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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Conteúdo(s): TEXTO– CONQUISTADOR DA TERRA A manhã de sol dourava os cocos ainda verdes dos cacaueiros. O coronel Horácio ia andando devagar entre as árvores plantadas dentro das medidas estabelecidas. Aquela roça dava seus primeiros frutos, cacaueiros jovens de cinco anos. Antes ali também fora a mata, igualmente misteriosa e amedrontadora. Ele a varara com seus homens e com o fogo; com os facões, os machados e as foices, derrubou as grandes árvores, jogou para longe as onças e as assombrações. Depois fora a plantio das roças, cuidadosamente feito, para que maiores fossem as colheitas. E, após cinco anos, os cacaueiros enfloraram e nessa manhã pequenos cocos pendiam dos troncos e dos galhos. Os primeiros frutos. O sol os doirava, o coronel Horácio passeava entre eles. Tinha cerca de cinquenta anos e seu rosto, picado de bexiga, era fechado e soturno. As grandes mãos calosas seguravam o fumo de corda e o canivete com que faziam o cigarro de palha. Aquelas mãos, que muito tempo manejaram o chicote quando o coronel era apenas um tropeiro de burros, empregado de uma roça no Rio do Braço, aquelas mãos manejaram depois a repetição quando o coronel se fez conquistador da terra. Corriam lendas sobre ele. Nem mesmo o coronel Horácio sabia de tudo que em Ilhéus e em Tabocas se contava sobre ele e sua vida. As velhas beatas que rezavam a São Jorge, na igreja de Ilhéus, costumavam dizer que o coronel Horácio tinha, debaixo da sua cama, o diabo preso numa garrafa. Como o prendera era uma história longa, que envolvia a venda da alma do coronel num dia de temporal. E o diabo, feito servo obediente, atendia a todos os desejos de Horácio, aumentava-lhe a fortuna, ajudava-o contra os seus inimigos. Mas um dia – e as velhas se persignavam ao dizê-lo – Horácio morreria sem confissão, e o diabo, saindo da garrafa, levaria a sua alma para as profundas dos infernos. Dessa história o coronel Horácio sabia e ria dela, uma daquelas sua risadas curtas e secas, que amedrontavam mais que seus gritos nas manhãs de raiva. Jorge Amado. Terras do sem fim, 21ª edição, pag. 51. Editora Martins, São Paulo, 1968. 1 – O ambiente físico onde se encontra o personagem é: ( ) A cidade. ( ) A roça. ( ) A mata. 2 – Por que a mata era amedrontadora? 3 – O coronel Horácio “jogou para longe as onças e as assombrações”. O que fez para isso? 4 – Que tinha sido Horácio antes de se tornar dono daquela terra e patrão poderoso? 5 – Por que o autor chama o coronel Horácio de conquistador da terra? 6 – Assinale as afirmações verdadeiras com relação aos cacaueiros de que se fala no texto: ( ) Eram árvores nativas da região, isto é, não plantadas pelo homem. ( ) Eram cacaueiros novos, iam dar a primeira safra. ( ) Ainda não tinham frutos, mas só flores. ( ) Estavam carregados de cocos maduros, amarelo-ouro. ( ) Foram plantados em terreno desmatado e de acordo com as técnicas agrícolas. 7 – Assinale as afirmações verdadeiras relativamente ao coronel Horácio: ( ) Seu rosto inspirava simpatia e bondade. ( ) Era um homem decidido, frio e corajoso. ( ) Tinha fama de homem mau. ( ) Não tinha inimigos. ( ) Tímido, sem ambições, não progrediu na vida. 8 – Segundo a lenda, que pacto fez o coronel como diabo? 9 – Releia o último parágrafo e diga porque “as velhas se persignavam”? 10 – Que é “morrer sem confissão”? 11 – Assinale a única afirmação certa relativamente a Ilhéus: ( ) Cidade que deve o seu progresso à indústria açucareira. ( ) Cidade do interior da Bahia. ( ) O maior centro cacaueiro do Brasil. ( ) Só exporta cacau para outros Estados do Brasil, a fim de atender ao consumo interno. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Conteúdo(s): BANCOS DE QUESTÕES Kell Smith O mesmo grito numa outra boca minha Uma só voz em mil vozes querendo paz Nos dividiram em números e outras rixas Dados fadados ao tanto faz Tentaram nos tirar a essência da essência daquilo que é essencial Que o que nos difere é exatamente aquilo que torna igual E mesmo que soe clichê falar de amor é fundamental E cada cultura tua cor tornando real Coloridos feitos de luz A diferença é o que nos traduz Todas as tribos, ritmos e o mesmo objetivo nos tornando íntimos Porque a falta de cor nos tirou os estímulos e o que nos representa paz é um arco-íris nítido Até tentei dizer de forma branda Mas falta consciência negra Falta consciência humana Não somos gente, somos gentes Não aceitamos nossa história morrendo como indigentes Qual é nosso papel? Colorir. Seja você o lápis da revolução aqui Socorro Salvador Dalí, salvador daqui Queremos aquarela pra sentir. https://www.vagalume.com.br/kell-smith/coloridos.html 1.Analise os seguintes versos:”O mesmo grito numa outra boca minha, uma só voz em mil vozes querendo paz...” Qual é a mensagem implícita nesses versos? 2.Na sua opinião somos um povo colorido? Por quê? 3.No verso :”Nos dividiram em números e outras rixas”. Explique o que o eu lírico quis dizer com essa afirmação? Como somos divididos em números? 4.Quem foi Salvador Dalí? Por que, provavelmente, ele foi mencionado na canção? Pesquise. 5.Analise o verso a seguir:” Tentaram nos tirar a essência da essência daquilo que é essencial...” Para você o que é essencial para que uma sociedade seja justa? 6. Analise o seguinte questionamento:”Qual é nosso papel? Colorir. Seja você o lápis da revolução aqui...!” Explique com suas palavras, qual é o seu papel na sociedade atual? Você acredita que pode mudar algo de ruim na sociedade sendo o lápis da revolução? Comente como. 7.Você acha que somos todos iguais, mesmo sendo diferentes? Comente. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: BANCOS DE QUESTÕES Atividade sobre ironia e metáfora Exercícios: 1. Com suas palavras, explique o que você entende como "ironia", a partir da frase abaixo. "Ele correu tão rápido quanto uma tartaruga". 2. Com suas palavras, explique o que você entende como "metáfora", a partir da frase abaixo. " Eu não recuso doces, sou uma formiga". 3. Reconheça nas frases abaixo exemplos de "ironia" e "metáfora". a) Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá para ouvir. b) Ludmila é fera em matemática. c) Ele estudou tanto que tirou zero na prova. d) O personagem do livro tem coração de pedra. e) Esse problema é só a ponta do iceberg. f) Felicidade é trabalhar muito e receber pouco. g) A sopa estava uma delícia: fria e sem tempero. h) Ruffles: a batata da onda. i) Ela é delicada como uma batida entre carretas. j) Seus olhos são duas jabuticabas. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Telegrama Carlos Drummond de Andrade Emoção na cidade. Chegou telegrama para Chico Brito. Que notícia ruim, que morte ou pesadelo avança para Chico Brito no papel dobrado?Nunca ninguém recebe telegrama que não seja de má sorte. Para isso foi inventado. Lá vem o estafeta com rosto de Parca trazendo na mão a dor de Chico Brito. Não sopra a ninguém. Compete a Chico descolar as dobras de seu infortúnio. Telegrama telegrama telegrama. Em frente à casa de Chico Brito o voejar múrmure de negras hipóteses confabuladas. O estafeta bate à porta. Aparece Chico, varado de sofrimento prévio. Não lê imediatamente. Carece de um copo de água e de uma cadeira. Pálido, crava os olhos nas letras mortais: Queira aceitar efusivos cumprimentos passagem data natalícia espero merecer valioso apoio distinto correligionário minha reeleição deputado federal quinto distrito cordial abraço. Atanágoras Falcão. 1) No verso “que morte ou pesadelo”, o que a palavra destacada sugere? 2) O que é um estafeta? 3) Parca, de acordo com a mitologia, é uma das deusas que fiava, dobrava e cortava o fio da vida. Sabendo disso, o que o eu-lírico quis comunicar no verso “Lá vem o estafeta com rosto de Parca”? 4) Explica o significado das expressões: voejar múrmure, negras hipóteses, sofrimento prévio e carece. 5) Explica a diferença entre dia natalício e dia natalino. 6) Há “emoção na cidade”. Por quê? 7) Quem estava confabulando em frente à casa de Chico Brito? 8) Que expressão o poeta usa na 1ª estrofe para se referir ao telegrama? 9) O estafeta mantém sigilo. Que frase informa isso? 10) Na 4ª estrofe, ocorreu a repetição de uma mesma palavra. O que o poeta quis sugerir? 11) No verso “O estafeta bate à porta”, há a repetição de uma mesma consoante. Qual é? O que o poeta pretende com isso? 12) Quem era Atanágoras Falcão? 13) Qual era o objetivo da mensagem enviada no telegrama a Chico Brito? GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Atividades de Interpretação de Texto Bilhete ao futuro Affonso Romano de Sant’Anna Bela ideia essa de Cristóvam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília e ex-ministro da Educação, de pedir às pessoas do nosso país que escrevessem um “bilhete ao futuro”. O projeto teve a intenção de recolher, no final dos anos 80, no século passado, uma série de mensagens que seriam abertas em 2089, nas quais os brasileiros expressariam suas esperanças e perplexidades diante do tumultuado presente do fabuloso futuro. Oportuníssima e fecunda ideia. Ela nos colocou de frente ao século XXI, nos incitou a liquidar de vez o século XX e a sair da hipocondria político-social. Pensar o futuro sempre será um exercício de vida. O que projetar para amanhã? (…) 1) Os dois parágrafos acima fazem parte do texto cujo autor é Affonso Sant’Anna. Esse tipo de produção textual é chamado de crônica, porque: a) defende um tema. b) tenta ludibriar o leitor. c) faz o registro do dia-a-dia. d) conta uma história antiga. e) exalta as belezas do país amado. 2) O acontecimento que originou esse texto está relacionado: a) à promoção do reitor da Universidade de Brasília. b) à realização do reitor como mestre da Universidade de Brasília. c) ao pedido feito pelo reitor da Universidade às pessoas de Brasília. d) à liquidação dos problemas do século XX. e) ao pedido feito pelo ex-reitor da Universidade de Brasília aos brasileiros. 3) Segundo o cronista, o bilhete ao futuro: a) incitaria as pessoas a “sair da hipocondria político-social”. b) incitaria as pessoas à revolta social e política no presente e no futuro. c) incitaria as pessoas a liquidarem de vez com as ideias do século XX e do século XXI. d) incitaria as pessoas a escreverem mensagens de desilusão. e) incitaria as pessoas a se comunicarem por bilhetes, algo incomum nos dias atuais. 4) Segundo o cronista: a) futuro jamais deverá ser pensado pelos hipocondríacos político-sociais. b) o amanhã é algo imprevisível; sempre haverá momentos tumultuados. c) o estímulo à fuga da hipocondria político-social seria a oportunidade que a redação do bilhete oferece. d) o povo não queria se comprometer com as políticas sociais da década. e) a população tinha muita dificuldade para redigir o bilhete do futuro. 5) A frase que exprime a conclusão do cronista sobre o significado de escrever um bilhete ao futuro é: a) “O futuro e o presente só interessam ao passado.” b) “O passado é importante e, no futuro, seja o que Deus quiser.” c) “O presente é hoje e não é necessário preocupação com o futuro.” d) “Pensar o futuro é um exercício de vida.” e) “O futuro, a gente deixa para pensar amanhã.” 6) As mensagens que as pessoas enviariam ao futuro são representadas, no texto, pelas palavras: a) belezas e possibilidades b) esperanças e perplexidades c) angústias e esperanças d) realizações e lembranças e) frustrações e melancolias 7) O tratamento adequado para se referir ao reitor de uma Universidade é: a) Ilustríssimo Senhor b) Vossa Magnificência c) Excelentíssimo Senhor d) Vossa Senhoria e) Vossa Excelência 8) As duas vírgulas que aparecem na primeira frase foram empregadas para expressar uma: a) explicação b) contrariedade c) adversidade d) enumeração e) oposição 9) Um ser humano que sofra de hipocondria, segundo o texto, e considerando o sentido conotativo, é assim conhecido por: a) apresentar obesidade descontrolada b) possuir seríssimos problemas de saúde c) ser extremamente romântico d) isolar-se socialmente e) ser dependente de medicamentos 10) O pronome ela, destacado no texto, relaciona-se à palavra: a) mensagem b) hipocondria c) esperança d) intenção e) ideia GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Atividades sobre bullying O Diário de Davi Satil: uma Vítima de Bullying (Adaptado) Não sei o que acontece... às vezes me acho diferente dos meus colegas. Queria sumir, me esconder dentro de um baú e de lá não sair tão cedo. Sinto uma dor, e dói mais quando penso que amanhã terei que voltar lá outra vez e encontrarei aqueles meninos. Às vezes eu me sinto tão só, mesmo tendo muita gente por perto de mim. Fico com medo de chegar na escola, pegar o transporte e ter que ouvir aquelas palavras. Tudo isso é tão doloroso que parece que estão espremendo o meu coração... fico sem letras e palavras para escrever. Minha mãe diz que eu tenho que falar tudo para ela, mas para quê falar? Preciso de ajuda querido diário. Ela não tem tempo para mim. Como um menino de 13 anos fica assim? Tristonho, moribundo e com medo. Se eu fosse forte e alto, quem sabe as coisas seriam diferentes. Sou meio gordinho e o médico diz que tenho que fazer regime. Regime é uma lista enorme de coisas que te proíbem de comer. Eu não como muito, só gosto de chocolate, torta de maçã, refrigerante, e minha sobremesa preferida é pudim. Na lista do regime, sou proibido de comer tudo isso. Na semana passada, o Pedro e o Daniel tomaram meu lanche. Fiquei com tanta raiva que se eu pudesse fazia eles sumirem no mapa. Mas tem também as gêmeas lá da sala, que ficam me chamando de baleia orca. Eu até fui no Google ver como era essa tal orca e não acho que pareço muito com elas não. As orcas são chamadas de baleias assassinas e chegam a pesar nove toneladas. Eu só peso 78 quilos, é pouco considerado o peso das Orcas. Já pedi para a minha mãe me tirar desta escola, mas fico com medo de na outra escola tudo se repetir. E tem uma outra coisa: gosto muito da professora e do recreio, porque vou sempre para a biblioteca e fico lá. Pelo menos ninguém fica me perturbando. Queria ser diferente do que sou. Quem sabe assim eles me aceitariam. O João é o único que não me provoca, ele é meu melhor amigo. Ser diferente é errado? O que façopara que eles parem de me perseguir? A professora às vezes vê tudo o que acontece, reclama e chama a atenção de todo mundo, mas no outro dia começa tudo de novo. Não posso ficar sofrendo assim. Já inventei que estava me sentido mal para não ir à escola. Sei que isso é errado, mas o que faço? Fico desanimado e vejo que se a situação agravar não irei mais ser advogado, pois tirei uma nota ruim em matemática porque estava chateado. Os meninos logo na chegada me perguntaram sobre o lanche de hoje. Qual seria o cardápio? Um dia eles me pagam. Quando eu for advogado, eles vão ver. Já olhei tudo, para ser advogado eu tenho que fazer uma prova chamada de vestibular. Caso eu passe vou ingressar na Faculdade de Direito. Vamos ver se com as leis eles vão brincar. Já até sonhei com tudo isso. Pensar que eles vão ser punidos me alegra. Mas sabe de uma coisa? Amanhã irei entregar esta folha do diário a professora e pedir para ela só ler quando chegar em casa. Ela pode me ajudar a ser advogado, e prender logo todo mundo que me faz me sentir tão diferente e triste assim. Sei que vai doer, mas não se preocupe, a folha vai e volta. Desta forma, continuaremos amigos. Ps: Prezada professora, favor após a leitura me devolver a página do diário, ele vai agradecer. Ps 2: Não conte para ninguém o que está escrito aqui. São minhas histórias. Posso confiar em você? Ps 3: Você me acha parecido com uma orca? Tem mais coisas, muito mais, mas o meu diário ficaria triste se as outras páginas tiverem que sair dele. Autor: Silvano Sulzart ATIVIDADES 1) Em sua opinião, qual seria a faixa etária de Davi? Justifique. 2) O menino afirma que tem medo de pegar o transporte e ouvir “aquelas palavras”. A que ele se refere? 3) Que outros problemas Davi enfrenta? 4) Por que ele não conta para a mãe o que está acontecendo? 5) Ao longo do texto, o menino usa alguns adjetivos e locuções adjetivas para expressar como se sente diante dos problemas que enfrenta. Copie-os. 6) Para fugir das provocações dos colegas, Davi pediu a sua mãe que o tirasse da escola. No entanto, o menino parece não ter certeza de que isso seria a melhor solução. Por quê? 7) Para o menino, de que forma a profissão que escolheu poderia auxiliá-lo a sair da difícil situação em que se encontra? 8) Ao escrever, Davi se dirige ao próprio diário durante quase todo o texto. No final, porém, se dirige à outra pessoa. Quem é essa pessoa? O que ele lhe diz? 9) Para você, o que o menino deveria fazer para tentar se livrar dos problemas que está vivendo na escola? 10) De que forma a família, professores, diretores ou outros colegas poderiam ajudá-lo? 11) Pesquise o significado da palavra bullying. Você já sofreu bullying ou já testemunhou casos de bullying? Relate. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Por que não falar sobre suicídio? Um fantasma ronda a imprensa desde os seus primórdios: o temor de reportar casos de suicídio. As razões desse receio são perfeitamente compreensíveis. O tema é envolto por um véu de sofrimento e perplexidade. Para familiares de suicidas, o sentimento de culpa é inescapável. Como em todo luto, há negação, raiva e tristeza. E há mais: no suicídio é preciso tentar entender e aceitar as razões de quem decidiu abreviar a vida, contrariando o instinto de sobrevivência comum a todas as espécies. Falar sobre quem morreu é sempre uma tarefa delicada para a mídia, mas, mesmo nas maiores tragédias humanas, o sentimento que prevalece é o da consternação com a morte. Morrer é uma certeza sobre a qual as dúvidas prevalecem: exceto alguns pacientes desenganados, quase ninguém sabe como, quando, onde ou de quê irá morrer. Matar a si próprio é impor uma certeza sobre todas as dúvidas, exceto uma: como seria o restante da vida se a escolha de morrer não triunfasse. O suicídio, em muitos casos, pode ser um ato extremo de comunicação: uma busca sem volta de expor sentimentos antes represados. Segundo o alerta “Prevenir suicídio – um imperativo global” (2014), da Organização Mundial de Saúde, uma prevenção eficaz depende de inúmeros fatores – entre eles, informação de qualidade. Negligenciar as ocorrências pode aumentar o risco de novas tentativas. A mídia tem o dever de dar à sociedade a melhor informação para evitar que as pessoas se desencantem com a vida. E talvez estejamos falhando em ajudar quem sofre com a perda de um ente querido a lidar com essa angústia. “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, obra do poeta alemão Goethe lançada em 1774, narra como uma desilusão amorosa levou o personagem do título ao suicídio. A publicação do romance, embora ficcional, provocou uma onda de suicídios pelo mesmo motivo, no que ficou conhecido como “Efeito Werther” — uma das razões pelas quais criou-se o tabu de que a divulgação de um suicídio pode estimular novos casos. Tal crença poderia ser válida no século 18 de Goethe, mas não sobrevive aos tempos atuais de comunicação instantânea, em que tais atos são cometidos ao vivo diante de câmeras de tevê ou transmitidos em tempo real por redes sociais. Negar a existência dessas ocorrências é um equívoco tão grande quanto acreditar que torná-las públicas são decisivas para que outros escolham o mesmo destino. Um dos princípios do jornalismo é buscar a verdade. (Disponível em: https://istoe.com.br/por-que-nao-falar-sobre-suicidio) 01) Justifique o título empregado no texto, aproveitando para respondê-lo: 02) Que fantasma ronda há tempos a imprensa? O que você pensa a respeito disso? 03) O que, segundo o texto, está presente no luto, de um modo geral? E o que é acrescido quando o luto vem do suicídio? 04) Explique a passagem que se encontra em negrito no texto, posicionando-se sobre ela: 05) Dê a sua opinião sobre o segundo trecho em negrito, explicando bem: 06) O que seria o chamado "Efeito Werther"? Você já tinha ouvido falar nele, até então? 07) Você concorda que suicídios se tornam mais frequentes quando divulgados pela mídia? Por quê? 08) Como surgiu o tabu de que a mídia não deve noticiar os suicídios? 09) O autor concorda ou não com esse tabu? Comprove com uma passagem do próprio texto: 10) Que mensagem o texto transmitiu? 11) Por que o texto é um editorial e não um artigo de opinião? Justifique sua resposta: 12) Observe a imagem acima e diga por que a maioria dos verbos se encontra no modo imperativo: 13) Enumere todos esses verbos: 14) O que é "Setembro amarelo"? Você já conhecia esse termo? 15) Você acredita que simples ações assim podem transformar mesmo o dia ou a vida de alguém? Justifique sua resposta: 16) Por que um dos balões amarelos está com uma frase em vermelho, ao contrário das demais? TEXTO – CONQUISTADOR DA TERRA A manhã de sol dourava os cocos ainda verdes dos cacaueiros. O coronel Horácio ia andando devagar entre as árvores plantadas dentro das medidas estabelecidas. Aquela roça dava seus primeiros frutos, cacaueiros jovens de cinco anos. Antes ali também fora a mata, igualmente misteriosa e amedrontadora. Ele a varara com seus homens e com o fogo; com os facões, os machados e as foices, derrubou as grandes árv ores, jogou para longe as onças e as assombrações. Depois fora a plantio das roças, cuidadosamente feito, para que maiores fossem as colheitas. E, após cinco anos, os cacaueiros enfloraram e nessa manhã pequenos cocos pendiam dos troncos e dos galh os. Os primeiros frutos. O sol os doirava, o coronel Horácio passeava entre eles. Tinha cerca de cinquenta anos e seu rosto, picado de bexiga, era fechado e soturno. As grandes mãos calosas seguravam o fumo de corda e o canivete com que faziam o cigarro de palha. Aquelas mãos, que muitotempo manejaram o chicote quando o coronel era apenas um tropeiro de burros, empregado de uma roça no Rio do Braço, aquelas mãos manejaram depois a repetição quando o coronel se fez conquistador da terra. C orriam lendas sobre ele. Nem mesmo o coronel Horácio sabia de tudo que em Ilhéus e em Tabocas se contava sobre ele e sua vida. As velhas beatas que rezavam a São Jorge, na igreja de Ilhéus, costumavam dizer que o coronel Horácio tinha, debaixo da sua cama, o diabo preso numa garrafa. Como o prendera era uma história longa, que envolvia a venda da alma do coronel num dia de temporal. E o diabo, feito servo obediente, atendia a todos os desejos de Horácio, aumentava - lhe a fortuna, ajudava - o contra os seus ini migos. Mas um dia – e as velhas se persignavam ao dizê - lo – Horácio morreria sem confissão, e o diabo, saindo da garrafa, levaria a sua alma para as profundas dos infernos. Dessa história o coronel Horácio sabia e ria dela, uma daquelas sua risadas curtas e secas, que amedrontavam mais que seus gritos nas manhãs de raiva. Jorge Amado. Terras do sem fim, 21ª edição, pag. 51. Editora Martins, São Paulo, 1968. 1 – O ambiente físico onde se encontra o personagem é: ( ) A cidade. ( ) A roça. ( ) A mata. 2 – Por que a mata era amedrontadora? 3 – O coronel Horácio “jogou para longe as onças e as assombrações”. O que fez para isso? 4 – Que tinha sido Horácio antes de se tornar dono daquela terra e patrão poderoso? 5 – Por que o autor chama o coronel Horácio de conquistador da terra? 6 – Assinale as afirmações verdadeiras com relação aos cacaueiros de que se fala no texto: ( ) Eram árvores nativas da região, isto é, não plantadas pelo homem. ( ) Eram cacaueiros novos, iam dar a primeira safra. ( ) Ainda não tinham frutos, mas só flores. ( ) Estavam carregados de cocos maduros, amarelo - ouro. ( ) Fo ram plantados em terreno desmatado e de acordo com as técnicas agrícolas. 7 – Assinale as afirmações verdadeiras relativamente ao coronel Horácio: ( ) Seu rosto inspirava simpatia e bondade. ( ) Era um homem decidido, frio e corajoso. ( ) Tinha fama de homem mau. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8 º ANO Professor(a): ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Conteúdo(s): TEXTO– CONQUISTADOR DA TERRA A manhã de sol dourava os cocos ainda verdes dos cacaueiros. O coronel Horácio ia andando devagar entre as árvores plantadas dentro das medidas estabelecidas. Aquela roça dava seus primeiros frutos, cacaueiros jovens de cinco anos. Antes ali também fora a mata, igualmente misteriosa e amedrontadora. Ele a varara com seus homens e com o fogo; com os facões, os machados e as foices, derrubou as grandes árvores, jogou para longe as onças e as assombrações. Depois fora a plantio das roças, cuidadosamente feito, para que maiores fossem as colheitas. E, após cinco anos, os cacaueiros enfloraram e nessa manhã pequenos cocos pendiam dos troncos e dos galhos. Os primeiros frutos. O sol os doirava, o coronel Horácio passeava entre eles. Tinha cerca de cinquenta anos e seu rosto, picado de bexiga, era fechado e soturno. As grandes mãos calosas seguravam o fumo de corda e o canivete com que faziam o cigarro de palha. Aquelas mãos, que muito tempo manejaram o chicote quando o coronel era apenas um tropeiro de burros, empregado de uma roça no Rio do Braço, aquelas mãos manejaram depois a repetição quando o coronel se fez conquistador da terra. Corriam lendas sobre ele. Nem mesmo o coronel Horácio sabia de tudo que em Ilhéus e em Tabocas se contava sobre ele e sua vida. As velhas beatas que rezavam a São Jorge, na igreja de Ilhéus, costumavam dizer que o coronel Horácio tinha, debaixo da sua cama, o diabo preso numa garrafa. Como o prendera era uma história longa, que envolvia a venda da alma do coronel num dia de temporal. E o diabo, feito servo obediente, atendia a todos os desejos de Horácio, aumentava-lhe a fortuna, ajudava-o contra os seus inimigos. Mas um dia – e as velhas se persignavam ao dizê-lo – Horácio morreria sem confissão, e o diabo, saindo da garrafa, levaria a sua alma para as profundas dos infernos. Dessa história o coronel Horácio sabia e ria dela, uma daquelas sua risadas curtas e secas, que amedrontavam mais que seus gritos nas manhãs de raiva. Jorge Amado. Terras do sem fim, 21ª edição, pag. 51. Editora Martins, São Paulo, 1968. 1 – O ambiente físico onde se encontra o personagem é: ( ) A cidade. ( ) A roça. ( ) A mata. 2 – Por que a mata era amedrontadora? 3 – O coronel Horácio “jogou para longe as onças e as assombrações”. O que fez para isso? 4 – Que tinha sido Horácio antes de se tornar dono daquela terra e patrão poderoso? 5 – Por que o autor chama o coronel Horácio de conquistador da terra? 6 – Assinale as afirmações verdadeiras com relação aos cacaueiros de que se fala no texto: ( ) Eram árvores nativas da região, isto é, não plantadas pelo homem. ( ) Eram cacaueiros novos, iam dar a primeira safra. ( ) Ainda não tinham frutos, mas só flores. ( ) Estavam carregados de cocos maduros, amarelo-ouro. ( ) Foram plantados em terreno desmatado e de acordo com as técnicas agrícolas. 7 – Assinale as afirmações verdadeiras relativamente ao coronel Horácio: ( ) Seu rosto inspirava simpatia e bondade. ( ) Era um homem decidido, frio e corajoso. ( ) Tinha fama de homem mau. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GUAÇUÍ EEEFM PROFESSOR PEDRO SIMÃO Aluno(a): Turma: 8º ANO Professor(a):ARLETE BAUDSON RODRIGUES FERNANDES Data: Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA Valor: Mínimo: Conteúdo(s):