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CIDADE X CAMPO

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Universidade Federal da Integração 
Latino-Americana 
Arquitetura e Urbanismo 
Fundamentos da América Latina III 
Docente: Prof° Anibal Orue Pozzo 
Acadêmicas: Sara B. da Silva e Thays de C. Moreira 
 
 
 
Cidade-Campo na América Latina 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Historicamente é possível observar o desenvolvimento de inúmeras e constantes 
relações entre campo e cidade, que são importantes para compreendermos a 
particularidade de determinado território. No Brasil a relação com o campo é muito forte, vai 
além, onde a cultura e a formação social se deu a partir deste meio. Com o 
desenvolvimento e crescimento das cidades e o êxodo rural houveram diversas 
modificações, conforme a demanda além disso, a relação entre cidade-campo aumentaram, 
fazendo com que um dependesse do outro, porém, com suas realidades e vida distintas. 
 
SITUAÇÃO ATUAL 
 
Na situação atual onde vivemos não podemos considerar o campo e a cidade 
separadamente, já que nesta situação nos deparamos com a necessidade de rompimento 
das barreiras, pois ambos são espaços nos âmbitos econômico, cultural, político, sendo 
dependentes um do outro e também complementares, com suas distinções, desse modo, 
não é possível compreender e resolver os problemas rurais e urbanos se forem vistos de 
forma separada, já que atualmente não é mais possível ter uma diferenciação absoluta 
entre o rural e urbano, onde o rural tem acesso aos mesmos benefícios do urbano,não 
existe mais restrição, ou falta de acesso à tecnologia e comunicação por exemplo, hoje, ao 
contrário disso, o âmbito rural tem apresentado inúmeras inovações tecnológicas em 
maquinários por exemplo, tendo apenas a diferenciação do espaço. Podemos dizer que o 
campo mantém cidade e a cidade mantém o campo, ou seja, um processo de trocas, assim, 
campo não está isolado da cidade. A agricultura, por exemplo, depende dos maquinários e 
produtos agrícolas insumos, fertilizantes, etc, produzidos nas cidades, além dos 
conhecimentos em biotecnologia e produção agrária oferecidos por centros de pesquisa 
localizados geralmente nas cidades. Por outro lado, as atividades urbanas dependem do 
campo para o fornecimento de alimentos; as indústrias são altamente dependentes do 
recebimento de matérias-primas extraídas ou produzidas no meio rural e assim 
sucessivamente. Cada um têm suas especificidades, mas, o campo não é sinônimo de rural 
e, tampouco a cidade engloba apenas o urbano, os preceitos urbanos estão presentes no 
campo, assim como também os preceitos rurais na cidade, e isso vêm tendo cada vez mais 
mudanças devido ao acelerado crescimento tecnológico, fazendo com que essas relações 
se tornem cada vez mais interdependentes e articulados, porém, devem ser analisados 
levando em consideração os contextos e particularidades de cada realidade, 
compreendendo que são regidos por lógicas diferentes, a falta de tempo e velocidade do 
urbano e a tranquilidade, maior contato com a natureza no campo. 
 
 
 
 
ANÁLISE CRÍTICA 
Segundo o site de notícias Terra, baseado em um relatório da ONU, a América 
Latina é a região mais urbanizada e desigual do mundo: ​"A América Latina é a região mais 
urbanizada do mundo, mas também uma das menos povoadas em relação ao seu território. 
Quase 80% de sua população vive em cidades, uma proporção superior à do grupo de 
países desenvolvidos". Isso ocorre justamente pela busca de uma melhor qualidade de vida: 
acesso à escolas, emprego, hospitais e outros que são mais facilmente encontrados em 
grandes cidades, por isso e pelos diversos bens e serviços desenvolvidos, a cidade se torna 
um grande atrativo para quem vive no campo. Ainda segundo o Terra, graças à grande 
migração campo-cidade mais de um quarto da população da América Latina vive em favelas 
ou comunidades carentes, por isso são sugeridas algumas estratégias para a melhora 
dessas condições: 
I. Devem-se evitar políticas que aumentem a atração pela cidade grande, em especial os 
subsídios à energia e aos alimentos, a provisão por demais generosa de infra-estrutura 
urbana e outros serviços, e a excessiva concentração de poder administrativo na capital; 
II. A melhor maneira de estimular centros secundários é aproveitar as vantagens 
econômicas naturais de suas regiões, especialmente em termos de processamento e 
mercadologia de recursos, com o fornecimento descentralizado de serviços públicos; 
III. Os métodos e estratégias de desenvolvimento rural e urbano devem ser 
complementares, e não contraditórios. O desenvolvimento dos centros secundários visa o 
benefício econômico direto das áreas por eles servidas. 
Estratégias que impeçam o homem de realizar seus sonhos de buscar uma vida que 
ele pensa ser melhor do que a presente jamais serão alternativas para o crescimento das 
cidades. A criação de oportunidades em uma série de cidades de porte médio será 
provavelmente o melhor caminho. A redução dos incentivos à industrialização nas cidades 
maiores poderá pouco a pouco reduzir o fascínio pelas metrópoles e redirecionar os fluxos 
migratórios para localidades mais aptas a recebê-los. 
 
CONCLUSÕES 
Por fim pode-se concluir que na verdade não existe urbano e rural e sim uma 
organização espacial que contava com um maior contato com a natureza. Com as novas 
técnicas para dominação e convivência para com a natureza foi criada uma nova forma de 
organização espacial que permitiu as primeiras relações cidade-campo, como por exemplo, 
os excedentes do campo que eram capazes de abastecer as primeiras cidades. 
Relacionando o tema abordado com o curso de arquitetura e urbanismo, podemos 
afirmar que é de extrema importância que tenhamos conhecimento sobre a relação 
existente entre o campo e a cidade, compreendendo suas diferenças e dependência, além 
disso é necessário conhecermos essas duas realidades para que seja possível desenvolver 
um trabalho eficiente como arquitetos, e para que assim seja, é fundamental ter clareza 
sobre o modo de vida diferenciado entre as duas realidades, analisando o espaço e entorno 
para desenvolver um projeto eficaz e funcional de modo que atenda às necessidades do 
cliente e do local, pois a atuação do arquiteto não se dá apenas na cidade, e levando em 
consideração o crescimento e desenvolvimento acelerado, a demanda desse tipo de serviço 
tende a aumentar cada vez mais. 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Site de notícias “Terra”. Disponível em: 
<https://www.terra.com.br/noticias/mundo/onu-america-latina-e-a-regiao-mais-urbaniz
ada-e-desigual-do-mundo,0cda9c01358da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. 
Acesso em: 25 de jun. 2018. 
 
MARTINS, Geraldo Inácio; SOUZA, Angela Fagna Gomes de. A RELAÇÃO CAMPO E 
CIDADE: NOVAS URBANIDADES E RURALIDADES, DEFINIÇÕES E (RE) DEFINIÇÕES. 
Disponível em: 
<http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16249/9127> 
Acesso em: 25 de jun. 2018 
 
http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Teoriaymetodo/Conceptuale
s/34.pdf 
 
RIBEIRO, Ana Clara Torres. Urbanização sem urbanidade: um cenário de incertezas. Ensaios 
FEE, v. 16, n. 2, p. 556-590, 1995. 
http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Teoriaymetodo/Conceptuales/34.pdfhttp://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Teoriaymetodo/Conceptuales/34.pdf

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