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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE 
ANÁLISES E PESQUISA: O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA EM 
LABORATÓRIOS DA ÁREA QUÍMICA 
 
Fabio Eduardo Penatti1, Solange T. Lima Guimarães2, Paulo Marcos da Silva3 
 
Resumo: 
 
Laboratórios de análises e pesquisas envolvem uma gama de resíduos no desenvolvimento de 
seus estudos com características intrínsecas referente à sua forma de geração. A quantidade 
gerada de resíduos neste segmento é desprezível comparado às atividades industriais, mas a 
questão ambiental é que estes resíduos não possuem uma técnica padrão para o seu 
tratamento, devido ao potencial de variação da sua composição. Este trabalho buscou 
estabelecer um sistema de gerenciamento de resíduos convencional, mas que procurou 
desenvolver técnicas para a quantificação da geração dos resíduos a fim de criar uma 
sistemática padronizada de controle de uso excedente de produto para a condução e conclusão 
dos estudos. 
 
Palavras-Chave: Resíduos. Gerenciamento. Sistema. Meio Ambiente. Laboratório. Registros. 
 
 
Abstract: 
Analysis and research laboratories involve a wide range of residues during the development of 
their studies with inherent characteristics referring to their generation pathway. The generated 
amount of residues in this segment is despisable in comparison to the industry generated 
residue, however, the main environment related issue is that those laboratory generated 
residues do not have a standard technique for their treatment, due to the potential variation in 
their composition. This study aimed to establish a conventional residue management system, 
with the objective to develop a residue generation quantification in order to create a 
standardized systematic for using and controlling the exceeding products for the studies 
conduction and conclusion. 
Key words: Residues. Management. System. Environment. Laboratory. Registries. 
 
 
 
1 Geógrafo; Mestrando em Organização do Espaço do Programa de Pós-Graduação em Geografia da 
Universidade Estadual Paulista – Campus Rio Claro; Analista de Segurança e Meio Ambiente da Bioagri 
Laboratórios – Piracicaba/SP. E-mail: f.penatti@bioagri.com.br 
2 Professora Adjunta do Depto. de Geografia da Universidade Estadual Paulista – Campus Rio Claro. E-Mail: 
hadra@uol.com.br 
3 Químico formado pela UFSCAR; Mestre em Agronomia pela USP em Ciência do Solo e atual Diretor Técnico 
da Bioagri Laboratórios – Piracicaba/SP. E-mail: paulosilva@bioagri.com.br 
 
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Introdução 
 
No decorrer do processo civilizatório, verificamos um crescimento acelerado da 
população humana, sendo que os diversos resíduos gerados como subprodutos de suas 
atividades, transcendem a capacidade de resiliência do meio ambiente, gerando desequilíbrios 
em seus ciclos originais. Grandes fluxos de elementos artificiais em altas concentrações, e 
muitos deles tóxicos e nocivos à vida na biosfera, são depositados a todo o momento em 
regiões em que o seu subsistema gira em torna da própria dinâmica da natureza. Este fluxo de 
deposição dos rejeitos acaba voltando ao ciclo de vida dos seres humanos sob formas de 
poluição, radiação, contaminação, chuva ácida, entre outras. (FIGUEIREDO, 1995). 
 
Sabemos que no Brasil são gerados milhares de toneladas de resíduos diariamente, 
porém, esses mesmos resíduos não são percebidos como uma significativa preocupação 
ambiental pela nossa sociedade. Esta problemática quase sempre é evitada até o momento em 
que acarretam ameaças, iniqüidades e conflitos ambientais mais graves às pessoas que estão 
diretamente ligadas a esses contextos, tais como as populações que habitam o entorno de áreas 
degradadas, a exemplo, daquelas onde a deposição de resíduos se apresenta potencial e 
efetivamente com altos níveis de poluição e contaminação. 
 
Os resíduos são rejeitos determinados pelo homem que não podem fluir diretamente 
para os rios, solo e ar. Para Philippi (1990) apud Silva (2004) resíduos sólidos podem ser 
considerados qualquer mistura de materiais ou restos destes, oriundos dos mais diversos tipos 
de atividades antropogênicas. São classificados de acordo com a sua natureza física, sua 
composição química, e os riscos potenciais que oferecem ao meio ambiente e a saúde pública 
(perigoso inerte e não inerte). Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
– NBR 10004 – os resíduos sólidos são definidos como: 
 
...resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades de 
origem industrial doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de 
varrição. Ficam incluídos nesta definição lodos provenientes de sistemas de 
tratamento de água, aqueles instalados em equipamentos e instalação de 
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de 
água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em 
face à melhor tecnologia disponível. 
 
 
 Para retratarmos diretamente o problema dos resíduos químicos especificamente, 
devemos considerar que a Química é uma das ciências que mais trouxe benefícios para a 
sociedade principalmente nos últimos tempos. Entretanto, um dos questionamentos mais 
graves relacionados ao uso inadequado da Química refere-se aos danos e riscos ambientais 
causados pela geração de resíduos. Os resíduos químicos compreendem uma infinidade de 
compostos gerados nas mais variadas atividades industriais e laboratoriais do ramo. Estes 
resíduos merecem uma preocupação especial devido à complexidade dos seus compostos, e 
principalmente por apresentarem vários níveis de toxidade, sendo eles de características 
físico-químicas ou bioquímicas, muito distintos em sua complexidade de geração. 
 
 
 
 
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No estudo efetuado sobre a geração de resíduos químicos em laboratórios de análises e 
pesquisas na área química, a quantidade da geração dos mesmos apresenta índices 
desprezíveis comparados às indústrias de grande porte deste mesmo ramo, como as de 
produtos químicos e petroquímicas. Segundo Zancanaro Jr. (2002), se considerarmos a 
quantidade de geração de resíduos no setor industrial (100ton/mês), os resíduos de instituições 
de pesquisas aparentam ser insignificantes. Gil et al. (2007), afirma que a grande diferença 
entre gerenciar resíduos industriais e resíduos de laboratórios está na forma de tratamento e 
disposição final. O grande problema destas formas de geração é a composição variada e 
inconstante que apresentam. As propriedades químicas dos resíduos mudam constantemente e 
dificilmente encontra-se um método padrão e eficaz para o seu tratamento (GERBASE et al., 
2005). 
 
A importância para o meio ambiente de um padrão de gerenciamento destes resíduos 
justifica-se mediante o fato de que as fiscalizações dos órgãos competentes não possuem 
respaldo legislativo quanto ao tratamento que realmente deve ser dado (JARDIM, 1998). As 
deficiências para se estabelecer procedimentos para esta destinação obrigam algumas 
instituições a recorrer e se adaptar em outras leis, como a de Resíduos de Serviço de Saúde 
(RDC 306/04); Inventário de Resíduos Industriais (CONAMA 313/02), ou às normas 
internacionais. 
 
 
Objetivo 
 
 Desenvolver um estudo que consiste em determinar os principais indicadores 
ambientais presentes em laboratórios da área química de análises e pesquisas para criar uma 
sistemática padronizada de quantificações dos resíduos gerados provenientes do 
processamento dos produtos químicos com as substancias testes. 
 
 
1.0 Importância do gerenciamento de resíduos para a conservação ambiental 
 
 Antes de discutirmos qual é o grau de importância do gerenciamento de resíduos 
industriais e de laboratórios para a conservação ambiental, é necessário contextualizarmos 
alguns conceitos sobre meio ambiente. Tommasi (1993), citando Grinover (1989), afirma que 
meio ambiente é um jogo de interações entreo meio que suporta os elementos vivos e as 
práticas sociais produtivas do homem. Sachs (1986) apud Tommasi (1993) coloca que o meio 
ambiente é a interação entre os elementos naturais e a sociedade humana, incluindo os 
domínios ecológico, social, econômico e político. Ao analisar o conceito sob uma perspectiva 
sistêmica, Christofoletti (1990) apud Tommasi (1993, p.11) afirma que neste mesmo meio 
ambiente estão os “geossistemas, que compreendem a organização espacial oriunda dos 
processos do meio ambiente físico, e os sistemas sócio-econômicos, que compreendem as 
organizações espaciais oriundas dos processos ligados às atividades humanas”. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Para compreendermos melhor o meio ambiente, não apenas como um conjunto de 
elementos naturais interagindo entre si, mas envolvendo a interação destes elementos tendo a 
ação do homem como principal agente transformador, consideramos que algumas formas 
dessas relações podem causar danos ambientais irreparáveis ou irreversíveis se não forem 
controladas ou amenizadas através de medidas racionais visando sua conservação. Simmons 
(1982) destaca que o uso crescente do processamento dos recursos naturais está criando uma 
série de problemas ambientais. Por conseguinte, nos dias de hoje, o final do processo de 
produção e o descarte no uso doméstico de alguns desses mesmos recursos, transformados em 
produtos, estão causando sérios problemas de tratamento e disposição final dos resíduos para 
a gestão ambiental. 
 
 A prevenção e a minimização de impactos ambientais causados pelas atividades 
industriais e humanas são alguns dos principais objetivos dos sistemas gestão ambiental. Para 
Tommasi (1993), impactos ambientais são alterações físicas ou funcionais no meio ambiente 
que trazem conseqüências desfavoráveis à sociedade humana. Eles são controlados através de 
ações integradas entre a administração pública, setores industriais, de serviços e sociedade 
civil para o estabelecimento de medidas de redução e tratamentos menos danosos 
relacionados à geração de resíduos. Através de práticas conservacionistas relacionadas à 
prevenção e à remediação de impactos, podemos contribuir para o restabelecimento do 
equilíbrio das relações entre os múltiplos componentes ambientais, acarretando um novo 
relacionamento do homem com seu ambiente total (DUBOS, 1974). 
 
 
1.1 O Gerenciamento de Resíduos como processo do Sistema de Gestão Ambiental 
segundo a série ISO 14000 
 
 
 A série ISO 14000 foi criada pela Organização Mundial de Normatizações (ISO - 
International Organization for Standardization). Esta instituição foi criada em 1946 com o 
caráter de promover o desenvolvimento de normas internacionais com características 
voluntárias na indústria, comércio e serviços. A série inicialmente formulada pela ISO/TC 
(International Organization for Standardization/ Technical Committees) 207 em 1993 tinha 
como meta principal a elaboração de normas de gestão ambiental promovendo um enfoque 
comum ao gerenciamento ambiental para aprimorar métodos de desempenhos ambientais e 
facilitar o comércio entre os países (CAVALCANTI apud FREIRE, 2000 p.20). De acordo 
com os seus conceitos, a organização que pretende implantar um Sistema de Gestão 
Ambiental, deve implantar parâmetros como políticas ambientais, identificação e controle dos 
seus aspectos ambientais, metas e objetivos, treinamentos contínuos, monitoramentos e 
verificação do desempenho ambiental, redução dos impactos ambientais referentes aos seus 
aspectos ambientais, entre outros. 
 
 Os conteúdos da série ISO 14000 estão relacionados diretamente a implantação de 
técnicas que reduzem os processos de deterioração ambiental. No caso de laboratórios 
químicos de análises e pesquisas o principal potencial que pode gerar impacto ambiental é a 
geração de resíduos líquidos oriundos do processamento da amostra analisada e os insumos 
usados para obter os resultados analíticos. Segundo Gil et al. (2007), com as determinações 
desta norma pode-se estabelecer procedimentos de levantamento, armazenamento, 
recuperação e disponibilização dos dados oriundos da quantificação dos resíduos gerados 
favorecendo, desta forma, a prevenção de impactos ambientais de caráter compartimental e 
não-compartimental, tais como contaminações do solo, ar, água, flora e fauna. 
 110 
 Segundo a ISO 14001 após a primeira etapa do cumprimento das suas determinações 
que é o estabelecimento da política ambiental, a próxima etapa é o levantamento dos aspectos 
ambientais que potencialmente podem ocasionar impactos no meio ambiente, sendo ele de 
forma direta ou indireta. Nos laboratórios estudados, os aspectos ambientais que oferecem 
maior destaque é a geração de resíduos líquidos proporcionados por diversas áreas de 
atividade. Cada área de atuação possui uma característica intrínseca quanto aos tipos de 
produtos utilizados e aos tipos de amostras analisadas, ou seja, para cada tipo de amostra são 
necessários produtos diferentes para estabelecer os resultados esperados. Dentro da etapa do 
levantamento dos aspectos ambientais, segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas (2006), é necessária a classificação e a quantificação destes resíduos. Ao partirmos 
deste conceito, foi desenvolvido um sistema de classificação e subclassificação dos resíduos 
químicos gerados para o seu futuro levantamento para se cumprir a determinação da 
quantificação destes resíduos. 
 
 Existem muitos benefícios quanto às quantificações dos resíduos gerados de acordo 
com o sistema de registro implantado (conforme item 4 p.7-11), o principal deles é o de 
atender o requisito da norma que obriga verificar os indicadores de desempenho ambiental do 
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) implantado. Para a Federação das Indústrias do Estado 
de São Paulo (2007), os elementos presentes no SGA, em especial as operações relacionadas 
aos aspectos e impactos ambientais significativos, devem ser monitoradas e medidas, sendo 
que a organização deve manter registros e controle dessas medições. Outro ponto importante 
relacionado às medições de desempenho ambiental é o cumprimento das metas ambientais 
estabelecidas periodicamente pelos laboratórios. Estas metas são traçadas de acordo com os 
índices de geração de resíduos anuais, e de forma gradativa são implantados sistemas de 
redução na fonte, de reutilização e de reciclagem, com o intuito de diminuir estes índices, e 
consequentemente melhorar continuamente o sistema de gerenciamento implantado. 
 
 Além do ponto principal que é o cumprimento das determinações exigidas pela ISO 
14001, os laboratórios estudados possuem atividades diretamente ligadas ao bem estar 
humano, tais como análise de fármacos e análise de resíduos de alimentos, portanto, é 
necessário que o sistema de gerenciamento de resíduos seja adequado à resolução da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 
306/04, pois a sua abrangência enfoca laboratórios de análises de produtos para saúde, além 
de outras normas e leis como as da ABNT- NBR 10004, NBR 12235, NBR 7500, NBR 13221 
e da Comissão Nacional de Energia Nuclear – (CNEN) NE- 6.05, entre outras. Assim como 
exige na ISO 14001, como na RDC 306/04, é necessário após o levantamento dos aspectos 
ambientais, a aplicação do seu manejo segundo outros requisitos legais aplicáveis. No caso da 
RDC 306/04, são citados quais os requisitos legais que devem ser seguidos, já na ISO 14001 
ficam abertos para as adequações conforme a realidade dos aspectos e seus impactos 
decorrentes. Ambas corroboram para a melhoria do bem estar social visando à implantação de 
técnicas que conservem e preservem o meio ambiente. Especificamente a RDC 306/04 é o 
requisito legal que mais se aproxima da realidade estudada dos laboratórios da área química, 
portanto, o sistema de gerenciamento que consiste em caracterizar, classificar, segregar, 
transportar, armazenar, tratar e destinar, além das suas quantificações que consisteem 
desenvolver “instrumentos de avaliação e controle, incluindo a construção de indicadores 
claros, objetivos, auto-explicativos e confiáveis, que permitam acompanhar a eficácia do 
PGRSS implantado” (RDC 306/04 item 4.2.1 p.6) contribuem para o fornecimento de dados 
para o estabelecimento de metas de redução da geração de resíduos, e, conseqüentemente, da 
diminuição dos riscos e impactos ambientais adversos. 
 
 111 
2.0 Definição da área de estudo e a metodologia aplicada para o levantamento dos 
compostos de resíduos gerados 
 
As atividades dos laboratórios envolvidos no estudo se definem em análises físico-
químicas, radioativas e residuais em produtos como agroquímicos, domissanitários e fármacos 
que agem diretamente no meio ambiente e que podem causar diferentes impactos ambientais. 
Em suas análises químicas são usados muitos compostos de reagentes como solventes 
halogenados, não halogenados, radiomarcados, ácidos e bases, entre outras características, que 
necessitam ser controlados desde o momento em que são retirados do almoxarifado, até o 
momento em que devem ser descartados. 
 
Os laboratórios envolvidos no programa são: 
 
• Laboratório de Análise de Resíduos (LAR) 
• Laboratório de Fármacos (LFAR) 
• Laboratório de Espectrometria de Massa (LEM) 
• Laboratório de Rádioquímica (LRD) 
• Laboratório de Físico-Químca (LFQ) 
 
 Para iniciar o Programa de Gerenciamento de Resíduos primeiramente foram 
mapeados os compostos gerados nas principais fontes geradoras para definir todas as soluções 
usadas em suas análises. Com o objetivo de determinar as características essenciais dos 
compostos dos resíduos, foram inventariados os ativos de geração, como forma de levantar os 
aspectos ambientais presentes no objeto da pesquisa de acordo com a norma ISO 14001. A 
metodologia de Inventário do Ativo foi desenvolvida por Jardim (1998) nos laboratórios de 
análises químicas da Universidade de Campinas (UNICAMP). Para esse autor, ativo é todo o 
resíduo gerado na rotina de trabalho da Unidade Geradora (ou Fonte Geradora), sendo 
imprescindível esta atividade para o Gerenciamento, pois é através dela que “se poderá traçar 
metas e objetivos a serem atingidos em termo de geração futura de resíduos” (JARDIM, 
1998, p.10). 
 
 O inventário do ativo foi desenvolvido através da visitação de todos os laboratórios 
envolvidos. Nos laboratórios foram entrevistados os responsáveis com o objetivo de coletar 
informações sobre as características dos resíduos gerados e quais eram as suas principais 
fontes geradoras. Após o levantamento de todos os tipos e fontes de resíduos gerados, essas 
mesmas fontes foram codificadas e inseridas em um mapa de resíduos com a função de 
localizar as fontes no interior dos laboratórios. Para auxiliar o levantamento dos resíduos e de 
suas fontes, foi desenvolvida uma planilha específica para registro das informações coletadas. 
Após a tabulação de todos os dados, os resíduos foram classificados segundo as características 
definidas pela ABNT – NBR 10004/04. 
 
 
3.0 Gerenciamento de Resíduos Químicos nos Laboratórios 
 
 Gerenciamento de resíduos é uma prática que consiste em controlar o potencial de 
impactos ambientais dos resíduos gerados de uma determinada atividade (ROCCA et al., 
1993). Esta atividade é considerada com uma prática de Produção Mais Limpa (P+L) na 
medida em que o gerenciamento de resíduos estabelece formas de conter ou minimizar uma 
geração demasiada de resíduos, ou até mesmo de buscar outras alternativas para as suas 
destinações. 
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 A metodologia aplicada para o gerenciamento dos resíduos químicos consiste em 
caracterizar, segregar, armazenar e destinar de forma correta e legal os resíduos gerados 
(JARDIM, 1998; CUNHA, 2001). Para Jardim (1998), esta forma de gerenciamento é figura 
de mérito para qualquer plano de gerenciamento e também propõe uma hierarquia de medidas 
visando uma otimização da “Unidade Geradora”, com intuito de proporcionar a minimização 
dos resíduos e a redução dos custos das análises, meta comum a ser cumprida por qualquer 
tipo de Sistema de Gestão Ambiental. 
 
Através desta estratégia hierárquica de medidas para o gerenciamento de resíduos nos 
laboratórios de análises químicas, a próxima ação após o levantamento dos resíduos 
fornecidos através do inventário do ativo, foi a caracterização dos resíduos gerados nos 
laboratórios. Com a identificação da fonte geradora de resíduos podemos estabelecer padrões 
de caracterização de suas propriedades. Para facilitar a caracterização dos resíduos foi 
necessário identificá-lo, caracterizando apenas os resíduos químicos e depois definir como ele 
foi gerado (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 1996). 
 
 
4.0 Procedimento de levantamento e tratamento dos dados referentes à geração de 
resíduos 
 
 Um laboratório de análises químicas é visto como um local que reúne as condições 
indispensáveis à experimentação científica e à comprovação dos conhecimentos expostos 
teoricamente utilizando as suas próprias metodologias para o desenvolvimento dos seus 
estudos (CHRISPINO, 1994). Sabemos que a função das atividades de laboratórios de 
análises e pesquisas, principalmente da área química, é de fornecer dados para certificações de 
resultados referentes às características das amostras, como composição físico-química; 
potencial residual; potencial de lixiviação; impurezas residuais; estabilidade, entre outras 
(BOETHILING; MACKAY, 2000; SETTLE, 1997). Diferentemente da confecção de um 
produto final em uma indústria, os laboratórios geram laudos ou relatórios finais tomando 
como base os resultados analíticos tendo como referência normas da Environmental 
Protection Agency (EPA), Organisation for Economic Co-operation and Development 
(OECD) e ABNT, principalmente. 
 
 Para a quantificação dos resíduos gerados nestes laboratórios, foi necessário que os 
operadores e técnicos seguissem um sistema implantado de registros de descartes, e através 
destes registros pôde-se quantificar periodicamente as principais composições de resíduos. O 
sistema implantado através da formulação de livros de registros para atividades específicas de 
descarte foi baseado na norma ISO17025 - Requisitos gerais para competência de laboratórios 
de ensaio e calibração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.1 Técnicas para o levantamento dos dados 
 
Antes dos registros em livros específicos de descarte de resíduos, foi necessário criar 
um sistema de identificação e rotulagem dos frascos coletores. Através de normas internas de 
meio ambiente, ficou estabelecido que frascos coletores considerados de atividades de 
geração rotineira de resíduos teriam uma capacidade máxima de 5 litros. As informações da 
rotulagem destes frascos foram baseadas na Ficha de Caracterização de Resíduos aplicadas no 
Programa de Gerenciamento de Resíduos da Universidade Federal de São Carlos 
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, 2005). A identificação deste tipo de 
descarte é “Descarte Usual” que contém: o grupo de descarte e o código da fonte geradora1, 
informações pertinentes às características do resíduo, a data, a rubrica e vencimento de 
utilização do frasco: 
 
 Descarte Usual 
 
Grupo Descarte: __________________ 
cod.:__________ 
 
 Ácido Básico 
 Inflamável Aquoso 
 Explosivo Radioativo 
 Metais pesados Material biológico infeccioso 
 Oxidante energético Redutor Energético 
 Contém agroquímicos Outros: 
Data: ______________ Vencimento 4 meses 
Rubrica: _____________ 
 
Figura 1 - Rotulagem de Descarte Usual (Bioagri Laboratórios, 2005) 
Fonte: Adaptado UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (2005) 
 
 Após o uso destes frascos coletores com os descartes gerados rotineiramente em locais 
de uso comum que ficam geralmente próximos a bancadas ou equipamentos, baseando-se no 
sistema implantado de segregação, estes resíduos são transferidos em frascos coletores 
maiores, como bombonas de 50 litros. Estes frascos maiores, em geral, ficam em locais 
afastados do interiordos laboratórios, como as salas de lavagens. Este tipo de descarte recebe 
o nome de “Descarte Temporário”. A rotulagem destes recipientes foi desenvolvida 
internamente, contendo informações pertinentes ao grupo de descarte, e outro código que no 
caso é identificado com o código do laboratório em um número seqüencial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2 - Rotulagem de Descarte Temporário 
 Fonte: BIOAGRI LABORATÓRIOS, 2005. 
 
 
1. Definido pelo levantamento na planilha de Identificação de Resíduos e Mapeamento das suas Fontes Geradoras (IRMFG) 
 
Descarte Temporário 
 
 
Grupo do Resíduo:____________________ cod.:_______ 
 
 
 
 114 
 O procedimento que envolve a transferência de um volume menor de resíduo coletado 
nos frascos de “Descarte Usual” para os frascos de maior capacidade designado como 
“Descarte Temporário”, deve ser registrado em um livro de registro criado pelo sistema 
implantado, intitulado de “Registro de Identificação do resíduo gerado na fonte para o 
armazenamento temporário no laboratório”, de acordo com a figura 3. Este livro coleta 
informações para a quantificação dos dados referentes à geração dos resíduos nos 
laboratórios. Neste livro são informados: o volume descartado; a pessoa que descartou; o 
horário; o código da fonte pela qual procede este resíduo identificado na etiqueta de 
“Descarte Usual”, e o código do coletor pelo qual o resíduo está sendo transferido, 
encontrado no rótulo do recipiente de “Descarte Temporário”. Dentro das informações 
contidas neste livro de registro é que os dados são coletados para tabular e quantificar o total 
de resíduos gerados divididos em determinado períodos de tempo. 
 
 
Registro de Identificação do resíduo gerado na fonte para o armazenamento 
temporário no Laboratório 
Data Horário Volume Código Especificações 
Gerais 
Recipiente Rubrica 
 
Fig. 3 - Registro de Identificação do resíduo gerado na fonte para o armazenamento temporário no Laboratório. 
Fonte: BIOAGRI LABORATÓRIOS, 2005. 
 
 Da mesma forma pela qual é feito o “Descarte Usual” (sempre que se esgota a 
capacidade do recipiente, o seu conteúdo deve ser transferido para o “Descarte Temporário”), 
o procedimento de registro se repete quando o recipiente de “Descarte Temporário” esgota a 
sua capacidade de armazenamento e passa a ser descartado. Neste livro, a todo o momento 
que o próprio pessoal responsável do laboratório coleta os resíduos e encaminha para o 
armazenamento na Área Central de Armazenamento Temporário de Resíduos da instituição, a 
atividade é registrada, informando a identificação do recipiente que leva o código do 
laboratório e o seu número seqüencial; a quantidade aproximada do volume existente no 
coletor; algumas observações; e o destino do coletor, como mostra a figura 4. Com as 
informações contidas neste livro é possível estabelecer o período de geração de resíduos, ou 
seja, em qual espaço de tempo é gerado aproximadamente 50 litros de resíduos por 
laboratório, e com isso estabelecer através de planilhas de cálculos, a variação mensal e diária 
dos tipos e do total de resíduos gerados: 
 
 
Livro de Registro de Descarte do Laboratório 
Data Identificação Quantidade 
Aproximada 
Observações Destinação Responsável 
 
Fig. 4 - Livro de Registro de Descarte do Laboratório. 
Fonte: BIOAGRI LABORATÓRIOS, 2005. 
 
 
 
 
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 O último procedimento de registro estruturado pelo sistema é quando um dado lote de 
resíduos recebe uma determinada forma de tratamento, ou é destinado a um local de 
destruição ou deposição permanente. O livro de registro de “Destinação Final” (fig.5) é 
utilizado quando os resíduos são destinados para aterros sanitários especializados, co-
processamento ou incineração. Através do sistema de gestão implantado nos laboratórios, os 
resíduos são segregados previamente, de acordo com a sua composição. Tendo em vista a 
característica dos estudos desenvolvidos nos laboratórios inclusos no sistema, determina-se 
qual o seu melhor destino, por onde são armazenados separadamente por local de origem na 
“Área Central de Armazenamento Temporário de Resíduos”: 
 
 
Registro de Destinação Final de Resíduos 
Data Identificação Quantidade Destino 
Final 
Responsável 
Entrega 
Responsável 
Recebimento 
Nº do 
Compr. 
 
Fig.5 - Registro de Destinação Final de Resíduos 
Fonte: BIOAGRI LABORATÓRIOS, 2005. 
 
 Atualmente, a maior parte dos resíduos gerados nestes laboratórios tem o potencial de 
co-processamento para queima em equipamentos industriais. Segundo laudos técnicos 
efetuados por análises de classificação, eles são caracterizados de acordo com o seu poder 
calorífico acima de 3500 cal/kg e uma baixa concentração de cloro livre, o que potencializa o 
uso para este tipo de destinação. Para Rocca et al. (1993), este tipo de alternativa pode 
garantir uma destinação aceitável referente aos custos e à própria proteção ambiental. 
 
 
4.2 Levantamento dos resíduos e tratamento dos dados 
 
Como todo sistema de gerenciamento, além da organização da sua gestão, como foi 
citada nos itens pertinentes a estas aplicações, os dados levantados através dos inventários de 
resíduos devem ser analisados e tratados conforme os seus riscos correlacionados ao meio 
ambiente e o seu potencial de minimização. A metodologia aplicada para qualificar os 
resíduos, foi baseada em um estudo desenvolvido por Cercal (2000) apud Souza (2005 p.48). 
Este estudo consistiu em criar subsídios para a priorização da minimização da sua geração em 
uma indústria alimentícia de Curitiba. Nele, são avaliados para aplicação três modelos de 
análises para se estabelecer uma classificação para os rejeitos: 
 
1. Análise do resíduo por valor econômico 
2. Análise do resíduo por risco 
3. Análise do resíduo por facilidade de minimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 116 
Neste estudo, a principal análise efetuada para estabelecer formas de minimização da 
sua geração foi a análise do resíduo por facilidade de minimização. A minimização desta 
geração é o principal instrumento econômico para propiciar fundamentos de incentivos do 
desenvolvimento do sistema de gerenciamento pela alta diretoria de certas empresas deste 
ramo. Ao contabilizar a quantidade de resíduos gerados pelos laboratórios, relacionando estes 
dados com o total de insumos mais utilizados nas análises, e a quantidade de estudos 
desenvolvidos em um mesmo período de tempo, foi possível traçar curvas rítmicas destas 
variáveis. De acordo com o desempenho destas curvas foi possível definir os momentos em 
que os insumos estavam sendo utilizados com eficiência, se estava havendo algum tipo de 
desperdício ou havendo um maior consumo de insumos em relação ao estudo desenvolvido. 
Durante um determinado período de tempo a variação destes três fatores foi monitorada e 
analisada para estabelecer o desempenho da dinâmica deste sistema no período de um ano. 
 
 
5.0 Treinamento e Educação Ambiental 
 
O sistema implantado de gerenciamento de resíduos nos laboratórios, também 
preconiza a aceitação e o entendimento dos funcionários como fator fundamental para a 
efetivação e continuidade do programa, pois é a partir da conscientização do funcionário que 
se pode evitar a sua obsolescência. 
 
 Para se criar um hábito para a aplicação do programa, principalmente referente aos 
registros de descarte pelos funcionários, foi preciso aplicar ciclos de treinamentos intensivos, 
assim como atividades de Educação Ambiental, como palestras, campanhas e divulgação de 
documentários e notícias ambientais. Podemos tomar como exemplo, a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes (SIPAT), onde além da temática de Segurança no Trabalho, também 
foram realizadas algumas palestras sobre a temática da égide ambiental com enfoque na 
geração de resíduos e diminuição de desperdícios. 
 
Treinamentos e atividades de Educação Ambiental são instrumentos muito eficazes 
para o Programa de Gerenciamento de Resíduos obter resultados positivos. É importante que 
a instituição, ou a empresa,que deseja implantar um programa como esse tenha um 
departamento ou um setor responsável pelo fornecimento destes serviços, tendo em vista que 
este trabalho é muito significativo perante a sua responsabilidade para a conservação 
ambiental, necessitando de uma boa base organizacional com profissionais especializados 
para exercer atividades multidisciplinares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 117 
Considerações finais 
 
 
 A realização deste trabalho permitiu mostrar outra forma de caracterizar e classificar 
os resíduos que são oriundos principalmente do final das análises químicas relacionadas 
basicamente ao processamento das substancias testes com os produtos utilizados para a 
efetivação dos resultados. Neste trabalho procuramos enfocar, não somente a quantificação 
dos resíduos provenientes dos aspectos ambientais, mas também identificar as principais 
fontes geradoras no interior dos próprios laboratórios. Desta forma, além desta quantificação, 
através do sistema implantado de registros, fica possível também identificar quais as fontes 
geradoras que mais produzem resíduos, e finalmente poder traçar planos de ações específicos 
e focalizados para a realidade de cada atividade que estruturam estas fontes. 
 
 Assim como toda atividade que envolve o aspecto humano para colher os resultados 
esperados na pesquisa, a principal dificuldade encontrada durante este estudo foi a 
assimilação e a aplicação dos procedimentos implantados pelos funcionários dos laboratórios. 
Foi necessária primeiramente a implantação de um projeto piloto em um dos laboratórios do 
escopo do estudo para levantar as principais dificuldades encontradas pelos funcionários 
referentes aos registros de quantificação, caracterização e classificação dos resíduos nos livros 
aplicáveis. Neste projeto piloto foi quantificado a totalidade dos descartes registrados em 
livros. Comparados ao volume total gerado foi constatado que os resíduos não estavam sendo 
registrados em sua totalidade, portanto não poderia estabelecer a quantidade real da geração. 
Para sanar este problema foi necessário a implantação de treinamentos e auditorias periódicas 
para que os laboratórios se adequassem ao novo sistema de registros, tendo como meta que os 
dados registrados do volume descartado atingissem uma margem de erro de no máximo 5% 
referentes ao da sua totalidade gerada. 
 
 Sendo este trabalho parte de um sistema de gerenciamento de resíduos implantado na 
instituição, muitos aspectos positivos são destacados com a prática das suas atividades, mas 
entre estes podemos destacar – a diminuição dos gastos com a compra de reagentes e 
insumos de uso excedente nos estudos detectados pela análise dos dados do gerenciamento; 
desenvolvimento de novas técnicas de tratamento para redução, reciclagem e reutilização dos 
resíduos; minimização da exposição aos riscos dos funcionários envolvidos nos estudos 
quanto aos atributos de saúde ocupacional. Tendo como base estes aspectos positivos, o 
sistema remete-se a importância de que as preocupações para se estabelecer o gerenciamento 
dos seus resíduos e dos seus indicadores, podem perpetuar e disseminar novas atitudes e 
condutas benéficas ao meio ambiente quando incentivadas pelos responsáveis deste 
seguimento e aplicadas pelos funcionários diretamente envolvidos na continuidade e melhoria 
dos sistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 118 
 
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