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Pequenas Empresas & Grandes Negócios Edição 332 (Setembro 2016)

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COMO EMPREENDER (E SER FELIZ!) DENTRO DE UMA GRANDE EMPRESA
MICROFRANQUIAS
SEM SEGREDOS
ESPECIAL
MUITO
PRAZER
Conhece a
Jout Jout?
Ela saiu do
anonimato
e chegou a
100milhões
de views no
YouTube
JOUT JOUT THAYNARA OG MENTOR NETO
JOVEM NERD WHINDERSSON NUNES KAMI KAT
OQUE PENSAME COMOAGEMOS TOP SIX DOMERCADOVIRTUAL:
COMO AUMENTAR SUA
INFLUÊNCIA DIGITAL
E GANHAR DINHEIRO
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44
SETEMBRO /2016SUMÁRIO
60
38
8853
6 CARTADOEDITOR
12 ONLINE
17 GRANDES IDEIAS
17 RECEITAS VARIADAS
18 TRAGO SEU NOME DE VOLTA
20 LOCAÇÃO SEM BUROCRACIA
22 EM DEFESA DOS CLIENTES
26 CAMINHOS PARA UM BRASIL
SUSTENTÁVEL
27 NEGÓCIOS À MODA ANTIGA
28 RÚSSIA EM RELEVO
29 O MOMENTO DA VIRADA
32 NADANDO COM OS
TUBARÕES
34 OPORTUNIDADES DE OURO
36 OMÊSEM REVISTA
38 ENTREVISTA
FACUNDO GUERRA
Depois de repaginar cinemas,
pontos turísticos e bares
históricos de São Paulo,
FacundoGuerra, fundador
doGrupo Vegas, está em
busca de novas histórias para
contar. Os planos incluem
umaplicativo paramúsicos
de rua e umnovo stripclub
44 INSPIRAÇÃO
FÁBRICA DE INVENÇÕES
Cada vezmais empresas
incentivam seus funcionários
a desenvolver características
empreendedoras. Saiba o que
está por trás dessa tendência
e conheça histórias de quem
criou novos negócios dentro de
uma estrutura corporativa
53 MERCADO
O LUXO MORA NOS DETALHES
Conheçaas táticas adotadas
por cincopequenas emédias
empresas para conquistar
clientes das classesA eB
e crescer nummercado
consumidor quemovimenta
mais deR$30bilhões noBrasil
60 CAPA
COMO FAZER SUCESSO
NO NOVO MERCADO
DE INFLUÊNCIA DIGITAL
As histórias e as estratégias
de seis influenciadores que
transformaram suas vidas
online em plataformas de
sucesso, que atraemmilhões
de seguidores e ótimas
oportunidades de negócio
76 PELOMUNDO
CORTINAS ABERTAS
PARA O MUNDO
Comumprodutopioneirona
áreahospitalar,BeatrizCricci, da
BRGoods, conquistouaAmérica
Latina.Agora sepreparapara
ganharomercadoárabe
78 ESPECIAL
O LADO B DAS
MICROFRANQUIAS
Coma crise econômica e o
aumento do desemprego,
muitas pessoas estão
investindo emmicrofranquias.
Paramuitos delas, a
experiência tem sido
traumática. Conheça as
armadilhas do formato e saiba
o que fazer para não cair nelas
87 COMOFAZER
88 GESTÃO
94 COMO ELES FAZEM
96 COMO EU FIZ
106 FAÇAOQUE
VOCÊGOSTA
FOTO:OMARPAIXÃO
STYLING:
BETINA BERNAUER
ECINTHIA KISTE
MAQUIAGEM:
ISABELA TURCATO
AGRADECIMENTOS:
GAPERENNER
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6 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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AO LEITOR
AAUTORIDADEDE
QUEMINFLUENCIA
EMPREENDEDORES
Quandoo editorThomazGomes
me contou que o YouTube rece-
be 400novas horas de conteúdo
porminuto, parei para refletir so-
bre o peso de nossa responsabi-
lidade— ainda que de alma leve,
porque é assimque conduzimos
nosso trabalho. Diuturnamente,
são derramados vídeos, textos
e fotos na internet num volume
que deixa atônitos os mais vo-
razes consumidores. Com base
nessedado, por exemplo,mesmo
se você passasse um ano inteiro
sem dormir, assistindo a vídeos,
não daria conta de consumir o
que se produz hoje em apenas
24 horas. Depurar a informação
que tem impacto na vida dos em-
preendedores, portanto, nunca
se fez tão vital. Quando a inter-
net nasceu, em 1991, Pequenas
Empresas&GrandesNegócios
já tinha notável relevância na re-
vista e na televisão. Tivemos agi-
lidadepara reinventar nossa vida
no universo virtual. Crescemos
rapidamente, mas sempre de
maneira consistente. E nos ex-
pandimos a cada vez que nascia
(e nasce) uma nova rede social.
Trata-se de um crescimento or-
gânico, sem jamais lançar mão
de expedientes artificiais, como
lastro de uma história que já so-
ma 28 anos.Umcrescimento am-
parado, sobretudo, pela energia,
motivação e inovação das pesso-
as que estão por trás da marca
PEGN. Com dedicação integral
ao online, por exemplo, estão
os jornalistas Fabiano Candi-
do, Priscila Zuini e Adriano Lira
— o nosso trio in house de in-
fluencers que faz sucesso e in-
terage com você, mobilizando
milhares de fãs em divertidas
transmissões ao vivo, realiza-
das no Facebook Live. Aliás,
não perca os comentários dos
três quando uma nova revis-
ta chegar às suas mãos. Nesta
edição, caminhamos pelo ter-
ritório ainda arenoso dos cha-
mados influenciadores digitais.
São pessoas, a maioria jovens,
capazes de falar com audiências
massivas, a exemplo de Julia To-
lezano, jornalista que sedescreve
tímida,mas de incrível carisma e
poder de conexão—umadasper-
sonalidades do panteão virtual
brasileiro entrevistadas por Tho-
maz para a reportagem de capa.
Todas emergiram desse oceano
em que incontáveis pessoas ten-
tamse sobressair, coma expecta-
tiva de ganharmilhões de fãs—e
de reais. Apaisagemdemídia tem
umadinâmicabastanteparticular.
Elege e devora heróis e heroínas.
Ergue estruturas e as leva ao chão.
Alimenta avatares para depois su-
gá-los, até fazê-los desaparecer
em redemoinhosdepoeira. Fama
e anonimato se alternam numa
montanha russa veloz e impre-
visível. Pessoas e marcas viram
água e poucas chegam a um des-
tino consistente. Entre as carac-
terísticas de quem fica para con-
tar a história, se fazer presente e
antecipar o futuro, destaca-se a
habilidadede tecer vínculos reais,
enãosomentenarcisistas.Éesseo
motodePequenas Empresas &
Grandes Negócios: criar cone-
xões de qualidade e de verdade,
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dica todo o seu tempo para en-
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Fundada há 27 anos, a Revista Pequenas
Empresas &Grandes Negócios tem por missão
ajudar pessoas inovadoras a transformar ideias
em grandes realizações. As reportagens da
revista apresentam oportunidades de negócios
para micro, pequenas emédias empresas e têm
o compromisso de informar o que há demais
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que vem das novas empresas
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pilar essencial para uma economia equilibrada
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Acreditamos no empreendedorismo
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Acreditamos que o empreendedorismo
está alinhado com a visão de mundo
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das novas gerações
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Acreditamos que a informação precisa, clara
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de transformar e aperfeiçoar empreendedores,
empresas e relações de trabalho
Acreditamos que todas as empresas,
independentemente do tamanho, devem
adotar práticas ambientalmente corretas
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Pequenas emPresas & Grandes neGócios é uma publicação mensal da EDITORA GLOBO S.A. – Av. 9 de Julho, 5229, Jardim Paulista, São Paulo (SP),
CEP 01407-907 – Tel. 11 3767-7000. Distribuidor para todo o Brasil: Dinap - Distribuidora Nacional de Publicações;
Impressão: Plural Indústria Gráfica Ltda. – Avenida Marcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, 700 – Tamboré – Santana de Parnaíba, São Paulo, SP – CEP 06543-001
DIRETOR DE GRUPO AUTOESPORTE, PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS E GLOBO RURAL: Ricardo Cianciaruso
DIRETORA DE REDAÇÃO: Sandra Boccia
EDITORES EXECUTIVOS: Marisa Adán Gil e Robson Viturino
EDITORES: Fabiano Candido, Mariana Iwakura, Bruno Vieira Feijó e Thomaz Gomes
EDITORA ASSISTENTE: Priscila Zuini
REPÓRTER: Adriano Lira
ESTAGIÁRIAS: Nicole Wey e Tamires Lietti (texto)
EDITOR DE ARTE: Jairo Rodrigues
COLABORADORES: Andressa Basílio, Camila Abud, Camilla Ginesi, Edson Valente, Felipe Datt, Lara Silbiger, Maria Isabel Moreira (texto); Maria do
Rosário Sousa (revisão); Ana Paula Megda, Bárbara Malagoli, Bruno Algarve, Rodrigo Fortes, Victor Beuren, Zé Otavio (ilustração); Agência Nitro, Anna
Carolina Negri, Celso Doni, Chico Cerchiaro, Fabiano Accorsi, Guilherme Pupo, Marcus Steinmeyer, Omar Paixão (fotografia)
ASSISTENTE DE REDAÇÃO: Sabrina dos Santos Bezerra
ESTÚDIO DE CRIAÇÃO
DIRETORA DE ARTE: Cristiane Monteiro DESIGNERS: Alexandre Ribeiro Zanardo, Clayton Rodrigues, Danilo Dos Santos Bandeira, Felipe Hideki Yatabe,
Janaina Pinho, Marcelo Massao Serikaku; Kako Arancibia (colaborador) ESTAGIÁRIA: Cristina Ayumi Kashima
INOVAÇÃO DIGITAL
DIRETOR DE INOVAÇÃO DIGITAL: Alexandre Maron; GERENTE DE ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO DIGITAL: Silvia Balieiro
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
DIRETOR DE TECNOLOGIA: Rodrigo Gosling; DESENVOLVEDORES: Everton Ribeiro, Fabio Alessandro Marciano, Jeferson Mendonça, Leandro Paixão,
Leonardo Turbiani, Marcelo Amendola, Marcio Costa, Murilo Amendola e Victor Hugo Oliveira da Silva; OPEC ONLINE: Rodrigo Santana Oliveira, Danilo
Panzarini, Higor Daniel Chabes, Rodrigo Pecoschi, Thiago Previero
MERCADO ANUNCIANTE
SEGMENTOS — FINANCEIRO, IMOBILIÁRIO, TI, COMÉRCIO E VAREJO
DIRETOR DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Emiliano Morad Hansenn; GERENTE DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Ciro Horta Hashimoto;
EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA: Selma Maria de Pina, Cristiane de Barros Paggi Succi, Christian Lopes Hamburg, Milton Luiz Abrantes e Taly
Czeresnia Wakrat
SEGMENTOS —MODA, BELEZA E HIGIENE PESSOAL
DIRETOR DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Cesar Bergamo; EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA: Adriana Pinesi Martins, Eliana Lima Fagundes, Juliana
Vieira, Selma Teixeira da Costa e Soraya Mazerino Sobral
SEGMENTOS — CASA, CONSTRUÇÃO, ALIMENTOS E BEBIDAS, HIGIENE DOMÉSTICA E SAÚDE
DIRETORA DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA:Marilia Guiti Hindi; EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA:
Giovanna Sellan Perez, Keila Ferrini, Lucia Helena Lopes Messias, Rodrigo Girodo Andrade, Valeria Glanzmann
SEGMENTOS —MOBILIDADE, SERVIÇOS PÚBLICOS E SOCIAIS, AGRO E INDÚSTRIA
DIRETOR DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Renato Augusto Cassis Siniscalco; EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA: Andressa Aguiar, Diego Fabiano,
Cristiane Soares Nogueira, João Carlos Meyer e Priscila Ferreira da Silva
SEGMENTOS — EDUCAÇÃO, CULTURA, LAZER, ESPORTE, TURISMO, MÍDIA, TELECOM E OUTROS
DIRETORA DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Sandra Regina de Melo Pepe; EXECUTIVOS DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Ana Silvia Costa,
Guilherme Iegawa Sugio, Lilian de Marche Noffs e Dominique Petroni de Freitas
SEGMENTO— DIGITAL
DIRETORA DE NEGÓCIOS DIGITAIS: Renata Simões Alves de Oliveira
EGCN
CONSULTORA DE MARCAS EGCN: Olivia Cipolla Bolonha
ESCRITÓRIOS REGIONAIS
GERENTE MULTIPLATAFORMA: Larissa Ortiz; EXECUTIVA DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Babila Garcia Chagas Arantes
UNIDADE DE NEGÓCIOS — RIO DE JANEIRO
GERENTE DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA RJ: Rogerio Pereira Ponce de Leon; EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA: Andréa Manhães Muniz, Daniela
Nunes, Lopes Chahim, Juliane Ribeiro Silva, Maria Cristina Machado e Pedro Paulo Rios Vieira dos Santos
UNIDADE DE NEGÓCIOS — BRASÍLIA
GERENTE MULTIPLATAFORMA: Barbara Costa Freitas Silva; EXECUTIVA MULTIPLATAFORMA: Camila Amaral da Silva e Jorge Bicalho Felix Junior
ESTÚDIO GLOBO
DIRETORA DO ESTÚDIO GLOBO: Roberta Ristow; DIRETOR DE ARTE: Rodolpho Vasconcellos; EDITORA EXECUTIVA: Vera Ligia Rangel Cavalieri
COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS: Renan Abdalla; ESTRATÉGIA COMERCIAL: Renata Dias Gomes;
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Daniela Valente
COORDENADOR OPEC OFF LINE
José Soares
AUDIÊNCIA
DIRETOR DE MARKETING: Cristiano Augusto Soares Santos; DIRETOR DE CLIENTES E PLANEJAMENTO: Ednei Zampese;
GERENTE DE VENDAS DE ASSINATURAS: Reginaldo Moreira da Silva; GERENTE DE CRIAÇÃO: Valter Bicudo Silva Neto;
GERENTE DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO:Wilma Conceição Montilha; COORDENADORES DE MARKETING: Eduardo Roccato Almeida,
Patricia Aparecida Fachetti
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Disponível de segunda a sexta-feira, das 8 às 21 horas, e sábado, das 8 às 15 horas
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* Custo de ligação local. Serviço não disponível em todo o Brasil. Para saber
da disponibilidade do serviço em sua cidade, consulte sua operadora local
DIRETOR GERAL: Frederic Zoghaib Kachar
DIRETOR DE AUDIÊNCIA: Luciano Touguinha de Castro
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TENDÊNCIAS,
EMPRESAS E
PESSOAS QUE
INSPIRAM
NOVOS NEGÓCIOS
SETEMBRO, 2016 pequenas empresas& grandes negócios 1 7FOTO: ANNA CAROLINA NEGRI/EDITORAGLOBO
Quando o sonho do negócio próprio ba-
teu à porta do casal Arnaldo Comin, 44,
e Iris Jönck, 37, em 2012, eles decidiram
mergulhar no universo dos azeites gour-
met, até então um hobby. “No Brasil, era
um nicho pouco explorado”, diz Comin.
Assim nasceu em São Paulo a Rua do Ale-
crim, um empório que mais tarde diver-
sificou as vendas para outros produtos
com garantia de origem, como especia-
rias e farinhas especiais. A experiência
da dupla em comunicação (ele é jorna-
lista e ela, publicitária) trouxe ao negócio
a característica de agregar conteúdo —
desde o treinamento de vendedores até a
organização de workshops e eventos de
degustação. “Se alguém entrar na loja e
não levar nada, pelo menos sai sabendo
algo novo”, diz Comin. Há dois anos, eles
passaram a embalar os produtos em kits
para empresas, que distribuem como
brinde a seus clientes. Em 2015, metade
do faturamento, de R$ 1,2 milhão, veio
de companhias como Santander, Porto
Seguro e BrasilPrev. Agora, o foco é for-
talecer mais um braço de novas receitas:
a criação de produtos de marca própria,
em parceria com pequenos fabricantes.
Os primeiros azeites, vinagres e pimen-
tas acabam de chegar às prateleiras.
RECEITAS
VARIADAS
GASTRONOMIA
Andressa Basílio
Os donos do empório paulistano
Rua do Alecrim diversificaram
o faturamento ao vender brindes
e kits corporativos
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NOVOS NEGÓCIOS
Uma plataforma de quitação de dívidas
que é rápida, prática e evita constrangi-
mento ao “negativado”, vulgo inadim-
plente. É assim que a startup QueroQui-
tar! vem ganhando projeção nacional e
internacional. Nos últimos dois meses, a
startup ganhou o primeiro lugar no CIAB
Fintech Day FEBRABAN, evento de TI do
setor financeiro, e foi selecionada pela
Global Mobile Internet Conference en-
tre 182 empresas de 23 países como uma
das dez melhores startups do momento.
O segredo, segundo o CEO Marc Lahoud,
49 anos, é o modelo de negócio, que visa
garantir mais autonomia ao consumidor.
“Eliminamos os pontos de atrito na rela-
ção do cliente com a dívida”, diz Lahoud,
que tem como sócios Alencastro Silva, 58,
Artur Zular, 53, e Rafael Miranda, 34. Ao
dispensar órgãos de cobrança na nego-
ciação entre credores e devedores, a star-
tup promete facilitar a quitação da dívida.
Quando há acordo, a QueroQuitar! ganha
um percentual de 8% a 18% da parcela
paga. Logo que foi lançada, em setembro
de 2014, a startup foi aprovada no progra-
ma de inovação do Bradesco (inovaBRA).
Em agosto de 2015, recebeu aporte e, re-
centemente, abriu nova rodada de inves-
timentos. “O nosso modelo de negócio
se posiciona como um marketplace com
baixo custo operacional e alta escalabili-
dade, por ser voltado ao consumidor”, diz
Lahoud.A startupnão releva faturamento,
mas confirma que há 1,3 milhão de CPFs
registrados, R$ 2,2 bilhões em dívidas ad-
ministradas e R$ 88 milhões em acordos
fechados pormeio da plataforma.
1 8 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
www.revistapegn.com.br
60MILHÕES DE BRASILEIROS Estão inadimplentes, o que
representa 41% da população com mais de 18 anos do país.
As dívidas em atraso totalizam R$ 256 bilhões, a maior marca
registrada desde que a instituição começou a medição, em 2012
41%
DAPOPULAÇÃO
COMMAIS DE 18
ANOS DOPAÍS ESTÁ
INADIMPLENTE
TRAGO
SEUNOME
DEVOLTA
REDES SOCIAIS
Andressa Basilio
Com ferramenta de quitação de
dívidas e autonomia ao consumidor,
a QueroQuitar! ganha os holofotes
domercado de fintechs
FOTO: ANNA CAROLINA NEGRI/Editora Globo
FONTE: SERASA EXPERIAN
017_020_PE332_GICases.indd 18 25/08/2016 19:35:46
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46% 36% 18%
2 0 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
www.revistapegn.com.br
dos contratos de aluguel assinados em junho de 2016 em
São Paulo, capital, incluíram o fiador, uma garantia para compensar o
locador caso o inquilino não consiga honrar o pagamento mensal. Em
seguida, estão o uso de cheque caução (36%) e seguro-fiança (18%)
FONTE: SINDICATODAHABITAÇÃO (SECOVI-SP)
46%
FIADOR CHEQUE
CAUÇÃO
SEGURO
FIANÇA
A startup QuintoAndar, que atua em São Paulo e Campinas, nasceu em 2013, com
amissão de simplificar a locação de imóveis residenciais. Para isso, os sócios Gabriel
Braga, 34 anos, e André Penha, 36, criaramuma plataforma que permite a inquilinos e
locatários fazer quase tudo online— cadastrar imóveis, promover anúncios, agendar
visitas com corretores e até assinar contratos, usando certificados digitais. A Quin-
toAndar também banca o seguro-fiança, em parceria com a seguradora francesa Car-
dif. É uma estratégia ousada para o setor, pois o seguro costuma custar em torno de
R$ 2mil. “Em vez de investir em lojas bonitas, a gente aloca dinheiro em tecnologia e
no seguro”, diz Braga. A fonte de receita segue a mesma de uma imobiliária conven-
cional: a cobrança do proprietário de 100% do primeiro aluguel e uma taxa de 8% so-
bre os pagamentos seguintes. “Intermediamosmais de 2mil agendamentos de visitas
por semana e o número de contratos fechados cresce 30% aomês”, diz Braga.
LOCAÇÃOSEM
BUROCRACIA
IMÓVEIS
Andressa Basilio
A imobiliária online QuintoAndar
eliminou uma dasmaiores barreiras
para quem quer alugar um imóvel: o
fiador ou o alto custo de um seguro
FOTO: ANNA CAROLINA NEGRI/Editora Globo
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2 2 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
www.revistapegn.com.br
ENTREVISTA
Ocliente nemsempre tem razão,mas de-
ve estar no centro das atenções de qual-
quer empresa. Essa é uma ideia defendi-
da exaustivamente nas palestras do con-
sultor baiano César Souza, 64, criador
do conceito da clientividade. “Existe um
abismoentre oqueo comprador precisa e
o que as empresas pensamque ele quer”,
diz o presidente da Empreenda, consul-
toria que atende a algumas das maiores
empresas doBrasil. O conceito é destrin-
chado por ele em uma nova edição do li-
vro Clientividade (Record, 2016). Veja a
seguir como o conceito se aplica a PMEs.
Afinal, existe uma fórmula mágica
para conquistar efidelizar clientes?
Fórmulamágica não,mas, quando enten-
demos que o cliente quer soluções custo-
mizadas, é possível seguir algumas atitu-
des que importam mais do que proces-
sos e tecnologia. A primeira é conhecer
o cliente emprofundidade. Não estou fa-
landodepesquisa demercado,masde en-
tender quais são suas necessidades, co-
mo é o poder de influência dentro de sua
família e o que o incomoda. Para isso, as
empresas precisamaprender a se colocar
no lugar dele e estar omais próximopos-
sível, enfim, a “respirar o cliente”.
Como se aplica a clientividade?
Para praticar a clientividade, é preciso,
primeiro,mapear onde é a porta de entra-
da para chegar ao cliente (departamento
de compras ou suprimentos, por exem-
plo). Depois, entender quem são os in-
fluenciadores dentro da empresa, quem
são os caras que tomam as decisões e
quem pode apresentar entraves. O em-
presário que percorre todos esses pon-
tos em vez de lidar com um único inter-
locutor desenvolve uma rede de relacio-
namento diferente e duradoura.
Outra ideia no livro defende que to-
daaempresa semobilizeao redordo
cliente. Isso se aplica a PMEs?
Sim. Elas têm a vantagemde não ter a es-
truturamuito engessada, comogeralmen-
te acontece comas grandes companhias.
Por outro lado, quantomenor a empresa,
mais o dono é um faz-tudo.
Respirar o cliente, como você diz,
não é fazer tudo o que ele quer...
Sim,nemsempreo cliente temrazão.Clie-
tividade não é sinônimo disso. Tem uma
máximaquediz que, quando você não faz
o que o cliente quer, você pode quebrar.
Quando você faz tudooque ele quer, você
pode quebrar mais rápido ainda, porque
se vê forçado a fazer coisas impossíveis
emrelação aprazos, preços equalidade.O
papel do vendedor e do empreendedor é,
muitas vezes, o de educar o cliente.
O senhor morou 11 anos nos EUA.
Quais sãoasdiferenças entreosdois
mercados no contato como cliente?
Eu diria que nós somosmelhores do que
eles emvários sentidos. Primeiro porque
temosmais flexibilidade e umgrande po-
tencial criativo. Nós temos também um
espírito de alegria e informalidade que
nos permite entrar de formamais rápida
na intimidade do cliente. A abertura da
Olimpíada foi um exemplo disso.
Quaisosmaioreserrosdosempreen-
dedores na relação comos clientes?
Muitas vezes, eles valorizam mais o pro-
duto do que o comprador. Apegam-se ao
fato de terem criado um produto genial,
em vez de se preocupar com a sua utiliza-
ção pelo consumidor. Outro erro comum
é fazer promessas que não podem cum-
prir e a crença de que quanto maior a ba-
sede clientes eo faturamento,melhor.
“O brasileiro
tem flexibilidade
e potencial
criativo na
relação com
os clientes.
Na abertura
da Olimpíada,
usamos alma,
inventividade
e gambiarra”
EMDEFESADOSCLIENTES
Já ouviu falar em “clientividade”?Criador do conceito, o consultor e palestranteCésarSouza defende que empresas
de todos os tamanhos têmmuito a ganhar ao debruçar-se sobre os desejos e as necessidades dos seus consumidores
Andressa
Basilio
HUMOR
VARIADO
Em 2014, uma pesquisa com mais de 2 mil marcas revelou que
existem pelo menos 29 tipos de relações clientes-empresas —
de positivo (com clientes que se veem como íntimos da marca)
a negativo (com a percepção de inimizade e até rivalidade).
FONTE: Harvard Business Review
022_PE332_GIPing.indd 22 25/08/2016 19:41:37
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BRASIL!
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Embarcar no desafio de colocar de pé uma micro ou pequena
empresa (MPE) significa contribuir ativamente para o desenvol-
vimento da economia brasileira. Para se ter uma ideia dessa im-
portância, elas representam 27% do PIB, 52% dos empregos com
carteira assinada e 40% dos salários pagos no País, segundo es-
tudo divulgado pelo Sebrae em 2014. Mesmo em tempos mais
difíceis naeconomia, investir emumnegócioprópriopode semostrar
umaboa alternativa. Em2015, a taxadeempreendedorismonoBrasil
saltou quase 5% em relação ao ano anterior. Hoje, o número deMPE
ativas já ultrapassa os 11milhões. A chave do sucesso? Estudo, plane-
jamento e organização para superar os desafios e conquistar seu es-
paço nomercado. Saiba como começar!
O Sebrae está sempre pronto para apoiar quem tem uma ideia e muita disposição
para se tornar um empreendedor de sucesso. Confira algumas dicas!
para começarbem o seu negócio
caminho do sucessopasso a passo
“Na oficina do Começar Bem, do Sebrae,
entendi que todos somos aprendizes – não
importa se já temos uma empresa ou se
estamos começando. Aprendi a analisar
meus negócios de dentro para fora, vendo
os pontos fortes e fracos e identificando
quais manter e quais mudar.”
MarcoPereira,deCachoeirode Itapemirim(ES)
“A oficina foi extremamente importante.
Nela pude identificar a necessidade de pla-
nejar e programar detalhes do empreendi-
mento que jamais pensaria se fizesse por
conta própria – talvez, essa falta de planeja-
mento seria o que puxariameu negócio para
um possível descontrole.”
AlineRaposo, deBrasília (DF)
Começar Bem
OComeçar Bem é pensado para aquelas pes-
soasque já têmuma ideiadenegóciooualgu-
maexperiênciaemtrabalharporcontaprópria.
Nele, o Sebrae oferece um conjunto de solu-
ções em formato de palestras, oficinas, cursos,
cartilhas, aplicativosevídeosparaacapacitação
de empresários em potencial. Para participar,
bastaprocuraroSebraemaispróximodevocê
ou ligar para 0800 570 0800. Também, você
pode conferir mais informações no site
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um negóciopAra Chamarde seu
Antes de se jogar em uma área que parece
ser uma mina de ouro, lembre-se: você tra-
balhará com isso todos os dias, por horas a
fio. Por isso é recomendável escolher algo
que lhe dê prazer em atuar. Para não errar, a
dicaé fazerumaanálisedoseuperfil.Descu-
braoque teagradae identifiqueseuspontos
fortes e fracos como empreendedor.
Depois, encontreumanecessidadedentro
dosegmentoescolhidoe tente supri-la com
um produto ou serviço. Aqui o negócio já
começa a tomar forma, e você pode avaliar
se vai investir em uma franquia ou empresa
familiar, se precisará de sócios ou não.
PASSO 1
Caderno namão parapesquisa
Abrir um negócio próprio é sinônimo de
muito estudo e pesquisa. Desenhar umpla-
nejamentoassertivo significa ir acampopara
conhecermelhor seupúblico-alvo, seuscon-
correntes e até seus fornecedores futuros.
Analisar cases de sucesso e outros planos
que nãoderamcerto tambémé importan-
te. Esses dados oferecem uma ideia de in-
vestimento inicial necessário, além de
confirmarem se a sua ideia de empreendi-
mento é mesmo viável. Esta etapa ajuda o
empreendedor a conhecer omercado, pla-
nejar bem a empresa e enxergar as oportu-
nidades de negócio.
PASSO 2
Tornandoum projetorealidade
Seja para uma MPE nascente ou madura,
ter garantia de acesso a boas opções de
crédito é algo importante para tirar o seu
projeto dopapel. Aqui,mais uma vez, estu-
do edados de referência são essenciais para
a boa tomada de decisões.
Procure entender quais são os documen-
tos e garantias exigidos, alémdas linhas de
crédito disponíveis pelas instituições finan-
ceiras. O Plano de Negócios e um projeto
depagamentos de fornecedores e colabo-
radores também são detalhes que ajudam
a mostrar as reais necessidades de crédito
para a sua empresa.
PASSO 4
Nãoestacionena vida
Empreender significa estar em constante
processo de estudo e desenvolvimento. O
PlanodeNegócios, por exemplo, é umdo-
cumento que nunca deve ficar esquecido
na gaveta; é preciso revisitá-lo e atualizá-lo
sempre! O Sebrae oferece várias opções de
capacitação para quem quer começar ou
já é um empreendedor, como o Começar
Bem (confira o box azul na página ao lado).
PASSO 6
O planocerto parao triunfo
Todas as informações coletadas vão ser-
vir para a elaboração de um planeja-
mento empresarial, que pode ser inicia-
do por um plano de negócios ou estudo
de modelo de negócios. Prepará-los
significa desenhar uma visão mais am-
pla sobre o desenvolvimento e as metas
da sua futura empresa.
Este planejamento precisa ter informa-
ções detalhadas sobre produtos, clientes,
localização, investimento, faturamento,
lucro, fornecedores, sociedade e outros
itens que o empreendedor considerar
relevantes.
PASSO 3
Tudodentro dosconformes
Uma empresa formal precisa estar de
acordo com as leis federais, estaduais e
municipais. No geral, umaMPE precisa ter
registro na prefeitura ou na administração
regional da cidade e do estado, na Recei-
ta Federal e na Previdência Social.
Um empreendimento formalizado
tem mais chances de fechar parcerias
com outras companhias, ter acesso a
linhas de crédito e receber subsídios.
A informalidade é um risco para o em-
preendedor, pois ele pode ter suas mer-
cadorias apreendidas pelo poder públi-
co, por exemplo.
PASSO 5
25/08/2016 19:30:11
TENDÊNCIAS
Conhecida por ser um dos centros
históricos mais bem preservados do
Brasil, a cidade de Tiradentes (a 200
km da capital mineira, Belo Horizon-
te) vem se destacando como sede de
umadezenade eventos culturais. Com
isso tem atraído milhares de turistas
todos os anos. A mais recente emprei-
tada deve acontecer entre os dias 24 e
27 de novembro: o Fórum do Amanhã,
evento com debates sobre o futuro da
economia, da tecnologia, da educação
e do trabalho. “Queremos ajudar a de-
finir o que o país precisa para acom-
panhar tendências urbanas como sus-
tentabilidade, economia compartilha-
dae transparência governamental”, diz
Guilherme Donnabella, sócio da Crea-
tif, responsável pela organização. O fó-
rumé inspiradonas ideias dedois pen-
sadores.Umdeleséosociólogo italiano
DomenicodeMasi, autordobest-seller
Oócio criativo, para quemosmodelos
de civilização ocidental encontram-se
em crise profunda. O outro é o econo-
mistamineiro Eduardo Giannetti, que
lançou recentemente o livro Trópicos
utópicos (Companhia das Letras), no
qualdefendequeoBrasil reúneascondi-
ções ideaisparaencontrarumcaminho
inovador para questões nos campos
econômico, social, ambiental e existen-
cial. Giannetti e de Masi estarão pre-
sentes na sessão de abertura. Cerca
de 5mil
empreendedores, intelectuais
e estudantes devem comparecer aos
encontros, que serão transmitidos ao
vivopela internet. “Queremos criar um
ambiente de discussão permanente
por meio de um portal e de um aplica-
tivo atualizados durante todo o ano”,
afirma Donnabella. O evento deve se
somar a outros 15 já presentes na mo-
vimentada agenda educacional e artís-
tica da cidade mineira.
por ano é quanto gera a economia criativa no Brasil, o equivalente a 2,7%
do PIB. São 810 mil trabalhadores empregados em áreas como gastronomia,
turismo, produção audiovisual, design, moda, música e novas mídias
R$ 110 bilhões
Camilla Ginesi
Fórum propõe espaço permanente de debates sobre o fututro do país na cidade histórica de Tiradentes (MG)
CAMINHOSPARAUMBRASILSUSTENTÁVEL
FONTE: Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)
026_PE332_GIFestival.indd 3 26/08/2016 18:26:41
SETEMBRO, 2016 pequenas empresas& grandes negócios 2 7
VINTAGE
EdsonValente
MESAPARA
HEMINGWAY
FOTOS: DIVULGAÇÃO
NEGÓCIOSÀ
MODAANTIGA
Nosúltimosanos, espaços comtemática vintage tornaram-sepopulares
entreopúblicomais jovem. Impulsionadopela aberturadebarbearias
retrôs e lanchonetes inspiradasnadécadade 1950, omovimento
tambémajudoua renovar a clientelade restaurantes ebares clássicos.
Diferentementede suas versões repaginadas, esses locais apostamna
identidade tradicional enaqualidadedeatendimentopara atrair uma
nova levadeconsumidores. “Existeumgrande respeitopelo trabalhodas
gerações anteriores. A conservaçãodehábitos edeambientes faz comque
os clientes se sintamemcasa”, dizEdgardFerreira, consultordoSebrae-SP.
Ao preservar receitas e ambientes
clássicos, estabelecimentos tradicionais
conquistam novas gerações de clientes
VISITARETRÔ Quatro bares e restaurantes que investem na conservação de costumes para atrair consumidores
Fundado em 1920, na
cidade de Cachoeira, o
armazém LicordeRoque
Pinto tornou-se umdos
principais pontos turísticos
do recôncavo baiano. O
lugarmantéma técnica de
produção que consagrou
os licores da família.
“Não industrializamos o
processo para não perder
a qualidade”, diz Qrinaldo
Neto, 40 anos, à frente do
estabelecimento desde que
o pai, Roque Pinto,morreu
em2012 (foto). Emperíodos
de pico, o negócio chega a
produzir 70mil litros por
mês, usando ingredientes
como cupuaçu e jenipapo.
RECEITAARTESANAL
Localizado na zona oeste
de São Paulo, oBotequim
doHugo é conhecido por
especialidades como o
sanduíche “buraco quente”
(feito com carnemoída
e semomiolo do pão). O
local é comandado pelos
irmãos Hugo, 57 anos,
e Emiliana Cabral, 48,
quemantêmasmesmas
características do bar
fundado pelo avôMarcelino,
em 1927. “Os clientes não
gostamquando digo que
vou fazermudanças”, diz
o proprietário. Comaté
70 clientes atendidos
por noite, a casa fatura
R$ 20milmensais.
Cinquenta anos após a sua
inauguração, oBarAmigo
Gianotti, na capital paulista,
permanece sobo comando
da família deAntonio Luiz
Gianotti, 85 anos. Enquanto
o filhoSavério prepara as
receitas na cozinha, as netas
Karen eKarina revezam-se
noatendimento àsmesas.
Seguindo a tradiçãodas
cantinas italianas, o espaço
édecorado comutensílios
de cozinha e camisas de
futebol emolduradas. Ainda
presente naoperação,
o patriarca costuma
circular pelo salão.O
faturamentomensal é de
aproximadamenteR$40mil.
Em 1882, quandooLeite
abriu as portas, o Brasil havia
terminadodedeclarar a
sua independência. Embora
tenhapassadopor diversas
reformas, o restaurante
recifensemanteve a
proposta sofisticadaque
atraiu artistas e políticos
ao longodos séculos. Em
1956, o portuguêsArmenio
Ferreira, hoje com83anos,
assumiu a operação. Sob sua
gestão, o cardápio ganhou
as referências da culinária
portuguesa contemporânea.
Durante o almoço (único
horário de funcionamento),
o local chegaaatender
140 pessoas por dia.
Fundado em 1725, em Madri, o Botin é considerado
o restaurante mais antigo do mundo. Entre os seus
frequentadores mais ilustres, esteve o escritor
americano Ernest Hemingway, que declarou o seu
apreço pelo local no livro O Sol também se levanta
NACASADOHUGO TUDOEM FAMÍLIA DESDEDOMPEDRO
027_PE332_GIRetro.indd 27 25/08/2016 19:45:15
2 8 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
www.revistapegn.com.br
INSPIRAÇÃO
CamillaGinesi
Um empreendedor de
sucesso precisa reunir
muitas qualidades — ini-
ciativa, perseverança e ca-
pacidade de formar equi-
pes talentosas são algumas
delas.Masoque realmente
o diferencia de outros pro-
fissionais é a coragem pa-
ra correr riscos. “Omundo
está cheio de executivos
brilhantes,mas poucos de-
les estão dispostos a fazer
loucuras por um sonho co-
mo os empreendedores”,
afirma Juliano Seabra, di-
retor geral da Endeavor.
Não é incomum encontrar
empreendedores que co-
locamquase tudo a perder
— perspectivas de carrei-
ra, patrimônio financeiro e
estabilidade— para trans-
formar suas ideias em em-
presas. Foi com a missão
de contar histórias des-
se tipo que o DAY1, even-
to de inspiração da Ende-
avor, chegou ànona edição
em agosto deste ano. O en-
contro ocorreu na capital
paulista sob o lema “desa-
fiar a razão e acreditar na
loucura” — exatamente o
que faz quem decide criar
um negócio que, à primei-
ra vista, tem tudo para dar
errado. Ao lado, veja os de-
poimentos de quatro em-
presários. Eles contaram
no palco do DAY1 os episó-
dios marcantes que os le-
varam a abandonar de vez
a vida que levavam antes
— e empreender.
Emprendedores bem-sucedidos contam no evento DAY1 asmotivações que os fizeram abrir o próprio negócio
OMOMENTODAVIRADA
Quatro empresários contam o “dia D” em que decidiram empreender
CORAGEM PARA MUDAR
Há 15 anos, fui aprovado num concurso para procurador do
Trabalho em Pernambuco. Namesma época, comecei a dar aula
em cursinhos preparatórios para instituições públicas. Comecei
a ficar famoso, escrevi livros que venderam bem, masmesmo
assim sentia que faltava algo. Omodo impessoal com que as
escolas lidavam com educaçãome incomodava. Um dia, passei
em frente a uma casa caindo aos pedaços. Imaginei funcionando
ali minha própria escola. Vendi tudo o que tinha e investi na casa
e no negócio. Hoje, temos dez unidades espalhadas pelo país.
Quando voltei ao Brasil depois de uma temporada nos Estados
Unidos, fui trabalhar numa indústria de papel e celulose como
analista de sistemas. Lá, um colegame pediu para dar aulas
particulares de inglês. Com o tempo, ganhavamais dando aulas
na cozinha de casa do que no emprego fixo. Em 1987, numa viagem
de Curitiba para São Paulo, veio o estalo definitivo para abrir uma
escola. Em oração, falei com Deus sobre meu futuro. A resposta
foi continuar com as aulas num negócio maior. Pedi demissão
emontei aWizard já pensando em crescer com franquias.
Salim Mattar, fundador da Localiza
Gustavo Ziller, fundador da aorta e do projeto 7cumes
Renato Saraiva, fundador da CERS educação
Carlos Wizard, da Wizard idiomas
Desde criança, ouvia domeu pai que deveria ter meu próprio
negócio. Aos 17 anos, quando trabalhava como office boy numa
pequena empresa de engenharia, fui acertar o pagamento de uma
locadora de carros. Ao ver o valor da diária e o pátio cheio, fiz uma
conta simples de quanto cada veículo renderia se fosse alugado
todos os dias. Naquele dia, botei na cabeça que queria ter uma
empresa daquelas. Seis anos depois, em 1973, fundei a Localiza, em
plena crise mundial do petróleo, com seis fusquinhas comprados a
prazo. Atualmente, temos uma frota de 125mil carros e 565 agências.
Em 2012, sofri um apagão enquanto dirigia numa avenida
movimentada de São Paulo. Fui levado ao hospital por um taxista.
Acordei dois dias depois, diagnosticado com Síndrome de Burnout,
causada por esgotamento físico e mental. Foi quando decidi largar a
empresa em que estava e fazer o quemais gostava – ensinar e viajar.
Comecei a dar aulas
de empreendedorismo em colégios públicos e
escolas criativas como a Perestroika. Tambémmontei um roteiro,
o 7Cumes, que consiste em subir a montanhamais alta de cada
continente, transmitido pelo canal fechado de TV Off.
1% das empresas brasileiras consegue crescer pelo
menos 20% ao ano, por três anos seguidos. Embora
sejam minoria, elas geram 31 novos empregos por ano,
contra 0,34 dos demais negócios
ALTO
IMPACTO
FONTE: Endeavor
FOTOS: REPRODUÇÃO
029_PE332_GIDayone.indd 28 26/08/2016 12:04:59
INOVAÇÃO
AMBIENTE
EVOLUTIVO
Maria IsabelMoreira
RÚSSIAEMRELEVO
País tenta se firmar como polo de inovação e de
estudos sobre empreendedorismo
Nosúltimosanos, aRússia temfeito esforçospa-
ra diversificar seu ambiente empreendedor, mui-
to dependente do setor de petróleo e gás. Em se-
tembro, por exemplo, o país sedia, emMoscou, a
33ª Conferência da Associação Internacional de
Parques Científicos e Áreas de Inovação (Iasp). O
evento reunirá participantes demais de 75 países
para discutir as melhores práticas sobre espaços
de inovação, como incubadoraseparques tecnoló-
gicos.Umdos temasabordadosseráosurgimento
aceleradodemicromultinacionais, comosão cha-
madas as pequenas empresas que rapidamente
conseguem vender seus serviços a vários países
pormeio de plataformas online.
A criação do Skolkovo
Innovation Center, em 2010, lo-
cal da conferência, é um dos
maiores exemplos de investi-
mento em inovação. Após qua-
tro anos em obras e mais de
€ 3 bilhões injetados pelo gover-
no, oparqueabrigamil startupse
uma faculdade numa área equi-
valente a 400 campos de fute-
bol. O objetivo é incentivam cin-
co setores estratégicos: energia,
softwares, telecome tecnologias
biomédicas e atômicas.
Mesmocomaeconomiaemre-
tração, a Rússia ainda é um dos
dez maiores importadores mun-
diais.Nosúltimosanos, o embar-
go a produtos americanos, euro-
peus e turcos vem favorecendo
asempresasbrasileiras.DoBrasil,
a Rússia compra principalmente
açúcar e carnes. Mas há espaço
paraoutros insumos.Noanopas-
sado,ogoverno liberoua importa-
ção de lácteos, óleos emanteiga
decacau.Opaís tambémcompra
máquinas e acessórios agrícolas.
SILICONVALLEY RUSSO COMPRADORDEMÃOCHEIA
é a posição da Rússia em 2016 no ranking do
Banco Mundial sobre a facilidade de se fazer negócios
em 189 países. Em 2011, o país estava em 123º lugar
51ª
029_PE332_GIRussia.indd 3 26/08/2016 18:39:50
NADANDOCOM
OSTUBARÕES
Os jurados do programa Shark Tank contam
quais são as características dos negócios que
chamama atenção dos investidores
Noreality showSharkTank, empreendedoresdediversasáreasapresen-
tamosseusprojetosparaumabancadade investidores.Exibidoemmais
de 200países, o programavirouumsucessomundial de audiência ao re-
velarosbastidoresdosaportesfinanceiros.Apopularidadetambémpode
ser creditada aos comentários impiedosos dos jurados Robert Herjavec
eDaymond John. Personagens conhecidos na indústria de capital de ris-
coamericana, osdois investidores foramumadasatraçõesdoSageSum-
mit, convençãode tecnologia realizada emChicagonofinal de julho. Veja
abaixo os principais conselhos que eles apresentaramdurante o evento.
EQUIPE “Você pode sermuito
bomno que faz. Mas, para
ter uma empresa excelente
emdiversas áreas, é preciso
contratar pessoas com
habilidades complementares.
Equipes consistentes são
essenciais para criar negócios
escaláveis”
ATITUDE “Pense na sua
empresa como um organismo
vivo: quando ela precisar
de você, atenda às suas
necessidades. Se isso afetar
casamentos ou amizades,
paciência. É preciso estar
completamente comprometido”
RESULTADOS “Mostre ao
investidor como a empresa
pode crescer organicamente.
Aportes de capital de risco
servem para acelerar o
crescimento de um negócio,
não para sustentar o
dia a dia da operação”
EQUIPE “Procure por
pessoas que entendam
a cultura da empresa.
Contratar funcionários
eficientes e habilidosos é
essencial. Mas nada émais
importante do que ter uma
equipe afinada com a cultura
da empresa”
ATITUDE “Crie negócios
com propósito. Pense em
algo que você poderia passar
o resto da vida fazendo.
Empresas, clientes e
funcionários mudam a todo
o tempo. Apenas o propósito
permanece omesmo”
RESULTADOS “Tente
se autofinanciar antes de
procurar dinheiro externo.
Levantar capital para
pagar contas é um hábito
perigoso: você pode terminar
trabalhando apenas para
pagar os investidores”
ROBERTHERJAVEC
FUNDADOR DOHERJAVEC
GROUP, EMPRESA DE
SEGURANÇA DIGITAL
COM FATURAMENTO ANUAL
DE US$ 150MILHÕES
DAYMOND JOHN
FUNDADOR DAGRIFE FUBU
E DA SHARK BRANDING,
CONSULTORIA DEMARCAQUE
ATENDE A CLIENTES COMO
GOOGLE, GILLETE, EVIAN E AT&T.
FACANOSDENTES | AS DICAS DE CRESCIMENTO DAS ESTRELAS DO REALITY SHOW
3 2 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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CAPITAL DE RISCO
ThomazGomes
OVALOR
DOSHOW
US$66
milhões
foi o volume total dos aportes realizados nas seis primeiras
temporadas do reality show Shark Tank. Entre os projetos mais
bem-sucedidos do programa, está a Scrub Daddy , linha de
esponjas de limpeza que já faturou mais de US$ 75 milhões
FOTOS: REPRODUÇÃO
032_PE332_GISharkTank.indd 32 25/08/2016 20:44:04
3 4 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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JOGOS OLÍMPICOS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
EdsonValente
OPORTUNIDADESDEOURO
Empreendedores participam das Olimpíadas buscando aumentar o faturamento e a visibilidade
Antes mesmo de os atletas entra-
rem nas disputas por medalhas, os
Jogos Olímpicos do Rio já tinham al-
guns vencedores. Trata-se de um
grupo de pequenos e médios negó-
cios que encontrou no megaevento
um caminho para aumentar o fatu-
ramento e a visibilidade nomercado.
Desde 2013, o Sebrae-RJ, emparceria
com o Comitê Rio 2016, auxiliou po-
tenciais fornecedores de produtos e
serviços interessados em participar
de concorrências. O trabalho consis-
tiu em orientar os empreendedores
sobre gestãofinanceira, pessoas, pla-
nejamento, qualidade e inovação. As
empresas que participaram do pro-
grama receberam, ao final, uma cer-
tificação internacional que as habi-
litam a fornecer para fora do Brasil.
Mas, como numa corrida de obstá-
culos,milharesficarampelo caminho.
Das 12, 5mil pequenas empresas que
se cadastraram no site de suprimen-
tos doComitê, em tornode900 foram
chamadaspara algumtipodenegocia-
ção. Volumes altos, comprometimen-
tocomoprazodeentregaeexigências
de certificações eliminaram grande
parte dos empreendedores. Estima-
sequeos Jogos tenhammovimentado
R$3bilhõesemcontrataçõesesubcon-
tratações,dosquaisR$300milhões fo-
ramdestinados apequenas empresas.
No total, o eventomobilizou cerca de
2.500fornecedoresemaisde35milpro-
fissionais terceirizados. A seguir, co-
nheçaalgumasdasempresasqueapro-
veitaramessaoportunidade.
Jogando commúsica
Em nenhum evento de grande porte pode faltar música.
E é esse o filão explorado pela produtora S de Samba, ad-
ministrada pelosmúsicosWilsonSimoninha, 52 anos, e Jair
Oliveira, 41, epeloengenheirodesomJoãoBaptistaFilho, 50.
No total, a S de Samba desenvolveu nove peças para os Jo-
gos Olímpicos, sob encomenda de clientes como Embratur,
Correios, Nestlé e Comitê Paralímpico. “Temos umhistórico
nesse tipo de trabalho que nos credenciou a vencer várias
concorrências”, diz Simoninha. Ele se refere a jingles comoo
“VemPraRua”, produzidoparaoscomerciaisdaFiatdurante
a Copa das Confederações de 2013. Neste ano, a S de Sam-
baaumentou seu faturamentoem25%eprecisoucontratar
20pessoas, entre instrumentistas, arranjadoresemaestros.
Passos firmes na quadra
Nas Olimpíadas, nada é “apenas um detalhe” — qual-
quer característica do espaço e/ou ambiente pode ser cru-
cial. Inclusive o piso onde ocorrem as provas. Nesse aspec-
to, a paulista ACE Pisos e Revestimentos deu uma forcinha
para os atletas de handebol, vôlei, boxe,
esgrima, goalball e
bocha paraolímpica. A empresa forneceu 25mil m² de piso
vinílico para as quadras dessasmodalidades. “Desse total,
15milm² foramnegociadosdiretamentecomaFIVB(Federa-
ção InternacionaldeVoleibol)”,dizEduardoDamaa, 45anos,
um dos sócios da ACE. Outros 6mil m² domesmomaterial
pavimentaram áreas como o auditório e a sala de impren-
sa do parque olímpico. O evento deve representar 8% dos
R$ 45milhões em receitas previstas para este ano.
NOVAS
MODALIDADES
5 ESPORTES serão disputados pela primeira vez nos Jogos de 2020, em Tóquio, num
gesto para atrair uma nova geração de jovens ao movimento olímpico
Surfe Skate Beisebol Escalada Caratê
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SETEMBRO, 2016 pequenas empresas& grandes negócios 3 5
Mãozinha da torcida
Em 2012, o engenheiro RogerYokoyama,
38 anos, inventou um produto inusitado pa-
ra a Copa doMundo: amanuzela, um par de
mãozinhas infláveis de plástico e que serve
para a torcida acenar, fazer dancinhas e ba-
rulho.Oobjeto (R$59,90)emiteumsomgra-
ve emais suave do que as estridentes vuvu-
zelas. Em 2014, porém, apenas 75mil manu-
zelas personalizadas foram vendidas para
eventos da Oi. Mais experiente, Yokoyama
conseguiu licenciar seu invento comoprodu-
tooficial daRio 2016eespera faturar R$ 1mi-
lhãonesteano. “Omais importante foi a vitri-
ne,poispretendemoschegara20países”, diz
o dono daManuzela Produtos eMarketing.
Quandoalgumasdasdelegaçõeschegaram
à Vila Olímpica e se depararam com proble-
mas nas instalações, o engenheiroOsiasRo-
chaMatosFilho, 54anos, foiacionadoemca-
ráterdeurgência.Foielequemapagouoincên-
dionaocasiãoaomobilizar110homensparaos
reparos necessários. Filho é sócio daMathus
Engenharia e Arquitetura, empresa que reali-
zoudiversos serviçosnapreparaçãodos jogos
—casodasobrasdapistadovelódromo,dailu-
minaçãodoMaracanãedetodaapartedeca-
beamentonecessárioparaastransmissõesde
TV. “Graças àsOlimpíadas, nosso faturamen-
toanualdevepulardeR$1,2milhãoparaR$10
milhões em2016”, dizMatos Filho.
Recorde no faturamento
Boa parte dos trabalhos emumaOlimpía-
das acontece às escondidas do público. Co-
mentaristas de rádio e TV, por exemplo, pre-
cisamdeumespaçocomisolamentoacústico
e térmico para acompanhar os jogos. É aí que
entraaDreamdomus,deCamposdosGoyta-
cazes(RJ), fabricantedemódulosdeconstru-
ção feitosdeaçogalvanizado, quepodemser
montadosedesmontadosrapidamente.Aes-
trutura tambéméusadaparaabrigar equipa-
mentosque requerem temperatura controla-
da. “Nuncahavíamosparticipadodeumeven-
to desse porte”, dizVitorSilva, 43 anos, sócio
daDreamdomus.Oquadrode50funcionários
precisou ser duplicado durante a festa.
Crescimentomodular
POOLDE
CONCORRENTES
FONTE: Comitê Olímpico do Brasil
90% das empresas contratadas pelo Comitê
Olímpico Rio 2016 são brasileiras. Muitas delas se
uniram em consórcios para atender às exigências
e demandas previstas em contrato.
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ADRIANOLIRA
3 6 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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MÊS EM REVISTA
I25/7A operadora de telefonia americana
Verizon anuncia a compra do Yahoo!
por US$ 4,8 bilhões. Essa foi a segunda
aquisição recente da operadora no
mercado de tecnologia. Em junho do ano
passado, a empresa comprou a AOL por
US$ 4,4 bilhões. As negociações para
a compra do Yahoo! duraram cerca de
cincomeses. De acordo com a Verizon, o
objetivo da aquisição foi ampliar o ramo
de atuação da empresa e transformá-la
em umnegócio de tecnologia, em vez
de apenas uma operadora de celular.
I26/7Tem início emChicago,
nos Estados Unidos,
o Sage Summit. O
evento promovido pela
Sage, empresa global
especializada em
soluções de gestão, teve
entre os palestrantes
Richard Branson,
fundador da Virgin, e
Ashton Kutcher, ator de
Hollywood e investidor
de empresas como
Flipboard e Airbnb. O
evento também contou
com apresentações
de especialistas
em processos
operacionais, vendas
emarketing digital,
entre outros temas.
I28/7O jogador de futebolWendell Lira anuncia a criação de um
canal de games no YouTube. Lira, que atuou apenas em
times pequenos, tornou-se conhecido ao vencer a edição
de 2015 do Prêmio Puskás, da Fifa, que elege o golmais
bonito de cada temporada. A inspiração para virar youtubber
surgiu na entrega do prêmio da Fifa. Na ocasião, Lira jogou
uma partida de videogame como campeãomundial do
jogo Fifa 16. “Vou entrar de cabeça nesse desafio”, afirmou.
O canalWLPSKS—Wendell Lira já tem 107mil inscritos.
I29/7A startup Tower Up conquista o terceiro lugar na
categoria “Games” da Imagine Cup, competição de
empreendedorismo para estudantes organizada
pelaMicrosoft. A Tower Up, criada por estudantes
da PUC-MG, é a criadora doSonhode Jequi, um
game de aventura que tem como cenário o Vale
do Jequitinhonha, uma das regiõesmais carentes
do país. O objetivo da startup é conscientizar
os usuários sobre a importância de preservar
os recursos naturais do Vale. A Tower Up foi a
única empresa da América Latina a ficar entre os
primeiros colocados da competição, disputada
na sede daMicrosoft, emSeattle, nos Estados
Unidos. Como prêmio, recebeu US$ 5mil.
I2/8AFoxbit, site de compra e
venda de bitcoins, anuncia
a compra da concorrente
Bitinvest. Criada em
dezembro de 2014, a
Foxbit é amaior empresa
brasileira operando no setor:
em junho deste ano, foi
responsável por 53,5%das
transações combitcoins
realizadas noBrasil. Já a
Bitinvest foi criada por
FlávioPripas em janeiro de
2014. Pripas explicou que
vendeu aBitinvest porque
estava difícil conciliar o
negócio comsua atuação
à frente doCubo, espaço
de incentivo a startups
patrocinado pelo Banco Itaú
e pelo Redpoint eventures.
QUA
–
3
/8
TER
–
2/8
SEX
–
29/7
QUI –
28/7
TER – 26/7SEG – 25/7
EMPREENDEDORISMOSÊNIOR
Uma pesquisa feita pela Catho mostra que 50,1% dos profissionais brasileiros pretendem abrir
um negócio depois da aposentadoria. Na sequência, aparecem opções como ser um consultor
independente (20,2%) e trabalhar como autônomo (15,1%). O estudo também identificou a idade
em que os profissionais pretendem se aposentar: a maioria espera parar entre 60 e 69 anos.
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SETEMBRO, 2016 pequenas empresas& grandes negócios 3 7FOTOS: AGÊNCIA OGLOBO; DIVULGAÇÃO; FABIANOCANDIDO
I3/8Quase ummês após seu
lançamento oficial, o jogo
PokémonGo chega ao
Brasil. O game, em que
os jogadores capturam
uma série demonstrinhos
pelo celular, tornou-se um
fenômenomundial em
pouquíssimo tempo.Menos
de uma semana após seu
lançamento, Pokémon
Go já tinhamais usuários
ativos que o aplicativo de
relacionamentos Tinder.
As criadoras do game,
Niantic e The Pokémon
Company – joint venture da
qual a Nintendo faz parte
– ainda não divulgaram
nenhuma informação
sobre o desempenho
do jogo no Brasil.
I8/8OGoogle anuncia o nome das startups que participarão de seu programa
de capacitação no Campus, espaço voltado para empreendedores
aberto em junho, emSão Paulo. As 15 empresas são: AlugaLogo, Baby
&Me, Bliive, Cuponeria, Easycrédito, Idwall, Nama, NewHope Ecotech,
ProDeaf, Scicrop, SenseData, Smarttbot, StoryMax, Trakto e Upbeat
Games. Durante seismeses, os empreendedores terão acesso a um
programa dementoria e poderão trabalhar dentro do Campus.
I9/8AApple anuncia a
compra da Turi, startup
especializada em
sistemas de inteligência
artificial comandada
pelo brasileiroCarlos
Guestrin. O valor da
transação foi de US$ 200
milhões. Formado em
engenhariamecatrônica
pela USP, Guestrin é
professor nos Estados
Unidos, onde vive
desde 1998. Fundada
em 2009, a Turi tem
como carro-chefe um
sistema demachine
learning que permite que
aplicativos “aprendam”
com os usuários. A
tecnologia pode ser usada
para recomendação
de produtos, entre
outras aplicações.
I15/8O Instagram
disponibiliza novas
funcionalidades para perfis de empresas no
Brasil. Agora, páginas corporativasmostram
informações de contato, têm ferramentas de
métricas e podem impulsionar postagens.
Segundo Jim Squires, diretor global de
operações demercado, a comunidade de
negócios na rede é enorme e omercado
brasileiro é estratégico. “O Brasil é a segunda
maior presença na rede social, com
35milhões de pessoas, perdendo apenas
para os Estados Unidos”, afirma o executivo.
I17/9Começa no Ceará a Feira do
Empreendedor de Sobral.
Realizado pelo Sebrae, o evento
contou com exposições, palestras,
espaços para a formalização deMEIs
(microempreendedores individuais)
e estandes de empresas de
tecnologia e instituições financeiras.
Para Guilherme Afif Domingos,
presidente da entidade, levar a Feira
do Empreendedor para o interior
do país é um dos compromissos do
Sebrae. “Queremos criar eventos
com a cara dos municípios e de
acordo com a realidade econômica
de cada região”, disse Afif.
Confiraaagenda
completade
setembronosite
dePEGN:
revistapegn.globo.
com/Agenda
SOCIAL
MEDIAWEEK
Voltadopara
empreendedores
eprofissionais
dasmídias
sociais, o evento
terápalestras
sobreprodução
deconteúdo,
marketing,
empoderamento
feminino,
crowdfundinge
branding.OSocial
MediaWeeké
uma iniciativa
global. São
realizadoseventos
simultâneosem
todooplaneta:
enquantoocorre
aediçãodeSão
Paulo, também
haveráencontros
emLondres, na
Inglaterra,Miami,
nosEstados
Unidos, eMumbai,
na Índia.
Quando
De 12a 16de
setembro
Onde
Confira locais em
www.
socialmediaweek.
org/saopaulo
PREPARE-SE
O que vem por
aí em setembro
SE
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3 8 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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ENTREVISTA
Facundo Guerra
Nascido emCórdoba (Argentina), chegou aoBrasil aos 5 anos.
Morador do bairro de Santa Cecília, zona central de SãoPaulo, criou
umgrupo de entretenimento que reúne 200 funcionários e atende
mais de 1milhão de pessoas por ano. Formou-se emengenharia
pelo InstitutoMauá deTecnologia. Tem42 anos, é casado e pai
de umamenina de 4 anos que gosta de pintar as unhas dele.
“QUERODEIXARMEMÓRIAS
PARAASPESSOAS”
ThomazGomes AnnaCarolinaNegri/Editora Globo
Idealizador de algumas das casasmais badaladas da noite de São Paulo,
Facundo Guerra diz que contar boas histórias émais importante do que contar
pilhas de dinheiro. Foi com essamentalidade que ele abriu o Vegas Club, sua
primeira boate, em 2005. Ao atrair jovens de classemédia para o chamado
Baixo Augusta, tradicional reduto de bordéis e botecos “risca faca”, o local
se consagrou como umdos ícones do processo de revitalização da região.
Em 2012, o clube fechou as portas para dar espaço à criação do Grupo Vegas,
holding de entretenimento famosa por resgatar espaços esquecidos pelos
moradores da cidade. Depois de repaginar cinemas, pontos turísticos e bares
históricos, Facundo agora está em busca de novas histórias para contar.
Os planos incluem um aplicativo paramúsicos de rua e um novo stripclub.
Como você descobriu o seu
lado empreendedor?
Trabalhei duranteumbomtem-
pocomo funcionário corporativo.
Virei gerente de novos negócios
da America Online aos 25 anos.
Eraomelhor empregodomundo.
Tinha geladeira cheia de iogurte,
suco grátis,mesadepebolim, um
monte de gente legal e um puta
deumsalário.Eugostavadaquela
previsibilidade, dofinal de sema-
na, daquele colchão de conforto
que apenas um emprego formal
oferece. Mas, um belo dia, tudo
isso desapareceu. Fui demitido.
Estava com 30 anos e ainda não
havia me consolidado profissio-
nalmente. Sabia que seria muito
difícil encontrar algo compatível
comoqueeutinha.Dentrodanar-
rativadaminhacarreira, seriaum
retrocessovoltar paraomercado
emumcargomenor.Tinharecebi-
douns 200pausde rescisão e de
FGTS.Então, emvezde comprar
omeuprimeiro apartamento, de-
cidi empreender. Na pior das hi-
póteses, isso seria bem visto por
um futuro recrutador.
Qual foi o primeiro negócio?
Entrei como sócio na Theodo-
ra, umamarca de roupa femini-
na criada pela [estilista paulis-
tana] RitaWainer. Não deu cer-
to. Gastei boa parte da grana que
eu tinha ali. Aí surgiu a oportu-
nidade para abrir um clube no
centro da cidade.
Já frequentava a noite?
Não, nunca tive interessenisso.
Não gosto nem de beber.
Entãoporquedecidiu inves-
tir em uma casa noturna?
Foiumacoisameioacidental. Eu
não tinha muito a perder. Então
fui pegando os entroncamentos
que se apresentarampramim.Os
carasque faziamosacessóriosda
Theodora tinham um clube cha-
madoXingu.Elescontraíramuma
dívida comigo e me ofereceram
uma porcentagem do negócio.
Terminei levando um cambau,
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4 0 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
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FACUNDOGUERRAENTREVISTA
Vendia fichas. Operar dessa for-
mame dava umamargem de lu-
cro muito maior, inclusive.
O quemais foi feito?
O Vegas sempre teve uma ver-
dade. Odinheiro acabounomeio
da obra e eu fui levantar parede
junto com os pedreiros. O local
tinha personalidade. As pessoas
valorizam isso. O capitalismo es-
tá ficando mais autoral. Peque-
nos empreendedores, como eu,
perceberam que o dinheiro não
é a única coisa que você tira de
uma empresa. Eles passaram a
buscar uma satisfação estética,
uma oportunidade de se expres-
sar pelo seu negócio. Essa histó-
ria de gourmetização éumrefina-
mento do capitalismo. A falência
dos fast-foods é prova disso. As
pessoas estão dispostas a pagar
mais por umhambúrguer se en-
xergaremuma expressão estéti-
ca e pessoal naquilo. O dinheiro
não pode mais ser a medida de
tudo.Muitomenos o centro das
nossas vidas.
Masodinheiroéummeione-
cessárioparaviabilizaressas
expressões, certo?
Eu estou falando isso da pers-
pectiva de alguém que já garan-
tiu três refeições, um banho
quente e um teto. Desse ponto
mas comecei a entender melhor
esse universo. Logodepois, o ca-
ra para quemeu vendia peças de
ponta de estoque [o empresário
José Tibiriçá] me disse que iria
abrir uma boate na rua Augusta.
Ele me convidou para ser sócio.
Assim nasceu o Vegas. Foi uma
série de acidentes que hoje en-
tendo como oportunidades.
Oquevocê fezpara colocar o
negócio de pé?
Sempretivevontadedefazercoi-
sasnovas. Souumgrandeconsu-
midordeficçãoespeculativa. Isso
me fez fugirdoparadigmadecriar
algoque já existia.Nunca acredi-
tei num público-alvo específico.
Isso é balela. O público-alvo fui
eu mesmo. Criei um lugar pen-
sandoemmim,nas coisasque eu
gostava. Parece coisade egotista.
Mas a única coisa que te liga aos
outros humanos é você mesmo.
É isso que te dá empatia para en-
tender o outro. Então, comecei a
visitar os clubes que já existiam
emSãoPauloparaentenderoque
eles estavam fazendo de errado.
E para descobrir o que eu gosta-
ria que fosse feito.
E o que eles estavam fazen-
do de errado?
Amaioria das pessoas vai a uma
boatepelasmesmas razões:mas-
carar o seu vício em álcool, des-
colar um corpo ou fazer umdes-
carrego. Éum lugarde escapismo
para vidas suprimidas, castradas
pelo capitalismo. É por isso que
existe aquela euforiade sexta-fei-
ra.Éomomentoemqueaspesso-
as sentem que existem. Elas vão
paraaboate,bebemeacordamsei
lá onde. É o tal do ‘dia de malda-
de’. E o que acontece? Dá três da
madrugada, o cara pega um cor-
po e precisa esperar 40 minutos
numa fila para pagar a comanda
de consumação. Eu resolvi subs-
tituir as comandas por fichas de
cassino, que eram pagas anteci-
padamente.Criei umamoedapa-
ralela dentro do Vegas. Aí eu não
vendiamais apenasumacerveja.
em diante, o dinheiro vira
uma
abstraçãomuito ridícula. A par-
tir do momento em que eu ga-
nho o suficiente pra manter tu-
do isso, eu posso abrir mão do
resto. Não sou feliz porque eu
empreendo, mas porque posso
me expressar. Vejo o dinheiro
como uma unidade de energia.
Então, se eu pego esse dinhei-
ro e converto isso em algo es-
tagnado, essa energia vai se de-
gradar. Émuito absurdo, quase
pornográfico, estocar R$ 3 mi-
lhões num apartamento na Vi-
la Olímpia [bairro nobre da zo-
na sul de São Paulo]. Quando eu
acumulodinheiro, preciso come-
çar algo novo.Meupai era comu-
nista, então eu tenho essa rela-
ção meio louca com dinheiro.
Vivo com uma cabeça de classe
média. Quando eu vou produzir
alguma coisa, eu produzo para
essa classe média que valoriza
o seu dinheiro e que entende o
valor do que estou oferecendo.
Foi essamentalidadeque le-
vou à diversificação dos ne-
gócios do grupo?
As coisas foram acontecendo
naturalmente. O Vegas chegou
aofinaldoseuciclo em2012. Já ti-
nha começadoaprocurarporno-
vasestruturasdeentretenimento.
Umahistória terminou levandoa
CLUBEDO
CORAÇÃO
Primeira boate
de Facundo, o
Vegasmarcou
época ao reunir
diferentes tribos
em uma área
degradada do
centro de
São Paulo
FOTO: GABRIEL RINALDI/Editora Globo
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SEETMBRO, 2016 pequenas empresas& grandes negócios 4 1
outra.Oobjetivo sempre foi criar
lugaresquedeixassemmemórias
na vida das pessoas. Quero que
umadolescente se lembredeum
filmequeele viunoDrive In [sala
docinemaBelasArtesambientada
compoltronasde carrosantigos]
quando tiveruns 50anos.Queele
lembre que comeu um hambúr-
guer delicioso e que viu E.T. nu-
ma tela grande. Quero que duas
pessoas que se conheçam no Ri-
viera [bar da década de 1940 res-
taurado em parceria com o chef
Alex Atala], se casem e tenham
filhos. Estou criando lembranças
afetivas na vidadaspessoas,me-
xendo como drama humano. Is-
so o dinheiro não compra.
O drama humano também
temoseu ladosombrio. Prin-
cipalmentequandoexisteex-
cesso de álcool envolvido...
Asociedade temumaperspecti-
vamoral de acharqueoálcool é a
únicadroga aceitável. Soua favor
de todas asdrogas. Achoque são
substâncias importantíssimaspa-
ra adimensãohumana.Consumi-
mosdrogadesdeque somosbár-
baros. Éumapenaqueo álcool, a
cafeínaeo tabacosejamasúnicas
drogas legitimadas pelo Estado.
Resumindo: sinto muito que eu
precise vender álcool. Preferiria
vender cannabis ouácido.Oune-
nhuma dessas coisas. Tenho um
problemaético emrelação a ven-
derálcool.Nofinaldascontas, ter-
mino sendoumbotequeirometi-
do abesta.Mas entendoque isso
é ummal necessário. As pessoas
precisamesquecerasvidasque le-
vam.Éuma razão triste,masnão
sou eu que invento essas regras.
Isso não quer dizer que preciso
fazer apenas isso.Tambémestou
vendendoexperiênciasnocinema
enoMirante9de Julho [ponto tu-
rísticodeSãoPaulo transformado
emcafé e espaço cultural]. Estou
tentandoescapardanecessidade
de vender álcool.
Ecomovocê lida comospro-
blemas causadospelo consu-
mo excessivo de bebida?
Os negócios do grupo recebe-
ram mais de 1 milhão de pesso-
as no ano passado. E não regis-
tramos mais do que dez brigas.
Meus espaços não acolhempes-
soas violentas. A violência vem
da necessidade de uma pessoa
querer se destacar dos outros.
E aqui não tem camarote. Não
tem champanhe com foguinho.
Não é o David Guetta [DJ fran-
cês conhecido pelo estilo mais
comercial] que vai tocar. As pes-
soas tendem a ser violentas por
uma questão de destaque so-
cial. E não oferecemos ambien-
te para o cara pagar demachão.
Além disso, temos uma lista ne-
gra compartilhada. Se alguém
brigar emumdos nossos estabe-
lecimentos, não consegue mais
entrar emnenhuma casa do gru-
po. Também recusamos pessoas
muito bêbadas e instruímos os
barmans a não servirem clien-
tes completamente alcooliza-
dos. Não quero ganhar dinhei-
ro em cima da dor alheia.
Além do Mirante e do Drive
In, quais são os outros negó-
cios que compõemaestrutu-
ra do Grupo Vegas?
Hoje estamos com duas casas
de show:Cine Joia [instalada em
um cinema da década de 1950] e
ZCarniceria [construídono imó-
vel queabrigavaoAeroanta]. De
boates, temos a PanAm, o Yacht
Club e o Lions. De bares, temos
o Frank e o Riviera.
É bastante coisa para tocar.
Como se divide para admi-
nistrar todos eles?
Tenhopessoasdeconfiança,que
estãocomigohámuitotempo.Não
tenhomais essa ilusãodecontro-
le, de centralizar as coisas. Claro
que jáme fodi muito com a inefi-
ciênciadesóciose funcionários.A
operação inicial era tão lucrativa
que terminou suprindo esse ralo
administrativo.Mas,paracrescer,
ALÉMDA
BALADA
Instalado em um
antigo cinema de
filmes orientais,
a casa de shows
Cine Joia é uma
das apostas para
diversificar as
áreas de atuação
do Grupo Vegas
FOTO: DIVULGAÇÃO
038_043_PE332_EntrevistaPaginasLaranja.indd 41 25/08/2016 20:05:55
4 2 pequenas empresas& grandes negócios SETEMBRO, 2016
www.revistapegn.com.br
FACUNDOGUERRAENTREVISTA
“AÚNICAPREOCUPAÇÃOQUE
EUTENHONAVIDAÉOQUEA
MINHAFILHAVAIENCONTRAR
QUANDOESCREVEROMEU
NOMENASBUSCASDO
GOOGLE.NÃOQUEROQUEELA
MEVEJAAPENASCOMOUM
CARAQUEVENDIAÁLCOOL”
mandoumdrinquebemfeito, sem
querercomeroucomercializares-
sa carne?Hoje, o vinhoéogrande
afrodisíaco da classe média. Ela
precisa do álcool, da pornografia
ou de uma casa de swing para se
destravar sexualmente.Mas e se
ela tivesse outro lugar para exci-
tarossentidos?Estou falandodos
sentidos, nãoapenasdagenitália.
Imagina um strip club foda, com
bomserviço e ótima coreografia.
Tudo issocommeninas,meninos
e trans lindos. Poderia funcionar
muito bem por aqui.
Quando pretende lançar?
O projeto já está pronto, con-
cebido e formatado. Vai se cha-
mar Carrossel. Estou esperan-
do entrar grana para começar
a fase de execução. Eu sempre
“virtualizo” as minhas empre-
sas antes de fazer o investimen-
to.Meus sócios cuidam dos pla-
nos de negócio. Elesme ajudam
a definir o que é prioridade, on-
de podemos perder e onde te-
mosmais chances de ganhar. Aí,
quando o dinheiro chega, eu já
sei onde exatamente ele vai en-
trar. Eu não gostomuito de busi-
ness plan. Mas é algo que ajuda
a ter dar uma ordem de impor-
tância para as coisas. Você sa-
be que vai entrar mais recurso
aqui, que talvez não seja a hora
de perder dinheiro ali...
precisei consertar tudo isso.Ten-
tomecercardosmelhoresprofis-
sionais que posso. Atualmente, a
maior parte domeu trampo éde-
senvolver conceitos e criar uma
culturadeempresa.Outrodia,dei
uma volta para mostrar as casas
para um grupo de gringos. E me
surpreendi comotodaselasestão
bem cuidadas e bastante cheias,
mesmo na crise. Hoje, só traba-
lho comosmelhores.
Consegue relaxar e aprovei-
tar os lugares?
Consigo sim.Não soumuito de
sair à noite. Até porque tenho
uma filha pequena. Mas almoço
quase todos os dias noRiviera. É
perto daminha casa e eu adoro a
comida. Frequento oDrive In e o
Mirante comaminhafilha. Tam-
bém vou ao Cine Joia para assis-
tir a alguns shows.
Quais são os novos projetos
do grupo?
Sou motivado por criar forma-
tos de entretenimento que nin-
guém pensou. Eu me pergunto,
por exemplo, porqueagentenão
temumstripclubdecentenoBra-
sil? Por que a gente tem quemo-
ralizar o corpo? Por que umstrip
club precisa ser apenas um co-
mérciodecarne?Porquevocênão
podeverumcorpodemulher,ho-
memoutrans, emmovimento, to-
E quando você perde? O que
faz quando as previsões não
se concretizam?
Isso nãome afeta muito. A úni-
cacoisaquefazdiferençaéquanto
dinheiroeudevoparaobanco.As-
sim como todo empresário brasi-
leiro, eu tenhoumníveldeendivi-
damento.Vivemosemumasocie-
dadeendividada,né?Masogrupo
está numpatamar saudável.Meu
pai me ensinou algo maravilho-
so sobre isso. Se você deve R$ 20
mil,oproblemaéseu.Sevocêdeve
R$ 20 milhões, o problema é do
banco. Então relaxa aí.
Amaioria

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