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SEGURADO ESPECIAL – APOSENTADORIA RURAL E HIBRIDA Heloisa Cunha • COMO SABER QUEM SÃO OS TRABALHADORES RURAIS A QUE A CONSTITUIÇÃO SE REFERE AO ESTABELECER A IDADE PARA APOSENTADORIA? • Art. 48 da Lei 8.213/91: • A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. • § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. SEGURADO ESPECIAL Segurado especial (conceito constitucional): ▫ Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. SEGURADO ESPECIAL – SEGURADO ESPECIAL – 4 • A PARTIR DA LEI 11.718/08 MUDOU SIGNIFICATIVAMENTE O CONCEITO, CRIANDO-SE NOVOS CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO • ELEMENTO RESIDÊNCIA: • pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo. • Decreto 3.048/99: Art. 9º § 20. Para os fins deste artigo, considera-se que o segurado especial reside em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de situação do imóvel onde desenvolve a atividade rural, ou em município contíguo ao em que desenvolve a atividade rural. – SEGURADO ESPECIAL – 5 • que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, • na condição de: ▫ produtor, proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário arrendatário rurais, • DE ALGUMA FORMA O SEGURADO DEVE ESTAR VINCULADO À TERRA: QUEM TRABALHA NA ATIVIDADE RURAL TRABALHA NA TERRA DE ALGUÉM – SEGURADO ESPECIAL – 6 QUE EXPLORE ATIVIDADE ÁREA CONTÍNUA OU NÃO DE ATÉ 4 (QUATRO) MÓDULOS FISCAIS • Lei 4.504/64: Art. 5º. Para cálculo do imposto, aplicar-se- á sobre o valor da terra nua, constante da declaração para cadastro, e não impugnado pelo órgão competente, ou resultante de avaliação, a alíquota correspondente ao número de módulos fiscais do imóvel....: – SEGURADO ESPECIAL – 7 § 2º O módulo fiscal de cada Município, expresso em hectares, será determinado levando-se em conta os seguintes fatores: • a) o tipo de exploração predominante no Município: • I - hortifrutigranjeira; • Il - cultura permanente; • III - cultura temporária; • IV - pecuária; • V - florestal; – SEGURADO ESPECIAL – 8 • b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; • c) outras explorações existentes no Município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; • d) o conceito de "propriedade familiar", definido no item II do artigo 4º desta Lei. • ("Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros;) – SEGURADO ESPECIAL – 9 • § 3º O número de módulos fiscais de um imóvel rural será obtido dividindo-se sua área aproveitável total pelo modulo fiscal do Município. • § 4º Para os efeitos desta Lei; constitui área aproveitável do imóvel rural a que for passível de exploração agrícola, pecuária ou florestal. Não se considera aproveitável: • a) a área ocupada por benfeitoria; • b) a área ocupada por floresta ou mata de efetiva preservação permanente, ou reflorestada com essências nativas; • c) a área comprovadamente imprestável para qualquer exploração agrícola, pecuária ou florestal. – SEGURADO ESPECIAL – 10 • Seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; ▫ XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis; – SEGURADO ESPECIAL – 11 • pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; • Conforme o Decreto 3.048/99 (art. 9º § 14), é pescador artesanal: • § 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: • I - não utilize embarcação; ou • II - utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009. • § 14-A. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da pesca artesanal. – SEGURADO ESPECIAL – 12 • O Código de Pesca – Lei 11.959/09 modificou os conceitos relativos à pesca: • Art. 8o Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se como: • I – comercial: • a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar embarcações de pequeno porte; • b) industrial: quando praticada por pessoa física ou jurídica e envolver pescadores profissionais, empregados ou em regime de parceria por cotas-partes, utilizando embarcações de pequeno, médio ou grande porte, com finalidade comercial; – SEGURADO ESPECIAL – 13 • II – não comercial: • a) científica: quando praticada por pessoa física ou jurídica, com a finalidade de pesquisa científica; • b) amadora: quando praticada por brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou petrechos previstos em legislação específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto; • c) de subsistência: quando praticada com fins de consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e utilizando petrechos previstos em legislação específica. – SEGURADO ESPECIAL – 14 • Art. 10. Embarcação de pesca, para os fins desta Lei, é aquela que, permissionada e registrada perante as autoridades competentes, na forma da legislação específica, opera, com exclusividade, em uma ou mais das seguintes atividades: • I – na pesca; • II – na aquicultura; • III – na conservação do pescado; • IV – no processamento do pescado; • V – no transporte do pescado; • VI – na pesquisa de recursos pesqueiros. • Garimpeiro: • Incluído na redação originaria do art. 195, § 8º • Incluído na Lei 8.213/91 • Excluído da condição de segurado especial pela Lei n. 8.938, de 7 de janeiro de 1992 • Excluído do art. 195, § 8ºpela Emenda Constitucional n 20/98 – SEGURADO ESPECIAL – 15 – SEGURADO ESPECIAL – 16 • São segurados especiais: ▫ cônjuge ou companheiro, ▫ filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado ▫ Idade alterada pela Lei 11.718/08 ▫ CF – art. 7º: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; ▫ Que comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. – SEGURADO ESPECIAL – 17 • São segurados especiais: –cônjuge ou companheiro,–Constava na IN 45/10 : –Art. 7º § 13 Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo ou individualmente. –Não consta na nova IN – ECONOMIA FAMILIAR– 18 • Art. 11. Lei 8.213/91: § 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. É uma forma de trabalho e não renda Subsistência é contraponto à agricultura empresarial Hoje a ciência agrária não utiliza mais o termo “subsistência” , mas agricultura familiar Inclui-se expressamente “ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar” – SEGURADO ESPECIAL – 19 • IN 77/15 Art. 39. São considerados segurados especiais o produtor rural e o pescador artesanal ou a este assemelhado, desde que exerçam a atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros. • § 1º A atividade é desenvolvida em regime de economia familiar quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável à sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico, sendo exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes, independentemente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da sua produção, quando houver, observado que: – ECONOMIA FAMILIA – 20 • Art. 12. § 10. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: • CONSTAVA NA IN 45 – art. 7º. § 5º Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: • NÃO CONSTA NA IN 77/15.. • SÚMULA 41 TNU: A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto. – ECONOMIA FAMILIAR – 21 • RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TRABALHO RURAL. • ARTS. 11, VI, E 143 DA LEI 8.213/1991. SEGURADO ESPECIAL. • CONFIGURAÇÃO JURÍDICA. TRABALHO URBANO DE INTEGRANTE DO GRUPO FAMILIAR. REPERCUSSÃO. NECESSIDADE DE PROVA MATERIAL EM NOME DO MESMO MEMBRO. EXTENSIBILIDADE PREJUDICADA. • 1. Trata-se de Recurso Especial do INSS com o escopo de desfazer a caracterização da qualidade de segurada especial da recorrida, em razão do trabalho urbano de seu cônjuge, e, com isso, indeferir a aposentadoria prevista no art. 143 da Lei 8.213/1991. • 2. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não evidencia ofensa ao art. 535 do CPC. • 3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ). 22 • 4. Em exceção à regra geral fixada no item anterior, a extensão de prova material em nome de um integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando aquele passa a exercer trabalho incompatível com o labor rurícola, como o de natureza urbana. • 5. No caso concreto, o Tribunal de origem considerou algumas provas em nome do marido da recorrida, que passou a exercer atividade urbana, mas estabeleceu que fora juntada prova material em nome desta em período imediatamente anterior ao implemento do requisito etário e em lapso suficiente ao cumprimento da carência, o que está em conformidade com os parâmetros estabelecidos na presente decisão. • 6. Recurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. • (REsp 1304479/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe 19/12/2012) – ECONOMIA FAMILIAR – 23 • Exceções (rendas permitidas): ▫ Benefício (pensão, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão) que não supere o salário mínimo: Pensão deve ser considerada apenas a cota-parte de cada um e nao o total to benefício Da mesma forma o auxílio-reclusão Auxílio-acidente pode ter origem rural ou urbana Com relação aos demais benefícios deve-se aplicar o disposto no art. 15, inc. I da Lei 8.213/91 ▫ Benefício previdenciário decorrente de previdência complementar – ECONOMIA FAMILIAR – 24 • Exceções (rendas permitidas): – exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo; – Período de entressafra (termo que foi excluído pela Lei 12.873/13) era de difícil de caracterizar em algumas atividades como hortifrutigranjeiros, leite… • A atividade essencial continua sendo a agrícola/pesca • Esses 120 dias são computados junto com o período de atividade rural, como se esta fosse – ECONOMIA FAMILIAR – 25 • Exceções (rendas permitidas): ▫ Exercício de mandato eletivo de dirigente sindical No mesmo sentido do disposto no art. 12, § 5º da Lei 8.212/91: § 5º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. ▫ Exercício de mandato de vereador ou de dirigente de cooperativa rural composta de segurados especiais, desde que continuem exercendo a atividade rural Art. 12. § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 deste artigo não dispensa o recolhimento da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos incisos. – ECONOMIA FAMILIAR – 26 • Exceções (rendas permitidas): ▫ Parceria ou meação (até 50% da área), desde que outorgante e outorgado continuem segurados especiais Nao é permitido arrendamento. ▫ Atividade artesanal Diferença entre artesanato e beneficiamento ou industrialização artesanal de produto agrícola (esta sem limite de valor); Com matéria prima própria e adquirida Artesanto e Até salário mínimo. ▫ Atividade artística até salário mínimo – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 27 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • Parceria, meação ou comodato: até 50% da propriedade • No entendimento do INSS a área cedida nao é deduzida da área dos 4 módulos fiscais • Exploração da atividade turística, inclusive com hospedagem por até 120 dias no ano • A atividade turística é ampla e incentivada pelo Governo Federal • É fundamental para preservação do meio ambiente e educação ambiental – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 28 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • A participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar • Nem a renda, nem o fato de participar de plano de previdência complementar implica na descaracterização da condição de segurado especial – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 29 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • A utilização de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal – ▫ O art. 25, § 3º - produção agrícola. Há forte incentivo estatal para a constituição de agroindústrias ▫ Os agricultores familiares comercializam muitos produtos de agroindústrias em feiras: Ver mais em http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/safagro/sobre-o- programa ▫ Atualmente há obrigação de aquisição de 30% da merenda escolar da agricultura familiarconforme Lei 11.947/09 http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-agro/sobre-o-programa – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 30 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • A participação em programas assistenciais ▫ O Brasil vem desenvolvimento vários programas de combate à pobreza (25% da população rural encontra-se em situação de pobreza) Programas assistenciais fundamentais: Bolsa-Família; Luz para Todos; acesso à água, e outros. • Associação em cooperativa agropecuária: ▫ No Brasil há 1.548 cooperativas agropecuárias, com mais de 940 mil associados. – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 31 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • A incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas como empresário, firma individual, sócio de empresa (produção de efeito a partir de janeiro de 2014) – IN 77: Art. 42. Não descaracteriza a condição de segurado especial: – V - a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, assim entendido aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, observado o disposto no § 5º do art. 200 do RPS, desde que não sujeito à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI; – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 32 • Fatos que não descaracterizam a condição de segurado especial: • A participação do segurado especial em: • sociedade empresária, • sociedade simples, • como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade Limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. – CUSTEIO – 33 – Art. 195, § 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. – CONDIÇÃO DE SEGURADO – 34 • IN: Art. 42. Não descaracteriza a condição de segurado especial: • VII - a contratação de trabalhadores, por prazo determinado, à razão de, no máximo, 120 (cento e vinte) pessoas/dia dentro do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de oito horas/dia e 44 (quarenta e quatro) horas/semana, não devendo ser computado o período em que o trabalhador se afasta em decorrência da percepção de auxílio-doença; – SEGURADO ESPECIAL – 35 • In 77/15: Art. 39 § 4º Enquadra-se como segurado especial o indígena reconhecido pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal, desde que atendidos os demais requisitos constantes no inciso V do art. 42, independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, não-aldeado, em vias de integração, isolado ou integrado, desde que exerça a atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar e faça dessas atividades o principal meio de vida e de sustento. – PRODUTOR RURAL – 36 • E o produtor rural que não é segurado especial?? • É CONTRIBUINTE INDIVIDUAL – NÃO TRABALHADOR RURAL?? • Lei 8.212/91 – art. 12, inc. V, alínea “a”: • a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; • ou QUANDO POR QUALQUER RAZÃO DEIXAR DE SER SEGURADO ESPECIAL • Se "um" é empregador todos os membros do grupo familiar perdem a qualidade de segurado especial. – PRODUTOR RURAL – 37 • IN 77/15: • Art. 20. É segurado na categoria de contribuinte individual, conforme o inciso V do caput do art. 9º do RPS: • I - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária (agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira), ou atividade pesqueira e extrativista, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, nas seguintes condições: • b) a partir de 23 de junho de 2008, data da publicação da Lei nº 11.718, de 2008, na atividade agropecuária em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados, em desacordo com o inciso VII do art. 42, ou por intermédio de prepostos, ou ainda na hipótese do art. 41; – JURISPRUDENCIA - 38 • Art. 12, inc. V (contribuinte individual) alínea “g”: • quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; • Quem trabalha em caráter eventual para uma ou mais empresas • Diarista • Bóia-fria • Eventual • A Jurisprudência enquadra (equipara) os diaristas, boias-frias, eventuais como SEGURADOS ESPECIAIS 39 COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL PERIODOS 40 Fazendo uma cronologia, são 3 etapas diferentes para comprovação de atividade rural: Período 1 – Antes da lei 13.846/219; Período 2 – Da Lei 13.846/2019 até 31/12/2022 Período 3 – A Partir de 01/01/2023 - ANTES DA LEI 13.846/2019 41 Art. 106 da Lei n° 8.213/91 – Esses documentos fazem prova de forma mais contundente. Art. 54 da IN77/2015 – Documentos mais fracos, mas que também servem de prova. A relação desses artigos é exemplificativa. Anexo II da IN77/15 - Declaração do Trabalhador Rural. DA LEI 13.846/219 ATÉ 31/12/2022 42 Nesse período, a comprovação do exercício de atividade rural poderá ser feita por autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no regulamento. (Art. 38-B Lei 8.213); A DeclaraçãoSindical não serve mais para fins de comprovação da atividade rural do SE; A Partir de 01/01/2023 43 Art. 38-A - O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 desta Lei, e poderá firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro. 4º A atualização anual de que trata o § 1º deste artigo será feita até 30 de junho do ano subsequente. § 5º É vedada a atualização de que trata o § 1º deste artigo após o prazo de 5 (cinco) anos, contado da data estabelecida no § 4º deste artigo. § 6º Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de que trata o § 5º deste artigo, o segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se efetuados em época própria a comercialização da produção e o recolhimento da contribuição prevista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38a.1 A PARTIR DE 01/01/2023 44 “Art. 38- B .......................................................................................................... § 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da condição e do exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá, exclusivamente, pelas informações constantes do cadastro a que se refere o art. 38-A desta Lei. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htmart38b%C2%A71.0 •Súmula 149 STJ: A PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURICOLA, PARA EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO. 45 Aposentadoria por idade rural • Art. 231. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48, ambos da Lei nº 8.213, de 1991 dos segurados empregados, contribuintes individuais e especiais, referidos na alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII do art. 11, todos do mesmo diploma legal, não será considerada a perda da qualidade de segurado nos intervalos entre as atividades rurícolas, devendo, entretanto, estar o segurado exercendo a atividade rural ou em período de graça na DER ou na data em que implementou todas as condições exigidas para o benefício. • § 1º A atividade rural exercida até 31 de dezembro de 2010 pelos trabalhadores rurais de que trata o caput enquadrados como empregado e contribuinte individual, para fins de aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, observará as regras de comprovação relativas ao segurado especial, mesmo que a implementação das condições para o benefício seja posterior à respectiva data. Aposentadoria por idade rural • § 2º O trabalhador enquadrado como segurado especial poderá requerer a aposentadoria por idade sem observância à data limite prevista no § 1º, em razão do disposto no inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991. • Art. 232. Na hipótese do art. 231, será devido o benefício ao segurado empregado, contribuinte individual e segurado especial, ainda que a atividade exercida na DER seja de natureza urbana, desde que o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a concessão do benefício rural até a expiração do prazo de manutenção da qualidade na condição de segurado rural. • Parágrafo único. Será concedido o benefício de natureza urbana se, dentro do período de manutenção da qualidade decorrente da atividade rural, o segurado exercer atividade urbana e preencher os requisitos à concessão de benefício nessa categoria. Aposentadoria por idade rural • Art. 158. Para fins de concessão dos benefícios devidos ao trabalhador rural previstos no inciso I do art. 39 e caput § 2º do art. 48 ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera- se como período de carência o tempo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, correspondente ao número de meses necessários à concessão do benefício requerido, computados os períodos a que se referem as alíneas "d" e "i" do inciso VIII do art. 42 observando-se que: • I - para a aposentadoria por idade prevista no art. 230 do trabalhador rural empregado, contribuinte individual e especial será apurada mediante a comprovação de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, no mês em que cumprir o requisito etário, computando-se exclusivamente, o período de natureza rural; e - empregado rural - – Idade reduzida: 55 anos mulher e 60 anos homem – Assegurado a todos os trabalhadores rurais independentemente de contribuiçao até 31 de dezembro de 2010 – Art. 3º Lei 11.718/08: – I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991; - empregado rural - • EMPREGADO RURAL: Cômputo especial da carência – Art. 3º Lei 11.718/08: – II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado a 12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e – III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 2 (dois), limitado a 12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil. • Substituiu-se uma regra de transição “para trás” por uma regra de transição “para frente” • TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO • SÚMULA 46 O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto. • SÚMULA 54 Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima Aposentadoria híbrida • Desde 2008, o art. 48 da Lei 8.213/91 prevê também a possibilidade de computar períodos urbanos e rurais para a aposentadoria por idade. Porém, neste caso, a idade exigida é de 60 anos para a mulher e de 65 anos para o homem. • Aposentadoria por idade urbana -180 contribuições mensais – não se exige qualidade de segurado no momento em que completa a idade ou quando do requerimento; • Aposentadoria por idade rural – 180 meses de atividade rural (atividade descontínua?) – qualidade de segurado na DER ou quando completa a idade; Aposentadoria híbrida • Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher • 1ºOs limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. • § 2º Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei. Aposentadoria híbrida • Decreto 3.048/99: Art. 51. A aposentadoria por idade,uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado que completar sessenta e cinco anos de idade, se homem, ou sessenta, se mulher, reduzidos esses limites para sessenta e cinqüenta e cinco anos de idade para os trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea "a" do inciso I, na alínea "j" do inciso V e nos incisos VI e VII do caput do art. 9º, bem como para os segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar, conforme definido no § 5º do art. 9º. • § 1o Para os efeitos do disposto no caput, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao mês em que cumpriu o requisito etário, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 8o do art. 9o. Aposentadoria híbrida • Entendimento do INSS • Parecer da Consultoria Jurídica n. 616 • Enunciado n. 36 do CRPS – impossibilidade de julgar contra os pareces da Consultoria • Dificuldade de mudar posicionamento na via administrativa • Principais fundamentos: – Restritividade dos benefícios rurais – Carência – Interpretação expressa da lei JULGADOS • PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535 DO CPC. NÃO CARACTERIZAÇÃO. JULGAMENTO EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. ARTIGO 48, §§ 3º E 4º DA LEI 8.213/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.718/2008. OBSERVÂNCIA. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E NÃO PROVIDO. • 1. A Lei 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro uma nova modalidade de aposentadoria por idade denominada aposentadoria por idade híbrida. • 2. Neste caso, permite-se ao segurado mesclar o período urbano ao período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido. JULGADO • 3. Não atendendo o segurado rural à regra básica para aposentadoria rural por idade com comprovação de atividade rural, segundo a regra de transição prevista no artigo 142 da Lei 8.213/1991, o § 3º do artigo 48 da Lei 8.213/1991, introduzido pela Lei 11.718/2008, permite que aos 65 anos, se homem e 60 anos, mulher, o segurado preencha o período de carência faltante com períodos de contribuição de outra qualidade de segurado, calculando-se o benefício de acordo com o § 4º do artigo 48. • 4. Considerando que a intenção do legislador foi a de permitir aos trabalhadores rurais, que se enquadrem nas categorias de segurado empregado, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial, o aproveitamento do tempo rural mesclado ao tempo urbano, preenchendo inclusive carência, o direito à aposentadoria por idade híbrida deve ser reconhecido. • 5. Recurso especial conhecido e não provido. • (REsp 1367479/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014) JULGADO • REsp 1367479/RS. • PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º e 4º, DA LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO DE CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR CAMPESINO NO MOMENTO DO IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADO. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO RURAL. CONTRIBUIÇÕES. DESNECESSIDADE. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3º e 4º, DA LEI 8.213/1991. TRABALHO URBANO E RURAL NO PERÍODO DE CARÊNCIA. REQUISITO. LABOR CAMPESINO NO MOMENTO DO IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. EXIGÊNCIA AFASTADO. CONTRIBUIÇÕES. TRABALHO RURAL. CONTRIBUIÇÕES. DESNECESSIDADE. [...] • 9. Para o sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na aposentadoria por idade híbrida do que se o mesmo segurado permanecesse exercendo atividade exclusivamente rural, em vez de migrar para o meio urbano, o que representará, por certo, expressão jurídica de amparo das situações de êxodo rural, já que, até então, esse fenômeno culminava em severa restrição de direitos previdenciários aos trabalhadores rurais. [...] • 11. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo, o trabalhador tem direito a se aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da Lei 8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor urbano ou rural. Por outro lado, se a carência foi cumprida exclusivamente como trabalhador urbano, sob esse regime o segurado será aposentado (caput do art. 48), o que vale também para o labor exclusivamente rurícola (§§1º e 2º da Lei 8.213/1991). • (REsp 1407613/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 28/11/2014) OBRIGADA • Prof. Heloisa Cunha • (77) 99983-1195/(77)3422-7959 • Heloisa.s.cunha@gmail.com
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