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Principais Lesões Musculares

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Principais Lesões Musculares
INTRODUÇÃO
O trauma inicia com a transferência de energia para o corpo a partir de uma força externa. 
A transferência de energia cinética pode ser de natureza contundente ou penetrante. 
Além desses mecanismos, existe a energia térmica na forma de calor, frio ou agente químico, que gera calor ou frio. 
Com a ocorrência mais frequente de situações de conflito, como a guerra, as lesões causadas por explosivos e outros eventos em massa são mais comuns devido aos dispositivos explosivos improvisados ou a outros desastres em massa
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ESTRUTURA MUSCULAR
Como diminuir o risco de lesões no esporte?
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Como diminuir o risco de lesões?
Mecanismo da lesão
Equipamentos de proteção
Prevenção e Reabilitação
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Biomecânica
estudos sobre lesão
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Biomecânica
estudos sobre lesão
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Biomecânica
estudos sobre lesão
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Biomecânica do esporte
lesões
Estudar os mecanismos de produção de lesões
Entender as deformações associadas às lesões anatômicas grosseiras ou os danos teciduais que resultam em mudanças funcionais 
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Biomecânica do esporte
lesões
Estudar os mecanismos de produção de lesões
Entender as deformações associadas às lesões anatômicas grosseiras ou os danos teciduais que resultam em mudanças funcionais 
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Biomecânica do esporte
lesões
Mensurar as respostas biomecânicas dos tecidos
Mensurar as mudanças na forma do corpo, órgãos e tecidos pelo impacto.
Caracterizar a inércia, resistência elástica e viscosa dos tecidos durante um impacto 
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Biomecânica do esporte
lesões
Tolerância
Medir o limiar de lesão, i.é, o grau de deformação, absorção de energia, ou a resposta biomecânica que acontece em um tecido ou estrutura danificado. 
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Biomecânica do esporte
lesões
Tecnologia para proteção
Desenvolver ferramentas e métodos de teste para estudar a efetividade de uma tecnologia para proteção para levantar os riscos de gerar lesões e invalidez 
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Tecnologia para proteção
Desenvolver ferramentas e métodos de teste para estudar a efetividade de uma tecnologia para proteção para levantar os riscos de gerar lesões e invalidez 
Yeung & Yeung (2001)
não existe efeito da palmilha na redução de lesões em membros inferiores
Gillespie & Grant (2002)
o uso de palmilhas está associado à redução dos índices de estresse ósseo
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Mialgia
Processo doloroso, a nível muscular de diferentes causas, sem gravidade preocupante. Pode ser causada por estresse muscular direto, ou indireto. Muito comum após atividade física exaustiva, ou quando ocorre a retomada ao treino visando ganho de condicionamento físico.
Tipos de Mialgia
Direta - ocorre após contato físico, resultando em dor muscular, sem achado clínico significante, como hematoma ou limitação funcional. Difere de episódio de contusão pelo fato de não apresentar comprometimento de fibras e alteração tônica.
Indireta - ocorre após solicitação física intensa, podendo, ou não ser precedida por episódio de câimbra durante a execução da atividade. Pode também aparecer de 24 a 48 horas após realização de exercícios físicos, especialmente quando o indivíduo visa recondicionar-se fisicamente. 
OBS.: Em ambos os casos o indivíduo pode, ou não, ser afastado do treinamento, ou das competições. A maior probabilidade é de se manter na prática desportiva.
Contusão
É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar uma lesão nos tecidos moles de superfície, como os músculos e a fáscia. As cápsulas e os ligamentos articulares também podem ser lesados.
Caracteriza-se pelo aparecimento imediato de um hematoma, mas principalmente pelo aparecimento da dor na área de contato e que aumenta inicialmente quando estiver sob pressão. No entanto, a extensão do sangramento é variável.
Estiramento com
Ruptura Muscular
É uma lesão de qualquer massa muscular, como conseqüência, em geral, de falta de sinergismo entre a atividade dos músculos agonistas e antagonistas, de uma contração violenta do músculo sobrepondo-se à sua capacidade contráctil, ou, menos freqüente, devida a uma contusão seguida de uma contração violenta de defesa. 
A ruptura pode ser mais ou menos grave conforme a extensão de feixes afetados. 
Considera-se que os fatores a seguir mencionados predispõem para este tipo de lesões: 
Biótipo do desportista (os brevilíneos musculares e tônicos são os mais afetados). Inatividade prolongada. 
Execução de exercícios intensos sem prévio e adequado aquecimento. Fadiga muscular.
As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular; grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do músculo e da fáscia, ou seja, ruptura da junção músculo-tendínea. O lesão muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas ou excêntricas, sendo muito mais comum nesta última, com a falha freqüentemente ocorrendo na junção miotendínea.
Estiramento com
Ruptura Muscular
Sinais: No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente uma dor intensa que abranda com o repouso e volta a aparecer quando se contrai novamente o músculo lesionado. Pouco tempo depois aparece um inchaço devido ao hematoma produzido, acompanhado de derrame sanguíneo (equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior ou menor grau, do músculo afetado.
Comportamento a seguir (Prevenção): Ter em atenção aos atletas com dores musculares localizadas. Começar, sempre, qualquer sessão ou competição com um aquecimento (geral e específico) adequado. Ter em atenção o aparecimento da fadiga muscular (diminuir a intensidade ou terminar os exercícios).
Os sintomas do estiramento muscular são:
Dor aguda (fisgada, fincada);
Edema (inchaço);
Hematoma (se a lesão for mais grave);
Perda da função e defeito palpável (se for lesão completa).
Os objetivos do tratamento fisioterapêutico são de controlar a inflamação, a restauração da função normal da musculatura envolvida e a remoção de aderências.
Sinais e Sintomas do Estiramento Muscular
Espasmo Muscular
O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode estimular os receptores de dor constantemente e causar isquemia local; portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível causa da dor muscular tardia; contudo, Bobbert, Hollander e Huijing (1986) não detectaram aumentos no sinal eletromiográfico (EMG) de repouso, apesar da dor muscular localizada.
Conclusões similares foram obtidas por Friden, Sfakianos e Hargens (1986). Estes investigadores observaram uma pressão elevada causada por acúmulo de fluído intramuscular, o qual foi acompanhado por severa dor muscular após uma carga de exercícios excêntricos, executados com os membros inferiores. O ESPASMO MUSCULAR nada mais é que a contração exagerada e permanente de um músculo. O músculo contraído fica mais encurtado, mais "TRAVADO". 
Câimbra
É uma contração muscular involuntária e dolorosa, que ocorre mais freqüentemente nos membros. 
O ataque dura, em geral, alguns segundos e desaparece subitamente.
 Observa-se o endurecimento no grupo muscular afetado.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Termoterapia
Crioterapia – é o resfriamento local dos tecidos ou regiões com finalidades terapêuticas. 
É também definida como terapia fria, que utiliza as formas: líquida, sólida e gasosa, com o objetivo terapêutico de retirar calor do corpo. 
Os efeitos terâpeuticos da crioterapia são a vasoconstricção e a analgesia.
Compressa quente – É a transmissão de calor por condução direta, que se faz através de toalhas e bolsas térmicas. 
Efeito terapêutico: vaso dilatação periférica, sedante e relaxante.
Eletroterapia
Microcorrentes – é um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são de baixa freqüência, podendo apresentar correntescontínuas ou alternadas. Efeitos terapêuticos: analgesia, aceleração do processo de reparação tecidual, antiinflamatório.
Eletroestimulação transcutânea (TENS) – é uma neuroestimulação sensorial superficial, que utiliza correntes de baixa freqüência. Efeitos terapêuticos: controle da dor.
Laser – amplificação da luz com emissão de luz estimulando a matéria viva, através do fornecimento de energia nos átomos. Efeitos terapêuticos: estimula a cicatrização tecidual de maneira acelerada, antiinflamatório, analgésico e antiedematoso.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Ultra-som – São ondas sonoras (vibrações mecânicas com faixas terapêuticas que se encontram de 1 a 3Mhz). É o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com uma freqüência superior a 20.000Hz. Efeitos terapêuticos: Antiinflamatório, analgésico, regeneração tissular, relaxamento muscular, regeneração óssea.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Iontoforese – é o fenômeno físico que se caracteriza pela penetração de uma substância terapêutica através da pele íntegra por intermédia da corrente galvânica. 
É também conhecida como ionização, iontopenetração, dieletroforese. Efeitos terapêuticos: afecções cutâneas superficiais e mialgia, cicatrização e etc.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Corrente Russa – é uma corrente alternada de média freqüência que pode ser modulada por rajadas e é utilizada com fins excitomotores. Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100mA. 
Efeitos terapêuticos: fortalecimento muscular (pós-lesão ou pós-operatório), aumento da resistência muscular, velocidade de contrações musculares.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Cinesioterapia – a terapia através dos exercícios isométricos, isotônicos e isocinético.
Técnicas Proprioceptivas – Utilização de cama elástica, balancinho, giro-plano etc.
Tratamento Fisioterapêutico
das Lesões Musculares
Lesões Articulares
Entorses de Tornozelo
Desvio do curso cinético natural da articulação tíbio-társica por sobrecarga súbita, quando ultrapassa os limites articulares.
Pode ser causada por sobrecarga direta ou indireta, levando a comprometimento de estruturas articulares em diferentes níveis.
Classificação da Entorse de Tornozelo
Classificamos as entorses de tornozelo de acordo com uma escala numérica de três graus:
Primeiro Grau:
Quadro álgico e edema localizados
Manutenção da integridade articular
Incapacidade funcional mínima
Segundo Grau:
Quadro álgico intenso, edema difuso e hematoma;
Lesão ligamentar e incapacidade funcional moderada;
Dificuldade de deambulação.
Terceiro Grau:
Quadro álgico intenso, edema difuso e hematoma;
Lesão ligamentar, fratura;
Incapacidade funcional;
Incapacidade em sustentar o peso.
Entorses de Joelho
Descarga súbita ou excessiva de carga, alterando de forma lesiva a biomecânica articular do joelho.
Pode ser causada por sobrecarga direta ou indireta, levando a diferentes níveis de lesão e, podendo comprometer as mais diferentes estruturas.
Ao ocorrer a entorse de joelho, pode haver comprometimentos estruturais importantes. Tudo vai depender da forma que ocorreu a lesão, de acordo com a cinética do trauma.
As estruturas mais freqüentemente lesionadas são os ligamentos cruzado anterior e colateral medial, ambos os meniscos, com maior ocorrência sendo do medial, e a cartilagem articular.
Luxação
Lesão traumática resultando em perda de contato anatômico entre as superfícies articulares.
O estresse súbito de forma que a articulação não tenha capacidade de distribuir as forças geradas sobre si é o principal fator causador das luxações.
Devemos também levar em consideração a hipótese do indivíduo desenvolver constantemente, em menor escala, estresse em estruturas articulares moles, que se torna um fator de facilitação importante para que ocorra a luxação.
Classificação:
Sub-luxação - Perda parcial de contato entre as superfícies articulares.
Luxação - Perda de contato total entre as superfícies articulares.
Fraturas
É um desarranjo na continuidade fisiológica do tecido ósseo por mecanismo traumático. 
Pode ser causada por traumas incidiosos, diretos ou indiretos, que superem a capacidade do osso em se deformar, facilitados por neoplasias, deficiência de massa óssea, e desenvolvimento progressivo no traço da lesão.
Classificação:
Conforme o local – Epifisária, metafisária e diafisária
Conforme a extensão - Completa e incompleta
Conforme a configuração - Transversal, oblíqua, espiralada e cominutiva
Relação ambiental – Aberta e fechada
Disposição dos fragmentos – Sem desvio e com desvio (angular, rotação, separação superposição).
Fraturas no esporte
Fratura de estresse
Fratura da base do 5° metatarso
Outras Lesões
Osteíte púbica (pubialgia) – inflamação no púbis.
Canelite - sobrecarga da tíbia
Gonartrose - degeneração da cartilagem articular do joelho com atrito ósseo
Coxartrose - degeneração da cartilagem articular do quadril com a cabeça do fêmur, levando a um atrito ósseo
Osgood-Schlatter (OS) - constitui uma doença osteo-muscular (e extra-articular), comum em adolescentes. 
Caracterizada por uma patologia inflamatória que ocorre na cartilagem e no osso da tíbia, devido ao esforço excessivo sobre o tendão patelar. 
Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10 aos 15 anos, praticantes de esportes especialmente os que incluem: chutes, saltos e corridas.
Síndrome de dor patelo-femural - ocorre dor, crepitação (ruído e sensação tátil de roda denteada) durante atividades de flexão do joelho como subir escadas. Ao exame a dor está presente ao pressionar a patela contra o fêmur na mobilização.
Bibliografia
WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 2000.
ANDREWS, J.R.; HARRELSON, G.L.; WILK, K.E. Reabilitação Física das Lesões Desportivas. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
SHANKAR, K. Prescrição de Exercícios. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
CAILLET, R. Dor no Joelho. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar: para o estudante de medicina. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2000. p. 192 – 196.
FATARELLI, I. F. C.; ALMEIDA, G. L. Estudo do Controle Motor e da Biomecânica na Lesão e Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior. Campinas, fev 2003. p. 38 – 49. Tese (Doutorado em Biologia Funcional e Molecular na área de Fisiologia) – Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas.
HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. 1ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2002. p. 180 – 196, 206.
SMITH , L. K. et al. Cinesiologia clinica de Brunnstrom. 5ed. São Paulo: Manole, 1997.
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