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POLUIÇÃO DO AR E IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE E À SAÚDE HUMANA Curso: : Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental QUÍMICA AMBIENTAL Avaliação 2 : Trabalho da Disciplina [AVA 2] Aluno: Rodrigo Bom Senhor Ribeiro Matricula: 20183300294 IMPACTOS AMBIENTAIS DE CONSEQUÊNCIAS LOCAIS • efeitos negativos sobre a saúde da população; • danos aos materiais e às construções; • alterações microclimáticas; • danos aos animais e às plantas; • queda de produtividade vegetal de culturas agrícolas e florestas. Os problemas ambientais de caráter regional ou continental são aqueles observados mesmo a grandes distâncias das fontes emissoras. O principal impacto regional é a chuva ácida ou deposição ácida. Os problemas ambientais globais decorrentes da poluição aérea influem em parâmetros de grande escala da atmosfera, destacando-se: • efeito estufa (aquecimento global); • destruição da camada de ozônio. CONCEITO DE POLUIÇÃO DO AR De acordo com a NBR 8969 de julho de 1985, poluição do ar significa “a presença de um ou mais poluentes atmosféricos” e poluente atmosférico “toda e qualquer forma de matéria e/ou energia que, segundo suas características, concentração e tempo de permanência no ar, possa causar ou venha a causar danos à saúde, aos materiais, à fauna e à flora e seja prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade, à economia e ao bem-estar da comunidade. O mesmo significado que contaminante atmosférico” (ABNT, 1985). A poluição do ar pode ser de origem natural (vulcões, processos microbiológicos no solo, decomposição de matéria orgânica, queimadas de origem natural etc.) ou de origem antropogênica (combustão industrial, transportes, geração de energia, queimadas antropogênicas etc.) Monóxido de carbono (CO): É um gás poluente sem cheiro, sem gosto e sem cor. Ocorre naturalmente na atmosfera em concentrações baixíssimas. É formado a partir da queima incompleta de combustíveis que contêm átomos de carbono. O CO é emitido por motores de veículos, queima de combustíveis fósseis para gerar eletricidade e calor, processos industriais e disposição de resíduos sólidos. O monóxido de carbono atua no organismo humano como um asfixiante sistêmico, tendo em vista a maior afinidade química com a hemoglobina nos capilares pulmonares, evitando, assim, que a molécula de oxigênio se ligue à hemoglobina. A ligação química resultante forma a carboxi-hemoglobina, um composto químico estável, que dificulta a troca gasosa e faz com que os tecidos entrem em hipóxia. São requeridas cerca de três horas para que um indivíduo com um teor basal de carboxi-hemoglobina (COHb) de 0,5 % passe a 50 %. Acima do teor de 4 % já se verificam efeitos nocivos no sistema cardiovascular das pessoas expostas. PRINCIPAIS EFEITOS DOS POLUENTES AÉREOS À SAÚDE HUMANA As doenças mais frequentes relacionadas à poluição do ar são as inflamações dos tecidos derivadas de reações com agentes químicos, físicos e biológicos presentes na poluição. Mesmo conhecendo-se exatamente qual é a resposta do ser vivo a determinado contaminante, é difícil estabelecer qual a quantidade desta substância que é absorvida dia a dia por outras fontes naturais, como, por exemplo, água, alimentação etc. Desta forma, a questão da poluição do ar é muito delicada, pois apesar de todos os esforços envidados na relação exposição e efeito sobre a saúde, ainda existem os efeitos sinérgicos de duas ou mais substâncias. Uma substância pode ser inócua, sozinha, ou de baixa toxidez; mas, em combinação, seu efeito pode ser acentuado. Provavelmente dois bilhões de pessoas no mundo sofrem, de alguma maneira, os efeitos da poluição atmosférica. Material particulado (MP): Considera-se material particulado qualquer substância, à exceção da água pura, que existe como líquido ou sólido na atmosfera e tem dimensões microscópicas ou submicroscópicas, porém maiores que as dimensões moleculares. O MP não é uma substância única, e sim constituída por partículas de diversos poluentes. 80 % dos materiais particulados podem ser classificados como fuligem. São facilmente inaladas e penetrarem no trato respiratório material particulado atua como um eficiente transportador de poluição para o interior do organismo. Hidrocarbonetos: São compostos químicos de hidrogênio e carbono. Existem muitos tipos de HCs. No caso da poluição aérea, os mais importantes são os chamados hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Os hidrocarbonetos estão presentes principalmente nos combustíveis fósseis e apresentam as seguintes propriedades sobre a saúde humana: provocam anemias e leucopenia– atuam sobre a medula óssea; provocam atividade neoplásica ou carcinogênica; risco de contração de leucemia Compostos sulfurosos: Destacam-se entre as substâncias sulfurosas o óxido de enxofre (SO), o anidrido sulfuroso ou dióxido de enxofre (SO2), o mercaptano (R—SH), o ácido sulfuroso (H2SO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4). São substâncias tóxicas e de forte odor, trazendo incômodo e mal-estar em populações expostas. Concentrações de óxidos de enxofre medidas em áreas urbanas, demostram uma médias diárias elevada. Estudos realizados em seres humanos mostram que entre 40 % e 90 % do óxido de enxofre inalado é absorvido pelo organismo pelas vias respiratórias superiores . Em regra geral, os compostos sulfurosos existentes na atmosfera provocam: A: em baixas concentrações: espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos pulmonares; aumento da secreção de muco nas vias respiratórias superiores; com ar frio, pode levar a inflamações graves da mucosa. B: em médias concentrações: redução do movimento ciliar do trato respiratório (produz maior quantidade de muco no trato respiratório inferior); aumento de sensibilidade (induz reações alérgicas);tecidos aguda ou cronicamente inflamados perdem a capacidade de defesa aos micro-organismos. Compostos sulfurosos: Destacam-se entre as substâncias sulfurosas o óxido de enxofre (SO), o anidrido sulfuroso ou dióxido de enxofre (SO2), o mercaptano (R—SH), o ácido sulfuroso (H2SO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4). São substâncias tóxicas e de forte odor, trazendo incômodo e mal-estar em populações expostas. Concentrações típicas de óxidos de enxofre medidas em áreas urbanas são da ordem de 100 a 200 µg/m3 (média aritmética anual) e de 300 a 900 µg/m3 (médias diárias elevadas). Estudos realizados em seres humanos mostram que entre 40 % e 90 % do óxido de enxofre inalado é absorvido pelo organismo pelas vias respiratórias superiores (OMS, 1982). Em regra geral, os compostos sulfurosos existentes na atmosfera provocam: a.em baixas concentrações: espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos pulmonares; aumento da secreção de muco nas vias respiratórias superiores; com ar frio, pode levar a inflamações graves da mucosa. b.em médias concentrações: redução do movimento ciliar do trato respiratório (produz maior quantidade de muco no trato respiratório inferior); aumento de sensibilidade (induz reações alérgicas);tecidos aguda ou cronicamente inflamados perdem a capacidade de defesa aos micro- organismos. Outros importantes poluentes aéreos que prejudicam a saúde humana: • compostos nitrogenados; oxidantes fotoquímicos; aldeídos; chumbo e mercúrio. Os efeitos sobre a saúde humana, decorrentes da poluição estão relacionados às doenças respiratórias, gastrintestinais, dermatológicas, cardiovasculares, oftálmicos e alguns tipos de câncer. Os altos níveis de monóxido de carbono (CO) podem afetar também o sistema nervoso. A fauna e flora necessárias à existência humana também são afetadas em função das mudanças climáticas provocadas pela poluição (PHILIPPI JR, et. al., 2004). A Organização Mundial da Saúde (apud BRAGA et. al., 2005) considera a poluição atmosférica um fator de risco para diversas doenças respiratórias agudas, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, asma e infecções respiratórias das vias aéreassuperiores, como garganta, traqueia, brônquios e laringe. EFEITO ESTUFA : Sabemos que a Terra, assim como qualquer outro corpo aquecido, emite energia. Para que a temperatura no planeta se mantenha constante, é necessário que a quantidade de energia emitida, na forma de radiação infravermelha (IR) que o planeta absorve do Sol, seja a mesma liberada pelo planeta (ALMEIDA, 2010). Assim, alguns gases presentes na atmosfera absorvem temporariamente a IR, pois nem toda a IR emitida pela superfície terrestre escapa diretamente para o espaço. Após sua absorção, a IR é reemitida em todas as direções, de maneira aleatória. Uma parte retorna da IR à superfície terrestre, sendo reabsorvida, de modo a aquecer a superfície e o ar, provocando o fenômeno natural, denominado efeito estufa, que é responsável por manter a temperatura média do planeta em torno de 15°C. A preocupação está no aumento da concentração dos gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, que diminui a quantidade de energia que escapa para o espaço, ocasionando aumento de temperatura e problemas como o aumento do nível dos oceanos. Das mais otimistas às mais pessimistas, as previsões quanto aos problemas relacionados à poluição que afetará o clima em todo o mundo ao longo do século 21 e nos séculos seguintes, já são conhecidas por todos. Esses problemas são considerados os efeitos globais da poluição atmosférica, provenientes das atividades humanas e estão relacionados à chuva ácida, depleção da camada de ozônio e o efeito estufa. O rápido fenômeno de aquecimento global – com sua demanda de adaptações em grande escala – é geralmente considerado um dos nossos maiores problemas ambientais em nível mundial. Uma das maneiras de mitigar o efeito estufa é controlar as emissões de dióxido de carbono (CO2) - seja por meio de fontes alternativas de energia, melhorias no transporte coletivo e o incentivo de sua utilização - e também o controle do desmatamento. Nesse sentido, em 1997 surgiu o mercado de créditos de carbono, a partir da assinatura do Protocolo de Quioto, que originou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Nesse acordo, foram estabelecidas metas de redução de emissão para países desenvolvidos e, na impossibilidade de atingir tais metas, esses países poderiam comprar créditos de outros países que possuíssem projetos de MDL. EFEITO DA POLUIÇÃO AÉREA SOBRE OS SOLOS O efeito da deposição ácida causada pela emissão de óxidos de enxofre e nitrogênio também altera as condições físico-químicas dos solos, acarretando impactos sobre a qualidade dos mesmos e diminuindo o crescimento da vegetação na qual está assentada. O aumento da acidez do solo interfere no balanço de cálcio, magnésio e potássio, alterando nutrientes essenciais ao crescimento das plantas. A acentuação do efeito dependerá das condições geográficas de cada região (regiões com solos já ácidos tenderão a sofrer mais) (OTA, 1986). A emissão de material particulado, principalmente particulados finos associados com elementos traços e hidrocarbonetos adsorvidos, tem um efeito negativo sobre os solos. A deposição cumulativa dessas partículas aumenta a concentração de metais pesados, afetando, consequentemente, a ciclagem de nutrientes. EFEITO DA POLUIÇÃO AÉREA SOBRE AS FLORESTAS: A ação dos poluentes sobre as florestas pode ser classificada em duas formas diferentes: ação direta e ação indireta. A ação direta ocorre a partir da deposição da chuva ácida sobre a vegetação, que altera o metabolismo das plantas, gera necrose das folhas, atingindo diretamente a produtividade florestal. Os efeitos indiretos estão relacionados com a acidificação dos solos nos quais está situada a vegetação, conforme os mecanismos descritos anteriormente. O efeito direto do SOx sobre a vegetação obedece a duas condições básicas: efeito agudo, em consequência de altas concentrações de SO2 em curto tempo de exposição, e efeito crônico, a partir de baixas concentrações, com longo período de exposição (CHADWICK, 1982). Os principais sintomas no primeiro caso são: perda de clorofila; necrose das folhas; morte das células; desfoliação prematura; redução da atividade fotossintética; redução do crescimento das árvores;baixa produtividade florestal; redução da germinação. EFEITO DOS POLUENTES AÉREOS SOBRE AS CULTURAS AGRÍCOLAS: O efeito dos poluentes químicos sobre as culturas assemelha-se ao das florestas, a partir de ações diretas sobre a constituição vegetal e indiretamente, sobre os solos. O aumento da incidência de necrose nas folhas das plantações é um dos efeitos visíveis, somado à incidência de pigmentação anômala e mudanças morfológicas. Os efeitos sutis são: menor crescimento das culturas, decaimento da produção e diminuição da germinação (EPSTEIN, 1990). O somatório dos efeitos descritos anteriormente tem diminuído substancialmente o valor comercial de algumas culturas agrícolas na Europa e nos Estados Unidos (alfafa, soja, trigo). Medições experimentais realizadas nos Estados Unidos demostram que há uma forte influência da emissão de NOx e da produção de ozônio em áreas de dispersão de poluentes originados de plantas termelétricas. Primariamente, é emitido o NO, que pode apresentar-se sob a forma de NO2, NO3 e NO, e, no momento em que há contato com o O2 da atmosfera, forma-se o ozônio, resultado da incidência de radiação ultravioleta. Os efeitos da poluição do ar podem ter consequências sobre as características da própria atmosfera, ocasionando fenômenos como o efeito estufa, a chuva ácida e a depleção da camada de ozônio. Os efeitos sobre a saúde humana, o bem-estar da população, sobre o meio ambiente – fauna e flora – e os diversos materiais também devem ser considerados neste estudo (PHILIPPI JR, et. al., 2004). Das mais otimistas às mais pessimistas, as previsões quanto aos problemas relacionados à poluição que afetará o clima em todo o mundo ao longo do século 21 e nos séculos seguintes, já são conhecidas por todos. Esses problemas são considerados os efeitos globais da poluição atmosférica, provenientes das atividades humanas e estão relacionados à chuva ácida, depleção da camada de ozônio e o efeito estufa. O rápido fenômeno de aquecimento global – com sua demanda de adaptações em grande escala – é geralmente considerado um dos nossos maiores problemas ambientais em nível mundial. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/5 Fontes: SANTOS, Marco dos. Poluição do Meio Ambiente, LTC DESERIO, Introdução ao Controle de Poluição Ambiental; 4ª Ed, Oficina de Textos http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/poluentes-atmosf%C3%A9ricos.html