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Projeto eletrico predial-2019

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Prévia do material em texto

1 
FACULDADE DE TECNOLOGIA 
FATEC-SP / FATEC-SB 
 
 
Tecnologia em Instalações Elétricas 
Tecnologia em Controle e Automação 
 
 
Projeto elétrico predial 
 
 
Oswaldo Tadami Arimura 
 
 
Disponível em: 
 
https://sites.google.com/a/fatecsp.br/prof-arimura/home/eletricidade 
 
2019 
https://sites.google.com/a/fatecsp.br/prof-arimura/home/eletricidade
 2 
 
 
 
 
 
 
 
A cópia desta apostila é autorizada semestralmente 
para ser utilizada nos campus da Faculdade de 
Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP, Faculdade de 
Tecnologia Adib Moisés Dib – FATEC-SB e 
Universidade São Judas Tadeu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O autor. 
 
 
 3 
Sumário 
 
1. Introdução 5 
1.1 Normas para instalações eletétricas 6 
1.2 Roteiro de projeto 6 
2. Fornecimento de energia 6 
2.1 Classificação dos condutores 6 
2.2 Tensões nominais 7 
2.3 Padrão de entrada 9 
3 Simbologia em instalações elétricas 9 
3.1 Observações gerais 14 
4 Tomadas 14 
4.1 Esquema elétrico 16 
4.2 Representação multifilar 16 
4.3 Representação unifilar 17 
5 Interruptores 17 
5.1 Interruptor simples 18 
5.2 Interruptor bipolar 20 
5.3 Interruptor paralelo 22 
5.4 Interruptor intermediário 24 
6 Instalação de tomadas e interruptors 26 
7 Exercicios 26 
8 Previsão de cargas 30 
8.1 Critério da quantidade mínima de tomadas 30 
8.2 Iluminação 32 
9 Distribuição de cargas em circuitos 34 
9.1 Circuito elétrico residencial 34 
9.2 Circuitos terminais 34 
9.3 Regras de distribuição 35 
9.4 Rede de eletroduto 36 
9.5 Instalação de quadros , tomadas e 
interruptores 
40 
10 Condutores elétricos 40 
10.1 Condutores elétricos – descrição 40 
10.2 Dimensionamento 43 
11 Procedimento para o cálculo do condutor fase 53 
11.1 Escolha conforme NBR-5410 53 
11.2 Método da capacidade de condução 53 
 4 
11.3 Máxima queda de tensão 54 
11.4 Determinação do condutor Neutro e Terra 55 
11.5 Exemplo 56 
12 Dispositivos de proteção 57 
12.1 Fusíveis 57 
12.2 Disjuntores 58 
13 Quadros de distribuição 63 
13.1 Tipos de montagens do quadro de distribuição 64 
13.2 Quadros com entrada monofásica, bifásica e 
trifásica 
64 
13.3 Montagem pratica de quadros de distribuição 66 
13.4 Representação unifilar do quadro de 
distribuição 
66 
14 . Dispositivo de proteção contra surtos 
elétricos (DPS) 
69 
15 Tubulação 71 
15.1 Introdução 71 
15.2 Dimensionamento de tubulação 
 
72 
15.3 Eletrocalha 75 
16 Dimensionamento da entrada 77 
16.1 Demanda de energia 77 
17 Motores elétricos 84 
17.1 Motor de indução 84 
17.2 Distribuição em circuitos 85 
17.3 Dimensionamento dos condutores e proteções 86 
17.4 Dimensionamento dos dispositivos de proteção 88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 5 
É muito comum ouvimos muitas pessoas reclamarem sobre varias questões 
envolvendo uma instalação elétrica residência: “Não pode ligar os dois chuveiros ao 
mesmo tempo, se não queima o fusível; dá choque em vários lugares em casa; a luz 
interfere na televisão; etc.”. Esses e outros problemas não ocorreriam se a instalação fosse 
realizada de maneira consciente e correta, conforme a norma NBR 5410 e NB3. 
As pessoas dão mais valor a um lindo piso de mármore, um lustre, enfim, a toda 
beleza que uma casa pode receber. Entretanto, muitas esquecem ou não valorizam a parte 
funcional da casa (instalação elétrica, hidráulica, etc.), a parte que vai lhes trazer segurança, 
comodidade, conforto, etc. 
Assim, neste estudo vamos aprender como projetar uma instalação elétrica 
residencial e industrial. A figura 01apresenta os aspectos gerais de uma instalação elétrica. 
 
 
 
Figura 01 – Instalação elétrica residencial 
 
Conforme mostra a Figura 01, a instalação elétrica inicia-se no ramal de ligação que 
é a interface entre a distribuidora e o cliente, passa pelo medidor onde está o relógio que 
efetuará o registro da energia consumida mensalmente e chega ao quadro de distribuição, 
onde se faz a distribuição da energia elétrica através dos circuitos terminais e onde estão os 
componentes de proteção. Cada circuito terminal alimenta um setor ou um equipamento. 
 
 
 
 
1.1 Normas para instalações elétricas 
 
 6 
Uma instalação elétrica tecnicamente satisfatória tem que apresentar características que 
satisfaçam uma vida útil compatível com os da edificação; um custo de instalação, 
manutenção e consumo de energia economicamente viável e as exigências funcionais 
necessárias ao ambiente. Dentro dessas exigências, as principais normas utilizadas para os 
projetos e execução da instalação elétrica dentro do território brasileiro são regidas pela da 
ABNT e pelas normas das distribuidoras de energia para alimentação, entrada, medição de 
consumo e comando e proteção. 
• NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão – ABNT 
• NBR 5419 – Proteção de estrutura contra descargas atmosféricas – ABNT 
• NR 10 – Norma regulametadora. Segurança em instalações elétricas e serviços 
de eletricidade – TEM. 
• Resolução no 456/00 - Agencia Nacional de Energia Elétrica -ANEEL 
• LIG 2000 – Eletropaulo. 
• LIG – Bandeirantes Energia. 
• PB1 – Bandeirantes Energia. 
• Fornecimento de energia em tensão secundaria - CPFL 
 
1.2 Roteiro do Projeto 
 
A instalação deve ser executada a partir de um projeto especifico , contendo: 
o Plantas – escala 1:50; 
o Esquema unifilares ; 
o Detalhamento de montagem; 
o Memorial descritivo; 
o Especificação dos componentes. 
 
2. FORNECIMENTO DE ENERGIA 
 
Faremos uma breve introdução referentes sistemas de alimentação das concessionárias 
de energia e seus padrões adotados. 
 
2.1 Classificação dos condutores 
 
 Em uma instalação elétricas são utilizados os seguintes tipos de condutores com 
isolação: 
Condutor Fase: mantido a um potencial elétrico diferente da terra de Zero Volt; 
Condutor Neutro: usado em circuitos monofásicos, que pode ser integrante do 
circuito trifásico. È mantido ao potencial de terra. Faz o retorno da corrente elétrica . 
De acordo com a NBR 5410/97 sua isolação deve ser na cor azul. 
Condutor Retorno: trecho de condutor entre a lâmpada e o interruptor. Finalidade 
de interromper ou conectar o condutor fase. 
PE (Protective Earth) – Terra: condutor é utilizado para mantar o corpo dos 
equipamentos ao potencial da terra. Seu objetivo é proteger as pessoas e 
equipamentos contra descargas elétricas.Sua isolação é na cor verde ou verde e 
amarelo. 
PEN: combina a função do condutor neutro e terra, conforme a NBR 5410/-4. 
 7 
 
 As distribuidoras de energia elétrica (AES-Eletropaulo, em São Paulo), fornecem 
para as residências a energia que recebem das usinas. Basicamente, as residências podem 
receber dois codutores (1 fase e 1 neutro) ou três condutores ( 2 fios fase e 1 neutro) ou 
quatro condutores (3 fios fase e 1 neutro). O fio PE (condutor de proteção ou fio terra) 
discutiremos nos capítulos destinados a fiação. 
 
 2.2 Tensões Nominais 
 
O padrão recebido por algumas residências pode ser: monofásico (um fio fase e 1 
fio neutro), bifásico (2 fios fases e 1 fio neutro) e o trifásico (3 fios fase e um fio neutro). 
Esses padrões dependem das quantidades de equipamentos instalados em cada residência. 
A Figura 02 abaixo mostra um resumo desses padrões: 
 
 
 
Figura 02 – Tipo de ligação - Fonte: LIG – Eletropaulo 
O sistema de distribuição interna do consumidor e em particular os sistemas de 
iluminação devem ser compatíveis com a tensão de fornecimento. O fornecimento de 
 8 
energia pode variar, dependo da região. A Tabela 01, apresenta as variações das tensões 
entre fase- neutro e fase-fase. 
 
Tabela 01 – Fornecimento de energia AES-Eletropaulo 
 
 
Fonte: LIG – Eletropaulo 
 
Há 3 (três) modalidades de fornecimento (Figura 03), conforme o número de fases 
ou fios (condutores): 
 
• Modalidade “A” - uma fase e neutro: 2 fios (condutores); 
• Modalidade “B” - duas fases e neutro: 3 fios (condutores);• Modalidade “C” - três fases e neutro: 4 fios (condutores). 
 
Modalidade A 
 
SITEMA MONOFÁSICO 
Modalidade B 
 
SISTEMA BIFÁSICO 
 
Modalidade C 
 
SISTEMA TRIFÁSICO 
 
Potência total instalada: 
. até 5 kW no sistema delta; 
. até 12 kW no sistema estrela. 
Potência total instalada: 
. até 20 kW no sistema estrela 
aéreo ou subterrâneo; 
Acima de 5 kW no sistema delta 
Potência total instalada: 
. acima de 20 kW no sistema 
estrela aéreo ou subterrâneo; 
. no sistema delta, somente 
quando houver equipamento 
trifásico, motores ou aparelhos 
 
Figura 03 – Modalidades de acordo com a potencia instalada. 
 
Para realizar a solicitação de atendimento técnico relativo aos tipos previstos no 
manual de fornecimento de energia LIG BT, o interessado deve solicitar através de carta do 
cliente (contratante) devidamente assinada, com fins específicos autorizando a 
Instaladora/Engenheiro autônomo para tratar de assuntos técnicos junto à AES Eletropaulo, 
fornecendo as informações e documentos relacionados para cada tipo de solicitação. 
 
 9 
2.3 Padrão de entrada 
 
 O padrão de entrada de uma unidade consumidora é composto basicamente pelo 
poste, caixa metálica, relógio medidor dispositivo de proteção e o sistema de aterramento. 
A figura 04 destaca um padrão de entrada individual com medição direta 
monofásica/bifásica até 100A em rede aérea. 
 
 
 
Figura 04 – Padrão de entrada: caixa tipo II 
 
 A instalação do padrão de entrada é realizado pelo proprietário da unidade 
consumidora e inspecionado pela concessionária. Caso esteja tudo de acordo com as 
normas da concessionaria, a ligação é realizada. 
 
3. SIMBOLOGIA EM INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO 
 
Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilar são definidos pela norma 
NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de 
planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus 
respectivos aparelhos. 
 10 
Entretanto, muitos profissionais não seguem uma norma padronizada; ou seja, 
adotam suas próprias simbologias. Desta maneira, fica indispensável a utilização de uma 
legenda para a representação de toda simbologia utilizada no projeto. 
A tabela 02 a seguir mostra as simbologias do sistema unifilar para instalações 
elétricas prediais (NBR5444). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 02 – Simbologias para projeto elétrico residencial 
 
Descrição das 
Simbologias 
 
Simbologias 
utilizadas 
 11 
 
Tabela 02 – Continuação 
 12 
 
 
 
 
Tabela 02 – Continuação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 02 – Continuação 
 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 02 – Continuação 
 
 
3.1 Observações Gerais : para planta na escala 1:50 
 
 As representações das lâmpadas incandescente e fluorescente tubular sofrem 
adaptações no diâmetro e largura respectivamente. Entretanto o comprimento das 
luminárias para lâmpadas fluorescente deve respeitar a escala definida pela planta baixa da 
edificação. A Tabela 03, destaca o comprimento de luminárias para alguns tipos de 
lâmpadas. 
 
• Utilizar no circulo para lâmpadas incandescente um diâmetro de 10 a 12 mm ; 
• As lâmpadas fluorescentes utilizar a escala para o comprimento. A largura 
considerar entre 10 e 12 mm. 
 
Potencia da lâmpada 
(W) 
Comprimento da luminária 
(m) 
o 20 o 0,6 
o 32/40 o 1,30 
o 110 o 2,50 
 
Tabela 03 – Comprimento padrão das luminárias fluorescente 
 
 
4. TOMADAS 
 
A partir da Lei 9933/1999, coube ao Inmetro, como Secretaria Executiva do 
Conmetro, estabelecer e aplicar a regulamentação de plugues e tomadas, considerando 
normas elaboradas pela ABNT. Atendendo a pleitos do setor produtivo e de entidades de 
defesa do consumidor, principalmente, o Inmetro publicou a Portaria no 185, de 21 de julho 
de 2000, tornando obrigatório que os plugues e tomadas fabricados e comercializados no 
país, atendessem o requisitos da ABNT – NBR 14136, a partir de 1º de janeiro de 2006. 
 15 
Segundo o Inmetro, o novo padrão foi criado para dar mais segurança ao 
consumidor, no sentido de diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios e 
mortes. Nos últimos dez anos, o DataSUS registrou um total de 13.776 internações com 
379 óbitos e mais de 15.400 mortes imediatas decorrentes de acidentes relacionados à 
exposição a corrente elétrica em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além 
disso, o choque elétrico é a terceira maior causa de morte infantil, perdendo apenas para 
agressão e acidente de transporte. 
Houve varias tentativas em todo mundo para estabelecer um padrão universal para 
os 110 existentes que não foram adiante, inclusive da Comunidade Europeia e da IEC – 
Comissão Universal de Eletrotécnica. 
Antes da padronização, o consumidor brasileiro 
convivia com mais de 12 tipos de plugues e outo tipos de 
tomadas diferentes, o que tornava indiscriminado o uso de 
adaptadores para ligações de aparelhos. Em alguns casos, 
formatos e as potencias distintas dos aparelhos tornavam o ato 
de liga-los uma ameaça a segurança do usuário. Entendendo o 
impacto que poderia provocar a mudança, o Inmetro resolveu 
certificar os adaptadores de maneira a tornar a transição mais 
suave. 
Os plugues de três pinos são utilizados em aparelhos que 
necessitam de aterramento, uma vez que o terceiro pino ou 
pino (Figura 05) central realiza a ligação com o fio terra, evitando um provável choque 
elétrico. 
As tomadas possuem um novo formato, em poço, para dificultar o contato do dedo 
com a corrente elétrica e permitindo que seja inserido somente o pino do plugue, evitando o 
contado acidental do usuário. Os plugues contem um sistema que evita sobrecarga e 
aquecimento e, também, propiciam melhor acoplamento. Esses fatores tornaram o plugue 
mais seguro e também econômico, uma vez que eles evitam a perda de energia. 
 
Figura 05 – Padrão conforme NBR - 5410 
 
Atualmente, existem duas configurações para plugues e tomadas. Os plugues com 
pinos de diâmetro de 4mm, para corrente nominal de 10A e os plugues com pinos de 
diâmetro de 4,8mm, para corrente nominal de 20A. Essa distinção é necessária para garantir 
a segurança dos consumidores, pois evita a ligação de equipamento com potencia superior a 
suportada pela tomada. 
 
 
 16 
 
 
Figura 06 – Tomda de 10 A e 20 A 
 
Vários aparelhos como microondas, secador de cabelo, ferro eletrico, etc, são atualmente 
vendidos com plugs para tomada de 20 A. Infelizmente, muitos consumidores utilizam 
perigosamente os adaptadores para poderem encaixar o plug de 20 A em uma tomada de 10 A. A 
falta de conhecimento , conscientização dos consumidores aliados á ganância dos fabricantes e 
falta de fiscalização, pode provacar graves acidentes elétricos. 
 
 
4.1 Esquema elétrico 
 
 
 O esquema elétrico nos permite uma leitura mais rápida da ligação de um 
equipamento ou circuito. Abaixo estão o esquema da tomada monofásica, composta de um 
condutor fase, um neutro e um terra e o esquema da tomada bifásica composta de dois 
condutores fases e um terra. Atualmente mais de 90% das residências não possuem tomadas 
com o condutor de proteção, segundo o artigo 6.3.5.1 da NBR 5410, a utilização do 
condutor de proteção terra é obrigatória em qualquer tipo de tomada, ou seja, em qualquer 
tensão (127 e 220V). 
 
 
 
 Figura 7A: Tomada Monofásica – FNT Figura 7B: Tomada Bifásica - FFT 
 
4.2 Representação final dentro dos eletrodutos com duas tomadas 
 
Num circuito terminal todas as emendas das tomadas de uso geral são realizadas nas 
caixas de passagens da instalação. As tomadas de uso específico não possuem emendas. È 
proibida a realização de emendas dentro das tubulações por causa da segurança e 
manutenção. 
 17 
 
 
Figura08: Circuitomultifilar prático de tomadas. 
 
4.3 Representação unifilar de uma tomada monofáica e bifásica 
 
A representação do projeto elétrico numa planta baixa é feita a partir do quadro de 
simbologia apresentado na Tabela 02. A Figura 09, destaca o trecho entre o Quadro de 
Distribuição e as tomadas. 
 
 
 
Figura 09 – Planta baixa com representação unifilar 
5. INTERRUPTORES 
 
Os circuitos de iluminação podem ser comandados através de vários tipos de 
interruptores. Todos os tipos possuem uma função específica de chaveamento e o cuidado 
com a segurança do usuário. Desta maneira, torna-se importante a visualização da 
 18 
instalação final antes da escolha do tipo de interruptor e seu posicionamento final. Dentre 
os tipos, estudaremos os interruptores simples, bipolar, paralelo e intermediário. 
 
5.1 Interruptor simples 
 
 O interruptor simples possui dois terminais que possibilita o acionamento da 
lâmpada em apenas um ponto do ambiente. Normalmente, esse posicionamento é ao lado 
da porta. A quantidade de pontos de luz num mesmo interruptor deverá levar em 
consideração a corrente nominal do interruptor que normalmente é de 10A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Interruptor simples – dois pinos 
 
 O modelo do interruptor Simples é parecido com o modelo do interruptor paralelo. 
Para diferenciar basta verificar os dois pinos na parte traseira do interruptor. 
 
5.1.1 Esquema elétrico 
 
 Verifique que no esquema elétrico do interruptor simples o condutor fase é 
interrompido. Isto facilita na hora da troca de uma lâmpada queimada, pois com interrupção 
do condutor fase o usuário fica protegido contra o choque elétrico. 
 
Figura11: Esquema elétrico do interruptor simples. 
 
 Na Figura 11, verifica-se que ao acionar o interruptor, o circuito é fechado, ou seja, 
a fase chega até a lâmpada provocando uma d.d.p. e a passagem da corrente elétrica. 
 
5.1.2 Representação final dentro dos eletrodutos 
 19 
 
 Perceba esta representação acompanha o caminho do esquema elétrico acima, ou 
seja, o condutor fase caminha até o interruptor; do interruptor sai o condutor retorno que vai 
até a lâmpada. A lâmpada por sua vez recebe o fechamento do condutor neutro. Muitos 
“profissionais” não fazem a marcação dos condutores e encaminha o condutor neutro para 
o interruptor, o circuito funciona, entretanto não protege o usuário. 
 
Figura12: Circuito multifilar prático de interruptor simples. 
 
 Nos circuitos de iluminação externa, o esquema elétrico utilizado é o mesmo, porém 
deve ser encaminhado também o condutor terra para fazer o aterramento da luminária. 
 
5.1.3 Representação unifilar na planta baixa 
 
Figura13 : Planta baixa com representação unifilar 
 
 
 
 
 
 20 
5.2. Interruptor bipolar 
 
 Para lâmpadas que recebem alimentação através de duas fases (normalmente 
220V), devemos utilizar o interruptor bipolar. Sua função é interromper as duas fases e 
encaminhar para a lâmpada dois fios retornos. Nessa condição a energia será interrompida 
sempre que o circuito estiver desligado, permitindo manutenções e troca de lâmpadas com 
total segurança para o usuário 
 
 
Figura 14 – interruptor bipolar – 4 pinos 
 
 Nos modelos apresentados acima, percebe-se que forma do interruptor Bipolar é 
semelhante a de um interruptor Intermediário, por isso existe em sua placa de acionamento 
a indicação de ligado e desligado (I – O). 
 
5.2.1 Esquema elétrico 
 
 O interruptor bipolar possui quatro terminais com dois contatos simultâneos. 
Verifique que no esquema elétrico do interruptor os condutores fases são interrompidos. 
Isto facilita na hora da troca de uma lâmpada queimada, pois com a interrupção do condutor 
fase não existe possibilidade do choque elétrico. 
 
 
 
 
Figura15: Esquema elétrico do interruptor bipolar. 
 
 
5.2.2 Representação final dentro dos eletrodutos 
 
 
 No esquema verifica-se a possibilidade de utilizar o interruptor bipolar num circuito 
monofásico. O caminho do circuito dentro dos eletrodutos mostra que os dois condutores 
 21 
fases devem ir até o interruptor e dele saem dois condutores retornos fechando a ligação 
com a lâmpada. Perceba que a lâmpada fica isolada das fases quando esta desligada. 
 
 
 
Figura16: Circuito multifilar prático de interruptor bipolar. 
 
 
5.2.3 Representação unifilar na planta 
 
 
 
 
Figura 17: Plantabaixa com representação unifilar 
 
 
 
 
. 
 22 
5.3 Interruptor paralelo 
 
 
 O interruptor paralelo possui três terminais, possibilitando o comando de um ou 
mais pontos de luz em dois interruptores. Sua aplicação facilita e torna seguro o controle da 
iluminação em cômodos com duas portas, corredores, escadas, etc. A quantidade de pontos 
de luz num mesmo sistema de interruptores paralelo está relacionado com a corrente 
nominal do interruptor que normalmente é de 10A. 
 
Figura 18 – interruptor paralelo – 3 pinos 
 
 Sua forma é muito parecida com a de um intrruptor simples. Assim, para diferenciar 
basta verificar os tres bornes para a entrada dos condutores. na parte de tras interruptor. 
 
 
5.3.1 Esquema elétrico 
 
 Verifique que no esquema elétrico do interruptor paralelo o condutor fase é 
interompido, como acontece no interruptor simples. Isto facilita a troca de uma lâmpada 
queimada, pois com a interrupção do condutor fase não existe possibilidade do choque 
elétrico. 
 
Figura19: Esquema elétrico dos interruptores paralelos. 
 
Na posição inicial do circuito, a lâmpada está apagada. Ao acionar qualquer 
interruptor ela acende e; se novamente acionarmos qualquer interruptor a lâmpada volta a 
apagar, permanecendo para sempre neste ciclo. 
 
 
 23 
5.3.2 Representação final dentro dos eletrodutos 
 
 Esta representação acompanha o caminho do esquema elétrico acima, ou seja, o 
condutor fase caminha até o terminal central de um dos interruptores paralelo. Dos 
terminais externos, saem dois condutores retorno e vão até os dois terminais externos do 
outro interruptor paralelo de onde sai um condutor retorno do terminal central e vai até a 
lâmpada. A lâmpada por sua vez recebe o fechamento através do condutor neutro. 
 
 
 
Figura20: Circuito multifilar prático de interruptores paralelos. 
 
5.3.3 Representação unifilar na planta 
 
 
Figura21:Plantabaixa com representação unifilar 
. 
 24 
5.4 Interruptor intermediário 
 
 O interruptor intermediário possui quatro terminais, possibilitando o comando de 
uma lâmpada em mais de dois pontos. Sua aplicação facilita e torna seguro a utilização da 
iluminação, assim, pode ser aplicada em cômodos com três ou mais portas, corredores 
escadas, etc. A quantidade de pontos de luz num mesmo sistema de interruptores paralelo 
esta relacionado com a corrente nominal do interruptor que normalmente é de 10A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figrua 22 – Interruptor intermediário – 6 pinos 
 
 A forma realmente é a mesma do interruptor Bipolar, quando houver duvidas, basta 
verificar o cruzamentos dos pinos externos na parte traseira do interruptor. 
 
5.4.1 Esquema elétrico 
 
 Verifique que no esquema elétrico do interruptor intermediário o condutor fase é 
interrompido. Isto facilita na hora da troca de uma lâmpada queimada, pois com a 
interrupção do condutor fase não existe possibilidade do choque elétrico. 
 
Figura23: Esquema elétrico do interruptores paralelos e intermediário. 
 
 Ao ser acionado qualquer interruptor a lâmpada se apaga e; se novamente 
acionarmos qualquer interruptor a lâmpada volta a acender, permanecendo para sempre 
neste ciclo. Caso haja necessidade de aumentar o numero de comandos, basta acrescentar 
interruptores intermediários.Nota-se através do circuito que o interruptor intermediário 
necessita de dois interruptores paralelos para ser acionados. 
 
 
 
 25 
5.4.2 Representação final dentro dos eletrodutos 
 
 Perceba esta representaçãoacompanha o caminho do esquema elétrico acima, ou 
seja, o condutor fase caminha até o terminal central do interruptor paralelo. Dos 
terminais externos, saem dois condutores retornos e vão até os dois terminais externos do 
interruptor intermediário, de onde sai dois condutores retornos dos outros terminais 
externos e vão até os terminais externos do outro interruptor paralelo de onde sai um 
condutor retorno e vai até a lâmpada. A lâmpada por sua vez recebe o fechamento do 
condutor neutro. 
Figura24: Circuito multifilar prático de interruptores paralelos e intermediário. 
 
5.4.3 Representação unifilar na planta 
 
Figura 25: Plantabaixa com representação unifilar 
 26 
. 
6. INSTALAÇÃO DAS TOMADAS E INTERRUPORES 
 
 O posicionamento final das tomadas em uma residência são: a 0,30 m do piso 
acabado (baixa), a 1,3m do piso ( média) e a 2,2 m do piso (alta), tanto para as tomadas de 
uso geral ou de uso especifico. 
 
 
 
Figura 26 – Posicionamento das tomadas interruptores e QDL 
 
 
7. EXERCÍCIOS 
 
 Para praticarmos o treinamento de fiação, vamos resolver os exercícios abaixo 
respeitando as simbologias apresentadas anteriormente: 
A) B) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C) 
 27 
 
 
D) 
 
 
E) 
 28 
 
 
 
 
F) 
 29 
 
 
 
 30 
8. PREVISÃO DE CARGAS (NBR-5410/1997) 
 
 
Os equipamentos de utilização de uma instalação podem ser alimentados 
diretamente (chuveiros, elevadores, motores), através de tomadas de corrente de uso 
especifico (TUEs) ou através de tomadas de corrente de uso não específico (tomadas de uso 
geral, TUGs). A carga a considerar para um equipamento de utilização é a sua potência 
nominal absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir de V x I x fator de potência 
(quando for o caso – motores) – nos casos em que for dada a potência nominal fornecida 
pelo equipamento (potência de saída),e não a absorvida, devem ser considerados o 
rendimento e o fator de potência. 
 
TUEs : potencia acima de 1270 W/127V e 2200W/220V, com corrente igual ou 
superior a 10A; 
TUGs: alimentação de aparelhos portáteis – Corrente inferior a 10 A. 
 
8.1 Critérios da quantidade mínima de tomadas 
 
8.1.1 Tomada de Uso Geral - TUGs: 
 
➢ · Recintos com área < 6m2 – no mínimo 1 tomada. 
➢ · Recintos com área > 6m2 – no mínimo 1 tomada para cada 5m ou 
fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível. 
➢ · Atribuir 100VA por tomada (sala, quartos, etc) 
 
Tabela 04: quantidade de tomada de uso geral 
 
ÁREA 
m2 
Perímetro 
m 
T.U.G. 
100 VA 
A≤6 1 
 
 
A>6 
5 < P ≤ 10 2 
10 < P ≤ 15 3 
15 < P ≤ 20 4 
20 < P ≤ 25 5 
25 < P ≤ 30 6 
30 < P ≤ 35 7 
 
 
➢ · Cozinhas e copas – 1 tomada para cada 3,5m ou fração de 
perímetro, independente da área; 
➢ · Banheiros – no mínimo 1 tomada 600VA, junto ao lavatório, a uma 
distância mínima de 60cm do boxe, independentemente da área 
➢ Cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e 
assemelhados – atribuir 600VA por tomada, para as 3 primeiras 
tomadas e 100VA para cada uma das demais 
 
 31 
Tabela 05: quantidade de tomada de uso geral. 
 
 
Perímetro 
m 
Tomadas de uso geral - TUG 
600VA 100VA Total 
3,5 < P ≤ 7 2 - 2 
7 < P ≤ 10,0 3 - 3 
10,5 < P ≤ 14 3 1 4 
14 < P ≤ 17,5 3 2 5 
17,5 < P ≤ 21 3 3 6 
21 < P ≤ 24,5 3 4 7 
24,5 < P ≤ 28 3 5 8 
28 < P ≤ 31,5 3 6 9 
31,5 < P ≤ 35 3 7 10 
 
➢ · Subsolos, varandas, garagens, sótãos – atribuir 1000VA para o circuito; 
➢ · Atribuir – no mínimo 1 tomada, independentemente da área. 
 
 
Tabela 06: quantidade de tomada de uso geral 
 
ÁREA 
m2 
Perímetro 
m 
Tomadas de uso geral - TUG 
600VA 100VA Total 
A≤6 qualquer 1 - 1 
 
 
A>6 
5 < P ≤ 10,0 2 - 2 
10 < P ≤ 15 3 - 3 
15 < P ≤ 20 3 1 4 
20 < P ≤ 25 3 2 5 
25 < P ≤ 30 3 3 6 
30 < P ≤ 35 3 4 7 
 
 
Áreas comerciais e industriais: 
 
➢ Atribuir 200VA por TUG; 
➢ Área inferior ou igual a 40 m2, prever 1 TUG a cada 3 m ou fração de perímetro, 
ou 1 TUG para cada 4 m2 ou fração de área, adotando o maior resultado; 
➢ Área superior a 40 m2, prever 10 TUGs para os primeiros 40m2, e 1 TUG para 
cada 10m2 ou fração de área, para o restante; 
➢ Em lojas, 1 TUG para cada 30 m2 ou fração de área, não computadas as tomadas 
destinas a vitrina e demonstração de aparelhos. 
 
8.1.2 Critérios para a determinação da quantidade mínima de TUEs: 
 
➢ · A quantidade de TUEs é estabelecida de acordo com o número de 
aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1.5m 
do local previsto para o equipamento a ser alimentado 
 
 32 
8.1.3 Critérios para a determinação da potência de TUEs: 
 
➢ · Atribuir para cada TUE a potência nominal do equipamento a ser Alimentado. 
As potências típicas de aparelhos eletrodomésticos são tabeladas: 
 
Tabela 07: POTÊNCIAS NOMINAIS DOS ELETRODOMÉSTICOS 
 
Fonte: CEMIG 
 
Tabela 08: POTÊNCIAS NOMINAIS DE CONDICIONADORES DE AR TIPO JANELA 
 
 
Fonte:CEMIG 
 
 8.1.4 Localização das tomadas 
 
• TUE instalada no máximo a 1,5 do local previsto para o aparelho; 
• Paredes azulejadas: nunca tomadas baixas; 
• Tomadas em face; 
• No mesmo prumo dos interruptores; 
• Evitar colunas de concreto e janelas. 
 
8.2 Iluminação: 
 
8.2.1 Critérios para a determinação da quantidade mínima de pontos de luz: 
 
➢ · 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por interruptor de parede; 
 33 
➢ · arandelas no banheiro devem ter distância mínima de 60cm do boxe 
 
8.2.2 Critérios para a determinação da potência mínima de iluminação: 
 
➢ Recintos com área < 6m2, atribuir um mínimo de 100W; 
➢ Recintos com área > 6m2, atribuir um mínimo de 100W para os 
primeiros 6m2, acrescidos de 60W para cada aumento de 4m2 inteiros; 
➢ Lâmpadas fluorescentes e fluorescentes compactas cuja a eficiência luminosa é mais 
de 4 vezes a eficiência da lâmpada incandescente, utilizaremos a tabela abaixo. 
 
Tabela 09: quantidade de tomada de uso geral 
 
ÁREA 
m2 
Carga (W) 
Incandescente Flourescente 
Fluorescente com 
reator 
A ≤ 5 100 40 50 
5 < A ≤ 10 160 60 75 
10 < A ≤ 15 220 80 100 
15 < A ≤ 20 280 100 125 
20 < A ≤ 25 340 120 150 
25 < A ≤ 30 400 140 175 
 
 
➢ Para iluminação externa em residências a norma não estabelece critérios – cabe 
ao projetista e ao cliente a definição. 
 
Tabela 10: Potencia nominal de algumas lâmpadas comerciais 
 
Tipo de lâmpada Potencia nominal ( W ) 
Incandescente 40 60 - - 
Fluorescente 
tubular 
20 40 58 110 
Fluorescente 
compacta 
20 25 32 55 
 
 Para facilitar o andamento do projeto, torna-se interessante a utilização da tabela 11 
para os cálculos da quantidade de tomada e dos pontos de luz. 
 
Tabela 11: Tabela auxiliar para facilitar o desenvolvimento do projeto 
 
Dependência 
Perím. 
m 
Tomadas - TUG Área 
m2 
Lâmpadas 
Calculado adotado 
 
 
 
 
 
 
 34 
9. DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS EM CIRCUITOS 
 
É muito comum ouvimos muitas pessoas reclamarem sobre varias questões 
envolvendo uma instalação elétrica residência: “Não pode ligar os dois chuveiros ao 
mesmo tempo, se não queima o fusível; dá choque em vários lugares em casa; a luz 
interfere na televisão; etc.”. Esses e outros problemas não ocorreriam se a instalação fosse 
realizada de maneira consciente e correta, conforme a norma NBR 5410 e NB3. 
As pessoas dão mais valor a um lindo piso de mármore, um lustre, ou seja, a toda 
beleza que uma casa pode receber. Entretanto, muitas esquecem ou não valorizam a parte 
funcional da casa(instalação elétrica, hidráulica, etc.), a parte que vai lhes trazer segurança, 
comodidade, conforto, etc. Assim, neste módulo vamos aprender o que é um circuito, e a 
distribuição da energia elétrica de maneira correta e segura. 
 
9.1 Circuito elétrico residencial 
 
A instalação elétrica residencial inicia-se através do Ponto de Entrada, localizado no 
posteparticular do consumidor. Em seguida temos o quadro geral, composto pelo medidor 
de energia elétrica e pelo dispositivo de proteção geral (fusível ou disjuntor) do quadro de 
distribuição. 
Finalmente, temos o quadro de distribuição onde se encontram os circuitos 
terminais e são feitas as distribuições da energia elétrica para toda a residência, conforme 
mostra a Figura 27. 
 
Figura 27 – Circuito terminais ou parciais de uma residência. 
 
9.2 Circuitos Terminais 
 
 Após os cálculos do número de tomadas e pontos de luz, deve-se realizar a 
distribuição de cargas em circuitos. Esses circuitos são denominados de terminais. Assim, 
 35 
os circuitos terminais alimentam diretamente os equipamentos de utilização (lâmpadas, 
motores, aparelhos elétricos) e ou TUGs e TUEs. Assim, o circuito terminal pode ser 
composto por uma única carga ou por varias ligadas em paralelo circuitos, eles partem dos 
quadros terminais ou dos quadros de distribuição (alimentadores) e tem o objetivo de: 
• Facilidade de operação e manutenção; 
• Redução da interferência entre pontos de utilização; 
• Limitação das conseqüências de uma falha; 
• Redução nas quedas de tensão e da corrente nominal ->dimensionamento 
condutores e dispositivos de proteção de menor seção e capacidade nominal; 
• Facilidade de enfiação em obra e ligação dos fios aos terminais de 
equipamentos, interruptores, tomadas, etc.) 
 
9.3 Regras de distribuição 
 
As regras indicadas pela norma NBR 5410 são: 
 
➢ Um circuito para alimentar cada TUE; 
➢ Um circuito para TUG a cada 1800VA (cozinha, lavanderia, ...) – procurar separar 
as tomadas de 600 VA das de 100VA; 
➢ Um circuito para TUG a cada 1270 VA (sala, quarto, ...); 
➢ Um circuito para conjunto de ponto de luz até 1270 VA; 
➢ Num circuito terminal não é permitido misturar lâmpadas com tomadas. 
 
➢ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28 – Representação multifilar dos circuitos parciais. 
Circuito parcial de 
iluminação com proteção 
termomagnética. 
Circuitos parciais de 
tomada com proteção DR: 
Tomada de uso específico 
(TUE) e tomadas de uso 
gerais(TUG). 
 36 
Observações: 
 
o É conveniente não ultrapassar a quantidade de 8 tomadas ou ponto de luz 
por circuito; 
o Cada circuito é definido como monofásico (fase e neutro), bifasico (fase, 
fase) e trifásico (3 fases) e mais o condutor de proteção Terra; 
o Para grandes instalações utilizar tensão de 220V e 2400VA por circuito; 
o Numa instalação de pequeno pote utilizar pelo menos 2 circuitos de 
iluminação; 
o Cada circuito terminal será ligado a um dispositivo de proteção 
(disjuntorTermomagnético, fusível, etc); 
o Concluída a divisão de cargas em circuitos terminais, identificar na planta, 
ao lado de cada ponto de luz ou tomada, o numero do circuito respectivo; 
o Preencher a Tabela 12 de distribuição de cargas em circuitos. 
 
Tabela 12: Quadro geral de toda instalação elétrica da edificação. 
 
Circ Tensão 
(V) 
Fase Ilumin. Tomada TUE P 
(W) 
Dem. 
(VA) 
L 
(m) 
Ib 
(A) 
I’b 
(A) 
Cond. 
(mm2) 
Prot. 
(A) 
Obs. 
(A,B,C) 100 600 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
RAL Alimentador 
 
9.4 Indicação da rede de eletrodutos e condutores 
 
Uma vez concluída a locação dos pontos na planta baixa e identificados os 
circuitos terminais, o próximo passo consiste em interligar os quadros, pontos de luz, 
interruptores e tomadas através da rede de tubulação (eletrodutos). 
 
 
Figura 29 – Representação unifilar dos circuito parciais. 
 
 37 
Para facilitar o serviço da instalação devemos seguir uma sequencia lógica e observar 
algumas limitações: 
 
➢ Locar o Quadro de Distribuição (próximo ao centro de cargas, etc.); 
➢ A partir do Quadro de Distribuição iniciar o traçado dos eletrodutos, procurando os 
caminhos mais curtos e evitando o cruzamento de tubulações (levar em conta 
detalhes do projeto estrutural, hidro-sanitário,etc.); 
➢ Interligar inicialmente os pontos de luz (tubulações embutidas no teto),percorrendo 
e interligando todos os recintos; 
➢ Interligar os interruptores e tomadas aos pontos de luz de cada recinto(tubulações 
embutidas nas paredes); 
➢ Evitar trechos de eletrodutos com comprimento superior a 15m; 
➢ Evitar que caixas embutidas no teto (octogonais 4”x4”x4”de fundo móvel, 
octogonais 3”x3”x2” fundo fixo) estejam interligadas a mais de 5 eletrodutos, e que 
as caixas retangulares 4”x4”x2” e 4”x2”x2” embutidas nas paredes se conectem 
com mais de 4 eletrodutos (ocupação, emendas); 
➢ Evitar que em cada trecho de eletroduto passe quantidade elevada de circuitos 
(limitar em max. 4 circuitos ou 10 condutores), visando minimizar bitola de 
eletrodutos e de fios e cabos; 
➢ Avaliar a possibilidade de utilizar tubulação embutida no piso para o atendimento 
de circuitos de tomadas baixas e médias; 
➢ Os diâmetros nominais das tubulações deverão ser indicados. 
 
 Entretanto, algumas tomadas de uso específicos podem ser ajustadas de acordo com 
a posição final dos equipamentos. Também os interruptores em quartos e salas podem ser 
localizados de acordo com a comodidade e preferência do usuário. 
A seguir é apresentado uma seqüência de desenhos, com o desenvolvimento da 
indicação das tomadas, pontos de luz, rede de eletrodutos e condutores de uma instalação 
elétrica residencial. 
 
Após a determinação da 
quantidade de tomadas e 
ponto de luz, desenha-se 
cada componente na 
posição final na planta. 
Em seguida, enumera-se 
todas as tomadas e ponto 
de luz com os números 
dos circuitos 
correspondentes. 
 
 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30 – Sequencia de desenvolvimento do projeto elétrico.. 
Posteriormente, inicia-se o 
desenho da tubulação. O ponto de 
partida é o Quadro de 
Distribuição. A partir dele 
interliga-se com os pontos de luz, 
tomadas e interruptores. 
 
O Quadro de 
distribuição pode ter 
varias saídas de 
tubulações para que a 
tubulações não fiquem 
sobrecarregadas. Por 
isso, o quadro deve ser 
centralizado para existir 
as possibilidades de 
saídas. 
 
Por fim, é desenhado 
os condutores em 
cada trecho da 
tubulação, 
identificado pelo 
numero do circuito. 
 39 
 A Figura 31 apresenta as caixas de passagem utilizadas na parede e teto, os 
eletrodutos, além das instalações mostrando as interligações entre as caixas por meio dos 
eletrodutos flexíveis. 
 
 Eletroduto PVC flexivel Eletroduto PVC rigido 
 
 caixa 4x4 caixa 4x2 caixa octogonal 
 
Instalação aparente no teto Instalação preparada para ser embutida no teto 
 
Instalação preprarada para ser embutida na parede 
 
 
Figura 31 – Tubulação e caixas de passagem. 
 40 
9.5. Instalação do quadro, tomadas e interruptores 
 
 O posicionamento final das tomadas em uma residência são: a 0,30 m do piso 
acabado (baixa), a 1,3m do piso ( média) e a 2,2 m do piso (alta), tanto para as tomadas de 
uso geral ou de uso especifico. 
 
 
 
Figura 32 – Posição das tomadas, interruptores e QD em relação ao poiso acabado. 
 
10. CONDUTORES ELÉTRICOS 
 
 
A instalação elétrica residencial é composta por vários componentes e 
equipamentos; tais como: tomadas, interruptores, fiação, quadro de distribuição, tubulação, 
etc. Assim, para facilitar a instalação desses materiais é necessário a compreensão dos 
esquemas elétricos, das representações dos eletrodutos com as fiações e o desenho final 
representado em planta baixa de toda a instalação elétrica, normalmente na escala 1:50. 
 
10.1 Condutores elétricos 
 
Os condutores de eletricidade permitemfacilmente a passagem de cargas elétricas. 
O que caracteriza um material como condutor é a quantidade de elétrons existentes em 
camada de valência. Em razão da grande distância entre essa última camada e o núcleo, os 
elétrons ficam fracamente ligados com o núcleo, podendo se despreender facilmente, 
quando o material for submetido à uma diferença de potencial. Desta forma, os metais de 
forma geral, possuem essa característica, além da baixa resistividade, alta condutividade e 
para aplicação em condutores alta temperatura de fusão. Nas instalações elétricas prediais 
são normalmente utilizado o cobre e o alumínio. 
 
 
 
 
 
 
 41 
Tabela 13 – características dos condutores 
 
 
 
 
 
 
Nas instalações elétricas prediais os condutores são classificados em fios e cabos. O 
fio é um elemento sólido coberto por uma camada isolante de proteção e o cabo é 
constituído de vários fios entrelaçados, podendo ser encapado pela camada isolante ou não. 
 
 
 
 
Figura 33 - Fio e cabo elétrico encapados 
 
A função básica da isolação que envolve os condutores é confinar o campo elétrico 
gerado pela tensão aplicada no seu interior, por isso não podem existir furos, trincas, 
rachaduras ou qualquer outro dano à isolação, uma vez que isso poderia significar um 
“vazamento” de linhas de campo elétrico, com subsequente aumento na corrente de fuga do 
cabo, o que provocaria aumento no risco de choques, curtos-circuitos e até incêndios. 
A isolação dos condutores elétricos também influenciam na capacidade de condução 
de corrente elétrica. Por isso que em toda montagem elétrica é de grande importância 
considerar as isolações dos condutores elétricos para cada aplicação. Destacaremos dois 
tipos de material isolante para condutores mais usados e conhecidos no mercado: o PVC e o 
EPR. 
 
1. Condutor elétrico com isolação em PVC: 
 
A isolação é construída com cloreto de polivinila, resina sintética, plastificantes, 
cargas e estabilizantes. Possui uma rigidez dielétrica e perdas dielétricas elevadas, 
acima de 10kv. Por isso os condutores elétricos com isolação PVC são limitados, 
com a tensão máxima de 6kv. A vantagem é que ele é altamente resistente a agentes 
químicos em geral e a água, tem uma boa resistência de não propagação de chamas, 
gerando consideravelmente fumaças e gases tóxicos e corrosivos quando submetido 
ao fogo. A isolação do condutor elétrico também tem seu limite de temperatura. O 
de PVC é 70°-regime normal; 100°-temperatura de sobre carga; 160°-temperatura 
 42 
de curto-circuito. A capacidade de condução de corrente de um condutor PVC com 
a bitola de 2,5mm² é cerca de 24 A. 
 
2. Condutor elétrico com isolação em EPR: 
 
A isolação é construída em etileno – propileno, mistura reticulada quimicamente 
resistente ao envelhecimento térmico, ótima flexibilidade. Rigidez dielétrica 
elevada, com baixa perda dielétrica, possibilitando assim o seu uso em altas tensões 
que podem chegar a seus 138kv. Possuem uma grande resistência a agua e produtos 
químicos em geral. A isolação em EPR possuem uma aplicação em alta densidade 
de corrente elétrica, devido ao seu bom desempenho em relação ao seu 
envelhecimento térmico. Temperatura de regime 90°- temperatura em sobrecarga 
130°- temperatura em curto circuito 250°. A capacidade de condução de um 
condutor EPR de 2,5mm² é cerca de 31A. 
 
 
3. 
 
Figura 34 – Isolação dos condutores 
 
 
De um modo geral, as isolações sólidas possuem uma boa resistência ao 
envelhecimento em serviço, uma reduzida sensibilidade à umidade e, desde que necessário, 
podem apresentar um bom comportamento em relação ao fogo. 
Em uma instalação residencial, os cabos mais utilizados são os cabos isolados e 
unipolares. O cabo isolado é dotado apenas de isolação. Os cabos isolados atendem aos 
requisitos de várias normas brasileiras, como por exemplo, NBR NM 247-3 e NBR 13248. 
O cabo unipolar é constituído de um único condutor que dotado de isolação e cobertura. 
Exemplo de normas aplicáveis: NBR 7286, NBR 7288, NBR 13248. Quando o cabo tem 
dois ou mais condutores, ele é chamado de Cabo Multipolar. 
 
 Isolação: Como o próprio nome diz, é responsável por isolar o condutor eletricamente. 
 
 Cobertura: Tem a função de proteger o condutor contra influências externas, tais 
como, impactos, cortes, abrasão, agentes químicos, entre outros. 
 
http://www.marieletric.com.br/publicacao/cabos-nao-halogenados-para-instalacoes-residenciais/4/39
http://www.marieletric.com.br/publicacao/cabos-nao-halogenados-para-instalacoes-residenciais/4/39
 43 
 
Figura 35 – Tipos de isolação 
 
 
10.2 Dimensionamento 
 
 O dimensionamento dos condutores elétricos leva em consideração vários fatores 
que devido às características das instalações podem ocasionar algum dano no condutor. 
Para tanto, três etapas devem ser consideradas: a verificação da seção mínima , o critério da 
máxima capacidade de condução de corrente e o critério da máxima queda de tensão. As 
três etapas devem ser verificadas e o resultado final é sempre o pior caso; ou seja, a maior 
seção deve ser escolhida 
 
 
10.2.1 Seção mínima 
 
Esse critério é baseado na NBR 5410 que especifica os condutores em mm2, 
conforme padrão IEC e leva em consideração o atendimento às condições mínimas de 
utilização adequada e de segurança. A Tabela abaixo mostra o limite mínimo, mas não um 
critério de dimensionamento para que o condutor tenha as características necessárias parta 
não se danificar face à atuação de determinado esforço, ou para permitir o funcionamento 
adequado de um circuito dentro de determinados padrões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
Tabela 14 – Seção mínima de acordo com NBR 5410 
 
Tipo de Instalaçao Utilização do circuito 
Seção mínima 
condutor 
(mm2) 
Material 
Instalações 
fixas em geral 
Cabos isolados 
Circuito de iluminação 1,5 
16 
Cobre 
Alumínio 
Circuito de força 
2,5 
16 
Cobre 
Alumínio 
Circuito de sinalização e 
circuito de controle 
0,5 
Cobre 
 
Condutores nus 
Circuito de força 
10 
16 
Cobre 
Alumínio 
Circuito de sinalização e 
circuito de controle 
4 Cobre 
Ligações flexíveis feitas com 
cabos isolados 
Circuitos a extrabaixa 
tensãopara aplicações 
especiais 
0,75 Cobre 
Para qualquer outra 
aplicação 
0,75 cobre 
Para em equipamento 
específico 
Como especificado na norma do 
equipamento 
 
 
10.2.2 Capacidade de Condução 
 
 Dentro desse critério muitas variáveis como maneira de instalar, tipo de isolação do 
condutor, influencia de da temperatura de outros condutores, etc, serão consideradas. Para 
isto, faremos uma seqüência passo-à-passo. A seguir serão apresentadas as tabela dos 
parâmetros utilizados. Também, serão necessários alguns dados que serão retirados do 
projeto elétrico (planta) como a quantidade de condutores ou circuito existentes em cada 
trecho da tubulação. 
 
Tabela 15 – Tipos de instalações 
 
 
 
 
 45 
Tabela 15 – Tipos de instalações – cont. 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
Tabela 15 – Tipos de instalações – cont. 
 
 
 
 
 
 
Tabela – 01 – Tipos de instalações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
Tabela 15 – Tipos de instalações – cont. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela – 01 – Tipos de instalações 
 
 
 
 
 48 
Tabela 15 – Tipos de instalações – cont. 
 
 
 
 
 
Tabela 16a – Capacidade de condução de corrente (A) – Métodos A1, A2, B1, B2, C e D 
Fios e cabos com isolação PVC – condutor de cobre 
 
 
 
 
Fonte: Pirelli 
 49 
 
 
 
 
 
Tabela 16b – Capacidade de condução de corrente (A) – Métodos A1, A2, B1, B2, C e D 
Fios e cabos com isolação EPR ou XLPE – condutor de cobre 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Pirelli 
 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
Tabela 16c – Capacidade de condução de corrente (A) – Métodos E, F e G. 
Fios e cabos com isolação PVC – condutor de cobre 
 
 
 
 
 
Fonte: Pirelli51 
 
 
 
Tabela 16d – Capacidade de condução de corrente (A) – Métodos E, F e G. 
Fios e cabos com isolação EPR ou XLPE – condutor de cobre 
 
 
 
 
 
Fonte: Pirelli 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
Tabela 17 - Fatores de correção de temperatura 
 
 
Fonte: Pirelli 
 
 
 
Tabela 18 – Fatores de correção de agrupamento 
 
 
Fonte: Pirelli 
 
 53 
11. PROCEDIMENTO PARO CÁLCULO DA SEÇÃO DO CONDUTOR FASE 
 
 A seguir descreveremos o procedimento para calcular a seção de cada circuito 
conforme as três analises mostradas no item anterior. Posteriormente, demonstraremos em 
um exercício pratico esse procedimento até a definição final do condutor escolhido. 
 
11.1 Escolha conforme NBR-5410 
 
➢ Verificar a seção através da Tabela 14, de acordo com o tipo de instalação, a 
utilização do circuito e o tipo de material. 
 
11.2 Método da capacidade de condução 
 
➢ Passo 1 – Cálculo da corrente de projeto 
 
A corrente de projeto Ib será definida como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Passo 2 – Cálculo corrente corrigida 
 
A temperatura da corrente de projeto sofrera influência da temperatura ambiente em 
razão da instalação e também dos outros condutores carregados (energizados) dentro 
do mesmo duto. Assim, a corrente passa a ser definida como corrente corrigida: 
 
 
 
 
 
 
Onde : 
 
f1 - fator de correção de temperatura – obtido através da Tabela 17 
 
f2 – fator de correção de agrupamento – obtido através da Tabela 18 ( com apoio de Tipos 
 
de instalações Tabela 15) 
 
Em residências podemos 
considera FP = 1 
Para os reatores e motores o 
ideal é conhecer o FP, ou 
utilizar 0,9 para reator de alto 
FP, 06 para reator de baixo FP e 
0,8 para motores. 
Onde: P – potência do circuito (W) 
 V – tensão do circuito (V) 
 FP – fator de potência do circuito 
=
b
I
FP
x
V
P 1
 
 
=
b
I ,
21
ff
b
I
 
 
 54 
➢ Passo 3 – Definição da seção nominal do condutor 
 
Com o valor de Ib’, determinar na Tabela 16 o condutor em mm2 . Para isso, verifica-
se o tipo de instalação e a quantidade de condutores carregados (ou que serão 
energizados). 
 
 
11.3 Máxima queda de tensão 
 
Um outro parâmetro que influencia no calculo da seção do condutor é o seu 
comprimento, ou seja, a distancia da carga consumidora até o quadro medidor. 
 
➢ Para circuitos monofásicos o calculo da seção transversal fica definida: 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
• ∆Vmax – queda de tensão máxima admissível 
• ρ - resistividade do material – cobre = 
m
mm2
57
1
 
• L – comprimento do circuito - metros 
 
 
➢ Para os circuitos trifásicos o calculo da seção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Quando o fator de potencia for considerável, a seção fica definida: 
 
 
 
 
 
 
 
%100
2
max
x
VV
IL
S
nom
b
mim 
=

 
V
IL
S b
mim 
=
2
 
%100
3
max
x
VV
IL
S
LL
L
mim 
=

 
max
3
V
IL
S L
mim 
=

 
%100
cos2
max
x
VV
IL
S
nom
mim 
=

 
%100
cos3
max
x
VV
IL
S
nom
mim 
=

 
 55 
Observações: 
 
Segundo a NBR 5410 
 
Para instalação alimentada diretamente por um ramal de baixa tensão, a partir de 
uma rede de distribuição publica: 
 
Iluminação – 4% 
Outras utilizações – 4% 
 
Queda de tensão parcial nos circuitos terminais: 
 
Iluminação – 2% 
Outras utilizações – 4% 
 
 
11.4 Determinação do condutor Neutro e Terra 
 
As tabelas 19 e 20, mostram as seções utilizadas nos circuitos para os condutores 
Neutro e Terra, tendo como referencia o condutor fase. 
 
 Tabela 19 – seção do condutor Neutro Tabela 20 – Seção do condutor Terra 
 
 
 
 
 
 
 56 
11.5 Exemplo 
 
Dimensionar os condutores do circuito 1 de um chuveiro mostrado abaixo. 
Considerar : comprimento der 10 m , P= 3500 W, fp = 1, V = 220V, instalação com 
condutores em PVC-70oC , em eletroduto embutido em alvenaria, com 4 condutores 
carregados no eletroduto. 
 
• NORMA : S = 2,5 mm2 
 
• CAPACIDADE: 
 
A15,9
220.1
3500
V.fp
P
B
I === 
 A1,12
0,80.0,94
15,9
F2.F1
B
I
'
B
I == 
• Pela Tabela 17 : F1 = 0,94 
• Pela Tabela 15: maneira de instalar B1 
• Pela Tabela 18 : F2 = 0,80 
 
• Com o valor de IB’= 21,1 A, entrar na Tabela 16 : S = 2,5 mm
2 
 
• QUEDA DE TENSÃO 
 
 
 
 
 
• ∆Vmax = 2% 
• ρcobre = 
m
mm2
57
1
 
 
 seção comercial a ser utilizada. 
 
 
Comparando os três procedimentos, concluímos que a seção adotada será: 
 
 
 
S = 2,5 mm2 
 
100%x
ΔVV
IL2ρ
S
maxnom
mim
B= 
%100
9,15102
220%257
x
xx
S
xxmim
= 
25,1 mmS = 23,1 mmSmim = 
 57 
12. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
 
 As prescrições fundamentais da NBR 5410 são destinadas a garantir a segurança das 
pessoas, animais domésticos e de bens, contra os perigos e danos que possam resultar da 
utilização da instalações elétricas. 
Os disposistivos de proteção numa instalação elétrica são constituídos pelos fusíveis 
e disjuntores. A função desses dispositivos é proteger os condutores elétricos de 
sobrecargas e curto-circuitos e, no caso do disjuntor diferencial residual proteger também 
as pessoas contra o “choque”. 
Faremos uma breve apresentação de alguns tipos de fusíveis para que o leitor tenha 
uma breve noção, pois esses componentes não são mais utilizados nas novas instalações 
elétricas residenciais. Por outro lado, ainda existem milhares de residências que utilizam os 
fusíveis tipo rolha e tipo cartucho como proteção dos circuitos. 
 
12.1 Fusíveis 
 
 São constituídos por um condutor de seção pequena, denominado de elo fusível e 
montados em uma base de material isolante. Na ocorrência de correntes elevadas, o elo 
fusível se funde, interrompendo a passagem de correntes, antes que ocorra algum dano à 
instalação. Devem ser sempre ligados de maneira a proteger o condutor fase. 
 
12.1.1 Fusível Tipo Rolha 
 
 Montado em um corpo de porcelana com os contatos de continuidade sendo realizados 
através da rosca de fixação ao soquete e de um terminal na parte inferior. Os valores 
nominais são de pouca precisão. Não atendem às características exigidas na NBR-5410 e 
NBR-11840. 
 Figura 36 – fusíveis de porcelana tipo rolha 
 
12.1.3 Fusível Tipo Cartucho: Montado num invólucro cilíndrico de papelão, com 
terminais de cobre, tipo faca. Apresentam corrente de fusão imprecisa como o fusível rolha. 
Não atendem às características exigidas na NBR-5410 e NBR-11840. 
 
 
 
 
 
 
 
Valores nominais 
(A): 
6,10,15,20,25,30 
Valores nominais (A): 
6,10,15,20,25,30, 40, 45, 50, 
60 
 58 
 
 
 Figura 37 – fusíveis cartucho 
12.1.2 Fusível Tipo Diazed: Constituído em corpo de porcelana, onde o contato menor se 
aloja em um encaixe exclusiva para seu valor nominal.O interior do compartimento é 
preenchido com areia. São fabricados nas versões rápida e retardada. Suas utilizações 
ocorrem em instalações onde se exige uma melhor confiabilidade e na proteção de motores 
elétricos. 
 
 
 Figura 38 – fusíveis retardados - dazed 
 
12.1.3 Fusível Tipo NH: Montado num corpo de porcelana, com seção quadrada ou 
retangular e terminais tipo faca. Possui indicador de fusão e elo fusível de cobre. Atuação 
para sobrecarga e curto e também atuação apenas para curto-circuito. Apresentam valores 
nominais de correntes bastante precisos. 
 
 
 
 
 
 
 Figura 39 – fusíveis de porcelana tipo NH 
 
12.2Disjuntores 
 
12.2 .1 Disjuntor Termomagnético 
 
Os disjuntores termomagnéticos têm a mesma função que as chaves fusíveis e dos 
interruptores. Entretanto, o disjuntor quando atua, apenas desliga e não queima, podendo, 
Valores nominais (A): 
2, 4, 6, 10, 20, 25, 35, 50, 
63, 80, 100. 
Valores nominais (A): 
6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50,63, 80, 100, 125, 200, ... 1250. 
 59 
posteriormente, ser religado. Na verdade, eles possuem um dispositivo bi metálico que na 
ocorrência de uma elevação de temperatura, ele desprende uma trava, abrindo o contato de 
modo a interromper o circuito. 
Basicamente existem no mercado os disjuntores monopolares, bipolares e tripolares, 
nos padrões IEC e NEMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 40 – disjuntores padrão IEC e NEMA 
 
12.2.2 Disjuntor Diferencial Residual 
 
 É um dispositivos constituído de disjuntor termomagnético acoplado a um outro 
dispositivo: o diferencial residual (DR). Além da proteção contra sobrecarga e curto-
circuito, ele protege as pessoas contra contatos diretos e indiretos (choques elétricos);ou 
seja, permite desligar um circuito sempre que seja detectada uma corrente de fuga superior 
ao valor nominal. Essa corrente de fuga é avaliada pela soma algébrica dos valores 
instantâneos das correntes nos condutores monitorizados (corrente diferencial). 
Os Módulos DR ou Disjuntores DR de corrente nominal residual até 30mA, são 
destinados fundamentalmente à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais 
residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas, são destinados 
apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga à terra, tais 
como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios. 
Um fio descascado, uma tomada ou um interruptor com defeito podem colocar em 
risco pessoas e bens. São frequentes os problemas associados a mau isolamento em 
aparelhos ou eletrodomésticos. Superfícies com que se lida quotidianamente e consideradas 
geralmente seguras, como o registro do chuveiro, o painel de uma máquina de lavar, ou a 
porta da geladeira, podem tornar-se causas do choque elétrico. O Dispositivo DR atua em 
Valores comerciais (A) 
Padrão IEC: 
6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100, 
125. 
Padrão NEMA: 
5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 
100. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9ctrica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9ctrica
 60 
quaisquer uma destas situações, sempre que uma fuga de corrente coloque em risco vidas e 
bens. 
Os benefícios oferecidos pelo DR são tão importantes que a Norma de Instalações 
Elétricos - NBR 5410 torna a sua instalação obrigatória nos alimentadores de áreas 
perigosas tais como: cozinhas, banheiros e áreas externas de residencias, prédios públicos, 
supermercados, shoppings, hotéis e outras instalações públicas e privadas. 
 
SENSIBILIDADE: de 30 à 300mA 
TENSÃO NOMINAL: 240 Vca Bipolar, 415 Vca tetrapolar 
CORRENTE NOMINAL: 63, 80, 100 e 125A (até 225 A ) 
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO: 30ma 
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO INDIRETO: 100mA a 300mA 
TEMPO DE FECHAMENTO DIFERENCIAL: <0,10 S 
BORNES PARA CABOS RÍGIDOS: até 35mm 
INSTALAÇÃO PARA TRILHOS DIN: 35mm 
 Figura 41 – disjuntor DR tretapolar 
 
12.2.3 Interruptor Diferencial Residual 
 
 Este dispositivo possui as características do dispositivo diferencial residual 
encontrado no disjuntor diferencial. Suas funções são interromper a corrente elétrica, ou 
seja, fazer o chaveamento e proteger as pessoas contra contatos diretos e indiretos (choques 
elétricos). Esses disjuntores possuem baixa capacidade de interrupção e deve ser ligado aos 
condutores fases e também o neutro. 
 O tipo de interruptor diferencial residual de alta sensibilidade encontrado no 
mercado é o tetrapolar. 
 
 61 
sensibilidade In (A) 2 módulos 4 módulos 
30 mA 
25 BDC225/030 BPC425/030 
40 BDC240/030 BPC440/030 
63 BPC263/030 BPC463/030 
80 BPC280/030 BPC480/030 
100 BPC2100/030 BPC4100/030 
100 mA 
25 BPC225/100 BPC425/100 
40 BPC240/100 BPC440/100 
63 BPC263/100 BPC463/100 
80 BPC280/100 BPC480/100 
100 BPC2100/100 BPC4100/100 
300mA 
25 BDC225/300 BPC425/300 
40 BDC240/300 BPC440/300 
63 BPC263/300 BPC463/300 
80 BPC280/300 BPC480/300 
100 BPC2100/300 BPC4100/300 
500 mA 
25 BPC225/500 BPC425/500 
40 BPC240/500 BPC440/500 
63 BPC263/500 BPC463/500 
80 BPC280/500 BPC480/500 
100 BPC2100/500 BPC4100/500 
 Figura 42 – interruptoresDR bipolar e tetrapolar. 
 
 
 Os interruptores DR devem ser usados nos circuito em conjunto com dispositivos a 
sobrecorrente (disjuntor ou fusível), colocados anteriormente a eles. 
 
 
12.2.4 Dimensionamento do disjuntor termomagnético e fusível 
 
Na coordenação entre os dispositivos de proteção e os condutores, devemos satisfazer 
duas condições simultaneamente: 
 
1ª condição: Ib < In < Iz 
 
2ª condição: I2 < 1,45 Iz 
 
 I2 para o disjuntor : I2 = Id = 1,35 In 
 I2 para o fusível : I2 = If 
 
Ib – corrente de projeto 
In – corrente nominal do fusível ou disjuntor (vide valores nominais) 
Iz – corrente nominal do condutor (Tabela 02-condutores) 
Id – corrente de disparo térmico 
IF – corrente de fusão (tabela abaixo) 
I2 – corrente que assegura o acionamento do dispositivo de proteção sem que ocorra dano no 
condutor. 
 
 
 62 
Tabela 21 – valores nominais da corrente da proteção. 
 
Corrente nominal – In 
(A) 
IF INF 
In ≤ 4 2,1 In 1,5 In 
4 < In ≤ 10 1,9 In 1,5 In 
10 < In ≤ 25 1,75 In 1,4 In 
25 < In ≤ 100 1,6 In 1,6 In 
100 < In ≤ 1000 1,6 In 1,6 In 
 
 
 
13. Quadro de distribuição 
 
No caminho até os interruptores e tomadas, essa energia passa pelo quadro de 
medição que está associado a um equipamento o qual mede o consumo mensal (medidor) e 
daí então chega através de um ramal de entrada ao chamado quadro de distribuição de 
onde partirão os circuitos que irão alimentar pontos de luz e tomadas que fornecerão 
energia aos aparelhos eletroeletrônicos a elas plugados, além de cargas cuja potência é 
considerada elevada como chuveiros elétricos, torneira elétrica, etc. É nele onde estão os 
dispositivos de proteção para proteger todos os circuitos terminais. 
 O quadro de distribuição deve estar localizado em lugar de fácil acesso, no 
baricentro das cargas (onde há maior concentração das cargas), mais próximo possível do 
medidor e distante de locais molhados como lavanderia, banheiro e cozinha. E, deve ser 
colocado a 1,2 m do piso acabado, medidos pela parte inferior do quadro. No mercado são 
encontrado vários tamanhos, normalmente vendido pelo numero de disjuntores que são 
acoplados. 
 
 
 
 
 Figura 43 – Quadro de distribuição com entrada trifásica 
 
 
 Em instalações comerciais e industriais, para evitar interferências e acidentes, é 
conveniente separar os motores em outro quadro de distribuição. 
 Critérios para circuitos reservas: 
 
• Quadros com até seis circuitos, prever dois circuitos; 
 63 
• Quadros com até 12 circuitos, prever 3 circuitos; 
• Quadros de 13 a 30 circuitos, prever 4 circuitos; 
• Quadros acima de 30 circuitos, prever 15% dos circuitos. 
 
No mercado são encontrados vários tamanhos de quadro, normalmentevendido pelo 
número de disjuntores que serão acoplados. 
 
13.1 Tipos de montagens do quadro de distribuição 
 
 Atualmente, os quadros são montados com disjuntores termomagnéticos e/ou 
disjuntor diferencial residual. A quantidade de disjuntores é baseada no número de circuitos 
terminais que a residência necessita. E a quantidade de fases, depende da quantidade de 
carga instalada, ou seja, da quantidade de tomadas e lâmpadas. 
 
 
 
13.2 Quadros com entrada monofásica, bifásica e trifásica 
 
 
 Esses tipos de montagens baseiam-se no tipo de fornecimento de energia, ou seja, 
sistema monofásico, bifásico ou trifásico. Abaixo estão representados a montagem de dois 
quadros monofásicos com e sem proteção diferencial: 
 
 
 Figura 44 – Quadros monofásicos sem e com proteção do disjuntor DR. 
 
 
 
 64 
 Abaixo estão representados dois quadros Bifásicos, um utilizando um disjuntor 
termomagnético na proteção geral e outro utilizando disjuntor diferencial residual: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 45 – Quadros bifásicos sem e com proteção do disjuntor DR. 
 Finalmente a representação do quadro Trifásico com proteção geral do disjuntor 
diferencial residual: 
 
Figura 46 – Quadro Tifásico com proteção do disjuntor DR. 
 
 65 
 A proteção pode ser realizada utilizando o interruptor IDR; entretanto ele deve ser 
utilizado em conjunto com a proteção do disjuntor termomagnético, conforme as 
configurações abaixo: 
 
Figura 47a - IDR e DTM no quadro. Figura 47b - Uma proteção no medidor e o outra . . 
no quadro 
 
Os circuitos parciais também podem ser protegidos individualmente, principalmente 
em áreas molhadas como banheiros, cozinha e lavanderias, conforme analisado 
anteriormente. Nesses casos pode ser utilizado o interruptor DR para cada circuito ou 
equipamento de potencia alta como o chuveiro. 
 
 
Figura 48 – Quadros bifásicos sem e com proteção do disjuntor DR. 
 
 66 
13.3 Montagem pratica de quadros de distribuição 
 
 
 Os quadro de distribuição são produzidos em diferentes tipos de materiais, formato 
e tamanhos diferentes. Um quadro para 12 disjuntores no padrão NEMA, comporta 16 
disjuntores padrão DIN. 
 
 
 Figura 49a Figura 49b Figura 49c 
 
 A figura xxa mostra o quadro com uma chave geral (disjuntor termomagnétrico), 
isolados dos disjuntores dos circuitos parciais; enquanto que a Figura xxb, a chave geral 
(interruptor DR), está alinhada com os disjuntores dos circuitos parciais. A figura xxc, a 
chave geral é composta pelo disjuntor termomagnético e o interruptor DR, alinhados com 
os disjuntores dos circuitos parciais. 
 
13.4 Representação unifilar do quadro de distribuição 
 
 Os quadros podem ser representdos atraves do diagrama unifilar para simplificar 
apresentação, assim como a representação dos condutores, os dispositivos de proteção e os 
circuitos definidos pelo projetista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 67 
 
 
 
 
Figura 50 – Quadros bifásicos sem e com proteção do disjuntor DR. 
 68 
14. Dispositivo de proteção contra surtos elétricos (DPS) 
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos elétricos ou descargas atmosféricas 
(DPS) são como disjuntores que protegem a parte interna da residência, desligando a 
energia da rede elétrica quando há uma descarga atmosférica muito forte. 
Essa descarga, conhecida como surto elétrico, tem como consequência danificar parcial ou 
totalmente os equipamentos conectados à tomada. Ou seja, compromete tanto a rede 
elétrica quanto a telefônica. 
Desta forma, o DPS pode ser instalado na entrada padrão ou no Quadro de 
Distribuição Geral (QDG), protegendo todos os aparelhos ou apenas um. De um lado, o 
dispositivo está ligado à fase/ neutro; do outro extremo, à terra. 
Quando há descargas atmosféricas, o dispositivo regula a tensão fornecida e a absorve, 
escoando-a para o sistema de aterramento. Quando essa energia está além da sua 
capacidade, o aparelho é queimado, acionando o dispositivo térmico que desliga toda a rede 
elétrica, evitando danos aos equipamentos. 
Para verificar se houve essa queima, todos os dispositivos de proteção possuem um 
indicador de estado. Se ele ficar vermelho, é porque o circuito está danificado, precisando 
ser trocado. 
Há muitas opções de dispositivos que atendem a vários equipamentos e a vários ambientes. 
Afinal, cada Dispositivo de Proteção contra Surto Elétrico possui uma finalidade. 
❖ Classe I: instalações que levam descargas atmosféricas diretamente nas hastes de para-
raios ou na rede elétrica. É um recurso muito utilizado em indústrias e em construções 
de elevadas alturas. Assim, protegem os sistemas de baixa tensão contra sobretensões e 
altas correntes de surto provocadas por raios, diretos ou indiretos. Esses dispositivos 
possuem o nível de proteção de tensão de até 1,5kV e com correntes de impulso de 
25…100kA, com forma de onda de 10/350µs. 
❖ Classe II: usadas para proteger o local, em geral, do aumento excessivo da tensão 
(sobretensão). Esses dispositivos adequados a proteção contra os efeitos das descargas 
indiretas. Estes modelos são os mais utilizados em residências e pequenos imóveis 
comerciais ou de serviços, na proteção de descargas indiretas, como complemento ao 
trabalho dos modelos classe I, ou ainda na prevenção contra sobre tensões de manobra. 
Sua instalação normalmente é feita nos quadros de distribuição. A tensão de operação 
continua de 350 V AC. Isto aumenta a segurança em sistemas com picos de tensão 
prolongados. 
❖ Classe I e II (combinado) são utilizados para proteção contra sistemas de baixa tensão. 
Eles unem a capacidade de descarga do DPS classe II com o nível de proteção 
característicos do DPS classe I. Com a combinação do DPS Classe I e II o nível de 
proteção é de 1,5kV. Eles são testados através de correntes de impulso de 25 ...100kA, 
com formas de onda de 10/350µs. 
http://www.lojaclamper.com.br/index.php/produtos/protecao-geral.html
 69 
❖ Classe III: o nível de proteção dessa classe abrange equipamentos sensíveis a surtos. 
Utilizado na maioria das residências e em lugares onde não pode haver nenhum tipo de 
alteração na tensão. Por exemplo, em hospitais, onde há aparelhos que não suportam 
variações repentinas na potência elétrica. 
Os DPS de classe III protegem uma série de equipamentos individualmente. Os 
dispositivos fabricados garantem segurança tanto para aparelhos residenciais quanto 
industriais. Esses modelos de DPS como já dito, são instalados diretamente nos QDGs, 
onde entram a fase ou as fases de um lado e neutro incluso, e do outro lado são conectados 
diretamente os condutores direcionados a haste de aterramento. 
 
Figura 51 – Representação do DPS para um sistema trifásico e bifásico. 
 No quadro de distribuição os DPS`s devem ser conectados na saída do disjuntor 
termomagnético e a entrada do dispositivo DR e o barramento do aterramento conforme 
mostra a figura52. 
 
Figura 52 – Chave geral com disjutor termomagnético, interruptor DR e DPS. 
 70 
Os DPS são instalados entre o condutor de fase e o terminal de aterramento da 
instalação. Por isso a tensão nominal do DPS deverá ser a tensão fase-terra do sistema. Para 
redes 220/127V, DPS 175V, redes 380/220V, DPS 280V e redes 440/254V, DPS 320V. 
 
15. TUBULAÇÃO 
 
15.1 INTRODUÇÃO 
 
Existe um importante tema para ser discutido que são as tubulações por onde 
passam os fios e cabos até chegarem nas tomadas, interruptores e lâmpadas. 
Assim, vamos aprendera maneira correta de passar os fios pela tubulação, as 
ligações de todos os tipos de interruptores, tomadas, sensores, etc. 
A tubulação é o caminho por onde passam os fios do quadro geral até o quadro de 
distribuição, do quadro de distribuição até as tomadas, interruptores e lâmpadas, de tomada 
para tomada, etc., conforme podemos notar na Figura53 abaixo: 
 
 
 Figura 53 – distribuição da tubulação 
 
A tubulação também denominada de eletroduto, geralmente são de aço carbono, 
PVC, e Polietileno de anta densidade (PEAD), rígido e flexíveis. 
 
 
 71 
15.2 Dimensionamento de tubulação 
 
Inicialmente é necessário determinar a área externa dos condutores (Tabela 22.1), 
incluindo a isolação e a capa de proteção para depois verificar a taxa de ocupação dentro 
dos eletrodutos Tabela 22.2, 22.3 e 22.4. Com os dados defini-se a escolha do eletroduto. 
 
 
 Pvc rigido aço galvanizado 
 
 
 
 
 
Tabela 22.1 – Seção dos condutores 
 72 
 
 
As tabelas a seguir mostram as áreas internas dos eletrodutos e a porcentagem de 
ocupação dos condutores. 
 
 
 
 
Tabela 22.2 –pvc 
 
 
 
 
Tabela 22.3 – Polietileno 
 73 
 
 
Tabela 22.4 - Aço 
 
A colocação e retirada de condutores são realizadas por força (“puxamento”) 
mecânica, assim, a quantidade de condutores elétricos não deve ocupar mais que 40% da 
área útil do eletroduto > Essa porcentagem, também garante a segurança dos condutores em 
relação ao sobreaquecimento. 
Para facilitar o dimensionamento em instalações com eletroduto de PVC rígido, 
pode-se utilizar a Tabela 23, principalmente quando os condutores forem de mesma seção. 
Caso os condutores sejam de seções diferentes, leve como referencia o de maior seção para 
definir o valor final. 
 
 74 
 
 
 
Tabela 23 – seção dos eletrodutos de PVC 
 
Verifica-se que a Tabela 23 determina a quantidade de condutores que podem ser 
instalados dentro dos eletrodutos, para isso relaciona o numero de condutores e sua a 
bitola(área transversal) com a bitola dos eletrodutos. Vários acessórios são utilizados para 
os eletrodutos rígidos como curvas pré-fabricadas, luvas, buchas, abraçadeiras, etc. 
A Tabela 24 apresenta a conversão de mm para polegada 
 
 
Tabela 24 – Conversão de padrão 
 
15.3 Eletrocalha 
 
 Para os perfilado e eletrocalhas, a Norma não estabelece uma taxa de ocupação 
máxima; desta maneira, podemos por analogia, adotar a recomendação da norma para a 
ocupação dos eletrodutos de 40% da sua área transversal, Figura 54 e Tabela 25. 
 
 
 75 
 
Figura 54 
 
 
Tabela 25 
 
 
 76 
 
16 DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA ELÉTRICA 
 
16.1 Demanda de energia 
 
Observando o funcionamento de uma instalação elétrica residencial, comercial ou 
industrial, pode-se constatar que a potência elétrica consumida é variável a cada instante. 
Isto ocorre porque nem todas as cargas instaladas estão em funcionamento simultâneo. A 
potência total solicitada pela instalação da rede a cada instante será, portanto, função das 
cargas em operação e da potência elétrica absorvida por cada uma delas a cada instante. Por 
isso, para realizar o dimensionamento dos condutores elétricos que alimentam os quadros 
de distribuição, os quadros terminais e seus respectivos dispositivos de proteção, não seria 
razoável nem técnica nem economicamente a consideração da demanda como sendo a soma 
de todas as potências instaladas. 
 
Conceitos: 
 
Carga ou Potência Instalada : é a soma de todas as potências nominais (W) de todos os 
aparelhos elétricos pertencentes a uma instalação ou sistema. 
 
Demanda: é a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um 
aparelho ou por um sistema. 
 
Demanda Média de um Consumidor ou Sistema: é a potência elétrica média absorvida 
durante um intervalo de tempo determinado. 
 
Demanda Máxima de um Consumidor ou Sistema: é a maior de todas as demandas 
ocorridas em um período de tempo determinado; representa a maior média de todas as 
demandas verificadas em um dado período. 
 
Potência de Demanda ou Provável Demanda (PD): é a demanda máxima da instalação 
(VA). Este é o valor que será utilizado para o dimensionamento dos condutores 
alimentadores e dos respectivos dispositivos de proteção. É utilizado também para 
classificar o tipo de consumidor e seu padrão de atendimento pela concessionária local. 
 
Fator de Demanda: é a razão entre a Demanda Máxima e a Potência Instalada 
 
InstaladaPotência
MáximaDemanda
FD = 
 
Para dimensionarmos os condutores, proteções de cada Quadro de Distribuição e da 
Entrada, é necessário calcular inicialmente a Potencia de Demanda e, posteriormente, 
aplicar os métodos utilizados anteriormente para os circuitos terminais. 
 
 
 
 77 
PD = ( Ʃ PILUM + Ʃ PTUG ).FD1 + Ʃ P2 . FD2 + Ʃ P3 . FD3 +....+ Ʃ P10 . FD10 
 
 
 
 
 
 
 
 78 
Fatores de Demanda 
 
 
 
As tabela a seguir estão disponíveis no manual LIG 2000 da AES Eletropaulo. 
 
 
 79 
 
 
 80 
 
 
 
 81 
 
 
 
 
 
 
 82 
 
 
 
 83 
17 MOTORES ELÉTRICOS 
 
17.1 MOTOR DE INDUÇÃO 
 
A grande maioria dos motores utilizados são os de indução, em razão do baixo 
custo, simplicidade e durabilidade. Assim, para os nossos cálculos consideraremos esse tipo 
de motor. 
 
 
 
Conceitos: 
 
1) Fator de serviço (FS): é o fator que aplicado à potencia nominal, indica a sobrecarga 
permissível que pode ser aplicada continuamente.. 
 
2) Velocidade síncrona (ns): é a velocidade de rotação do campo girante. Essa velocidade 
é definida pela quantidade de pares de pólos que constitui o estator. 
Fator de Demanda: é a razão entre a Demanda Máxima e a Potência Instalada 
 
 
 
 
 84 
 
 
 
 
17.2 DISTRIBUIÇÃO EM CIRCUITOS 
 
 
 
 
 
 
 85 
 
 
 
 
 
 
 
17.3 Dimensionamento dos condutores e proteções 
 
 Na partidos dos motores elétricos a corrente de partida é varias vezes maior que a 
corrente nominal, pois precisa vencer a inércia. Assim, no dimensionamento dos condutores 
por queda de tensão, deve-se observar também que durante a partida do motor, a queda de 
tensão não ultrapasse a 10% da tensão nominal. 
 Em razão dessa e de outras subcorrentes, a corrente de projeto IB para o 
dimensionamento do condutor do ramal terminal: 
 
 86 
 
 
17.3.1 Capacidade de condução de corrente 
 
Lembrando: 
 
Onde : 
 
f1 - fator de correção de temperatura – Tabela 03 
f2 – fator de correção de agrupamento – Tabela 04 ( maneira de instalar Tabela 01) 
 
➢ Passo 3 – seção nominal 
 
Com o valor de IB’, determinar na Tabela 02 o condutor em mm2 através da 
comparação com a corrente Iz ( da tabela - capacidade de condução de corrente). 
 
Para circuitos monofásicos o calculo da seção transversal fica definida: 
 
 
 
 
 
17.3.2 Critério da Queda de Tensão 
 
 
 87 
 Para os circuitos trifásicos o calculo da seção: 
 
 
 
 
 
Limites de queda de tensão 
 
 
A partir da rede de distribuição publica em baixa tensão 
 
 
 
A partir de uma substação (rede publica de alta tensão) 
 
 
 
 
 
17.4 Dimensionamento dos dispositivos de proteção 
 
 Normalmente, em circuitos com motores, são utilizados fusível Diazed ou Nh , 
ambos de ação retardada em conjunto com relé bimetálico ou térmico. Os fusíveis são 
dimensionados levando em consideração a corrente de partida dos motores, sendo sua 
atuação de proteção contra corrente de curto-circuito. Enquanto que os relés com a 
finalidade de proteção contra corrente de sobrecarga. 
 Corrente de curto-circuito : superior a 10 vezes In 
 Corrente de sobrecarga: entre In e 10 vezes In. 
 
 88 
 
I) PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO 
 
 
 
 
 
 89 
 
 
II) PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGA 
 
A atuação dos reles bimetálicos ocorrem de forma mais lenta que os fusíveis, assim, 
eles não atuam na corrente de partida dos motores. Sua atuação ocorre somente quando

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