Relatório Visita Téc SEBRAE

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VISITA TÉCNICA SEDE SEBRAE NACIONAL
Anteriormente, a Sede do SEBRAE era um prédio quadrado com formatação de um edifício tradicional da Via W3 Norte, este era caracterizado em um edifício com estrutura convencional de escritórios, com vários andares, sem contato e com pouca interação com o ambiente externo. Dessa maneira, posteriormente, em 2007, em razão da quantidade de colaboradores aumentar exponencialmente e pouco espaço para muitos trabalhadores, surgiu a necessidade de fazer a mudança de prédio. Logo, no início de 2008, abriu-se um edital de concurso com 115 projetos julgados, com isso, o grupo vencedor foi o Gruposp em colaboração com o arquiteto Luciano Margotto, de São Paulo. 
O edifício escolhido como vencedor possui 25.000 m² de área construída com duração de 18 meses, com valor da obra estimado em 50 milhões de reais, faz homenagem a outras construções de Brasília, principalmente as projetadas por Oscar Niemeyer, visto que, uma característica muito comum na edificação é o uso do aço, concreto e vidro. Teve-se o uso dos pilotis no térreo superior, com o intuito de que a visão de qualquer pessoa fosse a do horizonte, vendo tanto a Via L2 Sul, quanto o Lago Paranoá em qualquer ambiente. 
Além do mais, os arquitetos fizeram em todos os locais do prédio, uma integração do ambiente externo com o ambiente interno/corporativo, com isso, em qualquer ambiente se tem contato com o ambiente externo, vendo o céu, o azul do espelho d’água – ora o azul do céu, ora o azul do espelho d’água – e o verde.
A área em que o edifício foi implantado possui uma incidência muito forte de ventos cruzados, principalmente dos ventos que vem de leste (do lago Paranoá), com isso, os arquitetos utilizaram alguns elementos para fazer o aproveitamento desses ventos em benefício da utilização do prédio, combinado com sua estrutura e arquitetura. Desse modo, o espelho d’água na época de seca, ameniza demasiadamente a sensação do clima mais seco e quente, principalmente para os escritórios superiores, em que a umidade acaba subindo um pouco mais. Outro elemento é a utilização do pilotis que favorece a circulação da ventilação nas áreas inferiores da edificação.
O edifício é vedado de vidro a vidro em todas as laterais, tanto as que dão para os lados externos – Lago Paranoá e L2 Sul –, quanto para as que dão para a praça central, haja vista que, há brises que abrem sempre de três e três, todavia, possuem abertura manual.
Além disso, um dos fatores mais importantes do projeto, foi o aproveitamento do talude, em que houve pouquíssima escavação, visto que, os arquitetos projetaram uma área de ventilação natural e penetração da iluminação natural nos dois pisos de garagem.
No projeto, houve uma separação: térreo inferior e térreo superior, tal separação 
foi uma forma em que os arquitetos encontraram para se ter um aproveitamento maior da área comum e da área de utilização dos escritórios, uma vez que, eles separaram entre dois térreos para conseguir fazer um melhor aproveitamento, em razão da limitação de altura da construção.
Tem-se estruturas aparentes em todo o edifício, o piso é todo elevado (piso flutuante), logo, os cabeamentos elétricos passam por debaixo, com isso, para realização de manutenção (seja preventiva ou corretiva) tem-se um fácil acesso.
Na defesa conceitual do projeto, os arquitetos explicaram o funcionamento do prédio como um ‘’castelo’’, em que se tem quatro torres onde está localizado todo o funcionamento vertical do prédio, denominado por eles, de ‘’castelo de serviços’’, onde se tem as escadas de emergência, os shafts, os elevadores, as copas e os banheiros, logo, todas as áreas de serviços estão localizadas nessas 4 torres.
Além do mais, nos estacionamentos se tem dois postes de captação de energia fotovoltaica e eólica (parceria feita com a Companhia Elétrica de Brasília), esses dois postes captam energia durante o dia e iluminam os dois estacionamentos integralmente no período da noite. Já nos subsolos, tem-se reservatórios que totalizam 40.000 L, visto que, a regagem dos jardins é automatizada, com isso, foram economizados mais de 1 milhão de litros d’água em 2017 e mais de 1,6 milhões de litros d’água em 2018.
Entretanto, é importante ressaltar o papel que essa obra trouxe para o SEBRAE, uma vez que, tal mudança não é apenas física ou geográfica, mas reflete a importância do trabalho de todos os colaboradores deste, em que direciona as micro e pequenas empresas, com o consequente crescimento do país. A edificação moderna, funcional e avançada enquadra-se perfeitamente, na planta futurista da capital federal e integra-se ao conjunto do Plano Piloto e, certamente, lateja como o coração de Brasília. O novo edifício do SEBRAE, amplo, iluminado e ambientalmente correto é a consequência da reestruturação interna que comportou um salto de qualidade na construção e difusão do conhecimento em proveito da competitividade das micro e pequenas empresas, motivo do ser do SEBRAE. Dessa maneira, tal mudança que não é apenas física, tem uma extensão maior nos procedimentos, nas atitudes e, principalmente, no compromisso com a missão do SEBRAE.
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 1 – Fachada principal do SEBRAE. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 2 – Placa orientativa na entrada da edificação. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 3 – Espelho d’água próximo à entrada principal. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 4 – Espelho d’água próximo à entrada principal. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 5 – Brises verticais. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 6 – Perspectiva da fachada posterior da edificação. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 7 – Pátio externo próximo ao restaurante. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 8 – Área no subsolo que propicia iluminação e ventilação natural nas salas perpendiculares. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 9 – Escada de acesso ao pátio central. Fonte: Foto por Sara Romeiro
Figura 10 – Vista da área externa no 1° pavimento. Fonte: Foto por Sara Romeiro