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O fotojornalismo é uma especialidade da fotografia cujo o objetivo é passar uma informação clara e concisa, através da imagem fotografada. A primeira vez em que um veículo de comunicação publicou uma imagem foi em 1880, através do jornal Daily, em Nova Iorque. Entretanto, o termo “fotojornalismo” só veio a surgir nas primeiras décadas do século XX com o desenvolvimento das revistas ilustradas, que integravam foto e texto. Estas alcançaram seu ápice na Alemanha em 1930. • Pode situar-se na Alemanha o nascimento do fotojornalismo moderno. Após a Primeira Guerra, floresceu nesse país as artes, as letras e as ciências. Assim, a Alemanha tornou-se o país com mais revistas ilustradas. •Posteriormente, influenciadas pelas idéias basilares das revistas ilustradas alemãs, fundaram-se, em França, no Reino Unido e nos Estados Unidos varias revistas ilustradas. • A forma como se articulava o texto e a imagem já não era apenas a imagem isolada que interessa, mas sim o texto e todo o mosaico fotográfico com que se tenta contar a história. • Dos vários fatores que determinaram o desenvolvimento do moderno fotojornalismo podemos destacar: aparição de novos flash e comercialização de câmeras 35mm, emergência de uma geração de foto- repórteres, atitude e colaboração intensa entre fotojornalistas, inspiração no interesse humano, ambiente cultural e suporte econômico. •Nos primeiros tempos do novo fotojornalismo, para se obter sucesso nas fotografias em interiores por vezes era necessário recorrer a placas de vidro, mais sensíveis, e proceder à revelação das placas em banhos especiais. A profundidade de campo também era muito limitada, tinha de ser feito com grande precisão, o que dificultava a vida ao fotógrafo. • Raramente se conseguiam obter várias fotos de um mesmo tema. Assim, começa a insinuar-se, com força, no ‘fotojornalismo do instante’, a noção do que, mais tarde, Henri-Cartier Bresson classificaria como ‘momento decisivo’ Em meados da década de cinquenta do século XIX, a fotografia já havia beneficiado dos avanços técnicos, químicos e ópticos que lhe permitiram abandonar os estúdios e avançar para a documentação imagética do mundo com o “realismo” que a pintura não conseguia. A foto beneficiava também das noções de “prova”, “testemunho” e “verdade”, que à época lhe estavam profundamente associadas e que a credibilizavam como “espelho do real No final do sec. XIX apareceram várias revistas ilustradas com fotografia e com isso a competição entre as revistas estimulou o desenvolvimento tecnológico. O fotojornalismo fazia o seu “ tour ”, com fotos também do cotidiano, de políticos, esportes, famílias, como também das Guerras. A África e Ásia com seu problemas sociais começaram a fazer parte dos fotógrafos, sendo percussora do fotodocumentarismo. Porém, o design da página impressa ainda estava centrado na letra. Tornando a fotografia apenas complemento de texto. O fotojornalismo impunha-se como imprensa nos EUA e Europa. Apesar de não merecer destaque na época, o “fotodocumentalismo” (se é assim que podemos chamar…) também se iniciou, além das Guerra supra- citadas, através de viagens etnográficas; na conquista colonialista e levantamento etnográfico do índios no oeste nos EUA; na fotografia de intenção documental de orientação colonialista europeia de África e do Oriente; fotografia de orientação comercial (para a edição de postais do Mediterrâneo) entre outros, como a Revolução Industrial. Inicia-se uma maior autonomia e criatividade dos fotógrafos, apoiados pelos movimentos culturais época: naturalismo, surrealismo, dadaísmo e “modernismo”. Já há mais imagens espontâneas (com conhecemos hoje como Spot News). Há uma maior preocupação em se cobrir acontecimentos do cotidiano e realismo das cidades. Já se iniciam fotos de “celebridades” que desaguariam nas revistas de Moda. Após as revistas ilustradas, surgem os Jornais (1904 – Daily Mirror) com fotos em suas páginas e o interesse do público aumenta pelos diários, assim como a procura pela tecnologia e condições empresariais/econômica. Com o aumento da procura da fotografia pela imprensa aumenta o número dos que optam pelo fotojornalismo enquanto profissão (se bem que até hoje há a ideia de que o fotojornalismo serve essencialmente para “encher o olho” e ilustrar, o que indicia a falta de cultura fotográfica e revela desconhecimento sobre as virtualidades informativas, interpretativas e contextualizadoras do fotojornalismo) Conquistas técnicas, predominantemente nos domínios da cor (a Kodak comercializou o filme Kodacolor, a partir de 1942) e mudança na sensibilidade. Houve um boom de desenvolvimento (entre 1920 e 1930) do fotojornalismo nos jornais diários, em contrapartida do fotojornalismo de revistas ilustradas e de autores documentais que a Europa vivia. As fotos eram mais aproveitadas enquanto informação e adquiriram maiores dimensões nas páginas, sendo muito usadas para o registro dos acontecimentos públicos. No campo técnico, a invenção mais significativa foi a do fotómetro, logo no início dos anos quarenta. A partir dos anos quarenta as culturas foto-jornalísticas europeia e americana convergiram mais, devido: a emigração de fotojornalistas e editores europeus, fugidos a Hitler, para os EUA; cobertura “conjunta” da Segunda Guerra Mundial e dos conflitos posteriores por fotojornalistas de todo o mundo; o poderio das agências mundiais, que, mesmo no domínio do fotojornalismo, vão predominar no mercado e entre outros abastecê-lo, pelo menos até meados dos anos setenta, entre outros fatores. As tendências que são visíveis nas fotografias atuais têm origem, como veremos, em três grandes movimentos que se estabeleceram durante os anos cinquenta: a fotografia humanista; a fotografia de “livre expressão” (a “foto-ilustração”, nomeadamente a foto- glamour, a foto-beautiful people, e a foto-institucional,; e a fotografia como “verdade interior” do fotógrafo (o dinamismo libertador deste movimento conduzirá a uma hierarquia de valores entre a foto como espelho do real, a foto como interpretação pessoal da realidade e a foto como pura criação, sendo esta última a que animava os fotógrafos da “livre expressão”). Em nível técnico, é de salientar a disseminação do uso das máquinas reflex Uma geração de ouro do fotojornalismo —Robert Capa, David Seymour (Chim), Henri Cartier-Bresson, George Rodger—fundararam a Agência Magnum Photos. O significado do ato tornou-se claro: o fotógrafo afirma-se como um mediador consciente e não mais um ser resignado. O estatuto económico e social dos fotojornalistas começa também a melhorar no pós- guerra. E, após a fundação da Magnum (1947), os fotógrafos começaram a reivindicar a propriedade dos negativos e um maior controle sobre a edição do seu trabalho. Popularização da TV e do rádio como meio de comunicação. Efevercênscia política e cultural dos anos 60 e 70 deram m novo impulso a fotografia. Guerra Vietnã com um fotojornalismo mais independente, com imagens em oposição a guerra (mensagens contra) e mais voltadas para a sensibilidade em relação a foto choque. Assistiu-se ao início de uma forte segmentação dos mercados da comunicação social e ao aumento da atenção que é dada ao design gráfico na imprensa, tendências mais notórias já nos anos oitenta. Houve uma polarização: de um lado, revista ilustrada (que vendia mais) devasta a vida privada e se torna popular, de outro, fotojornalismo (não tão popular assim) com suas imagens de morte, violência e humanística de cunho social (fome, êxodos, etc, com o ícone Sebastião Salgado) A terceira revolução do fotojornalismo tem, assim, por cenário, o ambiente conturbado dos anos oitenta e noventa. Queda da Cortina de Ferro; o aumento do turismo, emigrações; a irrupção em força das novas tecnologias da comunicação e informação, comoas redes globais (levando a globalização do modo de vida), Guerras Políticas e Étnicas, polêmica dos Paparazzi (Morte da princesa Diana colocando em cheque o fotojornalismo no sentido lato sensu) entre outros. Como consequências para o fotojornalismo: início da Internet, onde vamos ver uma velocidade de transmissão mais rápida das imagens. A primeira fotografia impressa numa revista, no Brasil apareceu no dia 20 de maio de 1900. Foi na Revista da Semana e mostrava um flagrante das comemorações de 4º centenário de descobrimento do Brasil. Um marco histórico, por outro motivo: a Revista da Semana foi a primeira na América do Sul a imprimir clichês em tricromia, isto é, em três cores – não muito perfeitas, é verdade. Por muito tempo, a fotografia jornalística no Brasil limitou-se a fotos pousadas e retratos. As revistas brasileiras dedicavam-se as reportagens sociais, as chegadas e partidas de políticos eminentes e aos esportes. Foi assim com uma infinidade de publicações da época, entre as quais se contam, além da Revista da Semana: O Malho (1902), Kosmos (1904), A Vida Moderna (1905), Fon Fon (1906), Liga Marítima e Careta (1907), A Ilustração Brasileira (1908), Selecta (1914) e Paratodos (1918). • A década de 50 vai marcar outra revolução na imprensa brasileira, que irá exercer poderosa influencia na valorização da fotografia como elemento essencial do jornalismo. • O Cruzeiro e a contratação de Jean Manzon, fotografo do Paris-Match. • Num tempo em que os fotógrafos ainda usavam a pesada câmera Speed Graphic, com chapa de 4×5 polegadas e flash de lâmpada que se queimava a cada foto, Manzon introduziu a câmera Rolleiflex com mini flash eletrônico. Por muito tempo, a Rolleiflex ficou sendo a câmera por excelência dos repórteres fotográficos. Foi no jornal Última Hora que, no inicio da década de 50, com Samuel Wainer, introduziu na imprensa brasileira a manchete fotográfica e a cobertura de massa. O jornal usava fotos que ocupavam páginas inteiras. Ainda dentro desse influxo de renovação, em 1952 Adolfo Bloch lançou a revista semana ilustrada Manchete, imprimindo um estilo próprio, tanto em termos de conteúdo – abrindo espaço para cronistas de renome e correspondentes internacionais – quanto de forma, dando um destaque especial para as fotos e a apresentação gráfica. Em 1961, Bloch lançou a revista Fatos e Fotos apoiada quase exclusivamente em fotografias. A remodelação do Jornal do Brasil, no fim da década de 50, incluía um projeto de tratamento das notícias, do texto, dos títulos e, naturalmente, da apresentação gráfica e das fotos. Nessa época, os fotógrafos do Jornal do Brasil foram estimulados a fazer qualquer foto, desde que fossem boas. O profissional podia, mesmo, propor seu próprio assunto e sair à rua, sem depender da pauta determinada pela redação Em São Paulo, nos anos 60, apareceu a revista Realidade, cuja proposta era analisar todo mês vários assuntos de atualidades com a profundidade que o jornal diário não permitia. Seus editores, embora fossem jornalistas de formação essencialmente de texto, valorizaram a fotografia e incentivaram a integração da palavra com a imagem. Uma leva de fotógrafos estrangeiros foi contratados, como Maureen Bisiliat, Claudia Andujar, George Love, David Zwing, que imprimem à revista um estilo fotográfico, menos preocupados com o flagrante e mais com interpretação e elaboração técnica. . . . . https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do- fotojornalismo-parte-1 www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro- fotojornalismo.pdf caiquegoncalves.blogspot.com/2007/08/fotojornalismo-no- sculo-xx.html Fotojornalismo. Uma Viagem Entre o Analógico e o Digital https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://focusfoto.com.br/a-historia-do-fotojornalismo/ https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 https://pt.slideshare.net/journalistas/histria-do-fotojornalismo-parte-1 http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf
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