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PORTFOLIO SERVIÇO SOCIAL - MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

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Cascavel
2019
Trabalho de Pesquisa Social e Oficina de Serviço Social na Área de: Comunicação na Prática do Assistente Social; Gestão Social e Análises de Políticas Sociais; Estágio em Serviço Social III; Seminários da Prática VII – Tópicos especial I. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média do 7° (sétimo) semestre do curso de Serviço Social. Orientadores: Prof. Maria Angela Santini, Amanda Boza, Patrícia Campos e Nelma Galli.
SUMÁRIO
1. 3INTRODUÇÃO......................
42. DESENVOLVIMENTO
42.1. Definição conceitual de monitoramento e avaliação de políticas sociais
62.2. Metodologias de monitoramento e avaliação
82.3. Estratégias de comunicação dos resultados do monitoramento e avaliação.
112.4. A relação do controle social com o monitoramento e avaliação
133. CONCLUSÃO......
144. REFERÊNCIAS
.....................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
As políticas sociais são construções políticas presentes nas sociedades capitalistas, podemos caracteriza-las com algo transversal a sociedade, são agentes mediadores entre a conservação da acumulação do capital pela burguesia e a manutenção do equilíbrio da força do trabalho. Desenvolveu-se através do complexo processo da luta de classes, é a expressão da mediação do governo entre as diferentes classes sociais. 
As políticas sociais se consolidaram no Brasil, após a Constituição de 1988, que estabeleceu bases e parâmetros para a inserção de programas e projetos que visavam melhorar as condições de vida da população, que foram implantados posteriormente através de regulamentações, que entre outros, direcionavam a gestão destas políticas. 
O sucesso das políticas públicas requer gerenciamento estratégico e é objetivando resultados eficazes, que a gestão social se tornou elemento indispensável, diante das dificuldades apresentadas na contemporaneidade, já que os recursos públicos são insuficientes para atender todas as demandas populacionais. 
Uma gestão social responsável e assertiva é elemento indispensável na administração pública, já que é esta que orientará o planejamento, execução, monitoramento e avaliação das políticas sociais. 
É somente através do monitoramento e avaliação das políticas públicas que se torna possível a obtenção de resultados satisfatórios, já que o tempo e os recursos são limitados e escassos, resultados positivos requerem processos sistemáticos que envolvem planejamento administrativo estratégico. 
Neste trabalho serão abordados conceitos de monitoramento e avaliação de políticas sociais, bem como, estratégias para a comunicação dos resultados obtidos durante as diferentes etapas da execução de programas e projetos e a relação com o controle social, que de forma geral é empregada para submeter os indivíduos a determinados princípios morais e padrões sociais através de normas impostas pelo estado. 
2. desenvolvimento
2.1. Definição conceitual de monitoramento e avaliação de políticas sociais
A sociedade é dinâmica, ou seja, está em constantes transformações, as quais influem diretamente na organização social, contudo ampliam-se cada vez mais as mazelas sociais, com isso, se faz necessário cada vez mais o Estado intervir em políticas públicas em prol da população de baixa renda. O modo de vida das pessoas é constantemente alterado, conforme as influências dos meios de comunicação, bem como o grupo a que pertence, haja visto, que a globalização tem produzido um novo estilo de vida, por sua vez, uma nova organização sociocultural.
Um grande marco no Brasil, quanto às políticas sociais foi a Constituição Federal de 1988, a qual estabelece como sendo prioridade a defesa dos direitos a cidadania. Essa se popularizou como constituição cidadã, pois restaurava direitos negados durante a Ditadura ao mesmo tempo em que assegurava novos. O Art. 5º, estabelece que todos são iguais perante a lei, não podendo haver qualquer tipo de distinção, ou seja, qualquer pessoa que resida no país tem que ser respeitada, tendo o direito a moradia, educação, saúde, cultura e lazer respeitados, bem como o direito a propriedade. 
Entre algumas leis criadas para atender a população marginalizada temos o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) em 13 de julho de 1990, LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), de 07 de dezembro de 1993, recentemente, na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social – SUAS. Em âmbito geral, esses serviços tem como o intuito a defesa socioassitencial, proteção, vigilância social, evitando, portanto, a exclusão ou marginalização dos menos afortunados.
Em consonância com a PNAS - Política Nacional de Assistência Social (2004), essa traz seis eixos estruturantes, os quais, são necessários a implementação para a execução das políticas, são eles; Matricialidade Sociofamiliar; Descentralização Político-Administrativa e Territorialização; Novas Bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil; Financiamento; Controle Social: o desafio da participação popular/cidadão usuário; Política de Recursos Humanos; A informação, o Monitoramento e a Avaliação.
No entanto, para que haja a implantação de políticas sérias em ambito nacional, as quais tragam resultados positivos a curto e longo prazo, é preciso que haja monitoramento, avaliação, bem como meios ágeis de obtenção análise dos dados, contudo espera-se que os dados sejam de fontes seguras, confiáveis e expressem a realidade dos locais analisados/estudados, com isso, as ações do poder público são ágeis e eficaz. 
Quando se fala em avaliar, temos que ter claro que avaliar, consiste em analisar, medir, ver de modo geral, como um programa está sendo executado, quais os impactos a curto e longo prazo, bem como, quais os pontos positivos e negativos, assim como quais são as despesas desse para os cofres públicos, com isso, faz se necessário possuir uma base de dados, obtidas por meio de monitoramentos. 
Para Jannuzzi (2009), o monitoramento objetiva subsidiar os gestores com informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os efeitos de programas, os resultados são apresentados em gráficos, tabelas, painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento, os quais tem intuito esmiuçar os dados levantados por meio do estudo. 
O monitoramento refere-se à observação periódica e sistemática a cerca de uma atividade, por meio, deste pode-se contrapor aos dados iniciais, vendo quais problemas foram erradicados ou minimizados, essas informações, irão contribuir para subsidiar as decisões, bem como o estabelecimento de novos direcionamentos. 
Ambos os sistemas oferecem informações de grande valia, as quais, irão influir de forma positiva na análise dos programas implementados, assim como, aqueles que visão por em prática, sendo fácil de identificar os pontos falhos, bem como aqueles que trazem bons resultados, contudo, podendo analisar a ineficiência crônica no desempenho das políticas e dos programas sociais.
Para se ter uma noção mais próxima da realidade a cerca da avaliação se faz necessário que haja a avaliação em três aspectos fundamentais; o primeiro histórico-social; segundo, refere-se ao papel social da própria avaliação; o terceiro aspecto se refere ao conhecimento como instrumento para uma melhor qualidade de vida. É valido salientar que nem todos os projetos são de ordem governamental, havendo alguns que surgem por ações de voluntariados, porém se faz necessário uma avaliação deste como um todo, averiguando quais os custos efetivos para a manutenção deste.
Nas últimas décadas os sistemas de informações têm favorecido a analise dos dados, bem como, a implantação de programas de monitoramentos, por meio, de cadastros digitais, os quais tornam possível conhecer informações sobre as vulnerabilidades e potencialidades do usuário da política, de sua família e de seu território. Com isso, uma mesma família pode ser cadastrada uma únicavez, podendo receber mais de um redirecionamento a programas governamentais.
2.2. Metodologias de monitoramento e avaliação
Monitoramento é a observação e o registro regular das atividades de um projeto ou programa. É um processo rotineiro de acúmulo de informações do projeto em todos os seus aspectos. Monitorar á checar o progresso das atividades do projeto, ou seja, uma observação sistemática e com propósitos.
Monitorar é também dar um retorno sobre o projeto aos seus colaboradores, implementadores e beneficiários. A criação de relatórios permite que todas as informações reunidas sejam usadas na tomada de decisões em prol do aperfeiçoamento da performance do projeto.
O monitoramento é muito importante no planejamento e na implementação do projeto. É como ver o local onde se irá andar de bicicleta, você pode ir ajustando a direção ao longo do caminho, garantindo que estás no caminho certo. O monitoramento permite o levantamento de informações que serão úteis ao processo, tais como:
· Analisar a situação na comunidade e o projeto desta; 
· Determinar se os investimentos feitos no projeto estão sendo bem utilizados;
· Identificar problemas na comunidade ou no projeto, e encontrar soluções;
· Garantir que todas as atividades são executadas corretamente pelas pessoas certas no tempo certo;
· Utilizar lições de experiência de projetos anteriores;
· Determinar se a maneira na qual o projeto foi elaborado é o mais apropriado para a resolução do problema em questão.
O monitoramento tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os efeitos do programa, resumidas em painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento (Jannuzzi 2009)
A avaliação subsidia os gestores com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas de avaliação. Já esta tem o propósito de subsidiar a gestão dos programas com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas de avaliação. 
 Para isto, precisa-se de perguntas formuladas de forma empírica ou especificamente sobre o diagnóstico, implantação, execução, resultados e impactos do programa, com fins de subsidiar o aperfeiçoamento do mesmo.
O momento mais adequado para a realização das avaliações depende da etapa do ciclo da política pública a ser avaliada. É desejável que os resultados gerados pelas pesquisas de avaliação sejam de fácil interpretação para o gestor, tendo em vista que as pesquisas de avaliação podem utilizar-se de metodologias sofisticadas para a coleta e análise das informações
Um importante instrumento que permite a avaliação e monitoramento das políticas públicas são os INDICADORES SOCIAIS que compreendem dados estatísticos sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto, retratam o estado social desta e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social. 
Na década de 60, começava-se evidenciar a incompatibilidade entre crescimento econômico e melhoria na qualidade da vida da população. Até então se acreditava que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), contribuía diretamente na melhoria das condições de vida da população. Método este que se mostrava cada vez mais ineficaz, pois não era levada em conta a desproporção da distribuição das riquezas nos países de terceiro mundo e a concentração de renda. 
Observava-se a necessidade da formulação de um método que permitisse o monitoramento efetivo das condições de vida da população, foi neste período que se empreendeu um intenso movimento conceitual de algumas instituições multilaterais, dentre elas a ONU (Organização das Nações Unidas), que resultou na elaboração dos indicadores sociais como instrumentos condutores das políticas sociais. 
No Brasil as estatísticas sociais, econômicas e demográficas utilizadas são informações norteadoras para os indicadores sociais é coordenado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A principal fonte de informação é o senso demográfico que é realizado a cada dez anos, que coletas diferentes dados que objetivam subsidiar as decisões governamentais nas políticas públicas. 
Em linhas gerais, entre os principais problemas brasileiros que repercutem nos indicadores socioeconômicos estão: Rendimento mensal baixo; analfabetismo e baixo nível de instrução; Trabalho infantil; Elevadas taxas de mortalidade infantil; Desigualdade de esperança de vida segundo a renda; Insegurança alimentar; Moradias subnormais; Saneamento básico deficiente.
Como as decisões que envolvem a empregabilidade do dinheiro público são sempre complexas, os indicadores sociais servem como parâmetros na identificação destas necessidades. 
O autor BAUER 2000 alerta, que apesar da importância absoluta dos Indicadores Sociais em todo o processo, há de se atentar ao fato de que os dados nem sempre são fidedignos a realidade, já que se trata de informações parciais e podem sofrer influência (que nem sempre são neutras) dos técnicos responsáveis pela execução do processo, já que podem sugestionar conhecimentos pessoais e por muitas vezes sem embasamento cientifico. 
Concluindo não se pode subestimar o papel dos Indicadores sociais na formulação das políticas públicas, apesar das possibilidades descritas acima, eles potencializam as chances de sucesso em todos os processos de implementação das políticas públicas, na medida em que contribuem em tese com diagnósticos sociais autênticos e permitem maior respaldo técnico a avaliações e monitoramentos mais abrangentes. 
2.3. Estratégias de comunicação dos resultados do monitoramento e avaliação.
Conforme a Política Nacional de Assistência Social, as práticas de monitoramento e avaliação são aportes do novo sistema e precisam ser entendidas como ferramentas permanentes, comprometidas com os resultados da Política de Assistência Social ao longo de sua realização, em todo território nacional, na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social, destaca a relevância da implantação de um sistema de informação, monitoramento e avaliação como uma providência urgente e essencial, sendo um campo estratégico para uma melhor atuação no tocante às políticas sociais. 
Conforme a Política Nacional de Assistência Social “é preciso que a informação, a avaliação e o monitoramento no setor de assistência social sejam doravante tratados como setores estratégicos de gestão” (...). Para tanto, analisa-se a necessidade de criar uma cultura de avaliação nos municípios, com apoio financeiro e institucional, além de garantir a participação popular em caráter político-democrático nos processos de avaliação, investir na institucionalização do processo de monitoramento e avaliação (M&A) constitui um imperativo básico para a conquista da excelência dos serviços prestados pelo Estado.
 Oferecer aos operadores da avaliação, um mapa dos caminhos a serem perseguidos, subsidiando a tomada de decisão para o aperfeiçoamento do programa ou do projeto ao longo de sua execução, com a descrição da sequência de eventos relacionados, conectando o problema ou a oportunidade diagnosticada, com os resultados esperados. A ferramenta permite visualizar e compreender como os investimentos realizados na geração de produtos (bens ou serviços) podem contribuir para alcançar os objetivos planejados, servindo de base para a criação de procedimentos e processos de monitoramento e avaliação.
 O resultado esperado será a criação de um sistema de monitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento.
Diferentes tipos de avaliação e seus objetivos definem que a sistemática aqui apresentada e orientará o instrumento para a realização de avaliações com as seguintes características:
· Interna (Internal Evaluation) – conduzida por membros das organizações associadas ao programa, projeto ou objeto que está sendo avaliado.
· Formativa (Formative Evaluation) – utilizada durante a implementação de um programa ou projeto,para fornecer informações que permitam o seu aprimoramento. Avaliações Formativas são usadas para dar um retorno às equipes técnicas sobre os componentes do programa/projeto que estão funcionando e aqueles que precisam ser modificados.
· De Programas ou Projetos (Program Evaluation) – Utilizados para determinar se os objetivos, formato e resultados do programa ou projeto são realmente efetivos, ou seja, se estão adequados, assim como seu grau de eficiência, eficácia e efetividade na aplicação dos recursos.
Dentro do ciclo governamental de criação e execução de políticas e programas, esta sistemática visa à realização de avaliações de processo e resultados de programas em fase de implementação. 
Avaliações de processo e resultados podem acontecer simultaneamente, complementando-se na função de orientar as equipes gestoras para maior compreensão do programa, seu funcionamento e seus resultados junto ao público-alvo. 
A avaliação de processo visa determinar o grau em que o programa está operando conforme planejado. Este tipo de avaliação tem como objetivo entender o funcionamento do programa – a partir da análise do que ele faz e de quem são seus beneficiários – para, assim, aprimorar suas ações.
 A avaliação de processo também ajuda na identificação dos elementos essenciais para o melhor desempenho do programa em termos de produtos, resultados e impactos. Em geral, responde a perguntas em duas categorias – cobertura e processo.
· Cobertura: analisa o alcance do programa e as características dos beneficiários.
· Processo: analisa a consistência do programa e a qualidade de sua implementação.
A Sistemática de Monitoramento e Avaliação tem como objetivos:
· Proporcionar avaliações periódicas do desempenho dos programas, instrumentalizando as equipes do Governo na gestão de recursos e obtenção de resultados mais efetivos.
· Incorporar a atividade de monitoramento e avaliação como um instrumento de rotina em programas governamentais.
O Sistema Único de Assistência Social é um Sistema que já se configura como uma realidade em nosso país e nos desafia atualmente a pensar e propor iniciativas e estratégias que o consolidem no caminho do fortalecimento da assistência social, com a característica de política pública de Estado. Implementar um sistema de monitoramento e avaliação requer união de todos os entes federados, principalmente ao considerar as particularidades regionais e o modelo de desigualdade socioterritorial do país que se reproduz na dinâmica das cidades.
2.4. A relação do controle social com o monitoramento e avaliação
O conceito de controle social refere-se a diferentes normas e regulamentos estabelecidos por uma sociedade a fim de manter a ordem dos cidadãos permitindo aos mesmos que tenham um desenvolvimento organizado e controlado na forma de viver.
O controle social pode estar presente de maneiras variáveis, através de práticas formais e informais, aceitação de regulamentações sociais e de coação do mesmo indivíduo sobre si mesmo. Tem como objetivo manter grupos sociais em ordem de maneira que se respeitem normativas básicas e adquiram modos de vida organizados e sem conflitos.
As regulamentações mais percebidas na ideia de controle social são as que se expressam através de leis, estatutos e regulamentos em que toda sociedade deve cumprir de igualmente maneira. Estas medidas são criadas e aceitas pela sociedade, pois são determinadas de forma clara. O controle social também pode estar ligado com propensões políticas e a anulação das expressões políticas de diferentes corporações.
Contudo, o controle social também é exercido informalmente onde não há a necessidade de métodos formais, destacando-se o controle social exercido pelas religiões, hierarquias sociais, meios de comunicação e propaganda, normas morais e outras. Esse conjunto de normas de controle social causa no indivíduo uma forma de conduta aprovada de maneira voluntária, e por muitas vezes pode não ser éticas.
Por fim o controle social é praticado pelo mesmo indivíduo, sendo onde as instituições familiares e religião apresentam um importante peso. Estas normas autoimpostas de controle social estão relacionadas fortemente com a censura de algumas atitudes e pensamentos, podendo acontecer em alguns casos o desenvolvimento de personalidades demasiadamente repreensivas e autocensurantes.
O mundo civilizado está em constante transformação e nele a sociedade se revê, suas práticas se modificam assim como se modificam as legislações, as convenções e os tratados, desde situações mais específicas até situações mais globais.
A realidade brasileira no campo da avaliação e monitoramento de políticas públicas e sociais possui muitas particularidades. A maneira incompleta das reformas administrativas do Estado é uma delas, e apesar das tentativas de instaurar modelos de gestão descentralizados e participativos, o patrimonialismo continua presente nas relações sociais fazendo com que o Estado brasileiro continue burocrático e centralizador. Quando o país avança
No fortalecimento da democracia e participação social nas políticas públicas, passa a sofrer influência de medidas neoliberais, repercutindo na questão pública democrática, devido a fortes características do modelo gerencial.
O processo de avaliação encontra-se presente em todas as etapas do processo de planejamento, a ação planejada deve conter os indicadores por meio dos quais ela será monitorada e avaliada de forma a possibilitar correções e adaptações no curso do projeto. As estratégias de ações e os indicadores escolhidos deverão mostrar como os objetivos propostos serão alcançados.
A discussão que envolve a avaliação das Políticas Sociais no Brasil tem se destacado nas últimas décadas devido às evidencias dos indicadores que expressam a questão social. Com o quadro da pobreza estampado, exige-se o debate sobre a gestão de benefícios e serviços que devem ser implantados pelas Políticas Sociais caracterizando um sistema de proteção.
A avaliação no campo social deve estar atenta para apreender os impostos, isso requer portanto situar o programa em relação ao contexto no qual ele se encontra, verificar o grau de legitimidade alcançado na instituição e na comunidade a atentar para o grau de adesão ou de resistência dos agentes que o movem, produzindo esta ou aquela dinâmica.
No processo de aprimoramento da vigilância social, é fundamental a criação de instrumentos que possibilitem a gestão da política de assistência social por meio da constante interpretação dos dados recolhidos. Faz-se também necessário identificar as pessoas, seus territórios e todas as formas de risco e vulnerabilidade social aos quais estas famílias estão diariamente sujeitas.
3. CONCLUSÃo
A eficácia dos programas e projetos implantados na esfera pública e também na privada está diretamente ligada à combinação de avaliação e monitoramento. Um planejamento eficaz contribui diretamente para à otimização dos recursos públicos disponíveis e também na qualidade dos serviços prestados, bem como no dimensionamento do impacto a curto, médio e longo prazo que as ações realizadas repercutirão na vida da população.
Um processo programado de implantação e implementação das políticas sociais é de suma importância na atualidade, pois o monitoramento e avaliação possuem funções estratégicas de contribuir no acompanhamento do alcance dos objetivos e metas, viabilizando a identificação de possíveis falhas, bem como a revisão das decisões tomadas, organizando e realocando os recursos públicos no decorrer do processo. 
Se bem executados estes processos, podem enriquecer a tomada de decisões na administração pública através de uma interpretação empírica da realidade apresentada e orientar de forma mais competente as principais necessidades e carências da população, que passa por um processo de intensas transformações sociais e ainda levando em consideração a diversidade cultural e regional no Brasil, que requer intervenções mais individualizadas e particularizadas em cada localidade. 
Em tempos de escassez derecursos e de reatualização do projeto neoliberal conservador, a participação da população nos processos de implantação de políticas públicas se tornou indispensável, já que está em jogo conquistas seculares da classe trabalhadora, os Assistentes Sociais como profissionais garantidores de direitos da população possui singular responsabilidade neste processo. . 
4. REFERÊNCIAS
COSTA, A. R.; VITALER, M. A. Faller (Orgs). Famílias, redes, laços e políticas públicas. São Paulo: IEE – PUC/ SP, 2005.
BAPTISTA, M. V. Planejamento Social - intencionalidade e instrumentação. Lisboa: Veras Editora, 2000.
FILGUEIRAS, C. A. C. Avaliação de Programas: oportunidade para a institucionalidade social. Serviço Social e Sociedade. Ano XXVIII, n. 90. São Paulo: Cortez; 2007.
JANUZZI, Paulo de M. et al. Estruturação de sistemas de monitoramento e especificação de pesquisas de avaliação, os problemas de programas públicos no Brasil são. In: FRANZESE. Reflexões para Ibero-América: avaliação de programas sociais. Brasília: Enap, 2009. p. 101-138.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRESSER. C. B. P. RESENHA: DO ESTADO PATRIMONIAL AO GERENCIAL. Cia das letras, 2001. São Paulo. Pag 222 à 259. 
FAUSTINO. J. INDICADORES SOCIAIS. Disponível em meio eletrônico: https://www.coladaweb.com/economia/indicadores-sociais. Acesso em: 09/04/2019. 
SOUZA. F. M. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO. Disponível em meio eletrônico: http://repositorio .enap.gov.br/bitstream/1/99 2/1/SOUS%2C%20Marconi%20Fernandes%20-%20Conceitos%20B%C3 %A1sicos %20de%20Monitoramento%20e%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 09/04/2019. 
BARTLE. P. O QUE É MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO? DEFINIÇÃO E OBJETIVO. Acessado em meio eletrônico: http://cec.vcn.bc.ca/mpfc/modules/mon-whtp.htm. Acessado em 09/04/2019. 
JANUZZI P. M. INDICADORES SOCIAIS NA FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Revista brasileira de Administração pública. Ed Alínea. Campinas SP. Janeiro/2002. 
BRASIL. SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS. Acessado em meio eletrônico: www.sinesp.org.br/index.php/179-saiu-no-doc/1123-portaria-n-7-972-de-12-12-2016-sistematica-de-monitoramento-e-avaliacao-das-diretrizes-metas-e-estrategias-do-pme-e-cria-comissao-de-monitoramento-e-avaliacao. Acessado em 27/04/2019.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. O SISTEMA DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS E PROGRAMAS SOCIAIS: A EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Acessado em: www.joinpp.ufma.br/ jornadas/joinpp2013/Jornada Eixo2013/anais-eixo16-impassesedesafiosda spoliticasdaseguridadesocial/pd f/agestaodosistemadeinformacao-monitoramentoeavaliacaodasecretariaestadual.pdf. Acessado em 27.04/2019. 
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