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Animais de Laboratório e Ética na Nutrição Experimental

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ANIMAIS DE LABORATÓRIO E ÉTICA NA NUTRIÇÃO EXPERIMENTAL
Lucas de Carvalho Siqueira
As pesquisas em animais já vêm sendo realizadas há muitos anos, tendo em vista que estão contribuindo para o desenvolvimento da ciência, principalmente nas áreas da saúde humana e animal. 
Os experimentos devem ser planejados para evitar estresse, dor ou sofrimento desnecessário aos animais. A escolha dos delineamentos experimentais deve selecionas aqueles que utilizam menor número de animais, que envolvem menor grau de sensibilidade neurofisiológica, ou seja, causam menor dor, sofrimento, estresse e prejuízos duradouros.
Os animais mais utilizados como modelos na maior parte das pesquisas na área básica são os de pequeno porte (camundongo, rato, hamster, cobaio, ou o gerbil) compreendendo quase 90% do total de espécies utilizadas nos laboratórios. A escolha de um modelo animal, ou seja, uma espécie padrão para experimentos deve ser criteriosa, uma vez que estes são elementos principais no projeto de pesquisa. Eleger o modelo ideal para os estudos experimentais requer algumas considerações no que diz respeito ao conforto que será propiciado ao animal a depender dos procedimentos utilizados na pesquisa e que estejam em acordo com os princípios éticos pré-estabelecidos pelo comitê de ética e pesquisa, além do conhecimento teórico e prático das normas de manuseio desse animal, para que haja o manejo seguro.
Para garantir a saúde adequada, comodidade, boa reprodução, progresso aos animais, e agrado das avaliações para os pesquisadores, foi criada uma estrutura especialmente para essa finalidade, chamada de Biotério, que possui sua especificação particular. Nos biotérios os animais têm uma vivência fora do seu habitat natural, e são dependentes dos seres humanos para sua existência e sua segurança, tendo como obrigação dos mesmos, o controle de vários elementos, como o ambiente, iluminação e umidade.
Cientistas que estudam as reações dos animais reconhecem que eles possuem consciência e memória, são capazes de sofrer, sentir dor, ter medo e lutar tenazmente pela vida, partindo dessa concepção a ética aponta a passagem de volta do ser humano para a natureza, educando que ao venerar o justo e as diversidades dentre as espécies, talvez possam ir além de suas cômodas diferenças e desempenhar suas obrigações. 
A utilização de animais em pesquisa é alvo de debates duros entre cientistas que conduzem experimentos com animais e grupos de ativistas de proteção dos direitos animais. Embora sejam evidentes os benefícios desse tipo de experimentação, a questão é como proteger os animais e evitar sua utilização em experimentos desnecessários, e, finalmente, como aliviar os sofrimentos sem comprometer as respostas obtidas nos ensaios.
Para que o uso de animais com conclusões científicas seja admissível e tenha um desfecho esperável, é imprescindível estar de acordo de que o animal submetido ao estudo é um ser vivo e tem condutas e conveniências da sua própria espécie. Além de haver o instinto de sobrevivência e também recordação, e é propenso aos acometimentos do ambiente que podem lhe ocasionar sofrimento, ansiedade, dor, estresse. Por isso é imprescindível em todas as etapas do prosseguimento das pesquisas a postura ética do cientista. Contudo as considerações da experimentação baseiam-se em vários enfoques e dentre eles na importância do estudo, responsabilidade no que diz respeito ao bem-estar do animal exposto a experimentação e na experiência do pesquisador e sua equipe em consentir os princípios dos três R’s (replacement, reduction and refinement). 
Replacement: Compreende-se pela mudança no uso de animais por outras opções.
Reduction: Tentativa na diminuição do número de animais utilizados na experimentação.
Refinement: Aperfeiçoamento, aprimoramento da pesquisa e a competência que os pesquisadores precisam conter para adaptar os métodos de modo a restringir os animais.

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