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BIOLOGIA GERAL Aluno: Wesley Barbosa da Silva Curso: Engenharia Agronômica Período: Noturno Proposta do Trabalho: Síntese sobre matéria da Semana Tópicos: A Origem e o Desenvolvimento da Vida Primitiva Organização Estrutural das Células Organização Molecular da Célula Organização Molecular da Membrana Celular Parede das Células Vegetais Organelas Celulares A Origem e o Desenvolvimento da Vida Primitiva Primeiros vestígios de vida na Terra: Os cientistas que estudam a origem da vida enfrentam uma grande dificuldade: a falta de vestígios dos primeiros seres vivos, quase totalmente destruídos pelas drásticas transformações ocorridas na crosta terrestre nos primeiros milhões de anos de sua existência. Foram encontrados vestígios de atividade biológica em rochas datadas de 2,7 bilhões de anos, provavelmente deixados por ancestrais de cianobactérias. Acredita-se, entretanto, que a vida teve início na Terra muito antes, há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, embora não existam evidências fósseis disso. Origem pré-biótica de compostos orgânicos: De onde teriam vindo moléculas orgânicas que originaram os primeiros seres vivos? Ainda não há resposta definitiva para essa questão. Uma das possibilidades, embasada em descobertas recentes, é que substâncias precursoras da vida tenham vindo do espaço sideral, a bordo de cometas e asteroides. Algumas experiências, no entanto mostram que a combinação química de substâncias inorgânicas gasosas presentes na Terra primitiva poderia ter dado origem a moléculas orgânicas. O “Mundo do RNA”: O passo crucial na origem dos seres vivos foi adquirir a capacidade de reprodução, ou seja, de originar seres com características semelhantes que perpetuam a linhagem. Na reprodução biológica como a conhecemos hoje, instruções para o funcionamento das células (informações genéticas) são transmitidas à descendência. Na quase totalidade dos seres vivos atuais, as informações genéticas estão escritas, em um código químico, nas moléculas filamentosas de DNA. Há algumas décadas, surgiu a hipótese de que outra substância dos seres vivos, o RNA, pode ter sido o material genético primordial. Sabe-se que, em alguns vírus, o RNA tem a capacidade de se multiplicar. Testes laboratoriais deram sustentação a essa hipótese ao mostrar que moléculas de RNA podem ser produzidas em condições abióticas. Na década de 1980, Thomas R. Cech (n. 1947), bioquímico estadunidense laureado com um Prêmio Nobel, e seus colaboradores descobriram que diversos tipos de reações importantes, como a união dos aminoácidos na produção das proteínas, por exemplo, são diretamente controladas por moléculas de RNA denominadas ribozimas. Qual a importância da descoberta das ribozimas para as pesquisas sobre origem da vida? Alguns cientistas acreditam que a capacidade do RNA de se duplicar e controlar reações químicas vitais sugere sua presença desde o início da vida na Terra. Muitos chegam a falar em um “mundo do RNA”, para se referir ao hipotético período que teria precedido o aparecimento da vida na Terra. A seleção natural, ou, em outras palavras, a “sobrevivência dos mais capazes”, teria começado a atuar nessa etapa da história da vida. Ao se multiplicar, as moléculas de RNA deviam produzir versões ligeiramente diferentes entre si; algumas delas tinham maior capacidade de se perpetuar e de se reproduzir, transmitindo essas capacidades à descendência. Acredita-se que esse foi o primeiro passo em direção ao desenvolvimento de um “sistema genético”, que pode ter surgido antes mesmo do aparecimento de sistemas isolados por membranas. Atualmente, os cientistas tentam explicar um passo seguinte na trajetória da vida: a passagem do “mundo do RNA” para um “mundo do DNA e proteínas”, como é o dos seres vivos atuais. Os seres vivos são constituídos de apenas 6 elementos químicos básicos e predominantes: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, que formam os principais compostos da matéria viva. Exemplo: água, carboidratos, ATP, proteínas, ácidos nucleicos, entre outros. Organização Estrutural das Células Células Procariontes: As células procariontes (do latim pro - primeiro e cario - núcleo) podem ser definidas, grosso modo, como as células que não possuem material genético delimitado por um envoltório nuclear. Isso quer dizer que seu material genético está disperso no citoplasma. A principal característica de uma célula procarionte é a ausência de um núcleo delimitado. Nessas células, observa-se apenas um local (nucleoide) contendo DNA circular (DNA cromossômico) não associado a proteínas histonas. Podem existir ainda pequenas moléculas de DNA livres no citoplasma, conhecidas como plasmídeos, que são capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossômico. Essas células destacam-se também pela ausência de organelas membranosas, como retículo endoplasmático e complexo golgiense. Nessas células são encontrados apenas ribossomos, organelas relacionadas com o processo de síntese proteica. Apesar de ser uma organela presente em células eucariontes e procariontes, nesses últimos, apresenta um menor tamanho. Como as células procariontes não apresentam organelas membranosas, as mitocôndrias, relacionadas com o processo de respiração celular, estão ausentes. Assim sendo, as moléculas da cadeia respiratória em procariontes estão presentes na membrana interna da membrana plasmática, e não nas mitocôndrias. As células procariontes não apresentam também citoesqueleto, uma espécie de rede formada por filamentos proteicos. A ausência de citoesqueleto impede a realização dos processos de endocitose e exocitose, uma vez que é essa rede que garante a movimentação das vesículas. Nas células procariontes, pode haver ainda uma parede celular rica em peptidoglicanos e a presença de fímbrias, pequenos prolongamentos filamentosos. A função das fímbrias é garantir a fixação da célula procarionte na célula hospedeira e ajudar no processo de conjugação. Poucos organismos possuem células procariontes. Atualmente essas células podem ser encontradas apenas em bactérias e algas azuis, também conhecidas como cianobactérias. Todos os outros organismos, tais como protozoários, fungos, plantas e animais, possuem células do tipo eucarionte. A principal diferença entre uma célula procarionte e eucarionte é o envoltório nuclear, presente apenas nos eucariontes. Essas últimas células também se diferenciam por apresentarem citoesqueleto e organelas celulares membranosas, além de não apresentarem plasmídeos nem fímbrias. Células Eucariontes: As células eucariontes são aquelas que apresentam um núcleo delimitado por um envoltório nuclear. Nesse tipo celular, o material genético não está espalhado pelo citoplasma, mas, sim, restritos à região do núcleo. Uma das principais características é a presença de um núcleo delimitado por um envoltório nuclear, o qual protege as moléculas de DNA existentes nessa região. É no interior do núcleo que ocorre a duplicação do DNA e a síntese de RNA (transcrição). No interior do citoplasma da célula eucariótica estão mergulhadas diversas organelas membranosas que apresentam as mais diversas funções. Entre as principais organelas encontradas, podemos citar o retículo endoplasmático, o complexo golgiense, os lisossomos, as mitocôndrias, o peroxissomo, centríolos e cloroplastos (ausente em células animais). A presença de ribossomos, organelas relacionadas com a síntese de proteínas, é observada tanto em eucariontes como em procariontes. Nos eucariontes, no entanto, essa organela apresenta-se livre no citoplasma ou, então, associada ao retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso. Os ribossomos dos organismos eucariontes são maiores e mais complexos do que aqueles que ocorrem em procariontes. Nas células eucariontes, a cadeia respiratória, uma das etapas da respiração celular,ocorre na membrana interna das mitocôndrias. É no processo de respiração celular que a célula consegue obter a energia necessária para as suas atividades. Existe nas células eucariontes ainda a presença de um citoesqueleto, uma espécie de rede formada por vários filamentos proteicos. Por causa dessa característica, essas células são capazes de realizar endocitose e exocitose, dois processos relacionados com o transporte de substâncias. Na endocitose, a célula capta substâncias do meio extracelular para o intracelular e, na exocitose, ocorre o processo inverso. O citoesqueleto garante a movimentação das vesículas com substâncias em seu interior. As células eucariontes são capazes de realizar dois importantes processos de divisão celular: a mitose e a meiose. Na mitose, uma célula diploide dá origem a duas células diploides iguais à célula-mãe e, na meiose, uma célula diploide origina quatro células haploides, ou seja, com metade do número de cromossomos da espécie. As células eucariontes estão presentes na maioria dos organismos vivos. Todos os fungos, protistas, animais e plantas apresentam esse tipo de organização celular. A principal diferença entre células procariontes e eucariontes é que nessas últimas observa- se a presença de um núcleo delimitado por um envoltório nuclear. Nas células eucariontes, é possível observar ainda a presença de citoesqueleto, organelas celulares membranosas e processos como endocitose, exocitose, mitose e meiose, os quais não ocorrem em células procariontes. Organização Molecular da Célula Ácidos nucleicos: Os ácidos nucleicos são assim chamados por seu caráter ácido e por terem sido originalmente descobertos no núcleo das células, no século XIX. A partir da década de 1940, os ácidos nucleicos passaram a ser detalhadamente estudados, pois descobriu-se que eles constituem os genes, responsáveis pela herança biológica. Somos parecidos com nossos pais porque recebemos, nos gametas que nos originaram, genes paternos e maternos, constituídos por ácido desoxirribonucleico. Há dois tipos de ácido nucleico: o ácido desoxirribonucleico, conhecido pela sigla DNA (do inglês desoxirribonucleic acid), e o ácido ribonucleico, conhecido pela sigla RNA (do inglês ribonucleic acid). Esses nomes referem-se ao fato de o DNA e o RNA apresentarem, respectivamente, os monossacarídeos desoxirribose e ribose em suas moléculas. Estrutura dos ácidos nucleicos: Os ácidos nucleicos são constituídos por três tipos de componentes: glicídios do grupo das pentoses (desoxirribose no DNA quanto no RNA), ácido fosfórico e bases nitrogenadas. Dos cinco tipo de base nitrogenada presentes nos ácidos nucleicos, três ocorrem tanto no DNA quanto no RNA; são elas: adenina (A), citosina (C) e guanina (G). A base nitrogenada timina (T) ocorre exclusivamente no DNA, enquanto a base nitrogenada uracila (U) está presente apenas no RNA. As bases adenina e guanina são constituídas por dois anéis de carbono e nitrogênio, sendo denominadas bases púricas, ou purinas, Citosina, timina e uracila apresentam apenas um anel de carbono e nitrogênio, sendo denominadas bases pirimídicas ou pirimidinas. Os três componentes dos ácidos nucleicos organizaram-se em um trio molecular denominado nucleotídeo. Este é constituído por uma pentose, unida a uma molécula de ácido fosfórico e a uma base nitrogenada. Tanto o DNA como o RNA são constituídos por nucleotídeos ligados em sequência em longas cadeias polinucleotídicas. A união entre os nucleotídeos dá-se entre o açúcar de um deles e o fosfato do e é denominada ligação fosfodiéster. As moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias polinucleotídicas, orientadas em sentido inverso uma em relação à outra (antiparalelas) e enroladas uma sobre a outra, lembrando uma comprida escada helicoidal. As duas cadeias mantêm-se unidas entre si por meio de pontes de hidrogênio entre pares de bases específicas: a adenina emparelha-se com a timina, por meio de duas pontes de hidrogênio (A=T), e a guanina amparelha-se com a citosina, por meio de três pontes de hidrigênio (G≡C). As moléculas de DNA são geralmente muito longas, com até milhões de nucleotídeos unidos em sequência. No núcleo de nossas células, constituindo nossos cromossomos, existem moléculas de DNA que atingem 10 centímetros de comprimento, embora sejam finíssimas, com cerca de apenas 0,000002 milímetros, ou 2 nanômetros (nm), de diâmetro. As moléculas de RNA são geralmente formadas por uma cadeia única, que pode se enrolar sobre si mesma pelo emparelhamento entre bases complementares na mesma cadeia polinucleotídica. Bases Nitrogenadas: DNA - Adenina – Timina ; Guanina – Citosina (A – T ; C – G) RNA - Adenina – Uracila ; Guanina – Citosina (A – U ; C – G). Lipídios: O termo lipídio designa alguns tipos de substâncias orgânicas, como óleos, ceras e gorduras, cuja principal característica é a insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes orgânicos. Você já deve ter observado que óleos e gorduras não se misturam à água; a razão dessa insolubilidade é que as moléculas dos lipídios são apolares e, portanto, não têm afinidade pelas moléculas polarizadas da água. Entre os tipos de lipídios, estão os Glicerídeos, as Ceras, os Esteróides, os Fosfolipídios e os Carotenóides. Água: Participa das reações químicas dissolvendo substâncias do organismo, presente em 70 a 90% de uma célula. É solvente universal, ou seja, é capaz de dissolver variadas substâncias como sais, proteínas, açúcares, etc. É responsável pelo transporte de substâncias tanto dentro das células quanto entre uma célula e outra. Carboidratos: Carboidratos são normalmente formados por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Entretanto, vale destacar que alguns carboidratos podem apresentar outros elementos em sua composição. Os carboidratos são também chamados de açúcares, glicídios ou hidratos de carbonos. Os carboidratos possuem função energética, função estrutural e participam da formação dos ácidos nucleicos. Os carboidratos podem ser classificados em monossacarídeos, dissacarídeos ou polissacarídeos, sendo os monossacarídeos os carboidratos mais simples. A glicose é o monossacarídeo mais conhecido. Celulose e amido são dois importantes polissacarídeos. A celulose é um componente da parede celular das células vegetais, enquanto o amido funciona como substância de reserva para os vegetais. São classificadas de acordo com o número de monômeros: - Monossacarídeos: Açúcares simples. Exemplo: glicose; - Dissacarídeos: Açúcares formados pela união de 02 monômeros. Exemplo: sacarose (glicose + frutose); - Polissacarídeos: Reunião de vários monômeros de glicose. Exemplo: celulose; Enzimas: São proteínas que participam de processos biológicos, aumentando sua velocidade, porém sem se alterar durante o processo. Capacidade semelhante já havia sido observada em certas substâncias inorgânicas, que aumentavam a velocidade de determinadas reações químicas, mas podiam ser recuperadas intactas, ao fim da reação. Para os químicos, esses agentes são chamados de catalisadores. Para os biólogos, que tomaram emprestado o termo da Química, as enzimas são catalisadores biológicos. Uma enzima é uma molécula polipeptídica geralmente de grande tamanho, enrolada sobre si mesma formando um glóbulo. Na superfície da enzima há saliências e reentrâncias, que permitem o encaixe das moléculas sobre as quais a enzima atuará, genericamente chamados de substratos enzimáticos. Locais da enzima que propiciam o encaixe ao substrato são denominados centros ativos. As enzimas têm atuações específicas, isto é, uma enzima atua somente em uma ou em poucas reações biológicas. A especificidade de uma enzima é explicada pelo fato de seus centros ativos se encaixarem corretamente apenas a seus substratos específicos, como uma chave se encaixaapenas à sua fechadura. Esse modelo para explicar o funcionamento enzimático é chamado de modelo chave-fechadura. O encaixe com a enzima facilita a modificação dos substratos, originando os produtos da reação. Estes se libertam da enzima, que pode atuar novamente. Assim, as enzimas participam das reações químicas sem ser consumidas e sem sofrer alterações moleculares, cumprindo seu papel de catalisadores biológicos. Proteínas: Hoje sabemos que as moléculas de proteína são formadas por dezenas, centenas ou milhares de moléculas de aminoácido ligadas em sequência, como elos em uma corrente. Em outras palavras, proteínas são polímeros em que os monômeros são aminoácidos. Um aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio unidos entre si de maneira característica. Alguns tipos de aminoácido podem também conter átomos de enxofre. Se compararmos as fórmulas dos vinte aminoácidos que entram na composição das proteínas, notaremos que todas elas apresentam um átomo de carbono denominado carbono-alfa, ao qual se ligam um grupo amina (---NH2), um grupo carboxila (---COOH), um átomo de hidrogênio (---H) e um quarto grupo genericamente denominado ---R (de radical), que varia nos diferentes aminoácidos, caracterizando-os. Por exemplo, na glicina, ---R é um átomo de hidrogênio; na alanina, é o grupamento ---CH3; e, na cisteína, é o grupamento ---CH2SH. Exemplos de aminoácidos: alanina, valina, lisina, triptofano. Organização Molecular da Membrana Celular Membrana Plasmática – Plasmalema: As pesquisas citológicas revelaram que a célula viva é um compartimento microscópico isolado do ambiente por uma finíssima película, a membrana plasmática, constituída basicamente por fosfolipídeos e proteínas. A membrana é uma estrutura dinâmica, que permite a passagem de certas substâncias mas impede a passagem de outras, mantendo o meio celular interno adequado à vida. Apesar de muito fina – cerca de 5 nanômetros (nm) de espessura -, a membrana plasmática é extremamente complexa e versátil, desempenhando inúmeras funções. Por exemplo, os pigmeus africanos têm baixa estatura porque as membranas de suas células não contêm um tipo de proteína capaz de combinar o hormônio de crescimento, que eles produzem em normais. Outra função importante da membrana plasmática revelou-se a partir do estudo da doença denominada diabetes melito, na qual a pessoa afetada tem altos níveis de glicose no sangue. No tipo mais comum de diabetes (tardio, ou do tipo II), as membranas celulares da pessoa diabética têm poucas proteínas receptoras para o hormônio insulina, necessário para que as células absorvam glicose. Na falta de receptores do hormônio, pouca glicose penetra nas células e o nível desse açúcar eleva-se no sangue, causando o quadro clínico de diabetes melito. O conhecimento desses fatos poderá contribuir para a descoberta de tratamentos mais eficazes ou, até mesmo, a cura para essa doença. Permeabilidade celular: A membrana plasmática é de fundamental importância para a vida, uma vez que contém e delimita o espaço interno da célula, isolando-o do ambiente ao redor. Esse isolamento, porém, não é absoluto, pois, para viver, a célula precisa permitir a entrada de certas substâncias úteis – água, gás oxigênio, alimento etc.- e a saída de outras, principalmente gás carbônico e substâncias tóxicas geradas no metabolismo celular. Por permitir a passagem de certas substâncias, mas não de outras, diz-se que a membrana plasmática apresenta semipermeabilidade, ou permeabilidade seletiva. Certas substâncias podem atravessar a membrana espontaneamente, sem que a célula gaste energia com isso; é o que se chama de transporte passivo. A membrana também é capaz de absorver ou de expulsar ativamente certas substâncias, bombeando-as para dentro ou para fora da célula, gastando energia para isso. Nesse caso, fala-se em transporte ativo. Transporte passivo: Difusão simples: Certas substâncias entram e saem da célula espontaneamente por um processo passivo de transporte denominado difusão simples. A difusão é explicada pelo fato de todas as partículas materiais (átomos, moléculas, íons etc.) estarem em constante movimento. Devido a essa movimentação contínua e casual, as partículas tendem a se espalhar, isto é, a se difundir. A difusão sempre ocorrerá da região em que as partículas estão mais concentradas (isto é, em quantidade relativamente maior) para regiões em que sua concentração é menor. Por exemplo, quando uma gota de leite é colocada em uma xícara de café, as partículas de leite espalham-se espontaneamente para as regiões em que sua concentração é baixa, isto é, para o café ao redor. O mesmo ocorre com as partículas de café, que invadem a gota de leite. O resultado dessa difusão será que as partículas de leite ficarão homogeneamente espalhadas entre as de café e sua concentração será a mesma em todos os pontos da xícara. Há duas condições para que as partículas de uma substância entrem ou saiam da célula por difusão: 1) a membrana deve ser permeável a essa substância; 2) deve haver diferença na concentração da substância dentro e fora da célula. Por exemplo, a entrada de gás oxigênio (O2) em nossas células ocorre por difusão simples. Como as células estão sempre consumindo O2 em sua respiração, a concentração desse gás no interior celular é sempre baixa. Por outro lado, no líquido que banha as células, proveniente do sangue, a concentração de O2 é relativamente mais alta, pois esse gás é continuamente absorvido pelo sangue que passa pelos pulmões. Como a membrana plasmática é permeável às moléculas de O2, esse gás simplesmente se difunde para dentro das células. O gás carbônico (CO2) faz o caminho inverso também por difusão simples. As células estão sempre produzindo CO2 na respiração, o que faz com que a concentração desse gás seja sempre maior no interior da célula que no meio externo. Por isso, o CO2 difunde-se das células para a corrente sanguínea. Quando o sangue passa pelos pulmões, as moléculas desse gás difundem-se para o ar e são eliminadas do corpo. Osmose: Se mergulhássemos uma célula animal em água pura, ela absorveria água sem controle, inchando até estourar (lise celular). Por outro lado, se a célula fosse mergulhada em uma solução altamente concentrada de sacarose, ela perderia água e murcharia. Como se explicam esses fenômenos? Em ambas as situações ocorre osmose, um caso especial de difusão em que apenas a água, o solvente das soluções biológicas, difunde-se através da membrana semipermeável das células. O citoplasma é uma solução aquosa, em que a água é o solvente e as moléculas dissolvidas no citosol (glicídios, proteínas, sais etc.) são os solutos. Quando uma de nossas células é colocada em água pura, a concentração externa desse solvente é necessariamente maior que sua concentração no interior da célula, em que a água divide o espaço com as moléculas de soluto citoplasmáticas. Consequentemente, a água tende a se difundir em maior quantidade para o interior celular que no sentido inverso, fazendo a célula inchar. Apenas a água se difunde porque a membrana plasmática, sendo semipermeável, impede ou dificulta a passagem de solutos, mas permite a livre passagem de moléculas de solvente. Osmose é precisamente essa difusão diferencial apenas de água através da membrana. Em outras palavras, na osmose apenas o solvente se difunde, ou o faz em taxa muitíssimo maior que a difusão dos solutos. Se uma célula for colocada em uma solução concentrada de sacarose, por exemplo, haverá maior difusão de água de dentro para fora da célula, fazendo-a murchar. A explicação é que o meio externo, por ser mais concentrado em solutos, apresenta quantidade relativamente menor de água e esta tende a sair em maior quantidade da célula. Quando se comparam duas soluções quanto à concentração, diz-seque a solução mais concentrada em solutos é hipertônica (do grego hyper, superior) em relação a uma outra, denominada solução hipotônica (do grego hypo, inferior). Quando duas soluções apresentam a mesma concentração de solutos, elas são chamadas de isotônicas (do grego iso, igual, semelhante). Na osmose, portanto, a difusão da água é mais intensa da solução hipotônica para a hipertônica. As células de nosso corpo são banhadas por uma solução isotônica proveniente do sangue, na qual a concentração total de solutos equivale à concentração interna dos solutos citoplasmáticos. Por isso, nossas células não ganham nem perdem água por osmose. Por outro lado, seres como protozoários de água doce têm o citoplasma hipertônico em relação ao meio externo, de modo que a água tende a entrar continuamente em sua célula por osmose. Esses seres não estouram porque dispõem de um mecanismo para compensar a entrada excessiva de água: eles têm bolsas citoplasmáticas, chamadas de vacúolos pulsáteis, que acumulam água e a eliminam periodicamente da célula. Protozoários marinhos não enfrentam problemas osmóticos, pois a água do mar é praticamente isotônica em relação ao seu citoplasma. As plantas aproveitam o potencial da osmose para absorver água e nutrientes. Graças a suas paredes celulósicas altamente resistentes, as células vegetais não correm o risco de estourar devido à osmose. Difusão facilitada: As células de nosso corpo são banhadas por um líquido isotônico proveniente do sangue, que contém água, gás oxigênio, glicídios (principalmente glicose), aminoácidos, íons e diversas outras substâncias. Poucos tipos de molécula, por exemplo, O2, CO2 etc., e praticamente nenhum tipo de íon conseguem atravessar, em quantidades apreciáveis, a camada dupla de lipídios que constitui as membranas plasmáticas. Assim, o transporte da maioria das moléculas e dos íons para dentro e para fora da célula necessita da participação de proteínas componentes da membrana plasmática. Algumas proteínas da membrana plasmática formam canais, através dos quais moléculas de água, certos tipos de íons e pequenas moléculas hidrofílicas se deslocam de acordo com seu gradiente de concentração, ou seja, da região onde a concentração é maior para a região onde a concentração é menor. Outras proteínas da membrana transportam moléculas específicas, capturando-as fora ou dentro da célula e liberando-as na face oposta. Elas são denominadas proteínas transportadoras, proteínas carregadoras, proteínas carreadoras ou permeases. O transporte realizado por essas proteínas transportadoras segue as regras da difusão: se as substâncias transportadas estão em maior concentração no meio externo, sua tendência natural é entrar na célula, onde estão menos concentradas. As proteínas transportadoras facilitam essa entrada e a célula não gasta energia com isso. O transporte facilitado por essas proteínas da membrana plasmática é denominado difusão facilitada e também é um tipo de transporte passivo. Transporte ativo: Bomba de sódio-potássio: As células vivas mantêm a concentração interna de moléculas e íons bem diferente das concentrações dessas substâncias no meio externo. Por exemplo, as células humanas mantêm a concentração interna de íons de potássio (K+) cerca de 20 a 40 vezes maior que no meio extracelular. O íon K+ é essencial a diversos processos celulares, participando, por exemplo, da síntese de proteínas e da respiração celular. Por outro lado, a concentração de íons de sódio (Na+) no interior de nossas células mantém-se cerca de 8 a 12 vezes menor que a do exterior; uma das principais razões para isso é a necessidade de compensar a grande concentração interna de íons K+. Para manter as diferenças entre as concentrações interna e externa desses íons, a célula despende energia, o que caracteriza o transporte ativo. Proteínas presentes na membrana plasmática atuam como “bombas” de íons, capturando ininterruptamente íons de sódio (Na+) no citoplasma e transportando-os para fora da célula. Na face externa da membrana, essas proteínas capturam íons de potássio (K+) do meio e os transportam para o citoplasma. Esse bombeamento contínuo, conhecido como bomba de sódio-potássio, compensa a incessante passagem desses íons por difusão simples. O bombeamento de íons consome energia da célula, fornecida às proteínas transportadoras pelo trifosfato de adenosina, substância mais conhecida pela sigla de seu nome em inglês ATP (adenosine triphosphate). As moléculas de ATP são as fornecedoras de energia para todas as atividades celulares. Ao liberar energia, a molécula de ATP decompõe-se em uma molécula de adenosina difosfato (ADP) e em um grupo fosfato (P). A manutenção das diferenças de concentração dos íons K+ e Na+ (e de outros íons) dentro e fora da célula é fundamental para o funcionamento celular. A diferença na distribuição iônica, entre outros fatores, faz com que a superfície externa da membrana plasmática apresente excesso de cargas positivas em relação à superfície interna. Isso gera uma diferença de potencial elétrico da ordem de 70 mV (milivolts). Grande parte dos processos celulares baseia-se justamente nessa propriedade da membrana em atuar como um capacitor elétrico: sendo constituídas por moléculas não condutoras de eletricidade (lipídios), as membranas biológicas podem armazenar cargas elétricas positivas de um lado e negativas do outro. Como a célula pode controlar a passagem de íons pela membrana, por meio da abertura e fechamento de poros, ela consegue provocar alterações desse potencial elétrico, gerando trabalho. Conseguimos ver este material porque poros de passagem de íons estão continuamente se abrindo e se fechando nas membranas plasmáticas de suas células nervosas, permitindo que elas captem estímulos do ambiente e os transmitam ao cérebro, onde são interpretados. Isso nos dá uma ideia da importância das membranas celulares para a nossa vida. Transporte em que ocorre gasto de energia. Canais ou poros – Plasmodesmos: As células vegetais adjacentes apresentam em suas paredes diversos poros, locais onde não há celulose ou qualquer outro tipo de material. Tais poros são atravessados por inúmeros tubos membranosos finíssimos que possibilitam o contato direto entre o citoplasma de uma célula com o citoplasma das células vizinhas, bem como a troca de moléculas funcionais, estruturais e de informação: os plasmodesmos (do grego, plasma = forma, desma = ligação). Apenas as células vegetais possuem plasmodesmos, que são formados entre células irmãs durante a citocinese, ao término da divisão celular. Cada um desses canais é constituído de cordões de citoplasma e de uma porção do retículo endoplasmático denominado desmotúbulo, que permite a comunicação entre os retículos de ambas as células interligadas. Os plasmodesmos, geralmente, se localizam no campo primário de pontoação, que é a área mais delgada da parede primária da célula vegetal. Os plasmodesmos são responsáveis pela condução da seiva elaborada. Esse tipo de seiva, também conhecida como seiva orgânica, é uma solução aquosa de água e carboidratos (principalmente) conduzida a todas as partes da planta por meio dos vasos do floema. Nesse processo, a seiva elaborada flui de uma célula para outra, tendo os plasmodesmos como canais de transporte. Por meio dos plasmodesmos, as células vizinhas se unem e formam um simplasto único. O simplasto consiste num espaço interno da membrana plasmática de células vegetais pelo qual ocorre o processo de difusão de água e solutos de baixo peso molecular para o interior da célula. Essa constante passagem de substâncias pelos plasmodesmos recebe o nome de transporte simplástico. Vale ressaltar que somente podem ser transportadas pelos plasmodesmos as substâncias com massa atômica de até 800 u. Para os vírus que parasitam células vegetais, os plasmodesmos são de grande importância,uma vez que, é através dessa estrutura que eles conseguem atingir células saudáveis, infectando-as também. Parede das Células Vegetais A parede das células vegetais é constituída por longas e resistentes microfibrilas do polissacarídio celulose. Essas microfibrilas mantêm-se unidas graças a uma matriz formada por glicoproteínas (proteínas ligadas a açúcares), hemicelulose e pectina (polissacarídios). A estrutura molecular da parede celulósica pode ser comparada ao concreto armado, em que longas e resistentes varetas de ferro estão mergulhadas em uma argamassa de cimento e pedras; as microfibrilas de celulose correspondem às varetas de ferro do concreto, enquanto as glicoproteínas e os polissacarídios da matriz correspondem à argamassa. O processo de infecção pode ser definido pela produção de enzimas que degradam facilmente esses polissacarídeos. Ocorre a junção de 03 partes: lamela média (substâncias pécticas), parede primária (celulose e hemicelulose) e parede secundária (celulose/cutina e lignina) . Um patógeno de alta virulência apresenta diversas estratégias que garantem sucesso no processo infeccioso. A presença de cápsulas, resistência a antimicrobianos e a capacidade de causar mudanças estruturais e bioquímicas nas células hospedeiras são exemplos de fatores importantes relacionados com a virulência de algumas espécies de bactérias. Patógenos: São organismos que são capazes de causar doença em um hospedeiro. Algumas bactérias, por exemplo, podem causar doenças em seres humanos ou plantas, sendo essas, portanto, um patógeno. Além de bactérias, podemos citar como patógenos: fungos, protozoários e vírus. Patogenicidade: A capacidade de um patógeno provocar alterações nos organismos hospedeiros infectados é denominado de patogenicidade. Existem organismos com grande patogenicidade, ou seja, que produzem sintomas em praticamente todos os infectados. Esse é o caso do sarampo. Vale destacar, no entanto, que existem organismos com baixa patogenicidade, ou seja, que causam sintomas graves em poucos infectados. Virulência: A virulência, por sua vez, é a capacidade do patógeno de produzir danos no organismo hospedeiro, ou seja, virulência refere-se à intensidade e à gravidade das doenças causadas pelos patógenos. Um patógeno com alta virulência é responsável por causar a morte de vários doentes, como ocorre com a raiva, por exemplo. Já o de baixa virulência geralmente produz sinais e sintomas pouco preocupantes. Classificação dos patógenos: Patógeno primário: É aquele que causará doença no organismo, mesmo que o indivíduo esteja saudável. Como exemplo de micro-organismo patogênico primário podemos citar a bactéria Mycobacterium tuberculosis, que causa tuberculose, e os vírus da hepatite e gripe. Patógeno oportunista: É aquele que pode ser encontrado normalmente no organismo, porém não causa nenhum dano em indivíduos saudáveis. O organismo só será infectado e terá a doença quando ocorrerem baixas nas defesas imunológicas. Como exemplo de micro-organismos patogênicos oportunistas podemos citar o Staphylococcus aureus que pode causar pneumonia, furúnculo e septicemia (infecção geral grave que envolve risco de vida). Constituintes da célula vegetal: Citoplasma: O citoplasma é o espaço da célula compreendido entre a membrana plasmática e a membrana nuclear nos eucariotos. Nos procariotos, corresponde à totalidade do conteúdo limitado pela membrana. Composição do citoplasma: Essa região contém um fluido viscoso chamado de hialoplasma, também denominado de citosol ou citoplasma fundamental, que é constituído basicamente por íons dissolvidos em solução aquosa e substâncias de fundamental importância à síntese de moléculas orgânicas (carboidratos e proteínas). Dessa forma, o citoplasma é considerado um coloide, onde estão imersas as organelas celulares: mitocôndrias, peroxissomos, lisossomos, cloroplastos, vacúolos, ribossomos, complexo de golgi, citoesqueleto e o retículo endoplasmático liso e rugoso. Funções: Entre as funções realizadas pelo citoplasma estão: o auxílio na morfologia da célula, o que está relacionado com a consistência do citosol (morfoplasma) e com o armazenamento de substâncias indispensáveis à vida. Seu conteúdo está em constante movimentação. Organelas Celulares Ribossomos: Ribossomos são estruturas, relacionadas com a síntese proteica, que ocorrem em todos os tipos celulares, até mesmo em procariontes. Livres no citosol, ou associados às membranas, os ribossomos são fundamentais para o funcionamento celular e sobrevivência do indivíduo. Trata-se de pequenas partículas que medem de 20 nm a 30 nm, sem membranas e formadas por proteínas e RNA ribossomal (RNAr). Alguns autores afirmam que os ribossomos são organelas não membranosas, outros, no entanto, assumem a ideia de que eles, devido à ausência de membranas, não podem ser considerados organelas celulares. Nos eucariotos, os ribossomos são formados por quatro tipos de RNA ribossomal e, aproximadamente, 80 proteínas diferentes. A maior parte do RNA ribossomal é produzida no nucléolo, enquanto as proteínas são produzidas no citoplasma. As proteínas que formarão o ribossomo migram do citoplasma para o núcleo e associam-se aos RNA ribossomais, formando subunidades, que migram para o citoplasma. Os ribossomos são formados por duas subunidades: subunidade maior e subunidade menor. Essas saem do núcleo separadas, mas se unem no citoplasma. Um ribossomo funcional é formado por ambas unidas e ligadas a uma molécula de RNA mensageiro (RNAm). Esse ribossomo funcional é responsável por garantir a síntese de proteínas, e, quando o complexo é formado, podemos observar quatro sítios de ligação distintos, um sítio na unidade menor e três sítios na unidade maior (sítios P, A e E): Sítio P: Nesse local observa-se uma molécula de RNA transportador (RNAt) ligada à cadeia polipeptídica que está se formando. Sítio A: Nesse local observa-se a presença de RNA transportador carregando o próximo aminoácido, que será ligado à cadeia polipeptídica. Sítio E: Nesse local de saída, os RNA transportadores descarregados deixam o citoplasma. Os ribossomos podem ser encontrados livres no citosol (ribossomos livres) ou então ligados à membrana do retículo endoplasmático e do envelope nuclear (ribossomos ligados). Não podemos esquecer-nos ainda dos ribossomos encontrados no interior de cloroplastos e mitocôndrias e que se destacam por serem menores que os outros citados. Nas células procariontes, em que não há núcleo definido, nem organelas membranosas, os ribossomos são encontrados apenas livres no citosol. Função dos ribossomos: Os ribossomos são organelas responsáveis pela síntese de proteínas na célula. Células responsáveis por grande produção de proteínas, como as do pâncreas, são ricas nessas estruturas. Além disso, em células com grande atividade metabólica, os ribossomos podem ser encontrados em agrupamentos, conhecidos como polirribossomos. Independentemente do local onde os ribossomos estão na célula (livres ou ligados), eles atuarão na síntese proteica. A principal diferença, no entanto, está no local de destinação dessas proteínas. Ribossomos presentes no citosol produzem proteínas que geralmente são destinadas ao próprio citosol. Já os ribossomos ligados, geralmente, sintetizam proteínas que serão inseridas nas membranas para que possam ser empacotadas ou secretadas pela célula. Após a etapa de início, temos a etapa de elongação. Nela os aminoácidos são adicionados um a um. O RNA transportador chega ao sítio A e pareia-se por complementaridade ao códon do RNA mensageiro. Ocorre então uma ligação peptídica entre o aminoácido que está no sítio A e a cadeia polipeptídica em formação que está no sítio P. O ribossomo move o RNA transportador do sítio A para o sítio P, e o RNA transportador, do sítio P, segue para o sítioE, onde é liberado. O RNA mensageiro também desloca-se nesse processo, fazendo com que no sítio A localize-se no próximo códon que será traduzido. A última etapa é a etapa de término, marcada pela chegada no sítio A do ribossomo do códon de término. As trincas UAG, UAA e UGA sinalizam o fim da tradução, uma vez que não codificam nenhum aminoácido. Quando essas trincas surgem, entra em ação o fator de liberação, que será responsável pela liberação do polipeptídio. Após o fim do processo, todos os componentes separam-se, inclusive as duas subunidades ribossomais. Para saber mais sobre o processo de síntese proteica, acesse o texto: Síntese de proteínas. Diferença entre os ribossomos de procariotos e eucariotos: Os ribossomos de procariotos e de eucariotos são bem semelhantes quanto a sua estrutura, entretanto, pequenas diferenças podem ser observadas entre eles. De maneira geral, os ribossomos dos eucariotos são maiores que aqueles presentes em organismos procariontes. Além disso, observa- se uma pequena diferença no que diz respeito à composição, sendo os ribossomos dos eucariotos mais complexos. Retículo Endoplasmático: Como já mencionamos, toda célula eucariótica apresenta uma rede citoplasmática de tubos e bolsas membranosas denominada retículo endoplasmático. Em certas regiões do citoplasma, as membranas do retículo apresentam ribossomos aderidos à sua superfície, constituindo o chamado retículo endoplasmático granuloso, ou retículo endoplasmático rugoso (antigamente denominado ergastoplasma). Em outras regiões, não há ribossomos aderidos às membranas e o retículo recebe a denominação de retículo endoplasmático não granuloso (ou retículo endoplasmático liso). Função do retículo endoplasmático granuloso: Os ribossomos aderidos às membranas do retículo endoplasmático granuloso atuam na produção de certas proteínas celulares, principalmente aquelas que se destinam à “exportação”, isto é, que serão eliminadas para atuar fora da célula. Por exemplo, as enzimas que digerem os alimentos ingeridos por uma pessoa são produzidas no retículo endoplasmático granuloso de células glandulares e eliminadas na cavidade do tubo digestório, onde atuam. O retículo endoplasmático granuloso também é responsável pela produção das enzimas lisossômicas, que fazem a digestão intracelular, e das proteínas que compõem as membranas celulares. Já as proteínas do citoesqueleto e as que atuam no citosol e no núcleo celular são produzidas por ribossomos livres no líquido citoplasmático. Função do retículo endoplasmático não granuloso: O retículo endoplasmático não granuloso é responsável pela síntese de ácidos graxos, de fosfolipídios e de esteroides, que ocorre no interior de suas bolsas e tubos membranosos. A maioria das células possui pequena quantidade de retículo endoplasmático não granuloso, mas ele é abundante, por exemplo, em células do fígado (hepatócitos), onde tem por função alterar certas substâncias tóxicas, como pesticidas e outras drogas, inativando-as e facilitando sua eliminação do corpo. As células das gônadas, que produzem os hormônios sexuais, também apresentam retículo não granuloso bem desenvolvido, pois é nele que esses hormônios esteroides são sintetizados. Nas células musculares, bolsas do retículo endoplasmático não granuloso são especializadas no armazenamento de íons de cálcio (Ca2+) que, ao serem liberados no citosol, promovem a contração muscular. Complexo de Golgi: Muitas proteínas produzidas pelos ribossomos do retículo granuloso são enviadas diretamente para outra estrutura membranosa citoplasmática: o complexo golgiense, ou complexo de Golgi (ou ainda aparelho de Golgi). Esse componente citoplasmático é constituído por de 6 a 20 bolsas membranosas achatadas, denominadas cisternas, empilhadas umas sobre as outras e por vesículas derivadas delas. Nas células vegetais, há conjuntos de cisternas dispersos pelo citoplasma, sendo cada conjunto denominado golgiossomo ou dictiossomo. Nas células animais, as cisternas do complexo golgiense se concentram em uma região específica do citoplasma, geralmente próxima do núcleo e de um par de estruturas tubulares conhecidas como centríolos, que estudaremos mais adiante. Nas cisternas do complexo golgiense, certas proteínas e lipídios produzidos no retículo endoplasmático são quimicamente modificados pela adição de glicídios, processo denominado glicosilação. É também no complexo golgiense que ocorre a síntese de determinados carboidratos. Exemplo: Produz a pectina que é um polissacarídeo que constitui a parede celular. Lisossomos: Lisossomos (do grego lise, quebra) são bolsas membranosas que contêm dezenas de tipos de enzimas digestivas, capazes de digerir grande variedade de substâncias orgânicas. Dentre as enzimas lisossômicas, destacam-se as nucleases, que digerem ácidos nucleicos (DNA e RNA), as proteases, que digerem proteínas, as fosfatases, que atuam removendo fosfatos de nucleotídios, de fosfolipídios e de outros compostos, além de enzimas que digerem polissacarídios e lipídios. Células animais podem conter centenas de lisossomos. A membrana lipoproteica dos lisossomos é capaz de bombear ativamente íons H+ do citosol para o interior da organela, o que faz o interior do lisossomo ter um pH ácido, em torno de 4,8, ideal para a ação das enzimas lisossômicas. Essas enzimas praticamente não atuam em pH neutro, como o do citosol e o do líquido que banha as células. Assim, se eventualmente um lisossomo se rompe e libera suas enzimas no citoplasma, não chega a haver autodigestão da célula, pois o pH do citosol gira em torno de 7,0 a 7,3. Um mistério ainda não desvendado pelos cientistas é como a membrana do lisossomo consegue se proteger de ser digerida por suas próprias enzimas. Os lisossomos recém-produzidos pelo complexo golgiense vagam pelo citoplasma até se fundir a bolsas membranosas contendo materiais a serem digeridos. Enquanto essa fusão não ocorre, eles são denominados lisossomos primários, pois ainda não iniciaram sua atividade de digestão. Quando se fundem a bolsas membranosas com os materiais que serão digeridos e suas enzimas entram em ação, eles passam a ser chamados de lisossomos secundários. Lisossomos podem digerir material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose, o que constitui sua função heterofágica, ou digerir partes desgastadas da própria célula, o que se denomina função autofágica. Mitocôndrias: Mitocôndrias são organelas citoplasmáticas, em geral com forma de bastonete e cerca de 2 mm de comprimento por 0,5 mm de diâmetro. Seu número na célula varia de dezenas a centenas, dependendo do tipo celular. As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoproteicas. A mais externa é lisa e semelhante às demais membranas celulares, enquanto a membrana interna tem composição química diferente e apresenta dobras chamadas de cristas mitocondriais, que se projetam para o interior da organela. Este é preenchido por um líquido viscoso - a matriz mitocondrial - que contém diversas enzimas, DNA, RNA e ribossomos menores que os citoplasmáticos e muito semelhantes aos ribossomos bacterianos. Nas mitocôndrias, ocorre a respiração aeróbia, processo em que moléculas orgânicas provenientes do alimento reagem com gás oxigênio (O2), formando gás carbônico (CO2) e água (H2O) e liberando energia, que é armazenada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina). O ATP produzido nas mitocôndrias difunde-se para as outras regiões da célula e fornece energia para as mais diversas atividades celulares. Autoduplicação das mitocôndrias: Mitocôndrias surgem exclusivamente por autoduplicação de mitocôndrias preexistentes. Quando a célula se divide, originando duas células-filhas, cada uma delas recebe aproximadamente metade do número de mitocôndrias existentes na célula-mãe. À medida que as células crescem, suas mitocôndrias se autoduplicam, restabelecendoo número original. A complexidade das mitocôndrias, o fato de possuírem genes, sua capacidade de autoduplicação e a semelhança genética e bioquímica com certas bactérias sugerem que essas organelas sejam descendentes de seres procarióticos primitivos, que um dia se instalaram no citoplasma de primitivas células eucarióticas. Essa explicação para a origem evolutiva das mitocôndrias (e também dos plastos) é conhecida como hipótese endossimbiótica ou simbiogênese. Um fato interessante sobre as mitocôndrias é que, em animais com reprodução sexuada, essas organelas têm sempre origem materna. Apesar de os gametas masculinos possuírem mitocôndrias, elas degeneram logo após a fecundação, de modo que todas as mitocôndrias do zigoto, e consequentemente as de todas as células do novo indivíduo, descendem das que estavam presentes no gameta feminino. Referências Bibliográficas AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia, Volume 1, Biologia das Células. São Paulo: Moderna, 2010. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Células eucariontes"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-eucariontes.htm. Acesso em 21 de março de 2020. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Células procariontes"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-procariontes.htm. Acesso em 21 de março de 2020. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/estrutura-e-funcao-da- agua-como-constituinte-celular/62715 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Carboidratos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/carboidratos.htm. Acesso em 21 de março de 2020. https://www.infoescola.com/citologia/plasmodesmos/ SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é patógeno?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-patogeno.htm. Acesso em 22 de março de 2020. RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. "Citoplasma"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-citoplasma-das-celulas.htm. Acesso em 22 de março de 2020. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Ribossomos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ribossomos.htm. Acesso em 22 de março de 2020. https://www.infoescola.com/citologia/plasmodesmos/
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