTOMIA • A fixação da Traqueostomia (cadarço) deve estar firme, sempre avaliando o conforto do paciente. • A cânula de Traqueostomia e as conexões NÃO podem ser tracionadas ou submetidas a esforços (puxões, movimentos de pêndulo ou servir como suporte). Essas situações causam lesões na traquéia do paciente. SUPORTE PSICOLÓGICO Como a UTI é vista pelas pessoas? • Sabe-se que a UTI (Unidade de terapia intensiva) é vista por muitas pessoas como o “corredor da morte”, e quando se trata de um ente querido essa percepção agregada aos os sentimentos de medo da morte, angústia e desespero estão sempre presentes. • Quando o paciente é admitido numa unidade fechada fica exposto a diversos agentes estressores, como o confinamento, restrição ao leito, cirurgias, uso de aparelhos, ruídos e iluminação constantes, frequente realização de exames, além das alterações na sua rotina, afastamento do trabalho, dos amigos, dificuldade em conciliar o sono e mudanças alimentares repentinas, para citar apenas alguns. Agentes estressores: podem ocasionar reações emocionais em variados níveis, como ansiedade, medo, conflitos, insegurança, irritabilidade, dentre outras comumente relacionadas ao contexto de internação. (PREGNOLATTO; AGOSTINHO, 2003. Contexto da UTI • No contexto da UTI, a rotina de trabalho mais acelerada, o clima constante de apreensão e as situações de morte iminente (Silva & Andreoli, 2005), acabam por tornar ainda mais possíveis e extremadas as interferências emocionais da hospitalização no paciente e seus familiares. As reações emocionais disruptivas podem, inclusive, chegar a acompanhar diversas doenças quer como causa, como agravantes ou como consequência das mesmas. (Fongaro & Sebastiani, 2001). Família em UTI O que é família? • De acordo com Souza (2010), entende-se como família a unidade social de proximidade diretamente ligada ao paciente através do amor podendo ou não ter laços legais ou de consanguinidade. • Acreditando que o paciente é um seguimento da família, e que essa tem um papel fundamental na sua recuperação, é de extrema importância atender as reais necessidades dos familiares. • Quando um familiar é hospitalizado instala-se uma crise, podendo precipitar uma desestruturação familiar. • No momento da admissão do paciente torna-se necessário a conscientização da real situação do doente e da necessidade de tratamento ou hospitalização em UTI. • O familiar deve ser visto como paciente secundário, pois chega a UTI desconfiado e inseguro frente a realidade vivenciada e precisa ter a oportunidade de falar sobre a doença, seus medos, fantasias sobre a morte e expressar seus sentimentos. • Além disso, o estado emocional da família é fortemente alterado, já que o medo da morte está constantemente presente, e ter por perto a situação de doença de um familiar faz com que haja maior união e companheirismo entre os membros da família, pois passama ter o mesmo objetivo. (NOGACZ ; SOUZA, 2004)/ • É comum notar entre os familiares as mais diversas reações emocionais frente o período de internação em UTI. • Segundo Fonseca (2004) além da família sofrer um impacto pela doença de um dos seus entes queridos, ela necessita manter o equilíbrio para poder assegurar o cumprimento das tarefas e das necessidades do membro doente. • Sebastiani (1995) relata que o clima de constante apreensão e a situação de morte iminente insiste em exacerbar o estado de stress e tensão. • Esses aspectos somados a dimensão individual do sofrimento da pessoa internada em UTI tais como dor, medo a ansiedade trazem fortes fatores psicológicos a serem trabalhados com os pacientes e seus familiares. • Existe ainda para a maioria das pessoas um estereótipo bastante arraigado que é colocado a UTI como sinônimo de morte iminente. • Quando os familiares recebem a informação sobre a gravidade do ente querido, geralmente experienciam um turbilhão de sentimentos, combinação de choque, incerteza, tristeza, confusão, estresse, ansiedade e desconforto. Frequentemente não entendem o que está acontecendo com seu familiar, não sabem para quem perguntar ou como devem se comportar. (ARAÚJO, 2009) Luto antecipatório • Luto com a pessoa ainda viva, onde sua perda já é sentida. Um luto pelo indivíduo que não apresenta mais as mesmas características de quando estava saudável. Espiritualidade • Percebe-se que muitos familiares em UTI trazem consigo a crença religiosa como fonte de esperança. • Soares (2007) ressalta que a espiritualidade e a esperança é uma característica humana que, dentre outros aspectos, possibilita ao familiar encontrar significado e propósito para sua vida, bem como a tentativa de aceitação da situação vivenciada pelo seu familiar. Durante a visita... • Durante o horário de visita, deve-se estimular os familiares a conversar e tocar no seu familiar, como forma de expressão de sentimentos. E um dos comportamentos percebidos consiste nos rituais de despedida que se manifestam de diferentes maneiras como o pedido de perdão, palavras de carinho e orações. Qual a importância da comunicação? Promover a adaptação do paciente à hospitalização e ao processo de adoecimento, atentando “para as”às possíveis variáveis que influenciem estes aspectos. Criar estratégias, junto ao paciente e sua família, para lidar com os agentes causadores e/ou decorrentes das reações emocionais. Promover a integração de ações, voltadas para o paciente e sua família, provenientes das diferentes áreas de saúde, dentro de uma visão interdisciplinar. Propiciar um atendimento individualizado e um ambiente físico e social mais acolhedor aos pacientes e familiares. Facilitar a comunicação do paciente e família junto à equipe e vice-versa. • O atendimento às demandas psicológicas dos pacientes e familiares, no decorrer do processo de adoecimento e tratamento, favorece o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da situação vivenciada. Uma resposta mais adaptada às circunstâncias adversas da hospitalização e a prevenção de quadros psicopatológicos podem facilitar a recuperação do paciente. Em alguns casos, inclusive, a ocorrência de quadros psicopatológicos em associação a quadros clínicos pode aumentar o risco de morte do paciente, como foi verificado na associação entre as doenças cardiovasculares e a depressão. (CARNEY et al, 1988) Quais os benefícios do suporte psicológico? Os benefícios do suporte psicológico aos familiares: comunicação mais frequente com a equipe de saúde, melhor compreensão das informações fornecidas, maior aceitação e enfrentamento da doença e cuidados, além de índices menores de ansiedade nas famílias Deste modo, devido às questões emocionais suscitadas pela doença e internação, e a possível interferência destas questões no quadro clínico do paciente, faz-se indispensável a atuação da equipe de enfermagem em especial na unidade de terapia intensiva (PREGNOLATTO ; AGOSTINHO, 2003) Intervenções de enfermagem Monitorar o estado emocional do indivíduo; Oferecer ambiente calmo e agradável, para proporcionar bem estar; Estabelecer relação de confiança; Elucidar todas as dúvidas; Observar sentimentos de tristeza, irritabilidade, medo, ansiedade e solidão, buscando subsídios para compreender o estado emocional do paciente e possibilitar-lhe apoio; Intervenções de enfermagem Procurar proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida, fornecendo condições de um sono tranquilo, aliviando sua dor, controlando o emocional ; Esclarecer o paciente e familiares sobre os procedimentos realizados; Oferecer apoio emocional; Encaminhar ao serviço de psicologia; Oferecer informações sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico; Incentivar à família quanto a sua importância na recuperação do indivíduo.
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