Buscar

GUERRA DO PARAGUAI 2

Prévia do material em texto

Guerra do Paraguai
O QUE FOI?
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito 
armado internacional ocorrido na América 
do Sul no século 19.
Rivalidades platinas e a formação de 
Estados nacionais deflagraram o 
confronto, que destruiu a economia e a 
população paraguaias.
É também chamada Guerra da Tríplice 
Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na 
Argentina e Uruguai e de Guerra Grande, 
no Paraguai. A Guerra do Paraguai durou 
seis anos. Teve seu início em dezembro 
de 1864 e só chegou ao fim no ano de 
1870, com a morte de Francisco Solano 
Lopes em Cerro Cora.
CAUSAS DA GUERRA
O Paraguai, junto com a Argentina e o Uruguai, formam a região platina, banhada por três rios importantes: 
Paraná, Paraguai e Uruguai.
Estes rios permite uma intensa vida comercial, onde escoava a prata extraída do Peru e da Bolívia, nos tempos 
coloniais. No século XIX, era a principal via que o Paraguai tinha para exportar suas mercadorias.
Quando o Uruguai conquista sua independência em 1825, o país foi dividido entre duas facções 
políticas: blancos (brancos) e colorados (vermelhos). Brasil e Argentina, a fim de mater sua influência dentro 
deste país, apoiavam os colorados.
Em 1864, a coalisão entre os dois partidos se desfez e os colorados tramaram para tentar tirar do poder o chefe 
desta aliança, Bernardo Berro.
Os colorados pedem ajuda ao Brasil que envia tropas para o Uruguai. Também contam com a ajuda de 
Bartolomeu Mitre, presidente da Argentina. Por sua parte, os blancos receberam o apoio de Solono López e dos 
inimigos de Mitre.
Devido a superioridade bélica, os colorados conseguiram derrotar os blancos em 1864. No entanto, Solano López 
atravessa o território argentino para atacar os brasileiros e isto seria um dos fatos levaria ao começo da Guerra do 
Paraguai.
INÍCIO DA GUERRA
Em novembro de 1864, Solano López mandou aprisionar o navio brasileiro 
Marquês de Olinda, que passava pelo Paraguai em direção ao Mato Grosso.
Apesar de ser um navio mercante, Solano López desconfiava que havia armas 
escondidas nos porões. Logo em seguida atacou a cidade de Dourados, também 
no Mato Grosso.
No ano seguinte, tropas paraguaias atravessaram o território argentino - sem 
autorização das autoridades argentinas - e conquistaram o Rio Grande do Sul. 
Meses depois, o território seria retomado na Batalha do Riachuelo
BATALHA DO RIACHUELO
11 de junho de 1865
Margens do Rio Riachuelo, Argentina
≈ 3 mil soldados paraguaios, com 8 navios, contra ≈ 2,5 mil soldados brasileiros e 9 navios
A batalha ia começar com planos paraguaios de atacar de madrugada, aproveitando a névoa, 
mas se atrasaram nas navegações e ficaram em desvantagem no clima e perderam, dando uma 
vitória à Tríplice Aliança
ATAQUE AO 
NAVIO 
BRASILEIRO
Em vingança à intervenção no 
Uruguai, no dia 11 de novembro 
de 1864, Francisco Solano López 
ordenou que fosse apreendido o 
navio brasileiro Marquês de 
Olinda. No dia seguinte, o navio a 
vapor paraguaio Tacuari agarrou 
o navio brasileiro, que subia o Rio 
Paraguai rumo à então Província 
de Mato Grosso, levando a bordo 
o coronel Frederico Carneiro de 
Campos, recém-nomeado 
presidente daquela província e o 
médico Antônio Antunes da Luz, 
entre outros. A tripulação e os 
passageiros foram feitos 
prisioneiros e enviados à prisão, 
onde todos, sem exceção, 
sucumbiram à fome e aos maus 
trato.
Coronel Carneiro de 
Campos. Prisioneiro no 
Paraguai.
Marquês de Olinda
INVASÃO AO MATO 
GROSSO
A segunda coluna paraguaia, comandada pelo 
coronel Francisco Isidoro Resquin e integrada por quatro 
mil homens, penetrou, por terra, em uma região mais ao 
sul de Mato Grosso, e logo enviou um destacamento para 
atacar a colônia militar fronteiriça de Dourados.
O cerco, dirigido pelo major Martín Urbieta, encontrou 
brava resistência por parte do tenente Antônio João 
Ribeiro, atual protetor do Quadro Auxiliar de Oficiais, e 
de seus 16 companheiros, que morreram sem se render 
(29 de dezembro de 1864). Os invasores prosseguiram 
até Nioaque e Miranda, derrotando as tropas do coronel 
José Dias da Silva. Enviaram em seguida um 
destacamento até Coxim, tomada em abril de 1865.
INVASÃO DO BRASIL E ARGENTINA
Um destacamento de cinco mil 
paraguaios, transportados em 
dez navios e comandados pelo 
coronel Vicente Barros, subiu o 
rio Paraguai e atacou o Forte de 
Nova Coimbra. Um conjunto de 
tropas de 155 homens resistiu 
durante três dias, sob o 
comando do tenente-
coronel Hermenegildo de 
Albuquerque Porto Carrero. 
Quando as munições se 
esgotaram, os defensores 
abandonaram a fortaleza e se 
retiraram, rio acima, a bordo da 
canhoneira Anhambaí , em 
direção a Corumbá. Depois de 
ocupar o forte já vazio, os 
paraguaios avançaram rumo ao 
norte, tomando, em janeiro de 
1865, as cidades 
de Albuquerque e de Corumbá.
OFENSIVA 
PARAGUAI Sem perda de tempo, as relações com o Brasil foram rompidas e já no mês de dezembro o sul de Mato Grosso, atual Mato Grosso 
do Sul, foi invadido, antes mesmo de qualquer declaração formal 
de guerra ao Brasil, que só foi feita no dia 13 de dezembro. Três 
meses mais tarde, em 18 de Março de 1865, López declarou 
guerra à Argentina que exigia neutralidade no conflito e não 
permitia que os exércitos paraguaios atravessassem seu território 
para combater no Uruguai e invadir o sul do Brasil.
Em março de 1865 as tropas de Solano López penetraram 
em Corrientes (Argentina)
visando o Rio Grande do Sul e o Uruguai,
onde esperavam encontrar apoio dos blancos.
A BATALHA DE TUIUTI
Apesar dos esforços de Caxias, os aliados só reiniciaram a ofensiva em 22 de julho de 1867.
Ultrapassar o reduto fortificado paraguaio, cortar as ligações entre Assunção e Humaitá e 
submeter esta última a um cerco. Com este fim, Caxias iniciou a marcha em direção a Tuiu-Cuê.
Em 1º de agosto Mitre retornou ao comando e insistia no ataque pela ala direita, que já se 
mostrara desastroso em Curupaiti. Embora a manobra de Caxias tenha sido bem-sucedida, o 
tempo decorrido possibilitou a López fortificar-se também nessa região e fechar de vez o 
chamado Quadrilátero.
TRATADO DA TRÍPLICE ALIANÇA
Diante disso, o governo 
brasileiro propõe aos 
vizinhos, Argentina e 
Uruguai, a assinarem um 
tratado de ajuda mútua 
contra Solano López.
Em 1º de maio é 
formalizado o Tratado da 
Tríplice Aliança entre os três 
países que deveriam 
fornecer tropas e recursos 
para lutar contra o exército 
paraguaio. As tropas aliadas 
ficariam sob comando do 
presidente argentino, 
Bartolomeu Mitre
A BATALHA DO ESTERO BELLACO
O general paraguaio José 
Eduvigis Díaz planejou fazer um 
ataque surpresa em um 
acampamento da Tríplice 
Al iança, saindo em vantagem no 
início, mas perdendo força, e 
consequentemente, a batalha, 
por conta do maior número de 
soldados inimigos
≈ 6 mi l soldados paraguaios 
contra ≈ 8 mi l soldados aliados 
(infantaria e artilharia)
Ñeembucú, Paraguai2 de maio de 1866
CAXIAS NO COMANDO
Desentendimentos entre Venâncio Flores (Uruguai) e Mitre (Argentina) e problemas internos 
fizeram ambos se retirarem do combate e voltarem a seus países, deixando o Brasil 
praticamente sozinho
Paralelamente, Osório organizou um 3.º corpo de exército no Rio Grande do Sul, com mais de 
cinco mil homens. Na ausência de Mitre, Caxias assume o comando geral e providenciou a 
reestruturação do exército.
Entre novembro de 1866 e julho de 1867, Caxias organizou um corpo de saúde (para dar 
assistência aos inúmeros feridos e combater a epidemia de cólera-morbo) e um sistema de 
abastecimento das tropas.
REINICIARAM A OFENSIVA (1867)
Apesar dos esforços de Caxias, os aliados só reiniciaram a ofensiva em 22 de julho de 1867.
Ultrapassar o reduto fortificado paraguaio, cortar as ligações entre Assunção e Humaitá e 
submeter esta última a um cerco. Com este fim, Caxias iniciou a marcha em direção a Tuiu-Cuê.
Em 1º de agosto Mitre retornou ao comando e insistia no ataque pela ala direita, que já se 
mostrara desastroso em Curupaiti. Embora a manobra de Caxiastenha sido bem-sucedida, o 
tempo decorrido possibilitou a López fortificar-se também nessa região e fechar de vez o 
chamado Quadrilátero.
BATALHA DO AVAÍ
11 de dezembro de 1868
01
Ponte ao sul do arroio 
Avaí, próximo a Assunção 
do Paraguai
02
≈ 5 mil homens 
paraguaios contra 19 mil 
homens brasileiros
03
No dia da batalha, ao 
amanhecer, o Marquês de 
Caxias ordenou q os 
soldados brasileiros 
avançassem para a cidade 
de Villeta. As tropas se 
encontraram na ponte e 
os brasileiros saíram 
vencedores, dilacerando 
cerca de 4800 soldados 
paraguaios, enquanto 
somente 297 brasileiros 
morreram
04
É importante citar que 
esta batalha ocorreu no 
contexto da 
“dezembrada”, que é a 
denominação dada à série 
de vitórias da Tríplice 
Aliança na guerra
05
BATALHA DE 
LOMAS 
VALENTINAS
Entre os dias 21 e 27 de 
dezembro de 1868
Itá Ybaté, Paraguai
≈ 17,5 mil soldados 
paraguaios contra ≈ 21 mil 
soldados aliados
Também ocorreu no 
contexto da dezembrada
Alguns dias após a estadia na 
cidade de Villeta, na 
madrugada do dia 21, o 
Marquês Caxias ordenou a 
invasão do forte de Lomas 
Valentinas. No dia 22 o 
exército paraguaio liderado 
pelo ditador Francisco Solano 
foram derrotados pelas 
tropas aliadas
FINAL DO CONFLITO
Depois de conquistar Assunção, em 
janeiro de 1869, Caxias deixou o 
comando da guerra com o genro de D. 
Pedro II, o Conde D’Eu.
O novo comandante tinha ordens 
expressas do imperador para capturar 
Solano López vivo ou morto. Assim, 
diante da não rendição do exército 
paraguaio, o Conde D'Eu, empreendeu 
violenta perseguição a Solano López e 
seus soldados.
A luta só terminou com a morte do 
ditador paraguaio em Cerro Corá, em 1º 
de março de 1870, que foi morto por se 
recusar a se render. Era o fim da guerra.
A BATALHA DE CERRO CORÁ
Término da ditadura de 
Francisco Solano López, 
após recusar a 
rendição, e este morreu 
atingido por uma lança 
e um tiro e não resistiu 
aos ferimentos, assim 
como seu filho
≈ 450 soldados 
paraguaios contra ≈ 4,5 
mil soldados aliados
Cerro Corá, Paraguai1 de março de 1870
CONSEQUÊNCIAS
• um total em torno de 300 mil pessoas foram mortas durante a Guerra do 
Paraguai, e – dentro destas – cerca de 20% de toda a população paraguaia 
foi morta em conflito.
• Além do saldo de mortes, a guerra gerou uma significativa mudança 
econômica para o país vizinho (Bolivia). Em um ritmo acelerado de 
industrialização e desenvolvimento antes da guerra, o país teve sua 
economia completamente destruída – especialmente no setor industrial –
gerando a estagnação profunda da economia que, para a análise de alguns, 
jamais foi capaz de recuperar-se do episódio.
• Os países da Aliança também não saíram sem prejuízos, assumindo grandes 
dívidas que prejudicaram as economias locais. Ao mesmo tempo, a 
Inglaterra aumentou sua influência na região, deixando de temer o Paraguai 
como um concorrente de atendimento às demandas industriais locais.
TRATADO DE PAZ
Tratado Definitivo de Paz e Amizade Perpétua entre o Império do Brasil e a 
República do Paraguai foi assinado em 9 de Fevereiro de 1872
Paz estabelecida em 8 de abril de 1870
FONTES
https://www.sohistoria.com.br/ef2/guerraparaguai/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-do-paraguai/
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/guerra-paraguai.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/guerra-paraguai.htm
https://www.sohistoria.com.br/ef2/guerraparaguai/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-do-paraguai/
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/guerra-paraguai.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/guerra-paraguai.htm

Continue navegando