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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (2)

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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
Revista Ampla de Gestão Empresarial 
 www.revistareage.com.br 
 
Análise de Demonstrações Contábeis na 
Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins 
Lucrativos 
 
Cássia Harue Takii Hanaoka1 
Felix Hugo Aguero Diaz Leon2 
 
 
RESUMO 
A análise de demonstrações contábeis é uma importante ferramenta na gestão 
financeira das organizações por poder extrair-se informações importantes para a 
tomada de decisões. O Terceiro Setor executa atividades cada vez mais relevantes 
para a sociedade, porém um dos grandes problemas enfrentados é a escassez de 
recursos financeiros. Assim, este trabalho teve como objetivo geral verificar se a 
análise de demonstrações contábeis pode ser utilizada no processo de gestão de 
entidades sem fins lucrativos brasileiras. Trata-se de uma pesquisa exploratória que 
utilizou a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. Para a coleta de dados 
utilizou-se da análise documental realizada em uma entidade denominada 
Associação A localizada no município de Registro/SP, que executa atividades 
principalmente culturais e também sociais e filantrópicas. Embora alguns aspectos 
contábeis não foram observados pela entidade, por meio da aplicação da análise 
vertical e horizontal e dos indicadores econômico-financeiros no Balanço Patrimonial 
e na Demonstração de Superavit ou Deficit foi possível extrair informações 
valiosíssimas que podem ser utilizadas na tomada de decisões por seus gestores. 
 
Palavras-chave: Terceiro Setor. Análise de Demonstrações Contábeis. Gestão 
Financeira. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 As entidades sem fins lucrativos (ESFL) ou Organizações do Terceiro Setor 
(OTS) ou entidades filantrópicas nasceram da necessidade de suprir ações que o 
 
1 Graduada em Ciências Contábeis e graduanda em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas do Vale do 
Ribeira (FVR), Registro/SP. Especialista em Gestão Financeira e Orçamentária (UNINOVE). Contadora da Prefeitura Municipal 
de Registro. cassiaharue@gmail.com 
2 Graduado em Administração (FMU). Especialista em Finanças (UFPR) e em Marketing (IBMEC). Mestre em Administração 
(UNICID). Doutor em Administração de Empresas (MACKENZIE). Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da 
Universidade Nove de Julho. Consultor de Marketing pela Total Marketing Consultoria e Treinamento. felixhugo@uol.com.br 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 2 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
governo não consegue desempenhar com satisfação à sociedade. Essas entidades 
começaram a ganhar força e se multiplicar após a segunda guerra mundial, que 
deixou muita pobreza e carência na sociedade que, para amenizar a situação, tomou 
a iniciativa de auxiliar os necessitados. Atualmente, as OTS vêm desempenhando 
funções cada vez mais amplas e relevantes na sociedade moderna, realizando 
atividades de caráter beneficente, buscando desenvolvimento sustentável e 
socioeconômico e proporcionando melhores condições de vida às comunidades em 
que atuam. 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 
2009 haviam 498.378 entidades sem fins lucrativos cadastradas no Cadastro Central 
de Empresas – CEMPRE. Em 2005, eram 338.162, o que indica um aumento de 
47,38% entre 2005 e 2009. 
Para que essas entidades consigam atingir o máximo de pessoas, é preciso 
utilizar os recursos financeiros com eficiência e eficácia. Onde os recursos são 
escassos e as receitas são variáveis, a tomada de decisão deve ser bem planejada 
para não comprometer o andamento de suas atividades ou até mesmo o futuro da 
entidade. 
Umas das ferramentas mais importantes dentro de uma empresa é a 
contabilidade que fornece informações sobre fatos passados e previsões para o 
futuro para que a tomada de decisão seja feita com mais segurança. Analisando as 
demonstrações contábeis é possível ter um panorama da situação passada e 
presente, possibilitando a obtenção de informações para o planejamento do futuro 
da empresa. 
Observando o crescimento significativo no número de OTS e sua atuação 
cada vez mais essencial na sociedade, a importância da gestão dos recursos 
financeiros dessas entidades para a maximização de suas ações e sendo que a 
contabilidade pode auxiliar na gestão desses recursos é que se deu a escolha do 
tema. 
Neste contexto, este trabalho tem como objetivo geral verificar se a análise de 
demonstrações contábeis pode ser utilizada no processo de gestão de entidades 
sem fins lucrativos brasileiras. 
Para tanto, questiona-se: A análise de demonstrações contábeis pode ser 
utilizada na gestão de entidades sem fins lucrativos brasileiras? E para responder a 
este questionamento, pretende-se como objetivos específicos: a) pesquisar as 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 3 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
demonstrações contábeis das organizações do Terceiro Setor do Brasil, b) 
descrever os tipos de análise de demonstrações contábeis, c) conceituar a gestão 
financeira e d) caracterizar as entidades sem fins lucrativos. 
Como metodologia; quanto aos objetivos, esta pesquisa será exploratória, 
utilizando como procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica para levantamento 
do referencial teórico e a pesquisa documental para coletar informações e os 
demonstrativos contábeis da entidade analisada, denominada Associação A, para 
verificar a aplicabilidade dos conceitos de análise de balanços na gestão de uma 
entidade sem fins lucrativos. 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 Esta seção contempla os conceitos, definições e referências relacionadas às 
demonstrações contábeis dos órgãos do terceiro setor, alguns tipos de análise que 
podem ser utilizados, à gestão de recursos financeiros e à caracterização de 
entidades sem fins lucrativos. 
 
2.1 Demonstrações Contábeis do Terceiro Setor do Brasil 
 
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, NBC T 10.19, as 
demonstrações contábeis que devem ser elaboradas pelas entidades sem finalidade 
de lucros são as determinadas pela NBC T 3 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e 
Nomenclatura das Demonstrações Contábeis: o Balanço Patrimonial (BP), a 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL), a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
(DOAR) e as Notas Explicativas. 
 
2.1.1 Balanço Patrimonial 
 
 De acordo com Olak e Nascimento (2000), “o balanço patrimonial é uma 
demonstração contábil indispensável a qualquer tipo de organização, quer explore 
ou não atividade lucrativa”. E acrescentam que o balanço patrimonial evidencia, de 
forma sucinta, a situação econômica, financeira e patrimonial da entidade. 
A NBC T 10.19 determina algumas alterações no balanço patrimonial para as 
entidades sem fins lucrativos: no Patrimônio Líquido deve-se acrescentar “Social”, 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 4 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
pois Patrimônio Líquido Social indica mais adequadamente a quem pertence o 
patrimônio líquido, ou seja, à própria sociedade; a conta Capital deve ser substituída 
por Patrimônio Social, integrantedo grupo Patrimônio Líquido; a conta Lucros ou 
Prejuízos Acumulados por Superavit ou Deficit do Exercício; o valor do superavit ou 
deficit do exercício deve ser registrado na conta Superavit ou Deficit do Exercício, 
enquanto não aprovado pela assembleia dos associados, e depois deve ser 
transferido para a conta Patrimônio Social. 
 
2.1.2 Demonstração do Superavit ou Deficit do período 
 
Segundo Olak e Nascimento (2000), é preferível utilizar a nomenclatura 
“Demonstração do Superavit ou Deficit das Atividades” ao invés de “Demonstração 
do Resultado” para as entidades sem finalidade de lucro, pois mesmo obtendo-se 
resultado (superavitário ou deficitário) o objetivo principal dessa demonstração é 
evidenciar todas as atividades desenvolvidas pelos gestores relativas a um 
determinado período de tempo. 
Os mesmos autores dizem que essa demonstração “é de fundamental 
importância para essas entidades, por evidenciar, efetivamente, as ações dos 
gestores em termos de volume de recursos obtidos e custos e despesas 
empregadas nas atividades dessas entidades”. 
 
2.1.3 Demais demonstrações contábeis 
 
 De acordo com Olak e Nascimento (2000), a elaboração da Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido é obrigatória somente para as companhias de 
capital aberto, mas nas ESFL essa demonstração também é útil por indicar os 
saldos do início do período e os acréscimos ou decréscimos por doações, 
subvenções ou contribuições recebidas; o superavit ou deficit do período e possíveis 
ajustes no Patrimônio Social. 
 A DOAR, para os mesmo autores, tem como objetivo principal explicar a 
variação ocorrida no Capital Circulante Líquido (diferença entre Ativo Circulante e 
Passivo Circulante) de um período a outro, podendo indicar como e por que a 
posição financeira da entidade mudou de um período a outro, com a evidenciação 
de onde vieram os recursos e onde eles foram aplicados. No entanto, deve-se 
ressaltar que a partir de 01 de janeiro de 2008 entrou em vigor a lei que alterou a Lei 
nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas – SAs), a Lei nº. 11.638/07, trazendo 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 5 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
mudanças significativas na escrituração e na elaboração das demonstrações 
contábeis. Essa lei substituiu a DOAR pela DFC. 
Essa demonstração procura evidenciar as modificações ocorridas no saldo 
de disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa, como saldo bancário e 
aplicações financeiras) da companhia em determinado período, através de 
fluxos de recebimentos e pagamentos. Além da demonstração da mudança 
do saldo de caixa da companhia, a Demonstração do Fluxo de Caixa abre 
as variações do Capital Circulante Líquido, o que nem sempre é 
evidenciado na DOAR. O Pressuposto é que os leitores dos demonstrativos 
contábeis entendem melhor o fluxo de caixa do que a DOAR. (Padoveze, 
2004 apud BETON, 2009) 
 Assaf Neto (2002) define que as Notas Explicativas visam esclarecer 
informações importantes que não podem ser detalhadas nas demonstrações 
contábeis elaboradas. De acordo com Olak e Nascimento (2006 apud BAREA, 
2008), as notas explicativas têm como objetivo: “explicar os principais critérios 
adotados pela contabilidade para elaborar as demonstrações contábeis, bem como 
esclarecer algumas operações realizadas pela organização que estão refletidas, 
monetariamente, nessas demonstrações”. Conforme a NBC T 6.2.2.3 (2003 apud 
Barea, 2008), as notas explicativas evidenciam informações de natureza patrimonial, 
econômica, financeira, legal, física e social, os critérios utilizados na elaboração das 
demonstrações contábeis e também os eventos subsequentes ao balanço. 
 Por meio das demonstrações contábeis é possível extrair informações quanto 
à situação financeira, econômica e patrimonial; arrecadação de receitas e realização 
de despesas; entradas e saídas de caixa e muito mais. Todas as demonstrações 
são importantes, mas será dada mais ênfase ao Balanço Patrimonial e à 
Demonstração de Resultado devido ao seu maior grau de utilidade para as 
organizações em questão. 
 
2.2 Análise de Demonstrações Contábeis 
 
 Segundo Matarazzo (1997), “a Análise de Balanços objetiva extrair 
informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões”. E ainda 
complementa: “as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a 
empresa, de acordo com as regras contábeis. A análise de balanços transforma 
esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto mais informações 
produzir.” (grifo nosso) O mesmo distingue dados de informações, sendo dados 
números ou fatos isolados que não tem significância e informações representam 
uma comunicação. 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 6 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
 Por meio da análise das demonstrações contábeis de uma empresa podem 
ser extraídas informações a respeito de sua posição econômica e financeira atual, 
os motivos de seu crescimento em determinado período e as tendências futuras, ou 
seja, pela análise de balanços é possível obter informações sobre o passado, o 
presente e o futuro de uma empresa. (Assaf Neto, 2002) Para Matarazzo (1998), 
além da situação econômica e financeira, podem ser obtidas informações sobre o 
desempenho da empresa, sua eficiência na utilização dos recursos, seus pontos 
fortes e fracos, suas tendências e perspectivas, seu quadro evolutivo, a adequação 
das fontes às aplicações de recursos, as causas das alterações na situação 
financeira e na rentabilidade, a evidência de erros na administração, as providências 
que não foram tomadas e a avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras. 
 
2.2.1 Análise vertical e horizontal 
 
 A análise vertical “permite conhecer a estrutura financeira e econômica da 
empresa, ou seja, a participação relativa de cada elemento patrimonial e de 
resultados” (ASSAF NETO, 2002). Para tanto, conforme Matarazzo (1998), calcula-
se o percentual de cada conta em relação a um valor-base, sendo que no balanço 
calcula-se o percentual de cada conta em relação ao total do ativo e na 
demonstração de resultado, em relação às vendas. 
 Para Assaf Neto (2002), a análise horizontal “identifica a evolução dos 
diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de determinado período 
de tempo”. Segundo Matarazzo (1998), baseia-se na evolução de cada conta de 
uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior. 
 Em termos gerais, os objetivos da análise vertical, segundo Matarazzo (1998), 
são “mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a 
que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais 
da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das 
proporções normais.” E, de acordo com o mesmo autor, os objetivos da análise 
horizontal são “mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, 
pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa”. 
 Matarazzo (1998) recomenda que as análises vertical e horizontal sejam 
usadas em conjunto, visto que as conclusões baseadas na análise vertical podem 
ser complementadas pela análise horizontal, com a identificação de pontos 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 7 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
específicos de falhas, problemas e características da empresa e explicar os motivos 
da empresa estar em determinada situação. 
 
2.2.2 Índices econômico-financeiros 
 
 Índice, no conceito de Matarazzo (1998), é a relação de contas ou grupo de 
contas das demonstrações financeiras que evidenciam determinado aspecto da 
situação econômica ou financeira de uma empresa, sendo a característica 
fundamental dos índices fornecerem visão ampla da situação econômica e financeira 
da empresa. Para Assaf Neto (2002), os índices “procuram relacionar elementos 
afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a 
situação da empresa”. 
 Segundo Matarazzo (1998), inicialmente analisa-se a situação financeira 
separadamente da situação econômica para posteriormente juntar-se as conclusões 
dessas duas análises. Os índices da situação econômica são chamados de índices 
de rentabilidade e os índices da situação financeira são divididos em índices de 
estrutura de capitais e índices de liquidez. 
A seguir, apresenta-se uma breve descrição dos tipos de índices, segundo 
Assaf Neto (2002): 
 Liquidez: Visa conhecer a capacidade de a empresa cumprir com seus 
compromissos assumidos dentro do vencimento, além de revelar o equilíbrio 
financeiro e sua necessidade de investimento em capital de giro. 
 Estrutura de capitais: Avalia basicamente a proporção de recursos próprios e 
de terceiros utilizados pela empresa, sua dependência financeira por dívidas 
de curto prazo, a natureza de suas exigibilidades e seu risco financeiro. 
 Rentabilidade e lucratividade: Avalia o desempenho da empresa 
economicamente, demonstrando o retorno sobre os investimentos realizados 
e a lucratividade apresentada pelas atividades da empresa. 
No Quadro 1 estão resumidos os principais índices de estrutura de capitais, 
liquidez e rentabilidade utilizados na análise de balanços. 
As análises vertical e horizontal utilizadas em conjunto mostram o 
desempenho da entidade durante determinado período de tempo e como ela 
conseguiu obter determinado resultado. Os índices permitem uma visão geral sobre 
a situação financeira e econômica da entidade em determinado período, indicando 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 8 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
pontos fortes e pontos fracos, os quais devem ser observados e corrigidos para que 
se obtenha os resultados esperados. 
 
QUADRO 1 – Quadro-resumo dos índices 
 Símb. Índice Fórmula Indica Interp. 
ESTR
UTU
R
A
 D
E C
A
PITA
L 
CT/PL 
Participação de 
capitais de 
terceiros 
(endividamento) 
Capitais de terceiros x 100 Patrimônio líquido 
 
Quanto a empresa tomou de 
capitais de terceiros para cada $ 
100 de capital próprio. 
Quanto 
menor, 
melhor. 
PC/CT Composição do endividamento 
Passivo Circulante 
x 100 Capital de terceiros 
 
Qual o percentual de obrigações a 
curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
AP/PL Imobilização do patrimônio líquido 
Ativo permanente x 100 Patrimônio líquido 
 
Quanto a empresa aplicou no ativo 
permanente para cada $ 100 de 
patrimônio líquido. 
AP 
PL+ELP 
Imobilização dos 
recursos não 
correntes 
Ativo permanente x100PL + Exigível a longo prazo 
 
Que percentual dos recursos não 
correntes foi destinado ao ativo 
permanente. 
LIQ
UIDE
Z 
LG Liquidez geral - LG 
Ativo circulante + Real. a LP 
Passivo circulante + Exigível a LP 
 
Quanto a empresa possui de ativo 
circulante e realizável a longo prazo 
para cada $ 1 de dívida. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
LC Liquidez corrente - LC 
Ativo circulante 
Passivo circulante 
 
Quanto a empresa possui de ativo 
circulante para cada $ 1 de passivo 
circulante. 
LS Liquidez seca - LS 
Ativo circulante - estoques 
Passivo circulante 
 
Quanto a empresa possui de ativo 
líquido para cada $ 1 de passivo 
circulante. 
RE
N
TA
B
ILID
A
D
E
 
V/AT Giro do ativo Vendas líquidas Ativo 
 
Quanto a empresa vendeu para 
cada $ 1 de investimento total. 
Quanto 
maior, 
melhor. 
LL/V Margem líquida Lucro líquido x 100Vendas líquidas 
 
Quanto a empresa obtém de lucro 
para cada $ 100 vendidos. 
LL/AT Rentabilidade do ativo 
Lucro líquido 
x 100Ativo 
 
Quanto a empresa obtém de lucro 
para cada $ 100 de investimento 
total. 
LL/PL Rentabilidade do patrimônio líquido 
Lucro líquido 
Patrimônio líquido médio 
 
Quanto a empresa obtém de lucro 
para cada $ 100 de capital próprio 
investido, em média, no exercício. 
Fonte: Matarazzo (1998) 
 
2.3. Gestão Financeira 
 
 Segundo o Guia de Gestão (2002), o principal no processo de gestão é a 
tomada de decisões. O processo de gestão de qualquer empresa ou Organização da 
Sociedade Civil (OSC) se relaciona ao planejamento, implementação e avaliação 
(controle) da dimensão de recursos de uma entidade. A vida da entidade envolve o 
desembolso e a captação de recursos, portanto a gestão financeira tem o importante 
papel de fornecer informações adequadas para dar embasamento a todas as 
decisões que envolvem os colaboradores, a prestação de serviços e a relação com a 
sociedade. As informações necessárias à tomada de decisão referem-se tanto sobre 
fatos do passado como previsões para o futuro da entidade e, como a contabilidade 
registra os atos e fatos de uma organização, as demonstrações contábeis podem 
subsidiar o processo de tomada de decisão. 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 9 
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 As demonstrações essenciais, de acordo com este guia, são o balanço, a 
demonstração de resultados e o fluxo de caixa, mas a entidade pode criar outras 
demonstrações de acordo com sua necessidade. A partir dessas demonstrações 
podem-se elaborar alguns índices para a avaliação da situação financeira da 
entidade que auxiliarão no sistema de controle. 
 O sistema de controle financeiro é necessário para monitorar o desempenho 
da entidade quanto à solvência, à liquidez, à capacidade de gerar superavit e sua 
eficiência econômica. A partir das projeções estipuladas no processo de 
planejamento, deve-se comparar com os valores efetivamente realizados para 
verificar se os objetivos da entidade estão ou não sendo atingidos e corrigir 
possíveis falhas. 
 A gestão financeira é essencial no processo de tomada de decisões, pois dela 
extraem-se as informações necessárias sobre fatos passados e previsões para o 
futuro, a fim de que os objetivos da entidade sejam alcançados. 
 
2.4 Contextualizando o Terceiro Setor 
 
Para Cruz et al. (2010) “o terceiro setor atua nas lacunas deixadas pelos 
setores público e privado, buscando a promoção do bem-estar social.” 
As origens do terceiro setor são muito remotas. Segundo Coelho (2002 apud 
Cruz et al., 2010), as associações voluntárias sempre existiram nas comunidades 
principalmente por meio das organizações religiosas e étnicas. De acordo com o 
Conselho Federal de Contabilidade - CFC (2008), com o final da segunda guerra 
mundial ocorreram várias transformações sociais em todo o mundo, como mudanças 
radicais nos centros de poder econômico e político; concentração urbana de ações 
desenvolvimentistas; migrações em massa dos campos para as cidades; entre 
outros fatores que contribuíram para o aumento da violência, doenças, pobreza e 
conflitos, sejamreligiosos, étnicos, sociais e políticos. A partir deste momento, para 
a solução ou amenização destes problemas, a sociedade civil passou a se mobilizar 
e essa mobilização passou a crescer cada vez mais. 
 Cunha, Beuren e Corrêa (2009) definem o terceiro setor como “um conjunto 
de organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens, serviços públicos e 
privados, tendo como objetivo o desenvolvimento político, econômico, social e 
cultural no meio em que atuam.” E acrescentam com a definição de Voltolini (2004 
apud CUNHA, BEUREN e CORRÊA, 2009): “trata-se de organizações de natureza 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
 Hanaoka, C.H.T. ; Leon, F.H.A.D. 10 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 1, p 1-21, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
privada e finalidade pública, portanto sem finalidade de lucro, cujas ações estão 
voltadas para questões como cidadania, emancipação, autonomia e direitos da 
população em geral, e dos excluídos preferencialmente”. 
 As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC T 10.19, definem as entidades 
sem fins lucrativos como aquelas em que o resultado positivo não é destinado aos 
proprietários do patrimônio líquido e usa-se superavit ou deficit para seu resultado 
positivo ou negativo (lucro ou prejuízo), respectivamente. 
Portanto, conclui-se que as entidades sem fins lucrativos são aquelas que 
atendem alguma necessidade da comunidade que o governo não consegue suprir 
com satisfação, que não visam lucro para seus proprietários, mas que necessitam 
de recursos humanos e financeiros para a execução de suas atividades e sua 
continuidade. 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
 Este artigo utilizou as tipologias de pesquisa quanto aos objetivos e quanto 
aos procedimentos técnicos. Quanto aos objetivos, este trabalho se caracteriza 
como um estudo exploratório. No conceito de Gil (2002 apud Meireles, 2010), este 
estudo tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, de 
modo a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Na maioria dos casos, essas 
pesquisas envolvem levantamento bibliográfico, entrevistas e análise de exemplos. 
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa utilizou a pesquisa 
bibliográfica e a pesquisa documental. Segundo Silva (2002), a pesquisa 
bibliográfica explica e discute um tema ou problema com base em referências 
teóricas já publicadas. Assim, utilizou-se a pesquisa bibliográfica para buscar o 
referencial teórico deste trabalho em livros e trabalhos científicos. A pesquisa 
documental, de acordo com o mesmo autor, difere da pesquisa bibliográfica por 
utilizar material que ainda não foi analisado ou que pode ser reelaborado. Desta 
maneira, foram reunidas as informações sobre a entidade analisada e suas 
demonstrações contábeis. Este estudo foi realizado na entidade denominada 
Associação A, localizada no município de Registro, interior de São Paulo, uma 
associação sem a finalidade de distribuição de lucro aos seus associados que 
executa atividades culturais, sociais e filantrópicas. Entre suas atividades, na 
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promoção de eventos culturais, promove 3 dos maiores eventos da cidade e 
participa de vários outros eventos durante o ano todo, tendo parcerias com outras 
entidades do Terceiro Setor e com o município. Portanto, a entidade foi escolhida 
devido à sua participação de destaque nesta sociedade. 
As demonstrações contábeis e informações da Associação A foram colhidas 
por análise documental e então foram aplicados os conceitos de análise vertical e 
horizontal e extraídos os indicadores econômico-financeiros, para assim se fazer um 
parecer analítico da situação financeira e econômica da entidade que estão 
apresentados na seção seguinte. 
 
 
4 ANÁLISE DE RESULTADOS 
 
 
 Nesta seção, primeiramente será feita uma breve apresentação da entidade 
em análise e em seguida serão apresentados os resultados da aplicação dos 
conceitos de análise de demonstrações contábeis nos demonstrativos da entidade. 
 
4.1 Apresentação da Associação A 
 
 A Associação A, situada no município de Registro/SP, foi fundada 
oficialmente em 21 de junho de 1994. Esta associação promove anualmente vários 
eventos culturais e gastronômicos em parceria com a prefeitura e outras entidades, 
além de prestar auxílio a outras OTS do município. Possui também vários 
departamentos que mantém atividades culturais para público de todas as idades. 
 Em seu quadro de funcionários, possui apenas duas pessoas contratadas 
para suas rotinas administrativas. A diretoria é composta por associados que 
colaboram voluntariamente, havendo 6 conselheiros consultivos, 6 membros no 
conselho fiscal, 9 membros na diretoria executiva e 30 diretores de departamentos. 
 A Associação A executa suas atividades com recursos financeiros 
provenientes de anuidades de seus associados; doações e contribuições; locação 
de salão, mesas e cadeiras; rendimento de aplicações financeiras, eventos e 
repasse da Secretaria de Estado da Cultura para o Ponto de Cultura (desde 2010 e 
até 2012). 
 
4.2 Análise das demonstrações contábeis da entidade 
 
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A tabela 1 apresenta o Ativo da Associação A dos exercícios de 2009 a 2011, 
já calculadas as análises vertical e horizontal. 
Tabela 1 - Balanço Patrimonial (Ativo) da Associação A 
VALORES 
 
CONTA 
2011 2010 2009 
R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) 
ATIVO TOTAL 754.240,20 100,00 3,53 706.685,74 100,00 -3,00 728.514,02 100,00 100,00 
CIRCULANTE 89.556,37 11,87 13,59 44.229,36 6,26 -43,90 78.839,64 10,82 100,00 
Caixa 7.145,00 0,95 316,76 5.404,16 0,76 215,22 1.714,41 0,24 100,00 
Bancos Conta 
Movimento 2.190,99 0,29 -87,13 20.810,03 2,94 22,26 17.021,53 2,34 100,00 
Aplic. Liquidez 
Imediata 80.220,38 10,63 166,94 18.015,17 2,55 -40,05 30.051,62 4,12 100,00 
Outras contas a 
receber - - -100,00 - - -100,00 29.900,00 4,10 100,00 
Prêmios e 
seguros a 
vencer 
- - -100,00 - - -100,00 152,08 0,02 100,00 
NÃO 
CIRCULANTE 664.683,83 88,13 2,31 662.456,38 93,74 1,97 649.674,38 89,18 100,00 
Imobilizado 
Móveis e 
Utensílios 76.830,91 10,19 13,28 74.603,46 10,56 10,00 67.821,46 9,31 100,00 
Máquinas e 
equipamentos 6.000,00 0,79 0,00 6.000,00 0,85 100,00 - - - 
Prédio 466.852,92 61,90 0,00 466.852,92 66,06 0,00 466.852,92 64,08 100,00 
Monumento 115.000,00 15,25 0,00 115.000,00 16,27 0,00 115.000,00 15,79 100,00 
Fonte: Associação A (Adaptado pela autora) 
 
Com uma visualização preliminar do ativo da entidade, observa-se que não há 
as contas Estoques e Depreciação Acumulada. Durante visita à entidade para coleta 
de documentos para a análise, foi observado que havia embalagens e alguns 
ingredientes em estoque que seriam utilizados em eventos posteriormente. Quanto à 
depreciação, segundo a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, um item classificado como 
ativo imobilizado deve ser depreciado, ou seja, seu valor deve ser alocado de acordo 
com sua vida útil por meio de conta redutora, mas, no entanto, no balanço da 
entidade os valores de máquinas e equipamentos, prédio e monumento 
permaneceram inalterados nos 3 anos. 
 Analisando o ativo circulante, este representa uma pequena parcela do totaldo ativo da entidade nos exercícios analisados, sendo que houve redução em 2010, 
devido ao resgate de aplicações para pagamento de despesas, com o deficit 
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apresentado naquele ano, conforme Tabela 3, e também por não possuir direitos a 
receber. Em 2011, houve redução da conta bancos e aumento em aplicações, 
indicando aumento de investimentos em aplicações, as quais irão gerar rendimentos 
para a entidade. 
 O ativo não circulante representa em torno de 90% do total do ativo da 
entidade. Observa-se aquisição de móveis e utensílios em 2010 e 2011 e de 
máquinas e equipamentos em 2010, devido à alteração positiva nas respectivas 
contas. Não houve reduções em nenhuma das contas e as contas prédio e 
monumento permaneceram inalteradas nos anos analisados. 
A Tabela 2 abaixo apresenta as contas do Passivo e Patrimônio Líquido 
Social da Associação A nos exercícios de 2009 a 2011, com os cálculos das 
análises vertical e horizontal. 
 
Tabela 2 - Balanço Patrimonial (Passivo) da Associação A 
VALORES 
 
CONTAS 
2011 2010 2009 
R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) 
PASSIVO 
TOTAL 754.240,20 100,00 3,53 706.685,74 100,00 -3,00 728.514,02 100,00 100,00 
CIRCULANTE 3.411,40 0,45 -48,54 4.355,15 0,62 -34,31 6.629,58 0,91 100,00 
Impostos e contr. 
a pagar 1.136,33 0,15 -20,18 1.307,79 0,18 -8,14 1.423,66 0,19 100,00 
Salários a pagar 2.275,07 0,30 9,07 1.538,96 0,22 -26,22 2.085,89 0,29 100,00 
Cheques a 
compensar - 0,00 -100,00 1.508,40 0,21 -51,65 3.120,03 0,43 100,00 
NÃO 
CIRCULANTE 6.718,92 0,89 -70,59 12.309,83 1,74 -46,11 22.843,05 3,14 100,00 
Parcelamento 
INSS 884,83 0,12 -92,92 6.931,45 0,98 -44,58 12.507,32 1,72 100,00 
Departamentos 5.834,09 0,77 -43,55 5.378,38 0,76 -47,96 10.335,73 1,42 100,00 
PATRIMÔNIO 
SOCIAL 744.109,88 98,66 6,45 690.020,76 97,64 -1,29 699.041,39 95,95 100,00 
Patrim. social do 
exercício anterior 321.141,24 42,58 17,33 330.161,87 46,72 20,63 273.701,57 37,57 100,00 
Patrim. Social 90 
anos 368.879,52 48,91 0,00 368.879,52 52,20 0,00 368.879,52 50,63 100,00 
Superavit do 
período 54.089,12 7,17 -4,20 (9.020,63) -1,28 -115,98 56.460,30 7,75 100,00 
Fonte: Associação A (Adaptado pela autora) 
 
O passivo circulante diminuiu em 2010 e 2011 com a redução em todas as 
contas em 2010 e, em 2011, com exceção de salários a pagar, todas as contas 
também diminuíram. O passivo não circulante também diminuiu em 2010 e 2011 
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devido ao pagamento do parcelamento junto ao INSS e à diminuição do saldo 
destinado aos departamentos. 
O patrimônio líquido social da entidade representa quase totalmente o ativo. 
Houve redução em 2010 devido ao resultado negativo naquele ano, mas que foi 
recuperado no ano posterior. 
Em resumo, apesar do resultado negativo no exercício de 2010, observa-se 
que a entidade conseguiu se recuperar no ano seguinte. 
A Demonstração de Superavit ou Deficit do Exercício foi reestruturada para 
melhor análise, separando-se as receitas e despesas com eventos para 
confrontação entre si, visto que é o resultado destes que será utilizado na entidade. 
Além disso, o recurso recebido da Secretaria de Estado da Cultura para o Ponto de 
Cultura deve ser utilizado exclusivamente para custeamento de despesas 
constantes no projeto e, desta forma, também foi apurado sua diferença 
separadamente e seu resultado adicionado à demonstração para fechamento do 
demonstrativo. 
Em seguida, serão analisados os Demonstrativos do Superavit ou Deficit do 
Exercício da Associação A de 2009 a 2011, os quais estão apresentados abaixo na 
Tabela 3, com os cálculos das análises vertical e horizontal. 
 
Tabela 3 - Demonstração do Superavit ou Deficit do Exercício da Associação A 
VALORES 
 
CONTA 
2011 2010 2009 
R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) R$ AV (%) AH (%) 
 Receitas eventos 313.066,93 100,00 11,29 276.161,53 100,00 -1,83 281.312,83 100,00 100,00 
 Despesas eventos (223.129,04) 71,27 6,15 (262.089,44) 94,90 24,68 (210.202,25) 74,72 100,00 
 Super. eventos 89.937,89 50,31 26,48 14.072,09 15,92 -80,21 71.110,58 42,01 100,00 
 Anuidades 49.979,18 27,96 24,67 44.605,60 50,46 11,26 40.089,50 23,68 100,00 
 Financeiras 1.851,57 1,03 100,00 - - - - - - 
 Outras receitas 36.997,03 20,70 -36,31 29.715,19 33,62 -48,84 58.086,42 34,31 100,00 
Receitas totais 178.765,67 100,00 5,60 88.392,88 100,00 -47,78 169.286,50 100,00 100,00 
(-) Desp. Oper. (128.294,78) 71,77 13,71 (104.596,48) 118,33 -7,29 (112.826,20) 66,64 100,00 
 Administrativas 68.137,76 38,12 13,85 58.473,96 66,15 -2,30 59.849,96 35,35 100,00 
 Pessoal 35.278,36 19,73 19,51 28.549,60 32,30 -3,28 29.519,50 17,44 100,00 
 Mem. da Imigr. 21.954,78 12,28 28,78 15.100,49 17,08 -11,43 17.048,67 10,07 100,00 
 Financeiras 2.040,98 1,14 -61,27 1.646,51 1,86 -68,76 5.270,29 3,11 100,00 
 Tributárias 882,90 0,49 -5,29 825,92 0,94 -11,40 932,18 0,55 100,00 
 Departamentos - - -100,00 - - -100,00 205,60 0,12 100,00 
(=) Super/deficit 
operac. 50.470,89 28,33 -10,61 (16.203,60) -18,33 -128,70 56.460,30 33,36 100,00 
(+) Saldo Ponto 
de Cultura 3.618,23 - - 7.182,97 - - - - - 
 Receita do 
Ponto de Cultura 60.000,00 - - 61.897,72 - - - - - 
Análise de Demonstrações Contábeis na Gestão Financeira de uma Entidade Sem Fins Lucrativos 
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 Despesas c/ 
Ponto de Cultura (56.381,77) - - (54.714,75) - - - - - 
(=) Superavit / 
deficit exercício 54.089,12 -4,20 (9.020,63) -115,98 56.460,30 14,88 100,00 
Fonte: Associação A (Adaptado pela autora) 
 
 Em 2010, o resultado de eventos diminuiu 80,21%, devido à diminuição em 
1,83% das receitas e aumento de 24,68% das despesas. As receitas classificadas 
como outras também reduziram, mas o recebimento de anuidades dos associados 
aumentou, o que, no geral, resultou em queda de 47,78% das receitas. Como as 
despesas operacionais diminuíram apenas 7,29%, mesmo com a redução de todas 
as despesas, o resultado negativo não pode ser evitado. 
 Em 2011 os eventos tiveram resultado melhor que o ano de 2009, porém as 
receitas totais aumentaram apenas 5,60% ao passo que as despesas operacionais 
tiveram acréscimo de 13,71%, gerando superavit inferior ao de 2009. 
 Analisando verticalmente a relação das receitas, pode-se afirmar que a 
entidade depende das sobras de eventos para pagar suas despesas operacionais, 
pois essas receitas representam a maior parcela das receitas totais em 2009 e em 
2011, quando a entidade conseguiu resultado positivo. 
 A Tabela 4 contém o cálculo dos índices de estrutura de capitais, liquidez e 
rentabilidade da entidade analisada referente aos exercícios de 2009 a 2011. 
 
Tabela 4 - Índices financeiros – Associação A 
 ÍNDICE 2011 2010 2009 
Estrutura de 
capitais 
CT/PL 1,36% 2,42% 4,22% 
PC/CT 33,67% 26,13% 22,49% 
AP/PL 89,33% 96,00% 92,94% 
AP/(PL+ELP) 88,53% 94,32% 90,00% 
Liquidez 
LG 8,84 2,65 2,67 
LC 26,25 10,16 11,89 
LS 26,25 10,16 11,89 
Rentabilidade 
V/AT 0,61 0,58 0,52 
Sobra/Receita de eventos 28,73% 5,10% 25,28% 
LL/AT 7,17% -1,28% 7,75% 
LL/PL médio 0,075 -0,013 0,088 
Fonte: A autora 
 
Uma entidade do Terceiro Setor depende de doações, repasses, vendas ou 
outros meiospara arrecadar fundos para desenvolver suas atividades. 
 Em 2009 a participação do capital de terceiros em relação ao PL representava 
4,22% e foi diminuindo, chegando a 1,36% em 2011. Dos capitais de terceiros, a 
maior parcela é de longo prazo, mas que tem sido reduzido ano a ano com o 
pagamento do parcelamento do INSS, o que fez aumentar a porcentagem de 
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obrigações a curto prazo, mesmo também apresentando diminuição. Os índices 
indicam pouca dependência de capitais de terceiros, no entanto tem seu patrimônio 
quase que totalmente imobilizado no ativo permanente, o que significa dependência 
de recursos de terceiros para executar suas atividades. Conclui-se que há 
dependência de capitais de terceiros, pois a entidade não conseguiria arcar com 
suas despesas operacionais somente com seu patrimônio. 
 Quanto à liquidez, verifica-se que a entidade teria recurso para liquidar as 
dívidas de curto e longo prazo tranquilamente, pois as aplicações aumentaram 
significativamente, ao passo que suas obrigações diminuíram. Como o estoque não 
está contabilizado, não houve alteração entre os índices de liquidez corrente e o de 
liquidez seca. 
 É importante relembrar que o estoque e a depreciação acumulada não foram 
contabilizados, portanto os índices não estão exatamente em conformidade com a 
realidade. 
 O ativo teve aumento no seu giro em 2010 e 2011, indicando aumento em 
suas atividades ano a ano e que está havendo aumento de receitas maior que o 
crescimento do patrimônio da entidade. 
 A margem líquida de vendas foi apurada para os eventos, ou seja, em vez de 
lucro líquido dividido pelas vendas, foi adaptada para sobras de eventos divididas 
por suas receitas. Em 2009, sobraram 25,28% do que foi arrecadado com eventos 
para serem aplicados na entidade, reduzindo para 5,10% em 2010 e subindo para 
28,73% no ano seguinte. Analisando demonstrativos de eventos da associação, em 
2010 houve menos patrocínios, e mesmo com a redução de custos alguns eventos 
não tiveram resultado positivo, pois o patrocínio é essencial para custeamento de 
um evento. 
 Foi apurado o índice de gastos com despesas operacionais, considerando 
como receitas as sobras de eventos, anuidades, receitas financeiras e outras 
receitas, ou seja, é o cálculo existente na análise vertical dividindo as despesas 
operacionais pelas receitas totais conforme a Tabela 3. Em 2009, 66,64% das 
receitas foram utilizadas para pagamento das despesas operacionais, em 2010 
foram 118,33% de gastos com despesas, ou seja, foi gasto 18,33% a mais do valor 
de receitas arrecadadas naquele ano, pois as receitas diminuíram 47,78% e as 
despesas apenas 7,29%. Já em 2011, foram destinados 71,77% das receitas às 
despesas operacionais, o que gerou superavit menor que o obtido em 2009, pois as 
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despesas operacionais cresceram mais que a arrecadação. 
 Quanto à rentabilidade do ativo e do patrimônio líquido, tanto um quanto outro 
índice tiveram praticamente o mesmo resultado em cada ano. Em 2010 os índices 
foram negativos devido ao resultado daquele exercício e 2011 foi menor que 2009 
porque teve superavit menor. 
 Vale ressaltar que a Associação A não distribui seus resultados positivos a 
seus associados, mas tem resultados positivos ou negativos que permanecem na 
entidade, por isso os índices foram calculados. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O Terceiro Setor vem crescendo cada vez mais, devido à sua importância na 
sociedade como uma alternativa para amenizar as necessidades da população não 
supridas suficientemente pelo Estado. Porém, muitas dessas organizações 
enfrentam o problema da escassez de recursos financeiros. Por este motivo, os 
gestores precisam planejar e acompanhar sua execução para ter melhor controle. 
A gestão de recursos financeiros é essencial para o sucesso de qualquer 
organização. A gestão implica em tomada de decisões, que necessitam de 
informações baseadas em fatos passados e previsões futuras, as quais podem ser 
encontradas nos demonstrativos contábeis e financeiros. 
Com a análise de demonstrativos contábeis é possível se extrair informações 
como a situação financeira, econômica, patrimonial, receitas arrecadadas e 
despesas efetivadas. 
Assim, este trabalho teve como propósito verificar se a análise de 
demonstrações contábeis pode ser utilizada no processo de gestão de uma entidade 
sem fins lucrativos aplicando-se alguns tipos de análises nas demonstrações da 
Associação A, os quais serão sintetizados a seguir. 
Primeiramente, quanto às demonstrações contábeis aplicadas ao Terceiro 
Setor, evidenciou-se que o CFC normatizou as práticas contábeis aplicáveis a este 
setor, havendo apenas algumas adaptações no conceito, estrutura, conteúdo e 
nomenclatura das demonstrações contábeis. 
Foram selecionados a análise vertical e horizontal e indicadores econômico-
financeiros para aplicação nas demonstrações contábeis da Associação A dos 
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exercícios de 2009 a 2011 e pode-se ter uma visão panorâmica de sua situação, que 
está resumida a seguir. 
Seu Ativo é composto em grande parte de ativos imobilizados, sendo mínima 
a parcela do circulante, e verificou-se variação negativa no ano de 2010, mas que foi 
recuperada em 2011. Seu patrimônio é quase totalmente próprio e ainda vem 
diminuindo a utilização de recursos de terceiros. Quanto à composição do seu 
endividamento, a maior parcela de suas obrigações são de longo prazo. Embora os 
índices indiquem que a entidade estava utilizando pouco capital de terceiros, pelo 
índice de imobilização do patrimônio líquido e dos recursos não correntes, a 
entidade possui seu patrimônio quase em sua totalidade imobilizado no ativo 
permanente, o que indica dependência de recursos de terceiros para manter suas 
atividades. Além do mais, sabe-se que uma OTS depende de recursos de terceiros 
para se manter em funcionamento, observando-se a estrutura das demonstrações 
de superavit ou deficit. A entidade também possui boa liquidez a curto e longo prazo; 
mesmo com o deficit de 2010, porém os índices de rentabilidade foram diretamente 
afetados, mas que recuperaram muito bem no ano seguinte. 
Demonstrou-se a importância do planejamento e do controle, pois haviam 
menos recursos no ano 2010 e então foram reduzidos custos, o que amenizou o 
impacto nas demonstrações. 
Mesmo observando-se que a associação possui algumas falhas em sua 
contabilização, pois não há a conta estoques e depreciação acumulada, o que 
compromete a obtenção da real situação da entidade, pode-se extrair informações 
valiosíssimas que podem auxiliar na gestão eficiente de seus recursos. 
Por fim, espera-se que este trabalho seja útil também a outras OTS. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Cíntia de. O orçamento como ferramenta para a gestão de recursos 
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