Buscar

Neurotoxoplasmose em pacientes com HIV/AIDS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1046 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
 
 
 
 
 
NEUROTOXOPLASMOSIS BOARDING IN PATIENTS WITH HIV/AIDS IN INTENSIVE 
CARE UNIT 
NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTES COM HIV/AIDS INTERNADOS EM UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA 
TOXOPLASMOSIS CEREBRAL EN PACIENTES CON VIH/SIDA HOSPITALIZADOS EN LA UNIDAD DE CUIDADOS 
INTENSIVOS 
Thiago Moura de Araújo1, Lívia Moreira Barros2, Joselany Áfio Caetano3, Rosa Aparecida Nogueira Moreira4, 
Natasha Marques Frota5, Ana Claudia Lima Feitosa6, Bruna Andrade Said7, Cícero Alves Saldanha8 
ABSTRACT 
Objective: to investigate the clinical and epidemiological characteristics of toxoplasmic encephalitis in patients with HIV/aids. 
Method: retrospective study, in the period 2004 to 2008, in the Intensive Care Unit of a referral hospital in infectious diseases in 
the State of Ceará, with a quantitative approach and sample comprised 75 records of patients diagnosed with HIV/AIDS and 
Neurotoxoplasmosis. Data collection was performed with structured form and previously tested in a pilot study. The data were 
tabulated in Excel program and then created a database where the percentages were calculates and frequency of events 
analyzed. Data were presented descriptively and analyzed in the literature. The study was conducted in accordance with the 
ethical principles of Resolution 196/96 National Health and approved by the Ethics Committee of the institution (CEP 040/2008) 
with number CAAE 0052.0.042.000-08. Results: we identified the prevalence of males in 54 (72%) patients as compared to 
females (28%). With the diagnosis of cerebral toxoplasmosis, 69.3% (52) had been diagnosed for less than one year, 20% (15) for 
more than one year and 10.7% (8) was ignored. The length of ICU stay was less than 30 days in 90.3% (68) of cases and more than 
30 days in 9.3% (7). Major complications were pressure ulcers, bleeding, pneumonia, shock and obstruction of the tracheostomy. 
Conclusion: we conclude that despite the importance of intensive care patients with HIV/aids co-infections continue to be 
factors aggravating the clinical condition of these patients. Descriptors: toxoplasmosis, cerebral; aids; aids-related opportunistic 
infections. 
RESUMO 
Objetivo: investigar as características clínicas e epidemiológicas da neurotoxoplasmose em pacientes com HIV/aids. Método: 
estudo retrospectivo, no período de 2004 a 2008 na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital referência em doenças 
infecciosas do Estado do Ceará, com abordagem quantitativa e amostra composta por 75 prontuários de pacientes com 
diagnóstico de HIV/Aids e Neurotoxoplasmose. A coleta de dados foi realizada com formulário estruturado e previamente testado 
em estudo piloto. Os dados foram tabulados no Programa Excel e, posteriormente, foi criado um banco de dados onde foram 
calcauladas as percentagens e frequência dos eventos analisados. Os dados foram apresentados de forma descritiva e analisados 
com a literatura. O estudo foi realizado de acordo com os preceitos éticos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e 
aprovada pelo Comitê de Ética da referida instituição (CEP 040/2008) com número do CAAE 0052.0.042.000-08. Resultados: foi 
identificada a prevalência do sexo masculino em 54 (72%) pacientes em relação ao sexo feminino (28%). Com relação ao 
diagnóstico de neurotoxoplasmose, 69,3% (52) já haviam sido diagnosticados há menos de um ano, 20% (15) há mais de um ano e 
10,7% (8) foi ignorado. O tempo de internamento na UTI foi menor que 30 dias em 90,3% (68) dos casos e superior a 30 dias em 
9,3% (7). As principais complicações foram úlcera de pressão, sangramento, pneumonia, choque e obstrução do traqueóstomo. 
Conclusão: apesar da importância dos cuidados intensivos com pacientes portadores do HIV/Aids, as co-infecções continuam 
sendo fatores agravantes do quadro clínico desses pacientes. Descritores: toxoplasmose cerebral; aids; infecções oportunistas 
relacionadas com a aids. 
RESUMEN 
Objetivo: Investigar las características clínicas y epidemiológicas de la encefalitis toxoplásmica en pacientes con VIH/ aids. 
Método: estudio retrospectivo en el período 2004 a 2008 en la Unidad de Cuidados Intensivos de un hospital de referencia 
de enfermedades infecciosas en el Estado de Ceará, conun enfoque cuantitativo y la muestra compuesta de 75 historias clínicas 
de pacientesdiagnosticados con VIH / SIDA y neurotoxoplasmosis. La recolección de datos se realizó con formulario estructurado 
y probado previamente en un estudio piloto. Los datos se tabularon en el programa Excel y luego creó una base de datos, 
donde los porcentajes fueron calcauladas y la frecuencia de los eventos analizados. Los datos sepresentan de manera 
descriptiva y analizados en la literatura. El estudio se realizó de conformidad con los principios éticos de la Resolución 
196/96 Nacional de Salud y aprobado por el Comité de Ética de la institución (CEP 040/2008) con el número de CAAE 
0052.0.042.000-08. Resultados: Se identificó la prevalencia de los varones en 54 (72%) pacientes, en comparación con las 
mujeres (28%). Con el diagnóstico de toxoplasmosis cerebral, el 69,3% (52) habían sido diagnosticados con menos de un año, el 
20% (15) desde hace más de un año y un 10,7% (8) fue ignorada. La duración de la estancia fue de menos de 30 días en el 90,3% 
(68) de los casos y más de 30 días en el 9,3% (7). Las principales complicaciones fueron las úlceras por presión, sangrado, 
neumonía shock, y la obstrucción de la traqueotomía. Conclusión: Se concluye que a pesar de la importancia de los pacientes de 
cuidados intensivos con el VIH / SIDA co-infecciones siguen siendo factores agravantes de la situación clínica de estos pacientes. 
Descriptores: toxoplasmosis cerebral; sida; infecciones oportunistas relacionadas con sida. 
1Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). São Luis (MA), Brasil. E-mail: thiagomouraenf@yahoo.com.br; 
2Estudante do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará/UFC. Bolsista de Iniciação Científica (CNPq). Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: 
livinha_mh@hotmail.com; 3Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará/UFC. Doutora em Enfermagem. 
Pesquisadora do CNPq. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: joselany@ufc.br; 4Enfermeira. Especialista em Unidade de Terapia Intensiva. Mestranda do Programa de 
Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará/UFC. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: nogueiramoreira@bol.com.br; 5Enfermeira. Mestranda 
do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará/PPGENF/UFC. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: natashafrota_@hotmail.com; 
6Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora da Universidade Fortaleza (Unifor). Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: anaclaudiaflima@unifor.br; 7,8Enfermeiros 
graduados na Universidade de Fortaleza (Unifor). Fortaleza (CE), Brasil. E-mails: brunasaid85@hotmail.com; cícero_saldanha@hotmail.com 
ORIGINAL ARTICLE 
 
 
mailto:thiagomouraenf@yahoo.com.br
mailto:livinha_mh@hotmail.com
mailto:joselany@ufc.br
mailto:nogueiramoreira@bol.com.br
mailto:natashafrota_@hotmail.com
mailto:anaclaudiaflima@unifor.br
mailto:brunasaid85@hotmail.com
mailto:cícero_saldanha@hotmail.com
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1047 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
 
A neurotoxoplasmose (NT) é a infecção 
oportunista mais comum que atinge o Sistema 
Nervoso Central (SNC), a qual é causada pela 
reativação de uma infecção latente provocada 
por um parasita intracelular denominado 
Toxoplasma gondii. Nos indivíduosimunocomprometidos, os cistos do toxoplasma 
persistem por período indefinido e qualquer 
imunossupressão significativa pode ser seguida 
por uma reativação da toxoplasmose.1 
Os indivíduos acometidos pelo HIV/Aids 
apresentam chances elevadas de desenvolver 
a NT, devido sua condição clínica de 
imunossupressão, podendo essa infecção 
resultar em transtornos da função cognitiva, 
déficits nos processos mentais, tais como 
atenção, aprendizado, memória, rapidez do 
processamento de informações, capacidade de 
resolução de problemas e sintomas sensoriais 
e motores.2 
No Brasil, foram notificados 608.230 mil 
casos de HIV/Aids no período de de 1980 a 
junho de 2011, sendo 397.662 (65,4%) no sexo 
masculino e 210.538 (34,6%) no sexo feminino. 
Observa-se também que há uma tendência de 
aumento na prevalência da infecção pelo HIV 
nos jovens, pois, de acordo com as taxas de 
incidência de HIV/Aids entre jovens de 15 a 24 
anos em 2010, a taxa para os homens foi de 2 
casos de Aids e para as mulheres foi de 1,6 
casos para cada 100 mil habitantes.3 
Essa infecção é a causa mais comum de 
lesões cerebrais em pacientes com HIV/Aids, 
especialmente nos países em 
desenvolvimento. As lesões são multifocais e 
são detectadas com maior frequencia no 
cérebro (gânglios basais, córtex cerebral, 
tronco cerebral e cerebelo) e, em menor 
frequência, na retina, miocárdio e pulmões.1,4 
A incidência de NT nos pacientes com 
HIV/Aids é proporcional à prevalência da 
infecção latente do T. Gondii entre a 
população em geral. Antes da terapia com os 
antiretrovirais, uma em cada três pessoas 
infectadas pelo HIV adquiria NT, com intensa 
deteriorização imunológica progressiva, caso a 
profilaxia terapêutica não fosse indicada de 
forma precoce e precisa.5 Assim, o tratamento 
com antiretrovirais proporcionou a diminuição 
da incidência dessa infecção, aumentando a 
expectativa de vida e melhorando a qualidade 
de vida desses pacientes.6 
O risco de infecção de NT associada ao 
paciente com HIV/Aids é cerca de 3 a 50% dos 
casos e apresenta elevada morbimortalidade 
se não for diagnosticada e tratada 
precocemente a fim de reduzir as 
complicações neuropsiquiátricas.2,7 Na prática 
clínica, o diagnóstico definitivo de NT requer 
a demonstração de taquizoítos no cérebro por 
biópsia ou necropsia. Porém, geralmente o 
tratamento é iniciado após um diagnóstico 
baseado nas características clínicas e nos 
resultados dos exames de imagem.8 
Diante da incidência de NT em pacientes 
com HIV/Aids, é importante conhecermos a 
frequência dessa doença oportunista nos 
pacientes internados na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI), os quais são imunodeprimidos 
e vivenciam diariamente a ocorrência de 
procedimentos invasivos que aumentam o 
risco do surgimento de outras doenças 
associadas à infecção pelo HIV. Dessa forma, 
foram objetivos do estudo investigar as 
características clínicas e epidemiológicas da 
neurotoxoplasmose em pacientes com 
HIV/Aids e descrever as principais 
complicações associadas e a incidência de 
óbitos pela doença. 
 
Trata-se de um estudo retrospectivo e 
descritivo com uma abordagem quantitativa 
realizado no período janeiro a abril de 2009 
em um hospital referência em doenças 
infecciosas do Estado do Ceará, o qual 
funciona como referência em doenças 
infecciosas no Estado do Ceará, integrante do 
Sistema Único de Saúde (SUS), o qual 
representa um centro de excelência no 
diagnóstico, tratamento, ensino, pesquisa e 
prevenção dessas doenças, sendo reconhecido 
nacionalmente e internacionalmente. 
Inicialmente, foi realizado um levantamento 
de todos os pacientes que foram atendidos na 
UTI do referido hospital num período de 
quatro anos, através do sistema de informação 
da instituição que disponibilizava essa 
informação. 
A população foi constituída de 507 
prontuários de pacientes que foram internados 
na UTI no período de julho de 2004 até julho 
de 2008 com diagnóstico de HIV/Aids. Para a 
formação da amostra foi aplicado critérios de 
inclusão, como: presença de diagnóstico 
médico no prontuário de neurotoxoplasmose 
como co-infecção pela Aids, confirmados por 
laudo de tomografia computadorizada ou 
laboratorial ou evidência clínica. Já o critério 
de exclusão foi: baixa qualidade de 
informações no prontuário traduzida por 
impossibilidade do preenchimento mínimo de 
80% das informações solicitadas em nosso 
formulário. Após o levantamento e análise dos 
prontuários e aplicação dos critérios de 
inclusão e exclusão, a amostra foi composta 
MÉTODO 
INTRODUÇÃO 
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1048 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
por 75 prontuários de pacientes admitidos 
neste setor com HIV/Aids associada a NT. 
A coleta de dados ocorreu com emprego de 
formulário estruturado e previamente testado 
em estudo piloto em que foram avaliadas 
características sócio-demográficas (idade, 
sexo, naturalidade, procedência e 
escolaridade), epidemiológicas e clínicas, tais 
como: tempo de infecção pelo HIV, tempo de 
internação na enfermaria e UTI, exames 
realizados, co-infecções associadas, terapia 
medicamentosa, complicações e evolução do 
caso. 
Os dados foram tabulados no programa 
Excel e, posteriormente, foi criado um banco 
de dados onde foram calculadas percentagens 
e frequência dos eventos analisados. Os dados 
foram apresentados de forma descritiva e 
analisados com a literatura. 
O estudo foi realizado de acordo com os 
preceitos éticos da Resolução 196/96 do 
Conselho Nacional de Saúde e aprovada pelo 
Comitê de Ética da referida instituição (CEP 
040/2008) com número do CAAE: 
0052.0.042.000-08. 
 
No período de 2004 a 2008, foram 
admitidos 507 pacientes com diagnóstico de 
HIV/Aids na UTI da referida instituição. 
Destes, 75 foram incluídos no estudo, tendo a 
prevalência de 14,8% indivíduos com 
diagnóstico de neurotoxoplasmose como co-
infecção pelo HIV/Aids. 
Foi possível identificar a prevalência do 
sexo masculino em 54 (72%) pacientes em 
relação ao sexo feminino (28%). A distribuição 
por faixa etária revelou que 44% (33) tinham 
entre 31-40 anos, 32% (24) entre 41-50 anos, 
16% (12) tinham acima de 50 anos e apenas 8% 
(6) tinham entre 21-30 anos. 
Quanto à naturalidade, a maioria dos 
pacientes nasceu na zona rural do Ceará, 
totalizando 60% (45) da amostra, enquanto 
que 28 (37,3%) eram naturais de Fortaleza e 
dois (2,7%) prontuários não continham a 
informação. Observou-se que 41 (54,7%) dos 
indivíduos eram residentes de Fortaleza ou da 
região metropolitana, 33 (44%) procediam das 
cidades do interior do Estado e somente um 
(1,3%) teve a informação ignorada. 
Quanto ao nível de escolaridade 29 (38,7%) 
tinham ensino fundamental, 16 (21,3%) eram 
alfabetizados, 12 (16%) possuíam o ensino 
médio, oito (10,7%) tiveram a informação 
ignorada, seis (8%) eram analfabetos e apenas 
quatro (5,3%) tinham o ensino superior. 
Referente às variáveis clínicas identificou-
se que o tempo de conhecimento da 
soropositividade de infecção pelo HIV foi 
menor que um ano em 48 (64%) pacientes e 
acima de um ano em 22 (29,3%) casos. Em 
cinco (6,7%) prontuários, a informação foi 
ignorada. Com relação ao diagnóstico de 
neurotoxoplasmose, 69,3% (52) já haviam sido 
diagnosticados há menos de um ano, 20% (15) 
há mais de um ano e 10,7% (8) foi ignorado. 
O tempo de internamento na UTI foi menor 
que 30 dias em 90,3% (68) dos casos e superior 
a 30 dias em 9,3% (7). As doenças associadas 
foram: insuficiência respiratória (22,7%), 
tuberculose pulmonar (14,7%), diarréia (6,6%), 
monilíase (4%) e outras co-infecções (26,7%). 
Dezenove (25,3%) pacientes não tiveram 
nenhuma doença associada. Com relaçãoaos 
exames realizados, 77,3% (58) fizeram a 
tomografia do crânio, 21,4% (16) fizeram a 
sorologia para toxoplasmose e 1,3% (1) a 
ressonância magnética. 
As principais terapias medicamentosas 
utilizadas foram: antibioticoterapia (73,3%), 
sedação (61,3%), analgesia (54,3%), drogas 
vasoativas (42,7%) e anticoagulação profilática 
(29,3%). Foram identificadas complicações 
inerentes a internação na UTI como úlcera por 
pressão (21,3%), sangramento (20%), 
pneumonia (13,4%), choque (10,7%) e 
obstrução do traqueóstomo (4,1%). 
De acordo com os resultados, a evolução da 
neurotoxoplasmose associada a HIV/Aids teve 
como desfecho o óbito em 47 (62,7%) casos, 
seguido de melhora do quadro em 22 (29,3%) 
pacientes, cinco (6,7%) transferências para 
outra instituição e ausência da informação em 
um (1,3%) prontuário. 
 
As doenças neurológicas continuam sendo 
causas frequentes de complicações da 
infecção pelo HIV/Aids no Brasil e as infecções 
oportunistas são as principais etiologias das 
doenças do sistema nervoso. Fatores como 
baixa adesão a terapia antiretroviral, regime 
menos potente e falência a múltiplos regimes 
retrovirais podem contribuir para o aumento 
do risco de complicações neurológicas.9 
A taxa de prevalência de 
neurotoxoplasmose entre pacientes com 
HIV/Aids internados na UTI foi de 14,8%. Um 
estudo realizado em Cuiabá com o objetivo de 
identificar micoses sistêmicas nesses 
pacientes críticos identificou uma prevalência 
de 14% de NT nas unidades especializadas.10 
Em Belo Horizonte, a prevalência de 
toxoplasmose foi de 42,3% entre os pacientes 
internados em um hospital público terciário 
para portadores do HIV/Aids, sendo a infecção 
oportunista mais comum no SNC.11 
DISCUSSÃO 
RESULTADOS 
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1049 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
O local do estudo colabora para realização 
da pesquisa, já que o mesmo é referencia 
para população com doenças 
infectocontagiosas. Os parâmetros de 
prevalência e incidência desse local têm 
tendência a serem superiores aos demais 
hospitais que atendem pacientes com perfil 
diferenciado. 
A predominância do sexo masculino foi 
compatível com o estudo,o qual avaliou as 
características clínicas e epidemiológicas dos 
pacientes com HIV que buscaram atendimento 
em um hospital referência em Belo Horizonte 
em que 57,6% dos pacientes eram homens.6 
Essa maior incidência da doença em homens 
pode estar associada ao descuido da classe 
masculina em não utilizar preservativo 
durante o ato sexual. Podemos ressaltar os 
dados do boletim epidemiológico de 2011, 
onde a prevalência da doença no sexo 
masculina é de 65,4%, confirmando um 
número maior de sujeito com a doença desse 
sexo. A relação entre os sexos vem diminuindo 
a cada ano, passando de 26 casos no sexo 
masculino para cada mulher com a infecção, 
hoje a relação encontra-se 1,7 casos para o 
homem em relação ao sexo oposto.3 
Progressivamente, a disseminação da 
infecção entre o sexo feminino está 
aumentando. Em nosso estudo, verificou-se 
que a incidência entre as mulheres foi de 28%. 
A transmissão do HIV em mulheres acentua-se 
em populações com menor escolaridade e 
renda, com acesso restrito aos serviços de 
saúde e às políticas públicas de saúde 
destinadas à prevenção e tratamento da 
infecção pelo HIV. Vários fatores podem estar 
relacionados a essa mudança, como maior 
vulnerabilidade do organismo feminino à 
infecção pelo HIV devido à maior prevalência 
de doenças sexualmente transmissíveis 
assintomáticas e ao maior risco de infecção no 
intercurso sexual.11 
A faixa etária mais frequente dos pacientes 
diagnosticados com neurotoxoplasmose foi de 
31-40 anos (44%), sendo esses dados 
compatíveis com o estudo feito na fronteira 
brasileira, composta por 588 municípios com 
divisão geopolítica com Guiana Francesa, 
Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, 
Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, 
com o objetivo de identificar os casos de Aids 
e doenças oportunistas transmissíveis mais 
prevalentes em que foi observada a 
predominância da faixa etária entre 24-43 
entre 65,7% dos casos.12 
Acredita-se que fatores geográficos e 
socioeconômicos influenciam na evolução 
clínica da infecção pelo HIV-1, contribuindo 
para o aumento do risco de exposição a outros 
agentes infecciosos.9 Verificou-se que 41 
(54,7%) dos indivíduos eram residentes da 
região metropolitana de Fortaleza e 33 (44%) 
procediam das cidades do interior do Estado. 
No Brasil, o perfil epidemiológico do 
HIV/Aids sofreu muitas alterações desde os 
primeiros registros dos casos no início da 
década de 1980.13 Observa-se hoje um 
processo de interiorização em que se percebe 
a propagação da infecção pelo HIV/Aids nos 
municípios distantes das principais áreas 
metropolitanas, atingindo a população em 
comunidades menos assistidas em infra-
estrutura.12 Esse processo compreende 
diversos aspectos como o espalhamento da 
epidemia dos maiores centros urbanos, 
localizados em sua maioria no litoral do país, 
para outras regiões.13 
Outro processo que está ocorrendo 
progressivamente no quadro epidemiológico 
da infecção é a pauperização em que se 
observa o aumento do número de casos entre 
pessoas com menor nível de escolaridade, o 
que favorece o acometimento das populações 
marginalizadas e vulneráveis.10,11 Em nosso 
estudo, os resultados reforçam os dados 
presentes na literatura visto que o nível de 
escolaridade prevalente foi o do ensino 
fundamental (38,7%), seguido pelos 
alfabetizados (21,3%) e, posteriormente, os do 
ensino médio (16%) e nível superior (5,3%). 
A obtenção do diagnóstico de infecção pelo 
HIV há menos de um ano (64%) foi 
predominante no estudo, estando de acordo 
com os achados de outro estudo em que 40,4% 
dos participantes tinham conhecimento da 
soroconversão há mais de cinco anos.6 A 
evolução crônica da doença está relacionada 
com o uso dos antiretrovirais e a profilaxia 
precoce contra as doenças oportunistas, o que 
possibilita a redução da morbimortalidade 
desses pacientes, com maior qualidade de 
vida e aumento da longevidade dos mesmos.14 
Constatou-se que 69,3% (52) já haviam tido 
o diagnóstico de neurotoxoplasmose há menos 
de um ano. O diagnóstico é baseado na 
história clínica, no exame neurológico, no 
exame sorológico e nos estudos de imagem.2 
Em alguns municípios, o diagnóstico precoce 
da neurotoxoplasmose é limitado pela falta de 
equipamentos de imagens não invasivos, de 
maior sensibilidade e especificidade. A 
tomografia computadorizada (TC) de crânio e 
a ressonância magnética (RM) são de grande 
valor diagnóstico ao mostrarem lesões 
isodensas ou hipodensas, únicas ou múltiplas, 
com efeito de massa e que captam o contraste 
de forma anelar ou nodular.7 Em nosso estudo, 
77,3% (58) dos pacientes realizam a TC e 
apenas 1,3% (1) a ressonância magnética. A 
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1050 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
ressonância magnética de encéfalo é superior 
a tomografia computadorizada de crânio, 
além de permitir a demonstração de lesões 
hiperintensas e relativamente simétricas na 
substância branca.2 
A confirmação do diagnóstico precisa de 
uma avaliação criteriosa, pois os sinais e 
sintomas clínicos e os achados dos estudos 
imagem radiológica podem ser confundidos 
com os de outras doenças que comprometem 
o sistema nervoso central desses pacientes e o 
diagnóstico etiológico definitivo pode exigir 
procedimentos invasivose arriscados.7 
O perfil sorológico desses pacientes é 
semelhante ao da população geral com 
infecção crônica. Os anticorpos IgM não são 
comumente detectados e os anticorpos IgG 
não discriminam entre latente e ativa. O 
monitoramento da titulação dos anticorpos 
séricos pode ser útil para determinar se os 
níveis aumentam durante a reativação da 
doença, sendo eficaz para fins de diagnóstico 
e para a intervenção precoce com medidas 
profiláticas e terapêuticas.7 
O diagnóstico tardio contribui para o 
comprometimento cognitivo do paciente, o 
qual é clinicamente significativo quando afeta 
o funcionamento das atividades diárias. Os 
indivíduos infectados com alterações 
cognitivas leves podem apresentar problemas 
ocupacionais, mesmo nos estágios iniciais da 
doença. Indivíduos HIV-positivos com 
alterações cognitivas, principalmente, em 
funções executivas e processos de 
aprendizagem apresentam, geralmente, 
menor desempenho no trabalho.2 
Vários pacientes tiveram, além da 
associação da neurotoxoplasmose com o 
HIV/Aids, o desenvolvimento de outras 
doenças como insuficiência respiratória, 
tuberculose pulmonar, diarréia e monilíase 
com predomínio da insuficiência respiratória 
(22,7%) e da tuberculose pulmonar (14,7%). O 
quadro de insuficiência respiratório, 
apresentado nos pacientes, justifica a 
admissão dentro do centro de terapia 
intensiva, na maioria dos casos, confirmando a 
ocorrência dessa complicação nos pacientes. 
O indivíduo com HIV/Aids é mais susceptível 
às doenças emergentes e às doenças 
negligenciadas, os quais poderiam ser 
acompanhados pelos serviços de saúde. 
Funcionalmente, os pacientes com doenças 
neuromusculares apresentam diminuição na 
capacidade vital e na capacidade pulmonar 
total. A forma progressiva do acometimento 
da musculatura respiratória nas doenças 
neuromusculares produz alterações dos gases 
sanguíneos devido à hipoventilação alveolar, 
ocasionando hipoxemia e hipercapnia.1 
Atelectasias, pneumonias e insuficiência 
respiratória, inicialmente durante o sono e 
depois, mesmo na vigília, são as complicações 
esperadas nesta situação.15 
As infecções respiratórias hospitalares 
ocorrem por conta de aspirações repetidas de 
secreção de vias aéreas superiores, 
broncoaspiração de conteúdos gástricos ou 
contaminação exógena por artigos 
contaminados.16 A espirometria, a oximetria 
de pulso, a capnografia, as medidas do pico 
de fluxo da tosse, da pressão inspiratória 
máxima e da pressão expiratória máxima 
permitem ao prever quais pacientes 
necessitam de tosse assistida e suporte 
ventilatório.15 
Os sedativos e analgésicos são os fármacos 
mais utilizado nas unidades de terapia 
intensiva, os quais são úteis na redução da 
ansiedade e do consumo de oxigênio.17 Após a 
análise dos dados, podemos observar que 
61,3% dos pacientes necessitaram de sedação 
e 54,3% de analgesia. 
A maioria dos pacientes das UTIs vivenciam 
episódios de dor, medo e ansiedade. A 
analgesia e a sedação são fundamentais para 
dar conforto ao paciente, reduzir o estresse e 
evitar o retardo na recuperação e no 
desmame da ventilação mecânica. A sedação 
inadequada causa dor, ansiedade, agitação, 
retirada de cateteres, isquemia miocárdica e 
hipoxemia, enquanto que a sedação excessiva 
ou prolongada ocasiona escaras, compressão 
de nervo, delírio e ventilação mecânica 
prolongada.18 
Os corticosteróides devem ser usados 
apenas em casos de lesões expansivas com 
significativo edema ou efeito de massa. A 
diminuição do processo inflamatório gera uma 
melhora clínica do paciente que não 
corresponde necessariamente à melhora da 
doença oportunista. O corticóide pode 
mascarar a presença de lesão expansiva 
cerebral diferente da toxoplasmose cerebral.19 
O uso de anticonvulsivantes não deve ser 
rotineiro, recomendando-se sua administração 
após a presença de convulsões. Estes 
medicamentos apresentam numerosos efeitos 
adversos e interações farmacológicas, 
devendo ser utilizados criteriosamente.19 
Além do tratamento medicamentoso para 
as complicações e manifestações clínicas da 
NT, existem medicações específicas que 
atuam para curar o indivíduo. O tratamento 
de escolha da toxoplasmose cerebral é 
constituído pela associação de sulfadiazina, 
pirimetamina e ácido folínico.19 Embora já 
existam outros medicamentos com 
reconhecida atividade antitoxoplasma, como a 
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1051 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
clindamicina, o sulfametazol, o trimetoprim e 
a espirimicina, nenhum tem a eficácia da 
combinação de pirimetamina com 
sulfonamidas e não apresenta atividade contra 
os cistos do parasita.20 A quimioprofilaxia é 
uma estratégia que diminui a ocorrência de 
NT em pacientes com HIV/Aids 
imunodeprimidos. 
Entre a população estudada, 73,3% dos 
pacientes utilizaram antibioticoterapia por um 
período de no máximo de 30 dias. Esse 
tratamento profilático, geralmente, é 
utilizado para prevenir a ocorrência de outras 
doenças oportunistas associadas à 
neurotoxoplasmose. 
Entre as complicações apresentadas pelos 
pacientes, destaca-se úlceras por pressão, 
choque, pneumonia, insuficiência renal aguda, 
sangramento com necessidade de transfusão e 
obstrução do traqueóstomo. A incidência de 
úlceras por pressão é maior nos pacientes 
internados na UTI em relação aos que estão 
alojados em outras unidades do hospital.21 
Essas complicações irão prolongar o tempo de 
internação e proporcionar um maior risco para 
infecções, aumentando os custo no 
tratamento. 
A ventilação mecânica consiste em um 
método de suporte para o tratamento de 
pacientes com insuficiência respiratória, a 
qual tem como principal objetivo a 
manutenção adequada das trocas gasosas, 
além de permitir a correção da hipoxemia e 
da acidose respiratória associada à 
hipercapnia, diminuir a fadiga e aliviar o 
trabalho da musculatura respiratória e 
diminuir o consumo de oxigênio, melhorando o 
desconforto respiratório.22 
A toxoplasmose encefálica é uma das 
principais causas de morbidade e mortalidade 
nos pacientes infectados pelo HIV e pode ser a 
manifestação inicial desta afecção.23 A 
evolução para óbito ocorreu em 62,7% dos 
participantes, o que corrobora com os achados 
de outro estudo, o qual teve o óbito como 
desfecho em 41,3% dos casos estudados.24 
 
A partir da análise dos resultados, podemos 
concluir que, apesar dos avanços tecnológicos 
e científicos, a neurotoxoplasmose continua 
acometendo os pacientes com HIV/Aids, tendo 
apresentado em nessa pesquisa uma 
prevalência similar comparada a outros 
estudos brasileiros. Ressalta-se também a 
identificação do processo de feminização, 
interiorização e pauperização da epidemia. 
Embora o sexo feminino venha aumentando as 
estatísticas nos casos de HIV/Aids, ainda se 
observa a predomínio do sexo masculino. Para 
esses pacientes, a fuga outras cidades 
possibilita uma construção de uma nova vida 
entre pessoas que desconhecem sua doença. 
O predomínio da evolução dos casos a óbito 
em mais da metade dos sujeitos confirma o 
estado de depleção em que se encontra o 
sistema imunológico de um portador do 
HIV/Aids e alerta para a necessidade de 
intervenções eficazes que visem reduzir as 
complicações decorrentes das doenças 
oportunistas associadas a infecção pelo HIV. 
Torna-se evidente uma maior preocupação 
por parte dos profissionais da área da saúde 
durante a assistência prestada a essa clientela 
visto que portadores de HIV são 
imunocomprometidos e possuem uma maior 
facilidade de adquirir outras infecções e 
apresentar várias complicações durante o 
período de internamento. Dessa forma, 
conclui-se que as co-infecçõescontinuam 
sendo fatores agravantes do quadro clínico 
desses pacientes e a neurotoxoplasmose segue 
como uma importante infecção que acarreta 
alterações na qualidade de vida de seus 
portadores, além de configurar-se como um 
potencial fator de risco de vida aos pacientes 
portadores do HIV/Aids. 
 
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas 
e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília: 
Ministério da Saúde; 2010. 
2. Christo PP. Alterações cognitivas na 
infecção pelo HIV e Aids. Rev Assoc Med Bras. 
2010; 56 (2): 242-47. 
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de DST, 
Aids e Hepatites Virais. Boletim 
Epidemiológico - Aids e DST. Ano VIII - nº 1. 
2011. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. 
4. Shankar SK, Mahadevan A, Satishchandra 
P, Kumar RU, Yasha TC, Santosh V, et al. 
Neuropathology of HIV/Aids with an overview 
of the Indian scene. Indian J Med Res. 
2005;121(4):468–88. 
5. Nogui FLN, Mattas S, Turcato Jr G, Lewi 
DS. Neurotoxoplasmosis diagnosis for HIV-1 
patients by real-time PCR of cerebrospinal 
fluid. Braz J Infect Dis. 2009;13(1):18-23. 
6. Ravetti CG, Pedroso ERP. Estudo das 
características epidemiológicas e clínicas de 
pacientes portadores do vírus da 
imunodeficiência humana em Pronto 
Atendimento do Hospital das Clínicas da 
Universidade Federal de Minas Gerais. Rev Soc 
Bras Med Trop. 2009;42(2):114-18. 
REFERÊNCIAS 
CONCLUSÃO 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Shankar%20SK%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Mahadevan%20A%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Satishchandra%20P%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Satishchandra%20P%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Kumar%20RU%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Yasha%20TC%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Santosh%20V%22%5BAuthor%5D
Araújo TM de, Barros LM, Caetano JA et al. Neurotoxoplasmosis boarding in patients with HIV… 
Portuguese/English 
Rev enferm UFPE on line. 2012 May;6(5):1046-52 1052 
DOI: 10.5205/reuol.2450-19397-1-LE.0605201212 ISSN: 1981-8963 
7. Borges AS, Figueiredo JFC. Detecção de 
imunoglobulinas IgG, IgM e IgA anti-
Toxoplasma gondii no soro, líquor e saliva de 
pacientes com síndrome da imunodeficiência 
adquirida e neurotoxoplasmose. Arq Neuro-
Psiquiatr. 2004 Dec; 62(4):1033-37. 
8. Colombo FA, Vidal JE, Oliveira ACP, 
Hernandez AV, Bonasser-Filho F, Nogueira RS, 
et al. Diagnosis of cerebral toxoplasmosis in 
AIDS patients in Brazil: importance of 
molecular and immunological methods using 
peripheral blood samples. J Clin Microbiol. 
2005;43:5044-47. 
9. Oliveira JF, Greco DB, Oliveira GC, 
Christo PP, Guimarães MDC, Oliveira RC. 
Neurological disease in HIV-infected patients 
in the era of highly active antiretroviral 
treatment: a Brazilian experience. Rev Soc 
Bras Med Trop. 2006;39(2):146-51. 
10. Ribeiro LC, Hahn RC, Favalessa OC, 
Tadano T, Fontes CJF. Micoses sistêmicas: 
fatores associados ao óbito em pacientes com 
infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana, Cuiabá, Estado de Mato Grosso, 
2005-2008. Rev Soc Bras Med Trop. 2009 Nov-
Dec;42(6):698-705. 
11. Krishnan S, Dunbar MS, Minnis AM, Medlin 
CA, Gerdts CE, Padian NS. Poverty, gender 
inequalities and women's risk of Human 
Immunodeficiency Virus/AIDS. Ann N Y Acad 
Sci. 2008;1136:101-10. 
12. Rodrigues-Junior AL, Castilho EA. AIDS e 
doenças oportunistas transmissíveis na faixa 
de fronteira Brasileira. Rev Soc Bras Med Trop. 
2010;43(5):542-47. 
13. Reis CT, Czeresnia D, Barcellos C, 
Tassinari WS. A interiorização da epidemia de 
HIV/AIDS e o fluxo intermunicipal de 
internação hospitalar na Zona da Mata, Minas 
Gerais, Brasil: uma análise espacial. Cad 
Saúde Pública. 2008 June;24(6):1219-28. 
14. Davaro R, Thirumalai A. Life-threatening 
complications of HIV infections. J Intensive 
Care Med. 2007;22:73-81. 
15. Paschoal IA, Villalba WO, Pereira MC. 
Insuficiência respiratória crônica nas doenças 
neuromusculares: diagnóstico e tratamento. J 
Bras Pneumol. 2007;33(1):81-92. 
16. Moura GN, Veríssimo JL, Osterne LP, 
Caetano JÁ, Lima ACF. Epidemiological profile 
of patients with tetanus accidental in the 
intensive care unit. Rev Enferm UFPE On Line 
[Internet]. 2011 Dec [cited 2012 Feb 
21];5(10):[about 1 p]. Available from: 
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/inde
x.php/revista/article/view/1898/pdf_732 
17. Bense FEM, Cicarelli DD. Sedação e 
Analgesia em Terapia Intensiva. Rev Bras 
Anestesiol. 2003;53(5):680–93. 
18. Sessler CN, Pedram S. Protocolized and 
target-based sedation and analgesia in the 
ICU. Crit Care Clin. 2009;25:489-513. 
19. Vidal JE. Toxoplasmose Cerebral em 
Pacientes com Aids. Revista Prática Hospitalar 
[Internet]. 2005 Nov-Dec [cited 2011 Nov 
10];42:[about 5 p.]. Available from: 
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica
%2042/pgs/materia%2022-42.html 
20. Lescano SAZ. Avaliação da eficácia da 
azitromicina e pirimetamina em camundongos 
infectados por cepa cistogênica de 
Toxoplasma gondii. Rev Soc Bras Med Trop. 
2004 Nov-Dec;37(6):460-62. 
21. Fernandes NCS, Torres GV. Incidência e 
Fatores de Risco de Úlceras de Pressão em 
Pacientes de Unidade de Terapia Intensiva. 
Cienc Cuid Saude. 2008;7(3):304–10. 
22. Carvalho SRR, Toufen Jr C, Franca SA. 
Ventilação mecânica: princípios, análise 
gráfica e modalidades ventilatórias. J bras 
pneumol. 2007;33 (sup.2):54-70. 
23. Camara VD et al. Manifestações 
neurológicas de toxoplasmose em Aids. J bras 
Doenças Sex Transm. 2003;15(3):46–50. 
24. Villanova MDV, Pinto AMM, Thuler LCS. 
Neurotoxoplasmose fatores que influenciam o 
desfecho clínico em pacientes hospitalizados. 
J bras med. 2000;79(4):42-2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sources of funding: No 
Conflict of interest: No 
Date of first submission: 2011/12/22 
Last received: 2012/04/01 
Accepted: 2012/04/01 
Publishing: 2012/05/01 
Corresponding Address 
Thiago Moura de Araújo 
Rua Conselheiro da Silva, 708 — Jardim 
Violeta 
CEP: 60862-610 — Fortaleza (CE), Brazil 
http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=Arq.%20neuropsiquiatr
http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=Arq.%20neuropsiquiatr
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Medlin%20CA%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Medlin%20CA%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Gerdts%20CE%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Padian%20NS%22%5BAuthor%5D
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/1898/pdf_732
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/1898/pdf_732
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=0034-7094&script=sci_issues
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=0034-7094&script=sci_issues
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2042/pgs/materia%2022-42.html
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2042/pgs/materia%2022-42.html
http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=J.%20bras.%20med

Continue navegando