Prévia do material em texto
F I S I O P A T O L O G I A D A N U T R I Ç Ã O Discentes: Beatriz Ferreira Hanôver Dantas Laysse Medeiros Lucas de Carvalho Soraya Rodrigues Densitometria Óssea CONCEITO A densitometria óssea é um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. É principalmente usada para diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças nas quais a densidade e a quantidade de minerais são baixas e o risco de fraturas é alto. A osteopenia é uma afecção óssea na qual os ossos perdem estes minerais e tem menor densidade o que os torna mais frágeis. Quando a perda óssea é grave a afecção se chama osteoporose. Desde 1920, estudiosos tentavam analisar os ossos através de métodos não invasivos. Inicialmente utilizavam exames de sangue para detectar a existência da osteoporose. A Descoberta aconteceu em 1963 pelo Físico John Cameron, e juntamente com James Sorenson desenvolveram na Universidade de Wisconsin (Madison, USA) o primeiro equipamento comercial da história, o SPA – Single Photon Absorptiometry. O aparelho chegou ao Brasil em 1989. Observaram que o carpo (punho) era útil para estudo de massa óssea devido apresentar poucos tecidos moles. HISTÓRICO É realizado através de um aparelho capaz de medir a massa e a resistência óssea dimensionando o risco de fratura. O exame demora apenas 15 minutos. É fácil, indolor, seguro, não requer nenhum preparo especial e nem jejum. PROCEDIMENTO FINALIDADE X PROCEDIMENTO QUAL A FINALIDADE DO EXAME E COMO É O SEU PROCEDIMENTO? Medir a massa e a resistência óssea conseguindo assim dimensionar o risco de fratura. Detectar a presença de osteopenia ou algum grau de osteoporose. FINALIDADE O esqueleto é um tecido vivo, composto por ossos e cartilagens. Tem função de suportar o corpo, proteger órgãos vitais, além de ser o local onde os músculos se aderem para promoção dos movimentos. RELEMBRANDO A FUNÇÃO DO ESQUELETO... Osso Cortical: Constitui 80% do esqueleto humano. É a parte mais densa e compacta. Encontra-se geralmente nas camadas externas dos ossos como, por exemplo, nas diáfises (parte central, comprida) dos ossos longos, crânio e sua função mais importante é manter uma estrutura rígida no esqueleto. Osso Trabecular: É responsável por 20% do esqueleto humano. Encontra-se no interior dos ossos e tem uma aparência de esponja por possuir pequenas pontes chamadas trabéculas. Encontra-se no interior de vértebras, costelas, pelve, crânio e extremidades de ossos longos (epífises). TIPOS DE OSSOS FUNÇÃO DO ESQUELETO OSTEOPOROSE DEFINIÇÃO Osteoporose significa osso poroso, é uma doença resultante da perda gradual da substância óssea que ocorre naturalmente com o envelhecimento, em todos os indivíduos. Afeta principalmente as mulheres na pós- menopausa. Osteoporose pós-menopáusica ou tipo I Osteoporose senil ou tipo II Osteoporose secundária TIPOS DE OSTEOPOROSE Surge entre os 50 e os 65 anos de idade, é muito mais frequente no sexo feminino e afeta particularmente o osso Trabecular ou Esponjoso, originando sobretudo, fraturas vertebrais, do quadril e do antebraço. Esta surge devido a deficiência de estrogênios (designação genérica dos hormônios) que ocorrem na menopausa e leva a um aumento da reabsorção óssea e, consequentemente, a um balanço de cálcio negativo. Osteoporose Pós- Menopáusica ou Tipo I Aparece depois dos 65 anos de idade, é geralmente mais frequente no sexo feminino, atinge, tanto o osso esponjoso, quanto o osso cortical, e origina fraturas vertebrais e do colo do fêmur. Aparece por deficiência de cálcio e vitamina D, alterações na absorção intestinal, diminuição da formação óssea, entre outros. Osteoporose Senil ou Tipo II Tem múltiplas causas, como sejam processos inflamatórios, como a artrite reumatoide, a imobilização, as alterações da nutrição, as doenças endócrinas, as doenças respiratórias crônicas, as doenças reumáticas, as doenças infiltrativas, as doenças hereditárias e as doenças iatrogênicas e uso de drogas (como a heparina, álcool, vitamina A e glicocorticoides) ou seja, refere-se a perda óssea resultante de distúrbios clínicos específicos. Osteoporose Secundária TIPOS DE OSTEOPOROSE SEGMENTOS ESTUDADOS 1. Densidade óssea da coluna lombar; 2. Densidade óssea do fêmur direito. A densidade mineral óssea (DMO) é expressa em g /cm², representa a massa de cálcio expressa em gramas em uma área de 1 centímetro quadrado de tecido. Seus resultados são comparados com a densidade mineral óssea (DMO) da média populacional. A DENSITOMETRIA ÓSSEA A DENSITOMETRIA É REALIZADA APENAS EM COLUNA E FÊMUR? A Densitometria óssea pode ser realizada em qualquer parte do corpo. Contudo foram estabelecidas duas regiões (Coluna Lombar e Quadril ou Fêmur proximal) como áreas representativas e de maior importância. O exame consiste numa amostragem óssea nas duas regiões, examinando os tipos de estruturas ósseas. Foi demonstrado que de um modo geral, o que existe no fêmur direito é semelhante ao que se encontra no fêmur esquerdo, sendo desnecessário, portanto, realizar o exame nas duas pernas. Deve-se também fazer as duas incidências (coluna lombar – conhecida como lombo-sacra, e quadril, ou chamado de fêmur ou região coxofemoral) já que elas representam estruturas ósseas diversas. DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE Em termos de diagnóstico a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu a seguinte classificação: T-SCORE O QUE SIGNIFICA? Os valores são comparados com as medidas obtidas de uma pessoa jovem e saudável e fornecem a distância da massa óssea obtida da média normal. A partir disso é calculado o T-score, um padrão de referência internacional desenvolvido pela OMS. É ele que mostra o quanto se está próximo ou distante desse ideal. O T-score inicia do número zero (que representa a média) e parte para uma escala de números positivos ou negativos - quanto maiores estes números, mais longe se está do ideal. Sendo que os negativos são mais preocupantes por indicarem o grau de perda óssea. INDICAÇÕES DO EXAME Todos os indivíduos com mais de 65 anos; Indivíduos com deficiência de hormônios sexuais; Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando usar terapia de reposição hormonal, para auxiliar esta decisão; Pacientes com alterações radiológicas sugestivas de osteopenia ou que apresentem fraturas osteoporáticas; Pacientes em uso de corticoterapia crônica; Pacientes em tratamento da osteoporose, para controle da eficácia da terapêutica. Sendo um método diagnóstico não invasivo permite identificar redução de massa óssea sugerindo a possibilidade de fraturas, sendo indispensável no diagnóstico e avaliação do tratamento da osteoporose. MÉTODO NÃO INVASIVO Sua precisão consiste na reprodutibilidade dos valores obtidos quando se mede sucessivamente grandezas com o mesmo valor. PRECISÃO A exatidão da densitometria reflete na diferença entre o valor obtido e o valor real, devendo a diferença ser mínima; possibilitando um maior poder discriminativo de osteoporose; avaliação do risco fraturário; variação com a idade/ terapêutica e artefato e fatores de erro. EXATIDÃO VANTAGENS DA DENSITOMETRIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Juhl, John H., Crummy, Andrew B., Kuhlman, Janet E. Interpretação Radiológica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Capítulo 6. 2000. Consenso Brasileiro de Osteoporose 2002. Rev. Bras. Reumatol. – Vol. 42 – nº 6 – Nov/Dez 2002. Meirelles, Eduardo S., Diagnóstico por Imagem na Osteoporose, Arq. Bras. De Endocrinologia Metabol. Vol. 43, nº 06, Dez/1999, p. 423 - 427. F I S I O P A T O L O G I A D A N U T R I Ç Ã O Discentes: Beatriz Ferreira Hanôver Dantas Laysse Medeiros Lucas de Carvalho Soraya Rodrigues Densitometria Óssea