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Prof.ª Paula Ramos Nora de Santis I- TEORIA DO PODER E DIVISÃO DE FUNÇÕES ESTATAIS 1. IMPERFEIÇÕES DA EXPRESSÃO: “SEPARAÇÃO DOS PODERES ESTATAIS” Verdade: Distribuição das funções do poder estatal a diferentes órgãos do Estado. A expressão é “meramente figurativa”. As funções do Estado estão ligadas aos Órgãos da Soberania – que recebem seu status por previsão constitucional. 2. ORIGEM: · Montesquieu – Capítulo VI do Livro XI do “O Espírito das Leis, 1748; · Constituição Norte Americana, 1787; · Declaração Francesa dos Direitos do Homem de 1789 – art. 16 – O princípio da separação tripartite dos poderes passou a representar o ponto central da estrutura organizacional do Estado e caracterizadora do Estado Constitucional. · 3. ANTECEDENTES HISTÓRICOS: 3.1. NO CONSTITUCIONALISMO DA ANTIGUIDADE: não há qualquer referencia à teoria. Aristóteles: identificação. 3.2. LOCKE: precursor na distinção das funções em uma evolução a Aristóteles. Menção à separação entre as funções executiva e legislativa. 3.3. MONTESQUIEU: experiência constitucional inglesa – veio a acrescentar a função judicial. · Influência da ideia: rule of Law, o que põe a supremacia da Lei (século XVII) – o Poder Judiciário era visto como mero pronunciador de leis. · Completa ausência de interferência das funções de um poder sobre outro. · Século XVIII – começa a se desenvolver a doutrina da balança dos poderes – Freios e contrapesos. 4. O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E O ESTADO DE DIREITO: O princípio da separação dos poderes, embora tenha sido sistematizado na obra de Montesquieu, O Espírito das Leis, conheceu precursores. Aristóteles, em sua obra Política, vislumbrava a existência de três funções distintas exercidas pelo poder soberano; quais sejam, a função de editar normas gerais a serem observadas por todos, a de aplicar as referidas normas ao caso concreto (administrando) e a função de julgamento, dirimindo conflitos oriundos da execução das normas gerais nos casos concretos. Essa teoria foi aprimorada pela visão do Estado Liberal e desenvolvida por Montesquieu. O grande avanço deste autor clássico não foi a identificação do exercício das três funções estatais, mas a divisão do exercício da função a três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si. Assim, cada função corresponderia a um órgão, não mais se concentrando nas mãos únicas do soberano. Surge esta visão em contraposição ao absolutismo monárquico. Montesquieu distingue, em cada Estado, três sortes de poderes, os quais determinou: poder legislativo, poder executivo e poder judiciário; sendo a cada um deste reservada uma função determinada, denominada pela doutrina de função típica; inerente à natureza do poder atuando independente e autonomamente. Esta teoria foi adotada pela grande maioria dos Estados Modernos de forma abrandada, ou seja, não se adotou a separação pura e absoluta dos poderes como previu o ilustre autor; as realidades sociais e históricas passaram a permitir uma maior interpretação entre os poderes, prevendo a esses, além do exercício de suas funções típicas (predominantes), inerente e ínsitas à sua natureza, cada qual exercerá outras duas funções denominadas atípicas (de natureza típica de outros órgãos). Exemplo: O Poder Legislativo, além de exercer sua função típica, qual seja legislar e fiscalizar, também exerce uma função atípica de natureza executiva e outra função atípica de natureza jurisdicional. As atribuições de cada Poder são indelegáveis, sendo a separação erigida à categoria de cláusula pétrea conforme art. 60, §4º, III, CF. Temos assim que a clássica separação das funções do Estado entre órgãos independentes e autônomos tem por finalidade a proteção da liberdade individual contra o arbítrio de um governante onipotente. O Poder, representando a soberania, é uno e indivisível, entretanto se manifesta através de órgãos que exercem funções, logo, o que se triparte é a função do poder estatal e não o Poder em si mesmo. · O art. 2º CF traz: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o judiciário”. Independência dos Poderes significa: a) que a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependem da confiança nem da vontade dos outros; b) que, no exercício das atribuições que lhes sejam próprias, não precisam os titulares consultar os outros nem necessitam de sua organização; c) que, na organização dos respectivos serviços, cada um é livre, observadas apenas as disposições constitucionais e legais. Cada qual atuando de sua parcela de competência constitucionalmente estabelecida. A harmonia entre os poderes é verificada primeiramente pelas normas de cortesia no trato recíproco e no respeito às prerrogativas e faculdades a que mutuamente tem direito. Cabe nesse momento ressaltar que nem a divisão de funções entre os órgãos e nem sua independência são absolutos, há interferências que visam estabelecer um sistema de freios e contrapesos, em busca do equilíbrio necessário à realização do bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio e o desmando de um poder em detrimento de outro. · Serve a garantir o primado da lei – o poder estatal está centrado no Poder Legislativo: - Hierarquia de funções; - Hierarquia entre os órgãos. · Sua previsão está ligada à ideia de “Limitação ao poder estatal”, por meio de mecanismos constitucionais. · Evolução: atribuída a Montesquieu: Separação e independência como condição para um equilíbrio dos poderes por seu controle recíproco. · No estágio atual: Preocupação com a “hipertrofia das funções do Estado” – requer uma (re) ordenação e (re) distribuição das funções estatais (Cristina Queiroz – Os actos políticos no Estado de Direito). 4.1. SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS: Cuidado com o exercício absoluto e centralizador do poder político. *Peter Häberle: Dois Sentidos à Separação dos Poderes: - Sentido Horizontal: se refere, de maneira clássica, às funções legislativas, executiva e jurisdicional. - Sentido Vertical: se refere à divisão das funções do Poder entre as entidades federativas. André Ramos Tavares. p. 999 – Curso de Direito Constitucional. 3.ed. 2006: “A doutrina da separação dos poderes serve atualmente como uma técnica de arranjo da estrutura política do Estado, implicando a distribuição por diversos órgãos de forma não exclusiva, permitindo o controle recíproco, tendo em vista a manutenção das garantias individuais consagradas no decorrer do desenvolvimento humano”. 5. NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: · Art. 2º · Cláusula Pétrea: art. 60, §4º, III · Título IV · FIM DA TESE DA ABSOLUTA SEPARAÇÃO DOS PODERES: * FUNÇÕES TÍPICAS (predominantes e inerentes à natureza): - Legislativa; - Executiva; - Jurisdicional. *FUNÇÕES ATÍPICAS: · Teoria ou Sistema dos Freios e Contrapesos: “Abrandamento da teoria de Montesquieu”. Uadi L. Bulos, fala em: - “Relatividade da doutrina clássica da separação dos poderes”; - “Teoria de Montesquieu, em sua feição pura, não se amolda à realidade brasileira”; - “Temperamentos e reajustes levando em conta a realidade das constituições contemporâneas”. O Princípio da separação dos Poderes é um direito fundamental o que faz com que os Poderes do Estado estejam a serviço das liberdades públicas, dos direitos humanos fundamentais, das garantias individuais e coletivas. · Art. 16 – Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: “A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem constituição”. * As imunidades e garantias dos membros dos Poderes da República NÃO CONSAGRAM PRIVILÉGIOS PESSOAIS, pois se referem à proteção quanto ao exercício das funções do órgão de Poder. II- PODER LEGISLATIVO 1. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO: 1.1. Poder Legislativo FEDERAL: Bicameral – 2 casas - art. 44 CF 1.1.1. Composição: - Câmara dos Deputados: art. 45 CF - Senado Federal: 46 CF 1.2. Poder Legislativo ESTADUAL: Unicameral – Assembleia Legislativa: Deputados Estaduais – art. 27 CF 1.2.1. Composição:y = (x – 12) + 36 1.3. Poder Legislativo MUNICIPAL: Unicameral – Câmara Municipal: Vereadores 1.3.1. Composição: art. 29, inciso IV, CF. 1.4. Poder Legislativo DISTRITAL: Unicameral – Câmara Legislativa: Deputado Distrital 1.5. Poder Legislativo nos Territórios Federais: Não há autonomia – art. 33, §3º, CF Câmara Territorial: deverão eleger 4 Deputados Federais 2. REQUISITOS PARA A CANDIDATURA: - Condições de elegibilidade – art. 14, §3º, CF. 3. COMPETÊNCIAS DAS CASAS LEGISLATIVAS: 3.1. CONGRESSO NACIONAL (art. 48, 49, 50 CF) - 3.1.1. Câmara dos Deputados (art.51) - 3.1.2. Senado Federal (art. 52) * Estados; Municípios; Distrito Federal: segue suas competências, as constituições do Estados e Leis Orgânicas. 4. DAS REUNIÕES: 4.1. ORDINÁRIA – art. 57 “caput”; 4.2. EXTRAORDINÁRIA – art. 57 “§6º”; 4.3. CONJUNTA – art. 57 “§3º”; 4.4. PREPARATÓRIA – art. 57 “§4º”. 5. DAS COMISSÕES PARLAMENTARES: 5.1. TEMÁTICA ou EM RAZÃO DA MATÉRIA (art. 58, §2º); 5.2. ESPECIAL ou TEMPORÁRIA (Regimento Interno); 5.3. PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI – art. 58 §3º); 5.4. MISTA; 5.5. REPRESENTATIVA (Recesso – art. 58, §4º). 6. FORO PRIVILEGIADO e PRERROGATIVA DE FORO: - Qualquer tipo de crime – Súmula 451 STF - Fixação da competência: atualidade do mandato 7. IMUNIDADES: São prerrogativas inerentes à função parlamentar servindo à garantia de seu exercício e liberdade. Podem ser: - 7.1. MATERIAL, REAL ou SUBSTANTIVA: art. 53 “caput”: Inviolabilidades – em razão do exercício do mandato e da função parlamentar; -7.2. PROCESSUAL, FORMAL ou ADJETIVA: art. 53, §2º e 5º: - 7.2.1. DE PRISÃO – auto prisão em flagrante – remetidos à casa respectiva: 24 horas para decidir pela manutenção (maioria absoluta); - 7.2.2. DE PROCESSO – INVESTIGAÇÃO – Denúncia STF – comunicação à casa respectiva: sustação em até 45 dias – Suspende a Prescrição. * Em caso de concurso de agentes: desmembramento do processo. 8. OUTRAS GARANTIAS: - 8.1. SIGILO DA FONTE – art. 53, §6º; - 8.2. INCORPORAÇÃO ÀS FORÇAS ARMADAS – art. 53, §7º (Licença); - 8.3. IMUNIDADES e ESTADOS DE EXCEÇÃO – art. 53, §8º (Preservadas). *Em Estado de Sítio: poderão ser suspensas, 2/3 casa. 9. IMUNIDADES e PARLAMENTARES ESTADUAIS: - art. 27, §1º 10. IMUNIDADES e PARLAMENTARES MUNICIPAIS: - art. 29, VIII; IX 11. INCOMPATIBILIDADES e IMPEDIMENTOS: - art. 54 12. PERDA DO MANDATO (art. 55) · HIPÓTESES: - I ----------- §2º - II ----------- §1º e §2º - III ----------- §3º - IV ----------- §3º - V ----------- §3º - VI ----------- §2º Pedro Lenza (José Afonso da Silva): PERDA Art. 55 CASSAÇÃO: I, II e VI – 55, §2º - Voto Secreto e Maioria Absoluta - Decretação da perda do mandato por ter o seu titular incorrido em falta funcional, definida em lei e punida com sanção. - Decisão Constitutiva. EXTINÇÃO: III, IV e V – 55, §3º - Ato meramente declaratório - É o perecimento do mandato pela ocorrência de fato ou ato que torna automaticamente inexistente a investidura eletiva. - Decisão Declaratória. QUESTIONÁRIO: 1. Quais são os poderes de investigação das CPI’s? 2. Qual seria o momento a partir do qual passaria a ter início à imunidade processual? 3. Quais são os crimes inafiançáveis? Ao qual se atribui a exceção à imunidade material/processual de prisão? 4. Tratando-se de infração cometida durante o exercício da função parlamentar, findo o mandato, seria mantida a competência do STF conforme o disposto no §1º do art. 53, devido o princípio da “perpetuatio jurisdictionis”? 5. A prerrogativa de foro seria aplicável aos delitos eventualmente cometidos antes do exercício da função parlamentar? Explique sua resposta. 6. De que forma se dará a aplicação do disposto no art. 53 §1º em casos de delito praticado antes do exercício parlamentar? 7. As imunidades parlamentares são passíveis de renúncia? 8. É possível a renúncia do cargo por parlamentar submetido a processo que vise ou possa levá-lo à perda do mandato? Qual seria seu efeito? 9. As imunidades seriam aplicáveis ao Parlamentar licenciado para o exercício de cargo executivo (Ministros/Secretário)? III- PODER EXECUTIVO 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL: · Artigo 76 a 91, CF. · A função típica é para administrar o Estado. * Função atípica não é a função dele, mas ele faz porque tem previsão na Constituição Federal. Exemplo: Legislar – editando medida provisória – artigo 62, CF e EC 32/01. Cuidado: não há proibição para existir medida provisória nas demais esferas do poder. Ex. Medida provisória editada pelo governador. 2. ESTRUTURA: 2.1. Poder Executivo FEDERAL: Presidente da República e Vice-Presidente (só pode ser brasileiro nato), o mandato é de 4 anos. São cargos eletivos privativos do brasileiro nato, Presidente e Vice-Presidente da República, ler artigo 12, §3, CF. 2.2. Poder Executivo ESTADUAL: Governador e vice-governador, o mandato é de 4 anos. 2.3. Poder Executivo DISTRITAL: Governador e vice-governador, o mandato é de 4 anos. · Não há eleição municipal no DF para prefeito. 2.4. Poder Executivo MUNICIPAL: Prefeito e vice, mandato de 4 anos. 3. MANDATO: A reeleição para o poder executivo foi inserida por emenda constitucional. É possível uma reeleição para o período subsequente. Dica: a reeleição não é cláusula pétrea, podendo ser retirada da Constituição. 4. SISTEMA DE ELEIÇÃO AO PODER EXECUTIVO: 4.1. MAJORITÁRIO ABSOLUTO: Ganha a eleição o candidato que conseguir a maioria absoluta dos votos válidos em 1° ou em 2° turno. A maioria de votos válidos é o primeiro número inteiro depois da metade do total. O voto válido é o total, menos os brancos e os nulos. · 1° turno: é no primeiro domingo de outubro. Para ter 1 turno só, o primeiro colocado tem que ganhar a eleição com a maioria absoluta de votos válidos. Ex. 1.300.000.00 votos – 200.000.00 votos brancos = 1.100.000.00 – 100.000.00 votos nulos = 1.000.000.00 votos válidos, se um candidato tiver 500.001 votos já ganha a eleição no primeiro turno. · 2° turno: entre os candidatos mais votados, ocorre no último domingo de outubro. Cuidado: se houver empate, ganha o candidato mais velho. Dica: tal sistema é usado para a eleição de Presidente e vice-presidente, governantes de estados e DF e prefeitos e vices com mais de 200.000 mil eleitores. 4.2. SISTEMA MAJORITÁRIO SIMPLES OU RELATIVO: Ganha a eleição o candidato mais votado. Só tem 1 Turno (1° domingo de outubro). Tal sistema é usado para prefeitos e vices de municípios com até inclusive 200.000 mil eleitores. * Cuidado: é usado para eleição de senadores. Os senadores pertencem ao poder legislativo. 5. ORDEM DE SUCESSÃO (DE CARÁTER DEFINITIVO) OU SUBSTITUIÇÃO (DE CARÁTER TEMPORÁRIO) DA REPÚBLICA: - Artigo 80, CF. · Presidente da República; · Vice-Presidente da República; · Presidente da câmara dos deputados · Presidente do Senado · Presidente do STF 6. ELEIÇÃO INDIRETA: - Artigo 81, CF. OBS: tal artigo é usado só se não há definitivamente nem Presidente e nem Vice-Presidente da república. Se ocorrer a eleição nos primeiros 2 anos do mandato Se ocorrer a eleição nos 2 últimos anos do mandato A eleição é direta em até 90 dias da última vaga. O novo presidente e o novo vice são eleitos para completar o mandato. A eleição é indireta, nós não votamos, quem vota é o congresso nacional. É feita pelo congresso nacional em até 30 dias da última vaga. O novo presidente e o novo vice são eleitos para completar o mandato. · Sempre que for eleito para completar o mandato é o mandato tampão. 7. CRIME DE RESPONSABILIDADE: - Trata-se de um ilícito político administrativo. Ex. violar a probidade administrativa · Artigo 85, CF. · Lei 1.079/1950 · Artigo 52, I, II, parágrafo único, CF. 7.1. PROCESSO DE IMPEACHMENT: - Tem duas fases: 1° fase: juízo de admissibilidade: que é feito pela câmara dos deputados, por 2/3 dos membros, 342 votos. 2° fase: julgamento: é feito pelo senado federal, por 2/3 dos membros, 54 senadores. - Punição – perda do cargo com inabilitação por 8 anos para as funções públicas (artigo 52, parágrafo único, CF.· Artigo 86, CF · Lei 1079/1950 · ADPF n° 378 – Processo de impeachment recente, da Dilma. Ler a ementa. 8. IMUNIDADE À PRISÃO CAUTELAR- ART. 86 § 3º- SÓ PODERÁ SER PRESO APÓS A CONDENAÇÃO PENAL DEFINITIVA (PRERROGATIVA EXCLUSIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NÃO SE APLICA AOS GOVERNADORES E PREFEITOS, POR TER SEU FUNDAMENTO NO FATO DELE SER O CHEFE DE ESTADO. 9. IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA – ART. 86 § 4º INIBE QUE O ESTADO EXERÇA O PODER DE PERSECUÇÃO PENAL CONTRA AQUELE QUE ESTIVER NA TITULARIDADE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. NÃO RESPONDERÁ PENALMENTE POR INFRAÇÕES COMETIDAS ANTES DO MANDATO OU DURANTE O SEU EXERCÍCIO, QUE NÃO TENHAM RELAÇÃO COM AS FUNÇÕES INERENTES AO CARGO. 9. INICIATIVA RESERVADA: - Presidente da república. Artigo 61, § 1, CF. 10. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ARTIGO 84, CF. EX. CELEBRAR TRATADO. ATENÇÃO. COMPETÊNCIA DELEGÁVEL. Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (...) XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; (...) XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 11. CONSELHOS CONSULTIVOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 11. 1. CONSELHO DA REPÚBLICA Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. § 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério. § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. 11.2. CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático. § 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional. 12. DOS MINISTROS Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República. IV- PODER JUDICIÁRIO Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 1. CONTROLE EXTERNO: - Art. 2º CF; - Suas unidades administrativas: art. 71 CF; - INVESTIDURA dos ocupantes dos Tribunais Superiores: - Nomeação: Presidente da República - Aprovação: Maioria Absoluta do Senado Federal - Crimes de Responsabilidade: art. 52, II, CF “Impeachment” – Ministro do STF e Membro do CNJ; - Súmula 649 STF: Inconstitucionalidade - a criação de órgãos de controle do Poder Judiciário composto de representantes de outros poderes; · CNJ: - art. 92, I-A CF; art. 103-B; - E.C. nº: 45/2004 - Composição – Majoritariamente: Membros do Poder Judiciário – 15 membros. - Nomeação: Presidente da República - Aprovada a Nomeação: Maioria absoluta do Senado Federal - Missão: - controle administrativo do Poder Judiciário; - controle financeiro do Poder Judiciário; - controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. · STF: - Órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete, precipuamente, a guarda da Constituição, art. 102 CF; - Composto por 11 Ministros; - Nomeação: Presidente da República - Aprovada a Nomeação: Maioria absoluta do Senado Federal; - O Presidente do Supremo Tribunal Federal é também o Presidente do Conselho Nacional de Justiça: art. 103-B, I, CF. - Missão: - julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual; - julgar ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; - arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição; - extradição solicitada por Estado estrangeiro. - Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República e outros. A partir da Emenda Constitucional n. 45/2004, foi introduzida a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal - art. 103-A CF. · STJ: - Composição mínima: 33 membros; - 1/3 Juízes dos TRF’s ** - 1/3 Desembargadores do TJ’s ** - 1/3 - 1/6 Advogados - 1/6 Ministério Público F/ E/ DF** STJ: Lista Tríplice: Presidente da República - Guardião do Direito Federal - Competência (art.105): - Originária - Recursal: - Ordinário - Especial - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - Conselhos da Justiça Federal 2. JUSTIÇA FEDERAL: T. R. F’s (colegiados / 2º grau) + JUÍZES FEDERAIS (singular / 1º grau) - Composição: mínimo 7 juízes: - 1/5 – Advogados – MPF - Promoção dos Juízes Federais - JUSTIÇA ITINERANTE (art. 107, §2º) - Câmaras Regionais (art. 107, §3º) - Competência: art. 108 - Juízes Federais: Competência: art. 109 * §1º * §2º * §3º - ações previdenciárias * §5º - grave violação de direitos humanos: deslocamento de competência – (E.C. nº45/04). TRF 1ª Região - Brasília – DF AC GO PI AP MA RO AM MT RR BA MG TO DF PA TRF 2ª Região – Rio de Janeiro – RJ ES RJ TRF 3ª Região São Paulo - SP MS SP TRF 4ª Região – Porto Alegre – RS PR RS SC TRF 5ª Região – Recife – PE AL PE CE RN PB SE Emenda Constitucional n° 073, de 06 de junho de 2013. Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões. Art. 001º - O art. 027 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte § 011: "Art. 027 - (...) § 011 - São criados, ainda, os seguintes Tribunais Regionais Federais: o da 6ª Região, com sede em Curitiba, Estado do Paraná, e jurisdição nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul; o da 7ª Região, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, e jurisdição no Estado de Minas Gerais; o da 8ª Região, com sede em Salvador, Estado da Bahia, e jurisdição nos Estados da Bahia e Sergipe; e o da 9ª Região, com sede em Manaus, Estado do Amazonas, e jurisdição nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima."(NR) Art. 002º - Os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões deverão ser instalados no prazo de 6 (seis) meses, a contar da promulgação desta Emenda Constitucional. (VIDE STF/ADI 5017. MEDIDA LIMINAR SUSPENDEU OS EFEITOS DO TEXTO DECISÃO MONOCRÁTICA MIN. JOAQUIM BARBOSA- PENDENTE DE APRECIAÇÃO COLEGIADA) ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO: “ORGANOGRAMA” STF CNJ TST STJ TSE STM TJ’s TRF’s TRT TRE Tribunais Militares Juízes de Direito Juízes Federais Juízes Eleitorais Juízes do Trabalho Juízes Militares 3. JUSTIÇA DO TRABALHO: · TST: 27 membros - 1/5: - Advogados - Membros do MPT * Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho * Conselho Superior da Justiça do Trabalho: supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho. · TRT: 07 Juízes (mínimo) - 1/5: - Advogados - Membros do MPT - Juízes do Trabalho: promoção * 115, §1º - Justiça Itinerante * 115, §2º - Descentralização * 112 *116 4. JUSTIÇA ELEITORAL: · TSE: mínimo 7 - 3 Ministros do STF - 2 Ministros do STJ - 2 Advogados (STF) · TRE: - 2 Desembargadores - 2 Juízes de Direito (TJ) - 1 Juiz do Tribunal Regional Federal ou Juiz Federal - 2 Advogados (TJ) * art. 121 – matéria de Lei Complementar 5. “JUSTIÇA MILITAR”: STM ---------------------------------------------- 15 MINISTROS: T.M’s 3 - Oficiais- Generais da Marinha Juízes Militares 4 - Oficiais- Generais do Exército 3 - Oficiais- Generais da Aeronáutica 5 – Civis: 3 Advogados / 2 Juízes Auditores e Membros do MP/JM ** Nos Estados ---------- art. 125, CF. ** No Distrito Federal ---------- art. 21, XIII e art. 22, XVII, CF. ** Nos Territórios ---------- art. 33 e art. 110, parágrafo único, CF. 6. ESTATUTO DA MAGISTRATURA Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redaçãodada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 7. QUINTO CONSTITUCIONAL Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 8. GARANTIAS DA MAGISTRATURA Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 9. VEDAÇÕES Art. 95 Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 10. AUTONOMIA DO PODER JUDICIÁRIO Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 22