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Aluno: Paulo César santos 8º Noturno RESUMO Livro : Cidade Para Pessoas - Jan Gehl Cap. 2 – Os sentidos e a escala O natural ponto de partida para do trabalho de projetar cidades para pessoas é o mobilidade e os sentidos humanos, já que estes fornecem a base biologica das atividades, do comportamento e da comunicação no espaço urbano. O homem evoluiu para mover-se lentamente e a pé e o crpo humano tm orientação linear. O desenvolvimento sensorial está intimamente ligado a historia evolutiva e pode ser classificado simplesmente conforme os sentidos de “distancia”. - visão, audição e olfato. E os sentidos de proximidade – tato e paladar. No contato entre pessoas os sentidos são ativados a distancias muito dispares. Conforme a pessoa se aproxima, mais detalhes tornam-se visíveis , e o campo da visão do observador se dirige para uma parte superior do corpo, depois para o rosto e finalmente somente pra parte do rosto. Enquanto isso a pessoa já está no campo de audição. A 50-70mtrs podemos ouvir gritos de ajuda. A 35 metros em voz alta, a uma distancia de 20-25 metros podemos trocar mensagens curtas, mas uma conversa longa somente a 7 metros. Os outros sentidos também podem entrar no jogo conforme a distancia diminui. Podemos perceber aromas e temperaturas. No contexto do planejamento urbano. Onde a relação entre sentidos, comunicação e dimensões é um tema importante. Falamos de campo social de visão. Se observarmos casas de espetáculos em todo o mundo, entretanto, veremos que a distância critica entre palco e os assentos mais distantes é 35 e não 25 mtrs. O motivo dessa ampliação da distancia como espectador pode ser encontrado na linguagem corporal, maquiagem e projeção de voz dos atores. Salas de espetáculos e teatros também ampliam a quantidade de assentos para cima e para os lados, buscando a capacidade máxima. Os maiores preços correspondem aos assentos do meio da plateia, mais próximos ao palco nas primeiras filas. Pois as experiências são mais fortes, os assentos custam menos quando mais para traz. Isso nos dizem algo importante sobre nosso equipamento sensorial e a comunicação humana. O campo de visão social cerca de 100 metros também se reflete no tamanho da maior parte das praças. Em quanto a rua sinaliza movimento, psicologicamente a praça sinaliza a permanência. Os componentes básicos da arquitetura urbana são os espaços de movimento (Rua) e de experiencia (Praça). Nosso aparelho locomotor e nossos sistemas de interpretação de impressões sensoriais estão adaptados para caminhar. Quando corremos a 10-12 km/h, ainda podemos perceber e processar impressões sensoriais e assim obter o nível aceitável de controle sobre a situação. Os pedestres não ocupam muito espaço e podem facilmente manobrar em um ambiente estreito. Eles tem tempo e disponibilidade para estudar os edifícios por perto, assim como observar montanhas a distancia. Podem interagir com outras pessoas tanto á distancia como bem de perto. A arquitetura a 5km baseia-se numa cornucópia de impressões sensoriais, os espaços são pequenos, os edifícios mais próximos e a combinação de detalhes e pessoas. A tais velocidades, os espaços precisam ser grandes e facilmente gerenciais, e todos os sinais tem que ser simplificados e ampliados, para que passageiros e motoristas absorvam a informação. Um passeio numa arquitetura feita para 60km/h e uma experiencia sensorial empobrecedora: desinteressante e cansativa. Outra categoria de construções onde a preocupação com a escala humana quase sempre esta em evidencia e nos centros de compras, parques de diversão, restaurantes e hotéis litorâneos, onde o pré-requisito essencial para o sucesso financeiro é o bem estar das pessoas. Esses exemplos mostram que é possível trabalhar conscientemente com a escala humana em varias combinações com as exigências de outras escalas. O Corpo humano, seus sentidos e mobilidade são a chave do bom planejamento urbano para todos. O desafio e construir cidades esplendidas ao nível dos olhos, com grandes edifícios erguendo-se acima de belos andares interiores.