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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ CAMPUS CASTANHAL GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ANA PAULA OLIVEIRA ARANHA MARCOS HAROLDO REIS LIMA FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NATIVOS EM AGROECOSSISTEMAS DE LARANJA NOS MUNICÍPIOS OURÉM E CAPITÃO POÇO, PARÁ CASTANHAL - PA 2018 ANA PAULA OLIVEIRA ARANHA MARCOS HAROLDO REIS LIMA FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NATIVOS EM AGROECOSSISTEMAS DE LARANJA NOS MUNICÍPIOS OURÉM E CAPITÃO POÇO, PARÁ Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA – Campus Castanhal. Como requisito para a obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. João Tavares Nascimento. CASTANHAL - PA 2018 Dados para catalogação na fonte Setor de Processamento Técnico Biblioteca IFPA - Campus Castanhal A662f Aranha, Ana Paula Oliveira Fungos micorrízicos arbusculares nativos em agroecossistemas de laranja nos Municípios Ourém e Capitão Poço, Pará. / Ana Paula Oliveira Aranha, Marcos Haroldo Reis Lima. — 2018. 45 f. Impresso por computador (fotocópia). Orientador: Prof. Dr. João Tavares Nascimento Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) — Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, 2018. 1. Agronomia – Ourém (PA). 2. Agronomia – Capitão Poço (PA). 3. Fungos micorrízicos. 4. Laranja – Cultivo. I. Lima, Marcos Haroldo Reis. II. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. III. Título. CDD: 630.98115 Suzi Helena Soares dos Santos CRB-2 856 ANA PAULA OLIVEIRA ARANHA MARCOS HAROLDO REIS LIMA FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NATIVOS EM AGROECOSSISTEMAS DE LARANJA NOS MUNICÍPIOS OURÉM E CAPITÃO POÇO, PARÁ Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA – Campus Castanhal. Como requisito para a obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo. Data da Defesa: 01/03/2018 Conceito: ___________________________________ Orientador: Prof. Dr. João Tavares Nascimento Instituto Federal do Pará - Campus Castanhal ___________________________________ Prof. Dr. Augusto José Silva Pedroso Instituto Federal do Pará - Campus Castanhal ___________________________________ Prof. Dr. Cícero Paulo Ferreira Instituto Federal do Pará - Campus Castanhal Dedicamos À Deus, pelo dom da vida, pela sabedoria, força e coragem durante essa trajetória. A nossas famílias por sempre estarem ao nosso lado, apoiando nossas decisões e a todos que contribuíram para a realização desse sonho. Agradecimentos: Ana Paula Oliveira Aranha “A medida do amor é amar sem medida” (Santo Agostinho). Com essa certeza quero expressar meu amor e gratidão a Deus, por ter me dado força e ânimo para chegar até aqui, tu senhor conheces meus sonhos, propósitos, dificuldades mais acima de tudo és meu guia, minha fortaleza. Aos meus pais Ana Célia Oliveira e Francinaldo Aranha, por todo amor, esforço, educação e trabalho dedicado a mim, e por sempre estarem no meu lado nos momentos mais felizes e triste da minha vida. Aos meus avós paternos Aristides e Maria do Carmo, e materno Lúcio e Maria (in memoria), à vocês dedico todas as vitórias da minha, obrigada por me encorajarem a realizar todos os sonhos que planejei, e por terem impulsionado à chegar até aqui. Todo amor que dedico a vocês, é do tamanho de um grão de mostarda, próximo de tudo o que fizeram por mim. Ao meu irmão Chelton, por tornar minha vida mais feliz todos os dias, com sua leveza e simplicidade de ser. Aos meus amados afilhados Gabriel, Alice e Waléria por despertarem em mim o desejo de um mundo melhor, e a minha Irmã paterna Bianca, que apesar de não estar cotidianamente comigo, ajudou-me neste percurso. Aos meus tios, primos, e familiares por estarem sempre ao meu lado, sei o quanto essa conquista é importante para nós. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará- IFPA Castanhal, por tudo que me foi proporcionado ao longo do curso técnico e graduação. Ao meu professor e orientador João Tavares, pelo tempo dedicado à este trabalho, orientação, ensinamentos e parceria. Ao meu parceiro de TCC Marcos Haroldo, por ter me acolhido neste projeto em que realizamos uma boa parceria. Juntos apreendemos mais um pouco sobre esse universo incrível da ciência do solo. Obrigada pela amizade desde do curso técnico. Ao Ronaldo Cavalcante, Kelly Borges, Breno, Marcelo Siqueira e Alex Medeiros, que dedicaram um tempo para nos ajudarem na construção e realização deste trabalho. Aos Professores Augusto Pedroso e Cícero Paulo, pela colaboração e disponibilidade. Ao meu querido Professor Acácio Tarcísio, palavras não são suficientes para expressar minha gratidão por tudo que já fizestes por mim, com esse jeito humilde de ser me ensinou muito sobre a vida e por quem eu deve lutar. A minha mãe “portiça” Profa Louíse Rosal, por ter vivido, acompanhado e tornado realidade muitos dos meus sonhos, mesmo com filhos pequenos, dedicou seu tempo a mim e aos meus amigos do PET Agronomia, nos guiando, fortalecendo e mostrando bons caminhos. Ao Técnico Sávio Tavares, por ter me proporcionado muitas oportunidades desde do curso técnico, você não me proporcionou só uma bolsa estudantil, mais mostrou-me o caminho da fé e o valor do ser humano. Ao meu namorado Márcio Alan, por me apoiar e estar comigo nessa trajetória. Aos meus estimados amigos Alex Medeiros e Kelly Karoline, pela a amizade dedicada à mim, desde do curso técnico até aqui, vocês são meus irmãos do coração, que levarei para a vida toda. As amigas que a agronomia me deu: Tayse Fernanda, Raquel de Jesus, Hemelyn Soares, que tiveram dispostas a me ajudar, ouvir, compartilhamos momentos incríveis juntas com risos, abraços, conforto, sou grata à Deus por ter colocado vocês para cruzarem meu caminho. Aos amigos e colegas de turma da Agronomia 2013, que apesar dos nossos altos e baixos, sempre nos dedicamos para alcançar nossos objetivos. A nossa turma é como um jardim de rosas, que a pesar dos espinhos, exala boas essências e quando menos se espera desabrocha flores, amores, amizades, cumplicidade e companheirismo. Aos meus amigos Ozanira Flores, Janes Costa, Maiara Souza, Adalgisa Lima, Silviane Messias, Jean Marcel, Edson Wander, Tiago Soeiro, Lucas Palheta, Miciane Araújo, Eliane Nascimento, Marcelo Siqueira, Sávio Marques, Lucas Tokumitsu, Robson Oliveira, Daniel Tavares e Michael Ruan, foram as pessoas em que fizeram presente em meu cotidiano além da sala de aula e cultivamos uma boa amizade. A todos os meus professores, em especial Adebaro Reis, Célia Guimarães, Gilberta Souto, Augusto Pedroso, Louíse Rosal, os quais foram escolhidos para ser homenageados por essa grande turma. E também ao Alisson Sousa, Javier Pita, Romier Paixão, Suezilde Amarale Regina Joele. A minha equipe de trabalho, Raquel, Jean, Silviane, Edson e Michael, que apesar de nossas peculiaridades sempre demos o melhor de nós para o bem comum. A Casa Família: Padre Mario Antoneli, que acolheu-me no momento em que mais precisei, e apesar dos altos e baixos conheci amigos incríveis os quais vou levar pra toda vida: Elizeu Jr., Nívia, Laíze, Magda, Rodrigo, Milane, Amanda, Kelly 1, Elana, Alex, Miciane, Kelly 2 e Dona Elza Matos. Ao PET-Agronomia, expresso minha gratidão pelos momentos de alegrias, brincadeiras, estudos, aprendizagem e troca de conhecimentos, vocês irão fazer falta na minha rotina. Ao setor de agroindústria por ter me proporcionado grandes oportunidades ao longo do curso técnico e graduação. Especialmente na pessoa do Seu Tavares (in memoria), Suezilde, Regina, Danila, Osnan, Renise, Walter, Tia Maria e Elis Regina. Aos meus companheiros de aluguel, Alex, Fernanda, Marcio e Camilly, pela convivência e companheirismo durante esses anos. A todos que contribuíram direta e indiretamente para que esse sonho tornasse realidade. Por fim à agricultura minha grande inspiração, de onde sai o meu sustento e alimento. Por isso escolhi estar no campo, escolhi acima de tudo a simplicidade, a sabedoria e a paciência do agricultor. Obrigada a todos essa vitória é nossa! Agradecimentos: Marcos Haroldo Reis Lima Primeiramente queria agradecer a Deus, o escritor da vida, o criador de tudo, o modelador do caminho para o futuro, aquele que eu acredito e que governa o mundo e a alma de todo ser do universo, e a Nossa Senhora, minha mãe eterna, que abita em meu coração; A meus pais José Haroldo e Antônia da Penha, meus heróis, minha base, meu porto seguro, que sempre nos ensinaram o que é certo e o que é errado, que nos deram carinho, amor, que sempre batalharam para dar para mim e meus irmãos uma vida e um futuro digno, que sempre estiveram ali quando mais precisamos, duas grandes almas que Deus me deu minha vida e nunca me achei merecedor de tê-las, que mesmo desempregados se esforçaram para a realização desse sonho, vocês são minha vida e os amo com todo o sentimento que existe dentro de mim; A meus irmãos Marcela, Mauricio e a minha cunhada Fabrícia que se tornou uma irmã, que também são minha vida, meu tudo, eternos companheiros e que pela felicidade deles eu pagaria qualquer preço; Aos meus avós, em especial a minha vovó Regina e minha vovó Mimita (Maria de Jesus), que são minhas outras mães, e meu avó Teotônio, pessoas que além de cuidar de mim se dispuseram a me ajudar nessa longa caminhada; A meus padrinhos Antônio e Edite, que são meus segundos pais, que desde meu nascimento estiveram comigo e minha família, e que me ajudaram muito nessa batalha; A todos os meus tios e tias que direta ou indiretamente me ajudaram, em especial ao meu tio Saul, minha tia Darc e a minha tia Regina, que além de me ajudar todos esses anos, foram pessoas que me influenciaram a correr atrás desse sonho, naquele domingo em que passei no vestibular; A todos os meus primos e primas, em especial aos meus primos Cristiano, Thiago e Igor, e meu primo tio Eduardo, que sempre estiveram ali quando precisei; Ao IFPA - Campus Castanhal, instituição que me acolheu desde o curso técnico em agropecuária e a todos os professores que passaram seus ensinamentos e me tornaram esse profissional; Aos professores, que desde o início acreditaram no meu potencial, Célia Guimaraes e Alisson Sousa, do NUPAGRO-IFPA, aos servidores do laboratório de solos Jeferson e Wagner, e em especial ao meu orientador João Tavares Nascimento que acolheu minhas ideias de pesquisa e se fez presente sempre para ajudar em meu crescimento profissional, e a todo NUPECSA-IFPA; e A todos os meus amigos, que estiveram juntos nessa caminhada, Juliana Brito, Leonardo Sousa, Ronaldo Cavalcante, Kelly Borges, Francisco de Assis, Lucas Gabriel, José Carlos Jr., Michael Ruan, Dábila Carla, Alex Medeiros, Breno Sousa, Jéssica Sousa, Lorena Monteiro, Tiago Soeiro, Luana França, Amanda Corrêa e Ana Paula, além de todos os colegas do Pós Médio A 2010 e da Agronomia 2013. Em especial a Amanda Corrêa, que foi uma pessoa muito importante, me encorajou e me deu forças para voltar e cursar agronomia no IFPA, ao Leonardo Sousa, um irmão que sempre esteve comigo e hoje sou agradecidíssimo em ser padrinho do seu filho, o pequeno Erick, a essas grandes pessoas, que se tornaram meus irmão, Ronaldo, Kelly e Breno, meus amigos e companheiros, que estiveram ali quando eu precisava e transformaram todas ideias discutidas madrugada a fora na escada de casa, a famosa escada dos sonhos, em todos os trabalhos que foram elaborados durante essa caminhada, a Lorena Monteiro uma grande amiga que sempre esteve disposta a me ajudar nos momentos em que eu precisei, Ana Paula, minha amiga desde meu curso técnico, que abraçou esse trabalho e me ajudou a desenvolve-lo e a Juliana Brito, que sempre esteve comigo me dando apoio nos momentos difíceis. Aqui venho dizer, que além de todos os ensinamentos profissionais, eu aprendi uma valiosa lição, durante esses anos, que a família sempre vai estar comigo, para o que der e vier. Família, que além da que eu já tinha em minha pequena cidade de Ourém, eu acabei ganhando mais uma em todos esses anos no IFPA-Castanhal. Essa caminhada não foi fácil, teve muitos momentos de tristeza, desespero, mais nada que com a ajuda de todos aqui citados, não se tornaram uma batalha impossível de se vencer, houveram também momentos felizes em minha vida acadêmica, e que sou eternamente grato por vocês proporciona-los. E deixar três pensamentos meus: Que sem vocês eu sou absolutamente nada; que sem luta, não há vitória; e que eu acredito muito, mais muito, na minha família. Muito obrigado! “Lembra que o solo é sagrado e alimenta de horizontes” RESUMO Os Fungos Micorrízicos Arbusculares são organismos simbióticos obrigatórios, que colonizam raízes das plantas, conhecidos amplamente por aumentar a absorção de nutrientes, principalmente o Fósforo, influenciando em maior incremento da produção vegetal. Todavia, pesquisas em outras regiões do Brasil indicam que a cultura da laranja apresenta alta dependência por esses fungos para seu pleno desenvolvimento, mas na região amazônica essas pesquisas ainda são incipientes, necessitando de maiores estudos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência de fungos Micorrízicos Arbusculares nativos em agroecossistemas de laranja nos municípios de Ourém e Capitão Poço, em dois períodos climáticos, mais chuvoso e menos chuvoso, do ano. Neste trabalho avaliaram-se a densidade de esporos e colonização radicular de laranjeiras em dez propriedades nos municípios estudados, além da colonização radicular por faixas de idade dos plantios, bem como a correlação da colonização radicular e densidade de esporos com o Fósforo nos dois períodos climáticos. Para as análises química do Fósforo foi coletado solo das entrelinhas dos plantios na profundidade de 0-20cm. E, para a densidade de esporos e colonização de raízes foram coletadas amostras de solo rizosférico e raízes de 20 plantas de laranjeiras por hectare, respectivamente, na profundidade aproximada entre 10-30cm, no período mais chuvoso (Mar/Abr/2017) e menos chuvoso (Set/Out/2017), da região. Os resultados desta pesquisa mostraram que o período mais chuvoso influenciou, significativamente na colonização radicular de laranjeiras, nos dois municípios estudados, enquanto que na densidade de esporos, foi observado maior população nativa nos plantios de laranja do município de Ourém. Já, para a colonização radicular entre faixas de idade de plantios de laranjeiras não houve diferença significativa, enquanto para a correção de Fósforo, não foi detectado efeito interativo com a colonização radicular e densidade de esporos nos períodos avaliados. Esses resultados permitem concluir que o período chuvoso influenciou positivamente na colonização radicular, e que a idade das plantas não influenciaram a colonização radicular por FMA’s nos agroecossistemas analisados, bem como, não foi detectado correlação do nutriente Fósforo com a colonização radicular e densidade de esporos. Palavras-chaves: Simbiose. Rizosfera. Citros. ABSTRACT Arbuscular Mycorrhizal fungi are obligatory symbiotic organisms, which colonize plant roots, widely known to increase the absorption of nutrients, especially phosphorus, influencing a greater increase of plant production. However, research in other regions of Brazil indicates that orange cultivation is highly dependent on these fungi for their full development, but in the Amazon region these studies are still incipient, requiring further studies. The objective of this work was to evaluate the occurrence of native Arbuscular Mycorrhizal fungi in orange agroecosystems in the municipalities of Ourém and Capitão Poço, in two climatic periods, more rainy and less rainy, of the year. This work evaluated the spore density and root colonization of orange trees in ten properties in the studied municipalities, besides the root colonization by age ranges of the plantations, as well as the correlation of root colonization and spore density with Phosphorus in the two climatic periods. For the chemical analyzes of the Phosphorus soil was collected between the lines of the plantations in the depth of 0-20cm. E, for spore density and root colonization, samples of rhizospheric soil and roots of 20 orange plants per hectare, respectively, were collected at approximately 10-30 cm depth in the rainy season (Mar / Abr / 2017) and less rainy season (Sep / Oct / 2017) of the region. The results of this research showed that the rainy season had a significant influence on the root colonization of orange trees in the two municipalities studied, while in the spore density, a larger native population was observed in the orange plantations of the municipality of Ourém. However, for the root colonization between age ranges of orange plantations there was no significant difference, whereas for the Phosphorus correction, no interactive effect was detected with root colonization and spore density in the evaluated periods. These results allow to conclude that the rainy period had a positive influence on root colonization, and that plant age did not influence root colonization by AMF in the analyzed agroecosystems, as well as, no correlation of the nutrient Phosphorus with root colonization and spore density was detected. Keywords: Symbiosis. Rhizosphere. Citros. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Representação esquemática das estruturas dos FMA nas raízes. .......................... 20 Figura 2 - Mapa de localização e limites municipais dos municípios de Ourém e Capitão Poço, no estado do Pará. ........................................................................................................... 23 Figura 3 - Procedimentos de coleta de material: A) coleta de raízes e solo rizosférico; B) identificação das plantas. .......................................................................................................... 26 Figura 4 - Procedimentos do peneiramento úmido: A) Pesagem do solo rizosférico. B) Agitação mecânica. C) Peneiramento do material em suspenção. D) Água aparentemente limpa. ........................................................................................................................................ 26 Figura 5 - Procedimentos após o peneiramento úmido: A) Adição do caulim. B) Centrifugação. C) Descarte do material em suspensão. D) Adição de sacarose a 60%. .......... 27 Figura 6 - Colonização radicular por FMA’s na cultura da laranja. ........................................ 28 Figura 7 - A) FMA’s formadores de colônias; B) FMA isolado. ........................................... 31 Figura 8 - Correlação entre colonização de FMA e fósforo de solo coletados das entre linhas de cultivo de citros, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos chuvoso (A) e mais chuvoso (B). ...................................................... 35 Figura 9 - Correlação entre esporos de FMA e fósforo de solo coletado das entre linhas de cultivo de citros, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos chuvoso (A) e mais chuvoso (B). ............................................................. 35 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840880 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840881 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840881 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840882 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840882 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840883 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840883 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840883 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840884 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840884 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840885 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840886 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840887 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840887 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840887 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840888 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840888 file:///C:/Users/c/Documents/TCCENDO/TCCENDO%20MESMO%20CORREÇÃO%2022-02-18.docx%23_Toc509840888 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos seco e chuvoso. ................................................. 30 Tabela 2 - Densidade de esporos de FMA’s por 50g de solo nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos seco e chuvoso. ....................... 313 Tabela 3 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA por idades dos plantios nos períodos menos chuvoso*. ...... 325 Tabela 4 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA por idades dos plantios nos períodos mais chuvoso*. ......... 335 LISTA DE SIGLAS IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e estatística FAPESPA - Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa Af - Classificação relacionada ao clima INIMET - Instituto Nacional de Investigação em Meteorologia Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 18 2.1 Laranja ............................................................................................................................. 18 2.2 Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA’s) ................................................................. 19 2.3 Interação de Fungos Micorrízas Arbusculares (FMA’s) e citros ................................. 21 3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 23 3.1 Local da Pesquisa ............................................................................................................ 23 3.2 Natureza do estudo .......................................................................................................... 24 3.4 Delineamento Experimental ........................................................................................... 24 3.4.1 Colonização radicular e densidade de esporos de FMA’s .................................................. 24 3.4.2 Colonização radicular por FMA’s por idades das plantas .................................................. 24 3.4.3 Correlação entre Fósforo ................................................................................................... 25 3.5 Procedimentos metodológicos ......................................................................................... 25 3.5.1 Coleta de solo e raízes para análises .................................................................................. 25 3.5.2 Extração dos esporos de FMA’s do solo rizosférico .......................................................... 25 3.5.3 Avaliação da colonização de FMA’s em raízes finas ........................................................ 27 3.5.4 Análise de Fósforo (P) ....................................................................................................... 28 3.5.5 Análise estatística .............................................................................................................. 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................ 29 4.1 Caracterização das áreas de cultivo ................................................................................ 29 4.2 Colonização radicular (CR) em agroecossistemas de laranja ....................................... 29 4.2 Densidade de esporos (DE) .............................................................................................. 30 4.3 Colonização radicular por idades dos plantios ............................................................... 32 4.4 Interação do nutriente Fósforo (P), entre colonização e esporos nos períodos menos chuvoso e mais chuvoso............................................................................................................ 33 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 37 ANEXOS.................................................................................................................... 41 16 1 INTRODUÇÃO A agricultura sustentável situa-se dentro de um novo conceito de desenvolvimento, o qual pode-se utilizar algumas alternativas para viabilizar melhor a produção, gastando menos insumos para produzir com qualidade e maior quantidade em uma determinada área. Nesse contexto, torna-se importante a utilização de fontes biológicas, como alternativa de redução de custos na atividade agrícola. Um dos objetivos da agricultura sustentável é promover a fertilidade do solo através do manejo adequado, com práticas menos agressivas ao ambiente que façam com que as atividades microbianas do solo sejam estimuladas em benefício dos agroecossistemas e que favoreçam a manutenção da biodiversidade. Os serviços atribuídos a biota do solo, especialmente por fungos, bactérias e outros organismos na ciclagem e absorção de nutrientes pelas plantas, tem se mostrado ao longo do tempo uma importante fonte de estudos dentro dos conceitos de base agroecológica, em prol dos benefícios na agricultura sustentável. Nesse sentido, os fungos micorrízicos arbusculares (FMA’s), são organismos que habitam a microbiota do solo e auxiliam as plantas no seu desenvolvimento, deste modo, os FMA’s nativos são importante por já estarem adaptados aos agroecossistemas, e por serem uma fonte de uso alternativo na agricultura. Isso mostra uma potencialidade para novos estudos, onde os agroecossistemas são manejados com intensa utilização de insumos. Diante desse contexto, atualmente existe um grande interesse da comunidade científica e produtores em promover sistemas de produção compatíveis com as tendências do desenvolvimento sustentável. Por exemplo, na citricultura brasileira têm surgido experiências de produção baseadas nas técnicas da agricultura orgânica, que favorece o desenvolvimento da microbiota do solo com qualidade, otimizando os processos de ciclagens de nutrientes (FRANÇA, 2004). No estado do Pará, devido as suas condições edafoclimáticas serem satisfatórias para a cultura da Laranja (Citrus sinensis), passou-se essa atividade no início da década de 1990, a ter grande importância no cenário produtivo, mais precisamente a região Nordeste Paraense (ALVES et al., 2015). Os municípios de Ourém e Capitão Poço, são os principais produtores de citros da Região Norte, e a cultura da laranja exerce maior importância nessa produção, essa atividade traz aos agricultores emprego e renda, movendo agroindústrias e os comércios locais, sendo Capitão Poço o principal produtor da região Norte do Brasil. Por outro lado, a produtividade da laranja nessa região e considerada baixa, principalmente, pelo baixo nível tecnológico empregado pela maioria dos produtores que 17 atuam a nível familiar, além da deficiência de assistência técnica à esses agricultores. Todavia, deve-se considerar ainda que os solos dessa região são de baixas qualidades naturais, ácidos e arenosos, que, quando não manejados adequadamente, contribuem fortemente para a obtenção de baixas produtividades, por não satisfazer às necessidades da cultura (MOREIRA et al., 2017). A citricultura dessa região destaca-se, tanto na agricultura familiar quanto na agricultura de base convencional, pelo uso intensivo de insumos externos, como fertilizantes e defensivos, onde torna-se uma atividade relativamente cara para esses agricultores, que tendem a investir maiores quantidades capital para desenvolver a citricultura. Tendo em vista a importância econômica, social e ambiental que a produção de laranja exerce na região para a agricultores, e considerando o importante papel desempenhado pelos FMA’s na sustentabilidade de agroecossistemas e ecossistemas naturais, e diante da escassez de estudos sobre a diversidade desses fungos nos agroecossistemas do Nordeste Paraense, o objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência de fungos Micorrízicos Arbusculares nativos em agroecossistemas de laranja nos municípios de Ourém e Capitão Poço, em dois períodos climáticos do ano, mais chuvoso e menos chuvoso, verificar a influência dessa colonização nas idades dos plantios, quantificar o número de esporos entre os períodos climáticos e os municípios e verificar a influência no P na colonização radicular e na densidade de esporos. 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Laranja Os citros compreendem amplo grupo de plantas do gênero Citrus e outros gêneros afins (Fortunella e Poncirus) ou híbridos da família Rutaceae, representado, na maioria, por laranjas (Citrus sinensis), tangerinas (Citrus reticulata e Citrus deliciosa), limões (Citrus limon), limas ácidas como o tahiti (Citrus latifolia) e o galego (Citrus aurantiifolia), e doces como a lima da Pérsia (Citrus limettioides), pomelo (Citrus paradisi), cidra (Citrus medica), laranjaazeda (Citrus aurantium) e toranjas (Citrus grandis). A maioria das árvores cítricas são originários principalmente das regiões subtropicais e tropicais do sul e sudeste da Ásia, abrangendo também áreas da Austrália e África. Foram levados para a Europa na época das Cruzadas. Chegaram ao Brasil trazidos pelos portugueses, no século XVI (MATTOS JUNIOR, 2005). Diante desse contexto, os citros são considerados um grupo de frutíferas de grande importância no Brasil, tanto por sua qualidade nutritiva e sabor agradável, como pela função social e econômica que exerce como produto de exportação. A laranja (Citrus sinensis) é a fruta que mais se destaca neste grupo, sendo a que apresenta a maior proeminência, e ao mesmo tempo é aquela em que o Brasil é campeão em produção mundial (OLIVEIRA; OLIVEIRA; MOURA, 2012). Essa cultura vem se desenvolvendo no Nordeste Paraense principalmente nas últimas duas décadas, com o foco principal nos municípios de Capitão Poço, Garrafão do Norte, Ourém e Irituia (IBGE, 2017), com o destaque para o plantio de laranja, promovendo o desenvolvimento da região, gerando emprego e renda (LEMOS; VELOSO; RIBEIRO, 2004). Segundo Alves et al., 2015, o estado do Pará é responsável por 1,02% (258.758 toneladas) da produção de Laranja no Brasil, desse montante o município de Capitão Poço é responsável por 57% (146.370 toneladas) do total produzido pelo estado (IBGE, 2015). Mesmo com esses avanços e a importância da cultura na região, o que se observa é um baixo nível tecnológico por parte da maioria dos produtores, principalmente aqueles que atuam a nível familiar, assim como a falta de investimento nas propriedades agrícolas, além da deficiência por parte da assistência técnica. Esse conjunto de fatores contribui de forma importante para aplicação de práticas e manejos inadequados que por muitas vezes a instalação dos pomares é feita em solos cujas características são impróprias às necessidades da cultura (MOREIRA et al., 2017). 19 Os pomares de citros do estado do Pará são formados principalmente por laranjeiras da variedade “Pera”, enxertadas em limoeiros da variedade “Cravo” (C. limonia). Esta variedade de porta-enxerto é conhecida por não ter resistência ao Phytophtora spp. nas condições edafoclimáticas locais, o que pode trazer sérios impactos negativos na produção (RIBEIRO; DA SILVA; RIBEIRO, 2006), além de ser altamente sensível ao alumínio no solo, quando comparado com outros porta-enxertos (PEREIRA et al., 2003). O limão “Cravo” apresenta grande dependência dos Fungos Micorrízicos Arbusculares para o seu pleno desenvolvimento, principalmente no que diz respeito à precocidade, produção de matéria seca e diâmetro do caule, fatores de alta importância para um porta- enxerto (MELLONI, 2000). 2.2 Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA’s) A mais de um século são realizados estudos das associações micorrízicas, sendo a simbiose avaliada a mais importante (ALLEN, 1996). O termo micorríza, foi utilizado primeiramente por A. B. Frank, em 1885, para detalhar a união de dois seres distintos, formando morfologicamente um único órgão, no qual o vegetal alimenta o fungo e o fungo o vegetal (SIEVERDING, 1991). As micorrizas estão divididas em sete grupos distintos, segundo suas características, sendo atualmente classificadas em ectomicorrizas, endomicorrizas. O desenvolvimento das ecto se dar superficialmente pelo córtex, já o das endo desenvolve-se tanto inter quanto intracelularmente no córtex das raízes absorvedoras, formando unidades estruturais específicas (CARDOZO JUNIOR, 2010). Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são os mais antigos, existindo evidências, em fosses plantas, que a simbiose já ocorria a cerca de 400 milhões de anos (REMY et al., 1994; ALLEN, 1996). Pertencem ao Filo Glomeromycota simbioticamente associados às raízes de plantas do grupo das Gimnospermas, Angiospermas, Pteridófitas, Briófitas (SCHUSSLER, 2001). Atualmente são descritas cerca de 19 gêneros (OEHL et al., 2003) e 220 espécies de FMA’s (GOTO et al., 2010). Esses fungos são assim denominados devido sua principal característica, a formação do arbúsculo, estrutura formada por várias divisões dicotômicas das hifas. O arbúsculo é o centro de troca entre o fungo e a planta, formando-se intracelularmente nas células do córtex das raízes. Em algumas espécies de FMA’s são formadas estruturas arredondadas ou ovais de paredes finas nas raízes, denominadas vesículas, com função de armazenamento, contendo 20 ampla quantidade de lipídios e glicogênio. Fora da raiz, as hifas se ramificam formando o micélio externo, responsável pela absorção dos minerais (Figura1) (PONTES, 2013). Fonte: INVAM, 2010 adaptado por PERLATTI, 2010. No Brasil existem aproximadamente 120 espécies identificada de FMA’s que correspondem a pouco mais de 50 % do total de espécies registradas. A maioria desses resultados foram alcançados em estudos nos agrossistemas, com registro de 94 espécies em culturas de ciclo perenes e anuais (SOUZA et al., 2010). De acordo com Siqueira et al. (1989) esses fungos ocupam um importante nicho ecológico nos agroecossistemas, e sofrem influencias das práticas de manejo do solo como aração e adubação, monoculturas extensivas e o uso de agrotóxicos, que podem restringir a incidência de determinadas espécies. Como já mencionado, uma das atividades mais importante dos fungos micorrízas é a associação benéfica (simbiose), entre certos fungos e as raízes das plantas, que para sobreviver, extraem grandes vantagens das plantas, uma vez que os mesmos obtêm açucares diretamente das células das raízes, isso representa perda energética para a planta de 5 a 30% de fotoassimilados. No entanto com o crescimento das hifas fúngicas no solo cerca de 5 a 15cm além da raiz, os fungos proporcionam as plantas uma expansão do sistema radicular, melhorando a capacidade de absorção água, fósforo e outros nutrientes (BRADY; WEIL, 2013). Outro benefício da associação micorrízica é a promoção de proteção contra patógenos, Figura 1 - Representação esquemática das estruturas dos FMA nas raízes. 21 o que desencadeiam no hospedeiro diversos outros efeitos ainda não de todo compreendidos (COLOZZI FILHO; CARDOSO, 2000). 2.3 Interação de Fungos Micorrízas Arbusculares (FMA’s) e citros A presença de microrganismos em um determinado solo, está relacionado principalmente as condições ambientais dominantes e os limites de sua genética. Portanto para o bom desenvolvimento do ciclo de vida de um organismo em um habitat, depende da extensão e rapidez de suas respostas fisiológicas em condições ambientais dominantes. Algumas espécies podem sobreviver em condições de extrema salinidade, temperatura, pressão e pH, além de se adaptarem as condições físicas e químicas existentes no solo. Em relação a umidade em um microambiente de solo, a disponibilidade e atividade da água dependem da interação entre temperatura e natureza coloidal do solo, podendo representar um estresse aos microrganismos, quando sofrem essa falta de interação, que necessita desses fatores para atingir suas atividades biológicas e seu crescimento (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006). As interações mais estudadas e conhecidas são as alterações morfológicas e fisiológicas nos organismos envolvidos e que, ao mesmo tempo, têm maior relevância econômica: a simbiose e a patogênese. As simbioses definem-se como uma relação onde ocorrem alterações morfológicas e benefício dos organismos envolvidos, isto é, planta e microssimbionte, enquanto que na patogênese o microrganismo é beneficiado em detrimento da planta (HOFFMANN; LUCENA, 2006). A dependência micorrízica varia de acordo com as espécies fúngicas, os genótipos de citros, e em função da fertilidade do solo, principalmente da disponibilidade de P (GRAHAM; EISSENSTAT, 1998). Na ausência de fungos micorrízicos, a absorção de P pela cultura dos citros cai em até cem vezes, demonstrando a importância da associação entre esses microrganismos e os citros, na questão da nutrição, crescimento e tolerância a estresses bióticos e abióticos (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006; NUNES et al., 2006). Assim como, diferentes variedades de citros não influenciam o número de esporos de FMA por unidade de solo e a colonização micorrízica, além de que todas as variedades formam associação com esse grupo de microrganismos simbiontes (MELO; DA SILVA; YANO-MELO, 2016). Angelo et al. (2016), avaliando a colonização micorrízica em citros no Nordeste Paraense, demonstrou que a colonização radicular encontra-se na média de 46,2%, enquanto 22 que a densidade de esporos é 187 esporos/50g de solo, o que segundo os autores desse trabalho são valores considerados baixos para a cultura dos citros. Nunes (2004), estudando a colonização radicular por FMA nativos em porta-enxertos de limão cravo, observou que o limão apresenta uma elevada dependência da colonização micorrízica, quando comparado com outros porta-enxertos utilizados comumente, e que a colonização tende a ser mais elevada quando a disponibilidade de P no solo é pouca. Além da alta dependência micorrízica, na absorção dos nutrientes P, K, S, Fe, Mn e Zn, o Limão Cravo apresenta diferentes reações quanto à espécie de FMA que está associada, com o destaque para o gênero Glomus no aumento dos valores de altura, diâmetro de caule e matéria seca da parte aérea. Segundo Melloni et al. (2000), a inoculação das plantas com esse FMA, juntamente com o fornecimento de doses de P, pode antecipar o período de enxertia e formar porta-enxertos mais vigorosos. A pesquisa com fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em mudas de espécies cítricas tem alcançado êxito no que diz respeito à aceleração do desenvolvimento vegetal, antecipação da enxertia e obtenção de plantas mais resistentes a estresses ambientais, podendo melhorar os atributos físico-químicos do solo, estimular melhorias nas características ambientais dos pomares, e aumentar a lucratividade do produtor (MELLONI et al., 2000). 23 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Local da Pesquisa O estudo foi realizado em propriedades produtoras de citros localizadas nos municípios de Capitão Poço e Ourém (Figura 2), ambos pertencentes a Mesorregião Nordeste Paraense e à Microrregião do Guamá (BARROS; ALMEIDA; VIEIRA, 2012). Fonte: SIQUEIRA, 2018. A caracterização edáficas climáticas dos municípios de Ourém e Capitão Poço exibem características semelhantes. O clima da região, pela classificação de Köppen é considerado Af, quente e úmido, com característica de temperaturas elevadas, com média anual em torno de 25°C. A precipitação pluviométrica fica próximo à 2.250mm anuais, as chuvas apesar de regulares, não se distribuem igualmente durante o ano, sendo de janeiro a junho sua maior concentração (cerca de 80%), com umidade relativa do ar de 85% (FAPESPA, 2016). Os solos da região são classificados como distróficos, caracterizados por serem quimicamente pobres, altamente intemperizados, com valores baixos para saturação por bases Figura 2 - Mapa de localização e limites municipais dos municípios de Ourém e Capitão Poço, no estado do Pará. 24 trocáveis e com alta saturação de alumínio trocável, porém não apresentam restrição agrícola, desde que sejam empregados insumos e boas práticas de manejo (CORDEIRO et al, 2017). 3.2 Natureza do estudo A metodologia dessa pesquisa é de caráter quantitativa (CRESWELL, 2007), devido a adoção da quantificação dos dados analisados através de modelo estatístico. Para a melhor conhecimento das áreas foi realizado visitas nas propriedades estudadas, as quais permitiram levantar dados sobre os plantios, e posteriormente a montagem do delineamento conforme as informações obtidas. 3.4 Delineamento Experimental Para as amostragens, foram selecionadas cinco propriedades produtoras de laranja nos Município de Ourém e cinco propriedades no Município Capitão Poço, totalizando 10 propriedades. Em todas as propriedades visitadas realizou-se coletas de raízes finas, solo rizosférico e solo das entre linhas do plantio, em dois períodos do ano de 2017, o mais chuvoso (Março e Abril) e o menos chuvoso (Setembro e Outubro). 3.4.1 Colonização radicular e densidade de esporos de FMA’s Para a análise de colonização de FMA’s em raízes e determinação da densidade de esporos por 50g de solo rizosférico, avaliando-se os dois municípios, em um fatorial 2x2, sendo o primeiro fator representando os municípios (Ourém e Capitão Poço) e o segundo os períodos do ano (menos chuvoso e mais chuvoso) com 5 repetições (propriedades), totalizando 20 parcelas. 3.4.2 Colonização radicular por FMA’s por idades das plantas Para as análises de colonização radicular por FMA’s por idades de plantio, nos dois períodos do ano (menos chuvoso e mais chuvoso), as amostras provenientes das propriedades foram classificadas em 3 faixas de idade (4 a 5, 6 a 8, 9 a 11), constituindo assim 3 tratamentos no Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) Incompleto, com 4x3x3 repetições (4 propriedades com 4 a 5 anos, 3 propriedades com 6 a 8 anos e 3 propriedades com 9 a 11 anos), sem distinção entre os municípios, totalizando 10 propriedades. 25 3.4.3 Correlação entre Fósforo Para o estudo do nutriente Fósforo no solo, foi realizado a correlação com 4 variáveis: colonização radicular por FMA’s e números de esporos por 50g de solo das entre linhas de cultivo, ambos nos períodos menos chuvoso e mais chuvoso. 3.5 Procedimentos metodológicos 3.5.1 Coleta de solo e raízes para análises Para a coleta de raízes e solo rizosférico foram utilizadas quantidade mínima de 20 plantas por hectare para a amostragem composta, no perfil de 10 - 30 cm da superfície, para a amostragem dos materiais (esporos e raízes) todas as coletas foram feitas a cerca de 100 cm da base da planta (Figura 4 B). Todas as plantas foram identificadas no caule através de uma fita de cor vermelha, com a finalidade de identificar as mesmas plantas nos dois períodos (Figura 4 A). Para a coleta de solo destinada a análises de fósforo, foram coletadas 20 amostras simples para formação de uma amostra composta, coletadas aleatoriamente na profundidade de 0 – 20 cm, identificadas e enviadas para o laboratório de solo de IFPA- Campus Castanhal após a coleta. Todos os procedimentos realizados para essa coleta seguiram a recomendação de Arruda et al. (2014). As raízes finas foram armazenadas em frascos de 100 ml contendo álcool 50%, o solo rizosférico foi colocado em sacos plásticos e mantido sob refrigeração 10 °C até a realização das análises laboratoriais. 3.5.2 Extração dos esporos de FMA’s do solo rizosférico Os esporos de FMA’s foram extraídos de 50g de solo rizosférico de cada amostra, pelo método do peneiramento úmido, descrita por Jenkins (1964). Aqueles esporos retidos na peneira de 0,053mm, foram recolhidos e centrifugados em solução sacarose à 70%. Após esse procedimento os esporos foram lavados em água corrente na peneira de 0,053mm para retirada da sacarose (Figura 5 e 6). A densidade de esporos do solo foi determinada por contagem em placa canelada, utilizando microscópico estereoscópio. 26 Fonte: ARANHA, LIMA, 2018. Fonte: ARANHA; LIMA, 2018. Figura 4 - Procedimentos do peneiramento úmido: A) Pesagem do solo rizosférico. B) Agitação mecânica. C) Peneiramento do material em suspenção. D) Água aparentemente limpa. Figura 3 - Procedimentos de coleta de material: A) coleta de raízes e solo rizosférico; B) identificação das plantas. 27 Fonte: ARANHA; LIMA, 2018. 3.5.3. Avaliação da colonização de FMA’s em raízes finas O procedimento de clareamento e coloração utilizado para avaliar a colonização radicular, foi de acordo com Phillips e Hayman (1970). A porcentagem de colonização das raízes, foi determinada pelo método de interseção em placas de Petri sob microscópio estereoscópio, conforme metodologia de Giovanetti e Mosse (1980), modificada por Miranda (2008). Onde nas placas foram desenhadas quadriculas, e em cada intercessão entre, raiz e linha ou coluna da quadricula, era visualizada e realizado a verificação da presença do fungo por hifas, arbúsculo ou vesículas (Figura 7). De acordo com a presença ou não dessas estruturas fúngicas, as informações eram passadas para uma base de dados, com um número total de 150 contadores, a partir desses números eram retirados os percentuais para cada amostra nas replicatas, e calculado média para maiores representatividades das amostras das propriedades. Figura 5 - Procedimentos após o peneiramento úmido: A) Adição do caulim. B) Centrifugação. C) Descarte do material em suspensão. D) Adição de sacarose a 60%. 28 Fonte: ARANHA; LIMA, 2018. 3.5.4 Análise de Fósforo (P) Para a análise de fósforo foi utilizado a técnica do extrator Melich, conforme metodologia da Embrapa (2011). 3.5.5 Análise estatística A partir das informações levantadas, todos os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), considerando o modelo estatístico e a comparação das médias feitas pelo teste de Tukey a 5% utilizando o software Assistat 7.7®. Para a interação entre os níveis do nutriente fósforo, e os fatores de colonização radicular e quantificação de esporos nos períodos menos chuvoso e mais chuvoso, foi utilizado a análise de variância (ANOVA) e demonstrando os resultados em gráfico de dispersão no programa Microsoft Excel 2007. Figura 6 - Colonização radicular por FMA’s na cultura da laranja. 29 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Caracterização das áreas de cultivo Através de conversas informais realizadas com os agricultores, foi possível levantar informações fundamentais sobre os cultivos de laranja, bem como suas principais características. Os dados obtidos revelam que todos os plantios possuem diferentes idades, variando entre 4 a 11 anos. E utilizam defensivos sintéticos para o controle de eventuais pragas, doenças e plantas espontâneas. As principais fontes de adubação são de origem químicas, além de fontes alternativas como esterco de animais ou restos vegetais. Geralmente a adubação é realizada empiricamente, pois não é realizado quaisquer tipos de análise de solo nos cultivos. Todos os agroecossistemas avaliados são compostos por plantas enxertadas, tendo o Limão-Cravo como porta enxerto, o manejo do solo é realizado através de sistema mecanizado, não se dispondo de irrigação. Com base nessas informações, é perceptível a semelhança entre os cultivos, tanto no dinamismo do trabalho quanto na utilização de insumos agrícolas. 4.2 Colonização radicular (CR) em agroecossistemas de laranja Para a colonização radicular em agroecossistemas de laranja, entre os períodos mais chuvoso e menos chuvoso, a análise de variância (ANOVA) demonstrou diferença significativa nos níveis de CR, entre os períodos estudados (Anexo I). No período mais chuvoso foi constatado maior densidade de colonização das raízes de laranjeiras. Na Figura 3, observa-se que nos meses de Março e Abril, em que foram realizadas as coletas para esse período, apresentaram índices pluviométricos maiores e temperatura mais baixas no ano de 2017, mostrando que a umidade do solo influencia positivamente na CR. No entanto, não houve diferença entre os municípios de Ourém e Capitão Poço para os mesmos períodos do ano, pelo teste Tukey a 5% (Tabela 1). De acordo com Moreira e Siqueira (2006), os esporos são unidades biológicas em estado de repouso que precisam ser ativados por via úmida, para desencadear sua germinação, e após certo período de crescimento, os FMA’s exercem a colonização radicular na cultura hospedeira. Isso pode explicar, a taxa de colonização mais alta no período chuvoso, onde a 30 água tornou-se mais disponível nessa época do ano, fazendo com que os esporos de FMA’s nativos germinasse e colonizassem as raízes das plantas. Tabela 1 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos e mais chuvoso. Municípios Períodos Ourém Capitão Poço Ponto Médio DMS CV (%) Menos Chuvoso 37,964% Ba 38,332% Ba 46,60000 7,96212 24,74 Mais Chuvoso 47,564% Aa 49.968% Aa *As médias seguidas de mesma letra maiúsculas não se diferem entre si na coluna e as médias seguidas da mesma letra minúscula não diferem nas linhas pelo teste Tukey a 5% de significância. Assim, pode-se observar que para esse estudo, nessas condições, os índices de pluviometria e temperatura, afetaram a colonização dos FMA’s nos agroecossitemas estudados. Além da influência exercida por esses índices, a colonização micorrízica dependem de inúmeros fatores, como: a espécie vegetal, a idade da planta, a densidade de raízes, dos propágulos fúngicos no solo, do tipo de manejo empregado no sistema produção, dentre outros fatores bióticos, abiótico e do ambiente (Campos et al., 2011). Portanto, para manter a elevada colonização radicular anual nos agroecossistemas estudados dos municípios de Ourém e Capitão Poço, no período menos chuvoso nesse caso, faz-se necessário a indicação do uso de sistemas de irrigação adequados, para manutenção da umidade e temperatura do solo que favoreçam a colonização nesse período. 4.2 Densidade de esporos (DE) Para a densidade de esporos de FMA’s em agroecossistemas de laranja nos munícipios de Capitão Poço e Ourém, em dois períodos do ano, mais chuvoso e menos chuvoso, a análise de variância indicou que houve diferença significativa para DE apenas entre os municípios (ANEXO I). Para a DE, as propriedades localizadas no município de Ourém foram constatados valores médios significativamente superiores, de 486 esporos/50g de solo e de 742,4 esporos/50g de solo, nos períodos menos chuvoso e mais chuvoso, respectivamente, em relação aos do município de Capitão Poço (Tabela 2). 31 Tabela 2 - Densidade de esporos de FMA’s por 50g de solo nas áreas experimentais dos municípios de Ourém- PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos e mais chuvoso. Municípios Períodos Ourém Capitão Poço Ponto Médio DMS CV (%) Menos Chuvoso 468.000% Aa 381.600% Ab 656.00000 315.74630 35.58 Mais Chuvoso 742.400% Aa 368.000% Ab *As médias seguidas de mesma letra maiúsculas não se diferem entre si na coluna e as médias seguidas da mesma letra minúscula não diferem nas linhas pelo teste Tukey a 5% de significância. Os índices de esporulação mais alta constatada nas propriedades do Município de Ourém, deve-se possivelmente à maior ocorrência de colônias de FMA’s (Figura 8 A), podendo estar associado ao aparecimento de gêneros de FMA’s que apresentaram o comportamento de formação de colônias, influenciando a elevação dos níveis de esporo por 50g de solo, diferenciando-se do comportamento isolado encontrado nas propriedades do Município de Capitão Poço, conforme observado na Figura 8 B. Para maiores averiguações quanto a qualificação dos esporos de FMA’s em função de seus comportamentos por espécies e hospedeiros, faz-se necessário estudos mais aprofundados, já que o presente trabalho deteve-se apenas em quantificar os esporos de FMA’s em agrossistemas de laranja. Fonte: Autores, 2018. Bergamin Filho; Kimati e Amorim (1995), abordam que estrutura básica de reprodução dos fungos são os esporos, que se especializam de acordo com as condições do meio, para Figura 7 - A) FMA’s formadores de colônias; B) FMA isolado. 32 garantir a sobrevivência do fungo. Moreira; Siqueira (2006), discutem que os fatores climáticos influenciam espontaneamente na dinâmica das comunidades de FMA’s, uma vez que em períodos de estiagem, o número de esporos no solo aumenta, tendo em vista que são considerados estruturas de resistência do fungo. No tanto para as condições climáticas amazônica onde o trabalho foi realizado, as estações do ano apresentam poucas variações, com baixas amplitudes, e com maiores variações relacionada principalmente à temperatura e pluviosidade. Tendo em vista essa hipótese, a taxa de esporulação dos FMA’s tende-se a ser constate nas unidades produtivas estudadas, por prováveis circunstancias oferecidas por cada meio. Souza et al. (2003), estudando áreas da Caatinga nos municípios de Piranhas e Olho d’Água do Casado, no estado de Alagoas. Mostrou que o município de Piranhas apresentou diferença significativa entre os dois períodos, destacando-se o período seco com maiores índices de esporos. Já o município Olho d’Água do Casado, não apresentou diferença na quantificação de esporos em relação aos períodos. Resultado semelhantes ao encontrado nesse trabalho, onde cada município apresentou taxas diferentes, isso pode ser explicado, ao comportamento de cada gênero nativo encontrado em cada município, como mostrado na Figura 8. 4.3 Colonização radicular por idades dos plantios As análises de variância para a colonização radicular por idades de plantios dos agroecossitemas e períodos climáticos avaliados, demonstraram que não houve diferenças significativas na distribuição de faixas de idades e períodos avaliados (P < 0,05) (ANEXO II). Nas Tabelas 3 e 4 são demonstrados as variações dos valores médios absolutos do parâmetro colonização radicular entre faixas de idade dos agroecossistemas. Embora não sendo detectado diferenças significativas na colonização radicular entre as faixas de idades, verifica-se na faixa de 6-8 anos valores médios absoltos maiores que os das outras faixas. Tabela 3 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço-PA por idades dos plantios nos períodos menos chuvoso*. Idades (Anos) Períodos 4 a 5 6 a 8 9 a 11 Ponto Médio DMS CV (%) Menos Chuvoso 38,56750% 38,58000% 37,06000% 36,97000 18,78998 16,76 33 Tabela 4 - Colonização radicular por FMA’s, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço-PA por idades dos plantios nos períodos mais chuvoso*. Idades (Anos) Períodos 4 a 5 6 a 8 9 a 11 Ponto Médio DMS CV (%) Mais Chuvoso 47,30000% 54,54333% 44,85333% 53,64000 32,79864 22,88 Resultados semelhantes foram encontrados por Campos et al. (2011) avaliando a colonização por FMA’s e FECM (fungos ectomicorrízicos) em plantios de Eucalipto (Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla), sob idades e manejos diferentes. Esses autores averiguaram que ao longo das amostragens, apenas na primeira avaliação se obteve diferença significativa, onde os plantios mais velhos apresentaram uma maior taxa de micorrização por FMA’s. Ainda esses autores relatam que, como esses plantios foram conduzidos sob diferentes manejos ao longo do tempo, não foi possível a constatação da sucessão de resultados. Resultados encontrados por esses autores, reforçam a ideia encontrada no presente trabalho, de que a idade da planta não interfere no percentual de CR, e sim outros fatores, dentre eles os bióticos como a especificidade dos fungos por seus hospedeiros, gêneros dos fungo, e os abióticos como a temperatura, teor umidade do solo e tratos culturais realizados na cultura. 4.4 Interação do nutriente Fósforo (P), entre colonização e esporos nos períodos menos chuvoso e mais chuvoso A análise de variância demonstra que a correlação não foi significativa entre o nutriente Fósforo no solo, e os índices de colonização radicular e densidade de esporos, nos períodos climáticos avaliados (ANEXO III). Resultados diferentes foram encontrados por Nunes et al. (2006), ao estudarem taxas de colonização de micorrízica em dois períodos do ano, em pomares de porta-enxerto de citros no Estado da Bahia, constataram que a colonização micorrízica foi maior no período chuvoso, época em que o solo apresentou baixo teor de P. Resultados divergentes foram encontrados por Hippler et al. (2011), ao avaliarem a interação entre FMA’s nativos na cultura do amendoim (Arachis hypogea) sob diferentes doses de P, onde verificaram que as doses 34 crescentes de adubação fosfatada promoveram um aumento no desenvolvimento das plantas de amendoim, independente da inoculação com os FMA’s. Já, as taxas de colonizações micorrízicas apresentaram maiores índices em 60 mg/Kg de P. Este fato possivelmente pode ser explicado, pelo comportamento do fungo em função da espécie hospedeira e do Fósforo no solo, dentre outros fatores que podem estar afetando a ocorrência dessas espécies dentro dos agroecossistemas, como trabalho realizado por Melloni et al. (2000), que ao compararem a dependência de dois gêneros de FMA’s, com a adição de Fósforo crescente na nutrição do limão cravo, comprovou que o efeito simbiótico está atrelado, à diferentes formas para cada gênero de FMA’s. Dessa forma perceber-se que dependendo do gênero de FMA’s, haverá diferentes resultados na interação entre P e CR. No entanto, o presente trabalho deteve-se apenas a quantificação desses fungos nativos no solo, deste modo a figura 9 A B e 10 A B indicam que não houve correlação entre CR x P nos períodos estudados. Demonstrando a necessidade de novos estudos que busquem a identificação de prováveis gêneros efetivos para a cultura da Laranja. Já para a correlação P x DE, Paula et al. (2008), encontraram resultados semelhantes, ao verificarem os índices de esporulação de micorrízas na cultura da soja, sobre dose crescentes de P. Onde não encontraram interação entre os fatores estudados, para os níveis de adubação da cultura. Moreira; Baretta; Cardoso (2012), com o objetivo de avaliar o efeito de doses de P sobre a diversidade, esporulação e colonização de FMA nativos de florestas de Araucaria angustifólia, observaram que não houve efeito significativo da dose de P sobre estes parâmetros. Os autores ainda identificaram 11 espécies de esporos, reforçando a ideia de Melloni et al. (2000), quanto a interações FMA’s e P. Os resultados encontrados por esses autores, explicam os encontrados no presente trabalho com plantios de laranja, reforçando a ideia de que cada gênero em especifico, é que tendem a ter essa relação com o Fósforo. 35 Fonte: Autores, 2018. Fonte: Autores, 2018. Figura 9 - Correlação entre esporos de FMA e fósforo de solo coletado das entre linhas de cultivo de citros, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos chuvoso (A) e mais chuvoso (B). Figura 8 - Correlação entre colonização de FMA e fósforo de solo coletados das entre linhas de cultivo de citros, nas áreas experimentais dos municípios de Ourém-PA e Capitão Poço, PA nos períodos menos chuvoso (A) e mais chuvoso (B). 36 5 CONCLUSÃOS O período chuvoso aumenta à colonização radicular dos agroecossitemas de laranjeiras, nas áreas estudadas. Na densidade de esporos, as propriedades estudadas no município de Ourém se destacou com maiores taxas, devido ao comportamento de formações de colônias desses esporos. Na colonização radicular entre as faixas de idade de plantios de laranjeiras não foi observado efeito do clima. Na correlação de Fósforo com a colonização radicular e densidade de esporos nos períodos avaliados, não foi detectado efeito interativo. Como esse trabalho se deteve a apenas a quantificar esses microrganismos em relação ao habitat, faz-se necessário novos estudos, utilizando métodos de identificação de gêneros e espécie, para identificar a efetividade dessa simbiose entre planta x fungo. 37 REFERÊNCIAS ALLEN, M.F. The ecology of arbuscular mycorrhizas: a look back into the 20th century and a peek into the 21st. Mycological Research, v.7, p.769–782, 1996. ALVES, J. D. N.; MOTA, F. F. A.; FERRAZ, Y. T.; JESUS, R. T. L. de; OKUMURA, R. S.: Evolução da produtividade de laranja e pimenta-do-reino no período de 2000-2012 no municipio de capitão poço, pa. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 p.21, 2015. ANGELO, K. B.; SOUSA, R. C.; LIMA, M. H. R.; NASCIMENTO, J. T. Interação entre fungos micorrízicos arbusculares e citros no IFPA – Campus Castanhal. [Anais do] VIII Seminário de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação do IFPA, Castanhal-PA, 2016. ARRUDA, M. R. et al. 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Fonte de Variação GL SQ QM F CR DE CR DE CR DE Períodos 1 563.7096 85020.8 563.7096 85020.8 6.918376* 2.797620301ns Municípios 1 9.60498 265420.8 9.60498 265420.8 0.117881ns 8.733705381* Interações 1 5.18162 103680 5.18162 103680 0.063594ns 3.411603664ns Resíduo 16 1303.681 486246.4 81.48005 30390.4 Total 19 1882.177 940368 *Significativo a 5% de probabilidade nsNão significativo a 5% 44 ANEXO B - TABELA DA ANALISE DE VARIÂNCIA (ANOVA), PARA IDADES DOS PLANTIOS NO PERÍODO MENOS CHUVOSO (PMC) E PERÍODO CHUVOSO (PC). Fonte de Variação GL SQ QM F PC PMC PC PMC PC PMC Tratamentos 2 154.64896 4.80661 77.32448 2.40331 0.6220 ns 0.0589 ns Resíduo 7 870.26793 285.62348 124.32399 40.80335 Total 9 1024.91689 290.43009 nsNão significativo a 5% 45 ANEXO C - TABELA DE REGRESSÃO NA ANALISE VARIÂNCIA (ANOVA), PARA INTERAÇÃO DO NUTRIENTE FOSFORO COM COLONIZAÇÃO NO PERÍODO MENOS CHUVOSO (CMC), COLONIZAÇÃO NO PERÍODO CHUVOSO (CC), ESPOROS NO PERÍODO MENOS CHUVOSO (EMC) E ESPOROS NO PERÍODO CHUVOSO (EC). Fonte De Variação GL SQ QM F Regressão 4 39.49704 9.87426 0.712751 ns Resíduo 5 69.26865 13.85373 Total 9 108.7657 Coeficientes Erro Padrão Stat T Valor-P Interseção -0.97642 12.77729 -0.07642 0.94205 CMC 0.144222 0.241574 0.59701 0.576505 CC -0.08995 0.132682 -0.67794 0.527908 EMC -0.00371 0.015581 -0.23784 0.821441 EC 0.0066 0.009008 0.732705 0.496627 nsNão significativo a 5%
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