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TCC Final - Força Policial Militar Atual (3)

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INSTITUTO METROPOLITADO DE ENSINO – IME CENTRO UNIVERSITÁRIO – FAMETRO
CURSO DE DIREITO
ROBERTO ALVES DE SOUZA
USO PROGRESSIVO DA FORÇA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR
MANAUS 2018
ROBERTO ALVES DE SOUZA
USO PROGRESSIVO DA FORÇA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR
Artigo Científico apresentado ao Curso de Direito do Centro Universitário Fametro, como requisito parcial para obtenção de grau de bacharel em Direito.
Orientador: Prof: Tatiana Meirelles de França
MANAUS 2018
 (
10
)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por sua luz e bondade eterna; aos meus familiares, pelo apoio nessa hora decisiva; aos professores, coordenadores e colegas do Curso de Direito, pela convivência proveitosa e amigável ao longo desses anos e, especialmente, ao Orientador do trabalho, pelos ensinamentos e indispensável apoio nas pesquisas realizadas.
Aprovado em 	/ 	/ 	.
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO:
Incluir o nome orientador
Incluir o nome do segundo professor
Incluir o nome do terceiro professor
USO PROGRESSIVO DA FORÇA NA ATIVIDADE POLICIAL MILITAR
ROBERTO ALVES DE SOUZA
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar os principais aspectos concernentes do uso progressivo da força na atividade policial militar, que aborda também a atividade policial apresentando um breve histórico da policia, disposições legais acerca do assunto proposto, levantamento dos pontos positivos e negativos e questões atinentes aos atos disciplinatórios. Compreendemos que é da responsabilidade da policia militar zelar pela segurança pública e principalmentepela integridade física e moral da sociedade. O propósito deste trabalho éapresentar as principais disposições acerca da atividade policial, principalmente nas questões que envolvem o uso da força. O estudo foi desenvolvido utilizando-se a pesquisa bibliográfica documentalqualitativa.
Palavras-chave: uso da força, disposições legais, atividade policial.
INTRODUÇÃO
O conteúdo em base aponta para a perspectiva investigativa sobre o uso progressivo da força na atividade policial militar, com a finalidade de observar as importantes visões concernetes ao trabalho policial, sobretudo nas casos que incluem o uso daforça. 
Em conjunto podemos estabelecer a força como ação necessária sobre o individuo ou grupos de individuos, limitando e suprimindo sua tendência de autodecisão. 
Isso interfere diretamente na escolha efetiva das possibilidades de força na policia militar em solução ao nivel de resignação do individuo escuso ou criminoso a ser ordenado. 
Em referência do trabalho policial o Estado aplica na seleção de um cidadão, vendo nele possibilidades fundamentais de forma a outorga- lhe autoridade e poder para que esta, possa ser reconhecido como um encarregado de aplicação da lei. 
A autoridade e o poder dados a este cidadão e agora policial são muito importantes, levando em respeito que nas suas atividades, será capaz até de retirar a vida de outro indivíduo. 
Nas sociedades mais democráticas, percebe-se que a força dos representantes do meio público está diretamente associada às suas condições, mostrando que a aplicação da força está cada vez mais dependente do interesse público, apresentando até mesmo como intermediário de desenvolvimento social. 
O presente trabalho abordará em sua fundamentação teórica: o uso progressivo da força, um breve histórico da policia militar e sua atividade policial, disposições legais acerca do uso da força, o poder de policia como principio norteador do estado de segurança social, o entendimento do STF acerca da matéria seus pontos positivos e negativos e por fim as questões entinentes aos atos disciplinátorios.
1 Graduando (a) do curso de Direito do Centro Universitário CEUNI-FAMETRO. E-mail: roberto.leao@gmail.com
1	O SURGIMENTO DA POLÍCIA MILITAR
Ainda na condição de colônia, o Brasil perteceu a Portugal não dispunha de forças militares, assim como a sede do reino português, pelo menos até o inicio do século XIX. Eram utilizadas as forças pertencentes ao exército antes disso. A guarda real de policia de Lisboa foi à primeira instituição corporação criada com características similares à polícia militar de hoje. Foi criado pelo então príncipe regente D. João em 1801. Tomou com modelo e influência a Gendarmaria Nacional da França, instituída em1791.
Em decorrência da Revolução Francesa e da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, que definia que o direito a segurança era um dos direitos naturais, a Gendarmaria zelava pela segurança pública, ao invés da segurança apenas do Estado e seus governantes.
Em 1808, tem-se a vinda da família Real Portuguesa ao Brasil. No ano seguinte, é criada do Rio de Janeiro a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia.
Em 1831, o então imperador D. Pedro I abdica e com a Regência assumindo o governo, várias reformulações são realizadas nas forças armadas brasileiras. É criada uma Guarda Nacional em substituição a milícias e ordenanças. Com isso é realizada uma descentralização das forças, sendo que as províncias agora são compostas por corpos legislativos. Dessa forma, era de responsabilidade do Legislativo fixar, ordenar e gerenciar as forçaspoliciais.
Depois da proclamação da República em 1889, a designação militar foi incorporada aos corpos de polícia que passou a se chamar Corpos Militares de Polícia. Com uma nova constituição adotada, os corpos militares de polícia, passam a ser subordinadas aos estados (chamadas de províncias no tempo do Império).
Os mais ricos estados da federação resolveram investir em suas corporações locais, com o objetivo de diminuir as intervenções do governo federal. Após a Revolução de 1930, as corporações estaduais foram moldadas em um mesmo modelo, baseado no Exército Brasileiro, já que as maiorias dos estados tinham a figura do interventor federal.
Após a queda de Getúlio Vargas, as polícias militares voltaram para o controle estadual. A denominação de Polícia Militar passou a ser adotada e difundida pelo país.A partir de então, novos rumos foram tomados pelas corporações com a criação de divisões segmentadas e especializadas.
Com a instalação de o Governo Militar em 1964, é criado em 1967 pela Inspetoria Geral da Polícia Militar (IGPM) subordinada ao Exército. O policiamento fardado passou a ser exclusivo das polícias militares e a guarda civil municipal foi extinta.
Com o fim de o governo militar na década de 1980, as polícias militares voltaram-se para o objetivo de recompor suas próprias identidades, fortemente marcadas pela imagem da repressão dos dois longos períodos de regime de exceção (de 1930 a 1945, e de 1964 a 1985). Passou-se a investir numa reaproximação com a sociedade; tentando-se recuperar antigas modalidades de policiamentos, e desenvolver outrasnovas.
A constituição do Brasil de 1988 evolui de forma considerável quando atribuiu às policias militares a função de preservar a ordem pública e não mais a sua mera manutenção, a exemplo que fazia o texto constitucional. Ao mencionar sobre otermo preservação citado no texto Lazzarini afirmaque:
A preservação abrange tanto a preservação quanto a restauração da ordem pública, pois seu objetivo é defendê-la, conservá-la integra intacta, para afirmar com plena convicção que a policia de preservação da ordem pública abrange as funções de policia preventiva e a parte da policia jurídica denominada de repressão imediata, pois é nela que ocorre a restauração da ordem(LAZZARINI,1999.P.105)
Em 1789 na declaração dos direitos do homem e cidadão fez se referência ao termo “ordem pública” termo esse que se encontra no artigo 10 que ninguém deve ser inquietado por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida emlei.
1.1	ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA MILITAR
O termo “força” é definido como toda intervenção compulsória sobre o individuo ou grupos de indivíduos, reduzindo ou eliminando sua capacidade de autodecisão. E o nível desse usoé entendido como simples presença policial em uma intervenção até a utilização da arma de fogo, em seu uso extremo. Já o uso progressivo da força consiste na seleção adequada de opções de força pelo policial em resposta ao nível de submissão do individuo suspeito ou infrator a ser controlado.
De acordo com os conceitos acima citados para uma melhor compreensão do tema, Vianna (2000) enfatiza que o uso progressivo da força é uma ferramenta valiosa para os policiais em atividade operacional.
Conforme Amaral, a policia pode ser conceituada como uma atividade de fins protecionista, de forma a refrear as atitudes que venham a contrariar a vontade do Estado. Assim a policia tem como principal atribuição impor limitações à liberdade para fins de manutenção da ordem pública (AMARAL. 2003. P.46).
Nessa mesma linha de pensamento, Lazzarini informa que a policia é responsável em assegurar a ordem pública, em especial a segurança pública, pois deve se compreender que a ideia de atividade policial está intrinsecamente relacionada ao poder estatal, vindo este a atuar de forma subsidiaria apenas em última hipótese (LAZZARINI, 1999. P.45).
Segundo Meirelles, o poder da policia é conceituado como sendo a faculdade da qual a administração pública se dispõe para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em beneficio da coletividade ou do próprio Estado (MEIRELLES, 2003. P.127).
A ausência de um esclarecimento sobre a aplicação comedida da força é um dos fatores que contribuem para um dos principais problemas em relação à autoridade policial, que é a sua brutalidade e violência.
A polícia brasileira tem de obedecer inúmeros protocolos visando capacitar e instruir seus integrantes a cumprirem a legislação, com o fim de preservar a ordem. Como diz VIANNA (2000), apesar das inúmeras funções da atividade policial, ela
pode ser definida com a função única de usar a força com o objetivo de restabelecer uma situação de normalidade em meio a sociedade.
Como se refere ROVER (2000), a polícia recebe do Estado a autorizaçãopara o uso da força e age em nome dele, entretanto, isto não nega o dever do Estado de proteger a vida, liberdade e segurança doscidadãos.
De acordo com FARIA (1999), é dever do policial atuar dentro da lei, com autoridade para reprimir com o uso da força, qualquer transgressão que constitui uma ameaça a sociedade.
“O sistema de justiça criminal, no qual se inclui a polícia, atua fundamentalmente para garantir os direitos humanos, em sentido estrito, e, portanto, a lógica de uso da força para conter a violência é perfeitamente compreensível”. (CERQUEIRA.1994, p.1)
ROVER (2000) específica que o uso da força letal pelas armas de fogo, deve ser limitado e aplicado apenas em circunstâncias extraordinárias. A atuação do policial sempre tem que estar dentro do parâmetro legal de “proteger e servir”.
1.2 ADMINISTRAÇÃO DA POLICIA MILITAR
Em seu artigo 1° da Constiuição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil é formada pela união indissoúvel dos Estados e o Distrito Federal, possuíndo autonomia política e financeira.
O Estado pode ser denominado como a pessoa jurídica que realiza seu trabalho através da administração pública.
Como a administração pública é vasta e composta por vários segmentos, ela pode ser gerida de forma direta e indireta. A administração direta pode ainda ser divida em caráter civil e militar.
As unidades da federação, todas possuem em seu interior, administrações do tipo direta e indireta. As forças policiais com a qualificação militar exercem atividades eminentemente de caráter civil, que tem por objetivo assegurar ao cidadão os direitos e garantias previstos na CF, entre eles o direito à vida, à liberdade, à segurança, à propriedade.
A adminsitração pública da polícia militar é um ramo da adminstração subordiando ao poder Executivo.
O art. 37, caput, da CF, estabelece que, a administração pública diretae as
empresas estatais, sejam da esfera estadual, municipal ou federal, estão submetidas aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia.
1.3 PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
A preservação da ordem púbica é gerida por diversos meio legislativos, dentre os mais importantes, está o Código Penal Brasileiro. Apesar das inúmeras alterações, o Código datado de 1941, mantém a sua essência original.
Outra constatação que é possível ser extraída da exposição de motivos do Código de Processo Penal, redigida por Francisco Campos à época Ministro da Justiça, é a preocupação do legislador em privilegiar a segurança da sociedade – que se traduz em uma atuação estatal mais enérgica no combate ao crime e na punição dos infratores da lei penal –, em detrimento de direitos e garantias individuais. (VadeMecum, 2015, p. 515.)
Segundo Bobbio (2005, pg. 156), em relação a interpretações valorativas, uma das medidas importantes para a garantia da ordem pública é a prisão preventiva, que está sempre em debate e analisada de tempos em tempos. As normas jurídicas são proposições prescritivas formadas por enunciados, um conjunto de palavras que podem ser interpretados de várias maneiras.
As proposições podem ser distinguidas em dois tipos: gramatical e função. A gramatical tem caráter declarativo, interrogativo, imperativo ou exclamativo. Já a função, tem como característica uma asserção, pergunta ou comando.
Ao ler do artigo 312 do Código Penal Brasileiro, onde se diz: “a prisão preventiva poderá ser decretada para a garantia da ordem pública”, não se trata de uma recomendação e sim de uma ordem, desde que haja os requisitos necessários par tal ação.
A prisão preventiva para a garantia da ordem pública, pode ser definida como uma proposição prescritiva, pois está uma recomendação de comando.
A expressão “ordem pública” aparece em vários artigos dentro do Código de Processo Penal, podemos encontra-lo no Artigo 7°:
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. (Código de Processo Penal, 1941).
De acordo com Nucci (2015, pg.74), um ato contraditório a ordem pública pode ser exemplificado em um procedimento de reconstrução de uma chacina, onde a população revoltada com o crime, poderiam iniciar um processo de linchamento do réu. Este ato tem ligação direta com a segurança pública da comunidade.
A expressão “ordem pública” aparece novamente no artigo 185, §2°, inciso IV do mesmo Código de Processo Penal conforme citado abaixo:
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009). (Código de Processo Penal, 1941).
Nesta situação, a expressão informa que o processo de interrogatório do réu, deverá ser conduzido por videoconferência, ou outro recurso de transmissão, se houver necessidade, como objetivo de resguardas a segurança do acusado, evitando tumultos e atritos com vida cotidiana dos habitantes do local.
Também no artigo 427 do Código de Processo Penal, aparece novamente a expressão.
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aquelesmotivos, preferindo-se as mais próximas. (Código de Processo Penal, 1941)
Novamente há uma preocupação com a ordem pública ao se realizar um júri em determinado local, onde possam a vir ocorrer distúrbios e interferir nos ânimos da vida local. Casos de grande repercussão na mídia, devem levar em consideração essas condições, de modo a evitar reações mais acaloradas.Ainda temos o artigo 781 código de Processo Penal que diz:
Art. 781. As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias cumpridas, se contrárias à ordem pública e aos bons costumes. (Código de Processo Penal, 1941)
Segundo Dollinger (p. 57, 2001), conceituando a ordem pública dentro da ótica do Direito Internacional cita:
A ordem pública se afere pela mentalidade e pela sensibilidade médias de determinada sociedade em determinada época. Aquilo que for considerado chocante a esta média, será rejeitado pela doutrina e repelido pelos tribunais. Em nenhum aspecto do direito o fenômeno social é tão determinante como na aferição do que fere e do que não fere a ordem pública. Compatível ou incompatível com o sistema jurídico de um povo – eis a grande questão medida pela ordem pública – para cuja aferição a Justiça deverá considerar o que vai na mente e no sentimento da sociedade.
O Código de Processo Penal, de uma forma geral, aborda a expressão “ordem pública”, com o significado de tranquilidade, contenção de riscos e segurança pública geral.
A prisão preventiva em relação a ordem pública, tem como objetivo garantir essa tranquilidade.
2 O ENTENDIMENTO DO STF ACERCA DO USO PROGRESSIVO DA FORÇA
O uso da força policial autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é acionado quando algum evento ameaça de forma crítica o país. Como exemplo recente, temos a greve dos caminhoneiros de 2018, quando o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu uma liminar (decisão provisória) que autorizou o uso das forças de segurança pública para o desbloqueio de rodovias ocupadas por caminhoneiros grevistas, a pedido do Governo Federal.
A Advocacia Geral da União apontou ainda risco de "caos social" em razão da falta de combustível e desabastecimento de alimentos.
2.1 OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS LEVANTADOS ACERCA DO USO DA FORÇA
De acordo com ROVER (2000, p. 271) o uso legítimo da força evidencia-se quando o policial aplica os princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade e ética:
· O princípio da legalidade é a observação das normas legais vigentes no Estado;
· O princípio da necessidade verifica se o uso da força foi feito de forma imperiosa;
· O princípio da proporcionalidade é a utilização da força na medida exigida para o cumprimento de seu dever.
O uso indevido da força se caracteriza pelo não cumprimento desses princípios. O uso da força é uma das atividades desempenhadas pela polícia. Mas, é necessário que cada componente da unidade saiba a importância e consequências de suas medidas em nome da segurança pública.
Um documento de grande importância, é que traz os Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos funcionários responsáveis pela aplicação da lei (PBUFAF), direcionado principalmente aos os policiais, adotado no Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinqüentes realizado em Havana, Cuba, de 27 de Agosto a 7 de Setembro de 1990.
Os PBUFAF aconselham que os governos considerem qualquer arbitrariedade no uso da força policial e que isto seja punido de acordo com a legislação nacional ou internacional.
O uso indevido de armas de fogo constitui violação grave dos direitos cometidos por quem, justamente, tem como atividade preservar esses direitos. Esse tipo de conduta pode prejudicar a relação entre a polícia e a sociedade.
Em questões delicadas, em que é necessário o uso da força, é preciso que o profissional tenha em mente todas as orientações recebidas e formas de atuação em determinada situação.
É necessário identificar qual será o objeto a ser atingido por tal força. Uma resposta adequada a este caso é bastante relevante, é a partir daí que se pode julgar se o policial agiu dentro da normalidade ou cometeu excessos.
Também existe a possibilidade do uso da força por simples maldade, isto também é levado em consideração. É necessário avaliar a conduta policial, se agiu de boa fé e se respeita os princípios éticos. A boa fé demonstra se o profissional tinha boas intenções. Entretanto, boas intenções também podem acarretar decisões equivocadas.
Vale ressaltar as graves consequências de uma má conduta policial, que pode acarretar uma grave desordem pública, levando um conflito à sociedade. O policial
envolvido em ações ilícitas, responderá civil e criminalmente pelo uso indevido da força.
2.3 QUESTÕES ATINENTES AOS ATOS DISCIPLINATÓRIOS
O policial pode agir de forma isolada ou em grupos. Para cada ação policial, se faz necessário o uso de autoridade e poder, de acordo com os princípios da legislação e que a situação exige.
Procedimentos adequados de supervisão e revisão servem para garantir a existência de umequilíbrio apropriado entre o poder discricionário exercido individualmente pelos policiais e anecessária responsabilidade legal e política das Organizações Policiais como um todo (ROVER, 2000, pg. 45).
Em caso de incidente, a responsabilidade recai tanto sobre os policiais envolvidos no caso, como em seus superiores. Aos superiores, cabe preservar a ordem e a disciplina de seus subordinados.
Vale ressaltar a compreensão de que o reconhecimento, pelo Estado, de sua responsabilidade, apontando o erro de seu representante, não implica postura subalterna oudesvalorização do agente da polícia( BARBOSA & ANGELO. 2001, pg. 88).Mas sim, assume a mais nobredas suas funções, que é a proteção da pessoa, célula essencial de sua existência abstrata, além decumprir importante papel exemplificador, fator de transformação e solidificação.
CONCLUSÃO
Ao se encontrar com um estado de ameaça, o policial terá que pensar se irá realizar o uso da força, e se será preciso usá-la em seu nível mais máximo, através do uso mortal da arma de fogo, tirando a vida de ser humano, com o objetivo de salvar uma outra vida. 
Por isso, a importância da ação da atividade policial é bastante conhecida pela importância dos recursos humanos acessíveis. Os PBUFAF exigem que os políticas e as agências defensoras da lei garantam que todos os EAL tenham um treinamento responsável constante e relevante. 
A partir deste, os policiais precisam estar completamente capazes e testados de acordo com os tipos de perfil adequados ao uso da força (Oitavo Congresso 
das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, Havana, Cuba.ONU, 1990). 
No exercício dos policiais, os governos e as organizações devem dar importância particular a questões de ética no uso da lei sem ferir os direitos humanos; concepção do conduta de multidão e formas de persuasão, acordo e intervenção com vistas a reduzir o uso da força e armas de fogo (ROVER, 2000 ,pg 36). 
Considerando que o policial é preparado para lidar de uma maneira preventiva, ativa ou reativa para o uso progressivo da força, segundo sua observação do comportamento do indivíduo suspeito ora em observância. Cooperando com seu conhecimento, MOREIRA (2001, pg. 120) estabelece que o policial deve trabalhar e ter condições de conter um suspeito selecionando entre respostas táticas que vão desde a simples presença no ambiente até o uso de arma de fogo. 
Esse exercício deve manter uma aparênia com as condições vivenciadas na rua e ser mais objetivo do que inerte, partindo lento e ganhando rapidez. 
Assim, a existência de um modelo de uso progressivo da força ajuda em muito na absorção dos conhecimentos por parte do policial. 
ABSTRACT
PROGRESSIVE USE OF FORCE IN POLICE MILITARY ACTIVITY
The present work has as main objective to analyze the main aspects concerning the progressive use of force in military police activity, which also deals with the police activity presenting abrief history of the military police, legal provisions on the proposed subject, survey of the positive and negative points about the force and issues related to disciplinary acts. We understand that it is the responsibility of the military police to watch over public safety and especially for the physical and moral integrity of society. The purpose of this paper is to present the main provisions on police activity, especially on issues involving the use of force. The work method starts from a bibliographical and qualitative research.
Keywords: use of force, legal provisions, police activit
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral, 1. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 21 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
CARNELUTTI, Francesco. As misérias do processo penal. Tradução Prof. José Antônio Cardinalli. Campinas: Bookseler, 2001.
DOLINGER, Jacob. Direito internacional privado, parte geral. 6 ed. Rio de Janeiro, RJ: Renovar, 2001.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. 39 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
FIOREZE, Renato e CORTE, Thaís Dalla. Prisão preventiva: análise das controvérsias legais na aplicação da medida cautelar frente à lei Maria da Penha. São Paulo: Revista síntese direito penal e processual penal, 2011.
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PACELLI, Eugênio. Prisão preventiva e liberdade provisória: reforma da Lei Nº 12.403/11. São Paulo: Atlas, 2013.STRECK, Lenio Luiz. O que é isto – as garantias processuais penais? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

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