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Apostila de Contabilidade Governamental

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e-mail: mauriciogscontador@hotmail.com
Contabilidade
Governamental
Professor Maurício Gomes dos Santos
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o
ramo da ciência contábil que aplica, no
processo gerador de informações, os
Princípios de Contabilidade e as normas
contábeis direcionados ao controle
patrimonial de entidades do setor público.
Contabilidade Pública
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor
Público é fornecer aos usuários informações sobre
os resultados alcançados e os aspectos de
natureza orçamentária, econômica, financeira e
física do patrimônio da entidade do setor público e
suas mutações, em apoio ao processo de tomada
de decisão; a adequada prestação de contas; e o
necessário suporte para a instrumentalização do
controle social.
Contabilidade Pública
A função social da Contabilidade Aplicada ao
Setor Público deve refletir, sistematicamente, o
ciclo da administração pública para evidenciar
informações necessárias à tomada de decisões,
à prestação de contas e à instrumentalização do
controle social.
Contabilidade Pública
As entidades abrangidas pelo campo de aplicação
devem observar as normas e as técnicas próprias
da Contabilidade Aplicada ao Setor Público,
considerando-se o seguinte escopo:
(a) integralmente, as entidades governamentais, os
serviços sociais e os conselhos profissionais;
(b) parcialmente, as demais entidades do setor
público, para garantir procedimentos suficientes de
prestação de contas e instrumentalização do
controle social.
Contabilidade Pública
Lei 
4.320/64
Define as 
Normas de 
Contabilidade 
Pública e 
Orçamento 
público
Contabilidade Pública
RESOLUÇÕES DO CFC
(de forma facultativa a partir de 2010 e obrigatória a partir de
2012 para União,Estados e Distrito Federal e 2013 para os
Municípios)
Res. 1128/08 Res. 1133/08
Res. 1129/08 Res. 1134/08 
Res. 1130/08 Res. 1135/08
Res. 1131/08 Res. 1136/08
Res. 1132/08 Res. 1137/08
Contabilidade Pública
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Regras previstas na Lei n.º 4.320/64:
• o exercício financeiro coincidirá com o 
ano civil;
• o ano financeiro é o período em que se 
executa o orçamento;
Contabilidade Pública
TIPOS DE REGIME ORÇAMENTÁRIOS
• Regime de Caixa;
• Regime de Competência;
• Regime Misto 
Contabilidade Pública
PARTICULARIDADES DA CONTABILIDADE 
PÚBLICA
Os subsistema de contas compreende:
• subsistema orçamentário;
• subsistema financeiro;
• Subsistema patrimonial;
• Subsistema de custos (res. 1128/08)
• Subistema de compensação.
Contabilidade Pública
Subsistema orçamentário: nele se registra a 
receita prevista e as autorizações legais de 
despesa constantes da Lei Orçamentária e dos 
créditos adicionais, assim como a execução do 
orçamento, demonstrando a despesa fixada e a 
executada no exercício, e comparando a 
receita prevista com a arrecadada. 
Contabilidade Pública
Subsistema financeiro: nele são 
registradas a arrecadação da receita, as 
despesas executadas e a movimentação 
extra-orçamentária.
A fonte que proporciona movimentações 
nesse sistema é a conta Bancos, que 
movimenta as entradas e as saídas de 
numerário. 
Contabilidade Pública
Subsistema patrimonial:registra os bens
patrimoniais do Estado, os direitos e as
obrigações suscetíveis de serem
classificados como de longo prazo ou
permanentes, as variações patrimoniais
provocadas pela execução do orçamento
(receitas e despesas) ou que tenham outras
origens, e o resultado econômico do
exercício.
Contabilidade Pública
Subsistema de custos : registra, processa e
evidencia os custos dos bens e serviços,
produzidos e ofertados à sociedade pela entidade
pública
Subsistema de contas de compensação: Registra,
objetivando o controle, os valores que direta ou
indiretamente provocam ou podem provocar
variações no patrimônio do Estado.
Contabilidade Pública
Lei de Responsabilidade Fiscal 
LRF
O advento da LRF é um importante fato
histórico, porque, estabelece normas de
finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal do Estado.
Lei de Responsabilidade Fiscal
LRF
Planejamento
governamental
Equilíbrio Fiscal:
Arrecadar mais
X
Gastar menos
Endividamento
público
Transparência:
Publicar relatórios
resumidos 
Audiências públicas
Contabilidade Pública
PILARES DA LRF
Renúncia de Receita
Art. 14 - A concessão ou ampliação de incentivo ou
benefício de natureza tributária da qual decorra
renúncia de receita deverá:
a) estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário - financeiro;
b) atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias;
c) não afetar as metas ou existir medidas
compensatórias.
LRF
Despesa Pública
Art.16 - O aumento da despesa será acompanhado de:
I - impacto orçamentário - financeiro, acompanhada da 
metodologia de cálculo; 
II - declaração do ordenador de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a LOA, PPA
e LDO.
Os atos que criarem ou aumentarem despesa obrigatória de
caráter continuado deverão demonstrar a origem dos
recursos.
Contabilidade Pública
Despesas com Pessoal
Art. 18 - Limites para gastos com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de
Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais.
Contabilidade Pública
Despesas com Pessoal
Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra
que se referem à substituição de servidores e empregados
públicos.
A despesa total com pessoal será apurada adotando-se o
regime de competência.
Contabilidade Pública
Transferências Voluntárias
Art. 25 - Exigências para a realização:
• estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
• existência de dotação específica;
• não pode ser usada para pagamento de pessoal-
CF, art. 167
• outras regras.
Contabilidade Pública
Art. 26 - A destinação de recursos para, direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou
déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei
específica, atender às condições estabelecidas na lei de
diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou
em seus créditos adicionais.
Destinação de Recursos Públicos 
para o Setor Privado
Contabilidade Pública
Restos a Pagar
Art. 42 - É vedado, nos últimos dois quadrimestres
do mandato, contrair obrigação de despesa que
não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenham parcelas a serem pagas no
exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa.
Contabilidade Pública
Preservação do Patrimônio Público
Art. 44 - É vedada a aplicação da receita de
capital derivada da alienação de bens e direitos
que integram o patrimônio público para o
financiamento de despesa corrente, salvo se
destinada por lei aos regimes de previdência
social, geral e próprio dos servidores públicos.
Contabilidade Pública
Transparência da Gestão Fiscal
Art. 48 - Instrumentos de transparência, aos quais será
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
acesso público: os planos, orçamentos e LDOs; as
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
A transparênciaserá assegurada também mediante
incentivo à participação popular e realização de
audiências públicas.
Contabilidade Pública
Transparência
• Ampla divulgação
• Observância das normas contábeis
• Publicação de relatórios:
Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Relatório de Gestão Fiscal (LRF)
Contabilidade Pública
Relatório de Gestão Fiscal (LRF)
Art. 54 - Emitido ao final de cada quadrimestre e será
assinado por:
I - Chefe do Poder Executivo;
II - Presidente e demais membros da Mesa do Poder
Legislativo;
III - Presidente do Tribunal e demais membros de
Conselho de Administração do Poder Judiciário;
IV - Chefe do Ministério Público.
O relatório também será assinado pelas autoridades
responsáveis pela administração financeira e pelo
controle interno.
Contabilidade Pública
Art. 55 - O relatório conterá:
I - comparativo com os limites:
a) despesa com o pessoal;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita.
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a
adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
Contabilidade Pública
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em 31
de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o
limite do saldo da disponibilidade de caixa;
3) não inscritas por falta de disponibilidade e cujos
empenhos foram cancelados.
Contabilidade Pública
Prestações de Contas (LRF)
Art. 56 - As contas prestadas pelos Chefes
do Poder Executivo, incluirão além das suas
próprias, as dos Presidentes dos Órgãos
dos Poderes Legislativos e Judiciário e do
Chefe do Ministério Público, as quais
receberão parecer prévio, separadamente,
do respectivo Tribunal de Contas.
Contabilidade Pública
Fiscalização da Gestão Fiscal (LRF)
Art. 59 - O Poder Legislativo, diretamente ou com o
auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de
controle interno de cada Poder e do Ministério
Público, fiscalizarão o cumprimento da LRF,
enfatizando:
I - atingimento das metas estabelecidas na LDO;
II - limites e condições para empréstimos e
inscrição em Restos a Pagar;
III - medidas adotadas para retorno da despesa
com o pessoal ao limite;
Contabilidade Pública
Fiscalização da Gestão Fiscal (LRF)
IV - providências tomadas para recondução da 
dívida ao limite.
V - destinação de recursos obtidos com a alienação 
de ativos, tendo em vista as restrições 
constitucionais e as desta Lei Complementar;
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos 
legislativos municipais, quando houver.
Contabilidade Pública
Normas Brasileiras de 
Contabilidade Aplicadas ao Setor 
Público - NBCASP
• maior transparência;
• aumento da comparabilidade;
• informações com mais qualidade;
Contabilidade Pública
VANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO DAS 
NORMAS
Metodologia de Construção
• redação e revisão das minutas;
• audiências públicas eletrônicas;
• Seminários Regionais;
• discussão com órgãos do setor público (STN, TCs);
• consolidação das contribuições;
• aprovação e publicação das Normas;
• discussão, socialização e aplicação.
Contabilidade Pública
• NBC T 16.1 - Conceituação, objeto e campo de aplicação 
• NBC T 16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis 
• NBCT 16.3 - Planejamento e seus Instrumentos sob o 
Enfoque Contábil 
• NBC T 16.4 - Transações no Setor Público 
• NBC T 16.5 - Registro Contábil 
• NBC T 16.6 - Demonstrações Contábeis 
• NBC T 16.7 - Consolidação das Demonstrações Contábeis 
• NBC T 16.8 - Controle Interno 
• NBC T 16.9 - Depreciação, Amortização e Exaustão 
• NBC T 16.10 - Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos 
em Entidades do Setor Público
Contabilidade Pública
NBC T 16.1 
Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação
Conceito: ramo da ciência contábil que aplica, no processo
gerador de informações, os PFCs e as normas contábeis
direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor
público. (art. 3)
Objetivo: fornecer informações sobre os resultados alcançados e
os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e
física do patrimônio da entidade do setor público e suas
mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a
adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a
instrumentalização do controle social (art. 4).
Objeto: Patrimônio Público (art. 5).
Contabilidade Pública
NBC T 16.1 
Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação
Entidades do Setor Público: qualquer pessoa física ou
jurídica, de direito público ou privado, com autonomia
patrimonial, sujeita a controle, quando realizar atividade que
tenha finalidade pública.
Contabilidade Pública
NBC T 16.1 
Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação
Entidades Abrangidas: devem observar as normas e as técnicas
próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público,
considerando-se o seguinte escopo:
a) integralmente, pelo menos, as entidades governamentais, 
inseridas nos orçamentos fiscal e de seguridade social; os 
serviços sociais e os conselhos profissionais;
b) parcialmente, no que couber, as demais entidades do setor
público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de
contas e instrumentalização do controle social. (art. 8).
Contabilidade Pública
NBC T 16.2 
Patrimônio e Sistemas Contábeis
Conceito de Patrimônio Público: conjunto de bens e direitos,
tangíveis e intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados,
produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pela entidade do setor
público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios,
presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos.
Sistema Contábil: estrutura de informações sobre identificação,
mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e
dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de
orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a
instrumentalização do controle social. (art. 10). Está estruturado nos
seguintes subsistemas de informações: Orçamentário; Financeiro;
Patrimonial; Custos; Compensação.
Contabilidade Pública
NBC T 16.2 
Patrimônio e Sistemas Contábeis
Integração entre sistemas: os subsistemas contábeis devem ser
integrados entre si e a outros subsistemas de informações, de
modo a subsidiar a administração pública sobre:
(a) desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão;
(b) avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de
trabalho com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à
efetividade;
(c) avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento;
(d) avaliação dos riscos e das contingências. (art. 13)
Contabilidade Pública
NBC T 16.3 
Planejamento e seus Instrumentos
sob o Enfoque Contábil
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve permitir a
integração dos planos hierarquicamente interligados,
comparando suas metas programadas com as realizadas, e
evidenciando as diferenças relevantes por meio de notas
explicativas. (art. 3)
Plano Hierarquicamente Interligado: conjunto de documentos
elaborados com a finalidade de materializar o planejamento através
de programas e ações, compreendendo desde o nível estratégico
até o nível operacional, bem como propiciar a avaliação e a
instrumentalização do controle.
Contabilidade Pública
NBC T 16.4 
Transações no Setor Público
Conceito de Transações no Setor Público: os atos e os fatos que
promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais,
no patrimônio das entidades do setor público,as quais são objeto de
registro contábil em estrita observância aos PFCs e às NBCs.
Natureza de Transações no Setor Público:
a) econômico-financeira - originadas de fatos que afetam o patrimônio
público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo
provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais;
b) administrativa - originadas de atos administrativos, com o objetivo de
dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as
atividades da entidade do setor público. (art. 3)
Contabilidade Pública
NBC T 16.4 
Transações no Setor Público
Conceito de Variações Patrimoniais: transações que promovem
alterações nos elementos patrimoniais da entidade, mesmo em caráter
compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. (art. 4)
Características de Variações Patrimoniais: 
- devem manter correlação com as respectivas contas patrimoniais. (art. 5)
- correlação é a vinculação entre as contas de resultado e as patrimoniais,
de forma a permitir a identificação dos efeitos nas contas patrimoniais
produzidos pela movimentação das contas de resultado. (art.6)
- classificam-se em quantitativas (aumentativas ou diminutivas) e 
qualitativas. (art.7)
Contabilidade Pública
NBC T 16.5 
Registro Contábil
Formalidades do Registro Contábil: a entidade do setor público
deve manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por
meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa
ordem cronológica, como suporte às informações. (art.3)
Características do Registro Contábil :
(a) Objetividade; (b) Confiabilidade; (c) Comparabilidade;
(d) Compreensibilidade; (e) Uniformidade; (f) Verificabilidade;
(g) Visibilidade; (h) Tempestividade; (i) Utilidade; (j) Imparcialidade;
(k) Fidedignidade; (l) Representatividade e (m) Integridade.
Contabilidade Pública
NBC T 16.5 
Registro Contábil
Reconhecimento e Bases de Mensuração ou Avaliação
- o patrimônio das entidades do setor público, o orçamento e sua
execução e os atos administrativos que provoquem efeitos de
caráter econômico e financeiro no patrimônio devem ser
mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela
contabilidade. (art.17)
- as transações no setor público devem ser reconhecidas e
registradas integralmente no momento em que ocorrerem. (art.
18)
- os registros da entidade, desde que estimáveis tecnicamente,
devem ser efetuados, mesmo na hipótese de existir razoável
certeza de sua ocorrência. (art. 19)
Contabilidade Pública
NBC T 16.5 
Registro Contábil
Reconhecimento e Bases de Mensuração ou Avaliação
- os registros devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados
nas demonstrações do período com os quais se relacionam,
reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores,
independentemente do momento da execução orçamentária. (art.
20)
- os registros das transações das entidades devem ser efetuados
considerando as relações jurídicas, econômicas e patrimoniais,
prevalecendo nos conflitos a essência sobre a forma. (art. 21)
- a entidade deve aplicar métodos de mensuração ou avaliação
dos ativos e passivos que possibilitem o reconhecimento dos
ganhos e das perdas patrimoniais. (art. 22)
Contabilidade Pública
NBC T 16.5 
Registro Contábil
Reconhecimento e Bases de Mensuração ou Avaliação
- o reconhecimento de ajustes decorrentes de omissões e erros de
registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanças de critérios
contábeis deve ser realizado à conta do patrimônio líquido e
evidenciado em notas explicativas. (art. 23)
- na ausência de norma contábil específica, o profissional da
contabilidade deve utilizar, subsidiariamente, normas nacionais e
internacionais que tratem de temas similares, evidenciando o
procedimento e os impactos em notas explicativas. (art. 24)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da
Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:
(a) Balanço Patrimonial;
(b) Balanço Orçamentário;
(c) Balanço Financeiro;
(d) Demonstração das Variações Patrimoniais;
(e) Demonstração do Fluxo de Caixa;
(f) Demonstração do Resultado Econômico. (facultativa, 
portaria 749/2009)
(g) Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido 
(obrigatória para as empresas estatais, portaria 749/2009).
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Principais inovações:
- ser acompanhadas por anexos, outros demonstrativos exigidos 
por lei e pelas notas explicativas. (art.4)
- apresentar informações extraídas dos registros e documentos
que integram o sistema contábil da entidade. (art.5)
- conter a identificação da entidade do setor público, da autoridade 
responsável e do contabilista. (art. 6)
- ser divulgadas com a apresentação dos valores correspondentes 
ao período anterior. (art. 7)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Principais inovações:
- agrupamento de contas semelhantes. (art.8) 
- podem apresentar os valores monetários em unidades de milhar
ou em unidades de milhão. (art. 9)
- a divulgação das demonstrações contábeis e de suas versões
simplificadas é o ato de disponibilizá-las para a sociedade. (art.
11)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Balanço Patrimonial: classificação em circulante e não-
circulante
(a) Ativo: disponibilidades, bens e os direitos, tangíveis e
intangíveis, adquiridos, que sejam portadores ou representem um
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerentes à prestação de
serviços públicos;
(b) Passivo: obrigações assumidas para consecução dos serviços
ou mantidas na condição de fiel depositário, bem como
contingências e provisões;
(c) Patrimônio Líquido: diferença entre o Ativo e o Passivo;
d) Contas de Compensação: atos que possam afetar o
patrimônio. (arts. 12 a 19)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Balanço Orçamentário: receitas por fontes e despesas por grupo
de natureza e será acompanhado do anexo das despesas por
função e subfunção e, opcionalmente, por programa. (arts. 20 e
21)
Balanço Financeiro: (a) receitas realizadas por destinação; (b)
despesas executadas por destinação de recurso e o montante não
pago como parcela retificadora; (c) os recebimentos e os
pagamentos extra-orçamentários; (d) as interferências ativas e
passivas decorrentes ou não da execução orçamentária; (e) o
saldo inicial e o saldo final das disponibilidades. (art. 23)
•Obs.: A destinação de recursos discriminará, no mínimo, a
vinculação nas áreas de saúde, educação, assistência e
previdência social e segurança. (art. 24)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Demonstração das Variações Patrimoniais: evidencia as
variações quantitativas e qualitativas resultantes e as
independentes da execução orçamentária, bem como o resultado
patrimonial. (art. 25)
As variações devem ser agrupadas em ativas e passivas com a
seguinte discriminação:
(a) variações orçamentárias por categoria econômica;
(b) mutações e variações independentes da execução 
orçamentária em grau de detalhamento compatível com a 
estrutura do Plano de Contas. (art. 28)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Demonstração do Fluxo de Caixa: projetar cenários de fluxos
futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em
torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos
serviços públicos. (art. 30)
A DFC elaborada pelo método direto ou indireto evidencia as
movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos
seguintes fluxos:
(a) das operações;
(b) dos investimentos; e
(c) dos financiamentos. (art.31)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Demonstração do Resultado Econômico: evidencia o resultado
econômico de ações do setor público e deve ser elaborada
considerando sua interligação com o sistema de custos e
apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte estrutura:
a) receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou 
produtos fornecidos;
b) custos e despesas identificados com a execução da ação 
pública; e
c) resultado econômico apurado. (arts. 35 e 36)
Contabilidade Pública
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
Notas Explicativas: incluem os critérios utilizados na elaboração
das demonstrações contábeis, das informações de naturezas
patrimonial, orçamentária, econômica, financeira, legal, física,
social e de desempenho e outros eventos não suficientemente
evidenciados ou não-constantes nas referidas demonstrações.
(art. 41)
Contabilidade Pública
NBC T 16.7 – Consolidação das
Demonstrações Contábeis
Procedimentos para Consoilidação:
- no processo de consolidação devem ser consideradas as
relações de dependência entre as entidades do setor público; (art.
4)
- as demonstrações consolidadas devem abranger as transações
contábeis de todas as unidades contábeis incluídas na
consolidação; (art. 5)
- os ajustes e as eliminações decorrentes do processo de
consolidação devem ser realizados em documentos auxiliares;
(art. 6)
- as demonstrações contábeis, para fins de consolidação, devem
ser levantadas na mesma data; (art. 7)
Contabilidade Pública
NBC T 16.8 - Controle Interno
Conceito: sob o enfoque contábil, compreende o conjunto de
recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela
entidade do setor público, com a finalidade de:
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos
componentes patrimoniais;
(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato
correspondente;
(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;
(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;
(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da
entidade;
(f) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e
antieconômicas, erros, fraudes, malversação, abusos, desvios e
outras inadequações. (art. 2)
Contabilidade Pública
NBC T 16.8 - Controle Interno
Classificação:
(a) operacional: relacionado às ações que propiciam o
alcance dos objetivos da entidade;
(b) contábil: relacionado à veracidade e à fidedignidade dos 
registros e das demonstrações contábeis;
(c) normativo: relacionado à observância da regulamentação
pertinente. (art.4)
Obs.: Estrutura de controle interno compreende: ambiente de
controle; mapeamento e avaliação de riscos; procedimentos de
controle; informação e comunicação; e monitoramento. (art. 5)
Contabilidade Pública
NBC T 16.9 
Depreciação, Amortização e Exaustão
Critérios de Mensuração e Reconhecimento: para o registro
da depreciação, amortização e exaustão devem ser
observados os seguintes aspectos:
(a) obrigatoriedade do seu reconhecimento;
(b) valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado
como decréscimo patrimonial, e, no balanço, representada em
conta redutora do respectivo ativo;
(c) circunstâncias que podem influenciar seu registro. (art. 3)
Contabilidade Pública
NBC T 16.10 
Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos
em Entidades do Setor Público
Principais critérios de avaliação e mensuração para:
• Disponibilidades;
• Créditos e dívidas;
• Estoques;
• Investimentos permanentes;
• Imobilizado;
• Intangível;
• Diferido.
Contabilidade Pública
NBC T 16.10 
Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos
em Entidades do Setor Público
• Reavaliação: adoção do valor de mercado ou de consenso
entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior
ao valor contábil.
• Redução ao valor recuperável : o ajuste ao valor de mercado
ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando
esse for inferior ao valor contábil.
Contabilidade Pública
RECEITA PÚBLICA
CONCEITO – NORMA INTERNACIONAL
• Fluxo de entradas de benefícios econômicos ou potencial de
serviço;
• durante um exercício financeiro;
• aumento na situação líquida patrimonial; e
• exceção dos aportes dos proprietários (aumento de capital).
CONCEITO DE RECEITA PÚBLICA (Aspecto Legal)
• Ingressos nos cofres públicos;
• para atendimento à coletividade;
• não sujeita à devolução;
• exceção: operações de créditos; e
• produz acréscimos ao patrimônio ou não.
Contabilidade Pública
RECEITA PATRIMONIAL
“aumento nos benefícios econômicos sob a forma de entrada de
recursos, aumento de ativos ou diminuição de passivos que
resultem em uma variação positiva da Situação Patrimonial
Líquida de uma Entidade no decorrer de um período contábil e
que não decorram de aporte dos proprietários.”
(Res. CFC 1.121/2008)
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
“ingressos para cobertura de despesas públicas, em qualquer
esfera governamental, no decorrer de um exercício determinado.”
Contabilidade Pública
RECEITA SOB O 
ENFOQUE PATRIMONIAL
RECEITA SOB O 
ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO
FATO GERADOR
(Regime de Competência)
INGRESSO
(Regime Financeiro)
Contabilidade Pública
ENFOQUES PATRIMONIAL x ORÇAMENTÁRIO
EVENTO
RECEITA 
PATRIMONIAL
RECEITA
ORÇAMENTÁRIA
1. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À 
VISTA
2. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A 
PRAZO
3. ALIENAÇÃO DE ATIVO 
IMOBILIZADO
4. LANÇAMENTO DE TRIBUTOS
5. ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS
X X
X
X
X
X
-
-
-
-
Contabilidade Pública
REGIME ORÇAMENTÁRIO
“Art. 35 – Pertencem ao exercício financeiro
I - as receitas nele arrecadadas”
(Lei 4.320/1964)
REGIME CONTÁBIL
“Princípio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.”
(Art. 9º da Resolução CFC 750/1993)
“A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o
regime de competência.”
(Art. 50, inciso II, da Lei Complementar 101/2000)
Contabilidade Pública
Classificação, segundo a Lei 4.320/64:
• Orçamentária
• Extra-orçamentária
Correntes
Capital
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
QUANTO A NATUREZA
ORÇAMENTÁRIA
EXTRAORÇAMENTÁRIA
QUANTO A CATEGORIA ECONÔMICA
CORRENTES
CAPITAL
QUANTO A CONSTÂNCIA/REGULARIDADE
ORDINÁRIA
EXTRAORDINÁRIA
QUANTO A OBRIGATORIEDADE/COERCITIVIDADE
ORIGINÁRIA
DERIVADA
QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO LÍQUIDA 
PATRIMONIAL ( AFETAÇÃO PATRIMONIAL)
EFETIVA
NÃO EFETIVA
CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
CONTABILIZADA PELO REGIME 
DE CAIXA
TODOS OS RECEBIMENTOS
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
•RECURSOS PERTENCENTES 
AO ESTADO
•PREVISÍVEIS OU NÃO NA 
LOA
•FONTE DE RECURSOS PARA 
FINANCIAMENTO DA 
DESPESA PÚBLICA 
RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
• RECURSOS NÃO 
PERTENCENTES AO ESTADO 
• DE TERCEIROS 
• TRANSITÓRIAS
• OUTRAS OPERAÇÕES NÃO 
ORÇAMENTÁRIAS 
1.Receitas correntes
1.1 Receita tributária
1.1.1 Impostos
1.1.2 Taxas.
1.1.3 Contribuições de melhoria
1.2 Receita de contribuições, ex.: CPMF
1.3 Receita patrimonial.
1.4 Receita agropecuária.
1.5 Receita industrial.
1.6 Receita de serviços.
1.7 Transferências correntes, referentes a recursos 
recebidos de outros órgãos e entidades de direito 
público ou privado.
1.8 Outras receitas correntes, multas e juros, 
indenizações, receita da dívida ativa, aplicações 
financeiras, diversas, entre outras.
2 Receitas de capital
2.1 Operações decrédito.
2.2 Alienação de bens móveis e 
imóveis.
2.3 Amortização de empréstimos.
2.4 Transferências de capital. 
2.5 Outras receitas de capital.
Contabilidade Pública
PREVISÃO
EXECUÇÃO
LANÇAMENTO
Direto / De Ofício 
(IPVA / IPTU)
Misto / Por Declaração 
(IR / ITR)
Por Homologação 
(IPI / ICMS)
ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO
CONTROLE E AVALIAÇÃO
Contabilidade Pública
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
Contabilidade Pública
Planejamento
Previsão
Compreende a previsão de arrecadação da
receita orçamentária constante da Lei
Orçamentária Anual – LOA, resultante de
metodologias de projeção usualmente adotadas,
observada as disposições constantes na Lei de
Responsabilidade Fiscal – LRF.
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
Execução
A Lei nº 4.320/1964 estabelece como estágios da
execução da receita orçamentária o lançamento, a
arrecadação e o recolhimento.
Lançamento
Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142,
lançamento é o procedimento administrativo
tendente a verificar: a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
Arrecadação
Representa o momento em que o
contribuinte liquida suas obrigações para
com o Estado junto aos agentes
arrecadadores (bancos e funcionários
fazendários).
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
Recolhimento
É o ato pelo qual os agentes
arrecadadores entregam diretamente ao
Tesouro Público o produto da
arrecadação.
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
Controle e Avaliação
Compreende a fiscalização realizada
pela própria administração, pelos órgãos
de controle e pela sociedade
Contabilidade PúblicaContabilidade Pública
PREVISÃO
LANÇAMENTO
ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO
CAIXAS BANCOS
METODOLOGIA
UNIDADE DE
CAIXA
CLASSIFICAÇÃO
Contabilidade Pública
ETAPAS DA RECEITA PÚBLICA
ALÍNEA
Imp. S/ Renda e Prov. Qualquer Natureza
SUBALÍNEA
Pessoas Físicas
RUBRICA
Imposto Sobre Patrimônio Renda
ESPÉCIE
Impostos
ORIGEM
Receita Tributária
CATEGORIA ECONÔMICA
Receita Corrente
2 1004111
Contabilidade Pública
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
“Art. 8º – Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a
finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso
daquele em que ocorrer o ingresso.”
“Art. 50 – Além de obedecer às demais normas de contabilidade
pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo
que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória
fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;”
(Lei Complementar 101/2000) 
OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO
• EVIDENCIAÇÃO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DAS DESPESAS
• EVIDENCIAÇÃO DE VINCULAÇÕES
• TRANSPARÊNCIA NO GASTO PÚBLICO
Contabilidade Pública
DESPESA PÚBLICA
Financeira: desembolso de recursos voltados
para o custeio da máquina pública, bem como
para investimentos públicos, que são
denominados gastos de capital;
Econômica: gasto ou promessa de gasto de
recursos em função da realização de serviços
que visam atender às finalidades
constitucionais do Estado.
Contabilidade Pública
1- Conceito
É o fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento
da entidade, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial.
A despesa orçamentária pode ser classificada:
2 -Classificação:
2.1 Quanto às entidades destinatárias do orçamento:
a) Despesa Orçamentária Pública – aquela executada por entidade
pública e que depende de autorização legislativa para sua realização,
por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais,
pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.
b) Despesa Orçamentária Privada – aquela executada por entidade
privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato
de conselho superior ou outros procedimentos internos para sua
consecução.
Contabilidade Pública
2.2 Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial:
a) Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no
momento da sua realização, reduz a situação líquida
patrimonial da entidade. Constitui fato contábil
modificativo diminutivo.
b) Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no
momento da sua realização, não reduz a situação
líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil
permutativo. Neste caso, além da despesa
orçamentária, registra-se concomitantemente conta
de variação ativa para anular o efeito dessa despesa
sobre o patrimônio líquido da entidade.
Contabilidade Pública
Despesa sob o enfoque patrimonial 
≠ 
Despesa Orçamentária
Despesa sob o ---- FATO GERADOR
enfoque patrimonial (Regime Competência)
Despesa Orçamentária ---- DISPÊNDIO
(Regime Financeiro)
Contabilidade Pública
ESTRUTURA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
1. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
2. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
3. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
4. NATUREZA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Contabilidade Pública
01
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil
2
TIPO ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e 
Agência
9 - Fundo
25
ORGÃO
Ministério da Fazenda
UO
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
Contabilidade Pública
0044
AÇÃO (Projeto, Atividade e Operação Especial)
Funcionamento da Educação Profissional
LOCALIZADOR DO GASTO
No Estado de Mato Grosso
00XX2992
PROGRAMA
Desenvolvimento da Educação Profissional 
363
SUBFUNÇÃO
Ensino Profissional
12
FUNÇÃO
Educação PT
Contabilidade Pública 
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL PROGRAMÁTICA
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo
061 – Ação Judiciária
062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
091 – Defesa da Ordem Jurídica
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral
123 – Administração Financeira
124 – Controle Interno
125 – Normalização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
131 – Comunicação Social
151 – Defesa Aérea
152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
211 – Relações Diplomáticas
212 – Cooperação Internacional
241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária
305 – Vigilância Epidemiológica
306 – Alimentação e Nutrição
331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 – Relações de Trabalho
333 – Empregabilidade
334 – Fomento ao Trabalho
361 – Ensino Fundamental
01 – Legislativa 
02 – Judiciária 
03 - Essencial à Justiça 
04 – Administração 
05 - Defesa Nacional 
06 - Segurança Pública 
07 – Relações Exteriores 
08 – Assistência Social 
09 – Previdência Social 
10 – Saúde 
11 – Trabalho 
12 – Educação 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
PROGRAMA
Instrumento de organização da Ação
Governamental que articula um conjunto de
iniciativaspúblicas e privadas - projetos,
atividades, financiamentos, incentivos fiscais,
normas etc. - e que visam à solução de um
problema ou ao atendimento de demanda da
Sociedade, sendo mensurado por indicadores,
metas regionalizadas e custos estabelecidos no
PPA.
Contabilidade Pública
Instrumento de organização da Ação Governamental
Cada programa identifica as AÇÕES necessárias para atingir os
seus OBJETIVOS, sob forma de PROJETOS, ATIVIDADES e
OPERAÇÕES ESPECIAIS, especificando os respectivos
VALORES e METAS
Programa
Ações
Projetos Atividades Operações Especiais
Valores 
Metas 
O QUE É PROGRAMA?
Contabilidade Pública
PROJETO
Conjunto de operações limitadas no tempo, com as 
seguintes características:
tem como resultado um produto que concorre para a expansão
ou aperfeiçoamento da ação do governo, que pode ser
medido, física e financeiramente;
é limitado no tempo;
é parte do desdobramento de um programa de governo;
geralmente dá origem a uma atividade ou concorre para
expansão e/ou aperfeiçoamento de atividades existentes.
Contabilidade Pública
ATIVIDADE
Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo 
e permanente, com as seguintes características :
tem como resultado um produto necessário à manutenção
da ação de governo, que normalmente pode ser medido
quantitativamente e qualitativamente;
é permanente e contínua no tempo;
visa a manutenção dos serviços públicos ou administrativos
já existentes, ou colocados à disposição da comunidade.
Contabilidade Pública
OPERAÇÕES ESPECIAIS
Ações que não contribuem para a manutenção das ações de 
governo, das quais não resulta um produto e não geram 
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
Representam, basicamente, o detalhamento da função 
“Encargos Especiais”.
Ex.: amortizações e encargos, aquisição de títulos, 
pagamento de sentenças judiciais, fundos de participação, 
operações de financiamento, ressarcimentos de toda a 
ordem, indenizações, pagamento de inativos, participações 
acionárias, contribuição a organismos nacionais e 
internacionais, compensações financeiras.
Contabilidade Pública
NATUREZA DA DESPESA
Composta pela Categoria econômica, Grupo de
natureza de despesa e Elemento de Despesa.
É complementada pela informação gerencial
denominada “Modalidade de Aplicação”.
Contabilidade Pública
Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir para
formação ou aquisição de um bem de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
DESPESA CORRENTE Não contribui 
para formação ou 
aquisição bem de 
capital
Pode provocar registro em 
ATIVOS ou PASSIVOS 
CIRCULANTES.
DESPESA DE CAPITAL Contribui para 
formação ou 
aquisição de bem 
de capital
Provoca, em geral, 
registro no ATIVO ou no 
PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE.
Contabilidade Pública
GRUPO DA NATUREZA DA DESPESA
Identifica de forma sintética o objeto de gasto.
Agrega os elementos de despesa de mesma natureza.
GRUPO DE DESPESA
1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
7 RESERVA DO RPPS
9 RESERVA DE CONTINGÊNCIA
Contabilidade Pública
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Indica se a execução orçamentária será
efetuada por unidade no âmbito da
mesma esfera de governo, se por outro
ente da federação, se por outra entidade
privada ou estrangeira. Também
evidencia a dupla contagem das
execuções orçamentárias, possibilitando
a sua eliminação.
Contabilidade Pública
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS 
LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS 
LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE 
ÓRGÃOS, FUNDOS E ENTIDADES INTEGRANTES DOS 
ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
99 A DEFINIR
Contabilidade Pública
ELEMENTO DA DESPESA
Identifica os objetos de gastos, o que vai ser adquirido para
consecução dos programas.
Elemento 51- Obras e Instalações: compreende todo o gasto
necessário anterior a realização da obra e os gastos propriamente
ditos de construção.
Elemento 92 - Despesas de Exercícios Anteriores: despesas de
exercícios anteriores que foram reconhecidas em exercício posterior,
sem restos a pagar para suportar seu pagamento.
DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA:
cada ente poderá detalhar os elementos de despesa conforme a
necessidade de informação mais analítica, isto é sub-elemento da
despesa
Contabilidade Pública
ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
A despesa orçamentária passa por três
momentos:
planejamento,
execução e
controle e avaliação.
Contabilidade Pública
PLANEJAMENTO
O planejamento é o momento preliminar.
Abrange a fixação da despesa orçamentária, a
movimentação dos créditos, a programação
orçamentária e financeira e o processo de
licitação
a) Fixação
Compreende a adoção para a distribuição dos
recursos disponíveis, observando as diretrizes e
prioridades do governo, em consonância com o
PPA e a LDO
Contabilidade Pública
b) Descentralização de Créditos Orçamentários
Ocorrem quando for efetuada movimentação de
parte do orçamento para que outras unidades
administrativas possam executar a despesa
c) Programação Orçamentária e Financeira
Consiste na compatibilização do fluxo dos
recebimentos em relação com o fluxo dos
pagamentos, visando o ajuste da despesa fixada
às novas projeções da arrecadação
Contabilidade Pública
d) Licitação
Procedimento administrativo com o objetivo de
adquirir bens, realizar investimentos e contratar
serviços. A Lei 8.666/93 estabelece as normas
gerais sobre licitações e contratos
administrativos. As modalidades são: Convite,
Tomada de Preços, Concorrência, Concurso e
Pregão.
Dispensa (pequeno valor, calamidade, licitação
deserta, imóvel para o serviço público, OS, etc)
Inexigibilidade (representante exclusivo, serviços
técnicos especializados, profissional do setor artistico,
etc.)
Contabilidade Pública
EXECUÇÃO
O momento da execução é composto pelos três estágios da
despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento.
1 - EMPENHO
É uma reserva orçamentária para determinado gasto. Cria
para o Estado uma obrigação de pagamento. Aqui temos
que entender que não é uma obrigação de natureza
contábil. A obrigação que o empenho cria não é absoluta,
não é eficaz, não é líquida e certa. É uma obrigação do
ponto de vista de caixa, tem a finalidade de diminuir o
superávit financeiro para não inviabilizar o pagamento
quando as condições forem totalmente realizadas. É um
mecanismo de impedir obrigação sem disponibilidade de
caixa.
Contabilidade Pública
Tipos de Empenho
Ordinário: utilizado para despesas cujo pagamento
ocorra em uma única vez, não pode apresentar valor
residual.
Estimativo: utilizado para as despesas cujo o montante
não se pode determinar previamente, tais como as tarifas,
combustíveis entre outros.
Global: utilizado para as despesas contratuais, que estão
sujeitas a parcelamento.
Contabilidade Pública
2 - LIQUIDAÇÃO
A liquidação consiste na verificação da prestação do
serviço e da entrega dos bens, bem como do credor e do
valor a ser pago. Só pode ser efetuada após o empenho.
3- PAGAMENTO
O pagamento é a entrega de numerário ao credor e
somente pode ser efetuado após a liquidação.
Contabilidade Pública
CONTROLE E AVALIAÇÃO
Visa avaliar osobjetivos da ação governamental
e da aplicação correto dos recursos públicos,
através da fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial.
Realizada pelos órgãos de controle e pela
sociedade.
Contabilidade Pública
Controle e Avaliação
AVALIAÇÃO 
E 
CONTROLE
COMPROVAR A 
LEGALIDADE E 
AVALIAR 
RESULTADOS
CUMPRIMENTO 
DE METAS
EXECUÇÃO DE 
PROGRAMAS DE 
GOVERNO
Contabilidade Pública
RECONHECIMENTO DA DESPESA 
ORÇAMENTÁRIA
EM QUE MOMENTO A DESPESA ORÇAMENTÁRIA
COMEÇA A
EXISTIR?
O regime de reconhecimento da despesa
orçamentária segue o princípio da anualidade do
orçamento. A despesa orçamentária deve pertencer ao
exercício da emissão do empenho.
Contabilidade Pública
DESPESA SOB O ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO
PROGRAMAÇÃO
LICITAÇÃO
EMPENHO
LIQUIDAÇÃO
PAGAMENTO
DE ACORDO COM A 
DOUTRINA CONTÁBIL
DE ACORDO COM A 
LEI 4.320/64
Contabilidade Pública
DEMOSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS DO SETOR 
PÚBLICO
Finalidade das demonstrações contábeis
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL FINALIDADE
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
ECONÔMICO
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
EVIDENCIAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E 
DO SALDO PATRIMONIAL
AVALIAÇÃO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 
CONFRONTANDO AS RECEITAS PREVISTAS E 
DESPESAS FIXADAS COM AS REALIZADAS.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO E COMPOSIÇÃO DO 
MESMO
FOCO GERENCIAL – EFICIÊNCIA DA GESTÃO 
PÚBLICA
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES 
PATRIMONIAIS
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS E 
QUALITATIVAS NO PATRIMÔNIO, INDICANDO O 
RESULTADO PATRIMONIAL
BALANÇO FINANCEIRO
INGRESSOS E DISPÊNDIOS ORÇAMENT. E 
EXTRAORÇ., ALÉM DOS SALDOS DE DISPON. 
DOS PERÍODOS ANTERIORES E SEGUINTE
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE 
CAIXA
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Contabilidade Pública
Patrimônio Público
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, 
onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou 
utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente 
um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços 
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas 
obrigações.
Classificação do Patrimônio Público
O patrimônio público é estruturado em três grupos:
Ativo – compreende os direitos e os bens, tangíveis ou intangíveis 
adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelo 
setor público, que represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro.
Passivo – compreende as obrigações assumidas pelas entidades do setor 
público ou mantidas na condição de fiel depositário, bem como as 
contingências e as provisões.
Contabilidade Pública
Patrimônio Líquido – representa a diferença entre o Ativo e o 
Passivo.
A classificação dos elementos patrimoniais considera a 
segregação em circulante” e “não circulante”, com base em seus 
atributos de conversibilidade e exigibilidade.
Os ativos devem ser classificados como circulante quando 
satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• estarem disponíveis para realização imediata;
• tiverem a expectativa de realização até o término do exercício 
seguinte.
• Os demais ativos devem ser classificados como não circulante.
Contabilidade Pública
Demonstrações Contábeis
a) Balanço Patrimonial;
b) Balanço Orçamentário;
c) Balanço Financeiro;
d) Demonstração das Variações Patrimoniais;
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa;
f) Demonstração do Resultado Econômico.
Para efeito da referida norma, as demonstrações contábeis:
a) devem ser acompanhadas por anexos, por outros demonstrativos 
exigidos por lei e pelas notas explicativas.
b) devem apresentar informações extraídas dos registros e dos 
documentos que integram o sistema contábil da entidade.
c) devem conter a identificação da entidade do setor público, da 
autoridade responsável e do contabilista.
Contabilidade Pública
Divulgação das Demonstrações Contábeis
A divulgação das demonstrações contábeis e de suas versões 
simplificadas é o ato de disponibilizá-las para a sociedade e 
compreende, entre outras, as seguintes formas:
a) publicação na imprensa oficial em qualquer das suas modalidades;
b) remessa aos órgãos de controle interno e externo, a associações e a 
conselhos representativos; 
c) a disponibilização das Demonstrações Contábeis para acesso da 
sociedade em local e prazos indicados;
d) disponibilização em meios de comunicação eletrônicos de acesso 
público.
Contabilidade Pública
.Notas Explicativas
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações 
contábeis e suas informações devem ser relevantes, 
complementares ou suplementares àquelas não suficientemente 
evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis, 
devendo incluir:
a) os critérios utilizados na elaboração das demonstrações 
contábeis;
b) as informações de naturezas patrimonial, orçamentária, 
econômica, financeira, legal, física, social e de desempenho e;
c) outros eventos não suficientemente evidenciados ou não 
constantes nas referidas demonstrações.
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO 
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
O Balanço Orçamentário detalha as 
despesas executadas por tipos de créditos 
(inicial, suplementar, especial e 
extraordinário). Informado, ainda, o 
montante da movimentação financeira 
(transferências financeiras recebidas e 
concedidas) relacionadas à execução do 
orçamento do exercício
Contabilidade Pública
134
<ENTE DA FEDERAÇÃO>
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
EXERCÍCIO: MÊS EMISSÃO: PÁGINA:
PREVISÃO PREVISÃO RECEITAS SALDO
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS INICIAL ATUALIZADA REALIZADAS
(a) (b) (a-b)
RECEITAS CORRENTES
RECEITA TRIBUTÁRIA
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITA AGROPECUÁRIA
RECEITA INDUSTRIAL
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
SUBTOTAL DAS RECEITAS (I)
REFINANCIAMENTO (II)
Operações de Crédito Internas
Mobiliária
Contratual
Operações de Crédito Externas
Mobiliária
Contratual
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO
(III) = (I + II)
DÉFICIT (IV) –
TOTAL (V) = (III + IV) –
SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
(UTILIZADOS PARA CRÉDITOS
ADICIONAIS)
Superávit Financeiro
– –
135
DOTAÇÃ
O 
INICIAL
CRÉDITOS 
ADICIONAI
S
DOTAÇÃO 
ATUALIZAD
A
DESPESAS
EMPENHADAS
DESPESAS
LIQUIDADAS
INSCRIÇÃO 
EM RP NÃO 
PROCESSADO
S
SALDO DA 
DOTAÇÃO
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
(d) (e) (f)=(d+e) (g) (h) (i)=(g--h) (j)=(f-g)
DESPESAS CORRENTES
PESSOAL E ENCARGOS
SOCIAIS
JUROS E ENCARGOS DA
DÍVIDA
OUTRAS DESPESAS
CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
INVERSÕES FINANCEIRAS
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
RESERVA DE CONTINGÊNCIA
RESERVA DO RPPS
SUBTOTAL DAS DESPESAS (VI)
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA/
REFINANCIAMENTO (VII)
Amortização da Dívida Interna
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
Amortização da Dívida Externa
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
SUBTOTAL COM
REFINANCIAMENTO (VIII) = (VI +
VII)
SUPERÁVIT (IX) - – -
TOTAL (X) = (VII + IX)
Balanço Orçamentário – nova estrutura
Definições Básicas
Previsão Inicial: Identifica os valores da previsão inicial das 
receitas, constantes na Lei Orçamentária Anual - LOA. As 
atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas até a data da 
publicação da LOA, deverão compor a coluna, sendo mencionadas 
em notas explicativasPrevisão Atualizada: Previsão Inicial: Identifica os valores da 
previsão atualizada das receitas para o exercício de referência, que 
deverão refletir a parcela da reestimativa da receita utilizada para 
abertura de créditos adicionais, seja mediante excesso de 
arrecadação ou mediante operações de crédito, as novas naturezas 
de receita não previstas na LOA e o remanejamento entre naturezas 
de receita. Se não ocorrer nenhum dos eventos mencionados, a 
coluna da previsão atualizada deverá identificar os mesmos valores 
da coluna previsão inicial. 
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Receitas Realizadas: Identifica as receitas realizadas no 
período. Consideram-se realizadas as receitas arrecadadas 
diretamente pelo órgão, ou por meio de outras instituições.
Dotação Inicial: Identifica o valor dos créditos iniciais constantes 
da Lei Orçamentária Anual
Créditos Adicionais: Identifica os créditos adicionais abertos e 
ou reabertos durante o exercício, deduzidas as 
anulações/cancelamentos correspondentes
Dotação Atualizada: Identifica o valor da dotação inicial mais os 
créditos adicionais abertos ou reabertos durante o exercício, 
deduzidas as anulações/cancelamentos correspondentes. 
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Despesas Empenhadas: Identifica os valores das despesas 
empenhadas acumuladas até o encerramento do exercício. O 
empenho de despesa é o ato emanado de autoridade 
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento 
pendente ou não de implemento de condição. Corresponde à 
primeira fase da execução da despesa
Despesas Liquidadas: Identifica os valores das despesas 
liquidadas até o encerramento do exercício. Deverão ser 
consideradas, inclusive, as despesas que já foram pagas
Restos a Pagar: Consideram-se Restos a Pagar as despesas 
empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro 
distinguindo-se as processadas das não processadas
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Saldos de exercícios anteriores: Identifica o valor de recursos 
provenientes de superávit financeiro de exercícios anteriores, do 
Balanço Patrimonial do exercício anterior e os valores referentes 
aos créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício anterior, reabertos no exercício 
corrente. 
Superávit Financeiro: O superávit financeiro do exercício 
anterior, identificado no Balanço Patrimonial do ente, e que serviu 
de fonte de financiamento de abertura e reabertura de créditos 
adicionais no exercício atual, deve ter seu valor identificado 
nessa linha, no montante equivalente aos créditos autorizados e 
executados
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário
A análise e a verificação do Balanço Orçamentário tem 
como fator predominante preparar os indicadores que 
servirão de suporte para a avaliação da gestão 
orçamentária
Uma das principais análises consiste em relacionar a coluna 
de Previsão Inicial com a coluna de Dotação Inicial; e as 
colunas da Previsão Atualizada e Receita Realizada, com 
as colunas da Dotação Atualizada e Despesa Executada
O superávit orçamentário é representado pela diferença a 
maior entre a execução da Receita e da Despesa e deverá 
ser adicionada à coluna de Execução da Despesa para 
igualar com a Execução da Receita
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário
O déficit orçamentário é representado pela 
diferença a menor entre a execução da 
Receita e da Despesa e deverá ser adicionada 
à coluna da Execução da Receita para igualar 
com o total da Execução da Despesa .
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário (Indicadores de Resultado)
Resultado Orçamentário:
EXECUÇÃO
RECEITA X DESPESA
R > D Superávit Orçamentário
R = D Equilíbrio Orçamentário
R < D Déficit Orçamentário
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário (Indicadores de Resultado)
Resultado da Receita:
Previsão Atualizada
X Realização
R > P Excesso
R = P Equilíbrio
R < P Insuficiência
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário (Indicadores de Resultado)
Resultado da Despesa:
Dotação Atualizada
X Execução
D > E Economia
D = E Equilíbrio
D < E Inconsistência
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Orçamentário (Indicadores de Resultado)
Resultado de Previsão:
Previsão Atualizada
X Dotação Atualizada
Pa > Da Superávit
Pa = Da Equilíbrio
Pa < Da Déficit
Contabilidade Pública
Avaliação da Gestão Orçamentária
A avaliação da execução do orçamento público é 
extremamente importante para a formulação de 
opinião acerca da condução da política fiscal. 
Deve-se determinar também de que forma o equilíbrio 
ou desequilíbrio fiscal é impactado pelo nível e 
eficiência da arrecadação e pela execução de 
despesas públicas de pessoal, custeio, investimentos 
e de encargos da dívida pública.
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO 
BALANÇO FINANCEIRO
O Balanço Financeiro
e. O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das 
entidades do setor público no período a que se refere, e discrimina:
– a receita orçamentária realizada por destinação de recurso;
– a despesa orçamentária executada por destinação de recurso;
– os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários; 
– as transferências ativas e passivas decorrentes, ou não, da execução 
orçamentária; e 
– o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades.
f. Deverão ser apresentadas as vinculações nas áreas de saúde, 
educação, previdência social e outras vinculações legais, 
Contabilidade Pública
Estrutura do Balanço Financeiro
O Balanço Financeiro será complementado por 
nota explicativa detalhando as despesas 
executadas por tipos de créditos (inicial, 
suplementar, especial e extraordinário). Será 
informado, ainda, o montante da 
movimentação financeira (transferências 
financeiras recebidas e concedidas) 
relacionadas à execução do orçamento do 
exercício
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Financeiro
A análise e a verificação do Balanço Financeiro tem como 
objetivo predominante preparar os indicadores que servirão de 
suporte para a avaliação da gestão financeira .
As informações sobre o fluxo de recursos das disponibilidades 
são úteis para que os gestores possam tomar decisões que irão 
influenciar o fluxo de caixa da entidade. Possibilita, ainda, 
mensurar se o disponível é suficiente para pagar os bens e 
serviços adquiridos e contratados e ainda satisfazer os gastos de 
manutenção
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Financeiro (Indicadores de Resultado)
Resultado Financeiro:
(RO + R.EXT.) (I) X 
(DO + P.EXT.) (D)
I > D Superávit Financeiro
I = D Equilíbrio Financeiro
I < D Déficit Financeiro
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Financeiro (Indicadores de Resultado)
Resultado Financeiro:
Disponibilidade Final (Df) X 
Disponibilidade Inicial (Di)
Df > Di Resultado Positivo
Df = Di Equilíbrio Financeiro
Df < Di Resultado Negativo
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO 
BALANÇO PATRIMONIAL
Conforme a NBCT SP 16.6, o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil 
estruturada nos grupos de ativo, passivo e patrimônio líquido, que evidencia 
qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública, 
estruturado nos grupos:
I. Ativo – compreende as disponibilidades, os direitos e os bens, tangíveis ou 
intangíveis adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou 
utilizados pelo setor público, que seja portador ou represente um fluxo de 
benefícios, presente ou futuro, inerentes à prestação de serviços públicos;
II. Passivo – compreende as obrigações assumidas pelas entidades do setor 
público para consecuçãodos serviços públicos ou mantidas na condição de 
fiel depositário, bem como as contingências e as provisões;
III. Patrimônio Líquido – representa a diferença entre o Ativo e o Passivo. 
Deve ser evidenciado no Patrimônio Líquido os resultados do exercício, 
segregados dos resultados acumulados de períodos anteriores.
IV. Contas de Compensação: compreende os atos que possam vir a afetar o 
patrimônio;
Contabilidade Pública
O Balanço Patrimonial e a NBC T SP
Conceito de Ativo: conjunto de bens e direitos para geração de 
benefícios econômicos presente ou futuro, como elemento 
norteador para possibilitar a classificação de bens e direitos como 
ativo. Isso significa dizer que não é mais a propriedade que deve 
balizar o registro no ativo, mas sim a sua capacidade de geração de 
benefícios econômicos presentes ou futuros.
Conceito de Passivo: conjunto de obrigações assumidas pelo 
ente, independente ou não da execução orçamentária, valores de 
terceiros em poder do setor público, contingências e provisões.
Saldo patrimonial: representa a diferença entre o ativo e o 
passivo, denominado de patrimônio líquido consagrando-se a 
denominação do ordenamento jurídico pela legislação societária e 
também preconizada na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Contabilidade Pública
Classificação dos elementos patrimoniais
A classificação dos elementos patrimoniais considera a 
segregação em “circulante” e “não circulante”, com base em seus 
atributos de conversibilidade e exigibilidade .
Os ativos devem ser classificados como “circulante” quando 
satisfizerem a um dos critérios abaixo, ou na falta de 
atendimento, em não circulante:
I. estarem disponíveis para realização imediata
II. tiverem a expectativa de realização até o término do exercício 
seguinte .
Contabilidade Pública
Classificação dos elementos patrimoniais
Os passivos devem ser classificados como “circulante” 
quando satisfizerem a um dos critérios abaixo, ou na falta de 
atendimento, em não circulante:
I. corresponderem a valores exigíveis até o final do exercício 
seguinte
II. corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome 
deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, 
independentemente do prazo de exigibilidade .
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Patrimonial
A análise e a verificação do Balanço Patrimonial tem 
como fator predominante preparar os indicadores que 
servirão de suporte para a avaliação da gestão 
econômica da entidade.
Uma das principais análises consiste em relacionar os 
grupos do circulante, verificando há existência dos 
índices de liquidez e de endividamento de curto prazo. 
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Patrimonial (Indicadores de Resultado)
Resultado Patrimonial:
ATIVO 
X PASSIVO
A > P Superávit Patrimonial
A = P Equilíbrio Patrimonial
A < P Déficit Patrimonial
Contabilidade Pública
Análise do Balanço Patrimonial (Indicadores de Resultado)
Circulante:
Ativo Circulante
X Passivo Circulante
AC > PC Capital Circulante Positivo
AC = PC Capital Circulante Nulo
AC < PC Capital Circulante Negativo
Devem ser realizadas outras análises de endividamento e liquidez, 
bem como as requeridas pela gestão.
Contabilidade Pública
Avaliação da Gestão Econômica
Avaliar os reflexos e impactos que a gestão tenha provocado no patrimônio 
público é condição essencial para o desempenho de gestores e da gestão 
pública e de suma importância para os controles interno, externo e social, pois 
dentre outras questões pode revelar . 
I. melhorias ou não dos indicadores de liquidez e endividamento; tanto curto, 
quanto de longo prazo .
I. aumento ou redução da capacidade de prestação de serviços à população.
II. conservação, manutenção e capacidade de reposição dos bens e 
equipamentos públicos
III. obtenção de resultado positivo ou negativo do saldo patrimônio ou da 
evolução ou redução do patrimônio líquido
IV. outros aspectos relevantes da gestão patrimonial das entidades do setor 
público
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DA 
DEMONSTRAÇÃO DAS 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Conforme a NBC T SP a Demonstração das Variações 
Patrimoniais é a demonstração que evidencia:
•as variações quantitativas e qualitativas resultantes e as 
independentes da execução orçamentária, bem como o resultado 
patrimonial
•Entende-se por variações qualitativas as decorrentes de transações no 
setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais 
sem afetar o patrimônio líquido, como por exemplo, a aquisição de 
veículo;
•as variações quantitativas representam as transações no setor público 
que alteram o patrimônio líquido, como por exemplo, o pagamento de 
pessoal ou a contabilização das depreciações, amortizações e exaustão
;
Contabilidade Pública
Classificação das variações patrimoniais:
I. variações orçamentárias: são aquelas decorrentes da execução 
da receita e despesa orçamentária, devendo integrar o resultado 
apenas as efetivas ;
I. mutações patrimoniais: são aquelas decorrentes da execução da 
receita e despesa orçamentária não efetivas, ou seja, produzem 
apenas variações qualitativas, que para efeito da estrutura não 
compõe mais a Demonstração das Variações Patrimoniais; e
II. variações independentes da execução orçamentária: são os 
fenômenos que alteram o resultado do exercício, sem decorrer 
da execução da receita e despesa orçamentária ;
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Variações Patrimoniais Quantitativas : São os fenômenos que 
provocam alteração dos elementos patrimoniais com impacto 
aumentativo ou diminutivo no patrimônio líquido. Estão 
apresentadas na estrutura das Demonstrações das Variações 
Patrimoniais como aumentativas ou diminutivas
Variações Patrimoniais Qualitativas : São os fenômenos que 
provocam alteração dos elementos patrimoniais, sem, contudo 
alterar o patrimônio líquido. Na estrutura da Demonstração das 
Variações Patrimoniais estão classificadas nos tipos:
I. Incorporação de ativo
II. Desincorporação de passivo
III. Incorporação de passivo 
IV. Desincorporação de ativo
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Variações Patrimoniais Aumentativas: São as variações 
quantitativas que provocam variações aumentativas no resultado 
do exercício. Na estrutura da Demonstração das Variações 
Patrimoniais estão classificadas nos grupos abaixo
I. Tributárias e Contribuições
II. Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços
III. Financeiras
IV. Transferências
V. Exploração de Bens e Serviços
VI. Valorização e Ganhos com Ativos
VII. Outras Variações Patrimoniais Aumentativas.
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Variações Patrimoniais Diminutivas: São as variações 
quantitativas que provocam variações diminutivas no resultado 
do exercício. Na estrutura da Demonstração das Variações 
Patrimoniais estão classificadas nos grupos abaixo:
I. Pessoal e Encargos
II. Benefícios Previdenciários
III. Benefícios Assistenciais
IV. Financeiras
V. Transferências
VI. Tributárias e Contributivas
VII. Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo
VIII.Desvalorização e Perda de Ativos
IX. Redução a Valor Recuperável
X. Outras Variações Patrimoniais Diminutivas
XI. Resultado Patrimonial do Período
Contabilidade Pública
Definições Básicas
Resultado do Exercício: É o confronte entre as 
variações quantitativas aumentativas e diminutivas, 
podendo apresentar três situações:
I. Superávit: Aumentativas > Diminutivas
II. Equilíbrio: Aumentativas = Diminutivas
III. Déficit: Aumentativas < Diminutivas
Contabilidade Pública
Análise da Demonstração das Variações Patrimoniais
A análise da Demonstração das Variações Patrimoniais tem 
como objetivopredominante preparar os indicadores que servirão 
de suporte para a avaliação da gestão patrimonial e a 
identificação dos fatores que mais contribuíram para a formação 
do resultado do exercício.
As variações quantitativas e qualitativas devem identificar como 
são os reflexos provocas no patrimônio sobre os atos e 
processos de decisão da gestão da entidade, podendo contribuir 
para o aumento ou diminuição da capacidade de oferta de 
serviços públicos para a sociedade, ao mesmo tempo que revela 
como estão as fontes e aplicações de recursos da entidade
É importante verificar e determinar na formação do resultado do 
exercício quais os fatores que mais contribuíram nesse processo 
e deixar a gestão consciente sobre os resultados obtidos e de 
possíveis alterações que devem ser realizadas
Contabilidade Pública
Análise da Demonstração das Variações Patrimoniais (Indicadores de 
Resultado)
1. Resultado Econômico:
Aumentativas (A) X 
Diminutivas (D)
A > D Superávit Econômico
A = D Equilíbrio Econômico
A < D Déficit Econômico
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DA 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO 
DE CAIXA
O objetivo principal da Demonstração
do Fluxo de Caixa é fornecer
informações relevantes sobre as
entradas e saídas de caixa ou dos
equivalentes de caixa em um
determinado período para possibilitar a
tomada de decisões em cenários futuros
Contabilidade Pública
Conforme a NBCT SP a Demonstração do Fluxo de Caixa é a 
demonstração contábil demonstração contábil que deve permitir 
aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e 
elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da 
capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços 
públicos, através do método direto ou indireto, devendo evidenciar 
as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos 
seguintes em três grupos :
I. das operações: compreende os ingressos, inclusive decorrentes de 
receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a 
ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de 
investimento ou financiamento;
II. dos investimentos: inclui os recursos relacionados à aquisição e à 
alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro 
por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos 
concedidos e outras operações da mesma natureza; e
III. dos financiamentos: inclui os recursos relacionados à captação e à 
amortização de empréstimos e financiamentos;
Contabilidade Pública
Definições Básicas da Demonstração do Fluxo de 
Caixa
Equivalente de Caixa: Por equivalentes de caixa se 
entende os depósitos bancários e outras contas que 
possuam as mesmas características de liquidez e de 
disponibilidade, tais como as aplicações financeiras de 
resgate imediato.
Fluxo das Operações: Compreende os ingressos, e 
os desembolsos relacionados com a ação pública e os 
demais fluxos que não se qualificam como de 
investimento ou financiamento
Contabilidade Pública
Definições Básicas da Demonstração do Fluxo de Caixa
Fluxo dos Investimentos : Inclui os recursos relacionados à 
aquisição e à alienação de ativo não-circulante, bem como 
recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou 
amortização de empréstimos concedidos e outras operações da 
mesma natureza.
Fluxo dos Financiamentos : Inclui os recursos relacionados à 
captação e à amortização de empréstimos e financiamentos. 
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em 
mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e 
endividamento da entidade
Contabilidade Pública
Fluxos Operacionais : De forma objetiva, as atividades 
ou fluxos operacionais decorrem das transações 
relacionadas ao negócio da entidade pública, as 
atividades de investimento estão relacionadas com os 
ativos não-circulantes, e os fluxos de financiamento, 
com os passivos não-circulantes .
Método Direto : O método direto possibilita apresentar 
os elementos mais relevantes dos fluxos (entradas e 
saídas do caixa ou equivalentes de caixa) por valores 
brutos. Devem ser demonstrados os recebimentos de 
tributos, de contribuições, de serviços; os pagamentos a 
fornecedores, de juros a instituições financeiras, a 
servidores; a compra e a alienação de bens; a obtenção 
e a amortização de empréstimos, entre outros 
recebimentos e pagamentos relevantes
Contabilidade Pública
Método Indireto: O método indireto permite 
apresentar o fluxo de caixa a partir do resultado 
patrimonial do exercício e é obtido por meio da 
movimentação líquida das contas que influenciam os 
fluxos de caixa das atividades operacionais, de 
investimento e de financiamento, devidamente 
ajustadas pelas movimentações dos itens que não 
geram caixa ou equivalentes de caixa, tais como: 
depreciação, amortização, exaustão, variação cambial 
de longo prazo, entre outros .
Contabilidade Pública
7.5.1 Resolução pelo Método Direto 
Análise do da Demonstração do Fluxo de Caixa
A análise e a verificação da Demonstração do Fluxo de Caixa 
tem como fator predominante preparar os indicadores que 
servirão de suporte para a avaliação da gestão financeira da 
entidade .
Uma das principais análises consiste verificar com se encontra a 
capacidade financeira da entidade em manter financeira os 
serviços prestados a população e quais as possíveis dificuldades 
a ser enfrentadas para que se adote as medidas necessárias 
para a manutenção saudável dos serviços prestados . 
Outras análises poderão ser propostas para poder analisar a 
gestão financeira das entidades pública, sempre com o intuito de 
instrumentalizar o controle social, gerar informações que oriente 
os gestores e permitir a adequada prestação de contas
Contabilidade Pública
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DA 
DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO ECONÔMICO
A Demonstração do Resultado Econômico,
surge como uma inovação brasileira no sentido
de suprir a necessidade de implementação de
um sistema que objetive apurar os resultados
econômicos, tendo por base o custo de
oportunidade e o resultado econômico de
programa e ações desenvolvidos pela
administração pública.
Contabilidade Pública
Definições
• Receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos 
produtos fornecidos: é o valor apurado a partir de benefícios 
gerados à sociedade pela ação pública, obtido por meio da 
multiplicação da quantidade de serviços prestados, bens ou produtos 
fornecidos, pelo custo de oportunidade;
• Custos e despesas identificados com a execução da ação 
pública: são todos os custos diretos e indiretos que se pode 
apropriar ao serviço prestado ou os bens e produtos fornecidos pela 
entidade do setor público, geralmente maiores que os custos 
orçamentários apropriados; e
Contabilidade Pública
A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO e a NBC T SP
• Resultado econômico apurado: é a diferença existente entre a 
receita econômica
• Custo de oportunidade: é o valor que seria desembolsado na 
alternativa desprezada de menor valor entre aquelas consideradas 
possíveis para a execução da ação pública. 
Contabilidade Pública
Notas Explicativas
A Demonstração do Resultado Econômico deverá conter notas 
explicativas, que são parte integrante do respectivo balanço, com 
informações relevantes, complementares ou suplementares àquelas não 
suficientemente evidenciadas ou não constantes do mesmo, devendo 
incluir:
a. os critérios utilizados na elaboração da Demonstração do Resultado 
Econômico
b. quais as alternativas para levantamento das alternativas de remuneração dos 
serviços por outras entidades
c. os critérios utilizados para apropriação dos custos às ações
d. quais as limitações do sistema de custo;
e. qual a recomendação do resultado econômico apurado para a ação

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