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Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Aula 1 
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Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco 
Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima e controle social. 
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Tópicos da Aula 
 
1. Apresentação ................................................................................... 2 
2. Delito ............................................................................................... 4 
3. Delinquente ...................................................................................... 7 
4. Vítima .............................................................................................. 9 
5. Controle Social ............................................................................... 18 
6. Lista das Questões Apresentadas ................................................... 40 
7. Gabarito ......................................................................................... 50 
 
1. Apresentação 
 
Olá, pessoal! 
 
Na nossa aula inaugural sobre criminologia nos ativemos ao conceito, sua 
pormenorização e métodos de estudo. 
 
Hoje o enfoque será os objetos. Como vimos, os objetos sobre os quais a 
criminologia se debruça são os seguintes: o crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social do delito. 
 
 
 
Conceito: a criminologia é uma ciência autônoma, empírica e 
interdisciplinar, que cuida do crime, do infrator, da vítima e do controle social 
Aula 1 – Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima 
e controle social 
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do delito, gerando informações válidas sobre a gênese, a dinâmica e as 
variantes do fato delitivo, orientando a sua prevenção e repressão. 
 
Embora tanto o direito penal quanto a criminologia se ocupem de estudar 
o crime, ambos dedicam enfoques diferentes para o fenômeno criminal. 
 
O direito penal é ciência normativa, visualizando o crime como conduta 
anormal para a qual fixa uma punição. O direito penal conceitua crime como 
conduta (ação ou omissão) típica, antijurídica e culpável (corrente causalista). 
 
Por seu turno, a criminologia vê o crime como um problema social, um 
verdadeiro fenômeno comunitário, abrangendo quatro elementos constitutivos, 
a saber: 
 
! incidência massiva na população (não se pode tipificar como crime 
um fato isolado); 
! incidência aflitiva do fato praticado (o crime deve causar dor à 
vítima e à comunidade); 
! persistência espaço-temporal do fato delituoso (é preciso que o 
delito ocorra reiteradamente por um período significativo de tempo 
no mesmo território); e 
! consenso inequívoco acerca de sua etiologia e técnicas de 
intervenção eficazes (a criminalização de condutas depende de uma 
análise minuciosa desses elementos e sua repercussão na 
sociedade). 
 
Desde os primórdios até os dias de hoje a criminologia sofreu mudanças 
importantes em seu objeto de estudo. Houve tempo em que ela apenas se 
ocupava do estudo do crime (Beccaria), passando pela verificação do 
delinquente (Escola Positiva). Após a década de 1950, alcançou projeção o 
estudo das vítimas e também os mecanismos de controle social, havendo uma 
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ampliação de seu objeto, que assumiu, portanto, uma feição pluridimensional e 
interacionista. 
 
Atualmente o objeto da criminologia está dividido em quatro vertentes: 
delito, delinquente, vítima e controle social. 
 
2. Delito 
 
Já vimos que o conceito de delito não é o mesmo para o direito penal e 
para a criminologia. Para o direito penal, o crime é a ação típica, ilícita e 
culpável. A visão que o direito penal tem do crime é uma visão centrada no 
comportamento do indivíduo. Ainda que o conceito contemple fatores que se 
voltam para a generalidade das normas - e para a generalidade das pessoas -, 
como é o caso da ilicitude, não se pode deixar de mencionar que tal conceito 
aponta para o caminho natural e cotidiano feito pelos operadores do direito em 
relação aos fatos delituosos: um puro juízo de adequação de uma conduta ou 
fato concreto à norma jurídica, juízo esse que é puramente individual. Para a 
criminologia, no entanto, como o crime deve ser encarado como um fenômeno 
comunitário e como um problema social, tal conceituação é insuficiente. 
 
Mas o que leva o homem a "promover" um fato humano corriqueiro à 
condição de crime? Claro que a evolução de novas tecnologias (bioética ou 
informática, por exemplo) tende a demandar novas intervenções nas esferas 
penais. No entanto, o corte de certas árvores passou a ser crime, mas desde os 
primórdios da humanidade não era. Assim como caçar certas espécies, e o 
homem sempre foi um caçador, passou a ser punido Resumindo, o que se quer 
saber é: quais são os critérios ensejadores de cristalização de uma conduta 
como criminosa? 
 
Um dos primeiros autores a enfrentar o problema de se ter um conceito 
pré-penal de delito foi Garofalo. Em seu intento de criar um conceito material 
de crime, que pudesse sobreviver às transformações temporais e espacial, criou 
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um conceito de "delito natural" como: "uma lesão daquela parte do sentido 
moral, que consiste nos sentimentos altruístas fundamentais (piedade e 
probidade) segundo o padrão médio em que se encontram as raças humanas 
superiores, cuja medida é necessária para adaptação do individuo à sociedade". 
Se o objetivo era criar um conceito atemporal, o fato de colocar em sua 
definição "segundo os padrões médios das raças humanas superiores" já foi o 
suficiente para eliminar a atemporalidade do conceito. Melhor seria se 
procurasse critérios adaptáveis segundo o desenvolvimento histórico e social de 
cada povo, para fazer formulações variáveis, conforme o estágio de maturação 
de cada sociedade. 
 
Encarando como um problema social e tendo como referência os atos 
humanos pré-penais, alguns critérios são necessários para que se reconheçam 
nesses fatos condições para serem compreendidos coletivamente como crimes. 
 
O primeiro ponto é que tal fato tenha uma incidência massiva na 
população. Não há que reconhecer à condição de crime fato isolado, ocorrido 
em distante local do país, ainda que não bem visto pela comunidade. Se o fato 
não é reiterado, não deve ser crime. Exemplo foi o que ocorreu no Rio de 
Janeiro anos atrás: um filhote de baleia encalhou na praia e um cidadão inseriu 
um palito de sorvete no orifício de respiração do animal. Tempos depois, o 
Congresso Nacional, provavelmente por pressão de grupos ambientalistas, 
aprova a Lei nº 7.643/1987, onde era descrita justamente a conduta daquele 
banhista: molestamento intencional de cetáceo (art. 1°, com a atribuição de 
uma pena de 2 a 5 anos). Promover um fato isolado à condição de crime é uma 
grande impropriedade para o estudo do delito na criminologia. 
 
O segundo elemento éque haja incidência aflitiva do fato praticado. É 
natural que o crime produza dor, seja à vitima, seja à comunidade como um 
todo. Assim, não é razoável que um fato, sem qualquer relevância social, seja 
punido na esfera criminal. Exemplo seria a Lei nº 4.888/65, que pune 
criminalmente, em seu art. 3º, aqueles que utilizam a palavra couro, mesmo 
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modificada com prefixos ou sufixos, para denominar produtos que não sejam 
obtidos exclusivamente de pele animal (ex.: “couro sintético”). Provavelmente, 
atendendo a interesses econômicos de determinados grupos, decidiu-se punir 
aqueles que, para descreverem os tecidos sintéticos assemelhados ao couro, 
passassem a denominá-lo de "couro sintético". Qual a incidência aflitiva para a 
comunidade em denominar um tecido que não é de procedência animal como o 
sendo? 
 
Terceiro elemento constitutivo do conceito criminológico de crime é que 
haja persistência espaço-temporal do fato que se quer imputar de delituoso. 
Não há que ter como delituoso um fato, ainda que seja massivo e aflitivo, se ele 
não persiste ao longo de um certo tempo. Isto ocorreu com os furtos de 
veículos. A repetição ao longo do tempo fez com que sua pena fosse aumentada 
em certos casos, quando o veículo fosse transportado para outros Estados ou 
quando transpusesse as fronteiras do país (art. 155, § 5°, do CP). 
 
Por último, o quarto elemento exigido para a configuração de um fato 
como crime é que se tenha um inequívoco consenso a respeito de suas 
causas e de quais técnicas de intervenção seriam mais eficazes para o seu 
combate. Exemplo: uso do álcool. Não deixa de ser uma droga lícita, mas que 
produz profundas consequências com o uso indevido. O uso indiscriminado de 
bebidas alcoólicas produz consequências massivas, aflitivas e que possuem uma 
persistência espaço-temporal. Mas quantos estudiosos sérios proporiam a 
criminalização do uso ou contrabando do álcool? Assim, nem todos fatos 
aflitivos, massivos e com persistência espaço-temporal devem ser considerados 
crimes. 
 
Na realidade, qualquer reforma penal deveria confirmar o preenchimento 
dos critérios acima elencados para a verificação do juízo de necessidade da 
existência de cada fato delituoso. 
 
 
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3. Delinquente 
 
Desde os teóricos do pensamento clássico, o centro dos interesses 
investigativos estava no estudo do crime, definido por eles como um ente 
jurídico. O foco não era voltado para o estudo do criminoso, até que surge a 
perspectiva da escola positiva. A partir daí, nasce uma espécie de dicotomia: 
crime/criminoso. Conheceremos agora algumas das perspectivas surgidas após 
esse período. 
 
A primeira grande perspectiva era a dos chamados clássicos, que 
entendiam ser o criminoso um pecador que optou pelo mal, embora pudesse e 
devesse respeitar a lei. Jean Jacques Rousseau firmou na sua obra “O contrato 
social” essa ideia. Para Rousseau, a sociedade possuía um grande pacto. Por 
meio deste, as pessoas abriam mão de parcela de sua liberdade e adotavam 
uma convenção que deveria ser obedecida por todos. Como a premissa de 
todos que “fizeram o pacto” era a capacidade de compreender e de querer, 
entendia-se que qualquer um que quebrasse o pacto o teria feito de livre-
arbítrio. Assim, se uma pessoa cometesse um crime - uma quebra do pacto - 
deveria ser punida pelo deliberado mal causado à comunidade. A punição 
deveria ser proporcional ao mal causado. 
 
Tal concepção foi duramente criticada pelos autores positivistas, que 
representam uma segunda ordem de visão sobre o mesmo tema. Para eles o 
livre-arbítrio era uma ilusão subjetiva, algo que pertencia à metafísica. O 
infrator era um prisioneiro de sua própria patologia (determinismo biológico), 
ou de processos causais alheios (determinismo social). Era ele um escravo de 
sua carga hereditária: um animal selvagem e perigoso, que em muitas 
oportunidades havia nascido criminoso. A crítica feita pelos positivistas aos 
clássicos marcou todas as discussões e a literatura do final do século XIX e 
início do século XX. Muitos se dividiram entre a pena proporcional ao mal 
causado (proposta pelos clássicos) e a medida de segurança com finalidade 
curativa, por tempo indeterminado, enquanto persistisse a patologia (proposta 
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pelos positivistas). Também muitas legislações adotaram postulados concebidos 
em tais assertivas, como foi o caso de nosso ordenamento de 1940. 
 
Terceira perspectiva quanto ao crime foi a visão correcionalista, que não 
teve grande importância no Brasil, mas que influenciou, a partir da Espanha, 
todos os países da América espanhola. Para os correcionalistas o criminoso é 
um ser inferior, deficiente, incapaz de dirigir por si mesmo - livremente - sua 
vida, cuja débil vontade requer uma eficaz e desinteressada intervenção tutelar 
do Estado. Assim, o Estado deve adotar em face do crime uma postura 
pedagógica e de piedade. O criminoso não é um ser forte e embrutecido, como 
diziam os positivistas, mas sim um débil, cujo ato precisa ser compreendido e 
cuja vontade necessita ser direcionada. Embora em nossa doutrina tal 
perspectiva não tenha sido tão importante, não se pode deixar de verificar que 
os fundamentos para punir, adotados pelos correcionalistas, não são muito 
diversos da visão hoje dominante para a reprovação dos atos infracionais 
praticados por adolescentes, em face da doutrina da proteção integral. 
 
Outra visão da criminalidade foi aquela concebida pelo marxismo que 
considera a responsabilidade do crime como uma decorrência natural de certas 
estruturas econômicas, de maneira que o infrator se torna mera vítima inocente 
e fungível daquelas. Quem é culpável é a sociedade. Foi criado uma espécie de 
determinismo social e econômico. Ressalta-se que Marx jamais se debruçou 
sobre a matéria jurídica. Tinha sua atenção voltada para a explicação dos 
fenômenos associados ao modo de produção capitalista. Segundo sua visão, 
existia uma base de produção (ou infraestrutura) sobre a qual se assentava 
uma superestrutura. Esta se constituía em reflexo daquela e, havendo 
modificação da base, naturalmente a superestrutura estaria alterada. Assim, o 
direito, parte integrante da superestrutura, restaria modificado se a base fosse 
mudada. O crime, definido pelo chamado "direito burguês", também se 
modificaria com a natural transformação da sociedade, daí por que 
desnecessário um estudo mais aprofundado do direito pelos marxistas. 
 
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Dadas as diferentes perspectivas, e em face de todas as discussões 
posteriores às concepções originais acima formuladas, entende-se que o 
criminoso é um ser histórico, real, complexo e enigmático. Embora seja, na 
maior parte das vezes, um ser absolutamente normal, pode estar sujeito as 
influências do meio (não aos determinismos). Se for verdade que é 
condicionado, tem vontade própria e capacidade de superar o legado que 
recebeu e construir seu futuro. Está sujeito a um consciente coletivo,como 
todos estamos, mas também tem a capacidade de conservar sua própria 
opinião e superar-se, transformando e transformando-se. Por isso, as diferentes 
perspectivas não se excluem; antes, completam-se e permitem um grande 
mosaico sobre o qual se assenta o direito penal atual. 
 
4. Vítima 
 
A vítima, nos dois últimos séculos, foi totalmente menosprezada pelo 
direito penal. Somente com os estudos criminológicos seu papel no processo 
penal foi resgatado. 
 
A vitimologia é o ramo da criminologia que estuda o comportamento da 
vítima de um crime, com a avaliação das causas e dos efeitos da ação delitiva 
sobre ela e o incremento do risco da ocorrência do delito. 
 
É um braço da ciência criminológica (embora alguns digam que é uma 
ciência autônoma) que foca suas atenções exclusivamente nas vítimas de um 
crime e nos processos de vitimização. 
 
A questão da vítima só tem um contorno sistemático em sua abordagem 
pela criminologia, algo que é recente. Seu estudo, feito de maneira mais 
pronunciada, aparece logo após a 2ª Guerra Mundial, especialmente em face do 
martírio sofrido pelos judeus nos campos de concentração comandados por 
Adolf Hitler. 
 
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Os primeiros trabalhos sobre vítimas, segundo o professor Marlet (1995), 
foram de Hans Gross (1901). Mas é considerado como fundador do movimento 
criminológico o advogado israelita Benjamim Mendelsohn, professor da 
Universidade Hebraica de Jerusalém, em função de uma famosa conferência 
proferida em Bucareste, em 1947, intitulada “Um horizonte novo na ciência 
biopsicossocial: a vitimologia”. 
 
Também merece destaque o primeiro trabalho de fôlego a falar de forma 
sistemática sobre o tema. Trata-se do livro do alemão Hans von Hentig, de 
1948, divulgado na Universidade de Yale, intitulado “O criminoso e sua vítima”. 
Em 1973, sob a presidência de Israel Drapkin, é realizado o 1° Simpósio 
Internacional de Vitimologia, em Jerusalém. 
 
No Brasil, a vitimologia surgiu na década de 70, com trabalhos de dois 
pesquisadores: Armida Bergamini Mitto e Edgar de Moura Bittencourt. 
 
Quanto aos objetivos, pode-se dizer que a vitimologia procura alcançar 
três perspectivas essenciais: 
 
! analisar e compreender a magnitude do problema que envolve a 
vítima de um crime; 
! explicar as causas de vitimização; 
! desenvolver um sistema que possa reduzir a vitimização e dar 
assistência às vitimas. 
 
A vítima do crime recebeu trato bastante variado ao longo das 
construções históricas da criminologia e suas ciências correlatas (direito penal e 
processo penal), e essas alterações podem ser identificadas em três grandes 
fases: 
 
! a primeira, em que a vítima era valorizada, estava no centro das 
atenções: a “idade de ouro” da vítima 
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! a segunda, de neutralização do poder da vítima, onde ela é deixada 
totalmente de lado 
! a terceira fase, atual, de revalorização do seu papel 
 
Primeira fase: a “vítima de ouro” 
 
Em um primeiro momento, que se operou desde os primórdios da 
civilização até a Idade Média, é possível observar que a vítima possuía um 
papel bastante importante na gênese do delito, até porque vivíamos um período 
em que reinava a lógica da vingança privada, da autotutela e do talião (“olho 
por olho, dente por dente”). 
 
Neste momento, o Estado ainda não estava estruturado como o 
concebemos hoje, razão pela qual era o próprio particular o responsável por 
tutelar seus interesses. Assim, se fosse vítima de um fato delitivo, competia-lhe 
(ou a algum de seus familiares) perquirir a responsabilidade do infrator e 
sancioná-lo, se fosse o caso. 
 
Esta fase ficou conhecida como “vítima de ouro”, dado o papel de 
destaque e relevância em que ela se encontrava neste processo. 
 
Segunda fase: “período de latência” 
 
Ao término da Idade Média, com o advento dos Estados modernos, a 
vítima passa por uma fase de total neutralização. Ela deixa de ter o poder de 
reação sobre o fato delituoso, que é assumido e monopolizado pelo Estado 
soberano. 
 
É também o momento em que a sanção penal ganha nova feição: a pena 
passa a ser uma garantia para a ordem coletiva e não mais para o particular. 
Ou seja, a sanção não era mais aplicada para proteção da vítima, mas do 
Estado e da sociedade. 
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Assim, uma vez que a vítima não era mais a responsável por realizar a 
persecução criminal e sancionar o infrator (o que, inclusive, lhe passou a ser 
proibido), ela acaba sendo renegada a um plano de indiferença sob a 
perspectiva jurídico-penal. Anota-se, inclusive, que muitas vezes ela sequer era 
chamada ao processo para prestar o seu depoimento. 
 
Terceira fase: “revalorização da vítima” 
 
Eis que a vítima passa, tempos depois, a retomar parte do lugar de 
destaque que ocupava antes. Não em todos os casos e crimes, mas ao menos 
em alguns. 
 
De início, ela começa a ser presença marcante nos atos de instrução, 
trazendo ao Juiz a sua versão dos fatos (mesmo sem o compromisso de dizer a 
verdade destes). Após, com a criação de institutos que depende ou mesmo que 
autorizam a vítima a decidir pela realização e continuidade da persecução 
criminal. 
 
A título de exemplo, podemos anotar os seguintes institutos: a necessária 
representação do ofendido nos casos de ação penal pública condicionada; a 
necessidade de ofertar queixa-crime nos casos de ação penal de iniciativa 
privada; a possibilidade de composição civil dos danos nos crimes de menor 
potencial ofensivo; a desistência do direito de queixa/representação e o perdão 
do ofendido; etc. 
 
Vista essa classificação, vamos voltar ao tópico vitimologia de uma forma 
geral. 
 
Os estudos vitimológicos são muitos importantes, pois permitem o exame 
do papel desempenhado pelas vítimas no desencadeamento do fato criminal. 
Ademais, propiciam estudar a problemática da assistência jurídica, moral, 
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psicológica e terapêutica, especialmente naqueles casos em que há violência ou 
grave ameaça à pessoa, crimes que deixam marcas e causam traumas, 
eventualmente até tomando as medidas necessárias a permitir que tais vítimas 
sejam indenizadas por programas estatais, como ocorre em inúmeros países. 
 
De outra parte, os estudos vitimológicos permitem estudar a 
criminalidade real, mediante os informes facilitados pelas vítimas de delitos não 
averiguados (cifra negra da criminalidade). Há casos em que a diferença entre 
os fatos delituosos ocorridos e os comunicados às agências de controle social é 
de 99% (para os crimes de danos em veículos) e em crimes sexuais está em 
torno de 90%. A existência maior ou menor de comunicação dos delitos 
depende da percepção social da eficiência do sistema policial; da seriedade ou 
do montante envolvido no crime; do crime implicar ou não uma situação 
socialmente vexatória para a vítima (estupro, "conto do vigário" etc.); do grau 
de relacionamento da vítima com o agressor; da coisa furtada estar ou não 
segurada contra furto; da experiênciapretérita da vítima com a polícia etc. 
 
Existem algumas classificações sobre as diferentes perspectivas que se 
tem sobre o assunto. Vamos conhecer a diferença entre vitimização primária, 
secundária e terciária. 
 
Vitimização primária: é normalmente entendida como aquela 
provocada pelo cometimento do crime, pela conduta violadora dos direitos da 
vítima – pode causar danos variados, materiais, físicos, psicológicos, de acordo 
com a natureza da infração, a personalidade da vítima, sua relação com o 
agente violador, a extensão do dano etc. Então, é aquela que corresponde aos 
danos à vítima decorrentes do crime. 
 
Vitimização secundária (ou sobrevitimização): entende-se ser 
aquela causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer do 
processo de registro e apuração do crime, com o sofrimento adicional causado 
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pela dinâmica do sistema de justiça criminal (inquérito policial e processo 
penal). 
 
Vitimização terciária: é aquela que, mesmo possuindo um 
envolvimento com o fato delituoso, tem um sofrimento excessivo, além daquele 
determinado pela lei do país. Falta de amparo dos órgãos públicos às vítimas. A 
própria sociedade não acolhe a vítima, e muitas vezes a incentiva a não 
denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra 
(quantidade de crimes que não chegam ao conhecimento do Estado). É o caso 
do acusado do delito que sofre torturas ou outros tipos de violência (até dos 
próprios presos), ou que responde a processos que evidentemente não lhe 
deveriam ser imputados (ex.: caso da Escola Base1). 
 
Como citamos a cifra negra, vale falar um pouco mais sobre o assunto, 
pois existem outras. 
 
Cifras Negras 
 
Pode-se dizer que as Cifra Negra é a genitora de todas as outras pelo fato 
de englobar todas as demais. Mas a definição mais comum é a que menciona 
que a cifra negra corresponde ao número de delitos que por alguma razão não 
são levados ao conhecimento das autoridades, contribuindo para uma 
estatística errônea da realidade. 
 
Os fatores que mais contribuem para a ocorrência das Cifras Negras é o 
fato da vítima, além de ter sofrido o crime, não querer reviver todo 
aquele trauma novamente, sentir vergonha de ir à Polícia declarar o que 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1	
   Escola	
   Base	
   foi	
   uma	
   escola	
   particular	
   do	
   município	
   de	
   São	
   Paulo	
   fechada	
   em	
   1994.	
   Seus	
   proprietários	
   foram	
  
injustamente	
  acusados	
  pela	
  imprensa	
  por	
  abuso	
  sexual	
  contra	
  alguns	
  alunos	
  de	
  quatro	
  anos.	
  O	
  caso	
  envolve	
  o	
  conjunto	
  
de	
   acontecimentos	
   ligados	
   a	
   essa	
   acusação,	
   tais	
   como	
   a	
   cobertura	
   parcial	
   por	
   parte	
   da	
   imprensa	
   e	
   as	
   atitudes	
  
precipitadas	
   e	
  muito	
   questionadas	
   por	
   parte	
   do	
   delegado	
   de	
   polícia	
   responsável	
   pelo	
   caso,	
   que	
   supostamente	
   teria	
  
agido	
  pressionado	
  pela	
  mídia	
  televisionada	
  e	
  pelas	
  manchetes	
  de	
  jornais.	
  O	
  caso	
  foi	
  arquivado	
  por	
  falta	
  de	
  provas.	
  Os	
  
injustiçados	
   moveram	
   uma	
   ação	
   por	
   danos	
   morais	
   contra	
   a	
   Fazenda	
   Pública	
   do	
   Estado,	
   tendo	
   ganho	
   em	
   duas	
  
instâncias.	
  
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sofreu, preferindo assim sofrer as consequências calado ao invés de prestar tal 
declaração informando que veio a sofrer de um abuso sexual, violência 
doméstica ou algo semelhante. 
 
Cifras Douradas 
 
Termo criado por Edwin H. Sutherland que relaciona os crimes que são 
praticados por pessoas do alto-escalão, estes que por pertencerem as camadas 
mais altas da sociedade, que praticavam outros delitos, distinguindo dos demais 
criminosos. 
 
Outra definição: "Representa a criminalidade de 'colarinho branco', 
definida como práticas antissociais impunes do poder político e econômico (a 
nível nacional e internacional), em prejuizo da coletividade e dos cidadãos e em 
proveito das oligarquias econômico-financeiras". 
 
Os engravatados tem como peculiaridade fazer parte do auto-escalão da 
sociedade, fator que deixa de lado a ideia do crime como de exclusividade 
daquelas pessoas que pertencem às classes menos favorecidas, seja por falta 
de recursos financeiros, moradia, saúde, educação, lazer entre outros fatores, e 
os delitos por sua vez são fraudes, desvios de verbas públicas ou privadas, 
sonegações fiscais, que por atuarem em determinadas áreas detém de 
conhecimentos especializados, habilidades e informações privilegiadas, fatores 
que maior parte da sociedade não os têm, com o fim de utilizar de maneira 
desviante a Legislação vigente em favor próprio ou alheio. 
 
Cifras Cinzas 
 
São resultados das ocorrências que até são registradas, mas não chegam 
ao processo ou ação penal. Ou por serem solucionadas na própria Delegacia de 
Polícia, como pela conciliação das partes, elucidação do fato, ou por desistência 
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da própria vítima em não querer mais fazer a representação do B.O. registrado 
por alguma razão não chegando aos tribunais. 
 
 É quando a denúncia foi realizada porém não foi terminada, por exemplo: 
foi denunciada, foi feito um Inquérito mas por algum procedimento aleatório o 
processo acaba não sendo concluído, não acaba sendo levado a frente. 
 
Cifras Amarelas 
 
Cifras Amarelas são aquelas em que as vítimas são pessoas que sofreram 
alguma forma de violência cometida por um funcionário público e deixam de 
denunciar o fato aos órgãos responsáveis por receio, medo de represália. 
 
Cifras Verdes 
 
Consiste nos crimes não chegam ao conhecimento policial e que a vítima 
diretamente destes é o meio ambiente, como exemplo: maus tratos, ferir ou 
mutilar animais silvestres, domesticados, pichações de paredes, monumentos 
históricos, prédios públicos; fato que quanto se nota o dano causado, fato 
consumado, há grande dificuldade de se identificar a autoria por não se 
encontrar mais no local dos fatos quem o praticou, estando assim isento da 
punição (pena) pelo crime praticado. 
 
Cifras brancas 
 
São os crimes solucionados, isto é, apurados sua autoria pela autoridade 
competente 
 
Outra classificação importante das vítimas atribuída a Benjamim 
Mendelsohn é a que leva em conta a participação ou provocação da vítima: 
 
! vítimas ideais (completamente inocentes) 
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! vítimas menos culpadas que os criminosos (ex ignorantia) 
! vítimas tão culpadas quanto os criminosos (dupla suicida, aborto 
consentido, eutanásia) 
! vítimas mais culpadas que os criminosos (vítimas por provocação 
que dão causa ao delito) 
! vítimas como únicas culpadas (vítimas agressoras, simuladas e 
imaginárias)Dessa forma, Mendelsohn sintetiza a classificação em três grupos: 
 
! vítima inocente, que não concorre de forma alguma para o injusto 
típico 
! vítima provocadora, que, voluntária ou imprudentemente, colabora 
com o ânimo criminoso do agente (estas que se dividem em menos 
culpadas que o criminoso, tão culpadas quanto o criminoso ou mais 
culpadas que o criminoso) 
! vítima agressora, simuladora ou imaginária, suposta ou 
pseudovítima, que acaba justificando a legítima defesa de seu 
agressor 
 
Porém, existem diversas outras classificações das vítimas. Vamos a 
alguns exemplos: 
 
! Vítimas Participantes: São aquelas que desempenham determinado 
papel na origem do delito: Vítima Provocadora. 
! Vítimas Voluntárias: Aquelas que querem tornar-se vítimas: o 
suicida, etc. 
! Vítimas não participantes ou vítimas ideais: Aquelas que não 
contribuem em nada para a ocorrência do delito 
! Vítimas Acidentais: São aquelas que surgem no caminho do 
delinquente 
! Vítimas Indiscriminadas: Vítimas de atos terroristas 
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! Vítima Vaga: No caso dos Crimes Vagos: Tráfico de drogas. 
! Vítimas Coletivas: Pessoas jurídicas 
! Vítimas Simbólicas: Quando a(s) pessoa(s) atingida(s) não é (são) 
o(s) alvo(s) principal(is), mas servem como símbolo ou exemplo de 
um fim maior.: Vítimas do terrorismo 
! Vítimas Falsas: Casos de denunciação caluniosa 
! Vítima Imaginária ou Putativa: A pessoa não foi vítima, mas, 
diferentemente do caso anterior, não sabe disso. Acredita fielmente 
ter sido vitimada por erro ou alienação mental 
! Vítima Latente ou por Tendência (Von Hentig): Aquela que tem uma 
disposição permanente e inconsciente para ser vítima, vindo dessa 
forma a atrair os delinquentes 
! Vítima Intra-familiar: Aquela que sofre a vitimização no seio 
familiar: Violência Doméstica 
! Vítima Nata: Aquele que é predestinado a ser vítima 
! Vítimas omissas: são as que não se integram no meio social em que 
vivem, que não comunicam à autoridade pública quando do 
cometimento do crime; 
! Vítimas inconformadas ou atuantes: são contrárias às vítimas 
omissas, pois exercitam plenamente sua cidadania e buscam a 
reparação judicial dos danos sofridos. 
 
5. Controle Social 
 
Toda sociedade (ou grupo social) necessita de mecanismos disciplinares 
que assegurem a convivência interna de seus membros, razão pela deve criar 
uma gama de instrumentos que garantam a conformidade dos objetivos eleitos 
no piano social. Este processo pauta as condutas humanas, orientando posturas 
pessoais e sociais. Dentro desse contexto, podemos definir o controle social 
como o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter o 
indivíduo aos modelos e normas comunitários. Para alcançar o objetivo, as 
organizações sociais possuem dois sistemas articulados entre si. 
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De um lado tem-se o controle social informal, que passa pela instancia da 
sociedade civil: família, escola, profissão, opinião pública, grupos de pressão 
clubes de serviço etc. 
 
Outra instancia é a do controle social formal, identificada com a atuação 
do aparelho político do Estado. São controles realizados por intermédio da 
Policia, da Justiça, do Exército, do Ministério Público, da Administração 
Penitenciaria e de todos os consectários de tais agencias, como controle legal, 
penal etc. 
 
Quando as instâncias informais de controle social falham, entram em ação 
as agências de controle formais. Assim, se o indivíduo, em face do processo de 
socialização, não tem uma postura em conformidade com as pautas de conduta 
transmitidas e aprendidas na sociedade, entrarão em ação as instâncias formais 
que atuarão de maneira coercitiva, impondo sanções distintas das reprovações 
existentes na esfera informal. 
 
A efetividade do controle social formal é muito menor do que aquela 
exercida pelas instancias informais. É isso que explica, por exemplo, ser a 
criminalidade muito maior nos grandes centros urbanos do que nas pequenas 
comunidades (onde o controle social informal e mais efetivo e presente). De 
outra parte, nas grandes cidades, onde os mecanismos de controle informais 
não são tão presentes, há de se buscar uma melhor integração das duas 
esferas de controle. 
 
A efetividade do controle social é sempre relativa. O pensador Jeffery 
afirmava que "mais leis, mais penas, mais policiais, mais juízes, mais prisões 
significam mais presos, porém não necessariamente menos delitos. A eficaz 
prevenção do crime não depende tanto da maior efetividade do controle social 
formal, senão da melhor integração ou sincronização do controle social formal e 
informal". 
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A pena, nas sociedades avançadas, implica um vínculo de autoridade 
entre quem reprova e quem é reprovado. O primeiro diz ao segundo: você é o 
responsável, vale dizer, culpável, por um determinado fato delituoso e por isso 
há de ser condenado; o segundo aquiesce e, ao fazê-lo, anui à sua culpa e 
reconhece o vínculo de autoridade. Instaura-se, daí, o reconhecimento de que o 
direito penal é um instrumento de controle social que trabalha no mesmo 
sentido de outros instrumentos controladores. Diferencia-se de outros 
instrumentos de controle social em face de seu aspecto formal, uma vez que 
carrega a ameaça concreta e racional da sanção. 
 
As outras formas de sanção - como o controle ético – manifestam-se 
informal e espontaneamente. As de direito penal, ao contrário, ajustam-se a um 
procedimento determinado, limitado por parâmetros definidos pela consagração 
do princípio da legalidade, e só atuam quando todas as outras instâncias de 
controle social não atuarem. 
 
Numa terminologia moderna, "o direito penal, junto com outros 
instrumentos de controle social mediante sanções, forma parte do controle 
social primário, por oposição ao controle social secundário, que trata de 
internalizar as normas e modelos de comportamento social adequados sem 
recorrer à sanção nem ao prêmio (por exemplo, o sistema educativo)". 
 
O conceito acima expendido remete-nos ao pensamento dual de Estado, 
compreendendo sociedade civil e sociedade política, e que serve de fonte de 
estudos do Estado moderno. 
 
A sociedade civil é um conjunto complexo e abrangente, tendo em seu 
campo: a ideologia da classe dirigente, das artes à ciência, incluindo a 
economia; a concepção de mundo difundida por toda a sociedade e que advém 
da filosofia, da religião, do senso comum, do folclore etc. Atuam como 
elementos multiplicadores dessa hegemonia existencial os instrumentos 
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técnicos de difusão da ideologia, como o sistema escolar, a mídia em suas 
diferentes esferas, as bibliotecas, os artistas de rua etc. 
 
Em contrapartida, a sociedade política concentra o aparato jurídico-
coercitivo para manter, pela força, a ordem estabelecida. Compreende o 
exército, a polícia, o aparelho burocrático, as esferas de governo etc. 
 
Dessa concepção dual surge o conceito de Estado, com novas 
determinações,comportando duas formas de dominação: uma representada 
pela hegemonia (sociedade civil) e outra pelo poder coercitivo (sociedade 
política). 
 
A complexidade do Estado moderno faz com que a dominação habitual, 
em decorrência da hegemonia, seja a usada diuturnamente. Nos momentos de 
crise orgânica, a classe dirigente perde o controle da sociedade civil e apoia-se 
na sociedade política para lograr manter sua dominação. Nas sociedades menos 
diferenciadas é em torno da sociedade política que a luta se concentra; nas 
sociedades mais complexas, o essencial do combate ideológico se dá no âmbito 
da sociedade civil. Na esfera e por meio da sociedade civil, as posições 
controversas buscam exercer sua hegemonia mediante a direção política e o 
consenso; por meio da sociedade política, ao contrário, as classes exercem uma 
dominação mediante a coerção. 
 
No plano jurídico-penal, a análise sociológica tem mostrado que esse 
sistema penal não atua de forma isolada. Ele deve ser visto como um 
subsistema encravado dentro de um sistema de controle social e de seleção de 
maior amplitude existente dentro do Estado. 
 
Identificar esse sistema de penas com a repressão extremada da 
criminalidade é aproximar o direito penal do sistema coercitivo das sociedades 
políticas. Ao contrário, distanciar a repressão penal da prática corriqueira dos 
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ilícitos é contextualizar a pena dentro do processo dialógico inerente a 
sociedade civil. 
 
A contradição entre o controle penal absoluto e o direito penal, usado 
como última instância de controle, é reflexo direto da dualidade existente entre 
sociedade política e sociedade civil, entre o regime ditatorial e o regime 
democrático. Pretender utilizar a pena como meio de ordenar condutas dos 
cidadãos, além do mínimo essencial, irremediavelmente levará à arbitrariedade 
e ao autoritarismo do regime. Não é por outra razão que as ditaduras 
extremaram as formas de controle social - e penal - em detrimento das formas 
de dissuasão, acentuaram o interesse de proteção da sociedade em prejuízo da 
assecuração da liberdade individual. 
 
A pena privativa de liberdade é a forma mais extremada de controle 
penal. Tem um vínculo umbilical com o próprio Estado que a criou. A pena é um 
instrumento assecuratório do Estado, a reafirmação de sua existência, uma 
necessidade para sua subsistência. A pena surge quando fracassam todos os 
controles sociais, e por isso mesmo é mais que um controle: e expressão 
absoluta de seu caráter repressivo. Não é por outra razão que só devemos 
utilizar os mecanismos formais de controle social, entre os quais as penas se 
incluem, quando falharem as demais formas de controle social. É o que o direito 
chama de ultima ratio regum, princípio informador de todo o direito penal 
consubstanciado no chamado direito penal mínimo. 
 
Aqui encerramos a teoria da nossa. Que tal um resumo? 
 
 
Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima e controle social. 
 
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Crime (foco da escola clássica): crime é um problema social e 
comunitário. Comunitário porque nasce na comunidade, deve por ela ser 
resolvido e nela cessar. Problema social porque o crime possui uma incidência 
massiva na população e porque causa temor e instabilidade na sociedade. Para 
os clássicos, crime era um ente jurídico (Carrara: Crime é uma violação à 
norma estatal). Para os positivistas, crime era um fato humano e social. 
Atualmente podemos definir crime como um comportamento desviado que a 
pessoa, de acordo com o seu livre-arbítrio, pratica ou não (Durkheim: crime é 
algo normal nas sociedades). O crime possui quatro elementos constitutivos: 
 
! incidência massiva na população 
! incidência aflitiva do fato praticado 
! persistência espaço-temporal do fato delituoso 
! consenso inequívoco acerca de sua etiologia e técnicas de 
intervenção eficazes 
 
Criminoso (foco da escola positiva): É o sujeito ativo do crime - o que 
pratica a conduta. Para os clássicos, criminoso é o pecador que optou pelo mal. 
Para os positivistas, criminoso era um escravo de sua carga hereditária 
(predestinação a ser ou não criminoso). Atualmente podemos dizer que 
criminoso é um cidadão comum, dotado de livre-arbítrio, que sofre influência 
dos fatores criminógenos (o entorno, o meio físico) que o levam a delinquir. 
 
Vítima: É o sujeito passivo do crime. Ao longo dos tempos passou por 
três períodos até chegar à condição atual. 
 
1º) Protagonismo, “fase de ouro” (aqui a vítima era titular do direito de 
punir); 
2º) Neutralização (o Estado assumiu o monopólio da ação punitiva, 
deixando a vítima em segundo plano); 
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3º) Redescobrimento (1950 - Mendelsohn).(a partir do 1° Simpósio 
Internacional de Vitimologia, em Jerusalém/Israel, sob a supervisão do chileno 
Israel Drapkin) 
 
Vitimologia: ciência que se ocupa da vítima e da vitimização, cujo objeto 
é a existência de menos vítimas na sociedade, quando esta tiver real interesse 
nisso. 
 
Vitimização primária: Danos à vítima causado pelo crime 
Vitimização secundária: Sofrimento adicional devido a dinâmica do 
sistema criminal (Inquérito Policial e Processo Penal) 
Vitimização terciária: Falta de amparo dos órgãos públicos e da 
sociedade. Incentivo a não denúncia, gera a cifra negra. 
 
Cifra negra: conjunto de crimes que não chega ao conhecimento do 
Estado 
Cifra dourada: crimes praticados por criminosos do “colarinho branco”, 
por executivos ou membros do alto escalão da sociedade 
 
Controle social (1980): Pode ser definido como o conjunto de 
instituições e estratégias que submetem o indivíduo a normas e regras de 
comportamento. É concretizado por meio dos agentes de controle (formais e 
informais) e possui a finalidade de manter a ordem pública através da disciplina 
social. 
 
! controle social formal: polícia ostensiva, forças armadas, justiça, 
ministério público, administração penitenciária 
! controle informal: família, escola, profissão, clubes, opinião pública 
 
Vamos aos nossos exercícios de hoje. Para começar, algumas questões 
“repetidas” sobre o mesmo assunto: quais são os objetos da criminologia. Isto 
é para enfatizar o quanto é cobrado. 
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1) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – 
2015) Os objetos de estudo da moderna criminologia estão divididos 
em 
a) três vertentes: justiça criminal, delinquente e vítima. 
b) três vertentes: política criminal, delito e delinquente. 
c) três vertentes: política criminal, delinquente e pena. 
d) quatro vertentes: delito, delinquente, justiça criminal e pena. 
e) quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e controle social. 
 
Gabarito: E. A Criminologia Moderna ou Científica surgiu entre os séculos 
XX e XXI. Essa escola abrange os seguintes objetos: delito, delinquente, vítima 
e controle social. 
 
2) (PC/SP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2012) Constituem 
objeto de estudo da Criminologia 
a) o delinquente, a vítima, o controlesocial e o empirismo. 
b) o delito, o delinquente, a interdisciplinaridade e o controle 
social 
c) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
d) o delinquente, a vítima, o controle social e a 
interdisciplinaridade. 
e) o delito, o delinquente, a vítima e o método. 
 
Gabarito: C. Vimos exaustivamente a lista dos objetos da criminologia: 
delito, delinquente, vítima e controle social. Perceba que a mesma questão caiu 
para dois cargos de Delegado, de estados diferentes. 
 
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3) (PC/SP – PC/SP – Escrivão de Polícia Civil – 2010) Atualmente, 
são objetos de estudo da Criminologia: 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
b) o delito, a antropologia e a psicologia criminais. 
c) o delito e os fatores biopsicológicos da criminalidade. 
d) o delito e o delinquente. 
e) o delinquente e os fatores biopsicológicos da criminalidade. 
 
Gabarito: A. Desde o século passado, estudava-se o delito e delinquente. 
Com o fim da Segunda Guerra, incluiu-se a vítima. A partir dos anos 70, surge 
mais um objeto para a criminologia: o controle social. 
 
4) (VUNESP – PC/SP – Agente de Polícia – 2013) É correto 
afirmar que a Criminologia contemporânea tem por objetos 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
b) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
c) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
d) apenas o delito e o delinquente. 
e) apenas a vítima e o controle social. 
 
Gabarito: A. Repetido. 
 
5) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) Os 
objetos de estudo da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e 
_________. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna 
do texto. 
a) a participação da vítima no crime 
b) as classes sociais 
c) as leis 
d) o controle social 
e) o Poder Público 
 
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Gabarito: D. Sem comentários. 
 
6) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Assinale 
a alternativa que indica um dos objetos de estudo da criminologia 
moderna. 
a) O controle social. 
b) A justiça. 
c) O direito penal. 
d) O desiquilíbrio psicológico. 
e) A lei. 
 
Gabarito: A. O controle social é um dos caracteres do objeto 
criminológico, constituindo-se em um conjunto de mecanismos e sanções 
sociais que buscam submeter os indivíduos às normas de convivência social. 
 
7) (VUNESP – PC/SP – Escrivão de Polícia – 2014) São objetos de 
estudo da Criminologia moderna __________, o criminoso,_________e 
o controle social. Assinale a alternativa que completa, correta e 
respectiva- mente, as lacunas do texto. 
a) a desigualdade social ... o Estado 
b) a conduta ... o castigo 
c) o direito ... a ressocialização 
d) a sociedade ... o bem jurídico 
e) o crime ... a vítima 
 
Gabarito: E. A criminologia moderna ampliou os objetos de estudo: 
delito, delinquente, vítima e controle social; a fim de criar estratégias para a 
prevenção dos delitos. 
 
8) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 2013) 
São objetos de estudo da criminologia o crime,____________, a vítima 
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e________ . Assinale a alternativa que completa o texto, correta e 
respectivamente. 
a) a pena ... a assistência à vítima 
b) o instrumento utilizado ... a psicologia 
c) o ressarcimento ... o patrimônio 
d) o criminoso ... o controle social 
e) o modus operandi ... a filosofia 
 
Gabarito: D. Mais uma vez. 
 
9) (VUNESP – PC/SP – Investigador de Polícia – 2013) Os objetos 
de estudo da moderna Criminologia são: 
a) a vítima e o delinquente. 
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. 
c) o delito e o delinquente. 
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo. 
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática. 
 
Gabarito: B. Não falo mais nada. 
 
10) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2013) 
Para a Criminologia, o crime pode ser considerado como: 
a) uma relação jurídica de conteúdo individual e coletivo. 
b) um pecado praticado por quem escolheu o mal 
c) um fato típico e antijurídico. 
d) um desvio de conduta que atenta contra a moral e os bons 
costumes. 
e) um problema social e comunitário. 
 
Gabarito: E. À luz da criminologia, crime é um problema social e 
comunitário. Comunitário porque nasce na comunidade, deve por ela ser 
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resolvido e nela cessar. Problema social porque o crime possui uma incidência 
massiva na população e porque causa temor e instabilidade na sociedade. 
 
11) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) Para 
a criminologia, o crime é um fenômeno 
a) científico. 
b) ideológico. 
c) regionalizado. 
d) político. 
e) social. 
 
Gabarito: E. Até falamos um pouco sobre o assunto na nossa aula 
inaugural. 
A Criminologia estuda o crime enquanto fenômeno social e individual e 
inclui, basicamente, o estudo das suas causas e a aferição da sua extensão. Ao 
mesmo tempo, contribui de para as formas de controle e prevenção do crime, 
ou seja, para a Política Criminal. 
 
12) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 
2013) A criminologia entende o crime como um fenômeno. 
a) social. 
b) ideológico 
c) subjetivo 
d) objetivo. 
e) político 
 
Gabarito: A. a criminologia vê o crime como um problema social, um 
verdadeiro fenômeno comunitário, abrangendo quatro elementos constitutivos: 
 
! incidência massiva na população; 
! incidência aflitiva do fato praticado; 
! persistência espaço-temporal do fato delituoso; e 
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! consenso inequívoco acerca de sua etiologia e técnicas de 
intervenção eficazes. 
 
13) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – 
2015) Quando a vítima, em decorrência do crime sofrido, não encontra 
amparo adequado por parte dos órgãos oficiais do Estado, durante o 
processo de registro e apuração do crime, como, por exemplo, o mau 
atendimento por um policial, levando a vítima a se sentir como um 
“objeto” do direito e não como sujeito de direitos, caracteriza 
a) vitimização estatal ou oficial. 
b) vitimização secundária. 
c) vitimização terciária. 
d) vitimização quaternária. 
e) vitimização primária. 
 
Gabarito: B. Por vitimização secundária (ou sobrevitimização) entende-
se aquela causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer do 
processo de registro e apuração do crime. 
 
14) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2014) 
A sobrevitimização, ou revitimização, também é conhecida na doutrina 
por vitimização 
a) secundária. 
b) primária. 
c) quaternária. 
d) quintenária. 
e) terciária. 
 
Gabarito: A. Vitimização secundária é expressão sinônima de 
sobrevitimização, a qual relembramos o conceito na questão anterior. 
 
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15) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2013) 
Do ponto de vista vitimológico, vítima falsa é 
a) consente com a prática do delito. 
b) tolera a lesão sofrida pelo temor de perseguição por seu algoz. 
c) se autovitimiza com o fim de obter benefícios para si. 
d) detém predisposição permanente e inconsciente para se tornar 
vítima. 
e) deixa de comunicar o crime sofrido às autoridades 
competentes. 
 
Gabarito: C. A vítima falsa é também chamada de vítima simulada. A 
pessoa tem consciência de que não foi vítima de delito algum, mas agindo por 
vingança ou por interesse social, imputa a alguém a prática de um crime contra 
si. Exemplo: quem dá o veículo como roubado e quer receber indenização da 
seguradora. 
 
16) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Necropsia – 2014) As 
pessoas que apresentam predisposição permanente e inconsciente para 
se tornarem vítimas, atraindo os criminosos, como por exemplo 
prostitutas e usuários de drogas, são chamadas de 
a) vítimas omissas. 
b) vítimas falsas. 
c) pseudovítimas. 
d) vítimas latentes. 
e) vítimas atuantes. 
 
Gabarito: D. Vítima Latente ou por Tendência é aquela que tem uma 
disposição permanente e inconsciente para ser vítima, vindo dessa forma a 
atrair os delinquentes. Ex: prostitutas, travestis e usuários de drogas, que 
facilmente podem ser alvos de criminosos. 
 
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17) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Necropsia – 2014) Buscam 
incansavelmente a reparação judicial pelos danos sofridos ou a punição 
dos autores, comunicando o fato criminoso às autoridades públicas. 
Trata-se de vítimas 
a) incansáveis. 
b) desatentas. 
c) conscientes. 
d) persistentes. 
e) atuantes. 
 
Gabarito: E. Vítimas inconformadas ou atuantes. Ao contrário do que 
ocorre com as vítimas omissas, que não buscam relatar às autoridades 
competentes seus direitos violados, elas cumprem de forma ativa o papel de 
cidadão. Sempre que são violadas em seus direitos, buscam a efetiva reparação 
judicial. 
 
18) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) O 
sofrimento adicional causado à vítima por órgãos oficiais do Estado 
como, por exemplo, fóruns e delegacias, acarretando considerável 
aumento dos índices de subnotificação, que são os crimes que não 
chegam ao conhecimento das autoridades públicas, é chamado de 
vitimização 
a) terciária. 
b) primária. 
c) precoce. 
d) secundária. 
e) indireta. 
 
Gabarito: D. O sofrimento devido a atos falhos do Estado no decorrer do 
inquérito policial e do processo penal é característica da vitimização secundária. 
 
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19) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) A 
disciplina que tem por objetivo estudar as causas e as origens da 
criminalidade para encontrar medidas cabíveis que possam prevenir e 
combater a prática de crimes é a 
a) vitimodogmática. 
b) profilaxia criminal. 
c) infortunística. 
d) psiquiatria forense. 
e) psicologia forense. 
 
Gabarito: B. A questão é mais de português do que de criminologia. 
Profilaxia é um termo muito utilizado na medicina e na odontologia, que são 
medidas para prevenir ou atenuar doenças. O termo profilaxia é de origem 
grega e significa precaução, sendo também utilizado para designar estudo de 
outras áreas do conhecimento. 
A profilaxia criminal busca as causas e origens da criminalidade para 
combatê-las como uma grave doença social com medidas de prevenção 
indireta, atingindo o delito, e medidas diretas, atacando o crime em formação. 
 
20) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) O 
objeto da criminologia que analisa a conduta antissocial, as causas 
geradoras e vê a criminologia como um problema social e comunitário, 
é 
a) a psicologia. 
b) a ciência humana. 
c) o delito. 
d) a sociologia. 
e) o direito. 
 
Gabarito: C. A redação do item é horrível, para não dizer nada pior. Mas 
devemos estar preparados. Perceba que a questão pede “um objeto da 
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criminologia” (e sabemos quais são os quatro objetos). Além disso, fala em 
“problema social e comunitário”. Assim, estamos falando do delito. 
Mas convenhamos: falar que o “delito analisa a conduta antissocial” e que 
“o delito vê a criminologia como um problema social e comunitário” foi dose! 
 
21) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Os 
estudos vitimológicos permitem estudar a criminalidade real, por meio 
dos registros efetuados pela própria vítima. A falta desses registros 
gera a(o) chamada(o) 
a) gráfico incompleto. 
b) estatística branca. 
c) cifra negra. 
d) ponto obscuro. 
e) incongruência estatística. 
 
Gabarito: C. A cifra negra consiste na falta de registro da ocorrência, 
causando uma falta de conhecimento da autoridade policial dos crimes 
ocorridos. 
 
22) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Ao 
longo dos anos, verificou-se, por meio dos estudos da criminologia, que 
a vítima sempre foi deixada em um segundo plano; a contar do 
momento em que o Estado monopolizou a distribuição da justiça, a 
vítima foi esquecida. Como contraponto desses estudos, o Brasil 
elaborou algumas leis que priorizam a vítima, dentre elas, pode-se 
citar: 
a) a Lei n.º 11.923/09, que criou a figura do sequestro relâmpago 
(§ 3.º do art. 158 do CP). 
b) a Lei n.º 11.690/08, que vedou a utilização de provas ilícitas no 
processo penal (art. 157 do CPP). 
c) a Lei n.º 11.343/06, que instituiu o Sistema Nacional de 
Políticas Públicas sobre Drogas. 
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d) a Lei n.º 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito 
Brasileiro. 
e) a Lei n.º 9.099/95, que instituiu os juizados especiais civis e 
criminais. 
 
Gabarito: E. Cada vez mais a vítima vem ganhando fundamental 
importância no Direito Penal. De acordo com Rogério Grecco: 
 
“Muitos institutos penais e processuais penais foram criados mais 
sob o enfoque dos interesses precípuos da vítima do que, propriamente, 
do agente que praticou a infração penal. 
Esse destaque conferido à figura da vítima configura o que a 
doutrina moderna vem chamando de privatização do Direito Penal. As 
ações privadas, que devem ser intentadas pela vítima ou por seu 
representante legal, as formas de reparação de danos e a composição 
prevista na Lei 9.099/95, são exemplos desse destaque. 
Ante a importância dos direitos tutelados pelo Direito Penal, deve o 
Estado abarcar o maior número de institutos preventivos e reparadores. A 
privatização do Direito Penal, com seu enfoque à vítima de crimes, busca 
esse objetivo comum, num ramo jurídico onde dificilmente a situação será 
restaurada à situação anterior, deve o Estado priorizar o tratamento da 
vítima”. 
 
Outras exemplos de legislações em que se inserem a Vitimização: 
 
! Lei nº 9.807/99 - programas especiais de proteção à vítima 
! Lei nº 9.605/98 - Lei deCrimes ambientais 
! Lei nº 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor 
! Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha 
! Lei nº 10.741/2003 - Estatuto do Idoso 
 
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23) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Os 
primeiros estudos sobre a vitimologia datam de 1901, tendo como, 
estudioso do assunto, 
a) Hans Gross. 
b) Enrico Ferri. 
c) Francesco Carrara. 
d) Adolphe Quetelet. 
e) Cesare Bonesana. 
 
Gabarito: A. Apesar de o estudo sistemático da vítima ter começado a 
partir da década de 1940, com Von Hentig e Benjamim Mendelsohn, os 
primeiros trabalhos sobre vítimas foram de Hans Gross (1901). 
 
24) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Em 
1973, houve o 1.º Simpósio Internacional de Vitimologia, em 
Jerusalém/Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chileno 
____________ . Os estudos impulsionaram a atenção comportamental, 
buscando traçarem perfis de vítimas potenciais, com a interação do 
direito penal, da psicologia e da psiquiatria. A alternativa que completa 
corretamente a lacuna é: 
a) Osvaldo Loro 
b) Diego Ventura 
c) Cláudio Mensura 
d) Israel Drapkin 
e) Ibrain Neto 
 
Gabarito: D. O 1º Simpósio Internacional de Vitimologia ocorreu em 
1973, em Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chileno Israel 
Drapkin. 
 
25) (VUNESP – PC/SP – Médico Legista – 2014) A expressão 
“cifra negra”, em Criminologia, corresponde ao número de 
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a) erros judiciais (decisões judiciais incompatíveis com a 
realidade dos fatos). 
b) crimes ocorridos e não reportados à autoridade. 
c) criminosos reincidentes. 
d) prisões efetuadas injustamente. 
e) crimes ocorridos em ambientes públicos, mas cuja autoria 
permanece ignorada. 
 
Gabarito: B. Entende-se por cifra negra (também denominada cifra 
oculta ou zona obscura) a parcela de crimes ocorridos que não chegam ao 
conhecimento das autoridades (polícias civil e militar, Ministério Público e Poder 
Judiciário). 
 
26) (VUNESP – PC/SP – Escrivão de Polícia – 2014) A 
criminologia moderna estuda o fenômeno da criminalidade por meio da 
estatística criminal. Nessa seara, a expressão “cifra dourada” designa. 
a) o total de delitos registrados e de conhecimento do poder 
público que são elucidados. 
b) as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou 
apuradas; trata-se de um subtipo da “cifra negra”, a exemplo do crime 
de sonegação fiscal 
c) as infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o 
homicídio, que, ao ser elucidado, permite ao poder público planejar 
melhor suas ações e alterar a legislação 
d) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por 
enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95, a exemplo do delito de perturbação 
do sossego alheio 
e) o percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa 
renda que não chega ao conhecimento do poder público por falta de 
registro, e, portanto, não são elucidados 
 
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Gabarito: B. Difundido a partir de 1939 pelo sociólogo americano Edwin 
Sutherland, o termo crimes do colarinho branco ou white collar crime alude a 
“crime cometido por uma pessoa de respeitabilidade e elevado status social em 
relação às suas ocupações”. 
 
27) (VUNESP – PC/SP – Agente de Polícia – 2013) Os “crimes de 
colarinho branco” são delitos conhecidos na Criminologia por 
a) crimes contra a dignidade social. 
b) crimes de menor potencial ofensivo. 
c) cifras cinza. 
d) cifras amarelas. 
e) cifras douradas. 
 
Gabarito: E. As cifras douradas representam a criminalidade do 
"colarinho branco", definida como práticas antissociais impunes praticadas por 
aqueles que detêm o poder político e econômico (a nível nacional e 
internacional), em prejuízo da coletividade e dos cidadãos e em proveito de 
suas oligarquias econômico-financeiras. 
 
28) (VUNESP – PC/SP – Perito Criminal – 2014) Entende-se por 
vitimização secundária ou sobrevitimização aquela 
a) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta violadora 
dos direitos da vítima, proporcionando danos materiais e morais, por 
ocasião do delito. 
b) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do 
crime. 
c) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo 
criminoso do agente. 
d) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada 
pela família, por grupo de amigos etc. 
e) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do 
processo de registro e apuração do delito, mediante o sofrimento 
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adicional gerado pelo funcionamento do sistema de persecução 
criminal. 
 
Gabarito: E. A vitimização secundária é aquela causada pelas instâncias 
formais que detêm o controle sobre o âmbito social (delegacias, Ministério 
Público etc.) abrangendo os custos pessoais derivados da intervenção do 
sistema legal que incrementam os padecimentos da vítima. 
 
29) (PC/SP – PC/SP – Escrivão de Polícia Civil – 2010) O termo 
cifra dourada é indicativo 
a) dos crimes praticados por membros da realeza. 
b) da violência doméstica ocorrida nas classes altas e não 
relatadas à polícia. 
c) dos crimes esclarecidos mediante à oferta de uma recompensa. 
d) do número de jovens de alto poder aquisitivo envolvidos com o 
narcotráfico. 
e) dos crimes denominados de “colarinho branco”. 
 
Gabarito: E. Após a cifra negra, a cifra dourada (crimes do colarinho 
branco) é a mais comum em concursos. 
 
30) (CEFET-BA – PC/BA – Delegado de Polícia Civil – 2008) No 
âmbito da criminologia da reação social, o trabalho da Polícia Civil pode 
ser considerado como a 
a) expressão do controle social informal. 
b) contribuição de uma agência do controle social formal. 
c) manifestação do controle social difuso. 
d) manifestação do controle empresarial. 
e) expressão particular de uma visão de justiça. 
 
Gabarito: B. A Polícia Civil é um típico exemplo de órgão formal de controle. 
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6. Lista das Questões Apresentadas 
 
1) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – 
2015) Os objetos de estudo da moderna criminologia estão divididos 
em 
a) três vertentes: justiça criminal, delinquente e vítima. 
b) três vertentes: política criminal, delito e delinquente. 
c) três vertentes: política criminal, delinquente e pena. 
d) quatro vertentes: delito, delinquente, justiça criminal e pena. 
e) quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e controle social. 
 
2) (PC/SP – PC/SP – Delegado de Polícia – 2012) Constituem 
objeto de estudo da Criminologia 
a) o delinquente, a vítima, o controle social e o empirismo. 
b) o delito, o delinquente, a interdisciplinaridade e o controle 
social 
c) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
d) o delinquente, a vítima, o controle social e a 
interdisciplinaridade. 
e) o delito, o delinquente,a vítima e o método. 
 
3) (PC/SP – PC/SP – Escrivão de Polícia Civil – 2010) Atualmente, 
são objetos de estudo da Criminologia: 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
b) o delito, a antropologia e a psicologia criminais. 
c) o delito e os fatores biopsicológicos da criminalidade. 
d) o delito e o delinquente. 
e) o delinquente e os fatores biopsicológicos da criminalidade. 
 
4) (VUNESP – PC/SP – Agente de Polícia – 2013) É correto 
afirmar que a Criminologia contemporânea tem por objetos 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
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b) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
c) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
d) apenas o delito e o delinquente. 
e) apenas a vítima e o controle social. 
 
5) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) Os 
objetos de estudo da criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e 
_________. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna 
do texto. 
a) a participação da vítima no crime 
b) as classes sociais 
c) as leis 
d) o controle social 
e) o Poder Público 
 
6) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Assinale 
a alternativa que indica um dos objetos de estudo da criminologia 
moderna. 
a) O controle social. 
b) A justiça. 
c) O direito penal. 
d) O desiquilíbrio psicológico. 
e) A lei. 
 
7) (VUNESP – PC/SP – Escrivão de Polícia – 2014) São objetos de 
estudo da Criminologia moderna __________, o criminoso,_________e 
o controle social. Assinale a alternativa que completa, correta e 
respectiva- mente, as lacunas do texto. 
a) a desigualdade social ... o Estado 
b) a conduta ... o castigo 
c) o direito ... a ressocialização 
d) a sociedade ... o bem jurídico 
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e) o crime ... a vítima 
 
8) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 2013) 
São objetos de estudo da criminologia o crime,____________, a vítima 
e________ . Assinale a alternativa que completa o texto, correta e 
respectivamente. 
a) a pena ... a assistência à vítima 
b) o instrumento utilizado ... a psicologia 
c) o ressarcimento ... o patrimônio 
d) o criminoso ... o controle social 
e) o modus operandi ... a filosofia 
 
9) (VUNESP – PC/SP – Investigador de Polícia – 2013) Os objetos 
de estudo da moderna Criminologia são: 
a) a vítima e o delinquente. 
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. 
c) o delito e o delinquente. 
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo. 
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática. 
 
10) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2013) 
Para a Criminologia, o crime pode ser considerado como: 
a) uma relação jurídica de conteúdo individual e coletivo. 
b) um pecado praticado por quem escolheu o mal 
c) um fato típico e antijurídico. 
d) um desvio de conduta que atenta contra a moral e os bons 
costumes. 
e) um problema social e comunitário. 
 
11) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) Para 
a criminologia, o crime é um fenômeno 
a) científico. 
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b) ideológico. 
c) regionalizado. 
d) político. 
e) social. 
 
12) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 
2013) A criminologia entende o crime como um fenômeno. 
a) social. 
b) ideológico 
c) subjetivo 
d) objetivo. 
e) político 
 
13) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – 
2015) Quando a vítima, em decorrência do crime sofrido, não encontra 
amparo adequado por parte dos órgãos oficiais do Estado, durante o 
processo de registro e apuração do crime, como, por exemplo, o mau 
atendimento por um policial, levando a vítima a se sentir como um 
“objeto” do direito e não como sujeito de direitos, caracteriza 
a) vitimização estatal ou oficial. 
b) vitimização secundária. 
c) vitimização terciária. 
d) vitimização quaternária. 
e) vitimização primária. 
 
14) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2014) 
A sobrevitimização, ou revitimização, também é conhecida na doutrina 
por vitimização 
a) secundária. 
b) primária. 
c) quaternária. 
d) quintenária. 
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e) terciária. 
 
15) (VUNESP – PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – 2013) 
Do ponto de vista vitimológico, vítima falsa é 
a) consente com a prática do delito. 
b) tolera a lesão sofrida pelo temor de perseguição por seu algoz. 
c) se autovitimiza com o fim de obter benefícios para si. 
d) detém predisposição permanente e inconsciente para se tornar 
vítima. 
e) deixa de comunicar o crime sofrido às autoridades 
competentes. 
 
16) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Necropsia – 2014) As 
pessoas que apresentam predisposição permanente e inconsciente para 
se tornarem vítimas, atraindo os criminosos, como por exemplo 
prostitutas e usuários de drogas, são chamadas de 
a) vítimas omissas. 
b) vítimas falsas. 
c) pseudovítimas. 
d) vítimas latentes. 
e) vítimas atuantes. 
 
17) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Necropsia – 2014) Buscam 
incansavelmente a reparação judicial pelos danos sofridos ou a punição 
dos autores, comunicando o fato criminoso às autoridades públicas. 
Trata-se de vítimas 
a) incansáveis. 
b) desatentas. 
c) conscientes. 
d) persistentes. 
e) atuantes. 
 
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18) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) O 
sofrimento adicional causado à vítima por órgãos oficiais do Estado 
como, por exemplo, fóruns e delegacias, acarretando considerável 
aumento dos índices de subnotificação, que são os crimes que não 
chegam ao conhecimento das autoridades públicas, é chamado de 
vitimização 
a) terciária. 
b) primária. 
c) precoce. 
d) secundária. 
e) indireta. 
 
19) (VUNESP – PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – 2014) A 
disciplina que tem por objetivo estudar as causas e as origens da 
criminalidade para encontrar medidas cabíveis que possam prevenir e 
combater a prática de crimes é a 
a) vitimodogmática. 
b) profilaxia criminal. 
c) infortunística. 
d) psiquiatria forense. 
e) psicologia forense. 
 
20) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) O 
objeto da criminologia que analisa a conduta antissocial, as causas 
geradoras e vê a criminologia como um problema social e comunitário, 
é 
a) a psicologia. 
b) a ciência humana. 
c) o delito. 
d) a sociologia. 
e) o direito. 
 
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21) (VUNESP – PC/SP – Fotógrafo Técnico Pericial – 2014) Os 
estudos vitimológicos permitem estudar a criminalidade real, por meio 
dos registros efetuados pela própria vítima.

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