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DOENCAS CAFÉ 2019

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Centro Universitário de Patos de Minas 
Patos de Minas - 2019 
Lucas da Silva Mendes 
Limiar de dano 
econômico 
MENOR densidade populacional de 
determinado organismo que causa 
dano econômico. 
É a quantidade MÍNIMA de sintoma 
que justifica a aplicação de 
determinada tática de manejo. 
Se a porcentagem de infecção estiver em torno de 5%, recomenda-
se iniciar o controle da doença com fungicidas protetores (à base de 
cobre); 
 
Se ultrapassar 5% chegando até no máximo 12%, recomenda-se a 
aplicação de fungicidas sistêmicos. 
FERRUGEM DO CAFEEIRO – Hemileia vastatrix 
Objetivos do Manejo 
Integrado 
Fatores 
determinantes 
Princípios do Manejo 
Integrado 
Manejo Integrado de pragas e DOENÇAS 
COMBINAÇÃO de medidas culturais, biológicas e químicas 
que produz a administração referente a insetos e doenças 
das culturas, numa dada situação, SOCIALMENTE mais aceita 
AMBIENTALMENTE mais sadia e de DESPESAS mais válida” 
? ? ? 
Objetivos do Manejo 
Integrado 
Manejo Integrado de pragas e DOENÇAS 
?  Racionalizar os custos de produção;  Preservar a saúde do consumidor; 
 
 Reduzir o risco de intoxicação do aplicador; 
 
 Manter o equilíbrio ecológico e preservar o meio ambiente; 
Fatores 
determinantes 
Manejo Integrado de pragas e DOENÇAS 
? 
Hospedeiro 
Patógeno 
Ambiente 
Triângulo da doença 
DOENÇA 
Princípios do Manejo 
Integrado 
? 
Manejo Integrado de pragas e DOENÇAS 
 Histórico da área e diagnóstico da situação; 
 
 Conhecimento do agroecossistema a ser manejado; 
 
 Definição da estratégia de manejo; 
 
 Estabelecimento de técnicas de monitoramento; 
 
 Estabelecimento do limiar econômico 
 
 Desenvolvimento de modelos de PREVISÃO; 
Patógeno 
DOENÇA 
 período de incubação; 
 
 forma de sobrevivência; 
 
 raças predominantes e sua virulência; 
 
 formas de dispersão; 
 
 local de penetração do patógeno no hospedeiro; 
Hospedeiro 
DOENÇA 
 nível de resistência; 
 
 extensão da cultura; 
 
 densidade de plantas por área; 
 
 espaçamento; 
 
 estado nutricional; 
 
 disponibilidade de diferentes cultivares; 
 
 arquitetura da planta; 
Ambiente 
DOENÇA 
temperatura. 
umidade relativa. 
molhamento foliar. 
precipitação. 
tipo de solo 
tipo de irrigação. 
época de plantio. 
local de plantio. 
nível de fertilidade do solo. 
pH do solo. altitude. 
FERRUGEM DO CAFEEIRO 
Meados do Século XIX - 200.000 ha de CAFÉ CEILÃO (Sri-Lanka) 
50.000 t produzido ERA EXPORTADO PARA OS INGLESES 
Em 1870 – FERRUGEM DO CAFEEIRO – Hemileia vastatrix 
Em 20 anos a produção veio a ZERO e a área caiu 
para 10.000 ha 
FALÊNCIA – Produtores – Banqueiros 
Ingleses – tomar CHÁ 
Em 1970 BRASIL– FERRUGEM DO CAFEEIRO – 
Hemileia vastatrix 
Danos 
As perdas médias ficam em 35% - condições climáticas são favoráveis 
 Desfolha prematura; 
 
 Seca dos ramos laterais; 
 
 Afeta o florescimento; 
 
 O desenvolvimento dos frutos – FRUTOS CHOCHOS E MAL GRANADOS ; 
 
 Queda produção do ano seguinte; 
Condições Favoráveis 
Faixa de 20 a 24ºC - alta umidade – chuvas frequentes – orvalho noturnos 
Inicio do desenvolvimento em novembro/dezembro 
Pico de infestação em maio/junho 
Evolução mais tardia desta ferrugem 
invernos mais quentes e úmidos que se 
tem observado 
Lavouras adensadas ou plantas com muitas hastes – MICRO CLIMA 
Adubações e tratos culturais mal feitos - menos carboidratos 
Presença de inóculo da doença em lavouras abandonadas o ano todo - DISSEMINAÇÃO 
Alta carga pendente – CARBOIDRATOS PARA OS FRUTOS 
Variedades: Catuaí e Mundo Novo 
Condições Favoráveis 
Fungo policíclico 
Ataca centro das células - morte dos tecidos - desfolha intensa quando não controlado. 
33 raças do fungo 
Brasil predomina a raça II 
Já foram detectadas as raças I, II, III, VII, XV, XVI, XVII, XVIII, XXIV, XXV, XXX e XXXI 
H. vastatrix – Biotrófico 
Sobrevive somente no cafeeiro 
HAUSTÓRIO 
UREDOSPORO 
(Adaptado de Agrios, 1997) 
FASE - REPRODUÇÃO 
SINTOMAS 
VISÍVEL 
DIFÍCIL 
VISUALIZAÇÃO 
SINAL 
SINTOMAS 
Face inferior da folha. 
As manchas são pequenas, variando de 1 a 3 mm de diâmetro, 
com coloração amarelo-pálida. 
As manchas podem atingir até 2 cm de diâmetro e passam a 
exibir coloração amarelo-alaranjada e aspecto pulverulento. 
Face superior das folhas 
Manchas cloróticas amareladas, correspondendo aos 
limites na face inferior 
Ao programar o controle convém lembrar que: 
Quanto maior o enfolhamento, maior será o inóculo para o 
próximo ciclo da Ferrugem. 
 
 
Quanto maior for a carga pendente, maior será a intensidade 
da doença. 
 
 
No sistema de cultivo adensado, o microclima é plenamente 
favorável ao desenvolvimento da Ferrugem. 
Como fazer o monitoramento: 
1) A amostragem deve ser feita a partir de novembro. 
2) A periodicidade ideal é de 15 em 15 dias. Não for 
possível, fazer mensalmente. 
3) Dividir a área em talhões de 5 hectares, levando em 
conta: 
 
• idade da planta, 
• densidade populacional, 
• variedade do café 
4) Caminhando em zig-zag, fazer a 
amostragem em 30 plantas por talhão, 
retirando 10 folhas por planta, sendo 5 de 
cada lado do cafeeiro, totalizando 300 folhas. 
5) Retirar, em ramos diferentes, as folhas na 
altura média do cafeeiro, entre o segundo e o 
quarto par de folhas, contando da ponta do 
ramo para dentro. 
6) Separar as folhas sadias das folhas contaminadas, ou seja, com pó alaranjado no verso. 
7) Fazer a contagem das folhas doentes e calcular a porcentagem para verificar o índice 
de infestação da doença no talhão. 
8) Anotar as informações na ficha de controle do talhão e encaminha-la a um técnico 
ou agrônomo para analisar as medidas a serem tomadas. 
% de infecção = (número de folhas com ferrugem / número total de folhas coletadas) x 100 
Se a porcentagem de infecção estiver em torno de 5%, recomenda-
se iniciar o controle da doença com fungicidas protetores (à base de 
cobre); 
 
Se ultrapassar 5% chegando até no máximo 12%, recomenda-se a 
aplicação de fungicidas sistêmicos. 
MEDIDAS DE CONTROLE 
Controle genético 
O mais interessante - plantios em áreas montanhosas não 
mecanizadas, e para produtores de menor poder aquisitivo. 
Não tem sido muito utilizada contra a ferrugem 
Constantes quebras de resistência por novas raças de Hemileia vastatrix 
Baixo custo de outros métodos de controles mais eficientes 
Variedades resistentes + Tratamentos químicos = Grande aumento de produtividade 
Pelo vigor que muitos destes produtos causam na planta 
Controle de outras doenças secundárias, como a cercosporiose. 
Dentre as variedades resistentes a ferrugem, podemos citar: 
 
C. arábica x C. canephroa = Icatu Vermelho e Icatu Amarelo; 
Icatu x Catuaí = Catucaís; 
Vila Sarchi x Híbrido de Timor = Obatã. 
ACAUÃMA – VARIEDADE DE CAFEEIROS MUITO RESISTENTE E PRODUTIVA 
J.B. Matiello, S.R. Almeida e Iran B. Ferreira – Engs Agrs Fundação Procafé e Reginaldo O. 
Silva- Tec. Agr. ACA 
 
 
Os fungicidas são classificados, quanto ao modo de ação, da seguinte forma: 
 
 Erradicantes ou desinfetantes: Enxofre; 
 
 Protetores ou preventivos: Cúpricos, ditiocarbamatos e estrobirulinas; 
 
 Curativos ou terapêuticos: Benzimidazóis e Triazóis. 
Controle químico 
1° fungicidas – FERRUGEM DO CAFEEIRO 
CÚPRICOS 
Oxicloreto de cobre 
Hidróxido de cobre 
PROTETORES 
2° fungicidas – FERRUGEM DO CAFEEIRO 
TRIAZÓIS Sistêmicos 
XILEMA 
CURATIVOS 
Reduzindo a 
esporulação 
3° fungicidas – FERRUGEM DO CAFEEIRO 
ESTROBILURINAS Strobilurus sp PREVENTIVOS 
Translocação 
Mesostêmica 
CÚPRICOS 
Oxicloreto de cobre 
Hidróxido de cobre 
PROTETORES ? 
1. A correção da deficiência de cobre, nutriente normalmente deficiente em solos das regiões 
cafeeiras, especialmente, em cafeeiros em formação, sendo esses produtos, pela sua 
liberação lenta do cobre, mais eficientes na correção, do que os próprios sais solúveis de 
cobre. 
2. O efeito profilático do cobre no equilíbrio e na redução doataque de Pseudomonas e no 
controle paralelo da cercosporiose, especialmente na de frutos. 
 
3. A ação do cobre na redução de problemas de resistência dos fungos. 
 
4. O efeito do cobre na retenção foliar em cafeeiros. 
Conveniência de incluir, em 1 -2 pulverizações ao ano, produtos 
fungicidas à base de cobre, no programa de pulverizações dos 
cafezais. 
COMBINAÇÃO DE COBRE COM FORMULAÇÕES DE FUNGICIDAS COM TRIAZÓIS NO 
CONTROLE DE DOENÇAS DO CAFEEIRO 
 
J.B. Matiello, Rodrigo N. Paiva e Gabriel Lacerda Engs Agrs Fundação Procafé e Juliano de Carli e 
André Moraes Reis, Bolsistas Fundação Procafé. 
O efeito do cobre na retenção foliar em cafeeiros. 
CÚPRICOS TRIAZÓIS 
ESTROBILURINAS 
CÚPRICOS 
TRIAZÓIS 
ESTROBILURINAS 
CÚPRICOS 
TRIAZÓIS 
ESTROBILURINAS 
Resultados de ensaios de controle químico, conduzidos na FEX Varginha, também 
no ciclo2014/15, mostram os erros e acertos para a questão da ferrugem tardia. 
Sem controle 
APLICAÇÃO ADICIONAL DE FUNGICIDAS, NO CONTROLE DA FERRUGEM TARDIA EM 
CAFEEIROS. J.B. Matiello, R.N. Paiva e Gabriel R. Lacerda – Engs Agrs Mapa e Fundação Procafé 
 
 
Triazol+estrobilurina, em dez/12 
e fev/13. 
CONTROLE DA FERRUGEM TARDIA EM CAFEEIROS EXIGE ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE 
FUNGICIDAS TERMINANDO MAIS TARDE 
J.B. Matiello, Gabriel R. Lacerda e Rodrigo N. Paiva- Engs Agrs Fundação Procafé 
 
 
Sem controle 
TRIAZÓIS ESTROBILURINAS 
PRIORI XTRA® 
AZOXISTROBINA: ESTROBILURINA 
CIPROCONAZOL: TRIAZOL 0,75 L/ha 
COMET – Piraclostrobina – ESTROBILURINA 0,8 L/ha 
OPERA - 
Piraclostrobina - ESTROBILURINA 
EPOXICONAZOL – TRIAZOL 1,5 L/ha 
Piraclostrobina : ESTROBILURINA 
CIPROCONAZOL: TRIAZOL 0,5 L/ha 
Cercóspora Cercospora coffeicola 
Doença que ataca as folhas e frutos em desenvolvimento. 
 
Prejuízos ocorrem em mudas e plantios novos. 
 
Perdas de 15 a 30% na produtividade da lavoura de café. 
A doença causada pelo fungo 
Cercospora coffeicola que recebe 
denominações de: 
 
cercosporiose 
mancha de olho pardo 
olho de pombo 
olho pardo 
Principais danos provocados pela doença: 
 
 Viveiros: queda de folhas e raquitismo das mudas 
 
 Pós plantio: desfolha e atraso no crescimento das plantas 
 
 Lavouras novas: após as primeiras produções, pode causar queda de 
frutos e seca de ramos produtivos 
 
 Lavouras adultas: queda de folha, amadurecimento precoce e queda 
prematura de frutos, chochamento. As lesões funcionam como porta 
de entrada para outros fungos que depreciam a qualidade do produto 
Condições Ambientais ou Culturais Favoráveis 
1 - Clima com temperaturas mais altas, insolação elevada, com 
deficit hídrico; 
 
2 - Solos pobres e arenosos; 
 
3 - Plantas com carga alta, 1ª safra, variedades menos vigorosas e de 
maturação precoce e concentrada. Problemas de sistema radicular; 
 
5- Tratos mal feitos: 
 nutrição deficiente (N, P e Mg); 
 muitas plantas daninhas; 
 ausência de pulverizações preventivas; 
 
6- Lavagem do nitrogênio do solo, por excesso de chuvas. 
 
Sintomas: 
Nas folhas 
Pequenas manchas circulares - marrom-escura - crescem 
rapidamente - ficando o centro das lesões cinza-claro - com um 
anel amarelado em volta da lesão - aparência de um olho. 
Lesões são escuras e não formam o centro claro, nem o halo amarelo, 
nessa condição chamando-se de CERCOSPORA NEGRA 
comum nas folhas de cafeeiros com forte deficiência 
de fósforo - folhas amareladas 
As folhas atacadas caem rapidamente, ocorrendo 
desfolhas e secas de ramos - ETILENO 
Nos frutos 
As lesões começam a aparecer quando estão ainda pequenos. 
 
O ataque aumenta no início de sua granação (80-100 dias pós-florada). 
 
As lesões permanecem até o amadurecimento do fruto. 
Início: As lesões são pequenas, de cor marrom-claro ou arroxeadas, 
deprimidas, crescendo no sentido polar do fruto, com maior 
incidência nos ramos ponteiros e nos mais expostos ao sol. 
 
Posterior: As manchas velhas são deprimidas, escuras e de aspecto 
ressecado, fazendo com que a casca, nessa parte, fique aderente à 
semente, o que, em ataques mais severos, causa o seu 
chochamento. 
CONTROLE CULTURAL 
Variedades mais vigorosas, e, para regiões mais quentes, aquelas de 
maturação tardia. 
Espaçamentos que resultem menor produção por planta. 
Tratos culturais adequados, visando deixar as plantas fortalecidas, através 
de nutrição, controle do mato, irrigação 
Regiões muito quentes, arborizar ou adensar para reduzir a insolação e 
o stress por carga 
CONTROLE QUÍMICO 
Deve ser Preventivo Uso de fungicidas 
Coincide com a granação dos frutos (80-100 PÓS FLORADA) 
Pulverizações cobrindo o período entre dezembro e fevereiro, 2-3 
pulverizações, quando as plantas ficam mais susceptíveis e o ataque 
passa das folhas para os frutos. 
Mesma época de maior infecção pela ferrugem – uso De fungicidas 
protetivos adequados pode resultar no controle simultâneo das 
duas doenças. 
CONTROLE QUÍMICO 
 Grupos Eficientes: os cúpricos, as estrobilurinas e os tiofanatos. 
 
 Eficiência média: ditiocarbamatos (maneb, mancozeb) 
 
 Pouca ação: Triazol - Formulações prontas de triazóis + estrobirulinas 
 
 Sphere, Opera, PrioriXtra, Aproach-prima 
 
 Usar mistura de tanque, reforçando com fungicidas cúpricos ou 
com as estrobilurinas, para associar o controle da cercosporiose 
com o da ferrugem 
TRIAZÓIS 
ESTROBILURINAS 
CÚPRICOS 
TRIAZÓIS 
ESTROBILURINAS 
CÚPRICOS 
No tratamento protetivo, em viveiros, usam se 
pulverizações quinzenais, alternando fungicidas 
cúpricos e ditiocarbamatos. 
 
Em ataques mais severos, recomenda se usar 
combinações de estrobilurinas com cúpricos. 
 
O tratamento com uma fonte de P, irrigado ou 
pulverizado, recupera mudas com problemas de 
cercospora negra e canela seca. 
CONTROLE QUÍMICO – MUDAS 
Mancha de Phoma/ Mancha de Ascochyta 
Tanto a Mancha de Phoma como a Mancha de Ascochyta são causadas por espécies do 
gênero Phoma 
No Brasil predomina Phoma tarda (antiga Ascochyta coffea), algumas regiões 
Phoma costarricencis (acima 1000 m) 
Brasil foram identificadas seis diferentes espécies deste fungo: Phoma tarda, Phoma 
costarricensis, Phoma exigua, Phoma jolyana, Phoma herbarum e Phoma leveillei. 
Etiópia, foi descrito com o 
nome Ascochyta tarda. 
No Brasil - Ascochyta coffeae 
Phoma tarda foi 
adotado na literatura 
científica 
FOLHAGEM 
Phoma provoca lesões nas folhas mais novas 
Ascochyta em folhas mais velhas 
Lado da linha de cafeeiros voltado para o poente 
RAMAGEM 
Entrada dos fungos a partir da abertura provocada 
pela queda das folhas 
Alastrando e secando a parte nova do ramo - os 
últimos 4-5 nós terminais 
PARTE 
FLORAL 
Pedúnculo das gemas florais, a partir dos 
botões, depois nas flores e, especialmente, dos 
frutos chumbinhos 
QUEDA DAS 
FOLHAS 
PREJUÍZOS 
QUEDA DAS 
FOLHAS 
SECA DOS 
RAMOS 
MORTE E SECA: 
BOTÕES/FLORES/FRUTINHOS 
ROSETAS COM MENOR NÚMERO DE FRUTOS 
PRODUTIVIDADE 
Condições Ambientais 
 Umidade - por chuvas finas 
 
 Ventos 
 
 Queda de temperatura 
 
 Abertura por ação de lagartas e granizo 
 
 Excesso de adubação nitrogenada 
 
 Lavouras fechadas 
 
 Plantas muito altas, que promovem sombra e umidade na lavoura 
 
 Nutrição com excesso de N em relação ao K 
 
 Altitude acima de 700 m 
 
 Regiões frias 
 Topo e morros ou chapadas 
 Fundos mais úmidos 
Sintomas: 
Histórico das áreas – áreas muito sujeitas sintomas o ano todo 
 
CALOR – MENOS SINTOMAS 
FRIO + ÚMIDO + CHUVAS FINAS + FRENTE FRIAS = MAIS SINTOMAS 
Presença de ponteiros de ramos 
laterais mortos, com morte 
descendente, até o quarto/quinto nó. 
Presença de grande bifurcação em 
ramos laterais (palmetamento), 
motivada pela morte de ponteiros. 
Nas lesões observar 
aquelas típicas na borda 
das folhas mais novas, 
de cor negra e sem anéis 
(=Phoma) 
Presença de lesões marron claro 
e com anéis concêntricos, estas 
em folhas mais velhas e maisno 
centro das folhas (=Ascochyta) 
Nelas observar a ausência de halos 
amarelados, onde a presença deles 
caracterizaria Pseudomonas e 
Cercosporiose 
Nas épocas de pré e pós-florada e 
na frutificação inicial pode-se 
verificar o apodrecimento e 
mumificação de inflorescências e 
de chumbinhos 
Em época de frutos maiores, pode-
se observar a presença de poucos 
frutos por roseta e, mesmo, rosetas 
completamente cheias de frutos. 
CONTROLE CULTURAL 
Viveiros 
 Locais bem drenados e protegidos contra ventos frios e dominantes; 
 
 Controlar a irrigação, evitando o excesso de umidade no viveiro 
 
 Aumentar o espaçamento das plantas no viveiro para permitir maior arejamento 
 Escolher, para plantio, as áreas menos batidas por ventos; 
 
 Faces mais quentes, evitando fundos úmidos; 
 
 Usar variedades mais tolerantes. 
 
 Podar as lavouras, abrindo e reduzindo a altura das plantas – sol e arejamento 
 
 Adubação mais balanceada N/K 
 
 Quebra ventos ou arborização 
Campo 
CONTROLE QUÍMICO 
2-3 pulverizações por ano 
Prioridade em lavouras com carga alta 
Aplicando no período de pré e pós-florada - pré tem se mostrado mais efetivas 
Fungicidas sistêmicos: 
• Triazóis: tebuconazol e metconazol 
• Estrobilurinas: azoxytrobina 
• Anilida: boscalida 
• Benzimidazol: tiofanato metilico 
Fungicidas Protetores 
 
• Cúpricos: hidróxido de cobre 
• Dicarboximida: iprodione 
Grupo das carboxamidas (Boscalid – Cantus a 160-200 ml/ha) 
 
Combinações de Tebuconazole mais estrobilurinas (Nativo a 1,0 – 1,5 L/ha, Azimut a 0,75L/ha) 
ou Priori Top (Azoxistrobina + Difenoconazole a 0,4-0,5 L/ha) 
 
Iprodione (Rovral a 0,6 – 1,0 L/ha) 
 
Doses elevadas de estrobilurinas (Comet, Amistar etc). 
MANCHA AUREOLADA / Pseudomonas seryngae pv garcae 
Agente: Pseudomonas seryngae pv garcae 
Condições favoráveis: 
 
 Clima mais frio e úmido e a locais onde bate muito vento; 
 
 O excesso de adubação nitrogenada favorece a doença, por tornar o tecido mais tenro; 
 
 Deficiência de P. 
 
 Locais de maiores altitudes - ação dos ventos estão mais sujeitas à doença; 
 
 Chuvas de granizo e frio intenso; 
 
 Podem provocar lesões nas plantas; 
 
As condições de temperatura, umidade relativa e precipitação que favorecem a ocorrência 
da doença vão de outubro a dezembro. 
Mudas no viveiro 
Plantas novas no campo 
Cafeeiros adultos 
MATO ALTO FACILITA ATAQUE DE 
MANCHA AUREOLADA EM CAFEEIROS 
Micro-clima no cafezal, 
mais úmido e frio, 
condiciona o maior ataque 
da mancha aureolada 
O maior dano da doença não está relacionado com a perda de folhagem, como 
ocorre com a ferrugem. Ele está ligado à queima/morte da ramagem. 
Sintomas: 
A bactéria causa manchas de coloração pardo-escura, de 5 
a 20 mm de diâmetro, com necrose no centro. Pela ação do 
vento, muitas lesões ficam furadas. Em volta das manchas 
forma-se um halo amarelado, podendo-se observar um 
fio translúcido em volta das lesões, ao 
olhar-se as folhas mais novas contra a luz 
Nos ramos as lesões são escuras, se 
diferenciando do ataque de Phoma por 
atingirem partes lenhosas dos ramos e, a 
partir do estrangulamento, ocorre a seca de 
grande extensão do ramo atacado, até quase 
todo ele. 
Phoma 
Fonte 
de 
contaminação 
no campo é o 
viveiro 
CONTROLE 
Os viveiros devem ser instalados em locais protegidos do vento e 
do frio. 
 
Mudas infectadas devem ser eliminadas para reduzir a fonte de 
inóculo na área 
 
Realizar aplicações de fungicidas cúpricos - pulverizados 
quinzenalmente associados ou não a antibióticos (casugamicina). 
 
No caso de ataques mais severos, deve-ser realizada uma poda à 
altura do terceiro par de folhas, visando eliminar as pontas 
danificadas. 
VIVEIROS 
CONTROLE 
• Barreiras quebra-vento ao redor da cultura; 
 
• Maior espaçamento entre as plantas; 
 
• Equilíbrio nutricional N/P; 
 
• Manejo de plantas daninhas; 
 
• Aplicação preventiva de fungicidas cúpricos - Hidróxido de cobre 
principalmente no período das chuvas; 
 
• Estas aplicações podem coincidir com o controle da ferrugem do 
cafeeiro e da mancha de olho pardo 
CAMPO 
Mancha anular do cafeeiro Leprose / 
Agente: Coffee ringspot virus – CoRSV - vírus do grupo Rabdovirus 
Transmitido pelo ácaro da leprose / 
ácaro plano - Brevipalpus phoenicus 
 Clima muito seco e o uso de defensivos, que provocam 
aumento na população dos ácaros vetores; 
 
 Desequilíbrio na população do ácaro transmissor; 
 
 Mundo novo e icatu, onde o sol entra mais na copa das 
plantas, apresentam maior ataque. 
Qualidade da bebida produzida por frutos manchados pelo CoRSV 
Efeito do CoRSV no peso de grãos de café - 5% de PERDA 
DANOS 
Condições favoráveis: 
Sintomas: 
Frutos verdes e na granação 
Lesões irregulares e deprimidas, de cor inicialmente 
marron bem claro (cor de ferrugem) e depois 
chegam a quase negras, em função de ataques de 
fungos sobre a lesão (Colletotrichum etc) podendo, 
nos períodos úmidos, apresentar uma massa de 
esporos (brancos) de fungos saprófitas. 
Também aparecem lesões amareladas nos frutos 
maduros. Com forte ataque de leprose a maioria 
dos frutos verdes passa diretamente para secos. 
Nas folhas 
Sintomas: 
1° pequenas como pontos amarelos. 
2° Forma de anéis amarelados e 
manchas irregulares acompanhando as 
nervuras, associadas a necroses claras 
que aparecem na face inferior das 
folhas, junto às lesões, sobre a nervura 
principal, o que acelera a desfolha, 
bastante significativa nas plantas dos 
focos mais atacados. 
Esta desfolha ocorre de dentro para fora 
no pé de café, que parece ficar oco. 
CONTROLE 
Uso de aplicações de acaricidas específicos – 2 aplicações 
1° No pós colheita – atingir o alvo com maior facilidade 
2° - Aplicação deve ser feita em dez-janeiro 
Virus, em folhas ou ramos, não tem efeito sistêmico, não servindo de fonte 
de inóculo para o ano seguinte. No ano a leprose só depende da presença de 
ácaros viruliferos para reinocular as folhas e frutos. Isto facilita o controle. 
Envidor (300 ml/ha), 
Torque, 
Dicofol 180 (2 l/ha), 
Tricofol 480 (750 ml/ha), 
Acaristop (300 ml/ha), 
Orthus (0,8 – 1 l/ha), 
Talento (ovicida) ( 15 ml/ha) 
Doenças causadas por nematoides 
Meloidogyne (nematóide das galhas) Pratylenchus (nematóide das lesões) 
M. incognita 
 
M. exigua 
 
M. paranaensis 
 
M. coffeicola 
M. javanica 
 
M. arenaria 
 
 M. hapla. 
P. coffeae 
 
P. brachyurus 
M. incognita M. paranaensis 
M. incognita M. paranaensis 
M. exigua 
Quais os prejuízos?

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