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Qual o limite da beleza? O cuidado com o corpo vem ganhando cada vez mais espaço na cultura das sociedades atuais. Os padrões de beleza, impostos principalmente pela mídia, fizeram com que houvesse uma crescente preocupação da população com a própria imagem. Esse cuidado, que deveria se mostrar positiva com a procura por um corpo saudável, acabou virando um problema, com a obsessão por um corpo ideal, tornando-se um mal das sociedades contemporâneas. Com a concepção, imposta pela mídia, de que é necessário sempre estar nesses padrões estereotipados, surgem os vícios e as compulsões. Com formas físicas ideais e constantes avanços na área da medicina estética, divulgados pelos meios de comunicação, a busca para se enquadrar nesses status de beleza ganha, progressivamente, mais notoriedade e menos limites. A procura por dietas, tratamentos e até cirurgias cada vez mais radicais desencadeiam doenças e transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, tornando-se uma nova epidemia das sociedades contemporâneas. Ademais, vale ressaltar que essa idealização do corpo acaba sendo favorável a uma exploração financeira. A insaciável busca pelo corpo ideal, somado a falta de ética de alguns profissionais dessa área, fez com que procedimentos cirúrgicos e tratamentos estéticos com preços exuberantes se tornaram cada vez mais recorrentes, transformando, assim, esse problema social numa grande fonte de lucro para o capitalismo explorador. Portanto, podemos concluir que a procura por um corpo ideal acabou ultrapassando os limites de uma busca saudável, transformando-se em um problema a ser combatido. Não se faz necessário exprobar a preocupação com a autoimagem, entretanto, tornam-se imprescindíveis a desconstrução dos estereótipos e padrões de beleza, para que assim seja possível superar os ideais de “corpo ideal”, garantindo uma maior diversidade.
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