Buscar

Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFEC 
Prevenção de Infecção 
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico 
 
1 
 
 
 
RESUMO 
 
Trabalho de Atividades Práticas Supervisionadas (APS) a INFEC, é uma 
plataforma online criada pelo grupo cuja o tema da atividade é a Epidemiologia e 
medidas preventivas das Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC). Abordando os fatores 
predisponentes, classificação, diagnóstico e condutas no cuidado da infecção e do 
paciente. A INFEC é uma plataforma online onde são disponibilizados cursos 
gratuitos, direcionados a profissionais da saúde sobre Infecções relacionadas a 
Assistência à Saúde, que podem ser acessados rapidamente através da internet. O 
curso contém uma apostila com o conteúdo e uma lista de exercícios atuais sobre o 
tema proposto. 
Palavras – chave: Cirúrgico. Saúde. Infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Supervised Practice Activities Work (APS) at INFEC, is an online platform created by 
the group whose activity theme is Epidemiology and Preventive Measures of Surgical 
Site Infections (SSI). Addressing the predisposing factors, classification, diagnosis and 
management of infection and patient care. INFEC is an online platform where free 
courses are available for healthcare professionals on Healthcare-Related Infections, 
which can be accessed quickly over the Internet. The course contains a content 
handout and a list of current exercises on the proposed topic. 
Keywords: Surgical. Health. Infection. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Higiene das mãos ............................................................................................................... 6 
Figura 2 - O porquê da higiene das mãos. ....................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5 
2 INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTENCIA À SAÚDE .................................. 6 
3 FATORES PREDISPONENTES ........................................................................... 7 
4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS ................................................................... 8 
4.1 Cirurgia Limpa .............................................................................................. 8 
4.2 Cirurgias Potencialmente Contaminadas .................................................. 9 
4.3 Cirurgias Contaminadas .............................................................................. 9 
4.4 Cirurgias Infectadas ..................................................................................... 9 
5 DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO ..................... 9 
5.1 Infecção de Ferida Superficial .................................................................. 10 
5.2 Infecção de Ferida Profunda ..................................................................... 10 
5.3 Infecção por Órgãos ou Cavidades .......................................................... 10 
5.3.1 Exemplos de Infecção por Órgãos e Cavidades ............................... 11 
6 CONDUTAS NO CUIDADO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRURGÍCO ................ 12 
6.1 Condutas na Infecção do Sítio Cirúrgico Superficial .............................. 12 
6.2 Condutas na Infecção do Sítio Cirúrgico Profunda ................................ 12 
7 INTERVENÇÕES NO PRÉ – OPERATÓRIO ..................................................... 13 
7.1 Nível de Recomendação de acordo com a Categoria ............................. 13 
7.1.1 Pré – operatório ................................................................................... 13 
7.1.2 Antibiótico Profilático ......................................................................... 14 
7.1.3 Cuidados Intra - operatórios ............................................................... 14 
7.1.4 Curativos e Campos Cirúrgicos ............................................................. 15 
7.1.5 Anestesia ................................................................................................. 16 
7.1.6 Técnica Cirúrgica .................................................................................... 16 
8 INTERVENÇÕES NO PÓS – OPERATÓRIO ..................................................... 16 
9 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 18 
 
5 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Abordando a Epidemiologia e medidas preventivas das Infecções do Sítio Cirúrgico 
(ISC) junto aos fatores predisponentes, classificação, diagnóstico e condutas no 
cuidado da infecção e do paciente. É direcionado a profissionais da saúde sobre 
Infecções relacionadas a Assistência à Saúde, conhecida popularmente como 
Infecção Hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
2 INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTENCIA À SAÚDE 
 
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são definidas como 
infecções que foram adquiridas durante o tempo de internação ou procedimento feito 
no paciente em um hospital ou em outro ambiente de assistência à saúde. 
O microrganismo não estava presente e não estava em incubação na admissão do 
paciente. Sua origem se dá a partir da influência com os profissionais de saúde, como 
ocorre na internação, cirurgias, procedimentos feitos em ambulatório, cuidados em 
Home Care, podendo manifestar-se até mesmo após a alta. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as IRAS estão entre as maiores 
causas de morte e aumento da morbidade entre os pacientes hospitalizados. Entre as 
principais causas de IRAS estão a falta de higienização das mãos, uso indiscriminado 
de antibióticos, quebra de protocolos assistenciais e contaminações ambientais. 
A avaliação profilática mais eficiente e consensual para o controle IRAS nos serviços 
de saúde é a higienização das mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1 - Higiene das mãos 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 FATORES PREDISPONENTES 
 
O conhecimento dos fatores predisponentes e práticas seguras para evitar ou 
minimizar ISC é muito importante, pelos profissionais enfermeiros, Os fatores 
predisponentes relevantes para desenvolvimento de ISC são: a hipertensão, diabetes 
mellitus , obesidades, tabagismo, pacientes com idade maior que 50 anos, 
imunossupressão, inadequado preparo da pele do paciente no pré-operatório e das 
preparações alcoólicas, tempo de internação, potencial de contaminação e a duração 
da cirurgia. Cirurgias com maior tempo de anestesia representam o grupo com maior 
índice de desenvolvimento de ISC. 
Outro foco importante foi a degermação das mãos, os resultados comprovaram que 
não há diferença significativa entre preparações alcoólicas e os outros produtos 
Figura 2 - O porquê da higiene das mãos. 
 
8 
 
 
 
utilizados, entretanto, o estudo mostrou que o álcool sozinho não apresenta eficácia 
antimicrobiana. 
Outro fator importante é classificação do estado físico do paciente, podendo ser 
classificado segundo a American Society of Anesthesiologist, como: 
• ASA I: sem alterações fisiológicas ou orgânicas, processo patológico 
responsável pela cirurgia não causa problemas sistêmicos. 
• ASA II: alteração sistêmica leve ou moderada relacionada com patologia 
cirúrgica ou enfermidade geral. 
• ASA III: alteração sistêmica intensa relacionado com patologia cirúrgica ou 
enfermidade geral. 
• ASA IV: distúrbios graves que coloca em risco a vida do paciente. 
• ASA V: paciente moribundo que não é esperado que sobreviva sem a 
operação. 
• ASA VI: paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos estão sendo 
removidos com propósitos de doação. 
 
 
4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 
 
Segundo o potencial de contaminação:é o número de microrganismos presentes no 
tecido a ser operado. Considerar a classificação do início e no final da cirurgia. 
 
4.1 Cirurgia Limpa 
 
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática, sítio 
cirúrgico sem sinais de inflamação, sem contato com trato respiratório, digestório, 
genital ou urinário. O fechamento deve ser primário com drenagem fechada quando 
necessário. São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na 
ausência de processo infeccioso local. Consideram-se limpas as cirurgias realizadas 
na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo - esquelético, nervoso e 
cardiovascular. 
Exemplo: revascularização miocárdica, angioplastia, neurocirurgias, cirurgia plástica, 
artoplastia do quadril, herniorrafia de todos os tipos, procedimentos cirúrgicos 
ortopédicos (eletivos), mastoplastia, Mastectomia parcial e radical, cirurgia do ovário, 
cirurgia vascular. 
 
 
9 
 
 
 
4.2 Cirurgias Potencialmente Contaminadas 
 
São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em 
tecidos cavitários com comunicação com o meio externo, ou de difícil 
descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se 
potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos gastrintestinal (exceto 
cólon), respiratório superior e inferior, gênito-urinário em condições controladas e sem 
contaminação acidental, cirurgias oculares e de vias biliares. 
Exemplo: procedimentos cirúrgicos que envolvam o aparelho digestivo (gastrectomia), 
aparelho geniturinário (nefrectomia), histerectomia abdominal, cirurgia do intestino 
delgado (eletiva), cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar. 
 
4.3 Cirurgias Contaminadas 
 
Feridas abertas acidentalmente ou cirurgias com quebra nas técnicas de assepsia ou 
grande contaminação do trato gastrintestinal. Cirurgias que entram no trato urinário 
com urina infecciosa ou trato biliar com bile infectada ou cirurgias onde é achado 
tecido inflamatório agudo não purulento. 
Feridas traumáticas recentes (fratura exposta <4 horas), ferida com drenagem de 
secreção espessa, não purulenta. Colecistectomia com inflamação. 
 
 
4.4 Cirurgias Infectadas 
 
Lesões traumáticas antigas com tecido desvitalizado, corpo estranho, contaminação 
fecal, quando há́ perfuração inesperada de víscera. 
Perfuração intestinal, fratura exposta por mais de 4 horas, presença de secreção 
purulenta 
 
5 DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO 
 
Para o ser humano a experiência do estado de doença é extremamente indesejável, 
pois constitui uma ameaça a sua vida, anatomia e segurança. A cirurgia é a forma que 
a medicina aplica em doenças e condições físicas que necessitam de incisão dos 
tecidos humanos para remoção, reparação ou substituição da parte acometida através 
 
10 
 
 
 
da técnica cirúrgica. Esse procedimento pode trazer complicações quando o pacote 
de medidas preventivas falha, trazendo um quadro infeccioso e suas consequências. 
O processo de contaminação cirúrgica acontece por contato com microrganismos 
patogênicos, trazendo sinais como dor, rubor, calor, edema, deiscência e até 
evisceração. 
 
5.1 Infecção de Ferida Superficial 
 
A Infecção de ferida superficial hospitalar é o motivo de preocupação devido ao alto 
grau de mobidade, essa infecção pode ter diversos tipos de sintomas, os mais comuns 
são: secreção amarelada, febre e manchas avermelhadas na pele em torno da ferida. 
A febre é que ocorre mais frequentemente, consta que a ocorrência de infecções de 
ferida superficial gerada de assistência hospitalar pós operatório e geralmente até o 
sexto dia após os procedimentos cirúrgicos, os fatores propiciam o estabelecimento e 
a gravidade das infecções, podendo ser intrínsecos, quando 
relacionados com as condições do paciente, sendo eles: 
diabetes melittus, obesidade, desnutrição, enfermidades vasculares crônica e 
extremos de idade. Os microrganismos que mais geram infecção na superfície são: 
bactérias e fungos. 
 
5.2 Infecção de Ferida Profunda 
 
Drenagem purulenta da incisão profunda, mas que não foi originada de órgãos ou 
cavidade. Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura 
positiva ou não realizada, quando o paciente apresentar; febre, dor ou tumefação 
localizada. 
Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo tecidos profundos, detectado 
durante exame clínico, anatomopatológico ou de imagem. O diagnóstico é feito pelo 
cirurgião ou outro médico assistente. 
 
5.3 Infecção por Órgãos ou Cavidades 
 
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias, se implantes, envolve 
qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia e 
apresenta pelo menos um dos seguintes: 
 
11 
 
 
 
• Cultura positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtido 
assepticamente. 
• Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolve os planos 
profundos da ferida identificada em reparação, exame clínico, 
anatomopatológico ou de imagem. 
• Diagnóstico de infecção de órgão/cavidade pelo médico assistente. 
 
5.3.1 Exemplos de Infecção por Órgãos e Cavidades 
 
• Osteomielite 
• Articulação ou bolsa 
• Infecção associada à prótese articular 
• Miocardite ou Pericardite 
• Endocardite 
• Mediastinite 
• Ouvido, mastóide 
• Sinusite 
• Endometrite 
• Abscesso mamário ou mastite 
 
A Osteomielite do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftalmites são consideradas 
infecções de órgão/cavidade. 
Em pacientes submetidos a cirurgias endoscópicas com penetração de cavidade, 
serão utilizados os mesmos critérios de ISC do tipo órgão/cavidade. 
Toda infecção do trato urinário após cirurgia urológica será considerada ISC-OC. 
Não considerar que a eliminação de secreção purulenta através de drenos seja 
necessariamente sinal de ISC-OC. Sinais clínicos ou laboratoriais são inespecíficos< 
mas indicam uma infecção. 
No caso de identificação de microbactéria de Crescimento Rápido considerar até 24 
meses após a realização do procedimento cirúrgico como critério para o diagnóstico 
de Infecção de Sítio Cirúrgico. A notificação de MCR é obrigatória e deve ser realizada 
no formulário Infecção Relacionada à assistência à Saúde por Microbactéria de 
Crescimento Rápido. 
 
 
 
12 
 
 
 
6 CONDUTAS NO CUIDADO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRURGÍCO 
 
Atualmente as Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC),são as maiores fontes de morbidade 
e mortalidade entre os pacientes submetidos a cirurgias. 
As cirurgias são classificadas e categorizadas segundo o seu potencial de 
contaminação, com o objetivo de estimar a probabilidade da ocorrência de ISC. 
 
6.1 Condutas na Infecção do Sítio Cirúrgico Superficial 
 
• Avaliação do paciente, principalmente os fatores que interferem na 
cicatrização; 
• Avaliação do curativo a ser realizado, considerando o tipo de ferida; 
• Orientação do paciente sobre o procedimento; 
• Controlar e Observar PA ,uma hipotensão pode ser sinal de hemorragia; 
• Manter curativo estéril por 24 horas(na internação); 
• Observar o curativo sobretudo com relação a sangramentos; 
• Observar perfusão da venóclise e necessidade de restrição; 
• Administrar as medicações prescritas, analgésicos e antibióticos; 
• As mãos devem ser lavadas com solução antisséptica antes e após o curativo; 
• A limpeza deve ser feita com solução estéril; 
• Utilização de luvas sendo estéril ou de procedimentos. 
 
6.2 Condutas na Infecção do Sítio Cirúrgico Profunda 
 
Deve -se saber que é de grande importância os cuidados com o paciente nas áreas 
de contaminação ,ou seja , os riscos são elevados para se obter uma contaminação 
cruzada, como por: visitantes, membros da equipe de saúde e equipamentos. 
Segue abaixo alguns cuidados para conduta de infecções no centro cirúrgico: 
 
• Higienização das mãos antes e após todos os procedimentos e principalmente 
de curativos é essencial; 
• Deve se trocar os curativos úmidos quantas vezes for necessário; 
• Utilização de luvas estéril em todos os procedimentos de curativos; 
• O curativo deve ser feito após o banho do paciente, fora do horário das 
refeições; 
• Utilizar sempre material esterilizado; 
 
13 
 
 
 
• As compressas e ataduras devem ser colocadas em saco plástico protegidos e 
jogar no hamper de roupas do paciente, se o material estiver com grande 
quantidade de secreção deve se colocar em saco plástico e desprezar. 
 
 
7 INTERVENÇÕES NO PRÉ – OPERATÓRIO 
 
A Cirurgia por ser um procedimento traumático provoca o rompimento da barreira de 
defesa da pele e consequentemente entrada de microrganismos, portanto as medidas 
adotadas no Centro Cirúrgico, tem fortes relações com à preparação do paciente, da 
equipe cirúrgica e do ambiente. As Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) podem diminuir 
sua incidência de casos, seguindo algumas recomendações baseadas em evidências 
científicas, classificadas pelo Centro Clínico de Diagnósticos conforme as Categorias 
seguintes: 
Categoria IA: medidas fortemente recomendadas e suportadas por estudos 
experimentais, clínicos ou epidemiológicos. 
Categoria IB: medidas fortemente recomendadas e suportadas por estudos 
experimentais, clínicos ou epidemiológicos com razão teórica. 
Categoria IC: medidas determinadas por regulamentações normas ou padrões 
governamentais. 
Categoria II: medidas sugeridas para implementação e suportadas por estudos 
clínicos epidemiológicos indicativos e com uma razão teórica. 
 
7.1 Nível de Recomendação de acordo com a Categoria 
 
7.1.1 Pré – operatório 
 
• Diagnosticar e tratar infecções em sítios distantes antes do procedimento 
(Nível IA) 
• Internação pré-operatória mais breve possível (Nível IA) 
• Se for necessário realizar a tricotomia, fazê-la imediatamente antes da cirurgia, 
com o uso de tricotomizador (Nível IA) 
• Controle glicêmico adequado: manter glicemia do intraoperatório <200 
• Recomendar parar de fumar no mínimo 30 dias antes do procedimento IB 
• Prescrever banho pré-operatório com antisséptico na noite anterior e na manhã 
da cirurgia 
 
14 
 
 
 
• Lavar e limpar a pele ao redor da incisão para remover contaminação grosseira 
antes de aplicar solução anti-séptica 
• Usar anti-séptico adequado para preparo da pele: Clorohexidine, PVPI 
• Aplicar anti-séptico em círculos concêntricos de dentro para fora, na área da 
incisão, em possíveis novas incisões e na inserção de drenos. 
• Considerar postergar a cirurgia em caso de desnutrição severa, realizar 
controle pela albumina 
• Anti-sepsia das mãos e antebraço de toda equipe cirúrgica 
• Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais 
• Realizar escovação até acima do cotovelo antes de tocar em campos ou 
instrumentos estéril ou pele preparada do paciente 
• Limpar abaixo da unha antes da escovação IB 
• Realizar escovação de 3-5 minutos com anti-séptico adequado IB 
• Após escovação manter as mãos para cima, longe do corpo, enxugar com 
toalha estéril e colocar avental e luvas estéreis. 
• Não usar adereços em braços e mãos 
 
 
7.1.2 Antibiótico Profilático 
 
• Selecionar antimicrobiano profilático baseado no agente mais comum para o 
procedimento específico (Nível IA) 
• Para Cesárea administrar imediatamente após o clampeamento do cordão 
(Nível IA) 
• Administrar antibiótico intravenoso, exceto nos casos de cirurgia colo-retal, 
nesses casos associar antibiótico via oral (Nível IA) 
• Administrar antibiótico antes da cirurgia pra que haja concentração adequada 
de antibiótico no momento da incisão da pele. Idealmente 30 minutos antes 
(Nível IA) 
• Não estender a profilaxia no pós-operatório (Nível IB) 
• Considerar doses adicionais no intra-operatório: se a cirurgia se estender mais 
que a meia vida estimada do antibiótico; se houver grande perda de sangue; 
se a operação for em obesos mórbidos (Nível IB) 
• Não usar vancomicina como profilaxia de rotina (Nível IB) 
• Administrar antibiótico o mais próximo possível da indução anestésica (Nível II) 
 
7.1.3 Cuidados Intra - operatórios 
 
 
15 
 
 
 
• Não realizar limpeza ou desinfecção especial após cirurgias contaminadas ou 
infectadas (Nível IA) 
• Não usar tapetes na entrada da sala cirúrgica com objetivo de controlar 
Infecção (Nível IA) 
• Manter pressão positiva da ventilação da sala cirúrgica em relação ao 
• corredor e áreas adjacentes (Nível IB ) 
• Manter no mínimo 15 trocas de ar por hora sendo pelo menos 3 trocas com 
renovação (Nível IB ) 
• Filtrar todo ar com filtrar apropriados e aprovados pelo órgão 
Competente (Nível IB ) 
• Introduzir todo ar pelo teto a exaustão pelo chão (Nível IB ) 
• Manter as portas da sala fechadas exceto para passagem de 
equipamento, profissionais e pacientes (Nível IB) 
• Quando sujeira visível ou contaminação com sangue ou fluídos corporais 
nos equipamentos durante a cirurgia, usar desinfetante registrado no 
órgão competente, para limpeza antes da próxima cirurgia (Nível IB ) 
• Realizar limpeza terminal na sala cirúrgica após a última cirurgia com 
desinfetante registrado no órgão competente (Nível IB ) 
• Não realizar de rotina coleta de amostras ambientais da sala cirúrgica; 
colher esse tipo de material apenas quando indicado como parte de uma 
investigação epidemiológica (Nível IB ) 
• Esterilizar todos os instrumentais cirúrgicos de acordo com as 
recomendações da CCIH (Nível IB ) 
• Utilizar esterilização Flash para materiais que precisem ser esterilizados 
com urgência (Nível IB ) 
• Não utilizar esterilização Flash rotineiramente pôr conveniência ou para 
poupar tempo (Nível IB) 
 
7.1.4 Curativos e Campos Cirúrgicos 
 
• Não usar propé com intuito de prevenir infecção (Nível IA) 
• Trocar a paramentação quando visivelmente molhada, suja, contaminada 
e ou permeada de sangue ou outros materiais potencialmente 
infecciosos (Nível IB ) 
 
 
 
• Usar máscara cirúrgica que cubra completamente a boca e o nariz 
quando entrar na sala cirúrgica se o material estéril estiver exposto ou a 
 
16 
 
 
 
cirurgia já tiver começado. Usar máscara durante todo o procedimento 
(Nível IB ) 
• Toda a equipe cirúrgica deve usar luva estéril que deve ser colocada após 
o avental estéril (Nível IB) 
• O avental e campo cirúrgico devem ser de material impermeável (Nível IB ) 
• Usar propé que cubra o pé e tornozelo, quando risco de contaminação 
para o profissional for previsto (Nível II ) 
 
7.1.5 Anestesia 
• Toda a equipe anestésica deve seguir as recomendações para controle de 
infecção durante a cirurgia (Nível IA ) 
 
7.1.6 Técnica Cirúrgica 
• Manipular os tecidos delicadamente, manter hemostasia efetiva, 
minimizar tecidos desvitalizados e corpos estranhos, erradicar espaço 
morto no sítio cirúrgico (Nível IB ) 
• Postergar o fechamento primário ou deixar a incisão aberta para 
fechamento por segunda intenção se o campo cirúrgico for severamente 
contaminado (Nível IB ) 
• Se o dreno for necessário,usar dreno fechado de sucção. Colocar o dreno 
• em uma incisão separada e remover assim que possível (Nível IB) 
 
 
8 INTERVENÇÕES NO PÓS – OPERATÓRIO 
 
A infecção do sítio cirúrgico (ISC) estabelece um sério problema em recorrência as 
infecções hospitalares por sua alta taxa de morbidade e mortalidade dos pacientes 
pós-cirúrgicos causando prejuízos físicos e emocionais, tais como afastamentos do 
trabalho e convívio social. E por sua vez, eleva os custos com o tratamento, e traz 
uma maior permanência hospitalar. 
 
A ISC geralmente se dá devido ao curto período de internação, e em suas maiorias 
essas infecções se manifesta após a alta hospitalar, e são notificadas no retorno para 
o seguimento do paciente cirúrgico. Estudos comprovam que programas de vigilância 
específicos para paciente após a alta são considerados essenciais para controlar as 
infecções. 
 
 
17 
 
 
 
As ISC, geralmente ocorrem dentro de quatro a seis dias após o procedimento. Porém 
de acordo com a definição do Centro de Controle de Doenças de Atlanta dos Estados 
Unidos (CDC), a ISC pode ocorrer até 30 dias da cirurgia, ou até um ano, quando 
houver o implante de prótese. 
Estudos realizados a respeito da ISC identificam que 62,9% dos casos foram 
notificados no período após a alta, é possível constatar que a grande maioria não teria 
sido notificada caso este seguimento não se estendesse ao ambulatório de egressos. 
Isso só reforça a importância da continuidade pós-alta do paciente cirúrgico. 
 
O enfermeiro é um profissional extremamente importante na atuação contra as 
infecções de sítio cirúrgico, não só no período pré - operatório, mas também no 
período pós-operatório. Responsável por planejar, organizar, supervisionar os 
materiais e prestar sistematização da assistência de enfermagem através do 
levantamento dos problemas apresentados pelo paciente cirúrgico para 
posteriormente desenvolver o plano de cuidados e avaliar os resultados alcançados. 
Onde a orientação adequada ao paciente pós - cirúrgico prevenirá possíveis 
complicações no pós-operatório. São orientações básicas sobre os cuidados 
necessários do paciente com a incisão, como por exemplo: 
 
• Manter a incisão fechada com o curativo estéril pelas primeiras 24-48 horas. 
• manter o curativo seco e não remover durante o banho 
• Lavar a mão com antisséptico antes de manipular o curativo ou sítio cirúrgico. 
• Orientar o paciente e familiares como cuidar da cicatriz e identificar sinais e 
sintomas de infecção e a quem ou onde reportar esses achados. São 
procedimentos simples, porém eficaz no combate a ISC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
9 REFERÊNCIAS 
 
1. Secretaria de Estado da Saúde; Coordenação de Controle de Doenças CCD; 
Centro de Vigilância Epidemiológica; Divisão de Infecção Hospitalar; 
dvhosp@saude.sp.gov.br 
 
2. Portal Educação; Classificação das Cirurgias; 20/10/2019; 
www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/classificacao-das-
cirurgias/23157 
 
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional 
de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e classificação de 
risco nos serviços de urgência. Brasília: 2009. 
 
 
4. Governo do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Saúde, 07/10/2019; 
http://www.saude.sp.gov.br/ 
 
5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sítio Cirúrgico Critérios Nacionais de 
Infecções relacionadas à assistência à saúde. Brasília: 2009. 2. 
 
 
6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios Diagnósticos de Infecção 
Relacionada à Assistência à Saúde. Série: Segurança do Paciente e Qualidade 
em Serviços de Saúde. Brasília: 2013. 
 
 
7. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o 
Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e 
avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
Diário Oficial da União da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 20 
mar. 2002. 
 
 
 
 
mailto:dvhosp@saude.sp.gov.br
http://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/classificacao-das-cirurgias/23157
http://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/classificacao-das-cirurgias/23157
http://www.saude.sp.gov.br/

Outros materiais

Outros materiais