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Trabalho de Anatomia ALVEOLITE Docente: Prof. Dr. Fabio Guerra Discentes: Brenda F. M. Costa Fernando Paganelli Fernando Zanusso Jaqueline Lino Lorena Nascimento INTRODUÇÃO A Alveolite dentária , por vezes, também chamada de osteíte alveolar pós-operatória, corresponde a uma complicação que surge após a extração de um dente; Ocorre quando se verifica uma infeção do alvéolo, ou seja, do interior do osso onde o dente se encontrava alojado. As Alveolites manifestam-se após a extração dentária, caso haja infeção posterior, provocando normalmente dores muito fortes que tendem a iniciar 2 a 3 dias após a exodontia (extração do dente), podendo-se prolongar até aos 10 ou 15 dias seguintes. Este estado de dor causa um desconforto muito acentuado, interferindo inclusivamente na ingestão normal da comida. 2 A Alveolite pode verificar-se tanto na arcada superior como na inferior e pode afetar qualquer dente presente na boca. A Alveolite do siso é das Alveolites a mais prevalentes nas situações pós extração de dentes inclusos ou semi-inclusos, dada a prevalência de problemas associados aos dentes do siso durante a sua erupção, para além da eventual dificuldade de acesso cirúrgico aos mesmos, o que pode originar um maior trauma durante os procedimentos da extração. A infeção necessita de cuidados de higiene redobrados após a extração, e normalmente à medicação correta, e talvez uma intervenção local por parte do cirurgião dentista, com a finalidade de minimizar o problema e promover uma aceleração da cicatrização. Vamos imaginar um dente ruim, na raiz do qual há focos de inflamação. Tais focos são geralmente isolados pelo corpo nos chamados granulomas (cistos) - simplesmente falando, são sacos cheios de infecção e pus. Quando o dente é removido, as bactérias permanecem parcialmente na cavidade - neste caso, falamos sobre a infecção primária da ferida. Mesmo que o dentista-cirurgião tenha removido todas as raízes do dente com ou sem granulomas (cistos), a infecção que provocou a inflamação nos tecidos ao redor da raiz não pode ser completamente eliminada, embora possa e deva ser controlada. Se provoca Alveolite, depende, entre outras coisas, da imunidade humana. Há também riscos de infecção secundária da ferida, isto é, quando a infecção se manifesta do lado de fora, o que também pode levar à Alveolite. EXISTEM DOIS TIPOS DE ALVEOLITE ALVEOLITE SECA ALVEOLITE PURULENTA CAUSAS Higiene oral deficiente, e principalmente o descurar dos cuidados pós-operatórios; Dificuldade, duração e trauma inerentes à extração dentária; Tipo e quantidade de anestesia; Presença de infeções adjacentes; Tabagismo (ser fumante); Realização de bochechos durante as primeiras 24 horas pós-extração, que podem levar à remoção natural do coágulo sanguíneo; Manipulação do alvéolo com instrumento não esterilizado de forma adequada, ou seja, falha na assepsia; Certas doenças sistémicas, nomeadamente as que possam interferir nos processos de coagulação ou cicatrização inerentes (ex.: diabetes mellitus). ALVEOLITE SECA É muito comum após a extração de dentes do siso no maxilar inferior. Ela instala-se quando não a formação ou ocorre a perca do coágulo sanguíneo que se forma no fundo do alvéolo pós-extração, ficando o interior do alvéolo seco, ou seja, com exposição do respectivo osso e correspondentes terminações nervosas, conduzindo a uma situação de desconforto e dor muito intensa; a dor pode se estender por vários dias após a extração. A ocorrência da Alveolite seca pode também estar relacionada com altos níveis de atividade fibrinolítica presente em infeções, levando à desintegração do coágulo, expondo as paredes ósseas internas, acabando com isso por atrasar a cicatrização Em relação ao tempo que dura uma Alveolite seca, é de difícil previsão e obviamente depende de vários fatores, mas normalmente a sintomatologia tende a prolongar-se por cerca de uma a duas semanas, podendo contudo estenderem-se até um mês após a extração. DENTE INCLUSO (ANTES DA EXO) ALVÉOLOV( APÓS EXO) ALVEOLITE PURULENTA A Alveolite purulenta ocorre quando o alvéolo é de alguma forma infectado, verificando-se a secreção e produção de pus. Esta presença de pus proliferado dentro do alvéolo, ou seja, dentro do “orifício” ósseo onde o dente se encontrava implantado, provoca não só dor forte e normalmente difusa, como um cheiro ou odor fétido e acentuado (halitose). A Alveolite purulenta também é conhecida como Alveolite supurativa ou Alveolite húmida, e tal como a seca, os sintomas de dor forte tendem a aparecer só após 2 a 3 dias depois da extração e, por isso, algumas vezes é referida como Alveolite tardia. Também pode ser ocasionada quando o alvéolo for manipulado pelo profissional com instrumento não esterilizado. SINTOMAS CLÍNICOS Inicialmente, dor forte confinada ao local da extração; Com o passar do tempo, aumento gradual da dor e a sua difusão para estruturas adjacentes (maxilares, face, ouvido, pescoço, etc.); Pequeno edema ou “inchaço” da face; Eventual aumento da temperatura corporal, normalmente não passando os 38 graus; Debilidade ou mal-estar geral; Mau hálito acentuado (halitose); Hipertrofia (aumento de volume) dos gânglios linfáticos da região; Presença de líquido esbranquiçado ou “matéria branca” (pus) no interior do alvéolo (no caso da Alveolite purulenta); Gengiva circundante à zona da extração muito vermelha, edemaciada e muito sensível ao toque. TRATAMENTO Anestesia local por bloqueio; Irrigar o alvéolo abundantemente com soro fisiológico ou clorexidina; Seca: ideal aplicar uma pasta medicamentosa no interior do alvéolo. Na úmida a utilização de uma cureta para a remoção dos restos necróticos é fundamental. Reavaliação em 48 horas; Prescrição de analgésicos de ação periférica a cada 4 horas (Por exemplo: Paracetamol, Dipirona…) Antibióticos só devem ser utilizados em casos onde ocorra a presença de sinais de disseminação local ou manifestação sistêmica do processo infeccioso de fato. Na Alveolite seca, o paciente deve usar um analgésico, respeitando as características de cada pessoa e suas limitações medicamentosas. Existem alguns produtos de uso local que têm um efeito antálgico (pasta medicamentosa). Pode também ser feita anestesia local por bloqueio nervoso e irrigação do alvéolo abundantemente com soro fisiológico. Na Alveolite purulenta, é preciso a utilização de uma cureta para a remoção dos restos necróticos, além de antibióticos e bochechos com medicamentos que contenham malva, para acelerar a recuperação e diminuir o mau odor ocasionado pela fermentação de detritos e a presença de pus. Nem sempre a dor da Alveolite purulenta responde bem aos analgésicos. RECUPERAÇÃO PÓS INTERVENÇÃO CIRURGICA APÓS 1 SEMANA APÓS 3 MESES APÓS 6 MESES PREVENÇÃO Para evitar a ocorrência de Alveolite sugere-se que, durante a extração, evite-se o tensionamento de bordas, realize-se retração sem traumas (apenas no osso), além de irrigação abundante antes, durante e após o procedimento, e realize-se a remoção de detritos e/ou resquícios de ossos polidos. Quanto ao paciente, sugere-se dormir com cabeceira elevada e lado dolorido para cima, evitar o uso de tabaco e alimentar-se com dieta fria e alimentos macios nas primeiras horas. OBRIGADO A TODOS E UMA BOA NOITE!!!! REFERÊNCIAS https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/alveolite/ (site saúde bem estar). https://www.abc.med.br/p/821484/dor+de+dente+pode+ser+alveolite.htm(site ( site ABCMed, informações sobre saúde). https://pt.stomatology.biz/xirurgiya/udalenie-zubov/alveolit-posle-udaleniya-zuba.html (site Stomatology.biz). https://www.odontoblogia.com.br/alveolite-causas-tratamento/( site Odontoblogia, blog da odontologia). .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; }