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Resumo Conceito e Divisão do Direito

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Não há um consenso sobre o conceito do direito. A palavra “direito” é utilizada para designar o conjunto de 
regras que se disciplina a vida em sociedade, essas regras se caracterizam por a) caráter genérico, que tem relação 
à indistinta aplicação à todos os indivíduos, e b) jurídico, que as diferencia das demais regras de comportamento social 
e lhes confere eficácia garantida pelo Estado. 
 
 Normas de conduta constituem o direito objetivo, o conjunto de leis compõe o direito positivo. A palavra 
“direito” origina-se do latim directum, significando aquilo que é reto, que está de acordo com a lei. Direito não tem 
outro objetivo senão a realização da justiça. 
 Há marcante diferença entre o “ser” do mundo da natureza e o “dever ser” do mundo jurídico. Os fenômenos 
da natureza, sujeitos às leis físicas, são imutáveis, enquanto o mundo jurídico, o do “dever ser”, caracterizam-se pela 
liberdade na escolha da conduta. 
 
 As normas jurídicas e morais têm em comum o fato de constituírem regras de comportamento. No entanto, 
distinguem-se principalmente pela sanção, que é imposta pelo Estado, e pelo campo de ação, que na moral é mais 
amplo. Assim, nem tudo que é moral é jurídico. A principal diferença entre a regra moral e a regra jurídica repousa 
efetivamente na sanção. 
 
 Direito e moral distinguem-se ainda pelo fato de o primeiro atuar no foro exterior, possibilitando medidas 
repressivas do aparelho estatal quando violado, e a segunda no foro íntimo das pessoas, encontrando reprovação na 
sua consciência. 
 
 
 
➢ Direito Positivo é o “conjunto de princípios que pautam a vida social de determinado povo em determinada 
época”. Segundo Capitant, é o que está em vigor num povo determinado e compreende toda a disciplina da 
conduta, abrangendo as leis votadas pelo poder competente, os regulamentos, as disposições normativas de 
qualquer espécie. 
➢ Direito Natural é a ideia abstrata do direito, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e 
suprema. Na época moderna, o direito natural desenvolve-se sob o nome de jusnaturalismo, sendo visto como 
“expressão de princípios superiores ligados à natureza racional e social do homem”. 
 
➢ Direito Objetivo é o conjunto de normas impostas pelo Estado. Esse conjunto de regras jurídicas 
comportamentais (norma agendi) gera a faculdade de satisfazer determinadas pretensões e de praticar os 
atos destinados a alcançar tais objetivos (facultas agendi). 
➢ Direito Subjetivo é “poder que a ordem jurídica confere a alguém de agir e de exigir de outrem determinado 
comportamento”. 
Na realidade, direito objetivo e direito subjetivo são aspectos da mesma realidade. Direito subjetivo é a 
expressão da vontade individual, e direito objetivo é a expressão da vontade geral. O direito subjetivo, ainda, trata-se 
de um poder atribuído à vontade do indivíduo para a satisfação dos seus próprios interesses protegidos pela lei. 
 
 Embora a divisão do direito objetivo em público ou privado remonte ao direito romano, até hoje não há 
consenso sobre seus traços diferenciadores. Como se depreende das palavras de Ulpiano: “direito público é o que 
corresponde às coisas do Estado; direito privado, o que pertence à utilidade das pessoas”. 
DIREITO PRIVADO DIREITO PÚBLICO 
Direito Civil Direito Constitucional 
Direito Comercial Direito Administrativo 
Direito Agrário Direito Tributário 
Direito Marítimo Direito Penal 
Direito do Trabalho Direito Processual (civil e penal) 
Direito do Consumidor Direito Internacional (público e privado) 
Direito Aeronáutico Direito Ambiental 
 
 Desde o final do século XIX se observa uma tendência para unificar o direito privado e, assim, disciplinar 
conjunta e uniformemente o direito civil e o direito comercial. Alguns países tiveram experiências satisfatórias com a 
unificação, entretanto, as referidas experiências demonstraram que a uniformização deve abranger os princípios de 
aplicação comum a toda matéria de direito privado, sem eliminar a específica à atividade mercantil. Desse modo, a 
melhor solução não parece ser a unificação do direito privado, mas, sim, a do direito obrigacional.

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