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IAIN MACKENZIE POLITICA CONCEITOS CHAVE FICHAMENTO 2

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Nome: Letícia Bernardes de Lucena 
R.A. : 22002600
Turma: B/ Matutino/ Taguatinga Sul
Texto: MACKENZIE, Iain. Política: conceitos-chave em filosofia. Porto Alegre: ArtMed, 
2011. “Três dimensões do poder”, “O poder e a normalização”, pp. 75-82. 
	O autor Iain Mackenzie, traz em seu livro a visão de quatro autores renomados, que exemplificam e descrevem suas visões sobre ´´o poder``. O primeiro desses autores é Robert Dahl, que foi o pioneiro no debate sobre as faces e dimensões do poder. Com base em suas pesquisas sobre o poder na vida política americana, após a 2° Guerra Mundial, Dahl concluiu que o poder não estava concentrado nas mãos de uma única elite, ele então define através de uma concepção simples que nos temos do poder com base no senso comum, na qual uma pessoa ou grupo faz uso do poder que possui para fazer com que outros façam coisas que de outra forma não fariam. (MACKENZIE, 2011, pp. 75-76)
	Uma dupla de cientistas políticos chamados Bacharach e Baratz, sustentava que a concepção de poder de Dahl deixava de considerar processos decisivos, nos quais a elite manipulava o meio político que os cerca, para obter o que querem. Com isso eles fazem o acréscimo ´´a segunda face do poder``, que joga luz sobre o modo como o poder funciona por meio de alianças políticas informais e acertos ´´por trás das cenas`` que determinam as discussões e os debates formais, ou seja o poder só pode ser exercido pelo ´´Estado`` enquanto elites dominam a opinião pública em busca de benefício próprio.(MACKENZIE,2011,pp. 76-77)
	Enquanto para Bacharach, Baratz e Dahl o poder é exercido por indivíduos sobre indivíduos, Steven Luckes, em sua obra, ´´Poder: Uma Visão Radical``,1974, sustenta que a manifestação do poder na sociedade supera o que a 1° e 2° dimensão conseguem captar. Sendo assim ele argumenta que o poder é exercido através de estratégias político-econômicas que ´´manufaturam consenso´´ em meio a população. Seu objetivo é evidenciar que a preferência dos atores políticos desde sempre estão determinadas por sua interação na esfera pública, nem sempre de maneira consciente. O poder opera em meio profundo, estrutural, na sociedade, o que faz com que nossas preferências como indivíduos e também às preferências de atores políticos em geral, são muitas vezes determinadas através de estruturas fundamentais que servem de interesse para alguns e não de outros. É possível inferir que uma massa impõe seus desejos e hábitos aos indivíduos, os convencendo assim de que o que fazem é o ideal a ser seguido´´( MACKENZIE,2011, pp.78-79)
	A obra de Foucault nos afasta dos modelos tradicionais de concepção de poder e foca a atenção nas maneiras sutis e minuciosas, nas quais o poder ´´normaliza`` nossa conduta. A pesquisa de Foucault consistia em analisar as maneiras como o poder opera em todas as relações sociais para plasmar e condicionar as estruturas que nos proporcionam o senso de identidade. Ele sustentava que as definições tanto marxistas quanto liberais tendiam a subestimar a operação do poder na sociedade, deixando de reconhecer as sutilezas na operação. (MACKENZIE,2011,p. 79)
	Foucault sustenta que o poder ´´nunca está localizado aqui ou ali``, é antes ´´utilizado e exercido por meio de uma organização semelhante a uma rede``(1980:98), O poder não é uma substância que pode ser mantida por uma pessoa ou grupo, ele só é exercido por meio de relacionamentos, ou seja é parte integrante de todas as relações . Outro enfoque importante a ser considerado de acordo com as ideias fundamentais de Foucault é a de que o poder não opera de cima para baixo; é antes um dispositivo de interação social que opera de baixo para cima. (MACKENZIE, 2011, p 80)
	Argumenta Foucault, que o poder e resistência estão sempre ligados, visto que a resistência sempre significa revestir-se de poder, e também não haveria meio de resistir se já não estivéssemos em uma relação de poder. O poder tanto incita como reprime a ação. (MACKENZIE, 2011, pp.80-81)
	O Estado é um conglomerado complexo, multifacetado de relações entrelaçadas e entretecidas que se estende dentro e além de seus limites, sendo assim, pode agir como foco de relações de poder, na medida que funciona no âmbito de uma rede mais ampla de relações de poder. Tendo em vista a visão de Foucault sobre o poder, pode se concluir que o Estado oprime algumas pessoas para o interesse de outras, afinal ele, já não é mais uma entidade coerente singular que se mantém acima ou à parte do mundo político, ele não mais nos garante as liberdades. (MACKENZIE, 2011, pp.81- 82)

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