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2° TRABALHO DA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS-2017 ASSUNTO: MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICA Aluno: Felipe Ewald Ferreira Email da aluno: lipeewald@hotmail.com WhatsApp/telefone: 9 8538-7417 Data: 07 de julho de 2017 Horário: 07h15min Professor da Disciplina: Pedro Alexandrino Bispo Neto Email: laboratoriopedrobispo.gmail.com WhatsApp/telefone: 9 9697-0019 Coordenação: ELETROMECÂNICA/MECATRÔNICA Nota do Trabalho: __________/5 pontos 2 Sumário 1 – Introdução ............................................................................................. 3 2 – Princípio de Funcionamento ................................................................. 4 3 - Partes Constituintes............................................................................... 5 3.1 - Estator ............................................................................................................................ 5 3.2 - Rotor .............................................................................................................................. 5 3.3 - Outras Partes ................................................................................................................. 6 4 - Tipos...................................................................................................... 7 4.1 - Rotor Bobinado .............................................................................................................. 7 4.2 - Rotor em gaiola .............................................................................................................. 8 5 - Conceitos .............................................................................................. 9 5.1 - Fator de Serviço ............................................................................................................. 9 5.2 - Corrente de Partida ........................................................................................................ 9 5.3 - Conjugado ...................................................................................................................... 9 5.4 - IP/IN ..............................................................................................................................10 6 - Ensaios ................................................................................................ 11 6.1Rotor Travado ..................................................................................................................11 6.2 - A Vazio ..........................................................................................................................12 6.2.1 - A Vazio com Circuito de Rotor Aberto .....................................................................12 6.2.2 - A Vazio com Circuito de Rotor em curto..................................................................14 7 - Controle de Velocidade de um MIT Usando um Inversor de Frequência ................................................................................................................. 16 7.1 - Princípio de Funcionamento de um Inversor de Frequência ..........................................16 8 - Método de Partida Utilizando uma Chave de Partida Soft Starter ........ 18 8.1 - Princípio de Funcionamento do Soft Starter ..................................................................18 9 - Conclusão ........................................................................................... 20 10 - Referências Bibliográficas ................................................................. 21 3 1 – Introdução Ao passar dos séculos o homem muitas vezes se via limitado, o tempo para um trabalho que envolvesse força física era gigantesco e as vezes até impossível. Seguindo o desenvolvimento das tecnologias humanas, diversos mecanismos para facilitação do trabalho braçal foram sendo criados. Sem margem de dúvidas o motor de indução foi e é um desses mecanismos mais usados. Diante da variada necessidade de trabalhos que envolvam força, o motor de indução trifásico se torna indispensável. Por apresentar um desempenho muito melhor que a força humana, o motor de indução é largamente empregado para trabalhos que envolvam uma força mecânica por um período prolongado ou simplesmente uma grande força. Apresentando um funcionamento simples e uma praticidade muito grande em sua instalação, o motor de indução com certeza apresenta muito mais vantagens do que desvantagens. O emprego do motor de indução reduz o custo de trabalho que envolva força além de proporcionar uma facilitação do esforço. 4 2 – Princípio de Funcionamento Todo motor de indução trifásico será constituído de um estator e um rotor ligado a um eixo. O estator é a parte da máquina que recebe a alimentação elétrica de uma rede, sendo que esta rede deve ser trifásica. Em seu aspecto construtivo os enrolamentos do estator são defasados espacialmente em 120º, o número de polos da máquina de indução, depende de quantas bobinas estão associadas em serie no mesmo enrolamento. Como a tensão aplicada no estator é alternada, a variação da corrente nas bobinas do estator resultará em um campo girante. Vale ressaltar que essas correntes devem ser trifásicas. Como o rotor encontra-se dentro estator, a rotação do campo girante induz uma tensão nos enrolamentos (ou barras) do rotor, justificada pela lei de Faraday. Analogamente a indução de tensão, pela Lei de Ohm, correntes elétricas são induzidas no rotor. As correntes no circuito de rotor são trifásicas, devido a isso, o os enrolamentos do rotor são curto circuitados, logo, a soma das correntes terá um resultado nulo. Quando passa uma corrente elétrica num fio que está rodeado por um campo magnético, a Lei de Lorentz diz que uma força será criada tangencialmente a este fio. O conjugado do eixo do motor de indução trifásica é entendido por essa lei. 5 3 - Partes Constituintes 3.1 - Estator ➢ Carcaça – é a estrutura suporte do conjunto; de construção robusta em ferro fundido, aço ou alumínio injetado, resistente à corrosão e com aletas. ➢ Núcleo de chapas – as chapas de aço magnético, tratadas termicamente para reduzir ao mínimo as perdas no ferro. ➢ Enrolamento trifásico – três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada fase, formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de alimentação 3.2 - Rotor ➢ Eixo – transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga. ➢ Núcleo de chapas – as chapas possuem as mesmas características das chapas do estator. 6 ➢ Barras e anéis de curto-circuito – são de alumínio injetado sob pressão numa única peça, utilizados no rotor em gaiola. 3.3 - Outras Partes ➢ Tampa – partes laterais que fecham a carcaça do motor ➢ Ventilador – hélices presas ao eixo para resfriamento do motor ➢ Caixa de ligação – caixa onde fica os terminais de ligação do motor ➢ Terminais – pontos de ligação das bobinas do motor ➢ Rolamentos – os rolamentos ficam no eixo apoiados nas tampas do motor, para manter a rotação do motor sem muitas trepidações ➢ Placa de identificação – feita de material que resista ao tempo, contém as principais informações de operação do motor 7 4 - Tipos 4.1 - Rotor Bobinado É envolvido por um enrolamento isolado semelhante ao enrolamento do estator. Os enrolamentos de fase do rotor (trifásico) são trazidos para o exterior através de três anéis coletores montados sobre o eixo do motor. O enrolamento do rotor não está ligado a nenhuma fonte de alimentação. Os anéis coletores e as escovas constituem simplesmente uma forma de se ligar resistências variáveis externas, em série, com o circuito do rotor. As resistências variáveis (uma paracada anel coletor) proporcionam um meio para aumentar a resistência do rotor durante a partida, a fim de melhorar suas características de partida. Quando o motor atinge sua velocidade normal, os enrolamentos são curto-circuitados e o funcionamento passa a ser semelhante ao de um rotor de gaiola. As resistências variáveis, também permitem controlar a corrente no rotor e a velocidade do motor. 8 4.2 - Rotor em gaiola Consiste de barras de cobre, de grande seção, unidas em cada extremidade por um anel de cobre ou de bronze. Não há necessidade de isolamento entre o núcleo do rotor e as barras, porque as tensões induzidas nas barras do rotor são muito baixas. O entreferro entre o rotor e o estator é muito pequeno, para se obter a máxima intensidade de campo. 9 5 - Conceitos 5.1 - Fator de Serviço É um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor elétrico, indica a carga que pode ser acionada continuamente sob tensão e frequência nominais e com limite de elevação de temperatura do enrolamento. 5.2 - Corrente de Partida É um termo técnico utilizado para designar a corrente elétrica demandada por uma máquina elétrica (motor) no intervalo de tempo denominado de partida, que vai desde o instante inicial em que a energia elétrica é conectada aos terminais da máquina elétrica e então o seu rotor principia o movimento a partir da velocidade zero, até o instante final em que a plena velocidade correspondente é atingida pelo rotor. 5.3 - Conjugado 10 5.4 - IP/IN IP é definida como a corrente de partida do motor IN é definida como corrente nominal do motor. A relação entre essas duas correntes tem por finalidade saber quantas vezes a corrente de partida pode ser maior que a corrente nominal. 11 6 - Ensaios 6.1Rotor Travado 6.1.1 - LISTAS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A partir do diagrama representado na Figura 1 e figura 2, podemos definir os equipamentos necessários para as montagens, que são os mesmos: ➢ Motor de indução trifásico de 12 terminais; ➢ Um voltímetro de fundo de escala de 220 V; ➢ Um amperímetro CA de fundo de escala de 5 A; ➢ Dois Wattímetros com escala de corrente de 5 ampère e escala de tensão de 120V; ➢ Um suporte metálico para bloqueio do eixo do motor; ➢ Dois Transformadores de corrente para possibilitar a utilização dos Wattímetros com menor escala (presentes no laboratório); ➢ Cabos elétricos com pinos – Para realização das ligações elétricas. 6.1.2 - DIAGRAMA DE MONTAGEM Figura 1 – Diagrama de Montagem dos terminais do MIT Figura 2 – Diagrama das medições 12 6.1.3 - PROCEDIMENTOS Ligar o motor em triângulo-triângulo assim como mostra a Figura 1 e ligar os terminais do rotor em curto circuito, como na Figura 2, não se esquecendo de travar mecanicamente o eixo do rotor com a barra metálica. Ligar um amperímetro em uma fase; um voltímetro e um wattímetro entre duas fases e outro wattímetro entre outras duas fases, lembrando que as bobinas dos Wattímetros devem estar ligadas nas bobinas do secundário dos transformadores de corrente. 6.1.4 - Objetivo O ensaio de rotor bloqueado é executado para determinar a impedância equivalente referida ao estator por fase, a resistência equivalente referida ao estator por fase, a reatância equivalente referida ao estator por fase. 6.2 - A Vazio 6.2.1 - A Vazio com Circuito de Rotor Aberto 6.2.1.1 - LISTAS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A partir do diagrama representado na Figura 1 e figura 2, podemos definir os equipamentos necessários para as montagens, que são os mesmos.: ➢ Motor de indução trifásico de 12 terminais; ➢ Dois voltímetros de fundo de escala maior que 220 V; 13 ➢ Um amperímetro CA; ➢ Dois Wattímetros; ➢ Cabos elétricos com pinos – Para realização das ligações elétricas 6.2.1.2 - DIAGRAMA DE MONTAGEM Figura 1 – Diagrama de Montagem dos terminais do MIT Figura 2 – Diagrama das medições 6.2.1.3 - PROCEDIMENTOS Ligar o motor em triângulo-triângulo assim como mostra a Figura 1 e deixar os terminais do rotor sem ligação como na Figura 2. Ligar um amperímetro em uma fase; um voltímetro e um wattímetro entre duas fases; outro wattímetro entre outras duas fases; e ligar outro voltímetro entre dois terminais do rotor. Aplicar tensão e frequência nominais no estator. 14 6.2.1.4 - Objetivos O ensaio a vazio é executado para determinar a potência de histerese e correntes de Foucault com circuito de rotor aberto. 6.2.2 - A Vazio com Circuito de Rotor em curto 6.2.2.1 - LISTAS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A partir do diagrama representado na Figura 1 e figura 2, podemos definir os equipamentos necessários para as montagens, que são: ➢ Motor de indução trifásico de 12 terminais; ➢ Um voltímetro de fundo de escala maior que 220 V; ➢ Um amperímetro CA de fundo de escala de 5 A; ➢ Dois Wattímetros com escala de corrente de 5 ampère e escala de tensão de 240 V; ➢ Um reostato trifásico; ➢ Cabos elétricos com pinos – Para realização das ligações elétricas. 6.2.2.2 - DIAGRAMA DE MONTAGEM Figura 1 – Diagrama de Montagem dos terminais do MIT Figura 2 – Diagrama das medições 15 6.2.2.3 - PROCEDIMENTOS Ligar o motor em triângulo-triângulo assim como mostra a Figura 1 e ligar os terminais do rotor no reostato, como na Figura 2. Ligar um amperímetro em uma fase; um voltímetro e um wattímetro entre duas fases e outro wattímetro entre outras duas fases. Aplicar tensão e frequência nominais no estator. 6.2.2.4 - Objetivos O ensaio a vazio com rotor curto circuitado é executado para determinar a potência rotacional do motor de indução trifásico. 16 7 - Controle de Velocidade de um MIT Usando um Inversor de Frequência Tendo em vista que os motores produzem um campo girante que depende da frequência, uma variação do campo girante altera a velocidade do eixo do motor. A velocidade do campo girante é dada pela seguinte expressão: Ns= (120*F) / P Sendo: ➢ Ns – Velocidade do campo girante ➢ F – Frequência no estator ➢ P – Número de polos do motor O controle da velocidade pelo inversor de frequência passa essencialmente pela alteração da frequência que chega no estator. 7.1 - Princípio de Funcionamento de um Inversor de Frequência Uma das maneiras mais utilizadas para controle de velocidade de motores são os conversores de frequência, também chamados de inversores de frequência. O conversor de frequência é alimentado com tensão alternada, transforma esta tensão em contínua para, após, fornece uma tensão com frequência variável ao motor. Desta forma, tem-se que a corrente alternada é retificada para corrente contínua através de circuitos eletrônicos apropriados e, a partir desta retificação, a tensão continua é chaveada para obter-se pulsos que alimentam o motor. Devido à natureza indutiva do motor, a corrente que circula possui aspecto de corrente alternada. Resumidamente, os conversores convertem a tensão da rede (CA) de amplitude e frequência fixas em tensão CC, através de uma ponte retificadora, obtendo-se uma tensão fixa. Em seguida, esta tensão é modificada em função da frequência e, utilizando circuitos chamados inversores, é fornecida tensão CA ao motor, com amplitude e frequência variáveis. Os conversores de frequência podem utilizar várias formas para a obtenção da tensão com amplitude e frequência variáveis a serem entregues ao motor de indução. Uma destas é a que utiliza modulação por largura de pulsos (PWM), que consiste basicamente de: fonte de tensão contínua elaborada a 17 partir de uma ponte retificadora alimentada por uma rede monofásica ou trifásica, filtro capacitivo e inversor constituídos de transistoresde potência. 18 8 - Método de Partida Utilizando uma Chave de Partida Soft Starter Soft-starters são utilizados basicamente para partidas de motores de indução CA (corrente alternada) tipo gaiola, em substituição aos métodos estrela-triângulo, chave compensadora ou partida direta. Tem a vantagem de não provocar trancos no sistema, limitar a corrente de partida, evitar picos de corrente e ainda incorporar parada suave e proteções. Nos processos modernos de partida do motor de indução, são usados Soft starters que, através de comando microprocessado, controlam tiristores que ajustam a tensão enviada ao estator do motor. Desta forma, consegue-se, de um lado, aliviar os 13 acionamentos dos altos conjugados de aceleração do motor de indução e, de outro, proteger a rede elétrica das correntes de partida elevadas. 8.1 - Princípio de Funcionamento do Soft Starter É um equipamento eletrônico que permite suavizar a partida e a frenagem de um motor de indução. 19 O soft-starter controla a velocidade de partida e de frenagem do motor sem alterar a frequência. Este equipamento cria uma rampa na tensão aplicada no estator, fazendo com que a tensão aumente gradativamente com o tempo. 20 9 – Conclusão Mesmo que o trabalho não abranja todos os aspectos construtivos e explique todos os modos de operação dos motores, tais como os tipos de ligação dos terminais do estator de um motor, é possível o entendimento do funcionamento e do controle necessário com parâmetros do motor de indução. Devido à necessidade constante de atenção durante toda a pesquisa e estudo para a montagem deste trabalho foi possível a compreensão do funcionamento dos motores de indução trifásicos. Fica claro o entendimento do emprego de métodos de partidas usando equipamentos tais como soft-starters e inversores de frequência durante a operação dos motores após terminado este trabalho. De forma geral, foi possível o entendimento dos motores de indução, sejam eles de rotores bobinados ou em gaiolas. A compreensão dos fundamentos teóricos também é melhorada pela compreensão dos aspectos construtivos da máquina. A visualização e interpretação dos parâmetros de um MIT fica clara após, o entendimento de todo o aspecto físico, o entendimento dos fenômenos físicos que ocorrem no sistema e também das características de partida dos motores de indução trifásica. Em síntese, a confecção do trabalho sobre MIT’s aumenta a visão de trabalho no campo teórico e prático. A compreensão e analise dos parâmetros dos motores fica mais clara deixando a visão e ação do aluno, diante dessas maquinas, mais objetiva. 21 10 - Referências Bibliográficas Apostila bispo Apostila acionamentos http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/automacao-industrial/5443-mec125 http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/softstarter.pdf http://www.ifba.edu.br/professores/castro/MIT.pdf https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-eletricos/aula-de- motores-trifasicos-de-ca http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/automacao-industrial/5443-mec125 http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/softstarter.pdf http://www.ifba.edu.br/professores/castro/MIT.pdf https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-eletricos/aula-de-motores-trifasicos-de-ca https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-eletricos/aula-de-motores-trifasicos-de-ca
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