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Relatório - Edison vs Tesla

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Relatório de observação à palestra do dia 06/03/2020
Disciplina: Introdução à Engenharia Elétrica
Aluno: Kevyn Oliveira Wenzel
Matrícula: 494042
 Introdução
 Na palestra do dia 06/03/2020, com o intuito de apresentar um significativo marco histórico para área da Engenharia Elétrica e de instigar os alunos ingressantes nesse curso a desenvolverem suas habilidades inventivas, os professores Raphael Amaral e Paulo Praça exibiram um documentário - produzido pelo canal de televisão National Geographic – sobre a conflituosa e, ao mesmo tempo, profícua relação entre o norte-americano Thomas Edison e o austríaco Nikola Tesla. Ambos foram inventores profundamente convictos do próprio trabalho, contudo se mostraram muito divergentes em seus propósitos quanto ao controle e à distribuição de energia elétrica. 
 Ainda nessa palestra, paralelamente à exibição do documentário, os referidos docentes também teceram comentários que revelaram, dentre outros temas, a importância da escrita adequada nos textos acadêmicos e da aprendizagem de um novo idioma para uma vida acadêmica produtiva e uma carreira profissional bem-sucedida.
 Do documentário (“American Genius”)
 No ano de 1879, nos Estados Unidos, após mais de uma centena de tentativas malsucedidas, Thomas Edison finalmente desenvolve uma fonte segura de luz: a lâmpada elétrica - uma invenção que lhe transformou em pioneiro no assunto. No entanto, sua criação, em termos práticos, ainda não era suficiente, pois, se quisesse comercializá-la, teria de engendrar todo um sistema que fosse capaz de torná-la amplamente útil; na época, não havia soquetes, tomadas nem fiações elétricas nas residências, e isso impossibilitava a utilização das lâmpadas pelos consumidores. Dessa forma, Edison percebeu a necessidade de criar um novo tipo de indústria que pudesse gerar, transmitir e distribuir de forma segura a energia elétrica.
 
 Por coincidência, no Império Austro-Húngaro e contemporaneamente ao inventor estadunidense, o estudante de Física Nikola Tesla também dedicava-se a problemas de geração de energia elétrica. Para ele, a corrente do tipo alternada (CA) seria uma maneira mais eficiente de um gerador fornecer energia elétrica, todavia, até então, não existia nenhum projeto promissor relativo ao tema, já que pensava-se apenas na forma tradicional de motores, isto é, com estes fornecendo corrente do tipo contínua (CC). Sendo assim, Tesla estava diante de um problema que requeria uma solução totalmente inovadora.
 Após construir um protótipo de motor de CA que finalmente funcionasse, Nikola Tesla muda-se para os Estados Unidos a fim de trabalhar junto a Thomas Edison e provar a sua ideia. No novo país, sua função na empresa Edison Electric seria a de redesenhar as máquinas inventadas por Edison. Todavia, depois de aceitar (e de conseguir resolver) um problema lançado por Edison – melhorar os sistemas de geradores de CC, com uma recompensa de 50 mil dólares –, Tesla decide demitir-se em virtude de o prêmio ofertado em troca da solução do problema ser, na verdade, parte de uma piada. Assim sendo, o inventor austríaco prefere trabalhar contra Edison, determinado a provar que tem razão quanto à funcionalidade de seu modelo de CA. 
 O principal motivo da rivalidade entre Thomas Edison e Nikola Tesla era a discordância relacionada às aplicações de corrente contínua e corrente alternada. Enquanto o primeiro argumentava que a CC era segura e de fácil manipulação, o segundo garantia que, nesse modelo, havia um considerável desperdício de energia elétrica e, sendo assim, o modelo de CA viria a ser muito mais eficiente, embora ainda houvesse alguns problemas a serem solucionados, como os perigos devido às altas tensões empregadas para o fornecimento e a distribuição de energia elétrica em longas distâncias.
 Ao abandonar o trabalho na empresa de Edison, Tesla permanece por certo tempo empregado como cavador de trincheiras, pois no final do século XIX não era fácil encontrar vagas de emprego para eletricista experimental. Porém, depois desse período e de reuniões com alguns investidores, em 1888, ele consegue um acordo com George Westinghouse, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos, para financiar seus projetos; nesse momento, Nikola Tesla detém de mais condições para competir com seu rival Thomas Edison. Ademais, um fator crucial para tornar tanto possível quanto seguro o sistema elétrico de CA desenvolvido por Tesla foi o novo dispositivo inventado por engenheiros europeus: o transformador. Com ele, agora havia mais segurança em enviar eletricidade sob elevadas tensões a grandes distâncias e fazer não só lâmpadas mas também máquinas grandes funcionarem – os transformadores diminuem a diferença de potencial (ddp) conforme for necessário. 
 Edison acreditava que o sistema de CA era muito mais perigoso por causa dos altos valores ddp’s envolvidos; na opinião dele, esse era um problema crucial, um perigo nas ruas da cidade, e um público considerável compartilhava o mesmo ponto de vista que o seu. Nesse contexto, para defender seu patrimônio e sua reputação, Edison se dispôs a exercer uma campanha negativa contra a CA, com procedimentos radicais propostos pelos seus próprios diretores. Para os jornais e para o público, sua equipe mostrou animais de pequeno e grande porte sendo eletrocutados com CA, com o objetivo de mostrar os perigos desse tipo de corrente. Nesse sentido, um dos experimentos mais impactantes oriundos dessa campanha envolveu a primeira condenação usando cadeira elétrica, na qual Edison indicou ao estado de Nova Iorque a utilização da CA para a execução do condenado. Com a eletrocussão, a morte do criminoso não foi instantânea, e isso causou ainda mais receio no público quanto ao sistema de energia de Tesla.
 Por fim, o que deu a grande vitória pública para Tesla e seu patrocinador Westinghouse na disputa pela melhor forma de fornecer e distribuir energia elétrica foi a obtenção do contrato para criar uma usina hidrelétrica nas cataratas do Niágara. Entretanto, apesar da conquista do poder de utilizar a CA para abastecer grandes regiões com eletricidade, as longas batalhas jurídicas com Edison e as taxas devidas à Tesla deixaram a companhia de Westinghouse, a Westinghouse Electric, próxima à falência. Com isso, para impedir o fechamento da empresa e conservar seus planos para a energia de CA, Nikola Tesla decide renunciar seus milhões de dólares em taxas de licenciamento que lhe eram de direito; uma atitude que custou toda a sua fortuna pessoal. Assim, ele passa os últimos anos de sua vida em um hotel em Nova Iorque. Em 1943, Tesla falece sozinho e miserável, enquanto seu rival, Thomas Edison, recebe mais de mil patentes em sua carreira – mais do que qualquer outro inventor.
 
 Da adequada maneira de se escrever em textos acadêmicos
 Na palestra, discorreu-se acerca da elevada importância de se fazer o uso adequado da língua portuguesa quando se trata de redigir textos acadêmicos. Nessas ocasiões – tais qual neste presente manuscrito –, o entendimento do leitor-alvo a respeito do assunto tratado depende, em alguma medida, de como as informações e ideias são apresentadas, portanto, o autor deve possuir a capacidade de escrever suas ideias com coerência e coesão. Além disso, a escrita adequada possibilita a diminuição dos riscos de má interpretação que porventura acometam aquilo que constitui o cerne da obra, evitando o comprometimento todo o resto do seu conteúdo. A imparcialidade também é uma característica que deve figurar no texto acadêmico: distanciando-se da subjetividade, o autor demonstra seu cuidado em expor o tema isento de qualquer motivação pessoal, o que aumenta a confiabilidade do documento e dificulta a geração de dúvidas quanto à procedência das informações. Sumamente, usar de forma pertinente as normas da língua portuguesa concede ao escritor do texto acadêmico a oportunidade atingir seu objetivo, que é fazer seu público-alvo entender claramente as ideias que lhes são transmitidas.Da proficiência em um segundo idioma
 O domínio da língua nativa na vida acadêmica, embora seja necessário, não é suficiente. Em um mundo globalizado, a área da Engenharia Elétrica é constantemente influenciada pelos desenvolvimentos e descobertas nos campos da ciência e da tecnologia, dos quais provêm um público intensamente atuante, espalhado por diversas partes do planeta. Sendo assim, a fluência no inglês faz-se necessária tanto para a aquisição de conhecimento técnico-científico vindo do estrangeiro quanto para a divulgação do próprio trabalho. Ademais, a carreira também é uma área da vida impactada pelo nível de proficiência nesse idioma, visto que, para o mercado de trabalho, a aquisição dessa habilidade facilita as negociações, os acordos e a comunicação em geral.

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