Prévia do material em texto
Coesão e Coerência Semana 8 2º Bimestre Coesão e Coerência Quando falamos sobre coesão e coerência, falamos sobre a forma como se constrói um texto com a finalidade de produzir sentido. Sendo assim, “coesão” vem de coser, ou seja, costurar: a forma como você “costura” seu texto, as palavras utilizadas para unir frases, períodos e parágrafos. Já a coerência é sobre a sequência lógica e ordenada de informações a fim de fazer o seu leitor entender sobre o que você está falando. Garantindo assim uma boa interpretação do texto. Observe o exemplo abaixo: “A música faz meu coração bater mais forte. O coração bombeia sangue para o corpo. O vampiro gosta de sangue. Vermelho é a cor do sangue. Eu gosto de paçoca.” Éuq? Esse texto não é coeso e nem coerente, pois não possui “elementos coesivos”, ou seja, de ligação entre os períodos e não é coerente porque não se entende qual o sentido que se quer passar com essas informações, elas são soltas. Todo texto é composto por uma macroestrutura e uma microestrutura. macroestrutura A macroestrutura refere-se à coerência, ou seja, à manutenção da mesma referência temática (mesmo tema, falar sobre a mesma coisa do início ao fim) em toda extensão. Para que ela exista é necessário: 1. Harmonia de sentido de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo; 2. Relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido; 3. As partes devem estar inter-relacionadas; 4. Não apresentar contradições entre ideias; 5. Apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo. microestrutura A microestrutura refere-se à coesão que é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Diz respeito às articulações gramaticais existentes entre as palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial. Para que o texto seja coeso, deve seguir pelo menos um dos mecanismos de coesão: 1. Retomada de termos, expressões ou frases já ditas. (pronomes relativos) 2. Encadeamento de segmentos do texto feito com conectores ou operadores discursivos, tais como: então, portanto, mas, já, porque… (conjunções e preposições) Referências anafóricas e catafóricas A anáfora e a catáfora são mecanismos linguísticos que servem para antecipar um termo que será citado ou referenciar uma palavra que já foi anteriormente colocada no texto. (lembra do vídeo dos pronomes? Este-esse-aquele? Referência anafórica e catafórica? É sobre isso também!) Os termos anafóricos e catafóricos são fundamentais para garantir a coesão do texto. Isso porque a utilização correta desses termos é o que garantirá um encadeamento lógico das ideias, permitindo a compreensão do texto. Além disso, a anáfora e a catáfora impedem a repetição excessiva e muito próxima de palavras, evitando que a redação se torne cansativa, entediante e até mesmo confusa. Anáfora (para trás) A anáfora faz referência a um termo ou expressão citado anteriormente no texto. Ou seja, ela é utilizada para a retomada de algo. Veja alguns exemplos: “O médico recusou-se a falar com a imprensa. Criticá-lo apenas fez com que a comunicação fosse prejudicada.” — nesse caso, o pronome oblíquo “lo” retoma “médico”. “O Brasil é o segundo maior importador de azeite. O produto é comumente utilizado na culinária do país.” — Aqui, o substantivo “produto” retoma e substitui o termo “azeite”. “Mesmo com a economia prejudicada, o que não para de crescer é a indústria da beleza. Esta ainda se mantém projetando crescimentos exorbitantes.” — o pronome “esta” está retomando “indústria da beleza”. Catáfora (para frente) A catáfora faz referência a um termo que será citado posteriormente no texto. Fica mais fácil de entender visualizando os exemplos: “A reação da sociedade mediante a um possível novo aumento dos preços quer dizer isto: indignação.” — aqui, o pronome demonstrativo “isto” referencia o termo “indignação”. “E lá estava ela, instaurando-se silenciosamente: a maior crise hídrica da história.” — o pronome “ela” faz referência catafórica a “a maior crise hídrica”.