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MÓDULO 4 – BALANÇO PATRIMONIAL – INTRODUÇÃO 
Neste módulo conheceremos um pouco sobre o principal demonstrativo 
contábil emitido pela contabilidade: o Balanço Patrimonial. Estudaremos a sua 
representação gráfica e seus principais componentes. Veremos, também, um 
comparativo entre as origens e as fontes de recursos identificadas pela 
contabilidade. 
 
 
IDENTIFICAÇÃO 
Trata-se do mais importante demonstrativo contábil emitido pela 
contabilidade. Nele, encontramos uma posição clara das contas patrimoniais 
de uma empresa evidenciando a saúde financeira e econômica do negócio em 
um dado momento no tempo. 
O Balanço Patrimonial – BP é formado pelo ativo, passivo e patrimônio 
líquido existente em uma organização. Por convenção, temos que o Balanço 
Patrimonial se divide em duas colunas. Na coluna da esquerda temos aos 
elementos que compõem o ativo e, na coluna da direita temos os elementos 
que compõem o passivo e o Patrimônio Líquido. 
Assim, esse tipo de relatório contábil representa graficamente e de maneira 
estática, a posição patrimonial de uma organização em um dado momento. 
 
Representação gráfica do Balanço Patrimonial: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
ATIVO 
 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Obs.: A coluna da direita é nomeada apenas de Passivo em função da Lei das 
S A 
 
 
ATIVO 
É composto pelo conjunto de bens e direitos de propriedade da organização. 
São itens que possuem valor expresso em moeda e representam benefícios 
para a empresa. 
• Bens: Máquinas, equipamentos, estoques, dinheiro em caixa, veículos 
etc. 
• Direitos: Contas a receber, depósitos em conta corrente, títulos de 
crédito etc. 
 
Dessa forma, registra-se no ativo apenas aquele item que atenda 
simultaneamente as seguintes características: 
• Bens ou direitos; 
• Propriedade; 
• Mensurável em dinheiro; 
• Benefícios presentes ou futuros. 
 
Graficamente a representação do ativo ocorre da seguinte forma: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
ATIVO 
 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Bens 
 Máquinas 
 Equipamentos 
 Estoques 
 Dinheiro em caixa 
 Veículos 
 
Direitos 
 Contas a receber 
 Depósitos em conta corrente 
 Títulos de crédito 
 
 
 
 
PASSIVO 
Compreende um conjunto de obrigações contraídas pela empresa. São dívidas 
exigíveis, que possuem seu valor expresso em moeda e que deverão ser 
honradas pela organização em data previamente acordada. 
Assim, o passivo é conhecido como dívidas com terceiros ou capital de 
terceiros. Veja os exemplos: 
 
• · Fornecedores, salários a pagar e empréstimos a pagar. 
 
Graficamente a representação do passivo ocorre da seguinte forma: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
ATIVO 
 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 Obrigações 
 Fornecedores 
 Salários a pagar 
 Empréstimos a pagar 
 
Patrimônio Líquido 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Evidencia o total de recursos aplicados pelos proprietários da empresa. Trata-
se de quantia inicial utilizada para a constituição do negócio, ou seja, o capital 
social. 
Esta capital social não pode ser reclamado pelos seus proprietários, mas pode 
ser vendido ou repassado para outros proprietários. Assim, o patrimônio 
líquido recebe o nome de capital próprio, pois tais recursos pertencem à 
empresa. 
 
Veja os exemplos: 
• · Capital social, lucros do exercício e reservas 
 
Tal capital pode ser aumentado ao longo do tempo através dos seguintes fatos 
contábeis: 
• · Aumento de capital feito por um novo aporte de recursos; 
• · Incorporação dos lucros auferidos pela atividade empresarial 
 
A fórmula matemática, a seguir, expressa o patrimônio líquido de uma 
empresa: 
 
PL = ATIVO – PASSIVO OU PL = bens + direitos – obrigações 
 
 
 
 
Graficamente a representação do Patrimônio Píquido ocorre da seguinte 
forma: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
ATIVO 
 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 Obrigações 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital social 
 Lucros do exercício 
 Reservas 
 
De outra forma, pode-se notar, portanto, que o passivo de uma empresa é 
composto por capitais próprio e capitais de terceiros, ou seja, há duas fontes 
de recursos. 
 
O TERMO “CAPITAL” EM CONTABILIDADE 
De forma ampla capital significa recursos. Assim, como já comentamos, as 
obrigações representam capital de terceiros e o patrimônio líquido o capital 
próprio. Além dessa classificação, pode-se reconhecer os seguintes conceitos 
de capital em termos contábeis: 
· Capital social: recurso inicial destinado a constituir um negócio; 
· Capital Subscrito: Quando os sócios se comprometem a disponibilizar 
recursos para e empresa; 
· Capital integralizado: Recurso já disponibilizado para a empresa; 
· Capital a integralizar: recurso que ainda não foi colocado à disposição da 
empresa. 
 
 
ORIGENS VERSUS APLICAÇÕES 
O passivo e o patrimônio líquido representam origem (fonte de recursos) de 
capital. Essa origem pode ser externa (capital de terceiros) ou interna (capital 
próprio). 
Em relação ao ativo, o que temos é a aplicação de recursos. 
Assim, todos os recursos que entram em uma organização transitam pelo 
passivo ou pelo patrimônio líquido. Esses recursos serão transformados em 
bens e direitos representado pelo ativo e, portanto aplicação de recursos. 
Dessa forma, fica evidenciado que a empresa só pode aplicar recursos (bens e 
direitos) havendo a respectiva contrapartida do passivo (obrigações e PL). 
 
 
 
 
A PRINCIPAL ORIGEM DE RECURSOS 
A principal fonte de recursos para uma organização é o lucro. Entretanto, cabe 
ressaltar que os lucros obtidos pertencem aos sócios da empresa. Isso se deve 
ao fato de que foram os sócios que investiram na empresa e, portanto 
merecem ter o devido retorno sobre os capitais investidos e riscos assumidos. 
Cabe aos sócios decidirem qual o destino que será dado aos lucros obtidos no 
exercício. As possibilidades abrangem desde a sua distribuição entre os 
proprietários até a sua total incorporação, para possíveis reinvestimentos na 
organização. 
A opção de distribuição dos lucros é conhecida como dividendos, ou seja, é a 
remuneração do capital investido pelos sócios proprietários. 
 
 
A EXPRESSÃO BALANÇO PATRIMONIAL 
O termo Patrimônio representa o conjunto de bens direitos e obrigações. 
Dessa forma a contabilidade busca registrar as fontes e aplicações de recursos 
nesse demonstrativo contábil. 
Assim, o termo balanço patrimonial expressa o equilíbrio que deve existir 
entre as aplicações e as fontes de recursos. 
 
 
 
 
MÓDULO 5 – BALANÇO PATRIMONIAL – GRUPO DE CONTAS 
 
 
Introdução 
O Balanço Patrimonial é o principal demonstrativo contábil. Sua interpretação 
e análise dependem, em grande parte, da ordem em que as contas são 
agrupadas. Dessa forma, para facilitar a leitura e analise das informações, 
contidas nesse demonstrativo, é que devemos agrupar as contas de mesma 
natureza. 
 
O Balanço Patrimonial possui dois grupos de contas do lado do ativo e três 
grupos de contas do lado do passivo conforme quadro abaixo: 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PL 
AC – Ativo circulante 
 
 
ANC – Ativo Não Circulante 
 
 
PC - Passivo Circulante 
 
 
PNC – Passivo Não circulante 
 
 
PL – Patrimônio Líquido 
 
 
Curto e Longo Prazo 
A contabilidade considera curto prazo o período de um ano. Dessa forma, 
todos os valores a receber e a pagar dentro do período de um ano (365 dias) 
devem ser classificados no curto prazo. 
Já os valores a pagar e a receber com prazo superior a 365 dias, ou seja, um 
ano, devem ser classificados no longo prazo. 
Cabe salientar que determinados ramos de negócios possuem ciclo 
operacional superior a um ano (365) dias e nesses casos, os períodos de curto 
e longo prazo, devem respeitar esse ciclo. 
 
ATIVO: 
· AC – AtivoCirculante 
Neste grupamento encontramos valores que serão convertidos em dinheiro no 
curto prazo. Neste grupo de contas temos os seguintes exemplos: Caixa, 
bancos, duplicatas a receber estoques e outros. Trata-se de valores 
responsáveis pela formação do capital de giro da empresa, o qual tem a função 
de suportar os compromissos assumidos pela organização. Neste grupamento 
são classificadas as contas de maior dinamismo das empresas e que estão em 
constante renovação, ou seja, compreende as contas que estão constantemente 
em giro/movimento e sua conversão em dinheiro ocorrerá no curto prazo (365 
dias). 
 
· ANC – Ativo Não Circulante 
 
Compreende todas as contas do ativo que não tenham seus recebimentos 
marcados até o próximo exercício social ou que não estão a venda. Este item 
está subdividido em: Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado e 
Intangível. 
 
o ANC – Ativo Não Circulante (realizável a longo prazo) 
Neste grupamento teremos os itens que serão transformados em 
dinheiro a longo prazo, ou seja, em período superior a um ano. A 
exceção ocorre para aquela empresa que atua em um ramo de 
negócios cujo ciclo operacional seja superior a um ano. 
 
o ANC – Ativo circulante (Investimentos) 
Incluem-se neste item as aplicações de caráter permanente que 
geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade 
principal da empresa. 
 
o ANC – Ativo circulante (Imobilizado) 
Registra-se os itens corpóreos de natureza permanente que serão 
utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa. 
 
o ANC – Ativo circulante (Intangível) 
São direitos que tenham por objetos bens incorpóreos, ou seja, que 
não possam ser “tocados”, destinados à manutenção da empresa ou 
exercícios com essa finalidade. 
 
PASSIVO 
De forma geral, passivo representa a parte negativa do Balanço Patrimonial. 
Dito, de outra forma, visualiza-se, neste item, as dívidas ou obrigação 
contraídas pela empresa. Divide-se em três grupos de contas: Passivo 
circulante, Passivo não circulante e Patrimônio Líquido. 
 
 
· PC - Passivo Circulante 
Compreende as obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo 
exercício social, ou seja, nos próximos 365 dias após o levantamento do 
Balanço. 
 
· PNC – Passivo Não Circulante 
È composto pelas contas exigíveis a longo prazo que compreende as 
obrigações com terceiros e serão honradas a longo prazo ( um ano) 
 
· Patrimônio Líquido 
Retrata os recursos investidos na organização, por parte dos sócios. São 
recursos dos proprietários aplicados nas contas capital e lucros. 
 
A figura abaixo demonstra graficamente a forma e disposição das contas e 
grupos de contas que compõem o Balanço Patrimonial de uma empresa. 
 
 Fonte: Marion (2009) 
 
Principais deduções do ativo e do patrimônio Líquido 
· Deduções do ativo circulante 
Normalmente, encontramos no ativo as contas positivas, ou seja, itens que 
representam bens e direitos. Entretanto, determinados lançamentos ocorrem 
com o sinal de (-) negativo, exercendo uma diminuição ou dedução. Dessa 
forma as principais deduções encontradas no Balanço Patrimonial são as 
seguintes: 
o Duplicatas a receber: a parcela estimada pela empresa que não será 
recebida em decorrência dos maus pagadores deverá ser subtraída 
de duplicatas a receber, com o título de provisão para devedores 
duvidosos. 
Parte das duplicatas a receber, negociadas com as instituições 
financeiras com o objetivo de realização financeira antecipada 
daqueles títulos deverá ser subtraída de duplicatas a receber, como 
título de duplicatas descontadas. 
 
· Deduções do ANC – ativo não circulante 
o Imobilizado: Os bens, com o passar do tempo, pelo uso vão sofrendo 
desgaste físico ou tecnológico e assim, perdem sua eficiência. A 
esse processo damos o nome de depreciação acumulada o qual 
devemos subtrair do item imobilizado. 
 
· Deduções do Patrimônio líquido 
o Neste item, destacamos a presença da conta prejuízo. Situação em 
que a empresa apresenta resultado negativo e que deve ser lançado 
deduzindo o patrimônio dos proprietários. 
 
A figura abaixo destaca a presença das contas tidas como dedutivas do ativo e 
do Patrimônio líquido. Tais contas aparecem com o sinal de (-) negativo e 
devem ser deduzidas para a apuração final do item. 
 
 
 
MÓDULO 6 – APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A apuração do resultado 
A cada exercício social ou período contábil (normalmente, 12 meses) a 
empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro 
ou prejuízo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a 
receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor, 
teve prejuízo. 
A apuração de resultados é realizada de forma destacada na Demonstração do 
Resultado do Exercício. Apresenta-se aí um resumo ordenado das despesas e 
receitas do período, facilitando-se, dessa forma, a tomada de decisão. 
 
Conceito de Receita e Despesa 
A Receita corresponde a vendas de mercadorias ou prestações de serviços. Ela 
é refletida no balanço através da entrada de dinheiro no caixa (receita à vista) 
ou entrada em forma de direitos a receber (Receita à Prazo)- duplicatas a 
receber. A Receita aumenta o ativo. 
A Despesa é todo o sacrifício, todo esforço da empresa para obter Receita. Ela 
é refletida no balanço através de uma redução do Caixa (quando é pago no ato 
- à vista) ou mediante um aumento de uma dívida - Passivo (quando a despesa 
é contraída no presente para ser paga no futuro - a prazo). 
 
Regimes de contabilidade 
· Regime de Competência 
Esse regime evidencia o resultado da empresa (lucro ou prejuízo) de forma 
mais adequada e completa, é aceito e recomendado pela Teoria da 
Contabilidade e também pelo Imposto de Renda. 
As regras básicas para a contabilidade pelo regime de competência são: 
· A Receita será contabilizada no período em que for gerada, 
independentemente do seu recebimento. Assim, se a empresa 
vendeu a prazo em dezembro do ano T1 para receber somente em 
T2, pelo Regime de Competência, considera-se que a Receita foi 
gerada em T1; portanto, ela pertence (compete) a T1. 
· A Despesa será contabilizada no período em que for incorrida, 
utilizada, independentemente do pagamento. Assim, se em 10 de 
janeiro de T2 a empresa pagar seus funcionários (que trabalharam 
em dezembro de T1), a despesa compete a T1, pois nesse período 
ela incorreu efetivamente. 
O lucro será apurado considerando-se um período, normalmente um ano: toda 
a despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido paga) será 
subtraída do total da receita, também gerada no mesmo período (mesmo que 
ainda não tenha sido recebida). 
· Regime de Caixa 
O Regime de Caixa é uma forma simplificada de contabilidade, aplicado 
basicamente à microempresas ou às entidades sem fins lucrativos (igrejas, 
clubes, sociedades filantrópicas etc.). 
As regras básicas para a contabilidade por esse regime são: 
· A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou 
seja, quando entrar dinheiro no caixa (encaixe) 
· A despesa será contabilidade no momento do pagamento, ou seja, 
quando sair dinheiro do caixa (desembolso). 
O lucro será apurado subtraindo-se toda a despesa paga (saída de dinheiro do 
caixa) da receita recebida (entrada de dinheiro no caixa) 
 
Balanço Patrimonial (BP) X Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) e Regime de Competência. 
As contas (cifras contábeis) só podem ser classificadas em duas 
demonstrações: Balanço Patrimonial (BP) ou Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE). 
No lado do ativo, classificam-se os itens que trazem benefícios para a 
empresa. No momento em que esses itens perderem a capacidade deproduzir 
benefícios passam a ser despesas, exemplo material de escritório e seguros a 
vencer. Ha, todavia, outros casos como devedores duvidosos (perdas 
estimadas para duplicatas de clientes que adquiriram mercadorias à prazo) 
e depreciação (despesas decorrentes do uso dos bens do Ativo Imobilizado). 
 
Efeito do lucro no balanço: 
O lucro apurado pela empresa pertence aos proprietários (investidores), uma 
vez que são responsáveis pelo negócio. Se houver prejuízo, os proprietários 
deverão assumi-los. 
Os proprietários, desejando expandir o negócio, não retiram totalmente o 
lucro, reinvestindo uma parte (lucros retidos ou lucros acumulados). A parte 
do lucro distribuída aos proprietários é denominada dividendos. 
A parte do lucro não distribuída aos proprietários (reinvestimento) entra no 
balanço via Patrimônio Líquido (origem de recursos), sendo aplicada no 
Ativo. 
 
Diferença entre despesa e custo 
Para fins de estudo do presente conteúdo on line, trataremos as despesas e os 
custos com os seguintes conceitos: 
· Custos: É todo sacrifício (gasto) relativo a bens ou serviços que serão 
utilizados na produção de outros bens ou serviços; 
 
· Despesa: Todo sacrifício (esforço) realizado pela empresa no sentido de obter 
receita. 
 
Veja abaixo a tabela com alguns exemplos de custos e despesas. 
Conta Custos de produção Despesas comerciais e 
administração 
Pessoal X X 
Matéria prima X 
Mercadoria X 
Embalagem X 
Manutenção X X 
Aluguel X X 
Marketing X 
Comissão de vendas X 
Fretes de entrega X 
Limpeza X X 
 
 
 
MÓDULO 7 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas 
e despesas da empresa em determinado período, normalmente 12 meses. É 
apresentada de forma dedutiva(vertical), ou seja, das receitas subtraem-se 
despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). 
A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram 
dados pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, 
farmácias, mercearias. Deve evidenciar o total de despesa deduzido da receita, 
apurando-se, assim, o lucro sem destacar os principais grupos de despesas. 
 
A DRE completa, exigida por lei, fornece maiores minúcias para a tomada de 
decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucro, destaque dos impostos etc. 
Neste módulo será abordado o modelo completo, sem a pretensão de esgotar o 
assunto. 
Estrutura básica da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 
Vejamos a seguir a estrutura básica de uma DRE que adota o sistema de 
demonstração vertical, partindo da receita bruta e, por meio de subtrações 
sucessivas chega-se ao resultado líquido do exercício. 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
RECEITA BRUTA 
· ( - ) Deduções 
· Impostos 
· Abatimentos (descontos) 
· Devoluções (vendas canceladas) 
 
RECEITA LÍQUIDA 
· ( - ) Custos da venda/prestação do serviço 
 
LUCRO BRUTO 
· ( - ) Despesas operacionais 
· ( + ) Receitas financeiras 
 
LUCRO OPERACIONAL 
· ( - ) Despesas não operacionais 
· ( + ) Receitas não operacionais 
 
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 
· ( - ) IR e Contribuição social 
 
LUCRO DEPOIS DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
 
· A Receita Bruta é o total bruto vendido no período. Nela estão inclusos os 
impostos sobre vendas (os quais pertencem ao governo) e dela não foram 
subtraídas as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (descontos) 
ocorridos no período. 
Impostos e taxas sobre vendas são aqueles gerados no momento da venda; 
variam proporcionalmente à venda, ou seja, quanto maior for o total de 
vendas, maior será o imposto. Vejamos alguns exemplos: 
• IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados (governo federal) - de 
0 a quase 400% (no caso de cigarros). 
• ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(governo estadual) - Estado de São Paulo: de 18 a 25%. 
• ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (governo 
municipal) - Município de São Paulo: de 0 a 10%. 
• PIS - Programa de Integração Social - taxa sobre o faturamento (go-
verno federal) - 0,65%. 
• Cofins - Contribuição para a Seguridade Social (governo federal) - 
7,6% (não cumulativo a partir de 2003). 
 
Os impostos sobre vendas não pertencem empresa, mas sim ao governo. Ela é 
uma mera intermediária (veículo de arrecadação) que arrecada impostos junto 
ao consumidor e recolhe ao governo; por isso, não devem ser considerados 
como receita real da empresa. 
 
Devoluções (vendas canceladas) - são mercadorias devolvidas por estarem em 
desacordo com o pedido (preço, qualidade, quantidade, avaria). O comprador, 
sentindo-se prejudicado, devolve total ou parcialmente a mercadoria. Às 
vezes, a empresa vendedora, na tentativa de evitar devolução, propõe um 
abatimento no preço (desconto) para compensar o prejuízo ao comprador. 
Tanto a devolução como o abatimento aparecem deduzindo a Receita Bruta na 
DRE. Portanto, deduções são ajustes (e não despesas) realizadas sobre a 
Receita bruta para se apurar a Receita Líquida. 
 
Lucro Bruto é a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo dessa 
Mercadoria Vendida, sem considerar despesas administrativas, de vendas e 
financeiras. Ou seja, subtrai-se da receita o custo da mercadoria ou do 
produto, ou do serviço para ser colocado à disposição do consumidor, não 
considerando as despesas administrativas, financeiras e de vendas. 
 
Quanto maior for a fatia denominada Lucro Bruto, maior poderá ser a re-
muneração dos administradores, dos diretores, do pessoal de vendas, do 
governo, dos proprietários da empresa etc. 
 
CUSTO DAS VENDAS 
A expressão custo das vendas é bastante genérica, devendo, por essa razão, 
ser especificada por setor na economia: 
· Para empresas industriais o custo das vendas é denominado Custo do 
Produto Vendido (CPV); 
· Para empresas comerciais o custo das vendas é denominado Custo das 
Mercadorias Vendidas (CMV); 
· Para empresas prestadoras de serviços o custo das vendas é 
denominado Custo dos Serviços Prestados (CSP). 
 
LUCRO OPERACIONAL 
A apuração deste resultado evidencia o desempenho no negócio da entidade. 
O Lucro Operacional é obtido através da diferença entre o Lucro Bruto e as 
despesas operacionais. 
 
DESPESAS OPERACIONAIS 
As despesas operacionais são as necessárias para vender os 
produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Enfim, são 
todas as despesas sacrificadas para a manutenção da atividade operacional da 
empresa. Os principais grupos de Despesas Operacionais são especificados a 
seguir: 
 
· Despesas de vendas: Abrangem desde a promoção do produto até sua 
colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição). São despesas 
com o pessoal da área de venda, comissões sobre vendas, propaganda e pu-
blicidade, marketing, estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas 
a prazo (provisão para devedores duvidosos) etc. 
 
· Despesas administrativas: São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a 
empresa. De maneira geral, são gastos nos escritórios que visam à direção ou 
à gestão da empresa. 
 
Podem ser citados como exemplos: honorários administrativos, salários e 
encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis de escritórios, materiais 
de escritório, seguro de escritório, depreciação de móveis e utensílios, 
assinaturas de jornais etc. 
 
· Despesas financeiras: São as remunerações aos capitais de terceiros, tais 
como: juros pagos ou incorridos, comissões bancárias, descontos concedidos, 
juros de mora pagos etc. 
 
 
 
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDAAs despesas e receitas não relacionadas diretamente com o objetivo do 
negócio da empresa são classificadas como Não Operacionais. 
 
Normalmente, trata-se de ganhos ou perdas, isto é, são aleatórias, impre-
visíveis. São exemplos: 
 
· Ganhos ou Perdas: são os lucros ou prejuízos na venda de itens do Ativo 
Permanente: venda de um veículo (imobilizado), com lucro ou prejuízo; venda 
de máquinas-equipamentos (imobilizado), com lucro ou prejuízo, venda com 
lucro ou prejuízo de ações (investimentos) etc. 
 
 
 
LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA 
As principais fórmulas para tributação: (a) Lucro Real: é o lucro calculado 
pela contabilidade e ajustado conforme as regras do Imposto de Renda; (b) 
Lucro Presumido: calcula-se a aplicação de percentuais fixados pela 
legislação, de acordo com a atividade da pessoa jurídica, sobre a Receita 
Total; (c) Simples Nacional: legislação especial para a Microempresa e 
Empresa de Pequeno Porte; (d) Lucro Arbitrado: o arbitramento do lucro é um 
privilégio concedido, em geral, às autoridades fiscais. 
 
A alíquota do Imposto de Renda continua 15% (quinze por cento) e a do 
adicional em 10% (dez por cento). 
 
Todavia, a Lei n2 11.638/07 dispõe a possibilidade da empresa contabilizar 
conforme as regras tributárias, para, em seguida, fazer ajustes contábeis, para 
apresentação das Demonstrações Financeiras. 
 
 
Qualquer empresa, por menor que seja, pode fazer opção pela tributação com 
base no Lucro Real. As opções de tributação pelo Lucro Presumido e Simples 
Nacional nem sempre serão possíveis em razão do valor da receita bruta, da 
atividade ou condição da empresa. 
 
Para as empresas que não calculam Imposto de Renda pelo Lucro Presumido, 
a base de cálculo para o Imposto de Renda não é exatamente o lucro apurado 
pela Contabilidade, mas o lucro ajustado às disposições da legislação do 
Imposto de Renda que será denominado, como ja vimos, Lucro Real. Este 
lucro será calculado num livro extracontábil denominado "Livro de Apuração 
do Lucro Real" - LALUR. 
 
Além do Imposto de Renda as empresas são obrigadas a pagar ao governo 
federal a CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Na DRE 
destacamos a CSLL junto com o Imposto de Renda. 
 
 
 
LUCRO LÍQUIDO 
O lucro líquido é a sobra líquida à disposição dos proprietários (sócios ou 
acionistas). 
 
Doações e contribuições são dirigidas às fundações com a finalidade de 
assistir o quadro de funcionários; às previdências particulares com o objetivo 
de complementar a aposentadoria; às cooperativas de empregados etc. 
 
Normalmente, as participações são complementos à remuneração de empre-
gados e administradores. É estipulado um percentual sobre o lucro. A 
participação no lucro ou no resultado para os empregados é obrigatória. 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO 
Como já foi visto, o Lucro Líquido de uma empresa limitada (sócios) é a 
sobra líquida à disposição dos proprietários da empresa. Os proprietários 
decidem a parcela do lucro que ficará retida na empresa e a parte que será 
distribuída aos donos do capital (dividendos). A distribuição do lucro será 
evidenciada na Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc). 
 
Nas Sociedades Anônimas, normalmente, o percentual do lucro a ser 
distribuído aos acionistas em forma de dividendos está estipulado no estatuto 
da empresa. 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
Evidencia o destino do lucro, a canalização, a distribuição do lucro do 
exercício. 
 
Havendo sobras (saldos) de lucros de exercícios anteriores não distribuídos, 
estas sobras são adicionadas ao lucro do exercício atual. Daí a expressão 
Lucros Acumulados. 
 
Dessa forma, o roteiro contábil é: em primeiro lugar apurar o lucro (ou 
prejuízo); em segundo lugar transferi-lo para Lucros Acumulados; e em 
terceiro lugar, após distribuição do lucro aos proprietários (dividendos), 
canalizar o lucro retido (não distribuído) para o patrimônio líquido (conta dos 
proprietários): 
 
 
 
 
MÓDULO 8 – ATIVO NÃO CIRCULANTE, DEPRECIAÇÃO E 
ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS. 
 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE E A DEPRECIAÇÃO: 
Como já vimos, o ativo não circulante divide-se em quatro grupos: realizável 
a longo prazo (R.L.P.), investimentos, imobilizado e intangível. 
 
IMOBILIZADO: Entende-se por ativo imobilizado todo ativo de natureza 
relativamente permanente, que se utiliza na operação dos negócios de uma 
empresa e que não se destina a venda. 
 
Assim, o imobilizado deve ter três características: 
a) Natureza relativamente permanente (vida útil longa – um ano) 
b) Ser utilizado na operação dos negócios 
c) Não se destinar a venda 
 
Dizemos que é de natureza relativamente permanente porque praticamente 
nenhum bem (exceto terrenos) possui vida útil ilimitada dentro da empresa. 
Ex: o edifício da fábrica constitui um ativo imobilizado pois atende as três 
características mencionadas. 
 
De maneira geral, os bens podem ser classificados como veremos a seguir: 
a) BENS TANGÍVEIS: São os bens que possuem substancia concreta e 
que podem ser tocados. Exemplos: 
a) Sujeitos a depreciação: edifícios e equipamentos 
b) Não sujeitos a depreciação: terrenos e obras de arte 
c) Sujeitos a exaustão: reservas minerais e florestais 
 
b) BENS INTANGÍVEIS: São os ativos que não tem substância física e 
que não podem ser tocados, mas podem ser comprovados. Exemplos: 
Ponto comercial, direitos autorais, licença de exploração, patentes relativas a 
invenções e a marca de uma indústria/comercio. 
 
 
ITENS QUE COMPÕEM O ATIVO IMOBILIZADO: 
· Terrenos (utilizados pela empresa) 
· Edifícios (utilizados pela empresa) 
· Instalações (integradas aos edifícios) 
· Máquinas e equipamentos ( para realizar a atividade da empresa) 
· Móveis e utensílios (mesas, cadeiras, arquivos etc) 
· Veículos ( de utilização para cargas, para vendas, para administração) 
· Ferramentas ( com vida útil superior a um ano) 
 
SUBTRAÇÕES DO IMOBILIZADO: 
 
DEPRECIAÇÃO: A maior parte dos ativos imobilizados tem vida útil 
limitada, ou seja, serão úteis a empresa por um período (período contábil). 
 
A medida que esses períodos forem decorrendo, dar-se-á o desgaste dos bens 
que representam a despesa a ser registrada. 
 
A depreciação, portanto, é uma despesa porque todos os bens e serviços 
consumidos por puma empresa são vistos como despesas. 
 
Assim, essa despesa poderá ser computada em cada exercício e corresponderá 
à diminuição do valor dos bens do ativo imobilizado resultante dos desgastes 
pelo USO, AÇÃO DA NATUREZA E OBSOLESCÊNCIA. 
 
DEPRECIAÇÃO PERANTE O IMPOSTO DE RENDA: Para efeito de 
imposto de renda, a depreciação NÃO é obrigatória, mas é interessante que a 
empresa a faça, pois terá redução com o imposto de renda. 
A depreciação calculada a maior que as taxas permitidas, não é dedutível 
como despesa para fins de imposto de renda. 
 
TAXA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO: Para calculo da taxa anual de 
depreciação é necessário estimar a vida útil do bem, isto é, quanto ele vai 
durar, levando-se em conta causas físicas e causas funcionais. 
 
Assim, a taxa de depreciação é estabelecida em função do prazo de vida útil 
do bem a depreciar. 
 
Tabela de depreciação anual fixada pela legislação do imposto de renda: 
Bens moveis em geral 10% 
Edifícios e construções 4% 
Biblioteca 10% 
Ferramentas 20% 
Maquinas e instalações industriais 10% 
Veículos em geral 20% 
Tratores 25% 
 
EFEITOS DA DEPRECIAÇÃO NO BP E DRE: O item despesas de 
depreciação é uma conta que deve figurar na demonstração do resultado do 
exercício (DRE). 
No balanço patrimonial, a depreciação aparece deduzindo o imobilizado como 
uma contaretificadora. 
 
MÉTODOS DE CÁLCULO DE DEPRECIAÇÃO: Existem vários tipos de 
métodos de depreciação mas, o MÉTODO DA LINHA RETA é um dos mais 
simples e oferece a vantagem de ser aceito pelo imposto de renda. 
 
Exemplo: um veículo adquirido por R$ 600.000,00, com vida útil estimada de 
5 anos.... 
Fórmula: 
Depreciação do período = custo do bem / vida útil provável 
 
Depreciação= 600.000,00= 120.000 
 5 anos 
 
Anos Despesas com 
depreciação 
Depreciação 
acumulada 
Saldo contábil 
1 120 120 480 
2 120 240 360 
3 120 360 240 
4 120 480 120 
5 120 600 0 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS 
 
INTRODUÇÃO 
Os índices são o principal instrumento utilizado para a análise de uma 
empresa. Por serem o resultado da comparação entre grandezas, eles 
estabelecem a relação entre contas ou grupo de contas dos demonstrativos 
financeiros, visando evidenciar um aspecto em particular. Servem, portanto, 
como termômetro na avaliação da saúde da empresa. 
 
 
OBJETIVOS E USUÁRIOS 
Análise de demonstrações contábeis ou financeiras e análise de balanço têm o 
mesmo significado. A partir desse momento, será utilizada esta última forma 
de expressão. 
A análise de balanços é feita, basicamente, com os dados do balanço pa-
trimonial e da demonstração de resultado. Outras demonstrações contábeis le-
galmente obrigatórias (e as não obrigatórias) auxiliam na análise da situação 
patrimonial e financeira da empresa. AS Notas Explicativas, o Relatório da 
Administração e o Parecer da Auditoria Independente, quando existentes, 
fornecem informações bastante úteis para interpretação correta dos dados 
contábeis e análise de tendências. 
A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar fórmulas 
matemáticas e métodos científicos para extrair dados, pois, dependendo do 
grau de conhecimento teórico, conhecimento do ramo, experiência prática, 
sensibilidade e intuição, cada analista poderá produzir diagnósticos diferentes 
a partir de um mesmo conjunto de dados. 
Para que fazer a análise de balanços se as conclusões podem ser diferentes 
dependendo de cada analista? Geralmente, as análises feitas por dois analistas 
experientes e com boa formação técnica, utilizando o mesmo conjunto de da-
dos e informações, chegam a conclusões semelhantes sobre a situação atual 
da empresa, embora possam indicar diferentes níveis de tendências. 
 
Os principais usuários da análise de balanços são: administradores da em-
presa, acionistas e investidores, instituições financeiras, fornecedores, 
clientes, concorrentes e órgãos governamentais. Cada grupo de usuários 
enfoca a análise de balanços de acordo com suas necessidades. 
 
 
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 
Antes de iniciar a análise de balanços, existem procedimentos básicos que 
devem ser aplicados sobre as demonstrações contábeis, para evitar distorções 
significativas. 
 
O primeiro procedimento é a reclassificação das demonstrações contábeis. No 
balanço patrimonial, as contas que geralmente precisam ser reclassificadas 
são as retificadoras Duplicatas e Saques de exportação descontados, que, na 
realidade, são empréstimos. 
 
O Resultado de Exercícios Futuros pode ser considerado como Patrimônio 
Líquido (geralmente, o valor desse grupo de contas é relativamente pequeno). 
Na demonstração de resultado, as Despesas e receitas financeiras devem ser 
separadas do grupo de Despesas operacionais. 
 
As contas do Ativo e Passivo Circulantes são separadas emoperacionais e 
nãooperacionais, de acordo com a natureza, relacionando-as com as atividades 
operacionais. Esse procedimento será bastante útil para analisar o Capital de 
giro. 
 
O segundo procedimento refere-se à eliminação dos efeitos inflacionários das 
demonstrações contábeis, pois as demonstrações elaboradas de acordo com a 
legislação societária não são inteiramente adequadas para análise. 
 
Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado apresentados 
foram reclassificadas conforme os Quadros (1, 2 e 3) apresentados. Estão 
sendo apresentadas acrescidas de mais um exercício, para possibilitar a 
análise de tendências, e já estão preparadas para análise vertical e horizontal. 
Para facilidade didática, considere-se que essas demonstrações contábeis estão 
livres dos efeitos inflacionários. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS OPERACIONAIS 
As empresas colocam à disposição dos gestores os ativos totais consistentes 
de caixa, contas a receber, estoques, investimentos em subsidiárias, máquinas 
e equipamentos, veículos etc. com o propósito de gerarlucro. 
 
Os ativos podem ser classificados em duas categorias:ativos operacionais e 
ativos nãooperacionais. Igualmente, os passivos também podem ser classifica-
dos em passivosoperacionais epassivos não operacionais. 
 
Os ativos operacionais podem ser divididos emcapital de giro 
operacional(contas a receber, estoques, adiantamentos a fornecedores, ICMS e 
IPI a recuperar etc.) eativo permanente (prédios, máquinas e equipamentos, 
instalações industriais, veículos etc.), necessários para "fazer funcionar" o 
negócio. 
 
O capital de Giro Operacional (CGO) é composto de Ativos Circulantes 
Operacionais (ACOs), que são utilizados dentro do ciclo operacional de uma 
empresa. 
 
Geralmente, uma parte do ACO é financiada pelas contas do Passivo Cir-
culante Operacional (PCO), que surgem naturalmente em função do próprio 
negócio, representados pelas contas como: fornecedores, salários a pagar e 
adiantamentos de clientes. A diferença entre o ACO e o PCO é o Capital de 
Giro Operacional Líquido (CGOL), ou Necessidade Líquida de Capital de 
Giro (NLCG). 
 
Os ativos e passivos não operacionais apresentam características de natureza 
financeira ou não estão diretamente relacionados com as atividades ope-
racionais, tais como: caixa, bancos, aplicações financeiras, depósitos judiciais, 
empréstimos e dividendos a distribuir. São classificadas como Ativos 
Circulantes Não Operacionais (ACNOs) e Passivos Circulantes Não 
Operacionais (PCNOs). 
 
Aplicando os conceitos apresentados, os ativos e passivoscirculantes dos Qua-
dros 1 e 2 estão classificados comooperacional ounão operacional. Essa 
classificação deve ser flexível, pois, em alguns casos, uma conta contábil apa-
rentemente não operacional pode ser, na realidade, operacional. Por exemplo, 
se as atividades operacionais da empresa exigirem que seja mantido um saldo 
mínimo de caixa no valor de $ 30.000, no período encerrado em 31-12-X8, 
esse valor deverá ser classificado como um ativo operacional e deduzido do 
ativo não operacional, que apresentará o valor de $ 15.685, na conta Caixa e 
Bancos, totalizando $ 45.685. 
 
Balanço Patrimonial: 
 
 
Demonstração do Resultado do Exercício: 
 
 
 
 
Quadro 1 
 
 
 
 
Quadro 2 
 
 
 
Quadro 3 
 
 
 
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do Ativo e do Passivo, bem 
como a participação de cada item da Demonstração de Resultado na formação 
do lucro ou prejuízo. 
 
O cálculo do percentual de participação relativa dos itens do Ativo e do 
Passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou 
do Passivo. 
 
O cálculo do percentual de participação relativa dos itens da Demonstração de 
resultado é feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita líquida, que é 
considerada como base. 
 
Como exemplo, pode-se verificar que, conforme o Quadro 1 (coluna AV 
(%)), houve pequenos aumentos do percentual do grupo do Ativo Circulante 
em 31-12-X7 e em 31-12-X8, mas o percentual do item Duplicatas a receber 
apresentou aumento significativo nessas datas em relação a 31-12-X6. 
 
No Quadro 3, pode-se verificar que houve melhora do Lucro bruto em 20X7 
(46,0%) e 20X8 (50,0%), em relação a 20X6. 
 
Outras constatações podem ser extraídas,mas a utilidade aumenta sensi-
velmente se a análise vertical for utilizada conjuntamente com a análise hori-
zontal. 
 
A análise horizontal tem a finalidade de evidenciar a evolução dos itens das 
demonstrações contábeis, por períodos. Calculam-se os números-índices esta-
belecendo o exercício mais antigo como índice-base 100. Podem ser 
calculadas, também, variações anuais. Os números-índices dos exercícios 
encerrados em 31-12-X7 e em 31-12-X8 foram calculados em relação a dados 
do exercício encerrado em 31-12-X6. 
 
Tomando como exemplo o saldo do Ativo Circulante, em 31-12-X7, o au-
mento da participação desse grupo no total do Ativo foi relativamente 
pequeno (de 47,3% para 50,6%), mas houve um crescimento de 19,0% em 
valores absolutos (a taxa de variação é calculada dividindo o índice de um ano 
pelo índice do ano anterior e, do resultado, subtraindo 1). Análises 
semelhantes podem ser feitas com outros valores, descendo a níveis mais 
detalhados, se for o caso. 
 
No caso do Lucro bruto, os "pequenos aumentos" anuais de participação 
relativa desse item (4,9% em 20X7, e 4,0% em 20X8) significaram 
"aumentos excelentes" em 20X7 (61,1%) e 20X8 (109,9%), ambos em 
relação ao exercício-base 20X6. 
 
As técnicas utilizadas em análise horizontal apresentam algumas limitações: 
· Quando o valor do item correspondente no exercício-base é nulo, o 
número-índice não pode ser calculado pela forma proposta, pois os nú-
meros não são divisíveis por zero. Nesses casos, podem ser analisadas 
variações em valores absolutos; 
 
· Quando o exercício-base apresenta um número negativo e no exercício 
seguinte o número fica positivo (e vice-versa), matematicamente, é 
calculável, mas o resultado deve ser tratado com bastante cuidado, para 
não ocorrerem interpretações equivocadas da evolução. 
 
 
ANÁLISES POR MEIO DE ÍNDICES 
A técnica de análise por meio de índices consiste em relacionar contas e 
grupos de contas para extrair conclusões sobre tendências e situação 
econômico financeira da empresa. Alguns dos índices e quocientes mais 
utilizados pelos analistas de balanços são apresentados nos Quadros 4 e 5. 
 
O analista pode trabalhar com índices ou percentual. Por exemplo, 0,42 
equivale a 42%, pois 0,42 = 42 / 100 = 42%. 
 
Podem-se classificar os índices da empresa como ótimo, bom, satisfatório ou 
deficiente, ao compará-los com os índices de outras empresas do mesmo ramo 
e porte, ou com os índices do setor, publicados pelas revistas especializadas. 
 
Geralmente, as fórmulas apresentadas em livros de análise de balanços uti-
lizam o prazo médio simples baseado no ano comercial de 360 dias (ou mês 
comercial de 30 dias), mas nesta disciplina será utilizado o prazo de 365 dias 
para se referir ao período de um ano. 
 
Para analisar períodos menores que um ano, é recomendável a utilização de 
número de dias efetivo do período, pois existem meses com 28 (ou 29), 30 e 
31 dias. 
 
Quatro 4 – Indicadores da situação econômica financeira 
 
 
 
 
 Quatro 5 – Indicadores de rotação e rentabilidade 
 
 
 
 
 
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL 
Osíndices de estrutura de capital são bastante úteis em análise da estrutura de 
capital. Os índices são calculados relacionando as fontes de capitais entre si e 
com os ativos de natureza permanente. Indicam o grau de dependência da 
empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do 
capital. Quanto menor o índice, melhor. 
 
 
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE OS 
RECURSOS TOTAIS (PCT) 
 
Esse índice, calculado com os dados de 20X8, relaciona os capitais de ter-
ceiros ou Exigível total (Passivo circulante + Passivo não circulante) com os 
recursos totais obtidos para o financiamento do Ativo. O índice 0,49 significa 
que, para cada $ 1,00 de recursos totais, o capital de terceiros participa com $ 
0,49. Em outras palavras, o capital de terceiros financia 49% do Ativo. 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) 
 
 
O índice Composição do endividamento indica quanto da dívida total vence 
no curto prazo. De acordo com o índice, 68% da dívida da empresa vence no 
curto prazo. 
 
 
 
 
IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO (ICP) 
 
 
Esse índice indica a parcela dos recursos próprios investidos no Ativo Per-
manente. O índice calculado indica que 70% dos recursos próprios estão 
investidos em ativos de natureza permanente e, portanto, os restantes 30% dos 
recursos próprios estão sendo investidos em ativos realizáveis. 
 
 
MOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC) 
 
Esse índice informa quanto dos recursos permanentes e de longo prazo está 
investido em ativos de natureza permanente. O cálculo indica que 53% dos 
recursos permanentes e de longo prazo estão "imobilizados" e, portanto, 47% 
desses recursos estão sendo utilizados por ativos circulante e realizável a 
longo prazo. 
 
 
 
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa. Como os 
valores se referem a vencimentos de diferentes datas, um valor com 
vencimento no primeiro dia de um ano pode estar sendo comparado em 
igualdade de condições com outro valor que vence no último dia do mesmo 
ano. Os valores traduzidos a valor presente minimizam esse tipo de problema. 
Quanto maior o índice, melhor. 
 
LIQUIDEZ GERAL (LG) 
 
Esse índice indica a capacidade de pagamento de dívida no longo prazo. O 
índice 1,31 que a empresa apresenta significa que ela possui bens e direitos 
suficientes para liquidar os compromissos financeiros no longo prazo, pois, 
para cada $ 1,00 de dívida, possui $ 1,31 de bens e direitos. Mas se a empresa 
apresentar problema financeiro no curto prazo, o índice "bom" do longo prazo 
não será válido. O principal problema desse índice é que os diversos valores 
correntes de diferentes datas se misturam. 
 
 
 
LIQUIDEZ CORRENTE (LC) 
 
Na maioria dos casos, esse índice é considerado como o melhor indicador da 
capacidade de pagamento da empresa. O resultado do cálculo indica que a 
empresa tem $ 1,61 de ativos conversíveis em dinheiro no curto prazo para li-
quidar cada $ 1,00 de dívida de curto prazo. Mas esse índice também é resul-
tante de diversos valores correntes de diferentes datas. 
 
 
 
LIQUIDEZ SECA (LS) 
 
Pode-se verificar que, com exceção dos Estoques e Despesas do exercício se-
guinte, todos os outros itens do Ativo Circulante, como Aplicações de 
liquidez imediata, Títulos e valores mobiliários, Outras contas a receber, 
Duplicatas a receber, Saques de exportação e Impostos a recuperar, podem ser 
convertidos em dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal de 
realização, se for necessário. Nesses casos, podem existir deságios, o que 
reduz o valor desses ativos. 
 
Levando-se em conta que, para continuar operando, a empresa precisa ter pelo 
menos os estoques, e estes são mais difíceis de ser transformados em dinheiro 
imediatamente, ela consegue obter recursos para liquidar 90% das dívidas de 
curto prazo. 
 
 
 
LIQUIDEZ IMEDIATA (LI) 
 
Esse índice indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente dis-
poníveis para liquidar compromissos de curto prazo. As disponibilidades são 
recursos imediatamente disponíveis, mas as obrigações de curto prazo podem 
estar compostas por dívidas que vencem em 15 dias, 30 dias, ou até 365 dias. 
 
A empresa possui $ 0,20 de Disponibilidades para cada $ 1,00 de Passivo 
Circulante. O analista interno pode obter dados mais detalhados e utilizar esse 
índice com base em relatórios de dívidas separadas por vencimentos (aging). 
Deve-se avaliar a composição dos Títulos e valores mobiliários, pois, em 
alguns casos, são praticamente disponíveis. 
 
 
 
 
ÍNDICES DE ROTAÇÃO 
Os índices de rotação (giros) são calculados relacionando-se os elementos 
patrimoniais com os itens da demonstração de resultados e evidenciamo pra-
zo de renovação dos elementos patrimoniais dentro de determinado período. 
A análise do giro dos ativos fornece informações sobre aspectos de gestão da 
empresa, tais como as políticas de estocagem, financiamento de compras e fi-
nanciamento de clientes. 
 
O analista interno pode obter saldos médios calculados com base em dados 
diários ou mensais, o que gera análise de melhor qualidade. O analista 
externo, se não tiver acesso a saldos intermediários, pode calcular o saldo 
médio dos elementos patrimoniais somando-se o saldo atual com o saldo 
anterior e dividindo a soma por dois. O analista deve estar ciente das possíveis 
distorções que essa forma de cálculo possa causar. 
 
Os exemplos a seguir apresentados referem-se aos dados do período (N) de 
um ano. Portanto, a variável N das fórmulas será substituída por 365 dias. 
Caso o período da análise seja de um mês, a variável N deverá ser 
representada pelo número efetivo de dias do mês. Exemplos: o mês de 
fevereiro tem 28 ou 29 dias, o mês de março tem 31 dias, o mês de abril tem 
30 dias etc. 
 
GIRO DOS ESTOQUES (GE) E PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM 
(PME) 
 
A empresa apresenta o giro dos estoques de 1,59 vezes e prazo médio de 
estocagem de 230 dias, em 20X8. O PME pode ser calculado dividindo-se o 
número de dias do período (ano, em nosso exemplo) pelo giro ocorrido nesse 
período. Assim, o PME = 365 dias 1,59 = 230 dias, o que significa que os 
estoques completam o giro a cada 230 dias (desde a compra até a venda). 
 
As empresas procuram aumentar o giro dos estoques, pois, quanto mais rápido 
vender o produto, mais o lucro aumentará. Esse raciocínio é válido desde que 
a margem de contribuição seja positiva e o aumento do giro não implique 
"custos extras" em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. 
 
 
 
GIRO DAS CONTAS A RECEBER (GCR) E PRAZO MÉDIO DE 
RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) 
 
 
O Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) pode ser calculado di-
retamente dividindo-se 365 dias pelo GCR. A empresa apresenta um giro de 
5,36 em 20X8, o que significa que as duplicatas e saques de exportação (de-
duzidos dos créditos de liquidação duvidosa) são recebidos, em média, a cada 
68 dias (365 dias h- 5,36 = 68 dias). A alteração do giro do período atual em 
relação ao período anterior pode ser causada por diversos fatores: alteração na 
política de financiamento de clientes, aumento (ou redução) da eficiência de 
cobrança etc. 
 
 
 
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE FORNECEDORES (PMPF) 
 
 
O valor das Compras brutas deve ser extraído de registros internos, pois não 
estão evidentes em demonstrações contábeis de publicação obrigatória, em 
casos de indústria. O valor das Compras pode ser calculado pela clássica 
fórmula: Estoque final = Estoque inicial + Compras - Custo das mercadorias 
vendidas, em casos de empresas do ramo de comércio. Em empresas 
industriais, o custo de produção inclui mão de obra direta e custo indireto de 
fabricação, além dos custos de materiais. Estimando que o custo dos materiais 
corresponda a 65% do Custo de produção (62% em ano anterior), pode-se 
efetuar o seguinte cálculo: 
 
O valor das comprar brutas (compras líquidas mais impostos), que é o valor 
devido aos fornecedores, pode ser calculado também de outra forma: calcula-
se o valor das compras líquidas de impostos e, em seguida, adicionam-se os 
impostos. Suponha que o custo dos materiais, sem impostos, represente 55% 
do custo de produção (50% no ano anterior) e os impostos incidentes sobre as 
compras seja de 16,1552%. Nessas condições, teríamos o seguinte cálculo: 
O valor de $ 585.868 representa o valor de materiais sem impostos. Adi-
cionando os impostos com a alíquota média de 16,1552%, teremos o valor das 
compras brutas, de $ 680.516 (585.868 x 1,161552 = 680.516). 
 
O prazo médio de pagamento de fornecedores pode ser comparado com o 
prazo médio das contas a receber. A empresa compra com o prazo de 113 dias 
e vende com o prazo de 68 dias. Deve-se levar em consideração, porém, que 
os valores das vendas são geralmente maiores do que os valores das compras. 
 
 
GIRO DO ATIVO OPERACIONAL CIRCULANTE (GAOC) E PRAZO 
MÉDIO DE REALIZAÇÃO DE ATIVO OPERACIONAL (PMAO) 
 
 
O GAOC e o PMAO podem ser calculados com base em receita líquida ou 
receita bruta. O GAOC expressa quantas vezes o ativo operacional 
circulante se renovou pelas vendas. O denominador é composto de contas 
como Duplicatas a Receber, Saques de Exportação, Impostos a Recuperar, 
Estoques e Prêmios de Seguros a Apropriar. Essas contas têm características 
permanentes; portanto, devem ser reduzidos ao mínimo necessário. 
 
O PMAO expressa o número de dias que o ativo operacional circulante de-
mora para transformar-se em dinheiro. Esse prazo médio deduzido do prazo 
médio de pagamento de passivo operacional é o ciclo financeiro. 
 
Pode-se calcular também o giro do ativo operacional total (soma do ativo 
operacional circulante e ativo permanente). 
 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE 
Os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais in-
vestidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o 
insucesso) empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmen-
te, sobre as Receitas líquidas (alguns índices podem já ter sido calculados em 
análise vertical), mas, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as 
Receitas brutas deduzidas somente das Vendas canceladas e Abatimentos. 
 
 
MARGEM BRUTA (MB) 
 
Esse índice indica quanto a empresa obtém de Lucro bruto para cada $ 
1,00 de Receita líquida. Com 50% de Lucro bruto, a empresa precisa cobrir 
outras despesas e ainda gerar lucro. O conceito de "margem" utilizado nessa 
fórmula difere do conceito utilizado para analisar a relação custo-volume-
lucro. 
 
 
 MARGEM LÍQUIDA (ML) 
 
Esse índice indica qual foi o Lucro líquido em relação à Receita operacional 
líquida. O índice calculado mostra que, em 20X8, após descontados todos os 
custos e despesas, sobraram 6% das vendas líquidas da empresa. 
 
 
RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO (RCP) 
 
Esse índice informa quanto rende o capital aplicado na empresa pelos pro-
prietários. Em 20X8, a empresa gerou lucro líquido de $ 105.016, ou seja, 8% 
sobre o capital médio investido pelos acionistas ou sócios. 
 
 
MÓDULO - ESTUDOS DISCIPLINARES

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