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Seção 4 - Condições gerais ES-105: Caminhos de serviços Do que depende a implantação e/ou utilização dos caminhos de serviço? A implantação e/ou utilização de caminhos de serviço se condiciona à prévia e formal autorização da fiscalização. Quais são os tipos de caminhos de serviços? Os tipos de caminhos de serviços são: - Aproveitamento de vias existentes (uso público ou privado); - Abertura de via situada no exterior da faixa definida pelas linhas de offset; - Abertura de via situada no interior da faixa definida pelas linhas de offset. O que deve ser observado no caso em que o caminho de serviços é uma via existente (uso público ou privado)? Neste caso, quando da necessidade do estabelecimento de démarches (tratos) com terceiros deve haver a interveniência do DNIT. Qual é a características dos caminhos de serviços fora das linhas de offset? Os caminhos de serviços fora das linhas de offset devem apresentar: - Características operacionais estritamente indispensáveis às suas finalidades (não é necessária a excessiva qualidade, apenas a mínima); - Ante uma expectativa de prazo bastante reduzida, vinculada ao cronograma de implantação do segmento viário que lhe corresponde; - A finalidade estrita de atender, provisoriamente, a tráfego específico da obra. Qual é a características dos caminhos de serviços dentro das linhas de offset? A implantação dos caminhos de serviço deve ser considerada como a execução de uma etapa da implantação da rodovia, podendo, assim, assumir características melhores e de conformidade com o definido no projeto de engenharia. Comente sobre a manutenção dos caminhos de serviço. As vias devem estar submetidas a serviço de manutenção atento e permanente, em função da magnitude do tráfego (buscam manter as características mínimas para sua utilização mesmo sendo uma via de utilização provisória). ES-106: Cortes Quais são os destinos possíveis para os materiais objetos de implantação do segmento de corte? Os materiais objetos de implantação do segmento de corte podem ser levados para quatro possíveis locais: Bota-fora: o solo não será utilizado (excesso de material ou inservível pela má qualidade técnica do material); Praça de depósito: o material é transportado até o local intermediário para posterior utilização em corte e/ou aterro. Se o corte ou aterro que receberão o material não estiverem preparados para recebimento imediato do material; Corte: utilização para substituição ou tratamento da plataforma de corte; Aterro: utilização no corpo do aterro ou nas camadas finais. Cite algumas ocorrências em que a utilização da praça de depósito se faz necessária. A situação ideal é aquela em que após a escavação do material (em corte ou caixa de empréstimo) esse seja imediatamente levado até seu destino (plataforma de corte ou de aterro), porém algumas situações isso não é possível. Algumas ocorrências possíveis são: - O destino (plataforma de corte ou de aterro) ainda não foi desmatado, destocado e limpo (serviços preliminares); - A fonte de água para correção da umidade de compactação ainda não foi estabelecida; - Se as outras fontes de materiais (corte ou caixas de empréstimos) para o serviço ainda não estiverem aptas a doar material; - As obras de arte corrente e drenagem não tiverem sido concluídas nos locais que receberão os materiais; - Os caminhos de serviços não tiveram sido implantados. Qual é o resumo da seção 4 (condições gerais) da norma de corte? A seção 4 da norma de corte basicamente comenta que todas as partes envolvidas como doadoras (cortes e caixas de empréstimos) e receptoras de materiais (aterros, praças de depósitos e bota-foras) devem ter sido preparadas conforme os serviços preliminares (desmatadas, destocadas, e limpas, inclusive a remoção de eventuais entulhos) e terem os caminhos de serviços estabelecidos. Já nos aterros, os serviços e atividades anteriores às execuções do aterro devem ter sido construídas e concluídas (OAC e drenagem) bem como a definição da fonte de água (em condições de municiarem, regularmente, as operações de compactação dos aterros). De uma forma indireta, essa norma dá entender que as fontes de material conjugadas devem estar doando ao mesmo tempo para propiciar a eficiência e a continuidade dos trabalhos. Comente sobre a checagem e a revisão dos serviços topográficos após os serviços de desmatamento e destocamento das áreas a ser objeto de escavação (corte e caixa de empréstimo) e de aterro. Após o desmatamento e o destocamento (que é guiado pela marcação do eixo e dos offsets instituídos nos serviços preliminares auxiliados pelas referências de nível - RN) pode ocorrer eventuais danos as marcações ocasionadas pelos equipamentos. A checagem dessas marcações e a revisão tem como objetivo guardar concordância com a nova configuração da superfície do terreno e com o projeto geométrico. O novo levantamento das seções transversais de forma solidária com o RN instituídos no projeto de engenharia (PE). De certa maneira, a nova seção transversal é alterada devida a remoção do desmatamento, destocamento, remoção de entulhos e limpeza. Essas seções transversais serão então as seções primitivas a serem efetivamente consideradas para efeito de elaboração e de marcação da “Nota de serviço de terraplenagem” (respeitadas as cotas do projeto geométrico, diferentemente da cota da superfície do terreno que é alterada pela execução do serviço preliminar propriamente dito), do controle geométrico dos serviços e da medição dos serviços executados. Em suma, é importante para vários serviços. ES-107: Empréstimo Quais são os propósitos adicionais da seleção e/ou utilização de “empréstimos” (além de obtenção de material)? O processo de seleção e/ou utilização de “empréstimos”, a par de atender aos preceitos do Projeto de Terraplenagem, deve também beneficiar as condições da estrada, seja melhorando as condições topográficas ou de visibilidade, seja garantindo uma melhor drenagem. O que deve respeitar os posicionamentos e a exploração dos empréstimos? Os posicionamentos e a exploração dos empréstimos devem obedecer: CORTES Nos cortes (maneira geral – em tangente ou em curva): - Adoção de uma maior inclinação dos taludes (entenda como o ângulo obtuso), de modo a suavizá-los e melhorar sua estabilidade; - Rebaixamento do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo (além de obtenção de material). No caso dos cortes em tangente: - No caso de cortes de pequena altura, alargando-os em toda a altura, para melhorar as condições de drenagem e de visibilidade (não serão necessários patamares); - No caso de corte de altura significativa, promover o alargamento até determinada altura, criando-se banquetas e melhorando a estabilidade dos taludes (além de obtenção de material é alcançada a estabilização dos taludes altos). Nos cortes em segmento em curva: deve ser feito no lado interno da curva, em toda altura ou não, melhorando as condições de visibilidade (melhora a visibilidade dos veículos opostos ou no mesmo sentido dinamizando a probabilidade de colisões frontais ou traseiras). ATERROS No caso dos aterros, deve ser feito lateralmente (empréstimos laterais), com o intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento (economia), melhorando as condições de drenagem (a elevação do greide o que resulta em distância maior da água de eventuais enchentes). O que não deve ocorrer nunca nos empréstimos? Os alargamentos de cortes e empréstimos laterais (aterros) não devem recair sobre cortes e áreas que apresentem, no todo ou em parte, ocorrências de materiais de 3ª categoria (rochas). O mesmo que ocorre para as caixas de empréstimos fora da faixa de domínio (empréstimos confinados). A extração desse tipo de material (3ª categoria) é cara. Comente sobre as condições dos cortes que cederão material de maneira conjugada como empréstimo. Antes do início da exploração do empréstimo, os elementos/componentes do processo construtivo da terraplenagem, que de forma conjugada com cada empréstimo em foco serão utilizados para implantação da via devem estar em condições adequadas (serviços preliminares já executados como outras considerações, em resumo, o corte deve ser apto a ser explorado em conjunto com o empréstimo). Comente sobre os serviços topográficos relativos às caixas de empréstimos. O apoio topográfico pertinente a cada uma das caixas de empréstimos a ser explorada, já devidamente atendido o disposto nas subseções 4.2.3 e 4.2.4 (Serviços topográficos) da ES-104 (Serviços Preliminares), deve, após as operações de desmatamento e destocamento, ser devidamente checado e, ser for o caso, revisto, de sorte a retratar a nova configuração da superfície. Neste sentido, e em consequência, deve ser locada nova rede ortogonal, de forma solidária com os RN’s instituídos no projeto geométrico. Tal nova rede deve-se constituir no apoio topográfico a ser efetivamente considerado, para efeito do controle geométrico dos serviços e da medição do material escavado. Nota: todo o serviço topográfico é tratado na norma de serviço preliminares, mas sempre é citada nas demais normas de terraplenagem. ES-108: Aterros Comente sobre o início e desenvolvimento dos serviços de execução de aterro. O início e desenvolvimento dos serviços de execução de aterro pertinente a um segmento viário se condicionam à rigorosa observância dos dispostos: - Antes do início da execução dos aterros, os elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições adequadas (tanto o corte como o empréstimo, origem dos materiais para o aterro, devem estar preparados para a execução do aterro), condições estas retratadas pelo atendimento ao disposto nas subseções 4 da Norma ES -106 de Cortes (desmatada, destocada e limpa, fonte de água definida, drenagem e OAC concluída, ...); - As respectivas marcações do eixo e dos “Off sets”, bem como as referências de nível “RN” (já devidamente atendido o disposto na norma de serviços preliminares de terraplenagem) devem, após as operações de desmatamento e destocamento, ser devidamente checadas e, se for o caso, revistas, de sorte a guardarem consonância com a nova configuração da superfície do terreno e com o Projeto Geométrico. Neste sentido, e em consequência, deve ser procedido novo levantamento de seções transversais, de forma solidária com os RN instituídos no Projeto de Engenharia. Tais seções transversais constituir-se-ão, então, nas “seções primitivas” a serem efetivamente consideradas, para efeito de elaboração e de marcação da “Nota de Serviço de Terraplanagem” (respeitadas as cotas do projeto geométrico), do controle geométrico dos serviços e da medição dos serviços executados. Comentário: basicamente uma repetição do que foi comentado em todas as normas de terraplenagem sobre os serviços topográficos que são muito bem comentados na norma de serviços preliminares.
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