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Unidade III - Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX

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Geografia do Brasil
Processos recentes de produção e transformações no território 
brasileiro a partir do final do século XX
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicarone
5
•	Introdução
•	O desenvolvimento desigual e combinado
Como na unidade anterior, a leitura do texto teórico e o desenvolvimento das atividades 
são fundamentais para o acompanhamento do conteúdo a ser desenvolvido. Para que os 
exemplos e discussões teóricas fiquem mais claros, é necessário ler os textos complementares 
e assistir aos vídeos sugeridos, que auxiliam na compreensão dos conceitos básicos que serão 
desenvolvidos sobre os processos e transformações mais recentes no território brasileiro 
Nesta unidade, é essencial perceber que os processos produtivos no Brasil, devido ao 
processo de acumulação flexível, passam por transformações, mas, ao mesmo tempo, ainda 
há atividades mais tradicionais no território brasileiro. 
Além disso, é preciso também entender que o território brasileiro tem regiões onde se 
concentram mais densidade técnica, densidade populacional e atividades produtivas do que 
outras, formando diferentes arranjos espaciais
Caro(a) aluno(a), espero que tenha tido um ótimo 
aproveitamento dos estudos até aqui e que continue se 
empenhando na construção do conhecimento na disciplina de 
Geografia do Brasil. 
Esta unidade trará temas relativos aos processos recentes de 
produção e às transformações no território brasileiro a partir do 
final do século XX. 
Processos recentes de produção e 
transformações no território brasileiro a partir 
do final do século XX
6
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
Contextualização
As modernizações no território brasileiro vêm ocorrendo principalmente a partir do final do século 
XIX, com eventos e períodos mais marcantes após 1950-60, conforme já foi exposto anteriormente. 
No entanto, após a década de 1990, novos processos desenvolveram-se no mundo, cada 
vez mais globalizado do ponto de vista econômico, e envolveram também o território brasileiro. 
Transformações cada vez mais intensas nos sistemas produtivos vão opor as formas de produção 
que se denominam modernas às tradicionais. Esse é o caso emblemático da agricultura camponesa, 
familiar, em relação à agricultura moderna. Como diz o geógrafo Vicente Eudes Alves:
No que diz respeito ao espaço agrícola, as formas não homogêneas 
impostas pelo processo de modernização contemporânea se assemelham 
às do urbano, ou seja, evidenciam-se dois conjuntos de áreas com formas 
características distintas de reprodução: o da agricultura moderna e o da 
agricultura camponesa. O primeiro, de posse dos instrumentais de alta 
tecnologia avança sobre o da produção agrícola dos camponeses que ainda 
se valem de antigas estruturas agrárias para garantir os seus meios de vida, 
imprimindo nele um outro tempo, baseado no ritmo da natureza e com 
apoio de técnicas menos aperfeiçoadas. Esses grupos ainda permanecem 
instalados nos vales úmidos, no entanto suas terras estão cada vez mais 
isoladas diante da investida dos agricultores capitalistas, que, na tentativa 
de homogeneização, valem-se da coerção (ALVES, 2006, p. 82). 
Além disso, os sistemas produtivos denominados modernos estão cada vez mais integrados 
pelos sistemas de produção, circulação e consumo. Contudo, é fundamental considerar que o 
mundo também é formado de existências camponesas, de agricultura familiar e de subsistência, 
com outras formas que são importantes para a produção de alimentos, por exemplo.
Assim, vamos entender um pouco mais sobre estes processos mais recentes de transformações 
no território brasileiro e desses novos processos de divisão territorial do trabalho nos quais a 
flexibilidade na produção é a palavra-chave. 
7
Introdução
O território brasileiro, a partir da década de 1990, passou a ser influenciado pela intensificação 
do neoliberalismo na política brasileira. Tal evento provocou uma reorganização produtiva com 
a mudança da estrutura de acumulação fordista para o que autores chamam de acumulação 
flexível (HARVEY, 2005). Um dos principais símbolos da acumulação flexível é a flexibilização 
da localização industrial, na qual partes da indústria localizam-se em vários lugares. 
Essa flexibilização da distribuição produtiva promoveu a redistribuição de grande parte da 
atividade de produção industrial no território nacional. Isso, no entanto, não alterou o perfil de 
centralidade do capital na chamada Região Concentrada, a qual, dentro da lógica “dos espaços 
que mandam e espaços que obedecem” (SANTOS; SILVEIRA, 2001), manteve seu perfil de 
comando sobre unidades cada vez mais dispersas.
No período anterior do processo de produção industrial, da acumulação fordista, havia a 
figura da linha de montagem (fig. 1) dentro de uma unidade fabril, com unidades produtoras e 
fornecedoras de insumos numa escala local. 
Fig. 1. Charge sobre Fordismo
 
Fonte - gocomics.com/frankandernest
Na estrutura da acumulação flexível, a escala da produção se amplifica, com a integração 
produtiva de determinadas cadeias alcançando vastas porções do território. Com isso, desenvolve-se 
uma competição, entre regiões produtivas, por investimentos, ocasionando o que se convencionou 
chamar de “guerra fiscal”. Esta vem acompanhada, também, da chamada “guerra de lugares” 
(SANTOS, 2006), levando a uma nova distribuição espacial dos empreendimentos, o que também 
demanda a criação de novas infraestruturas e sistemas logísticos.
No território brasileiro, as regiões Sul e Sudeste formam o que Milton Santos e Maria Laura 
Silveira (2001) chamam de “Região Concentrada”, na qual há uma maior concentração dos 
sistemas de objetos e ações, ou seja, de infraestrutura física, meios de transportes, comunicação 
em rede, além de grande concentração de pessoas e de instituições de pesquisa, sedes de 
empresas, formando uma economia de aglomeração.
Numa escala, dentro dessa Região Concentrada, há uma concentração espacial ainda maior 
numa área ocupada pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, 
Vale do Paraíba-Litoral Norte e Sorocaba, as quais formam um grande polo de produção e 
consumo de mercadorias, além de, no caso da cidade de São Paulo, funcionar como centro de 
gestão do território brasileiro para as grandes corporações empresariais (LENCIONI, 2003).
8
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
O que é neoliberalismo?
O neoliberalismo torna-se ideologia dominante numa época em que os EUA 
detêm a hegemonia exclusiva no planeta. É uma ideologia que procura 
responder à crise do estado nacional ocasionada de interligação crescente 
das economias das nações industrializadas por meio do comércio e das novas 
tecnologias. Enquanto o liberalismo clássico, da época da burguesia nascente, 
propôs os direitos do homem e do cidadão, entre os quais, o direito à educação, 
o neoliberalismo enfatiza mais os direitos do consumidor do que as liberdades 
públicas e democráticas e contesta a participação do estado no amparo 
aos direitos sociais. Representa uma regressão do campo social e político e 
corresponde a um mundo em que o senso social e a solidariedade atravessam 
uma grande crise. É uma ideologia neoconservadora social e politicamente. 
Por isso, afina-se facilmente na sociedade administrada dos chamados países 
avançados, em que o cidadão foi reduzido a mero consumidor, e cresce no 
Brasil e em outros países da América Latina, vinculando-se à cultura política 
predominantemente conservadora. O neoliberalismo parte do pressuposto de 
que a economia internacional é autorregulável, capaz de vencer as crises e, 
progressivamente, distribuir benefícios pela aldeia global, sem a necessidade 
de intervenção do Estado. Enquanto o liberalismo tinha por base o indivíduo, 
o neoliberalismo estána base das atividades do FMI, do Banco Mundial, dos 
grandes conglomerados e das corporações internacionais. A liberdade que 
postula é a liberdade econômica das grandes organizações, desprovida do 
conteúdo político democrático proposto pelo liberalismo clássico.
(Texto literal extraído de Sonia Alem Marrach, Neoliberalismo e educação.
Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/eso/neoeducacao1.html). Acesso 20/05/2014. 
A introdução das políticas neoliberais promoveu, portanto, um processo de reestruturação 
do território, especialmente quando pensada comparativamente ao processo anterior de 
industrialização, ocorrido a partir de 1950-60, com a introdução de políticas de substituição de 
importações. Nesse outro período, o principal objetivo era dotar o território de uma estrutura 
produtiva voltada à industrialização do país e à modernização do território por meio da promoção 
da autossuficiência do Brasil na produção de bens industriais, com uma política vinculada à 
formação de um mercado interno.
Agora, com a acumulação flexível, o objetivo principal é promover a modernização das 
estruturas produtivas de modo a tornar o país mais “competitivo” em escala global, aproveitando-
se das vantagens locacionais de cada subespaço produtivo, de modo a inserir o Brasil na lógica 
produtiva prevalente no período da globalização industrial.
A estratégia política neoliberal, que preconizava a abertura da economia nacional à 
concorrência global, demandou também a privatização de empresas estatais, que constituíam 
a base de boa parte da produção durante o período anterior, quando existia a visão de que era 
necessário resguardar o interesse nacional por meio da reserva de mercado em alguns setores.
http://www.cefetsp.br/edu/eso/neoeducacao1.html
9
Assim, grandes conglomerados empresariais estatais foram privatizados, como foi o caso da 
Companhia Vale do Rio Doce (mineração); Eletrobrás (produtora e distribuidora de energia); 
Companhia Siderúrgica Nacional; Ferrovias Paulista S. A. (FEPASA); Banco do Estado de São 
Paulo (BANESPA), entre outros. 
Portanto, a transição do modelo de acumulação fordista para a chamada acumulação flexível 
do capital (HARVEY, 2001) ocasionou uma crise no território, que produziu uma nova divisão 
territorial do trabalho, com dispersão geográfica da produção, resultando numa hierarquia de 
escalas locais, regionais e globais (HARVEY, 2007). 
A visão de Harvey corrobora a teoria de Milton Santos (2001) de que os diversos usos do 
território ocasionam uma diferenciação entre espaços que mandam e espaços que obedecem, 
estabelecendo uma relação de centralidade de um ou mais pontos no território com outros, 
além de um movimento, o qual pode ser representado pela aceleração nos processos de tomada 
de decisão que influenciam amplos e variados espaços. 
Trocando Ideias
A acumulação flexível, segundo David Harvey, é:
“[...] marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade 
dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e dos padrões de 
consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas 
maneiras de fornecimento dos serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas 
altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional” (HARVEY, 
1992, p.140).
A figura 2, abaixo, ilustra a centralidade das cidades, com relação ao seu entorno e sua 
hinterlândia (área de influência de uma dada cidade). 
Figura 2. Centros de Gestão do Território, por nível de centralidade, 2013
Fonte - IBGE. 2013
10
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
 Verifica-se que há uma forte centralidade de três metrópoles principais: São Paulo, Rio de 
Janeiro e Brasília. A classificação é adotada pelo IBGE segundo os critérios de intensidade de 
relacionamento entre as cidades, o efeito polarizador que exercem e a dimensão de influência 
de cada centro, relacionando fatores como gestão de empresas, de serviços privados e públicos 
(saúde, educação, sistema financeiro, instituições públicas etc.). 
Verificamos que, na Região Sudeste, há uma imensa concentração de cidades de porte médio 
que atuam como centralidades numa escala local/regional. O mesmo ocorre na Região Sul.
Seguindo em direção à Região Nordeste, a malha urbana reduz significativamente, estando 
concentrada, principalmente junto ao litoral, em grandes metrópoles, como Recife, Salvador e 
Fortaleza, apresentando também capitais de médio porte, como João Pessoa, Maceió, Natal, São 
Luís, Aracaju, Teresina, além de cidades interioranas que detêm certa centralidade, como Feira de 
Santana, Imperatriz, Caruaru, Vitória da Conquista, Campina Grande, Petrolina e Juazeiro.
A tabela 1, que segue, também é bastante elucidativa sobre esse processo de concentração 
espacial, pois verificamos que, das sedes de grandes empresas, há uma imensa concentração 
em São Paulo, com 365 sedes, seguida pela cidade do Rio de Janeiro, com 116. Além disso, 
nota-se que algumas cidades de médio porte, como Caxias do Sul (RS), Ribeirão Preto (SP) e 
Joinville (SC) detêm mais sedes empresariais do que uma metrópole de grande peso regional 
como Belém (PA).
Tabela 1: Distribuição das Sedes de Grandes Empresas do Brasil
Local da sede Empresas Local da sede Empresas
São Paulo 365 Ribeirão Preto 11
Rio de Janeiro 116 Joinville 10
Porto Alegre 50 Goiânia 10
Belo Horizonte 46 Sorocaba 9
Curitiba 40 Londrina 9
Salvador 32 Belém 8
Campinas 30 Florianópolis 8
Manaus 27 Cuiabá 8
Brasília 25 Natal 7
Vitória 21 Uberlândia 7
Recife 14 Volta Redonda 5
Fortaleza 13 Barra Mansa 5
Caxias do Sul 13 Jundiaí 5
 Fonte: Valor Econômico, 2005, apud IBGE, 2007.
Esses aspectos ilustram como a modernização do território ocorreu de forma bastante 
desigual, produzindo uma concentração de grande capital, infraestrutura e fluxos nas regiões 
Sul e Sudeste – a Região Concentrada - diminuindo à medida que analisamos os espaços 
produtivos mais antigos, como o Nordeste e a Amazônia, que representam espaços periféricos 
na produção do espaço brasileiro.
11
Quanto ao Centro-Oeste, podemos afirmar que a região é, atualmente, uma grande frente 
de expansão da Região Concentrada. As malhas ferroviárias e rodoviárias vêm se expandindo, 
acompanhando o grande crescimento da produção agrícola regional, principalmente de cereais 
como soja e milho além de outros produtos como carne e algodão, que têm alto valor no 
mercado internacional.
O transporte dessas mercadorias até os portos de exportação esbarra numa outra peculiaridade 
presente no processo de formação do território brasileiro e que também intervém na relação de 
desigualdade entre as regiões. 
Entre os países de grande dimensão territorial e de grande população, talvez apenas a China 
apresente similar concentração das atividades industriais e da população tão próxima à costa. 
Além disso, a matriz de transportes brasileira encontra-se hiperconcentrada no modal rodoviário 
(aproximadamente 70%), o que é bastante díspar do que ocorre em outros países de dimensões 
continentais semelhantes.
Analisando-se as características de custo/benefício dos diversos modais de transporte, veremos 
que essa distorção no caso brasileiro é muito mais grave. Num país com grandes distâncias a serem 
cobertas pelo transporte de carga, a opção rodoviária representa a pior opção do ponto de vista 
econômico, especialmente no caso de cargas de menor valor agregado, como minério e grãos.
Quadro 1: Relação custo-benefício dos sistemas de transporte
Modal de transporte Relação distância versus custo
Rodovia Até 400 km
Ferrovia De 400 a 1500 km
Hidrovia / Navegação Costeira Acima de 1500 km
Fonte: Login Logística, 2013.
O quadro 1 mostra que o transporte rodoviário é especialmente interessante para curtas 
distâncias (de até 400 km), já que o custo unitário de carregamento de cargas por rodovia é 
alto. Assim sendo, ele torna-se tão mais interessantequanto maior for o valor agregado da 
carga transportada. 
A capacidade de transporte das ferrovias e a segurança são fatores que tornam sistema de 
transporte recomendável para médias distâncias e também para transporte de volumes maiores 
de carga, como grãos, granéis líquidos e minérios. 
Já os sistemas de transporte aquaviário, como as hidrovias interiores e a navegação costeira 
ou de cabotagem, são interessantes para transporte de vários tipos de carga, em volumes 
consideravelmente maiores, numa relação na qual quanto maior o volume de carga, menor 
será o custo unitário do transporte.
Mesmo com todas as políticas de interiorização do desenvolvimento, iniciadas no governo 
Vargas, aprofundadas no governo JK e durante o regime militar, permaneceu ainda uma enorme 
concentração de população junto à costa, senão no litoral, em cidades distantes não mais que 
100 km desta. 
12
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
Nas unidades 1 e 2, vimos que a economia colonial estava baseada no chamado “arquipélago 
econômico”, com estruturas produtivas voltadas ao mercado externo, formando áreas que não 
mantinham grande coesão econômica entre si. 
Esse aspecto da nossa formação territorial permanece, ou seja, há uma integração incompleta 
do território brasileiro, especialmente por redes técnicas, que continua influenciando fortemente 
a dinâmica de transportes no país. Apesar de toda a política de interiorização do desenvolvimento, 
não houve propriamente uma transferência de população das grandes aglomerações urbanas 
situadas ao longo da ou próximas à costa brasileira (fig. 3).
Fig. 3. Densidade Demográfica do Brasil
Fonte - IBGE, 2010. Elaborado por Marco Antônio Gomes, 2012.
 Podemos ver, no mapa apresentado acima (fig. 3), a localização das maiores concentrações 
populacionais, especialmente na Região Concentrada (especialmente em São Paulo) e também 
no leste da região Nordeste. Adentrando o território para oeste, há concentrações menores na 
região entre Goiânia e Brasília. Já na região amazônica, as concentrações se dão em torno 
de Belém, na costa; e em Manaus, que, sozinha, concentra mais da metade da população do 
estado do Amazonas. No caso do Amazonas, quase todos os municípios têm menos de 100 mil 
habitantes, exceto Parintins (102.033 habitantes) e Manaus, que possui 1.802.014 (CENSO, 
IBGE, 2010). 
13
Observe, no mapa a seguir (fig 4), que a distribuição espacial da indústria é bastante similar 
à distribuição da população, excetuando-se alguns pontos dispersos correspondentes a áreas de 
baixa densidade, principalmente no Centro-Oeste. 
Fig. 4 . Distribuição Espacial da Indústria.
Fonte - IBGE, 2009. Disponível em atlasescolar.ibge.gov.br/
A expansão da fronteira agrícola para o Centro-Oeste – e, na atualidade, principalmente 
deslocando-se para a Amazônia – ocorrida, sobretudo, a partir dos anos 1960 do século XX, 
levou a um crescimento demográfico dessas regiões focado, principalmente, em atividades 
relacionadas à agricultura e setores correlatos – tratores, máquinas, defensivos agrícolas, 
agroindústria. Isso explica os pontos representando empresas industriais existentes em regiões 
de baixa densidade demográfica. 
Apesar disso, essas regiões de novas frentes de expansão permanecem submetidas 
economicamente a interesses corporativos, cujos centros de decisão encontram-se, ainda, 
principalmente na Região Concentrada.
Essa transição, em si, não representa novidade. Conforme Milton Santos diz (2001, p. 290) 
“[...] o território é objeto de divisões de trabalho superpostas”, além do que, segundo ele, cada 
empresa ou atividade também pode ter sua própria divisão de trabalho, com escalas que podem 
ir do local ao global. 
As indústrias, antes presentes em espaços muito próximos no território, geralmente em 
“parques industriais”, cujo melhor exemplo talvez seja o parque automobilístico do ABC Paulista, 
estão agora espalhadas pelo território. 
14
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
Suas cadeias de suprimento são abastecidas por matérias-primas e componentes 
oriundos de vários locais, tanto dentro quanto fora do território nacional, demandando 
ainda mais estruturas para promover a circulação, num contexto de intensa busca por maior 
rentabilidade do capital investido. 
Assim, o uso do território torna-se estratégico para as empresas, dado que as vantagens 
comparativas e competitivas permitem o fenômeno da multilocalização, em que plantas fabris 
são supridas facilmente pelas cadeias logísticas, demandando um eficiente sistema de circulação 
para seu suporte, conforme explicam Milton Santos e Maria Laura Silveira:
À medida que o território brasileiro se torna fluido, as atividades 
econômicas modernas se difundem e uma cooperação entre as empresas 
se impõe, produzindo-se topologias de empresas de geometria variável, 
que cobrem vastas porções do território, unindo pontos distantes sob uma 
mesma lógica particularista (SANTOS; SILVEIRA, 2001, p. 291).
Além disso, cada setor de atividade busca a porção do território mais atraente para seu tipo 
de atividade. Como exemplo podemos citar o deslocamento de grande parte das indústrias 
têxteis e calçadistas do Sudeste para o Nordeste, em busca de custos menores de mão de obra, 
para competir adequadamente com os produtos asiáticos.
É necessário, ainda, entender o território por meio das relações de complementaridade que 
existem em relação às cadeias produtivas instaladas nas diversas regiões. Quando tratamos 
da agricultura moderna no Centro-Oeste, devemos entender que sua existência decorre, 
principalmente, da necessidade de suprir grandes regiões consumidoras, como o Sul e Sudeste, 
e também de exportação. 
Por outro lado, para que essa agricultura exista, há uma enorme necessidade de equipamentos 
agrícolas, como tratores e colheitadeiras, e também de mão de obra especializada, como 
engenheiros agrícolas, agrônomos, veterinários etc. Essa mão de obra e esses equipamentos serão 
demandados de regiões onde haja uma cadeia produtiva instalada bem como universidades e 
centros formadores, que estão mais concentrados no Sul e Sudeste.
Para evidenciar bem essa inter-relação, há o exemplo da produção de insumos (equipamentos, 
produtos químicos etc.). Mesmo as novas áreas de fronteira agrícola, no norte de Mato Grosso 
e Tocantins, por exemplo, demandam grandes quantidades de insumos provenientes de áreas 
do interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. 
As centralidades são determinadas, portanto, não somente pelo que ocorre no entorno 
imediato de uma cidade, mas por sua capacidade de estabelecer relações de complementaridade 
produtiva, ainda que com regiões longínquas. 
Essa relação também pode ser observada ao identificarmos, no mapa abaixo (fig. 5), as 
atividades predominantes em cada região. As frentes de expansão da agricultura e da criação de 
gado, presentes no Centro-Oeste brasileiro, estão conectadas com centralidades agroindustriais, 
presentes no interior paulista (Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Presidente Prudente), 
no norte do Paraná (Londrina, Maringá e Cascavel) e no Rio Grande do Sul, além de centros na 
própria região, como Campo Grande, Goiânia, Dourados e Cuiabá.
15
Fig 5. Brasil: Atividades Econômicas Predominantes
Fonte - PNOT, 2006. Adaptado por Vivian Fiori, 2014.
 Atualmente há um movimento de expansão das fronteiras agrícolas também em direção a 
áreas de cerrado na Região Nordeste, como o oeste da Bahia e sul do Piauí e do Maranhão. 
Cidades como Barreiras (BA), Balsas (MA) e Uruçuí (PI) estão também conectadas a essas redes 
relacionadas ao moderno agronegócio brasileiro. 
Além disso, existem também áreas de fruticultura irrigada em Mossoró (RN), que produzem 
principalmente melões, e nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que além de frutas 
produzem também vinho.
 O Agronegócio.
O Agronegócioé um termo empregado para designar um conjunto de atividades 
relacionadas à produção agropecuária e que envolve outros setores relativos à 
sua cadeia produtiva, como fornecimento de insumos agrícolas, colheitadeiras, 
fertilizantes, além da industrialização e transporte. Envolve, ainda, uma cadeia 
relacionada à pesquisa e desenvolvimento formada por empresas privadas, 
multinacionais e também governamentais – caso da Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA). 
Assim sendo, as redes de relações empresariais bem como a infraestrutura material – as redes 
de transporte e telecomunicações – estabelecem como se darão os fluxos no que concerne às 
redes de relações existentes no território. A existência de uma melhor ou pior infraestrutura 
pode ser determinante do modo como se darão os fluxos e como ocorrerá essa relação de 
complementaridade inter-regional.
16
Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
O chamado setor terciário moderno, ligado à prestação de serviços que envolvem consultoria, 
pesquisa, planejamento das atividades especializadas, desenvolveu-se e promove novas tendências 
no território, como o desenvolvimento de redes técnicas ligadas às telecomunicações e à logística. 
Esse setor está bastante concentrado nas metrópoles, sobretudo no Estado de São Paulo. 
Em alguns momentos, há o embate entre as demandas desses setores modernos da economia 
e o que podemos chamar de setores tradicionais. Assim, o agronegócio, por exemplo, promove 
mudanças no território que não contemplam as demandas da agricultura familiar, realizada em 
pequena escala e voltada para o abastecimento local.
Além disso, a modernização da produção não é acompanhada, necessariamente, de uma 
ação imediata de modernização das redes de transporte, por exemplo.
Podemos exemplificar com o caso da soja do Centro-oeste, a qual, para ser exportada para os 
mercados asiático, europeu e norte-americano, viaja em caminhões por milhares de quilômetros 
até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), devido à falta de ferrovias e portos equipados 
adequadamente para que se pudesse fazer esse escoamento pelos portos fluviais da Amazônia, 
geograficamente muito mais próximos.
As decisões locacionais das empresas são baseadas em condições técnicas do território que 
lhes permitam um maior benefício pelo menor custo possível. Desse modo, os investimentos são 
direcionados para áreas com melhores condições técnicas para cada tipo de atividade produtiva, 
interferindo na infraestrutura do país ao promover uma determinada prática espacial.
Segundo Roberto Lobato Corrêa, a despeito do fato de a gestão do território estar subordinada 
às gestões econômica, política e social, as formas de criação, organização e controle do território 
constituem o que podemos chamar de práticas espaciais. Essas práticas são relacionadas, ainda, 
com processos de concentração e dispersão de atividades no território, especialmente quando 
atores que adquirem certa influência se tornam hegemônicos e acabam por influenciar as 
mesmas gestões: econômica, política e social (CORRÊA, 1992).
Desse modo, grupos econômicos relacionados à produção de soja no Centro-Oeste, por 
exemplo, podem exercer práticas espaciais que influenciam as decisões de investimento em 
rodovias, armazenamento de grãos, financiamento bancário etc. Logo, esses grupos têm mais 
poder em conjunto e atuam de diferente forma quando comparados ao pequeno agricultor familiar. 
O papel exercido por grandes corporações influencia, assim, as condições de acumulação 
e reprodução do capital, estabelecendo diferenciações no uso e controle de vastas porções 
do território. 
Em âmbito nacional, cria-se uma segregação entre espaços modernos, luminosos, dotados 
de melhor infraestrutura, que propiciam maiores possibilidades de ganhos de produtividade, 
e espaços opacos, menos dinâmicos, com menor intensidade técnica (insumos, meios de 
transporte etc.). 
Podemos usar, como exemplo, o setor portuário. Os portos localizados em áreas de menor 
dinamismo econômico ou que não disponham de um aparato técnico de ponta, como pátios de 
contêineres, transtêineres ou terminais refrigerados, tendem a ficar em segundo plano quando 
contrapostos àqueles melhor equipados e que sirvam a regiões de produção ou de consumo 
mais intensos.
17
Portanto, a modernização do território amplia a seletividade espacial, sempre privilegiando 
áreas mais facilmente permeáveis a inovações técnicas. O grande crescimento da utilização 
de contêineres é um exemplo. Os locais que se adaptaram a seu uso conseguem otimizar o 
processo de produção e circulação, permitindo ganhos na escala da circulação.
Assim sendo, aqueles portos e terminais de transporte que não estão adaptados ao contêiner 
tendem a tornarem-se obsoletos no contexto das práticas modernas de transporte de mercadorias.
O desenvolvimento desigual e combinado
A teoria sobre desenvolvimento desigual e combinado, primordialmente elaborada por Leon 
Trotsky e amplamente difundida pela escola crítica de Geografia, permite tecer considerações 
sobre o motivo pelo qual as inovações se encontram desigualmente distribuídas no território. 
De acordo com o geógrafo Neil Smith, o desenvolvimento desigual “[...] é a manifestação 
concreta da produção do espaço sob o capitalismo” (SMITH, 1988, p. 139), promovendo 
amplas diferenciações nos territórios, já que a lógica da acumulação capitalista é propensa à 
desigualdade. Assim, a divisão territorial do trabalho age de forma funcional ao capital, o que 
torna mais complexas as relações naquelas regiões em que os estágios de acumulação estão 
mais desenvolvidos.
Segundo Milton Santos, em seu livro Espaço e método, as transformações ocorrem também 
em função da qualidade que os lugares adquirem para recebê-las:
O fato de que a cada momento nem todos os lugares são capazes de 
receber todas as modernizações explica por que: 1) certos espaços não 
são objeto de todas as modernizações; 2) existem demoras, defasagens, 
no aparecimento desta ou daquela variável moderna ou modernizante; e 
isto ocorre em diferentes escalas (SANTOS, 1985, p. 48).
Assim sendo, explicam-se tanto as diferenças regionais internas dos países quanto as 
contradições e também as relações com os fenômenos modernizantes entre os diferentes países. 
As modernizações criam hierarquias funcionais entre os objetos técnicos dentro do território, 
especializando a produção e criando polos internos, e isso também se verifica no nível interno 
do território brasileiro. 
As mudanças criam lugares privilegiados e outros obsoletos no que se refere à realização 
da acumulação capitalista, com base em vários fatores que podem referenciar tal escolha. São 
desde fatores meramente físicos, como a localização numa planície - o que permite criar áreas 
retroportuárias vastas o bastante para acumular contêineres - até fatores estruturais, como 
a existência de ligações rodoviárias e ferroviárias, capacidade de conexão com mercados 
consumidores regionais etc. 
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Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
Então, nesta atual divisão territorial do trabalho, há diferentes características que coexistem no 
Brasil, seja da agricultura moderna versus a tradicional (familiar), ou das atividades do terciário 
moderno, entre outras. 
Desse modo, apreende-se que o território brasileiro é funcionalizado de acordo com os 
interesses dos mais diversos atores – sociais, econômicos e políticos – os quais podem agir de 
forma conflituosa, quando seus interesses se contrapõem, ou de forma sinérgica, promovendo 
alterações significativas nas estruturas produtivas, nas redes de comunicação e de circulação, 
interferindo, assim, na configuração do território brasileiro.
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Material Complementar
Leitura de artigos, relatórios e teses disponíveis na internet:
ALVES, Vicente Eudes Lemos. Mobilização e modernização nos cerradospiauienses: 
formação territorial no império do agronegócio. Tese (Doutorado), São Paulo, FFLCH, 
Programa de Geografia Humana USP, 2006. 
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2014: redes e fluxos do território. 2014. IBGE, Coordenação de Geografia. Rio 
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Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/redes_e_fluxos/2014/. Acesso em 15/05/2014. 
VIEIRA, Guilherme B. B. As estratégias adotadas pelas companhias marítimas e a 
identificação de hub ports. (www.guiadelogistica.com.br). 
Disponível em: http://www.guialog.com.br/ARTIGO278.htm
http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%2520471.pdf
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Unidade: Processos recentes de produção e transformações no território brasileiro a partir do final do século XX
Referências
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mudanças das estratégias de acumulação do capital. São Paulo: Ed. Annablume, 2014. 
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de Geociências, v. 15, 1992. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: http://ppegeo.
igc.usp.br/scielo.php?pid=S0101-97591992000100006&script=sci_arttext. Acessado em 19/05/2014.
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Bertrand Brasil, 1988.
Site:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/agronegocio-atividade-alavanca-exportacoes-do-brasil.htm
http://www.ibge.gov.br/apps/redes_e_fluxos/2014/
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