Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: Fundamentos de Climatologia PROFESSORA: Daisy Beserra Lucena UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS E-mail: daisyblucena@gmail.com UNIDADE 3 – Noções da Relação Astronômica Terra-sol – Portanto, o estudo das relações astronômicas entre o Sol e a Terra, assume papel fundamental para o entendimento da Meteorologia e ciências correlatas, como a climatologia, havendo assim, a necessidade de informações básicas de cosmografia. Introdução 02 Profa. Daisy Lucena O sol é a fonte primaria de energia para todos os processos termodinâmicos que ocorrem na superfície da terra, sem os quais a vida, da forma existente, não seria possível. Imagem obtida na internet A terra não tem uma forma geométrica definida, mas ajustes obtidos de imagens de satélites, mostram a forma da terra como um elipsóide de revolução, ligeiramente achatada nos pólos e alargada no equador, com as seguintes dimensões: Semi-eixo a: 6356 km Semi-eixo b: 6378 km Introdução 03 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet Introdução 04 Profa. Daisy Lucena Para representar a superfície terrestre em um plano, é necessário que se adote uma superfície de referência, que corresponda a uma figura matematicamente definida. O elipsóide de revolução, gerado por uma eclipse rotacionada em torno de eixo menor, é a figura geométrica que mais se aproxima da forma real da Terra. Entretanto para muitas aplicações, a terra é vista como uma esfera. Imagem obtida na internet Sistemas de coordenadas terrestres 05 Profa. Daisy Lucena Os sistemas de coordenadas são indispensáveis na representação da posição de pontos sobre uma superfície, independentemente dessa superfície ser um elipsóide, uma esfera ou um plano. Para o elipsóide, ou esfera, usualmente empregamos um sistema de coordenadas cartesiano e curvilíneo representado por paralelos e meridianos, enquanto para o plano, um sistema de coordenadas cartesianas X e Y é usualmente aplicável. Imagem obtida na internet O sistema de mapeamento da Terra através de coordenadas geográficas expressa qualquer posição horizontal no planeta através de duas das três coordenadas existentes num sistema esférico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra. Temos que utilizar elementos de referência que nos permitam localizar com exatidão qualquer lugar da Terra. A rede cartográfica ou geográfica dá-nos a indicação das coordenadas geográficas. A seguir, trataremos do sistema de coordenadas geográficas que se baseiam em linhas e planos imaginários traçadas sobre o globo terrestre Sistemas de coordenadas terrestres 06 Profa. Daisy Lucena PLANO DO EQUADOR Plano imaginário perpendicular ao eixo terrestre que contem o centro da terra. O plano do equador divide a terra em dois hemisférios: HEMISFÉRIO NORTE (sententrional ou boreal) e HEMISFÉRIO SUL (meridional ou austral) Linhas e planos de referências 07 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet A interseção do plano do equador com a superfície terrestre formara uma linha imaginaria (circulo), denominada LINHA DO EQUADOR ou simplesmente equador (palavra de origem latina, aequatore, que significa “o que iguala”). É apresentada nos mapas por uma linha horizontal imaginária e está situada a uma igual distância dos pólos, dividindo a Terra em duas metades: o Hemisfério Norte ou Setentrional e o Hemisfério Sul ou Meridional. Linhas e planos de referências 08 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet PLANOS PARALELOS (P) São planos perpendiculares ao eixo terrestre e que não contém o centro da terra. São, portanto, paralelos ao plano do equador, dai a sua denominação. A interseção dos planos paralelos com a superfície da terra formara linhas imaginárias (círculos) denominados PARALELOS. 09 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências São circunferências que têm seus planos, em toda sua extensão, a igual equidistância do plano do equador, sempre perpendicular ao eixo da Terra. Existem alguns paralelos com nomes especiais, são eles: Equador (divide o globo em hemisfério norte e sul; Círculo Polar Ártico, Círculo Polar Antártico, Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio. 10 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências PARALELOS Imagem obtida na internet 11 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências PARALELOS com nomes especiais Imagem obtida na internet Características dos paralelos: os paralelos são sempre paralelos entre si e, ainda que sejam linhas (planos) circulares, sua separação é constante; Tem direção leste-oeste; os paralelos cortam os meridianos formando ângulos retos e isso é válido para qualquer lugar do globo, exceto para os pólos, uma vez que neles a curvatura dos paralelos é muito acentuada; todos os paralelos, com exceção do Equador que é um círculo máximo completo, são círculos menores,; o número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é infinito, por conseguinte, qualquer ponto do globo, com exceção do Pólo Norte e do Pólo Sul, está situado sobre um paralelo. 12 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências 13 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências PLANOS MERIDIANOS (G) Planos imaginários que contém o eixo terrestre (planos perpendiculares ao plano do equador), os quais denominamos planos meridianos. A interseção dos planos meridianos com a superfície da terra formarão linhas imaginárias (círculos) denominadas MERIDIANOS, que vão de um pólo ao outro. 14 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências MERIDIANO PRINCIPAL GREENWICH Greenwich foi escolhido a partir de uma convenção, realizada na cidade de Washington D.C., nos Estados Unidos, no ano de 1884. Este meridiano divide o globo terrestre em OCIDENTE e ORIENTE. Serve de referência para estabelecer a relação entre as horas em qualquer ponto da superfície terrestre, estabelecendo os fusos horários. Imagem obtida na internet 0 O São semi-circunferências de círculos máximos, cujas extremidades são os dois pólos geográficos da Terra. Qualquer um divide a Terra em dois hemisférios: um a leste e outro a oeste. O meridiano base é o de Greenwich que divide a Terra em Hemisfério Ocidental e Oriental. Cada plano do meridiano contém o eixo da Terra e todos eles têm como produto comum os pólos. 15 Profa. Daisy Lucena MERIDIANOS Linhas e planos de referências Imagem obtida na internet Todos os meridianos são semicírculos máximos, cujos extremos coincidem com os pólos Norte e Sul da Terra. 16 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências Ainda que seja correto que o conjunto de dois meridianos opostos constituam um círculo máximo completo, é conveniente recordar que um meridiano é só um semicírculo máximo e que é um arco de 180º. Imagem obtida na internet 17 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências Oposto ao Meridiano de Greenwich, por conveniência, foi posicionada a LINHA INTERNACIONAL DE DATA, também chamada LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DE DATA ou apenas LINHA DE DATA, meridiano 180°. É uma linha imaginária na superfície da terra que implica uma mudança de data obrigatória ao cruzá-la. Ao cruzar a linha de data de leste para oeste ganha-se um dia e ao passar de oeste para leste subtrai-se um dia no calendário. Imagem obtida na internet Fonte: Petersen et al. (2014) 18 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DE DATA Fonte: Christopherson (2012) 19 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências Fonte: Christopherson (2012) FUSOS HORÁRIOS PADRÃO INTERNACIONAIS MODERNOS Características dos meridianos: todos os meridianos são semicírculos que contém os polos; têm direção norte-sul; os meridianos têm sua máxima separação no Equador e convergem em direção aos dois pontos comuns nos pólos Norte e Sul; o número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é infinito. Assim, existe um meridiano para qualquer ponto do globo. Para sua representação em mapas, os meridianos se selecionam separados por distâncias iguais adequadas. 20 Profa. Daisy Lucena Linhas e planos de referências A determinação exata de um ponto na superfície da terra somente e possível desenhando-se linhas e planos imaginários como referência. Para localizar um ponto P no espaço são necessárias coordenadas tridimensionais, ou seja, as distâncias X, Y e Z, a partir de uma origem. Coordenadas geográficas (ou de posição) 21 Profa. Daisy Lucena Com base nas linhas e planos terrestres, podemos determinar as coordenadas (a latitude e a longitude), de qualquer ponto situado sobre a superfície terrestre. Coordenadas geográficas (ou de posição) 22 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet 23 Profa. Daisy Lucena Coordenadas geográficas (ou de posição) Imagem obtida na internet Para tanto, precisamos saber as definições de LATITUDE e LONGITUDE Coordenadas geográficas (ou de posição) 24 Profa. Daisy Lucena Para determinação da latitude, são considerados os paralelos, enquanto que para a longitude levamos em consideração os meridianos. Imagem obtida na internet LATITUDE () LONGITUDE () É a distância, em graus, de um paralelo à linha do equador. Variam de 0o a 90o, sendo indicada a posição no HN ou HS É a menor distância, em graus, de um meridiano qualquer ao meridiano de Greenwich. Variam de 0o a 180 o ,sendo indicada a posição no leste ou oeste. Indicam com precisão a posição de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre Sinal + (Leste) - (Oeste) Sinal + (Norte) - (Sul) Coordenadas Geográficas Latitude e Longitude 25 Profa. Daisy Lucena Latitude e Longitude 26 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet Latitude e Longitude 27 Profa. Daisy Lucena Fonte: Christopherson (2012) A Superfície da terra não é lisa; como a latitude e a longitude referem-se a superfície (lisa) do globo, não são suficientes para definir a posição de pontos fora do próprio globo. É necessário portanto, estabelecer mais uma coordenada: A ALTITUDE, a qual está relacionada com o nível médio do mar. É definida como a distância vertical do local exato o qual se deseja localizar em relação ao nível médio da superfície do mar. É expressa em metros. Altitude 28 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet Exercitando... 29 Profa. Daisy Lucena Descreva as coordenadas geográficas (latitude e longitude) para cada localização indicada pelas letras e pontos vermelhos. A (0°, 0°) B (70°, -160°) C (-30°, 100°) D (60°, 30°) E (-40°, -80°) F (50°, 170°) G (-90°, ±180°) H (20°, -40°) I (-60°, 150°) J (-10°, -150°) L (30°, 90°) M (-70°, 0°) Concêntrica com a terra, existe uma esfera imaginária na qual estão projetados todos os astros e estrelas do firmamento, e na qual poderão ser projetadas também todas as linhas imaginárias traçadas na superfície da terra e que recebem denominações específicas. Esfera Celeste 30 Profa. Daisy Lucena Imagem obtida na internet EQUADOR CELESTE - É a linha definida na esfera celeste pela projeção da linha do equador terrestre na esfera celeste. PARALELOS E MERIDIANOS CELESTES - À semelhança das definições anteriores, são projeções dos paralelos e meridianos terrestres na esfera celeste. Esfera Celeste 31 Profa. Daisy Lucena O eixo polar da Terra apresenta uma pequena inclinação de 23°27’ em relação à perpendicular ao plano da órbita terrestre. Em consequência, o plano que contém o Equador, mantém o mesmo ângulo com o plano da órbita terrestre. Inclinação da Terra 32 Profa. Daisy Lucena DECLINAÇÃO SOLAR () - é o ângulo entre os raios da luz solar e o plano do equador. Como o ângulo entre o eixo de rotação da terra e o plano da órbita terrestre (a eclíptica) se mantém constante, quando considerado pelo período de um ano, a declinação do Sol varia regularmente ao longo do ano, repetindo o padrão que origina as estações do ano. A declinação varia de 0o a ±23o27’. Esses valores extremos são conseqüências da inclinação que o eixo terrestre faz com a linha normal ao plano de translação do planeta em torno do Sol (plano da Eclíptica), e determinam na Terra, respectivamente, os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. Declinação Solar 33 Profa. Daisy Lucena A declinação aproximada do Sol (δ) pode ser calculada pela equação proposta por Cooper (1969): 𝛿 = 23,45. 𝑠𝑒𝑛 360 365 284 + 𝑛 Em que: δ é dado em graus; n é o dia do ano, variando de 1 a 365, decorridos desde 1º de Janeiro. Declinação Solar 34 Profa. Daisy Lucena Declinação Solar Um analema é usado para localizar a declinação solar (posição latitudinal) vertical ao meio-dia em cada dia do ano. Fonte: Petersen et al. 2015 35 Profa. Daisy Lucena Exercitando... 35 Profa. Daisy Lucena Calcule a declinação solar para João Pessoa (-7°06’, -34°51’, 47m) no dia 23 de junho e no dia 12 de novembro. Mês JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Qte. de dias 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31 Para dia 23/06 n = 174 δ = 23,44° = 23°26’ Para dia 12/11 n = 316 δ = -18,42° = -18°25’ É a duração do dia desde o nascer até o pôr do Sol, temos que na sua trajetória aparente o Sol descreve um arco simétrico em relação ao meio-dia. É função da latitude e da declinação solar. Meio-Dia Nascer do Sol Pôr do Sol N N/2 N/2 N = Hora do por do Sol – hora ao nascer do Sol Fotoperíodo 36 Profa. Daisy Lucena Ângulo formado no plano equatorial terrestre, entre a projeção da linha que une o Sol ao centro da Terra e o meridiano local. Como a Terra dá um giro completo em torno do seu próprio eixo em 24 horas (Rotação), esse ângulo apresenta uma variação de 15° por hora. h = ângulo horário = [(Hora local – 12).15] Em que: h é dado em graus. Por convenção, o ângulo horário é normalmente considerado igual a zero, ao meio dia solar, negativo no período da manhã e positivo no período da tarde. Ângulo Horário 37 Profa. Daisy Lucena É o ângulo formado pela linha vertical do local e a linha que une o centro da Terra ao centro do Sol. Assim, ao nascer e ao pôr do sol z = 90°. Relação entre o ângulo zenital (z) e os ângulos horários, declinação solar e latitude. Cos z = (sen φ sen δ + cos φ cos δ cos h) Em que: φ = latitude (0 a 90o) = declinação solar (0 a 23°27’) h = ângulo horário Raramente o sol ocupa a posição do zênite; entre os trópicos, somente em dois instantes durante o ano, e fora dessa região nunca ocupa a posição zenital. Zênite Ângulo Zenital (Z2) Zênite Ângulo Zenital (Z1) Ângulo Zenital (Z) 37 Profa. Daisy Lucena O valor de N também pode ser calculado conhecendo-se a latitude e o dia do ano através da expressão: Em que, É o ângulo horário no nascer ou por do sol φ é a latitude do local e δ é a declinação solar ℎ0 = arccos −𝑡𝑎𝑛∅. 𝑡𝑎𝑛𝛿 𝑁 = 2ℎ0 15° Fotoperíodo 38 Profa. Daisy Lucena Exercitando... 40 Profa. Daisy Lucena Calcule a duração do dia (fotoperíodo em horas e minutos) para João Pessoa (-7°06’, -34°51’, 47m) no dia 23 de junho e no dia 12 de novembro. Mês JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Qte. de dias 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31 Para dia 23/06 n = 174 δ = 23,44° = 23°26’ Ho = 86,91° N = 11,59h = 11h 35min Para dia 12/11 n = 316 δ = -18,42° = -18°25’ Ho = 92,38° N = 12,32h = 12h 19min Tendo comoreferência o Sol, a Terra executa dois movimentos básicos dentro do sistema solar: ROTAÇÃO e TRANSLAÇÃO Os movimentos de Rotação e Translação da Terra constituem-se num dos mais importantes fatores a condicionar os elementos meteorológicos, fazendo com que esses variem no tempo, tanto na escala diária como na escala anual. Movimentos da Terra 39 Profa. Daisy Lucena Movimento de Rotação movimento da Terra, com velocidade constante, em torno do seu eixo na direção oeste - leste, tem duração em cerca de 24 horas faz com que qualquer local da superfície terrestre experimente uma variação diária em suas condições meteorológicas, principalmente na radiação solar e na temperatura do ar sucessão dos dias e das noites Movimento de Rotação 40 Profa. Daisy Lucena Movimento de Translação movimento da Terra em sua órbita elíptica em torno do Sol, tem duração de 365 dias, cinco horas e 48 minutos, numa velocidade constante de 108 mil Km/h Provoca uma variação da irradiância solar na superfície terrestre, gerando as estações do ano. Essa variação estacional se deve à inclinação do eixo terrestre em relação ao plano da eclíptica. sucessão das estações do ano. Movimento de Translação 41 Profa. Daisy Lucena A órbita elíptica da Terra, no movimento de translação, faz com que ela periodicamente se situe mais perto do Sol (Periélio) e mais afastada (Afélio). Afélio – quando a Terra se encontra mais distante do Sol (cerca de 1,52X108 km) 04/07 Periélio – quando a Terra se encontra mais próxima do sol (cerca de 1,47X108 km) 03/01 Movimento de Translação 42 Profa. Daisy Lucena Define-se EQUINÓCIO quando o Sol aparentemente se encontra sobre a linha do Equador terrestre (δ = 0°) SOLSTÍCIO é quando o Sol atinge seu afastamento máximo da linha do equador (δ = 23,45°) Solstícios e Equinócios 43 Profa. Daisy Lucena Exercitando... 44 Profa. Daisy Lucena Esboce o movimento aparente do sol, indicando as estações do ano, para um observador localizado em João Pessoa/PB (-7°06’, -34°51’, 47m) e depois responda o que se pede: a) A localidade está situada no Hemisfério norte ou sul? No oriente ou ocidente? b) Quantas vezes o sol culmina no zênite dessa localidade? E qual o valor da declinação do sol para que o sol culmine no zênite do observador, se existir. c) O que acontece com o fotoperíodo nesta localidade no solstício de dezembro? d) No solstício de junho o sol é visto ao norte ou ao sul do observador? e) Qual a estação do ano em que se encontra a localidade no dia 21 de maio? Neste dia o sol é visto ao norte ou ao sul do observador? Hemisfério Sul. Hemisfério Ocidental. O sol culmina no zênite 2 vezes. δ= -7°06’ N ~ 12 horas ou N > 12 horas A norte do observador Outono. O sol é visto a norte Exercitando... 47 Profa. Daisy Lucena Esboce o movimento aparente do sol, indicando as estações do ano, para um observador localizado em Florianópolis/SC (-27°35’, -48°32’, 3m) e depois responda o que se pede: a) A localidade está situada no Hemisfério norte ou sul? No oriente ou ocidente? b) Quantas vezes o sol culmina no zênite dessa localidade? E qual o valor da declinação do sol para que o sol culmine no zênite do observador, se existir. c) O que acontece com o fotoperíodo nesta localidade no solstício de dezembro? d) No solstício de junho o sol é visto ao norte ou ao sul do observador? e) Qual a estação do ano em que se encontra a localidade no dia 21 de maio? Neste dia o sol é visto ao norte ou ao sul do observador? Hemisfério Sul. Hemisfério Ocidental. Nenhuma N > 12 horas A norte do observador Outono. O sol é visto a norte ANALISANDO OS EQUINÓCIOS O Sol se encontra culminando zenitalmente em um ponto do equador (equinócio). a metade de todos os paralelos apresenta-se iluminada, mostrando que o fotoperíodo tem 12 horas em todas as latitudes do globo terrestre, exceto nos Pólos. Nos pólos porém, o centro do disco solar cruza o plano do horizonte no momento do equinócio, anunciando o início do período anual de iluminação no Pólo Sul (e o fim desse período no Pólo Norte). 48 Profa. Daisy Lucena Solstícios e Equinócios ANALISANDO O SOLSTÍCIO DE DEZEMBRO No momento do solstício de dezembro o Sol culmina zenitalmente em um ponto do Trópico de Capricórnio, iluminando mais da metade do HS e menos da metade do HN. Na região compreendida entre o Pólo Norte e o Círculo Polar Ártico (66o33'N), os paralelos não estão iluminados, revelando que o Sol não está acima do plano do horizonte, em nenhum momento do dia. Com relação ao fotoperíodo: - de 12 horas no equador; -menor que 12 horas no Hemisfério Norte; e - maior que 12 horas no Hemisfério Sul. Ao sul do Círculo Polar Antártico (até o Pólo Sul), os paralelos apresentam-se totalmente iluminados, indicando que o Sol não se põe nesse dia (apenas parece descrever uma volta completa em torno do observador). Pode-se inferir que, em toda essa zona, o fotoperíodo é de 24 horas. Profa. Daisy Lucena Solstícios e Equinócios ANALISANDO O SOLSTÍCIO DE JUNHO O Sol culmina no zênite de um ponto do Trópico de Câncer. Naquela ocasião, sua declinação é de +23o27‘. Entre o Pólo Norte e o Círculo Polar Ártico (66o33'N), todos os paralelos estão inteiramente iluminados e, portanto, o Sol é visível, durante todo o dia. Isto corresponde a um fotoperíodo de 24 horas. O fotoperíodo é: - igual a 12 horas no equador; - superior a 12 horas em todo o Hemisfério Norte; e -inferior a 12 horas em todo o Hemisfério Sul Ao sul do Círculo Polar Antártico nenhum paralelo está iluminado. Neste caso, rigorosamente falando, o Sol ainda é parcialmente visto, mesmo um pouco ao sul do Círculo Polar Antártico. 50 Profa. Daisy Lucena Solstícios e Equinócios As figuras a seguir mostram como observadores em posições (latitudes) diferentes, veem o Sol, no transcorrer de seu caminhamento aparente N – S ao longo do ano. No Equador, o Sol ora fica ao sul do observador e ora ao norte. Além disso, o Sol passa a pino duas vezes por ano nessa região (Equinócios) Observador sobre a linha do equador(0o) Sobre o Trópico de Capricórnio (23o27’S) Na latitude de 23o27´ Sul, o Sol passa a pino na região somente uma vez por ano (Solstício de verão). Nas demais épocas do ano o observador vê sempre o sol ao norte. 51 Profa. Daisy Lucena Solstícios e Equinócios Próximo ao círculo polar (<66o33'S) Sobre o Círculo Polar Antártico (66o33'S) Sobre o pólo Sul (90oS) 52 Profa. Daisy Lucena Solstícios e Equinócios As diversas posições da Terra no espaço, em relação ao Sol, fazem surgir zonas de características peculiares. Vejamos as principais latitudes terrestres: Equador (Latitude Zero) Maior circunferência do globo terrestre, com aproximadamente 40.000 km, divide a Terra em dois hemisférios. Os raios solares se projetam perpendicularmente sobre esta latitude, durante os Equinócios de Primavera e Outono. Latitudes e Zonas Notáveis 53 Profa. Daisy Lucena Círculo Polar Latitude de 66 graus e 33 minutos. Os raios solares tangenciam esta latitude tanto no Hemisfério Sul (Círculo Polar Antártico) quanto no Hemisfério Norte (Círculo Polar Ártico), durante Inverno, formando as "longas noites" nas localidades acima deste paralelo. Trópicos de Câncer e de Capricórnio Latitude de 23 graus e 27 minutos. Os raios solares se projetam perpendicularmente sobre esta latitude, tanto no Hemisfério Sul (Trópico de Capricórnio) quanto no Hemisfério Norte (Trópico de Câncer), nos Solstícios de Inverno e de Verão, respectivamente. 54 Profa. Daisy Lucena Latitudes e Zonas Notáveis Zona Equatorial Geograficamente, a zona equatorial está situada imediatamente em torno do Equador Terrestre, formando a região mais aquecida e úmida da Terra. Meteorologicamente corresponde à estreita faixa ocupadapelos ventos alísios do Hemisfério Norte e do Sul, também denominada "Zona de Convergência Intertropical“ (ITCZ) ou "Equador Meteorológico". Zona Tropical Geograficamente, a Zona ou Região Tropical corresponde à área compreendida entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. Meteorologicamente, a região tropical é a principal área de "exportação" de umidade para as demais regiões da Terra, responsável, portanto, pelo equilíbrio térmico das regiões mais frias. 55 Profa. Daisy Lucena Latitudes e Zonas Notáveis Zona Subtropical Corresponde à estreita faixa formada entre o paralelo 30 (norte ou sul) e um dos Trópicos (Câncer ou Capricórnio). É uma zona de transição entre as regiões frias e quentes. Trata-se da região climaticamente mais regular. As chuvas são bem distribuídas durante o ano inteiro, e as quatro estações do ano são bem nítidas. O calor do verão contrasta com as geadas do inverno, passando pelas temperaturas mais amenas no Outono e na Primavera. No Brasil, é a região onde ocorre, embora esporadicamente, precipitação de neve. O paralelo 30 (tanto norte quanto sul) é conhecido por "latitude de cavalo", região das grandes calmarias marítimas, proporcionadas pelos anticiclones ali formados. 56 Profa. Daisy Lucena Latitudes e Zonas Notáveis Zona Polar Corresponde à área situada acima do Círculo Polar, onde as temperaturas são, geralmente, muito baixas. É uma região de clima eminentemente oposto ao tropical. É, também, a região onde existe a maior diferença entre a duração dos dias e das noites. No verão, não escurece; no inverno, os raios solares praticamente não aparecem, surgindo somente um leve clarão no horizonte, nas áreas próximas ao paralelo 66. Na parte central, bem no pólo, a longa noite de inverno dura seis meses. Zona Temperada Corresponde à área compreendida entre o paralelo 30 e o Círculo Polar (Ártico ou Antártico). É uma região climaticamente bem definida, de nítidas estações do ano, embora o verão não seja tão quente quanto o subtropical. Profa. Daisy Lucena Latitudes e Zonas Notáveis 58 Profa. Daisy Lucena Latitudes e Zonas Notáveis
Compartilhar