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Manual de Papiloscopia

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MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
 Página 1 de 104 
 
INTRODUÇÃO 
 
As pessoas são diferentes entre si, desde a sua concepção, desenvolvimento intra-
uterino até o nascimento, em função de suas características biológicas e psíquicas 
personalíssimas. A essas, se agregarão outras, que irão individualizar a pessoa. 
 
A consolidação dessa individualização se dará com o Registro Civil no cartório do 
Registro Civil das Pessoas Naturais e com a expedição da carteira de identidade civil 
do cidadão. A expedição da carteira de identidade é normalizada pela Lei 7.116 de 
29/08/83 e regulamentada pelo decreto N.º 89.250 de 27/12/83, determinando a 
apresentação da certidão de nascimento ou casamento entre outras, foto e 
identificação através do processo datiloscópico. 
 
Constitui-se aí, um banco de dados da pessoa que à individualizarão e a 
diferenciarão de qualquer outra pessoa. O confronto das impressões digitais não 
deixará qualquer dúvida quanto a identificação de uma pessoa, uma vez que em três 
postulados de reconhecimento universal atestam essas afirmações, o primeiro a 
“Perenidade”, as impressões digitais surgem no indivíduo a partir do sexto mês de 
vida intra-uterina, permanecendo por toda a sua vida e, após a morte, até a 
putrefação cadavérica. O segundo Imutabilidade”, os desenhos digitais, com suas 
peculiaridades jamais se alteram de forma natural, conservando-se desde o seu 
surgimento até a decomposição cadavérica. O terceiro “Variabilidade”, desde a 
utilização do sistema datiloscópico de JUAN VUCETICH no Brasil, a partir de 1905, 
não surgiram duas impressões digitais idênticas, face a uma infindável variação de 
detalhes e minúcias de pessoa para pessoa e de dedo para dedo de uma mesma 
pessoa. 
 
Esses somados a outras características específicas de cada impressão digital são 
responsáveis pela segurança e fidedignidades das identificações desde 1905 
quando o sistema começou a ser utilizado no Brasil. Desde essa época não houve 
nenhum caso de impressões digitais iguais nem em gêmeos univitelinos, que se 
tenha conhecimento, no Brasil ou em qualquer outro país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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A identificação no Paraná 
 
A identificação no Paraná iniciou-se em 13 de abril de 1905, com a criação do 
Gabinete Antropométrico, segundo o sistema de BERTILLON, para a identificação 
de delinqüentes, funcionando com esse nome até 21 de novembro de 1907. O 
primeiro identificado foi João Modesto Camargo, criminoso em São Paulo e aqui 
capturado, a pedido da polícia daquele estado. 
Em 27 de novembro de 1907 foi criado o Gabinete de Identificação e Estatística, 
quando introduziu-se o sistema de Identificação Datiloscópica de JUAN VUCETICH, 
utilizado em conjunto com o sistema de BERTILLON, passando a ser usado 
somente o Datiloscópico de VUCETICH. 
Pelo decreto n.º 309, de 16 de fevereiro de 1934, o Gabinete de Identificação e 
Estatística foi anexado à Delegacia de Vigilância e Investigação, funcionando até 15 
de maio de 1935 
No dia 16 de maio, através do decreto n.º 790, Artigo 1º, o Gabinete de Identificação 
e Estatística foi desanexado da Delegacia de Vigilância e Investigação e, através do 
Artigo 2º do mesmo decreto, foi criado o Instituto de Identificação do Paraná, 
subordinado à Chefatura de Polícia, sendo seu primeiro diretor o Dr. Carlos Mafra 
Pedro, no período de 28 de maio de 1935 à 03 de outubro de 1957. 
 
Identificação Criminal: Centralização de informações criminais oriundas das 
Delegacias de Polícia, Polícia Federal e Varas Criminais de todos o Estado do 
Paraná, além de informações enviadas por outros Estados, disponíveis às 
autoridades Policiais e Judiciárias. Pesquisa e confronto datiloscópico de impressões 
digitais de criminosos. Manutenção de convênios com o Instituto Nacional de 
Identificação do Departamento da Polícia Federal para o intercâmbio de informações 
criminais através do Sistema Nacional de Identificação Criminal – SINIC. 
 
Identificação Civil: Centralização das Individuais datiloscópicas de todas as 
pessoas que requereram Carteira de Identidade no Paraná. Manutenção de cópias 
de documentos pelo processo de microfilmagem (certidões e requerimentos), desde 
1980. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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Das falsificações de identificação 
 
Conceito sobre identificação: A História nos mostrou que a identificação humana 
foi, é e será um marco para a humanidade, pois é de importância vital para que não 
ocorram injustiças, dentre os sistemas científicos definidores da identidade do 
indivíduo, três tiveram sua época, o antropométrico de BERTILLON, o retrato falado 
do mesmo mestre e o datiloscópico de JUAN VUCETICH. Deles o destaque para o 
datiloscópico como a ciência que oferece o meio mais eficaz e seguro de 
identificação humana. 
 
Da identificação do sujeito ativo: Após a pratica de um crime, uma das primeiras 
providências é a identificação da vítima e do autor. Quando a autoria é 
desconhecida, buscam-se através das várias formas de investigação, dados e 
elementos que possam levar a sua elucidação. Dentre outras podemos citar duas 
situações que podem surgir no curso dessas investigações: 
 A existência de suspeitos; 
 O levantamento de fragmentos datiloscópicos encontrados no local de 
crime. 
 
Nesses casos a datiloscopia é de extrema importância, uma vez que serão 
confrontados os fragmentos datiloscópicos levantados com as impressões digitais 
dos suspeitos, arquivadas no Instituto de Identificação (arquivo decadatilar: 
impressões digitais dos dez dedos das mãos). Esse exame pode não apontar o 
criminoso mas provará que determinada pessoa esteve no local do crime ( se foram 
colhidos fragmentos de suas impressões digitais no local). 
 
Nos casos de prisão em flagrante do autor e cuja identidade seja duvidosa, colhem-
se suas impressões digitais e confrontam-nas com as de seu cadastro existente no 
Instituto de Identificação do Estado onde o mesmo possua identidade civil. 
 
Das falsificações de um documento: A contumácia na prática de certos crimes, 
notadamente os contra o patrimônio (art. º 168 à 180 do CP) e os contra a fé pública 
(art. 289 à 310 do CP) levam os criminosos a evitarem o uso das suas verdadeiras 
identidades, os quais lançam mão dos seguintes ardis: 
 Adulteração de documentos de identidade, substituindo a foto do titular 
alterando o documento, seja suprimindo apondo ou trocando elementos 
da carteira de identidade com o fim de cometer crime; 
 Falsificação de certidões de nascimento ou casamento para a confecção 
de carteira de identidade e outros documentos; 
 Utilização de certidões de nascimento ou casamento de outras pessoas 
para requerer documentos e praticar crimes em seus nomes. 
 
A situação torna-se mais séria quando os criminosos ao utilizarem quaisquer dos 
meios acima, conseguem o registro de empresas e aberturas de contas “fantasmas” 
com o intuito de sabotarem a boa fé das pessoas, com prejuízos incalculáveis a 
todos os segmentos do comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços. 
 
Distinção dos documentos: Para uma melhor compreensão podemos 
classificar os documentos de identidade falsos em duas espécies: 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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 Os documentos cujos “Espelhos” são falsos, desprovidos, portanto, das 
características de segurança determinadas pela Lei 7.116: papel 
filigranado, com fibras luminescentes, marca d’água, impressão em talho 
doce e of set., visíveis a olho nu ou sob o efeito da luz ultravioleta; 
 As carteiras de identidade adulteradas, principalmente com a troca da 
fotografia do titular pela do criminoso. Esse ardil é identificado ao 
analisarmosa perfuração mecânica sob a parte inferior da foto, 
comumente substituída por furos de agulha e alfinetes. 
 
Além desses detalhes, a prática adquirida com o manuseio e a análise crítica desses 
documentos, mais os treinamentos especiais minimizam o sucesso dos falsificadores 
e estelionatários de um modo geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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PROCESSOS PARA IDENTIFICAÇÃO HUMANA: 
 
O Ferrete e a Mutilação: Esse sistema foi utilizado por longo tempo em diferentes 
momentos e países com o objetivo de identificar malfeitores e criminosos 
indesejáveis ao convívio social. Nos Estados Unidos empregou-se o uso do “Ferrete” 
e da “Mutilação”, durante o período da Colonização entre os anos de 1.607 e 1.763. 
Em 1.658, através da Lei de PLYMONTH COLONY, estabelecia-se o uso de letras, 
para serem aplicadas de acordo com o tipo de crime. Mais tarde, por volta de 1.718, 
a lei previa a amputação de uma das orelhas dos criminosos condenados e, no caso 
de reincidência, amputação de ambas as orelhas. Na Rússia, cortavam-se as 
narinas dos indivíduos que praticassem quaisquer tipos de crimes. 
 
Sistema Antropométrico: Baseado na mensuração do corpo humano, esse sistema 
foi apresentado por ALPHONSE BERTILLON em 1.878 na Polícia de Paris e, depois 
de testado por vários anos, foi adotado oficialmente pela Prefeitura de Polícia de 
Paris em 1.893. Esse sistema, denominado “Bertillonage”, em homenagem ao seu 
autor, dividia-se em três partes: 
 
a) Assinalamento Antropométrico: medidas do esqueleto humano; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Assinalamento Descritivo: “PORTRÉT PARLÉ”, Retrato Falado. É a 
descrição da pessoa por meio de palavras precisas, sem a necessidade de 
nenhum instrumento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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c) Assinalamento das Particularidades: registro de cicatrizes, manchas 
crônicas da pele, queimaduras, tatuagens, ectrodactilia (dedos em menor 
número), polidactilia (dedos em maior número), sindactilia (dedos 
grudados), adactilia (ausência total dos dedos) e anquilose (falta de 
articulação dos dedos). 
 
Sistema Fotográfico: Inicialmente foram desenvolvidos estudos pelo francês 
NICEPHORO NIEPCE e aperfeiçoados por LOUIS DAGUERRE, que consegue fixar 
a imagem fotográfica sobre lâminas de cobre polido, revestidas com finíssima e 
sensível camada de sal de prata, o que deu origem às “Daguerreotipas”. Mais tarde, 
TALBOT consegue a reversão da imagem pelo processo de cópias sobre papéis. A 
partir daí, as polícias das grandes cidades começam a organizar arquivos 
fotográficos de criminosos, com brilhantes resultados para a época. Esses arquivos 
foram se avolumando, tornando-se cada vez mais difícil seu manuseio, além do que 
os criminosos logo após serem fotografados, procuravam modificar seus traços 
fisionômicos, cortando ou deixando crescer a barba e os bigodes, modificando o 
penteado dos cabelos e assim por diante, dificultando sua identificação. 
 
Surge, então, com ALPHONSE BERTILLON, a idéia de aperfeiçoar o processo da 
fotografia ordinária, estabelecendo certas normas a serem observadas, que 
permitissem confrontos futuros e o periciamento das mesmas. Nasce o sistema de 
fotografia sinalética, com uma escala de redução de 1/7 do tamanho natural. Seriam 
feitas duas fotos, uma de frente e outra de perfil direito, com a redução mencionada. 
Dessa forma, qualquer parte fotografada, multiplicada por sete, nos daria o tamanho 
natural, sendo possível elaborar o retrato falado de uma pessoa sem a necessidade 
da sua presença. Esse sistema, até hoje ainda é utilizado pelas organizações 
policiais. 
 
Como acabamos de verificar, vários sistemas de identificação foram utilizados, 
entretanto nenhum deles com resultados absolutamente seguros, até o surgimento 
de um outro sistema de identificação baseado nas impressões digitais, chamado 
Sistema Datiloscópico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nilda
Highlight
Nilda
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MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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História da datiloscopia 
 
No início do período científico aparecem as primeiras referências das impressões 
papilares. Vários autores preocupam-se quanto a possibilidade da existência de 
impressões digitais iguais, sem a preocupação de sua sistematização. Na Itália 
(Nápoles), no ano de 1664, foram publicadas pelo médico anatomista da 
Universidade de Bologna, MARCELO MALPIGHI, em sua obra “Espitola Sobre o 
Orgão do Tato”, onde é tido por vários autores como o primeiro a se dedicar pelos 
desenhos digitais. Em 1701, FREDERICO RUYSCH, anatomista holandês, 
continuou os estudos de MARCELO MALPIGHI. Em 1787, JOÃO EVANGELISTA 
PURKINJE, nascido em Leitmeritz (Alemanha) apresenta sua tese sobre estudos da 
pele, na Faculdade de Medicina de Breslau. Em 1823, publicou o “Comentário de 
Examine Organi Virus et Siste Manis Cutanei”. PURKINJE também em seus estudos, 
agrupou os desenhos papilares em nove tipos e estabeleceu o “Sistema Deltico”. 
WILLIAN JANES HERSHEL, médico Inglês radicado em Bengala (Índia), em 28 
anos de estudos, durante o período de 1858 à 1878, observou a inexistência de 
qualquer mudança na direção das linhas papilares, estabelecendo um dos 
Postulados da Datiloscopia, o da “Imutabilidade”, tendo prioridade na aplicação 
prática das impressões digitais em documentos de identidade. ARTHUR KOLLMAN, 
em 1883 publicou sua obra onde fez estudos dos poros localizados nas cristas 
papilares. Foi o descobridor de que os desenhos digitais existem desde o 6º mês de 
vida intra uterino e só desaparece com a putrefação cadavérica, estabelecendo 
outro postulado da Datiloscopia, o da “Perenidade”. FRANCIS GALTON, em 1888 
dedicou-se pela aplicação prática, adotando 38 tipos de impressões sendo seu 
trabalho publicado como “Galtonismo” e reconhecido como o primeiro sistema usado 
para identificar com esse “Método” e ainda hoje na prática usamos a lente para 
contagem de linhas, que leva o nome de seu criador, Galton também observou a 
imutabilidade das impressões digitais. JUAN VUCETICH, em 1888, lendo 
casualmente um artigo onde constavam as idéias de Galton, publicadas por Henry 
Fauds, chegou a conclusão de sua importância sendo motivado a iniciar seus 
estudos. VUCETICH, em 1891, classificou as primeiras fichas. No mesmo ano o 
governo argentino adotou oficialmente a identificação dos criminosos através de 
impressões digitais, sendo este sistema denominado “Icnofalangometria”. Em 1894 
foi proposto por FRANCISCO LATZINA que o termo fosse substituído por 
Datiloscopia. Em 1896, VUCETICH adota a classificação datiloscópica nos 4 tipos 
fundamentais. Em 1904, VUCETICH publicou a obra “Datiloscopia Comparada” e 
aos poucos o sistema fundamental de Vucetich foi sendo implantado mundialmente, 
pelo reconhecimento da segurança e indiscutível precisão que oferece. Em 1905, 
FELIX PACHECO, instituiu o sistema de Vucetich no Brasil. Em 1906 MANOEL 
SEVERO SANTIAGO, instituiu o sistema de Vucetich no Estado do Paraná. 
 
JUAN VUCETICH, nascido na Dalmacia (hoje Iugoslávia), em 20 de Julho de 1858, 
emigrou para Argentina em 1884, onde naturalizou-se cidadão daquele país, 
falecendo em Dolores (Argentina) em 25 de Janeiro de 1925. 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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DEFINIÇÕES E CRITÉRIOS 
 
Definição de datiloscopia: É o processo que trata da identificação humana por 
meio das impressões digitais. 
 
Conceito de datiloscopia: É a ciência que se propõe a identificar as pessoas 
fisicamente consideradas, por meio da impressão digital ou a reprodução física dos 
desenhos formados pelas cristas papilares das extremidades digitais (Vucetich).Finalidade da datiloscopia: A datiloscopia é aplicável em inúmeros setores da vida 
humana; 
 Datiloscopia Clínica: É o estudo das pretensas alterações que se 
verificam nos desenhos digitais de pessoas portadoras de certas 
enfermidades ou que exercem certos ofícios. Diz-se pretensas alterações 
porque, na realidade não existe propriamente nenhuma alterações dos 
desenhos digitais pois eles são imutáveis desde o 6º mês de vida intra 
uterina até a putrefação cadavérica. Certas doenças produzem o 
enrijecimento ou amolecimento excessivo das papilas, tornando a 
impressão digital ilegível; o mesmo ocorre com os portadores de estigmas 
profissionais, pessoas que tem a polpa digital danificada pelo exercício da 
profissão. O tratamento adequado para cada caso, permitirá a obtenção de 
impressões digitais tão nítidas como se não houvessem ocorridos esses 
fatos. As principais doenças que podem produzir ilegibilidade das 
impressões são: lepra, doenças do sistema nervoso, doenças dos rins, 
dermatoses e problemas circulatórios. 
 Datiloscopia Judicial ou forense: É a aplicação da identificação humana 
para fins jurídicos. 
 Datiloscopia civil: É a aplicação da datiloscopia para fins civis. 
Ex.: expedição de cédulas de identidade, passaporte e atestados de 
antecedentes. 
 Datiloscopia Criminal: É a aplicação da datiloscopia que tem por 
finalidade a identificação de criminosos, em confrontos com impressões 
digitais colhidas em local de crime e nas falsificações de identidades. 
 
Postulados da datiloscopia: 
 
Perenidade: No 6º mês de vida intra-uterina as impressões digitais já se 
fazem presentes, conservando-se durante a existência do indivíduo até a 
putrefação cadavérica. 
Imutabilidade: Os desenhos digitais jamais se alteram, seja patologicamente 
ou por vontade do indivíduo. São os mesmos desde o aparecimento até a 
putrefação pós-morte. Podem ocorrer danificações temporárias causadas por 
doenças, como lepra ou dermatoses, queimaduras superficiais ou ainda 
estigmas profissionais. Os desenhos voltam a forma inicial, logo que houver 
tempo para a recuperação. 
Variabilidade: Não existem duas impressões digitais iguais, tendo uma 
variação de pessoa para pessoa, e de dedo para dedo em uma mesma 
pessoa. 
 
 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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Datilograma digital: Ë conhecido também como “Desenho digital”, formado pelo 
conjunto de cristas e sulcos, os quais projetam desenhos ou arabescos; localizados 
na 3ª falange dos dedos. 
 
Componentes de um datilograma digital: 
 Cristas papilares ou linhas de fricção: São as linhas da formação linear e 
saliente. 
 Sulcos interpapilares: São os espaços que separam as cristas entre si. 
 
Impressão digital: É a reprodução digital num suporte qualquer desde que 
apresente condições favoráveis à sua retenção. A impressão digital é a réplica 
invertida do desenho digital. 
 
Papilograma: É a impressão digital que não se pode afirmar se pertence às polpas 
digitais, das palmas das mãos ou das plantas dos pés. 
 
 
Tipos de impressões: 
 
 Impressões visíveis: São as impressões ocasionadas pelas cristas 
papilares untadas de substâncias corantes, como pós, tintas, sangue, 
graxa ou outro material que se deposita sobre as cristas papilares. Ex.: 
Tomada dos desenhos digitais sobre papel com tinta preta, própria para 
este fim, tendo como objeto a identificação individual civil ou criminal. 
 Impressões invisíveis ou latentes: São as impressões produzidas pela 
secreção dos poros sudoríparos que umedecendo as cristas papilares 
provocam as impressões invisíveis ou latentes. São impressões que para 
serem analisadas precisam ser submetidas a processo de revelação com 
reativos apropriados. São encontrados freqüentemente em locais de 
crimes, localizadas em suportes como: vidros, metais polidos, porcelanas, 
armas e papeis. 
 Impressões modeladas: São aquelas feitas pelo desenho digital 
pressionado em certos materiais: massa de vidro, argila, parafina, etc. 
 
Elementos de uma impressão digital: 
 Linhas pretas: Retratam as cristas papilares dos desenhos digitais. 
 Linhas brancas: Representam os sulcos interpapilares dos desenhos 
digitais. 
 Pontos brancos sobre as linhas pretas: Representam os poros 
sudoríparos presentes nas cristas papilares. 
 Linhas albodatiloscópicas: São linhas brancas que não acompanham 
as linhas pretas das cristas papilares (como acontece com linhas dos 
sulcos interpapilares), ao contrário provocam interrupções das cristas em 
vários sentidos. 
 
Linhas diretrizes: São linhas datilares que separam os três sistemas de linhas de 
uma impressão digital, e tendem a envolver a região nuclear. São duas linhas que 
iniciam suas trajetórias paralelas, se desviam bruscamente em forma de recurva e 
envolvem ou tendem a envolver a região nuclear de uma impressão. As linhas 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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diretrizes nem sempre são linhas contínuas, freqüentemente são formadas por uma 
sucessão de linhas curtas. Desta forma, cada segmento da diretriz basilar terá 
prosseguimento na linha imediatamente inferior, e cada segmento da diretriz 
marginal terá prosseguimento na linha imediatamente superior. 
 
Sistema de linhas: É o conjunto de linhas papilares que formam um agrupamento 
de linhas numa impressão digital. O datilograma apresenta três sistemas de linhas 
perfeitamente caracterizados e limitados por linhas chamadas “Diretrizes”, 
excetuando-se o Arco, que apresenta apenas dois sistemas, o marginal e o basilar.
 
Sistema nuclear: É formado pelas linhas centrais de uma impressão que são 
envolvidos pelas linhas diretrizes. Sistema marginal: É o sistema de linhas situado 
na parte superior da impressão. Sistema basilar: É o conjunto de linhas situado na 
parte inferior da impressão, limitando-se com a prega interfalangiana do dedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo: É a área circunscrita pelo prolongamento dos braços do delta ou deltas, ou 
seja, pelas linhas diretrizes. O núcleo é sempre formado por linhas que, embora 
tendo parte do seu curso paralelo ao das linhas formadoras dos demais sistemas, 
delas divergem, encurvando-se sobre si mesmas, em um ou ambos os lados do 
desenho. É importante esclarecer que o núcleo está subordinado a condição de 
suficiência específica para cada tipo, como será visto mais adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
LINHA DIRETRIZ 
MARGINAL 
LINHA DIRETRIZ 
BASILAR 
SISTEMA 
BASILAR 
SISTEMA 
NUCLEAR 
SISTEMA 
MARGINAL 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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 Campo digital: É o espaço tomado na impressão digital dentro do qual 
se encontram todos os elementos e características necessárias à 
classificação e subclassificação do datilograma. É a região onde se 
define o tipo de datilograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O delta: É uma letra do alfabeto grego representado por um triângulo. Em 
geografia, é uma ilha triangular compreendida entre os braços com que alguns rios 
desembocam no mar, chamada assim pela semelhança com a figura da quarta letra 
do alfabeto grego. Em datiloscopia, delta é o primeiro obstáculo diante ou o mais 
próximo da área de divergência das linhas diretrizes. Encontra-se , quase sempre, 
entre os três sistemas, uma linha, um ponto, um pequeno agrupamento de linhas 
neutras, isto é, de linhas que a rigor, não se incluem perfeitamente em nenhum 
deles. 
 
A importância do delta: É pela presença ou ausência do delta em uma impressão 
digital, que são determinados os quatro tipos fundamentais. 
 
Ausência de delta classifica a impressão como “Arco”. A presença de um delta a 
direita do observador define a impressão como “Presilha interna”. A presença de 
um delta à esquerda do observador caracteriza a impressão como “Presilha 
externa”. A presença de dois deltas, um à direita eoutro a esquerda do observador 
determina a impressão como “Verticilo”. 
 
Quando houver possibilidade de se escolher dois ou mais possíveis deltas, devem-
se adotar as seguintes regras: 
 O delta não pode ser localizado numa bifurcação que não se abra para o 
centro do núcleo. 
 Quando houver possibilidade de se escolher entre uma bifurcação e um 
outro tipo de delta, deve-se escolher a bifurcação. 
 Quando houver dois ou mais possíveis deltas que estejam de acordo com 
esta definição, deve-se escolher o que estiver mais próximo do núcleo. 
 
Delta: É o ponto de encontro de três sistemas de linhas: basilar, nuclear e marginal. 
O delta não pode ser localizado numa bifurcação que não se abra para o centro do 
núcleo. A bifurcação como delta tem prioridade sobre os demais tipos. Quando 
houver dois ou mais possíveis deltas, se escolherá o mais próximo do núcleo. 
 
Principais deltas: Considerado como o mais freqüente dos deltas o “tripode”, é 
formado pelo encontro de três linhas em equilíbrio o que constitui preferência sobre 
qualquer outro tipo de delta. Nos deltas trípodes os desenhos podem variar 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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conforme suas características, na parte superior, na parte interna e na parte externa 
ou em ambos os lados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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A importância do núcleo: O núcleo desempenha papel importante na determinação 
de subtipos dos verticilos e contagem de linhas nas presilhas. São vários os critérios 
adotados na determinação do núcleo das presilhas, sendo que, de sua correta 
determinação resultará a contagem de linhas. 
 
Ombro da laçada: São os pontos onde a linha central começa a girar formando a 
curvatura da laçada e retornando, ao ponto de origem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndices: São pedaços ou pontas de linhas que danificam ou ligam a recurva das 
laçadas nas presilhas e verticilos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laçada: Ë uma linha que entra por um lado da impressão desenvolve uma recurva 
com perfeita inflexão ao centro do campo digital e retorna ou tende a retornar ao 
lado onde iniciou sua trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caracteriza-se uma laçada com perfeita inflexão quando ao retornar à sua trajetória 
de origem seja tocada ou cortada pela linha de Galton, traçada do centro do delta ao 
ombro mais afastado da laçada central da impressão. 
 
 
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Diferença entre arco e presilha: A presilha se caracteriza, além do delta, por uma 
laçada livre e de perfeita inflexão, em seu ramo ascendente e a partir do nível do 
delta. Quando a laçada se constituir da linha diretriz superior, ou a ela estiver ligada, 
no seu ramo ascendente, bem como a qualquer linha do sistema marginal, 
caracteriza-se o “Arco”. Ressalve-se que a invasão da linha diretriz superior ou de 
outra linha do sistema marginal sobre o ramo descendente da laçada, abaixo de sua 
inflexão, não prejudicará a configuração de “Presilha”. 
 
Critérios para localização do núcleo nas laçadas: O núcleo nas Presilhas será 
localizado no ápice da laçada mais central e livre de apêndices. Quando aparecerem 
na região central, duas laçadas da mesma altura será reconhecido como núcleo o 
ápice da laçada mais próxima do delta. Quando aparecerem duas laçadas na região 
central, de alturas diferentes, será reconhecido como núcleo o ápice da laçada mais 
alta. Quando houverem duas laçadas entrelaçadas assinalaremos como núcleo a 
intercessão destas, desde que esta ocorra até a altura do ombro da laçada mais 
alta. 
 
 
 
DISCO DE “HENRY 
 
Facilitador para o entendimento do correto posicionamento da linha de 
“GALTON” horizontalmente passando pelo meio do delta e a laçada central, 
aplica-se o o disco de “HENRY” e contam-se as linhas situadas entre o delta e 
a perpendicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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Posição da linha de Galton nas laçadas: Na contagem de linhas nas presilhas, 
coloca-se a “Linhas de Galton” sobre o delta e no ápice da laçada central, sendo 
contadas somente as linhas interseccionadas, não considerando os pontos de 
partida e de chegada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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A contagem de linhas nas presilhas: Para a contagem de linhas toma-se por base 
o ponto focal; delta e o centro do núcleo. 
 Não serão contados os pontos de partida e de chegada; 
 Não são contadas as linhas subsidiárias que ocasionalmente aparecem 
entre as cristas; 
 Não se conta interrupções naturais desde que fique bem claro este 
detalhe; 
 Conta-se as linhas axiais cortadas pela linha de Galton; 
 Só se contam os pontos quando são da mesma espessura das cristas. 
 
Não se contam as linhas nos desenhos digitais com laçadas prejudicadas 
provenientes de cicatriz. 
Quando a presilha apresentar o centro do núcleo emaranhado oferecendo 
dificuldades em determinar com exatidão a laçada confundindo-a com outras 
laçadas, toma-se como ponto de apoio a primeira laçada livre que apresentar 
constituindo esse o ponto terminal. 
O registro do número de linhas das presilhas obedece ao seguinte critério: 
 Nos polegares: Anota-se a representação gráfica em letra maiúscula 
correspondente à fundamental e em seguida a letra correspondente a 
contagem de linhas. 
 Nos demais dedos: Anotam-se os algarismos correspondentes ao tipo 
fundamental e em seguida a letra minúscula correspondente à contagem 
de linhas conforme os grupos, a saber: 
 De - 1 a 5 linhas-------------------------a 
 De - 6 a 10 linhas------------------------b 
 De - 11 a 15 linhas-----------------------c 
 De - 16 a 20 linhas-----------------------d 
 De - 21 a 25 linhas-----------------------e 
 De - 26 a 30 linhas-----------------------f 
 Acima de 30 linhas-----------------------g 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presilha invadida: A presilha invadida se apresenta sob as seguintes formas: 
 A que apresenta duas ou mais linhas, próximas e consecutivas, 
invadindo ou tendendo a invadir acentuadamente oblíqua, uma mesma 
linha no plano oposto ao delta; 
 Aquela cuja laçada mais central assume a configuração de uma raquete. 
 
 
 
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Obs. Tal como as laçadas a raquete também deve apresentar perfeita inflexão e 
estar livre de apêndice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presilhas invadidas: Não se considera presilha invadida, aquela na qual a invasão 
se processa fora do núcleo. Serão consideradas invadidas quando as invasões se 
processarem dentro da região nuclear até a altura do delta. 
Colocando a linha de Galton sobre o delta paralelo a linha interfalangeana as 
invasões só podem ocorrer na região acima dessa linha. A presilha invadida não 
leva contagem de linhas e a sua subclassificação será através do símbolo “IV”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Características dos verticilos: O tipo verticilo apresenta as seguintes 
características: 
 Dois deltas, um à direita e o outro à esquerda do observador. 
 As linhas nucleares ficam entre as linhas diretrizes, partindo dos dois 
deltas e assumem configurações variadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verticilos: Tem como elementos essenciais: dois ou mais deltas e curvatura 
suficiente àfrente de cada delta. Da mesma forma como a inflexão da laçada de 
uma presilha se prejudica com um apêndice a curva voltada para o delta não pode 
Ter apêndice perpendicular em direção a este. 
Obs.: O grau de encurvamento da laçada de uma presilha ganchosa poderá 
transformá-la em verticilo, quando a inflexão da laçada estiver voltada para o lado 
oposto, intensificando a curvatura irá gerar um segundo delta o qual resultará que a 
impressão com aparência de presilha ganchosa seja classificada como verticilo 
sinuoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos especiais: Serão classificados como tipos especiais, os datilogramas que 
apresentarem configurações raras. 
 Presilha interna dupla; 
 Presilha interna ganchosa; 
 Presilha externa dupla; 
 Presilha externa ganchosa; 
 Verticilo ganchoso; 
 Impressão anômala; 
 Cicatriz: Quando anular o desenho digital ou quando atingir um ponto 
primordial para definição do tipo e subtipo da impressão. 
 A cicatriz no “arco” será considerada somente nos cortes que atingirem 
o centro da impressão. 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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 A cicatriz nas “presilhas” será considerada nos cortes que atingirem na 
impressão o núcleo e o delta, ou o campo onde passará a linha de 
Galton para contagem de linhas. 
 A cicatriz nos “verticilos” será considerada nos cortes que atingirem o 
centro do núcleo ou sobre os deltas. 
 
 Amputações: Serão consideradas quando atingirem a falange digital ou 
a 3ª falange. 
 Anomalias congênitas: Ectrodatilia (dedos em menor número), 
Polidatilia (dedos em maior número), Sindatilia (dedos grudados), Adatilia 
(ausência total dos dedos), Anquilose (falta de articulação nos dedos). 
 
 
Tipos fundamentais e subclassificação 
 
Tipos fundamentais: No sistema datiloscópico idealizado por JUAN VUCETICH, as 
impressões digitais são classificadas em quatro grandes grupos, Arco (A- para os 
polegares e 1 para os demais dedos), Presilha Interna (I – para os polegares e 2 
para os demais dedos), Presilha Externa (E – para os polegares e 3 para os demais 
dedos), Verticilo (V – para os polegares e 4 para os demais dedos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARCO: 
A – polegar 
1 – demais dedos 
PRESILHA INTERNA: 
I – polegar 
2 – demais dedos 
PRESILHA EXTERNA: 
E – polegar 
3 – demais dedos 
VERTICILO: 
V – polegar 
4 – demais dedos 
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Descrição de símbolos: Os tipos fundamentais são representados por símbolos 
cuja combinação apresentam a fórmula datiloscópica, que orientam o arquivamento 
da individuais datiloscópicas. 
Os símbolos A, I, E e V (em letras maiúsculas), são empregados para indicar as 
impressões digitais dos polegares. 
Já os símbolos 1, 2, 3 e 4 são empregados para indicar as impressões digitais dos 
dedos indicador, médio, anular e mínimo. 
Além dos símbolos acima mencionados, são utilizados ainda os seguintes: X, 
para indicar a ocorrência de cicatriz; Ǿ, para indicar a ocorrência de amputação. 
 
 
Arquivo decadatilar: 
 
 Arco: 
 A e 1; 
 Subclassificação: (com letras minúsculas) 
 Simples -------------------------------------sp 
 Tenda -----------------------------------------t 
 Bifurcado a direita -----------------------bd 
 Bifurcado a esquerda ------------------be 
 Destro apresilhado ---------------------da 
 Sinistro apresilhado --------------------sa 
 Bifurcado duplo -------------------------bdu 
 
 Presilha interna: 
 I e 2; 
 Subclassificação: 
 Normal, efetuamos a contagem das linhas: 
 De - 1 a 5 linhas-------------------------a 
 De - 6 a 10 linhas------------------------b 
 De - 11 a 15 linhas-----------------------c 
 De - 16 a 20 linhas-----------------------d 
 De - 21 a 25 linhas-----------------------e 
 De - 26 a 30 linhas-----------------------f 
 Acima de 30 linhas-----------------------g 
 Presilha interna invadida ---------------iv 
 Presilha dupla ----------------------------dp 
 Presilha ganchosa -----------------------ga 
 
 Presilha externa: 
 E e 3; 
 Subclassificação: 
 Normal, efetuamos a contagem das linhas: 
 De - 1 a 5 linhas-------------------------a 
 De - 6 a 10 linhas------------------------b 
 De - 11 a 15 linhas-----------------------c 
 De - 16 a 20 linhas-----------------------d 
 De - 21 a 25 linhas-----------------------e 
 De - 26 a 30 linhas-----------------------f 
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 Acima de 30 linhas-----------------------g 
 Presilha interna invadida ---------------iv 
 Presilha dupla ---------------------------dp 
 Presilha ganchosa ----------------------ga 
 
 Verticilo: 
 V e 4; 
 Subclassificação: 
 Espiral --------------------------------------es 
 Circular -------------------------------------ci 
 Sinuoso -------------------------------------si 
 Ovoidal -------------------------------------ov 
 Duvidoso -----------------------------------dv 
 Verticilo de bolsa central ---------------bc 
 Verticilo de bolsa direita ----------------bcd 
 Verticilo de bolsa esquerda ------------bce 
 Verticilo ganchoso ------------------------go 
 
Tipos especiais: 
 Presilha interna dupla --------------------dp 
 Presilha externa dupla --------------------dp 
 Presilha interna ganchosa ---------------ga 
 Presilha externa ganchosa --------------ga 
 Verticilo ganchoso ------------------------go 
 Cicatriz ---------------------------------------x 
 Amputação ---------------------------------Ǿ 
 
 No arquivo datiloscópico, além dos tipos datiloscópicos fundamentais e 
especiais, hão de ser considerados também, os desenhos anômalos e as anomalias:
 
 Desenhos anômalos ------------------an 
 Polidatilia ---------------------------------pol 
 Ectrodatilia -------------------------------ect 
 Sindatilia ----------------------------------sin 
 Anquilose ---------------------------------anq 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ilustrações dos subtipos 
 
Arco: 
 Arco simples: Serão classificados como arcos os datilogramas que não 
apresentarem delta e que as linhas centrais atravessem paralelamente o 
campo da impressão de forma abaulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arco em tenda: As linhas se elevam na parte mais ou menos central da 
impressão digital, assumindo a forma de um ângulo agudo ou tenda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arco bifurcado à direita: É o subtipo que apresenta nas linhas centrais 
duas ou mais bifurcações, desenvolvendo-se da esquerda para a direita 
do observador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arco bifurcado à esquerda: É o subtipo que apresenta nas linhas 
centrais duas ou mais bifurcações, desenvolvendo-se da direita para a 
esquerda do observador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Arco bifurcado duplo: É o subtipo que apresenta em suas linhas 
centrais simultaneamente bifurcações a direita e a esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arco destro apresilhado: É caracterizado pela presença de uma laçada 
que ocorre à direita do observador, assumindo certa semelhança com a 
“presilha externa”. Algumas vezes, encontra-se o delta à esquerda do 
observador, não existindo, porém, linha interposta entre o delta e a 
laçada, normalmente esta pseudo laçada está anulada por um apêndice, 
não importa a angulação da laçada anulada por um apêndice desde que 
tenha uma inflexão perfeita, será considerado sempre um arco 
apresilhado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Arco sinistro apresilhado: Apresenta uma laçada que ocorreà 
esquerda do observador, assumindo certa semelhança com a “presilha 
interna”. Algumas vezes, encontra-se um delta à direita do observador, 
não existindo, porém, linha interposta entre o delta e a laçada (recurva). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Presilhas internas: 
 
 Presilha interna normal: Apresenta um delta à direita do observador. As 
laçadas nascem na extremidade esquerda voltando ao lado de origem, 
sendo mais ou menos regulares em todo o seu trajeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha interna invadida: Apresenta um delta à direita do observador.
 As laçadas nascem na extremidade esquerda e, ao atingirem o centro 
do núcleo, retornam ao lado de origem, desviando-se da sua trajetória 
normal, invadindo o seu próprio ramo ascendente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha interna ganchosa: Apresenta um delta à direita do observador 
e o núcleo forma uma curvatura acentuada, voltada para o lado do delta, 
ou seja, as linhas nucleares processam uma espécie de invasão pela 
parte inferior do núcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha interna dupla: Apresenta um delta à direita do observador, com 
dois núcleos dominados pelo mesmo delta. O núcleo superior assume, 
geralmente, a configuração de presilha interna ganchosa. 
 
 
 
 
 
 
 
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PRESILHA INTERNA DUPLA 
1ºNúcleo “Laçada” 
Pseudo Delta 
2ºNúcleo “Ganchosa” 
Delta Dominante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Presilhas externas: 
 
 Presilha externa normal: Apresenta um delta à esquerda do 
observador. As laçadas nascem na extremidade direita, voltando ao lado 
de origem, sendo mais ou menos regulares em todo o seu trajeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha externa invadida: Apresenta um delta à esquerda do 
observador. As laçadas nascem na extremidade direita e, ao atingirem o 
centro do núcleo, retornam ao lado de origem, desviando-se da sua 
trajetória normal, invadindo o seu próprio ramo ascendente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha externa ganchosa: Apresenta um delta à esquerda do 
observador e as linhas nucleares assumem a configuração descrita para 
a presilha externa ganchosa, com a única diferença da direção dessas 
linhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Presilha externa dupla: Apresenta um delta à esquerda do observador e 
as linhas nucleares assumem a configuração de dois conjuntos de 
laçadas com trajetórias para a direita. 
 
 
 
 
 
 
 
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Verticilo: 
 
 Verticilo circular: É o verticilo que além de possuir dois deltas, à direita 
e a esquerda do observador, apresenta no núcleo, um ou mais círculos, 
completamente fechado e livre. Não é necessário que a configuração 
geométrica seja perfeita, tolera-se no circulo um alongamento máximo de 
até duas vezes a sua largura. Um alongamento maior será caracterizado 
como verticilo ovoidal. Não admite apêndices. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo espiral: É o verticilo em que o núcleo é formado por mais ou 
menos regulares, apresentando no núcleo uma ou mais linhas que se 
desenvolvem em espiras, considerando-se fundamentalmente a 
configuração do desenho, desconsiderando-se a existência de quaisquer 
apêndices. Permite um alongamento máximo equivalente a quatro vezes 
a sua largura, um alongamento maior irá caracterizar como verticilo 
ovoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo ovoidal: É o verticilo que além de apresentar dois deltas, ã 
direita e à esquerda do observador, seu núcleo poderá se formado: por 
uma ou mais linhas ovais fechadas, e por uma linha que se desenvolve 
do centro para a periferia desenvolvendo a configuração oval. Deverá ser 
observado um alongamento “maior” que duas vezes a sua largura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Verticilo sinuoso: É o verticilo que além de possuir dois deltas, à direita 
e à esquerda do observador, o centro de impressão apresenta um núcleo 
duplo com prolongamento das linhas entre si, formando a configuração 
de um “S” que poderá ser perpendicular à prega interfalangeana, 
inclinado à direita ou a esquerda ou então na posição mais ou menos 
horizontal. Deverá ser observada a configuração do desenho no núcleo, 
desconsiderando-se os apêndices. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo duvidoso: É o subtipo de verticilo que não poderá ser incluído 
nos demais; não sendo possível descrever o centro do núcleo com 
exatidão devido a vários apêndices anulando a característica do 
desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo de bolsa central: É o subtipo de verticilo em que os braços 
internos dos deltas não evoluem para o núcleo e traçando uma linha 
imaginária na direção dos dois deltas, esta não deve cortar nenhuma das 
linhas que compõe a região nuclear. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Verticilo de bolsas central direita: É o subtipo de verticilo que possui o 
delta direito próximo ao núcleo. Para se distinguir um verticilo de bolsa 
central direita de um verticilo simples, basta traçar uma linha imaginária 
no centro de um delta a outro, sendo que, o ramo esquerdo do delta que 
se dirige o núcleo não deve cruzar nem acompanhar a linha imaginária 
que pode ser representada pela linha de Galton. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo de bolsa central esquerda: É o subtipo de verticilo que possui 
o delta esquerdo bem próximo ao núcleo e o delta direito bem afastado 
da zona nuclear. Para distinguir um verticilo de bolsa central a 
esquerda, basta traçar uma linha imaginária no centro de um delta ao 
outro, sendo que, o ramo direito do delta esquerdo que se dirige para o 
núcleo não deve cruzar nem acompanhar a linha imaginária 
caracterizada pela linha de Galton da lupa datiloscópica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verticilo Ganchoso: Apresenta dois deltas, à direita e à esquerda do 
observador e as linhas, nas proximidades do centro do núcleo, formam 
uma entrada, dando ao centro desse núcleo a configuração de um grão 
de feijão. Outras vezes, encontra-se um terceiro delta ou pseudodelta, 
onde ocorre a entrada das linhas nucleares, nas imediações do centro do 
núcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Anômalo: É o datilograma que não se enquadra dentro da classificação 
dos tipos fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São considerados também como anomalias os datilogramas inclassificáveis em 
virtude de má formação congênita das cristas papilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cicatriz: É o datilograma inclassificável em virtude da cicatriz de corte, 
queimadura, esmagamento, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anomalias: 
 Ectrodactilia: Anomalia congênita que se caracteriza por número de 
dedos inferior ao normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Sindactilia: Anomalia congênita. Dedos ligados entre si, parcial ou 
totalmente. 
 
 
 
 
 
 
 Adactilia: Ausências totais, congênitas, dos dedos de uma ou de ambas 
as mãos. 
 
 Anquilose: Anomalia congênita ou adquirida. Falta de articulações 
parcial ou total dos dedos de modo a prejudicar as impressões. 
 
 Microdactilia: Dedos anormalmente pequenos. 
 
 
 
 
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 Macrodactilia:Dedos anormalmente grandes. 
 
 
 
 Polidactilia: Anomalia congênita que consiste em número de dedos 
superior ao normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Arquivamento 
 
Arquivo decadatilar: A identificação predominantemente civil. No arquivo 
decadatilar, as individuais datiloscópicas são arquivadas com base nos tipos 
estabelecidos pela chave de classificação. Este sistema de arquivamento permite 
pesquisas, posteriores somente com as impressões digitais dos dez dedos do 
identificado, para que seja localizada a fórmula específica da individual em questão. 
As impressões digitais isoladas, encontradas em locais de crime não se prestam 
para pesquisa no arquivo decadatilar. Para possíveis pesquisas com impressões 
digitais isoladas foi criado o “Arquivo Monodatilar”. 
 
Arquivo monodatilar: No arquivo monodatilar as impressões são classificadas 
isoladamente, dedo por dedo. Sendo a classificação mais minuciosa que a do 
decadatilar. Este arquivo visa somente a identificação de certos grupos de 
delinqüentes, que comumente rompe ou destrói obstáculos, deixando impressões 
digitais em móveis, vidros, objetos e papéis por ele tocados. 
 
Individuais datiloscópicas: A ficha datiloscópica deve ser confeccionada em papel 
branco acetinado, medindo 19 cm de comprimento por 8 cm e 5 mm de altura. Esta 
ficha depois de preenchida com as impressões digitais passa a chamar-se de 
“Individual Datoloscópica”. 
A individual datiloscópica contém 10 quadros. Na parte superior de cada 
quadro existem três quadrículas. O primeiro quadrícula destina-se à 
classificação fundamental, o segundo destina-se à sub classificação, e o 
terceiro é destinado para as opções de classificação para pesquisa 
datiloscópica. 
 
Individual Datiloscópica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivamento de datilogramas: É o processo através do qual é possível reunir 
milhões de individuais datiloscópicas, organizadas dentro de uma escala, 
hierárquica, de acordo com a codificação dos tipos e subtipos, com o objetivo de 
tornar possível a localização rápida e precisa de uma individual, sempre que 
necessário. O arquivo datiloscópico decadatilar adota o sistema de arquivamento 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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de fichas, verticalmente, empregando-se arquivo-mesa eletrônico e, na sua falta, 
arquivo-mesa convencional. Será empregada uma projeção para cada fórmula 
datiloscópica, adotando-se o critério de fórmulas únicas. As fichas serão arquivadas, 
observando-se a ordem crescente das fórmulas datiloscópicas e a primeira 
distribuição será feita pela “combinação literal”. A Segunda distribuição será 
processada a partir da “combinação numeral” (1111), no âmbito de cada 
“combinação literal”. 
 
No caso de existir uma pequena quantidade de individuais datiloscópicas, agrupadas 
em determinada fórmula, poder-se-á empregar, inicialmente, a “combinação literal”, 
conjugada com a “combinação numeral”, aplicadas aos dedos indicador, médio, 
anular e mínimo, da mão direita, sendo necessário mais desdobramentos se 
passará para as combinações da mão esquerda. 
 
Para cada grupo de fórmula datiloscópica, será empregado uma projeção que a 
destaque. 
 
Projeções: As projeções podem possuir pestanas centrais, a direita e a esquerda 
do observador, na qual estão impressos cinco quadriláteros, distribuídos em dois 
grupos: cinco superiores e cinco inferiores. No primeiro campo de cinco 
quadriláteros superiores anota-se a fórmula datiloscópica; nos inferiores anota-se as 
indicações do subtipo de núcleo, ou contagem de linha, referentes aos tipos 
fundamentais da fórmula datiloscópica. 
As projeções serão feitas nas cores adotadas pelo sistema VUCETICH, 
considerando-se como tipo fundamental a impressão do polegar direito. 
 Arco: projeção Verde; 
 Presilha interna: projeção Amarela; 
 Presilha externa: projeção Branca; 
 Verticilo: projeção Vermelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção destinada ao arquivamento datiloscópico decadatilar. 
 
Combinações literais e numerais: As combinações literais são formadas pelas 
letras que representam os tipos fundamentais, encontrados nos polegares (A.I.E.V.). 
As combinações literais devem ser dispostas no arquivamento datiloscópico 
decadatilar da seguinte maneira: 
 A/A, A/I, A/E, A/V; 
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 I/A, I/I, I/E, I/V; 
 E/A, E/I, E/E, E/V; 
 V/A, V/I, V/E, V/V. 
 
Cada combinação literal abriga 65.536 (sessenta e cinco mil, quinhentos e trinta e 
seis) combinações numerais. 
 
As combinações numerais são formadas por algarismos, que representam os tipos 
fundamentais dos dedos indicador, médio, anular e mínimo de cada mão. 
 
Distribuindo-se os quatro tipos fundamentais pêlos dedos indicador, médio, anular e 
mínimo de cada mão, obtém-se 256 (duzentos e cinqüenta e seis) combinações. 
 
O arquivo datiloscópico decadatilar, no âmbito de cada “combinação literal”, deve 
obedecer, pela ordem crescente, a primeira distribuição das “combinações 
numerais”, a saber: 
 
1111 1112 1113 1114 2411 2412 2413 2414 
1121 1122 1123 1124 2421 2422 2423 2424 
1131 1132 1133 1134 2431 2432 2433 2434 
1141 1142 1143 1144 2441 2442 2443 2444 
 
1211 1212 1213 1214 3111 3112 3113 3114 
1221 1222 1223 1224 3121 3122 3123 3124 
1231 1232 1233 1234 3131 3132 3133 3134 
1241 1242 1243 1244 3141 3142 3143 3144 
 
1311 1312 1313 1314 3211 3212 3213 3214 
1321 1322 1223 1324 3221 3222 3223 3224 
1331 1332 1333 1334 3231 3232 3233 3234 
1341 1342 1343 1344 3241 3242 3243 3244 
 
1411 1412 1413 1414 3311 3312 3313 3314 
1421 1422 1423 1424 3321 3322 3323 3324 
1431 1432 1433 1434 3331 3332 3333 3334 
1441 1442 1443 1444 3341 3342 3343 3344 
 
2111 2112 2113 2114 3411 3412 3413 3414 
2121 2122 2123 2124 3421 3422 3423 3424 
2131 2132 2133 2134 3431 3432 3433 3434 
2141 2142 2143 2144 3441 3442 3443 3444 
2211 2212 2213 2214 4111 4112 4113 4114 
2221 2222 2223 2224 4121 4122 4123 4124 
2231 2232 2233 2234 4131 4132 4133 4134 
2241 2242 2243 2244 4141 4142 4143 4144 
 
2311 2312 2313 2314 4211 4212 4213 4214 
2321 2322 2323 2324 4221 4222 4223 4224 
2331 2332 2333 2334 4231 4232 4233 4234 
2341 2342 2343 2344 4241 4242 4243 4244 
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4311 4312 4313 4314 4411 4412 4413 4414 
4321 4322 4323 4324 4421 4422 4423 4424 
4331 4332 4333 4334 4431 4432 4433 4434 
4341 4342 4343 4344 4441 4442 4443 4444 
 
 
Pesquisa datiloscópica: As impressões digitais, depois de devidamente 
classificadas são submetidas a um rigoroso exame comparativo com as impressões 
da mesma fórmula já existentes. Esta é a condição essencial para que uma 
individual seja arquivada. O processo de comparação das impressões digitais é 
chamado Pesquisa Datiloscópica. Para se proceder à pesquisa por base a 
classificação de cada datilograma. As impressões de mesma fórmula, já arquivadas, 
são localizadas através das projeções dos separadores de fórmulas. 
 
Quando um ou mais datilogramas apresentam dúvidas quanto à sua interpretação 
para a devida classificação quer do tipo ou do subtipo, procede-se à duas ou mais 
pesquisas em fórmulas diferentes. 
 
No caso de pesquisa baseada no desdobramento pelo grupo de linhas, quando o 
número de linhas coincidir com o limite de um grupo e outro, pesquisa-se nos dois e 
arquiva-se apenas no primeiro. 
 
Na dúvida quanto a determinação dos subtipos, sejam das presilhas, arcos ou 
verticilos, pesquisa-se nos subtipos onde recair a dúvida e arquiva-se no subtipo de 
maior prioridade na escala hierárquica. 
 
Quando ocorrer mais de uma anomalia na mesmaindividual pesquisa-se e arquiva-
se na de número de classificação. 
 
Deve-se dar a maior importância às hipóteses, pois estas representam a maneira de 
se estabelecer a eficácia do sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONFRONTO DATILOSCÓPICO – PONTOS CARACTERÍSTICOS 
 
INTRODUÇÃO 
 
Entendemos como Confronto datiloscópico a comparação entre duas impressões 
digitais, que resultem na identificação positiva ou negativa de um individuo. 
 
As conclusões dos Papiloscopistas que realizam os confrontos são feitos por meio 
de pareceres e laudos técnicos, os quais se fundamentam nos pontos característicos 
coincidentes ou divergentes, que irão auxiliar o trabalho de investigação policial, 
identificando e elucidando muitos crimes de natureza desconhecida. 
 
Confronto datiloscópico: É a comparação entre duas ou mais impressões digitais, 
a testemunhal ou questionada com a impressão padrão. 
 
Impressão testemunhal ou questionada: É a impressão ou fragmento de 
impressão encontrada em um documento questionado ou no local do crime. 
 
Impressão padrão: É o datilograma encontrado no arquivo datiloscópico ou tomado 
diretamente dos dedos de um suspeito. 
 
O confronto datiloscópico (papiloscópico) efetua-se por meio do assinalamento dos 
pontos característicos que devem ser coincidentes e homologadamente dispostos 
estabelecendo desta forma a identificação entre as impressões, ou seja, as 
questionadas e a padrão. 
 
CONFRONTO DE IMPRESSÕES PAPILARES 
 
O confronto papiloscópico, em si, é a analise comparativa dos pontos característicos 
encontrados em duas ou mais impressões papilares. 
 
O confronto visa estabelecer ou não a identidade dessas impressões, pelo estudo 
dos seguintes elementos: 
 
1. Forma e estrutura dos pontos característicos; 
2. Distância que guardam entre si; 
3. Determinação do tipo fundamental (no caso de impressão completa), 
condicionado a convicção do perito no ato de demarcar os ditos pontos, em 
numero suficiente para afirmativa inequívoca de identidade. 
 
A identidade formal depende dos seguintes fatores: 
 
1. Da nitidez ou originalidade do desenho ou parte dele; 
2. Da interpretação e assinalamento correto das minúcias; 
3. Das qualidades técnicas e imparcialidade do Perito Papiloscopista; 
4. Das fontes fornecedoras dos "Padrões". 
 
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Pontos característicos: Os desenhos digitais não são formados por linhas 
contínuas. As cristas papilares apresentam, em seu curso, acidentes mais ou menos 
ponderáveis, denominados pontos característicos, cuja formação e disposição no 
desenho digital lhe conferem a individualidade. 
 
Por meio da comparação do tipo primário podemos afirmar a não identidade entre 
duas impressões papilares (digitais), porém somente pela comparação dos pontos 
característicos é que se pode realmente confirmar a identidade das mesmas. 
 
Mesmo não existindo base científica na determinação de um número mínimo de 
pontos característicos, para fins de padronização, recomenda-se o assinalamento 
de, pelo menos 12 (doze) pontos característicos coincidentes entre as mesmas. 
 
Pode-se confirmar a identidade com menor número de pontos característicos, desde 
que se encontrem pontos considerados raros (de difícil incidência) entre os 
localizados nas impressões comparadas. 
 
 
 
Os principais pontos característicos são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOZE (12) PONTOS CARACTERISTICOS: (Histórico) 
 
Primeiro é preciso falar sobre a regra dos doze pontos característicos e de 
onde ela surgiu. Uma teoria quanto a origem do padrão de doze pontos foi proposta 
por Kingston e Kirk (1965), que suspeitavam tratar de uma reação a falha do sistema 
Bertilhon de identificação, que terminou por ser substituído por impressões digitais. 
 
O sistema Bertillon se baseava em onze medidas do corpo, e o raciocínio foi 
incluir ao menos uma outra característica para o novo sistema que viria a substituir o 
então utilizado, caído em descrédito. Essa visão é uma explicação lógica para a 
origem do sistema e. se verdadeira, ilustra sua falta de base cientifica valida. 
 
Vários estudos independentes foram desenvolvidos na tentativa de dar base 
científica a teoria dos 12 pontos, entretanto, todos fracassaram. Em 1970, na 55ª 
Conferência Anual da Associação Internacional de Identificação, entidade 
responsável pelo treinamento e certificação dos especialistas Norte Americanos, 
fundada em 1915 e possuindo representação em 65 países inclusive o Brasil, 
nomeia-se um comitê de padronização composto por onze membros altamente 
capacitados e de experiência reconhecida, internacionalmente. 
 
A tarefa do Comitê era determinar o número mínimo de minúcias papilares 
que deveriam estar presentes em duas impressões de modo a estabelecer uma 
identificação positiva. Este desafio tinha considerável importância, dado que 
qualquer recomendação feita pelo Comitê e aceita pela Associação internacional de 
Identificação, indubitavelmente atrairia a atenção dos profissionais em identificação 
assim como de autoridades legais e judiciais de todo o mundo. 
 
“Apos três anos de estudos e pesquisas, na 58ª 
Conferência Anual de identificação, patrocinada pela Associação 
Internacional de Identificação (All) é apresentado o relatório final, em 
forma de resolução, que diz o seguinte: "A Associação Internacional de 
Identificação - All reunida na sua 58ª Reunião Anual em Jackson, 
Wyoming, no dia 10 de agosto de 1973, baseada em um estudo de três 
anos por seu Comitê de padronização, vem por meio desta afirmar que 
não existe base válida até o presente momento para exigir que um 
numero mínimo predeterminado de minúcias papilares esteja presente 
em duas impressões de modo a estabelecer uma identificação positiva. 
A referência anterior a minúcias papilares se aplica igualmente a 
impressões digitais, palmares e plantares do corpo humano." 
 
Após a resolução de 1973 proferida pela All, alguns países persistiram em 
determinar quantidades mínimas de minúcias presentes em duas impressões para 
uma individualização positiva. Em 1995, de 26 a 30 de julho, a Polícia Nacional de 
Israel, representada pelo Dr. Joseph Almong, Diretor de Identificação e Ciência 
Forense, sediou o Simpósio Internacional sobre Detecção e Identificação de 
Impressões, que foi realizado somente para convidados. Os participantes foram 
selecionados a partir de 21 nações diferentes. Reuniram-se na academia de oficiais 
seniores de Ne'urim, Israel. para uma semana de intensas discussões e participação 
no intercambio de informações referentes a este tópico essencial da identificação 
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forense. Pela restrição de convites aqueles indivíduos que demonstraram 
envolvimento ativo nos últimos métodos de detecção de impressões ou nos 
fundamentos do processo de identificação, o simpósio foi gerado e organizado com 
um direcionamento específico aos objetivos almejados. 
 
O relatório final foi aprovado com unanimidade por todos os presentes e 
assinado mais tarde por 28 especialistas de 11 países, quais sejam: Austrália, 
Canadá, Franga, Hungria, Israel, os Países Baixos, Nova Zelândia, Suécia, Suíça, 
Reino Unido e pelos Estados Unidos da América. Os pontos expressados foram as 
opiniões das pessoas presentes. 
 
A declaração de Ne'urim reafirma a conclusão expressa no anuncio do comitê 
de padronização da Associação Internacional de Identificação de 1973, incluindo os 
conceitos de individualidade que foram apresentados durante os últimos 22 anos. 
 
"Não existe base científica que estabeleça a necessidadede uma 
quantidade mínima predeterminada de sulcos decorrentes de fricção em 
duas impressões para alcançar uma identificação positiva." 
 
A citação mencionada acima foi aprovada em 29 de julho de 1995, Ne'urim, 
Israel, por delegados do Simpósio internacional sobre detecção e identificação de 
Impressões Papilares (O relatório completo abrangendo esta declaração histórica 
esta apresentado nas paginas 578 - 584 do J. forensic Indent. 45(5), 1995 / 485.) 
 
O país que mais se mostrou resistente às resoluções foi o Reino Unido, que 
insistiu na utilização de seus próprios padrões; porem, em 2001, também o Reino 
Unido passa a adotar as resoluções de 1973 e 1995 da Associação Internacional de 
identificação e do simpósio Internacional sobre Detecção e identificação de 
impressões Papilares (TutHill,2004). 
 
Portanto, podemos afirmar que o especialista, baseado em seus 
conhecimentos técnico-científico, poderá e deverá, se for o caso, 
afirmar que duas impressões ou fragmento de impressões foram 
produzidas por uma mesma pessoa, mesmo com quantidades mínimas 
de minúcias. 
 
 
 
Assinalamento de Pontos Característicos: 
 
Método usado para o delineamento dos pontos característicos, faz-se na 
seguinte forma: 
 
 As impressões após serem ampliadas são colocadas lado a lado, delineando 
em seguida as linhas partindo dos pontos similares de cada impressão. 
 
 Essas linhas radiam a impressão sempre em sentido horário (semelhante a 
direção dos ponteiros do relógio, isto é, para a direita), iniciando-se na parte 
superior da impressão. 
 
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 Na extremidade de cada linha é colocado um número, de forma que cada 
impressão tenha linhas se radiando em ângulos similares e com a mesma 
designação numérica. Com tal amostra, o observador poderá verificar que 
cada número corresponde a um ponto característico coincidente em ambas as 
impressões. 
 
Assinalamento de pontos característicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: Na imagem acima ilustramos a identificação de vários pontos 
característicos, mas lembramos que doze pontos marcados já podem positivar um 
confronto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Descrição dos Pontos Característicos: 
 
 
 
 
É um ponto característico que se assemelha ao instrumento de igual nome, utilizado 
pelos pescadores. Esse ponto característico é pouco frequente e foi anotado por 
Vucetich. 
 
 
 
 
 
É o desdobramento de uma linha papilar em duas, guardando simetria e contornos 
harmoniosos. Não se deve confundir este ponto característico com a “forquilha”. Foi 
anotado por Vucetich. 
 
 
 
 
 
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É um pedaço de linha papilar situada num espaço interpapilar. É fácil de localizá-la, 
razão pela qual serve como excelente ponto de reparo no trabalho de confronto 
datiloscópico. Foi anotado por Vucetich. 
 
 
 
 
 
É formado por duas linhas papilares que se interrompem em sentidos opostos com 
acomodação harmoniosa. Esta característica (acomodação harmoniosa) é que 
distingue o desvio simples das “linhas interrompidas” e opostas. É um ponto 
característico pouco frequente. Anotado por C. M. Éboli. 
 
 
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É a bifurcação de uma mesma linha papilar em sentidos opostos, tal como se vê 
nesta figura. Ambas as bifurcações se ajustam a definição da “bifurcação”. Este 
ponto característico é pouco frequente e foi anotado por Dambolena. 
 
 
 
 
 
 
O aspecto das linhas forma um perfeito desvio duplo semelhante aos desvios 
ferroviários. A frequência deste ponto é pequena nos desenhos digitais. É importante 
não confundi-lo com linhas interrompidas. 
 
 
 
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O emboque é formado pela invasão de uma limnha papilar no corpo de um 
“encerro”. É um ponto característico raro e como tal de grande valor nos confrontos 
datiloscópicos. Anotado por C. M. Éboli. 
 
 
 
 
 
 
O “M” é um ponto característico que se assemelha a letra maiúscula que lhe deu o 
nome. É raro e pela sua complexidade tem grande valor na identificação 
datiloscópica. Anotado por C. M. Éboli. 
 
 
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É a comunicação entre duas linhas papilares, por uma terceira, com acomodação 
harmoniosa. Foi anotado por Vucetich. 
 
 
 
 
 
 
O “encarne” se caracteriza pelo encaixe de uma linha papilar que se interrompe, 
entre duas outras, contrárias, também interrompidas, tal como se vê nesta figura. É 
um ponto raro e por isso de grande valor nos confrontos datiloscópicos. Anotado por 
C. M. Éboli. 
 
 
 
 
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É formado por uma linha papilar que se desdobra e cujos braços a seguir confluem, 
tal como se vê na figura. O seu tamanho é variável; as vezes curto e arredondado, 
outras vezes mais ou menos longo. 
 
 
 
 
 
Trata-se da invasão de uma linha no corpo de outra tal como se vê na figura acima. 
Não confundir, pois este ponto característico se confunde com bifurcação. Foi 
anotado por Vucetich. As forquilhas aparecem com frequência no sistema marginal 
das impressões digitais. 
 
 
 
 
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É um fragmento de linha papilar maior que o ponto, apresentando um poro central. A 
sua frequência é pequena, razão pela qual representa um excelente ponto de reparo 
no confronto datiloscópico. Foi anotado por Vucetich. 
 
 
 
 
 
 
É o ponto que se caracteriza pela brusca interrupção de uma linha papilar. A 
interrupção pode verificar-se num ou noutro sentido, dai a razão pela qual certos 
autores distinguem o “fim e linha” do “começo de linha”. Tal critério implica em 
convencionar o sentido em que se faz a leitura dos pontos característicos, num 
datilograma. 
 
 
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O “ponto” é um fragmento de linha papilar de forma arredondada, perdido num 
espaço interpapilar. Foi anotado por Vucetich e a sua frequência é muito grande nas 
impressões digitais. Serve como ponto de referencia para marcar outros pontos 
característicos próximos no trabalho de comparação. 
 
 
 
 
 
 
O “tridente” é formado por uma linha papilar que se desdobra em três ramos. É 
pouco frequente, aparece geralmente no sistema basilar das impressões digitais. Foi 
anotado por Vucetich. 
 
 
 
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Exercícios de Confronto: Identificação dos Pontos Característicos 
 
1. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Realize a marcação dos 12 pontos característicosMANUAL DE PAPILOSCOPIA 
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5. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Realize a marcação dos 12 pontos característicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplos de confronto realizado pelo Sistema SAFRAN/Morpho da DPF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Sistema “AFIS/Morpho” (Sistema Automatizado de Identificação de 
Impressão Digital) utilizado em convênio com a SENASP, Polícia Federal e Instituto 
de Identificação do Paraná reconhece minúcias nas impressões digitais, sendo em 
sua maioria pontos característicos. 
 
O Sistema Automatizado da ênfase aos fins de linha, começo de linhas e 
bifurcações, e não se limita ao núcleo e deltas, apesar destes pontos serem os 
centralizadores de pontos característicos em uma impressão digital. 
 
Para elaboração dos laudos são marcados os pontos característicos e como 
podemos verificar nas impressões acima muitos desses pontos não foram marcados, 
pois o sistema não consegue reconhecer todos os tipos. Por este motivo 
ressaltamos a importância da identificação da impressão por meio de um Confronto 
Papiloscopico e a correta marcação dos pontos em uma impressão digital. 
 
 No sisatema automatizado em impressões com baixa qualidade, aparecem 
muitas linhas interrompidas pelo desgaste provocado por alergias, dermatites, 
queimaduras, ou por estigma profissional. Estes pontos são marcados mesmo não 
fazendo parte da impressão original, mas devido ao grande número de minúcias 
identificadas pelo sistema o confronto acontece, e se forem parecidas as impressões 
questionadas serão apresentadas para análise do Papiloscopista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE PAPILOSCOPIA 
 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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Imagens de Confrontos realizados no Sistema da ANTHEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas figuras retratam 
uma impressão digital 
com tonalidades de 
cores representando a 
qualidade da imagem, 
além das minúcias e o 
mapeamento que 
identificou o 
confronto. 
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Imagens de Confrontos realizados no Sistema da ANTHEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas figuras retratam 
o algoritmo (template) 
utilizado para realizar 
a busca no programa 
da ANTHEUS que 
resultou em uma 
identificação positiva. 
 
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As características de 
inclinação também 
são reconhecidos para 
os Verticilos: Ovoidal 
e Circular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anti 
horário 
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QUIROSCOPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É o processo que trata da Identificação Humana por 
meio das impressões Palmares 
 
 
 
 
 
horário 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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DISTAL (superior) 
RADIAL 
ULNAL 
OU 
CUBITAL 
PROXIMAL (inferior) 
 
 
MÉTODO QUIROSCÓPICO ESPANHOL – Utilizado até 31/01/86 
 
Os técnicos Espanhóis concluíram que quando as impressões ocorrem no local, com 
elas aparecem impressões digitais; isto tornou aquelas desnecessárias, pois os 
arquivos datiloscópicos são mais completos e organizados. 
 
Por outro lado, estudos realizados nos Estados Unidos, concluíram que a incidência 
no País Americano é um pouco maior chegando a 30% dos casos. 
 
AFIS: Meta Morpho, Sagem Morpho e Printrak. 
 
 
 
Palavra de origem Grega 
 
“quiros” - = mão 
 
“skopêin” - = examinar 
 
Definição: 
 
É o processo que trata da Identificação Humana por meio das 
impressões Palmares 
 
DIREÇÕES ANATÔMICAS DAS PALMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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ÁREAS 
INTERDIGITAIS 0 
i 
p 
1 
2 3 
4 SUPERIOR 
H
I
P
O
T
Ê
N
A
R 
T
Ê
N
A
R 
a m 
Delta Axial
Deltas Distais
1
23
4
Delta Axial
Deltas Distais
1
23
4
 
REGIÕES E COMPOSIÇÃO DA IMPRESSÃO PALMAR 
 
São os ELEMENTOS que INFLUEM NA CLASSIFICAÇÃO das impressões 
palmares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO PALMAR 
É formado pelas cristas papilares existentes na palma das mãos. 
 
QUIROGRAMA OU IMPRESSÃO PALMAR 
É a reprodução do desenho palmar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Deltas Distais: Localizam-se logo 
abaixo dos dedos indicador, médio, 
anular e mínimo. Em alguns 
Quirogramas pode ocorrer a falta de 
alguns deltas distais principalmente 
entre o anular e mínimo. 
 
-Delta Axial: É um delta que surge 
na Região Proximal, próximo ao 
pulso, entre a região tênar e 
Hipotênar. 
 
-Deltas Secundários: São outros 
deltas, além dos já mencionados, 
que surgem em decorrência das 
figuras formadas pelas linhas 
palmares. 
 
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 Classificação Datiloscópica – Pontos Característicos - Quiroscopia 
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Dobras do Bracelete 
Dobras 
Longitudinal 
Radial 
Dobra 
Transversal 
Proximal 
Dobra 
Transversal 
Distal 
Dobras 
Metacarpo 
Falangeais 
 
DOBRAS DE FLEXÃO 
 
São vincos ou encurvamentos que ocorrem no campo palmar, apresentando 
variados arranjos. As principais são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dobras do Bracelete: 
Coincidem com o limite proximal da palma, onde se inicia o antebraço; 
 
Dobras Metacarpo Falangeais: 
Marcam o limite entre dedos e as palmas; 
 
Dobra Transversal Distal: 
Inicia-se logo abaixo dos dedo médio ou indicador e se prolonga até a borda Ulnal; 
(L Coração). 
 
Dobra Longitudinal Radial: 
Envolve a região Tênar; (L Vida). 
 
Dobra Transversal Proximal: 
Encontra-se entre as dobras Transversal Distal e a Longitudinal Radial. (L Cabeça) 
 
 
 
 
 
 
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A
m
 
Freqüências: 
70% Hipotênar 
25% Superior 
5% Tênar 
Regiões: Hipotênar, Tênar e Superior 
CLASSIFICAÇÃO 
Tipo Fundamental 
sub-classificação 
Letra maiúscula 
Letra minúscula 
A
s 
A
i 
A
 
 
MÉTODO QUIROSCÓPICO ESPANHOL 
 
A classificação das Impressões Palmares são divididas em três grupos: TÊNAR, 
HIPOTÊNAR E SUPERIOR. 
 
Segundo pesquisas: Foram constatados que raramente a impressão palmar é 
encontrada de forma completa nos locais de crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA REGIÃO HIPOTÊNAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANUCLEADO 
EXTERNO 
 
INTERNO 
- Raro não possui subdivisão 
DELTA SUPERIOR 
DELTA MÉDIO 
DELTA INFERIOR 
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BORDA
ULNAL
LAÇADA 
INFLEXÃO 
PERFEITA
P
e
 
i 
 
APRESILHADO EXTERNO

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