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AULA - SEGURADO ESPECIAL E HIBRIDA I

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SEGURADO ESPECIAL – 
APOSENTADORIA RURAL 
E HIBRIDA 
Heloisa Cunha 
• COMO SABER QUEM SÃO OS TRABALHADORES RURAIS A QUE A 
CONSTITUIÇÃO SE REFERE AO ESTABELECER A IDADE PARA 
APOSENTADORIA? 
 
• Art. 48 da Lei 8.213/91: 
 
• A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a 
carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de 
idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. 
• § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e 
cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, 
respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do 
inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. 
SEGURADO ESPECIAL 
 Segurado especial (conceito constitucional): 
 
▫ Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais 
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que 
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. 
SEGURADO ESPECIAL 
– SEGURADO ESPECIAL – 
4 
• A PARTIR DA LEI 11.718/08 MUDOU 
SIGNIFICATIVAMENTE O CONCEITO, CRIANDO-SE 
NOVOS CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO 
• ELEMENTO RESIDÊNCIA: 
 
• pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado 
urbano ou rural próximo. 
 
• Decreto 3.048/99: Art. 9º § 20. Para os fins deste artigo, 
considera-se que o segurado especial reside em 
aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural onde 
desenvolve a atividade quando resida no mesmo município 
de situação do imóvel onde desenvolve a atividade rural, 
ou em município contíguo ao em que desenvolve a 
atividade rural. 
– SEGURADO ESPECIAL – 
5 
• que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda 
que com o auxílio eventual de terceiros, 
• na condição de: 
▫ produtor, 
proprietário, 
usufrutuário, 
possuidor, 
assentado, 
parceiro ou meeiro outorgados, 
comodatário 
arrendatário rurais, 
 
• DE ALGUMA FORMA O SEGURADO DEVE ESTAR 
VINCULADO À TERRA: QUEM TRABALHA NA ATIVIDADE 
RURAL TRABALHA NA TERRA DE ALGUÉM 
– SEGURADO ESPECIAL – 
6 
QUE EXPLORE ATIVIDADE ÁREA CONTÍNUA OU NÃO DE 
ATÉ 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS 
 
• Lei 4.504/64: Art. 5º. Para cálculo do imposto, aplicar-se- á 
sobre o valor da terra nua, constante da declaração para 
cadastro, e não impugnado pelo órgão competente, ou 
resultante de avaliação, a alíquota correspondente ao número 
de módulos fiscais do imóvel....: 
– SEGURADO ESPECIAL – 
7 
§ 2º O módulo fiscal de cada Município, expresso em 
hectares, será determinado levando-se em conta os 
seguintes fatores: 
 
• a) o tipo de exploração predominante no Município: 
• I - hortifrutigranjeira; 
• Il - cultura permanente; 
• III - cultura temporária; 
• IV - pecuária; 
• V - florestal; 
– SEGURADO ESPECIAL – 
8 
• b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; 
 
• c) outras explorações existentes no Município que, embora não 
predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área 
utilizada; 
 
• d) o conceito de "propriedade familiar", definido no item II do 
artigo 4º desta Lei. 
• ("Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente 
explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de 
trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e 
econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de 
exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;) 
– SEGURADO ESPECIAL – 
9 
• § 3º O número de módulos fiscais de um imóvel rural será obtido 
dividindo-se sua área aproveitável total pelo modulo fiscal do 
Município. 
 
• § 4º Para os efeitos desta Lei; constitui área aproveitável do 
imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária 
ou florestal. Não se considera aproveitável: 
• a) a área ocupada por benfeitoria; 
• b) a área ocupada por floresta ou mata de efetiva preservação 
permanente, ou reflorestada com essências nativas; 
• c) a área comprovadamente imprestável para qualquer 
exploração agrícola, pecuária ou florestal. 
– SEGURADO ESPECIAL – 
10 
• Seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas 
atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei 
nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o 
principal meio de vida; 
 
▫ XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na 
coleta e extração, de modo sustentável, de recursos 
naturais renováveis; 
– SEGURADO ESPECIAL – 
11 
• pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da 
pesca 
profissão habitual ou principal meio de vida; 
• Conforme o Decreto 3.048/99 (art. 9º § 14), é pescador 
artesanal: 
• § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, 
individualmente ou em regime de economia familiar, faz da 
pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, 
desde que: 
• I - não utilize embarcação; ou 
• II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei 
nº 11.959, de 29 de junho de 2009. 
• § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal 
aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, 
exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e 
petrechos de pesca e de reparos em embarcações de 
pequeno porte ou atuando no processamento do produto da 
pesca artesanal. 
– SEGURADO ESPECIAL – 
12 
• O Código de Pesca – Lei 11.959/09 modificou os conceitos 
relativos à pesca: 
• Art. 8o Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se como: 
• I – comercial: 
• a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador 
profissional, de forma autônoma ou em regime de economia 
familiar, com meios de produção próprios ou mediante 
contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar 
embarcações de pequeno porte; 
• b) industrial: quando praticada por pessoa física ou jurídica e 
envolver pescadores profissionais, empregados ou em regime 
de 
parceria por cotas-partes, utilizando embarcações de 
pequeno, médio ou grande porte, com finalidade comercial; 
– SEGURADO ESPECIAL – 
13 
• II – não comercial: 
 
• a) científica: quando praticada por pessoa física ou 
jurídica, com a finalidade de pesquisa científica; 
• b) amadora: quando praticada por brasileiro ou estrangeiro, 
com equipamentos ou petrechos previstos em legislação 
específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto; 
• c) de subsistência: quando praticada com fins de consumo 
doméstico ou escambo sem fins de lucro e utilizando 
petrechos previstos em legislação específica. 
– SEGURADO ESPECIAL – 
14 
• Art. 10. Embarcação de pesca, para os fins desta Lei, é aquela 
que, permissionada e registrada perante as autoridades 
competentes, na forma da legislação específica, opera, com 
exclusividade, em uma ou mais das seguintes atividades: 
• I – na pesca; 
• II – na aquicultura; 
• III – na conservação do pescado; 
• IV – no processamento do pescado; 
• V – no transporte do pescado; 
• VI – na pesquisa de recursos pesqueiros. 
• Garimpeiro: 
 
• Incluído na redação originaria do art. 195, § 8º 
• Incluído na Lei 8.213/91 
• Excluído da condição de segurado especial pela Lei n. 
8.938, de 7 de janeiro de 1992 
• Excluído do art. 195, § 8ºpela Emenda Constitucional n 
20/98 
– SEGURADO ESPECIAL – 
15 
– SEGURADO ESPECIAL – 
16 
• São segurados especiais: 
 
▫ cônjuge ou companheiro, 
▫ filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado 
▫ Idade alterada pela Lei 11.718/08 
▫ CF – art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores 
de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 
quatorze anos; 
▫ Que comprovadamente, tenham participação ativa nas 
atividades rurais do grupo familiar. 
– SEGURADO ESPECIAL – 
17 
• São segurados especiais: 
–cônjuge ou companheiro,–Constava na IN 45/10 : 
–Art. 7º § 13 Considera-se segurada especial a mulher que, 
além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com 
o grupo familiar respectivo ou individualmente. 
–Não consta na nova IN 
– ECONOMIA FAMILIAR– 
18 
• Art. 11. Lei 8.213/91: § 1o Entende-se como regime de economia 
familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é 
indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento 
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua 
dependência e colaboração, sem a utilização de empregados 
permanentes. 
 É uma forma de trabalho e não renda 
 Subsistência é contraponto à agricultura empresarial 
 Hoje a ciência agrária não utiliza mais o termo “subsistência” , 
mas agricultura familiar 
 Inclui-se expressamente “ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo 
familiar” 
– SEGURADO ESPECIAL – 
19 
• IN 77/15 Art. 39. São considerados segurados especiais o 
produtor rural e o pescador artesanal ou a este assemelhado, 
desde que exerçam a atividade rural individualmente ou em regime 
de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de 
terceiros. 
 
• § 1º A atividade é desenvolvida em regime de economia familiar 
quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável 
à sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico, sendo 
exercido em condições de mútua dependência e colaboração, 
sem a utilização de empregados permanentes, 
independentemente do valor auferido pelo segurado especial com 
a comercialização da sua produção, quando houver, observado 
que: 
– ECONOMIA FAMILIA – 
20 
• Art. 12. § 10. Não é segurado especial o membro de 
grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, 
exceto se decorrente de: 
 
• CONSTAVA NA IN 45 – art. 7º. § 5º Não é segurado 
especial o membro de grupo familiar (somente ele) que 
possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: 
 
• NÃO CONSTA NA IN 77/15.. 
 
• SÚMULA 41 TNU: A circunstância de um dos integrantes 
do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não 
implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural 
como segurado especial, condição que deve ser analisada 
no caso concreto. 
– ECONOMIA FAMILIAR – 
21 
• RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC 
E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. TRABALHO RURAL. 
• ARTS. 11, VI, E 143 DA LEI 8.213/1991. SEGURADO ESPECIAL. 
• CONFIGURAÇÃO JURÍDICA. TRABALHO URBANO DE 
INTEGRANTE DO GRUPO FAMILIAR. REPERCUSSÃO. 
NECESSIDADE DE PROVA MATERIAL EM NOME DO MESMO 
MEMBRO. EXTENSIBILIDADE PREJUDICADA. 
• 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de desfazer 
a caracterização da qualidade de segurada especial da recorrida, em 
razão do trabalho urbano de seu cônjuge, e, com isso, indeferir a 
aposentadoria prevista no art. 143 da Lei 8.213/1991. 
• 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não 
evidencia ofensa ao art. 535 do CPC. 
• 3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não 
descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados 
especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade do trabalho 
rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das 
instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ). 
22 
• 4. Em exceção à regra geral fixada no item anterior, a extensão de 
prova material em nome de um integrante do núcleo familiar a outro 
não é possível quando aquele passa a exercer trabalho incompatível 
com o labor rurícola, como o de natureza urbana. 
• 5. No caso concreto, o Tribunal de origem considerou algumas provas 
em nome do marido da recorrida, que passou a exercer atividade 
urbana, mas estabeleceu que fora juntada prova material em nome 
desta em período imediatamente anterior ao implemento do requisito 
etário e em lapso suficiente ao cumprimento da carência, o que está 
em conformidade com os parâmetros estabelecidos na presente 
decisão. 
• 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido ao 
regime do 
art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. 
• (REsp 1304479/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012) 
– ECONOMIA FAMILIAR – 
23 
• Exceções (rendas permitidas): 
▫ Benefício (pensão, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão) que 
não supere o salário mínimo: 
Pensão deve ser considerada apenas a cota-parte de 
cada um e nao o total to benefício 
Da mesma forma o auxílio-reclusão 
Auxílio-acidente pode ter origem rural ou urbana 
Com relação aos demais benefícios deve-se aplicar o 
disposto no art. 15, inc. I da Lei 8.213/91 
 
▫ Benefício previdenciário decorrente de previdência 
complementar 
– ECONOMIA FAMILIAR – 
24 
• Exceções (rendas permitidas): 
– exercício de atividade remunerada em período não 
superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou 
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 
deste artigo; 
– Período de entressafra (termo que foi excluído pela Lei 
12.873/13) era de difícil de caracterizar em algumas 
atividades como hortifrutigranjeiros, leite… 
• A atividade essencial continua sendo a agrícola/pesca 
• Esses 120 dias são computados junto com o período de 
atividade rural, como se esta fosse 
– ECONOMIA FAMILIAR – 
25 
• Exceções (rendas permitidas): 
▫ Exercício de mandato eletivo de dirigente sindical 
No mesmo sentido do disposto no art. 12, § 5º da Lei 
8.212/91: 
§ 5º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do 
mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime 
Geral de Previdência Social-RGPS de antes da 
investidura. 
▫ Exercício de mandato de vereador ou de dirigente de 
cooperativa rural composta de segurados especiais, desde 
que continuem exercendo a atividade rural 
Art. 12. § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 deste 
artigo não dispensa o recolhimento da contribuição 
devida em relação ao exercício das atividades de que 
tratam os referidos incisos. 
– ECONOMIA FAMILIAR – 
26 
• Exceções (rendas permitidas): 
 
▫ Parceria ou meação (até 50% da área), desde que 
outorgante e outorgado continuem segurados especiais 
Nao é permitido arrendamento. 
▫ Atividade artesanal 
Diferença entre artesanato e beneficiamento ou 
industrialização artesanal de produto agrícola (esta 
sem limite de valor); 
Com matéria prima própria e adquirida 
Artesanto e Até salário mínimo. 
 
▫ Atividade artística até salário mínimo 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
27 
• Fatos que não descaracterizam a condição de segurado 
especial: 
 
• Parceria, meação ou comodato: até 50% da 
propriedade 
• No entendimento do INSS a área cedida nao é 
deduzida da área dos 4 módulos fiscais 
• Exploração da atividade turística, inclusive com 
hospedagem por até 120 dias no ano 
• A atividade turística é ampla e incentivada pelo 
Governo Federal 
• É fundamental para preservação do meio ambiente e 
educação ambiental 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
28 
• Fatos que não descaracterizam a condição de segurado 
especial: 
 
• A participação em plano de previdência complementar 
instituído por entidade classista a que seja associado, em 
razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural 
em regime de economia familiar 
• Nem a renda, nem o fato de participar de plano de 
previdência complementar implica na descaracterização da 
condição de segurado especial 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
29 
• Fatos que não descaracterizam a condição de 
segurado especial: 
 
• A utilização de processo de beneficiamento ou 
industrialização artesanal – 
▫ O art. 25, § 3º - produção agrícola. Há forte incentivo estatal 
para a constituição de agroindústrias 
▫ Os agricultores familiares comercializam muitos produtos de 
agroindústrias em feiras: Ver mais em 
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/safagro/sobre-o-
programa 
▫ Atualmente há obrigação de aquisição de 30% da merenda 
escolar da agricultura familiarconforme Lei 11.947/09 
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
30 
• Fatos que não descaracterizam a condição de 
segurado especial: 
 
• A participação em programas assistenciais 
▫ O Brasil vem desenvolvimento vários programas de combate 
à pobreza (25% da população rural encontra-se em situação 
de pobreza) 
Programas assistenciais fundamentais: Bolsa-Família; Luz 
para Todos; acesso à água, e outros. 
 
• Associação em cooperativa agropecuária: 
▫ No Brasil há 1.548 cooperativas agropecuárias, com mais de 
940 mil associados. 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
31 
• Fatos que não descaracterizam a condição de 
segurado especial: 
• A incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI 
sobre o produto das atividades desenvolvidas como 
empresário, firma individual, sócio de empresa (produção de 
efeito a partir de janeiro 
de 2014) 
 
– IN 77: Art. 42. Não descaracteriza a condição de 
segurado especial: 
– V - a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da 
atividade de processo de beneficiamento ou industrialização 
artesanal, assim entendido aquele realizado diretamente 
pelo próprio produtor rural pessoa física, observado o 
disposto no § 5º do art. 200 do RPS, desde que não sujeito 
à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - 
IPI; 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
32 
• Fatos que não descaracterizam a condição de segurado 
especial: 
• A participação do segurado especial em: 
• sociedade empresária, 
• sociedade simples, 
• como empresário individual ou como titular de empresa 
individual de responsabilidade Limitada de objeto ou 
âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, 
considerada microempresa nos termos da Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não 
o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, 
mantido o exercício da sua atividade rural, a pessoa 
jurídica componha-se apenas de segurados de igual 
natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município 
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas 
atividades. 
– CUSTEIO – 
33 
– Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o 
arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como 
os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades 
em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a seguridade social 
mediante a aplicação de uma alíquota sobre o 
resultado da comercialização da produção e farão jus 
aos benefícios nos termos da lei. 
– CONDIÇÃO DE SEGURADO – 
34 
• IN: Art. 42. Não descaracteriza a condição de segurado 
especial: 
 
• VII - a contratação de trabalhadores, por prazo determinado, à 
razão de, no máximo, 120 (cento e vinte) pessoas/dia dentro 
do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, 
por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de oito 
horas/dia e 44 (quarenta e quatro) horas/semana, não 
devendo ser computado o período em que o trabalhador se 
afasta em decorrência da percepção de auxílio-doença; 
– SEGURADO ESPECIAL – 
35 
• In 77/15: 
 
Art. 39 § 4º Enquadra-se como segurado especial o indígena 
reconhecido pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, 
inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de 
extrativismo vegetal, desde que atendidos os demais 
requisitos constantes no inciso V do art. 42, 
independentemente do local onde resida ou exerça suas 
atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, 
não-aldeado, em vias de integração, isolado ou integrado, 
desde que exerça a atividade rural individualmente ou em 
regime de economia familiar e faça dessas atividades o 
principal meio de vida e de sustento. 
– PRODUTOR RURAL – 
36 
• E o produtor rural que não é segurado especial?? 
• É CONTRIBUINTE INDIVIDUAL – NÃO TRABALHADOR 
RURAL?? 
• Lei 8.212/91 – art. 12, inc. V, alínea “a”: 
• a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, em área superior a 4 
(quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual 
ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade 
pesqueira, com auxílio de empregados ou por 
intermédio de prepostos; 
• ou QUANDO POR QUALQUER RAZÃO DEIXAR DE 
SER SEGURADO ESPECIAL 
• Se "um" é empregador todos os membros do 
grupo familiar perdem a qualidade de segurado 
especial. 
– PRODUTOR RURAL – 
37 
• IN 77/15: 
• Art. 20. É segurado na categoria de contribuinte individual, 
conforme o inciso V do caput do art. 9º do RPS: 
 
• I - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade 
agropecuária (agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira), ou 
atividade pesqueira e extrativista, a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, nas seguintes condições: 
• b) a partir de 23 de junho de 2008, data da publicação da Lei nº 
11.718, de 2008, na atividade agropecuária em área, contínua ou 
descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em 
área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade 
pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados, em 
desacordo com o inciso VII do art. 42, ou por intermédio de 
prepostos, ou ainda na hipótese do art. 41; 
– JURISPRUDENCIA - 
38 
• Art. 12, inc. V (contribuinte individual) alínea “g”: 
• quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em 
caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação 
de emprego; 
• Quem trabalha em caráter eventual para uma ou mais 
empresas 
• Diarista 
• Bóia-fria 
• Eventual 
• A Jurisprudência enquadra (equipara) os diaristas, 
boias-frias, eventuais como SEGURADOS ESPECIAIS 
39 
 COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE 
RURAL 
PERIODOS 
40 
Fazendo uma cronologia, são 3 etapas diferentes para comprovação de 
atividade rural: 
 
 
Período 1 – Antes da lei 13.846/219; 
Período 2 – Da Lei 13.846/2019 até 31/12/2022 
Período 3 – A Partir de 01/01/2023 
 
- ANTES DA LEI 13.846/2019 
41 
Art. 106 da Lei n° 8.213/91 – Esses documentos fazem prova 
de forma mais contundente. 
 
Art. 54 da IN77/2015 – Documentos mais fracos, mas que 
também servem de prova. A relação desses artigos é 
exemplificativa. 
 
Anexo II da IN77/15 - Declaração do Trabalhador Rural. 
 
 
DA LEI 13.846/219 ATÉ 31/12/2022 
42 
Nesse período, a comprovação do exercício de 
atividade rural poderá ser feita por autodeclaração 
ratificada por entidades públicas credenciadas, nos 
termos do art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 
2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista 
no regulamento. (Art. 38-B Lei 8.213); 
 
A DeclaraçãoSindical não serve mais para fins de 
comprovação da atividade rural do SE; 
 
 
A Partir de 01/01/2023 
43 
Art. 38-A - O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados 
especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), observado o 
disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 desta Lei, e poderá firmar acordo de 
cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com 
outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal 
para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro. 
 
4º A atualização anual de que trata o § 1º deste artigo será feita até 30 de junho 
do ano subsequente. 
§ 5º É vedada a atualização de que trata o § 1º deste artigo após o prazo de 5 
(cinco) anos, contado da data estabelecida no § 4º deste artigo. 
§ 6º Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de que trata o § 5º deste artigo, o 
segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se efetuados 
em época própria a comercialização da produção e o recolhimento da 
contribuição prevista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1
A PARTIR DE 01/01/2023 
44 
 
 
 
 
“Art. 38-
B .......................................................................................................... 
 
 
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da condição e do 
exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá, 
exclusivamente, pelas informações constantes do cadastro a que se refere 
o art. 38-A desta Lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0
•Súmula 149 STJ: A PROVA 
EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL 
NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA 
ATIVIDADE RURICOLA, PARA EFEITO 
DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO 
PREVIDENCIÁRIO. 
45 
Aposentadoria por idade rural 
• Art. 231. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso 
I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de 
1991 dos segurados empregados, contribuintes individuais e 
especiais, referidos na alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do 
inciso V e no inciso VII do art. 11, todos do mesmo diploma 
legal, não será considerada a perda da qualidade de segurado 
nos intervalos entre as atividades rurícolas, devendo, 
entretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural ou em 
período de graça na DER ou na data em que implementou todas 
as condições exigidas para o benefício. 
• § 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro de 2010 
pelos trabalhadores rurais de que trata o caput enquadrados 
como empregado e contribuinte individual, para fins de 
aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, 
observará as regras de comprovação relativas ao segurado 
especial, mesmo que a implementação das condições para o 
benefício seja posterior à respectiva data. 
Aposentadoria por idade rural 
• § 2º O trabalhador enquadrado como segurado especial 
poderá requerer a aposentadoria por idade sem observância 
à data limite prevista no § 1º, em razão do disposto no inciso I 
do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991. 
• Art. 232. Na hipótese do art. 231, será devido o benefício ao 
segurado empregado, contribuinte individual e segurado 
especial, ainda que a atividade exercida na DER seja de 
natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido 
todos os requisitos para a concessão do benefício rural até a 
expiração do prazo de manutenção da qualidade na condição 
de segurado rural. 
• Parágrafo único. Será concedido o benefício de natureza 
urbana se, dentro do período de manutenção da qualidade 
decorrente da atividade rural, o segurado exercer atividade 
urbana e preencher os requisitos à concessão de benefício 
nessa categoria. 
Aposentadoria por idade rural 
• Art. 158. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao 
trabalhador rural previstos no inciso I do art. 39 e caput § 2º do 
art. 48 ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-
se como período de carência o tempo de efetivo exercício de 
atividade rural, ainda que de forma descontínua, correspondente 
ao número de meses necessários à concessão do benefício 
requerido, computados os períodos a que se referem as alíneas 
"d" e "i" do inciso VIII do art. 42 observando-se que: 
• I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do 
trabalhador rural empregado, contribuinte individual e especial 
será apurada mediante a comprovação de atividade rural no 
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, 
conforme o caso, no mês em que cumprir o requisito etário, 
computando-se exclusivamente, o período de natureza rural; e 
- empregado rural - 
– Idade reduzida: 55 anos mulher e 60 anos homem 
– Assegurado a todos os trabalhadores rurais 
independentemente de contribuiçao até 31 de 
dezembro de 2010 
– Art. 3º Lei 11.718/08: 
– I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade 
comprovada na forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 
24 de julho de 1991; 
- empregado rural - 
• EMPREGADO RURAL: Cômputo especial da carência – Art. 3º Lei 
11.718/08: 
– II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês 
comprovado de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado a 
12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e 
– III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês 
comprovado de emprego, multiplicado por 2 (dois), limitado a 
12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil. 
• Substituiu-se uma regra de transição “para trás” por uma regra de 
transição “para frente” 
• TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO 
 
• SÚMULA 46 
O exercício de atividade urbana intercalada não impede a 
concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, 
condição que deve ser analisada no caso concreto. 
 
• SÚMULA 54 
Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador 
rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência 
deve ser aferido no período imediatamente anterior ao 
requerimento administrativo ou à data do implemento da idade 
mínima 
 Aposentadoria híbrida 
 
• Desde 2008, o art. 48 da Lei 8.213/91 prevê também a 
possibilidade de computar períodos urbanos e rurais para a 
aposentadoria por idade. Porém, neste caso, a idade exigida é 
de 60 anos para a mulher e de 65 anos para o homem. 
 
• Aposentadoria por idade urbana -180 contribuições mensais – 
não se exige qualidade de segurado no momento em que 
completa a idade ou quando do requerimento; 
 
• Aposentadoria por idade rural – 180 meses de atividade rural 
(atividade descontínua?) – qualidade de segurado na DER ou 
quando completa a idade; 
 Aposentadoria híbrida 
• Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao 
segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, 
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se 
homem, e 60 (sessenta), se mulher 
• 1ºOs limites fixados no caput são reduzidos para 
sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de 
trabalhadores rurais, respectivamente homens e 
mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g 
do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. 
• § 2º Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o 
trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de 
atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por 
tempo igual ao número de meses de contribuição 
correspondente à carência do benefício pretendido, 
computado o período a que se referem os incisos III a VIII 
do § 9o do art. 11 desta Lei. 
 Aposentadoria híbrida 
• Decreto 3.048/99: Art. 51. A aposentadoria por idade,uma vez cumprida a 
carência exigida, será devida ao segurado que completar sessenta e cinco 
anos de idade, se homem, ou sessenta, se mulher, reduzidos esses 
limites para sessenta e cinqüenta e cinco anos de idade para os 
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na 
alínea "a" do inciso I, na alínea "j" do inciso V e nos incisos VI e VII do 
caput do art. 9º, bem como para os segurados garimpeiros que 
trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar, conforme 
definido no § 5º do art. 9º. 
• § 1o Para os efeitos do disposto no caput, o trabalhador rural deve 
comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do 
benefício ou, conforme o caso, ao mês em que cumpriu o requisito 
etário, por tempo igual ao número de meses de contribuição 
correspondente à carência do benefício pretendido, computado o 
período a que se referem os incisos III a VIII do § 8o do art. 9o. 
 Aposentadoria híbrida 
• Entendimento do INSS 
 
• Parecer da Consultoria Jurídica n. 616 
• Enunciado n. 36 do CRPS – impossibilidade de julgar 
contra os pareces da Consultoria 
• Dificuldade de mudar posicionamento na via administrativa 
• Principais fundamentos: 
– Restritividade dos benefícios rurais 
– Carência 
– Interpretação expressa da lei 
JULGADOS 
• PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO 
ESPECIAL. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. 
VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535 DO CPC. NÃO 
CARACTERIZAÇÃO. JULGAMENTO EXTRA PETITA. NÃO 
OCORRÊNCIA. ARTIGO 48, §§ 3º E 4º DA LEI 8.213/1991, 
COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.718/2008. 
OBSERVÂNCIA. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E NÃO 
PROVIDO. 
• 1. A Lei 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário 
brasileiro uma nova modalidade de aposentadoria por idade 
denominada aposentadoria por idade híbrida. 
• 2. Neste caso, permite-se ao segurado mesclar o período 
urbano ao período rural e vice-versa, para implementar a 
carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido. 
JULGADO 
• 3. Não atendendo o segurado rural à regra básica para 
aposentadoria rural por idade com comprovação de atividade 
rural, segundo a regra de transição prevista no artigo 142 da Lei 
8.213/1991, o § 3º do artigo 48 da Lei 8.213/1991, introduzido 
pela Lei 11.718/2008, permite que aos 65 anos, se homem e 60 
anos, mulher, o segurado preencha o período de carência 
faltante com períodos de contribuição de outra qualidade de 
segurado, calculando-se o benefício de acordo com o § 4º do 
artigo 48. 
• 4. Considerando que a intenção do legislador foi a de permitir 
aos trabalhadores rurais, que se enquadrem nas categorias de 
segurado empregado, contribuinte individual, trabalhador avulso 
e segurado especial, o aproveitamento do tempo rural 
mesclado ao tempo urbano, preenchendo inclusive carência, 
o direito à aposentadoria por idade híbrida deve ser 
reconhecido. 
• 5. Recurso especial conhecido e não provido. 
• (REsp 1367479/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe 
10/09/2014) 
JULGADO 
• REsp 1367479/RS. 
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. 
ART. 48, §§ 3º e 4º, DA LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E 
RURAL NO PERÍODO DE CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR 
CAMPESINO NO MOMENTO DO IMPLEMENTO DO REQUISITO 
ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. 
EXIGÊNCIA AFASTADO. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO RURAL. 
CONTRIBUIÇÕES. DESNECESSIDADE. PREVIDENCIÁRIO. 
APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º e 4º, DA 
LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO 
DE CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR CAMPESINO NO 
MOMENTO DO IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO 
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADO. 
CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO RURAL. CONTRIBUIÇÕES. 
DESNECESSIDADE. [...] 
• 9. Para o sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na 
aposentadoria por idade híbrida do que se o mesmo segurado 
permanecesse exercendo atividade exclusivamente rural, em 
vez de migrar para o meio urbano, o que representará, por certo, 
expressão jurídica de amparo das situações de êxodo rural, já que, 
até então, esse fenômeno culminava em severa restrição de direitos 
previdenciários aos trabalhadores rurais. [...] 
• 11. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no 
período de carência ou o tipo de trabalho exercido no 
momento do implemento do requisito etário ou do 
requerimento administrativo, o trabalhador tem direito a se 
aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da Lei 
8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de 
labor urbano ou rural. Por outro lado, se a carência foi cumprida 
exclusivamente como trabalhador urbano, sob esse regime o 
segurado será aposentado (caput do art. 48), o que vale também 
para o labor exclusivamente rurícola (§§1º e 2º da Lei 8.213/1991). 
• (REsp 1407613/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 28/11/2014) 
 
OBRIGADA 
• Prof. Heloisa Cunha 
• (77) 99983-1195/(77)3422-7959 
• Heloisa.s.cunha@gmail.com

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