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1 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE DIRETORIA DE CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL APLICAÇÃO DO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO USANDO “SLURRY SHIELD” PARA UM NOVO INTERCEPTOR – ESTUDO DE CASO DA TRAVESSIA SOB O RIO PINHEIROS - PROJETO TIETÊ III ETAPA. SÃO PAULO 2016 2 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE DIRETORIA DE CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL FABIOLA CORREA BARBOSA – RA 911211482 RODNEI SILVA CHAVES – RA 911212769 VANILTON MODESTO NEPPEL – RA 913109246 APLICAÇÃO DO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO USANDO “SLURRY SHIELD” PARA UM NOVO INTERCEPTOR – ESTUDO DE CASO DA TRAVESSIA SOB O RIO PINHEIROS - PROJETO TIETÊ III ETAPA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Nove de Julho. Orientador: Prof. MM. Salomão Silva Neto SÃO PAULO 2016 3 FOLHA DE APROVAÇÃO Por FABIOLA CORREA BARBOSA – RA 911211482 RODNEI SILVA CHAVES – RA 911212769 VANILTON MODESTO NEPPEL – RA 913109246 PROJETO DE TRABALHO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL, DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL, DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO, PELO PROFESSOR ORIENTADOR ABAIXO MENCIONADO. São Paulo (SP) _______ de ____________________ de 2016. ____________________________________________________ Prof. Msc. Salomão Silva Neto Ciente: ____________________________________________________ Prof. Msc. Salomão Silva Neto 4 Dedicamos esse trabalho, principalmente as nossas famílias que durante esse tempo vem nos motivado e apoiado. 5 AGRADECIMENTO Primeiramente gostaríamos de agradecer à Deus pela oportunidade de chegar onde chegamos, pela satisfação de apresentar um projeto benéfico a população. Agradecemos ao nosso orientador Msc. Salomão Silva Neto pelo incentivo, para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. Ao engenheiro Raul Garzella (Enotec Engenharia) responsável pelo obra do IPI 8 Aos profissionais Engº Marcus Silva (MTS do Brasil), Engº André Marrafon (ServBrax), Rodrigo Fernandes (TNL topografia), Engº Neri Iozzelli (Enotec Engenharia), Engº Fabio Pudenzi (JNS Engenharia), Engº Edson Peev (Herrenknecht do Brasil), Renato Zuccolo (Priarcadis/autor). Ao coordenador do curso de Engenharia Civil Adalberto Chagas pela parceria com os alunos. Às nossa famílias e a todos que participaram diretamente e indiretamente nesse trabalho. 6 RESUMO O trabalho trata de um estudo de caso, aplicando o método não destrutivo para uma nova rede interceptora de esgoto sanitário, executando um túnel sob o rio Pinheiros. É exposto a tecnologia utilizada, os materiais e as etapas empregados neste sistema. O método utilizado é em MND (método não destrutível) usando o equipamento Slurry Shield. Serão apresentadas suas vantagens e desvantagens, dificuldades e soluções. Será necessária a execução de novas redes de esgoto, devido ao crescimento do meio urbano e populacional, execuções de obras em ‘VCA’ (vala a céu aberto), estão sendo menos usadas nos grandes centros, devido a sua interferência ao redor da obra. Palavras Chaves: Construção Civil, MND, Esgoto, VCA, Slurry Shield 7 ABSTRACT The work is a case study, there is the application of non-destructive method for the network of new sanitary sewer interceptor, the execution of a tunnel under the river Pinheiros. It is exposed to the technology used, the materials and steps used in the present system. So this work is to show the non-destructive method using the Slurry Shield will be presented its advantages and disadvantages, difficulties and solutions. Will need to run new sewage networks , due to the growth of the urban population and environment, works of performances in ' VCA ' ( open ditch ) they are less used in large cities due to its interference around work . Keys Word: Construction, MND, Sewage, VCA, Slurry Shield 8 LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica ABRAT Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva C.T. Coletor Tronco CET Companhia de Engenharia e Trafego CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CONVIAS Departamento de Controle de Uso das Vias Públicas CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica DEPAVE Departamento de Parques e Áreas Verdes E.E.E. Estação Elevatória de Esgoto E.T.E. Estação de Tratamento de esgoto ELETROPAULO Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. EMAE Empresa Metropolitana de Águas e Energia GBM Guided Boring Machine HDD Horizontal Directional Drilling JET GROUTING Jato de Calda de Cimento Km Quilômetros L.R. Linha de Recalque L/s Litros por Segundo m Metros m³/h Metros Cúbicos por Hora m³/S Metros Cúbicos por Segundo MCA Metros de Coluna D'água mm Milímetros MND Método Não Destrutivo NATM New Austrian Tunnelling Method) NBR Normas Brasileiras Regulamentadoras PEAD Polietileno de Alta Densidade PI Poço de Inspeção PV Poço de Visita PVC Policloreto de Vinila RMSP Região Metropolitana de São Paulo SABESP Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo SHIELD Escudo com Cabeça Escarificadora VCA Vala a céu aberto 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Placa nascente do rio Tietê 19 Figura 2 – O rio Tietê na cidade de São Paulo (meados de 1900) 20 Figura 3– O rio Tietê na cidade de Santana de Parnaíba - poluição (2001) 21 Figura 4 – Esquema de tratamento de esgoto 23 Figura 5– Vala a céu aberto – obras de saneamento 25 Figura 6 – Vala a céu aberto do metrô na construção da Linha 1 – Azul do Metrô de SP 25 Figura 7– Execução de VCA nos métodos cover and cut (esquerda) e cut and cover (direita) 26 Figura 8 – HDD Rig da HERRENKNECHT TUNNELLING® 30 Figura 9 – Características básicas do HDD Rig da HERRENKNECHT TUNNELLING® 30 Figura 10 – Tunnel em Liner 32 Figura 11 - Ciclo de execução de túneis no método NATM 35 Figura 12 – EPB Sheild da HERRENKNECHT TUNNELLING® 37 Figura 13 – Características do EPB Sheild da HERRENKNECHT TUNNELLING® 37 Figura 14 – TBM - Mixshield da HERRENKNECHT TUNNELLING® 38 Figura 15 – Características básicas do Mixshield da HERRENKNECHT TUNNELLING® 38 Figura 16 – Single Shield da HERRENKNECHT TUNNELLING® 39 Figura 17 – Características básicas do Single Shield da HERRENKNECHT TUNNELLING® 39 Figura 18 – Direct Pipe da HERRENKNECHT TUNNELLING® 40 Figura 19 – Características básicas do Direct Pipe da HERRENKNECHT TUNNELLING® 40 Figura 20 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), execução furo guia 41 Figura 21 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), alargamento do furo 42 Figura 22 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), execução furo guia 42 Figura 23 – Execução de sondagem a percussão 43 Figura 24 – Testemunho de sondagem mista 43 Figura 25 – Perfil geológico do túnel Antônio e André Rebouças Rio de Janeiro - RJ 44 Figura 26 – Esquema da execução de sondagem sísmica 45 Figura 27 – Ensaio de peneiras para determinação de granulométrica 45 10 Figura 28 – Ensaio de compressão axial de solos 46 Figura 29 – Ensaio triaxial de solos 46 Figura 30 – Perfil Geológico 49 Figura 31 - Princípio do método da eletrorresistividade 51 Figura 32 - Os eletrodos e cabos multieletrodos foram implantados ao longo da via de acesso em terra. 51 Figura 33 - Estaca topográfica PV 10 interceptada ao longo da seção 52 Figura 34 - Caminhamento Elétrico indicam as posições aparentes dos pontos de leituras 52 Figura 35 - valores das resistividades elétricas aparentes associadasa uma escala de cores. 53 Figura 36 - Syscal Switch Pro - Eletrorresistivímetro digital multi-eletrodo utilizado durante a aquisição 53 Figura 37 - Seções de Imageamento Geoelétrico com indicações das principais feições anômalas mapeadas e delimitadas 54 Figura 38 – Escala Cromática das Resistividades 54 Figura 39 – Correlação das Resistividades 55 Figura 40 - Controle dos trechos executados 58 Figura 41 - Inicio do trecho, Abertura do PS03 61 Figura 42 - Execução da parede em projetado do PS03 61 Figura 43 - Laje já executada do PS03 62 Figura 44 - paredes de reação do Poço de Serviço 03 62 Figura 45 - Mobilização da máquina “slurry shield” no PS 03 63 Figura 46 - Mobilização da máquina “slurry shield” no PS 03 63 Figura 47 - Cravação de tubos entre o trecho do PS03 ao PS01 64 Figura 48 - Cravação de tubos entre o trecho do PS03 ao PS01 64 Figura 49 – Aterramento e transformação do PS03 em PV03 65 Figura 50 – Aterramento e transformação do PS03 em PV03 65 Figura 51 - trecho conformado dentro dos tubos de 1500mm entre os PV03 e PV01 66 Figura 52 - PV finalizado 66 Figura 53 – Transformação do PS01 em PV 67 Figura 54 - Transformação do PS01 em PV 67 11 Figura 55 - Esquema de jet grouting para reforço de parede de túneis com perfuratriz rotopercussiva 68 Figura 56 – Gráfico de avaliação de custo de métodos construtivos de túneis 69 Figura 57 – Domínios dos métodos de escavação em função do maciço a desmontar 69 Figura 58 – ETE de Barueri 71 Figura 59 – ETE de Barueri (antes da ampliação) 72 Figura 60 – ETE de Barueri (após a ampliação) 73 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Comparação dos Métodos 70 Tabela 2 – Liberação dos o órgãos de acordo com o trecho (PVE ao PV13) 74 Tabela 3 – Liberação dos o órgãos de acordo com o trecho (PV 13 ao PV 26) 75 15 1 INTRODUÇÃO Na RMSP tem uma extensão de aproximadamente 18.000 km de rede de coleta de esgoto, atendendo 20 milhões de habitantes, mais ainda não está sendo o suficiente para atender toda a região metropolitana de São Paulo. Tende-se a fazer novas redes para atender a demanda populacional e para que desafogue as tubulações já existentes, com isso tem que tomar medidas rápidas e com menos transtorno possível. As execuções em ‘VCA’ (vala a céu aberto), é um método destrutível muito utilizado, mas hoje em dia na capital de São Paulo estão sendo menos aplicados, pois causam muitas interferências interditando vias importantes, prejudicando assim o tráfego de veículos e pedestres, causando diversos transtornos. As execuções de túneis são feitas em MND (método não destrutível) método antigo e a execução manual, esse procedimento não tinha toda a segurança e tecnologia como hoje em dia, aconteciam diversos acidentes, e devido a isso as obras atrasavam e os custos aumentavam. As novas tecnologias do mercado tendem a melhorar a qualidade e produtividade da obra, preservando a segurança do trabalhador e causar um menor impacto ambiental na execução de túneis. A aplicação usando o Slurry Shield é um método de alta complexidade, pois é uma tecnologia importada, necessitando de mão de obra especializada, transporte e equipamentos específicos. O trabalho aborda um estudo de caso executando uma nova rede interceptora de esgoto, aplicando tubo de concreto armado cravado com o Slurry Shield, para travessia sob o rio Pinheiros. Verificaram-se as etapas de execução dessa obra, os problemas apresentados, as soluções, vantagens e desvantagens nesse processo. O fator mais importante para obras deste tipo é a análise criteriosa de toda a parte geológica, fazendo com o que o projeto segue a risco o real. Este presente trabalho irá abordar as definições, usos, técnicas, materiais, equipamentos e um estudo de caso de obras de túneis e subterrâneas. 16 2 JUSTIFICATIVA Na RMSP conta hoje com 5 estações de tratamento de esgoto, e aproximadamente 18.000 km de rede coletora de esgoto. Mesmo com essa grande extensão de cobertura, a capacidade de coleta de esgoto não é suficiente para atender a demanda da população, que hoje a deficiência da rede chega em torno de 25 m³/s, havendo assim a necessidade de ampliação das RCE`s. (Redes coletoras de Esgoto). O VCA (método destrutivo) para ampliação das redes coletoras de esgoto provoca uma grande interferência no meio urbano, interditando importantes avenidas e locais de alto fluxo de veículos e pedestres. Devido esse motivo existem hoje disponíveis no mercado, soluções alternativas por método não destrutível (MND). O Slurry Shield é o que tem de mais moderno de equipamento na execução de túneis, que surge como alternativa, onde o método VCA não é tecnicamente viável, como por exemplo a travessia sob grandes avenidas, rios, parques, áreas preservadas, entre outras. 17 3 OBJETIVOS O objetivo deste trabalho é mostrar o MND (método não destrutivo), em redes de esgotos, assim como suas vantagens e desvantagens, e abordar sua eficiência nas obras. 3.1 Objetivo geral O objetivo geral é analisar o processo de operação tecnológica, etapa por etapa deste processo construtivo, custo da utilização do método não destrutivo, para novas redes de esgoto, que devido ao aumento populacional, tende-se se expandir novas redes, para atender a demanda. 3.2 Objetivos específicos Apresentar as vantagens e desvantagens da utilização do método não destrutivo, em novas redes de esgoto sanitário. Levantar métodos que causem o menor impacto possível ao meio ambiente, que não atrapalhe no sistema viário, e fazendo com que se tenha menos impacto ao redor da obra. Foi estudado detalhadamente a utilização do método não destrutivo, na execução do interceptor IPI-8 na travessia sob o rio Pinheiros na cidade de São Paulo, onde foi utilizado o equipamento Slurry Shield, no estudo de caso com a obra do Projeto Tietê III – Etapa. 18 4 METODOLOGIA Após estudos levantados, foi realizado o acompanhamento de um estudo de caso, da Travessia sob o rio Pinheiros, usando o método não destrutível com o Slurry Shield. Foram levantadas as etapas dos procedimentos, os problemas encontrados e a solução para a execução dessa obra na cidade de São Paulo. 4.1 Atividades Desenvolvidas ✓ Participação no V congresso brasileiro de MND e do No-Dig Brasil 2015 – Organização pela Abratt no Expo Center Norte no período de 04 a 06 de Agosto de 2015 ✓ Visita a empresas fabricante de equipamentos e peças (MTS do Brasil e Herrenknecht) ✓ Workshop com a empresa Herrenknecht, explicando a utilização de diferentes tipos de equipamentos em método não destrutivo. ✓ Pesquisa em revistas técnicas (Trenchless international) ✓ Palestra de Tuneis organizado pela CBT (Comissão Brasileira de Tuneis ✓ Pesquisas no Instituto de Engenharia ✓ Palestra da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos) ✓ Palestra do CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica de Rochas) 19 5 REVISÕES BIBLIOGRÁFICA 5.1 História do Tietê O rio Tietê nasce em Salesópolis (SP), na região da Serra do Mar, atravessando o estado de São Paulo, no sentido de leste a oeste, desaguando no rio Paraná, no município de Itapura na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Possui 1.100 quilômetros de extensão e, em seu percurso, margeia 62 municípios paulista. Faz parte de 6 sub-bacias hidrográficas (Alto Tietê (RMSP), Piracicaba, Sorocaba/Médio Tietê, Tietê/Jacaré, Tietê/Batalha e Baixo Tietê). Figura 1 – Placa nascente do rio Tietê Fonte: https://vadevintage.wordpress.com/2013/02/22/aqui-nasce-o-rio-Tietê Potencial hidrelétrico que é bastante utilizado, as principais barragens instaladas são: Edgar de Souza, Pirapora do Bom Jesus, Laras, Anhembi, Rasgão, Barra Bonita, Ibitinga, Três Irmãos e Promissão. Este rio também foi importante para os bandeirantes no século XVIII, pois serviude rota para que eles pudessem chegar ao interior do estado de São Paulo até atingir a região de Mato 20 Grosso, e, durante o trajeto, os bandeirantes fundaram muitas cidades, e também navegavam em procura de índios para escravizar. Figura 2 – O rio Tietê na cidade de São Paulo (meados de 1900) Fonte: arquivos osriosdobrasil.blogspot.com.br/2012/01/os-rios-de-sao-paulo-em-fotos.html Nas épocas seguintes, por volta de 1900, foi muito utilizado para navegação e até mesmo para prática de competições de esportes náuticos, (Regata, Natação e Saltos Ornamentais, onde hoje é a ponte das Bandeiras), principalmente, na região metropolitana de São Paulo. Grupos de pessoas exploravam o rio Tietê em canoas compridas feitas de troncos maciços, que era palco de diversas frotas de comércio, entre São Paulo e Cuiabá. Por volta da década de 1930, esse quadro começa a mudar drasticamente devido ao crescimento populacional e industrial desordenado da cidade de São Paulo, o rio Tietê passa a receber grandes volumes de esgoto doméstico e cerca de 150 indústrias despejavam lixo no rio da região metropolitana, deixando suas águas poluídas e contaminadas. Devido a poluição das águas, a maioria dos clubes faliu, já que ninguém mais queria praticar esportes, pois perceberam que o rio estava se tornando um esgoto a céu aberto. 21 Hoje, joga-se por volta de 200 toneladas de lixo diariamente no rio Tietê, ou seja, esgoto puro sem tratamento. Figura 3– O rio Tietê na cidade de Santana de Parnaíba - poluição (2001) Fonte: https://neucla.wordpress.com Segundo os dados divulgados pelo Ministério das Cidades sobre o saneamento no Brasil, mostram um avanço na RMSP. As pessoas com acesso a coleta de esgoto por rede cresceram nos últimos anos e milhares de famílias receberam saneamento em suas casas. Contudo o ritmo de crescimento, foi relativamente baixo, com relação as taxas de crescimento da população. Conforme dados divulgados pelo Ministério das Cidades, metade do esgoto residencial ainda volta para o meio ambiente sem qualquer tratamento, seus levantamentos indicam que do esgoto coletado na RMSP apenas 58,9% é tratado antes de retornar pro rio Tietê. 22 5.2 Projeto Tietê Devido à sua grande importância, o rio Tietê também se tornou um grande símbolo de mobilização. O Projeto Tietê foi criado pela SABESP em 1992 devido a uma manifestação popular que resultou em um documento com 1,2 milhão de assinaturas a favor da despoluição do rio. Seu objetivo é ampliar permanentemente a capacidade de coleta, interceptação e tratamento de esgotos em toda a Região Metropolitana de São Paulo, em etapas sucessivas. Lembrando também que cerca de 35% da poluição acumulada na Bacia do rio Tietê não vem de redes de esgoto, mas sim do lixo jogado nas ruas. Todos os dias, as águas do Tietê recebem toneladas de sacolas plásticas, garrafas, latas e outros tipos de lixo abandonados por moradores da Região Metropolitana de São Paulo. Se a população não mudar de atitude, a situação permanecerá crítica. A SABESP responde pelas redes coletoras do município de São Paulo (50% da região) e de mais alguns municípios representando a grande fatia da coleta. Responde também a nível metropolitano pelos coletores tronco, interceptores, emissários e estações de tratamento (ETE). Considerando que a poluição dos nossos rios e córregos se deve fundamentalmente ao lançamento de esgotos domésticos se conclui que a SABESP seja a responsável por essa situação. Previu-se a executar a terceira etapa do Projeto Tietê em seis anos, no período de 2010 até 2016, de forma que a partir de indicadores assumidos para a linha de base de 30/06/2008 seja atingida a meta final no período, conforme segue: Redução de carga orgânica, Índice de coleta de esgoto, vazão de esgoto tratado, incremento de números de ligação, melhoria no índice de qualidade Existem também dificuldades técnicas para a construção dessas redes. Como a região metropolitana de São Paulo se desenvolveu praticamente sem rede de esgoto, hoje é muito difícil abrir espaço embaixo de casas, prédios, avenidas, rios, parques e outras construções para instalar as tubulações subterrâneas que levam o esgoto para tratamento, mas é possível desviar, usando métodos não destrutivos. As necessidades de desapropriações atrasam as obras, e o método não destrutivo pode ser usado para que não desapropriem essas famílias. 23 5.3 Sistemas de esgotamento sanitário As redes coletoras de esgoto é um conjunto de canalizações que tem a função de coletar os efluentes gerados por ligações provenientes de casas, comércios ou indústrias. Estas redes são conectadas a coletores troncos que são tubulações de maior diâmetro geralmente instaladas as margens de rios, pois são coletores principais em uma bacia de drenagem. Estes recebem a contribuição dos coletores secundários, conduzindo seus efluentes a um interceptor. Interceptores são tubulações de diâmetros maiores que conduzem os efluentes até uma estação de tratamento de esgoto (ETE). Todo esse sistema é muito importante para despoluição dos rios, pois o esgoto não tratado contém muitos transmissores de doenças, micro-organismos, resíduos tóxicos e nutrientes que provocam o crescimento de outros tipos de bactérias, vírus ou fungos. O sistema de coleta e tratamento de esgoto reflete diretamente nos números de atendimentos médicos, é uma questão de saúde pública, porque evitam a contaminação, transmissão de doenças e a preservação do meio ambiente. Figura 4 – Esquema de tratamento de esgoto Fonte: http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2013/aula13.htm 24 6 PROCESSOS CONSTRUTIVO UTILIZADO EM EXECUÇÃO DE OBRAS 6.1 Método Destrutível 6.1.1 VCA (vala a céu aberto) ou Trincheiras Também conhecido como método destrutivo devido à sua interferência, o método de VCA (Figura 5), ou trincheira (Figura 6), é utilizado em condições geotécnicas e geológicas variadas. O recobrimento costuma ser baixo, de até 20 m de profundidade, sendo aplicado onde não há interferência com o sistema viário, ou onde seja possível desviar o tráfego sem que isso cause grandes transtornos. O método também é utilizado para assentamento de tubulação no solo para diversas finalidades como redes de água, esgoto, gás, telefonia, dados e outros mais. A abertura de valas, desde a superfície até o ponto que os tubos serão instalados, causa transtornos para o trânsito de veículos e de pedestres, além de danificar os pavimentos existentes nos centros urbanos, causando imperfeições devido aos reparos e emendas de reposição, seja nas calçadas ou vias. A remoção de terra que pode ser feita mecanicamente utilizando retroescavadeiras ou manualmente gera volumes de terra e entulho a ser transportado, o que gera a movimentação de caminhões e ocupação das vias por entulho e terra. Os procedimentos para o VCA são: abertura de valas, escoramento para contenção do maciço, reaterro, construção das estruturas definitivas como paredes, lajes e pilares, rebaixamento de lençol freático existente à profundidade necessária. 25 Figura 5– Vala a céu aberto – obras de saneamento Fonte: Acervo pessoal Figura 6 – Vala a céu aberto do metrô na construção da Linha 1 – Azul do Metrô de SP Fonte: Metrô SP 26 Normalmente são utilizados 2 métodos (Figura 7) construtivos para esta solução um conhecido como cut and cover (corta e cobrir) e outro cover and cut (cobrir e corta). Figura 7– Execução de VCA nos métodos cover and cut (esquerda) e cut and cover (direita) Fonte: Mouratidis, 2008 27 6.2 Método Não destrutível As informações a respeito dos Métodos MND citados abaixo foram extraídas do edital Sabesp CP ME 50.039/13 de JUNHO/2012 disponívelatravés do site da imprensa oficial. 6.2.1 HDD (Perfuração Direcional) O processo tem por objetivo a execução de furos subterrâneos em solo ou rocha, para instalação de tubulações de modo rápido e utilizando equipamentos auto transportados e instalados sobre caminhões de grande mobilidade. Pode executar perfurações para instalação de tubulações de 50 a 400 mm, podendo chegar a 600 mm para travessias curtas e dependendo do tipo de tubo utilizado e do tipo de solo existente. O processo consiste na execução primeiramente de um furo piloto utilizando-se uma sonda perfuratriz que tem um giro de 180° e pode ser inclinada de 15° a 45°, o que proporciona possibilidade de adaptação às mais diversas situações, com grande mobilidade. O tamanho da perfuratriz pode variar de acordo com o tipo de equipamento e bomba utilizada. Acoplado ao sistema existe uma central propulsora onde estão instalados compressor de ar, bombas hidráulicas e tanque misturador de lama bentonítica, geralmente instalados no mesmo chassi de caminhão. Para execução do furo piloto é utilizada uma cabeça de perfuração composta de uma peça cilíndrica em aço com um corte diagonal formando um plano inclinado em forma de chanfro, com bicos injetores dispostos estrategicamente pelos quais sairão jatos de lama bentonítica com alta pressão ou ar comprimido. A cabeça de perfuração, graças a sua geometria, possibilita o direcionamento do furo piloto em qualquer direção e os jatos de lama bentonítica desmontam o solo avançando a escavação. Com a utilização de ar comprimido sendo injetado a pressões de até 350 kgf/cm² é possível à perfuração em rocha. Normalmente são utilizadas hastes de perfuração em segmentos de 3,00 m confeccionadas em aço especial que permite a flexibilidade necessária para acompanhamento das curvas provenientes do lançamento e saída da perfuratriz, com raio de curvatura mínimo de 40 metros. O furo piloto é iniciado após nivelamento da sonda perfuratriz na superfície e, dada à inclinação na haste, é iniciada a perfuração que se desenvolve pela conjugação cuidadosa dos comandos de avanço linear e rotação das hastes com o comando de injeção de lama bentonítica, que garante a estabilidade do furo, ou ar comprimido. Na medida em que progride a perfuração 28 novas hastes são sucessivamente acopladas. A escolha do diâmetro dos bicos injetores de lama bentonítica, a serem instalados na cabeça de perfuração, deve ser compatível com o tipo de solo encontrado, com a densidade da lama e com a pressão de bombeamento. Quando as hastes estão em rotação o traçado do furo tende a ser retilíneo, quando não existe rotação e prossegue-se o avanço a geometria da cabeça de perfuração em forma de chanfro aliada à injeção promove um desvio acompanhando o plano do chanfro da cabeça de perfuração. O monitoramento da perfuração é efetuado através de um transmissor instalado no corpo da cabeça de perfuração, em constante comunicação com um receptor na superfície. O dispositivo eletrônico de transmissão informa a qualquer momento a posição do plano do chanfro na cabeça de perfuração, possibilitando as manobras necessárias para correções de desvios indesejados, assim a trajetória pode ser corrigida imediatamente. Ao atingir o ponto final da perfuração a broca é substituída pelo escarificador alargador, de forma cônica com sulcos helicoidal, que percorrendo o caminho inverso ao da cabeça de perfuração fará o alargamento do furo piloto executado inicialmente pela broca. O alargamento do furo piloto pode ser feito em uma ou várias passadas, dependendo do tipo de solo e do diâmetro da tubulação a ser passada. Depois de executado o alargamento do furo piloto, resultando em um túnel de diâmetro compatível ao da tubulação a ser instalada, esta é acoplada ao último escarificador a ser utilizado e ao mesmo tempo em que a tubulação vem sendo instalada, as barras de aço inseridas na execução do furo piloto vão sendo retiradas. O escarificador também lança jatos de lama bentonítica com alta pressão ou ar comprimido para além de desmonte para escavação, estabilizar as paredes do micro túnel, formar uma camada protetora e lubrificar a puxada do tubo. Para a puxada da tubulação é instalada na ponta do escarificador alargador uma união articulada, que impede a rotação da tubulação, e um sistema de apresamento da tubulação a ser instalada. No painel de controle do equipamento, pode-se verificar, ao longo de todo o processo, a velocidade de rotação e avanço da perfuração bem como o volume e pressão de lama ou ar sendo jateado, parâmetros previamente definidos em função do tipo e resistência do solo. Durante todo o processo são observados estes parâmetros, pressão e vazão dos jatos de lama bentonítica e velocidades de rotação, avanço e retorno das hastes de perfuração, pois quanto maior a resistência do solo maior será a velocidade de rotação da cabeça de perfuração, maior a pressão e menor a vazão do jateamento de lama bentonítica, ocorrendo o inverso em solos pouco resistentes. Nota-se que não existe grande precisão nem total controle sobre o sistema direcional do processo que, mesmo com 29 monitoramento contínuo, não garante a instalação da tubulação no eixo de projeto, podendo acontecer desvios não programados, portanto este processo não pode ser utilizado para assentamento de tubulações para condução de esgotos com declividade inferior a 2%. Os desvios máximos permitidos da tubulação implantada estão especificados na NTS 001 SABESP. É importante observar que na maioria das aplicações do processo as tubulações deverão ser flexíveis suficientes para acompanhar o percurso do furo piloto, no entanto, dependendo da situação de execução do furo e para extensões curtas é possível a utilização de tubulações rígidas. O tubo normalmente utilizado é o de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) - PE e classe de pressão PN 06 ou a necessária, deve atender as normas SABESP NTS 049, 050, 052, 054, 055, 056 e 064, NBR 9023 e 9622, além das normas que se referem à condução de líquidos agressivos. A tubulação de PE é montada no local da furação através de solda de topo pelo processo de termo fusão, devendo atender a norma de procedimento ABPE / P004. Deverá ser observado antes do início dos serviços, a disponibilidade de espaço físico para a sonda perfuratriz e lançamento da tubulação, uma vez que o grande comprimento dos tubos já soldados prontos para lançamento exige extensa área para seu posicionamento. Deverão ser verificadas as edificações, tubulações e pavimentos adjacentes ao furo, pois, devido às altas pressões utilizadas, podem ocorrer danos com a invasão de lama bentonítica em imóveis e tubulações, inclusive acidentes devido ao levantamento de pavimentos, portanto, caso haja este tipo de risco, é necessário controle rígido sobre as pressões utilizadas. O processo da perfuração direcional pode ser extremamente útil quando utilizado como sondagem horizontal na execução de túneis, verificando a possível existência de interferências, fraturas geológicas, tipo de solo e execução de drenagem horizontal. Em travessias sob rios, quando houver insucesso, por qualquer motivo, nas tentativas de se obter a perfuração direcional, o local deverá ser abandonado para se tentar outros processos construtivos de túneis que não permitam um total controle sobre a frente de escavação, uma vez que, devido às altas pressões utilizadas no furo direcional, o solo estará completamente amolgado e desestruturado, podendo permitir a invasão das águas do canal. 30 Figura 8 – HDD Rig da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® Figura 9 – Características básicas do HDD Rig da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® 31 6.2.2 Tunnel Liner Caracteriza-se pela escavação modular do solo e montagem simultânea do revestimento metálico do “TUNNEL LINER”.Esse revestimento metálico será constituído por anéis de chapa de aço corrugado e galvanizadas a fogo. Os anéis são solidarizados entre si, por parafusos e porcas galvanizadas nas bitolas convenientes e distribuídas ao longo dos flanges laterais dos mesmos. As chapas que compõem cada anel serão também emendadas por transpasse de parafusos e porcas da mesma medida que os anteriores. A espessura das chapas será dimensionada para resistir aos esforços causados pelas cargas do solo e externas. A escavação do solo deverá ser feita de modo que a forma do túnel corresponda exatamente a do cilindro do “Tunnel Liner”, a menos do espaço correspondente a corrugação das chapas de aço. Durante a execução deverá ser assegurada, se necessário, a sustentação da abóbada da escavação até que seja montado o revestimento metálico. Deverão ser utilizados todos os dispositivos e acessórios inerentes ao processo (roof shield, escudos frontais, estroncas telescópicas, tirantes metálicos) assegurando a estabilidade da frente de escavação, sempre que a característica geotécnica do solo assim determinar. Para segurança na execução dos avanços programados, deverão ser executadas sondagens na frente da escavação através de furos horizontais e furos com inclinação ascendente para verificação de eventual existência de água e alteração localizada de solo. A verificação do alinhamento do túnel será feita periodicamente à frequência de um ponto a não mais de 3 m de avanço. O desvio observado deverá ser imediatamente corrigido, para repor o eixo do túnel escavado na posição do eixo teórico, com a tolerância especificada no projeto. Os únicos vazios permitidos ao longo do túnel serão os devidos a corrugação das chapas. Esses vazios serão preenchidos com solo-cimento, através de injeção com pressão de 5kgf/cm2, simultaneamente ao avanço das escavações ou a critério da fiscalização. O revestimento estrutural interno para o túnel deverá ser de concreto impermeável a infiltrações e resistir aos esforços causados pelo solo e trânsito de veículos, sem contar com os anéis metálicos. Deverá atender às normas técnicas de estruturas de concreto armado para condução de líquidos agressivos, tanto do ponto de vista de recobrimento das armaduras, como de fissuração do concreto. No caso de assentamento de tubulação internamente ao túnel, o espaço compreendido entre a geratriz externa do tubo e a chapa do “Tunnel Liner” deverá ser totalmente preenchido com concreto ou argamassa de cimento e areia, conforme projeto. Para tubulação de pequeno diâmetro, o assentamento deverá ser apoiado ou suspenso, fixado e travado devidamente, e depois preenchido o espaço entre a 32 tubulação assentada e a chapa do “Tunnel Liner”. A injeção de preenchimento entre a tubulação assentada no interior do túnel e o revestimento primário em chapas, deverá ser executada de forma que todos os vazios sejam preenchidos, utilizando-se um sistema de bombeamento compatível com o material que está sendo utilizado para o preenchimento. Este preenchimento interno deverá ser executado em lances não maiores que 15 metros, com barragens de jusante e montante, aproveitando a ação da gravidade. Após o término da injeção de um lance, deverá haver uma inspeção visual para verificação da existência de possíveis vazios remanescentes, e caso haja qualquer dúvida, deverá ser executado o preenchimento por gravidade pela superfície, através de furo vertical, encamisado ou não, dependendo das características geotécnicas do solo. Os poços de acesso deverão ser localizados em pontos convenientes e com dimensões que possibilitem o acesso dos equipamentos, tubulações e permitam o trabalho no túnel de modo compatível com a sua programação de execução. Os desvios máximos permitidos para a tubulação implantada estão especificados nas Normas Técnicas mencionadas acima. Figura 10 – Tunnel em Liner http://www.linerengenharia.com.br/br/index.php?option=com_content&view=article&id=80&Itemid=61 33 6.2.3 N.A.T.M. (New Austrian Tunnelling Method) O método NATM é utilizado com sucesso na construção de túneis e de estações subterrâneas de grandes dimensões. Uma de suas vantagens é a adaptabilidade da seção de escavação, que pode ser modificada em qualquer ponto, de acordo com as necessidades geométricas e de parcialização da escavação. Esta às vezes se torna necessária em maciços pouco competentes, ou que estão sob forte pressão hidrostática. Nesses casos, outras medidas associadas à aplicação desse método são: rebaixamento do lençol freático, revestimento prévio e a mais comumente usando, injeções químicas ou de cimento. O NATM consiste na escavação sequencial do maciço, utilizando concreto projetado como suporte, associado a outros elementos como cambotas metálicas, chumbadores e fibras no concreto, em função da capacidade autoportante do maciço. Por meio do método NATM, a deformação do maciço adjacente é deliberadamente favorecida, adaptando-a ao contorno escavado, bem como redistribuindo e reduzindo as tensões máximas induzidas, evitando-se assim a desagregação do maciço. O processo construtivo consiste em escavação de túnel, em solo ou rocha, pelo método N.A.T.M. - New Austrian Tunnelling Method (Novo Método de Túnel Australiano) - baseia-se na capacidade de auto- sustentação do material circundante à cavidade. A velocidade de avanço da frente de escavação, em função do tipo de solo encontrado, determina a eventual necessidade de escoramento. O acompanhamento sistemático das medidas de convergência das seções transversais determina a utilização de escoramentos necessários à estabilização de deformações. O Método N.A.T.M. deverá ser executado de acordo com a norma NTS 162 SABESP e atender as normas da ABNT no que segue: NBR 13597; 13044; 13069; 13070; 13317; 13354, e demais que venham a ser publicadas. Será assegurada a sustentação da cavidade através da aplicação de concreto projetado sobre tela de aço e da aplicação, simultânea ou não, de cambotas de aço, chumbadores, tirantes e enfilagem. A sequência construtiva se resume a escavação de um segmento de túnel compatível com a natureza e as características do solo ou rocha existente e no seu eventual escoramento através da aplicação de elementos construtivos que assegurem a estabilidade da cavidade e a consequente escavação do segmento seguinte. Dependendo das dimensões da seção transversal 34 do túnel, será conveniente a divisão da frente de escavação em uma calota superior de avanço mais rápido e uma bancada com o maior volume de material a ser desmontado. Para segurança na execução dos avanços programados, deverão ser executadas sondagens na frente da escavação através de furos horizontais e furos com inclinação ascendente para verificação de eventual existência de água e alteração localizada de solo. Com isso pretende-se que todas as providências sejam tomadas para que os serviços de escavação sejam executados no seco e que a frente tenha estabilidade. A verificação do alinhamento do túnel será feita periodicamente, à frequência de um ponto a não mais de 3 m de avanço. O desvio observado deverá ser imediatamente corrigido para repor o eixo do túnel escavado na posição de eixo teórico. Em locais convenientemente escolhidos, será implantada a instrumentação da seção transversal do túnel através da introdução e posterior fixação de pinos que possibilitem medição com uso do medidor de convergência. Essas medições deverão ser executadas diariamente. O concreto deverá resistir aos esforços causados pelas cargas do solo, acrescidas das cargas causadas pelo trânsito de veículos, ser impermeável às infiltrações. Terá que atender as Normas Técnicas de Estruturas de Concreto Armado para Condução de Líquidos Agressivos, tanto do ponto de vista de recobrimento das armaduras, como de fissuração de concreto. Os poços de acesso deverão serlocalizados em pontos convenientes e com dimensões que possibilitem o acesso dos equipamentos, tubulações e permitam o trabalho no túnel de modo compatível com a sua programação de execução. Visando a preservação da saúde de todos os envolvidos, deverá ser prevista pré-umidificação para concreto projetado com aplicação prevista por via seca. Após a aplicação da 1ª camada de concreto, nos pontos onde se verificam vazamentos, deverão ser executadas injeções a fim de aumentar a estanqueidade do túnel. O túnel N.A.T.M. deverá ser executado de acordo com as Normas da ABNT. Os desvios máximos permitidos para a tubulação implantada estão especificados nas Normas Técnicas mencionadas acima. 35 Figura 11 - Ciclo de execução de túneis no método NATM Fonte: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10011442.pdf 36 6.2.4 Tubos cravados (MTBM, SPB) O método construtivo consiste em escavação feita mecanicamente através de máquina dotada de cabeça giratória (Shield, Slurry Shield, ou EPB - Earth Pressure Balance ou "tatuzão" como é conhecido popularmente) são equipamentos (Figuras 8 e 9) de perfuração mecanizada, com frente aberta ou fechada, sob a proteção da couraça. Imediatamente atrás, ainda dentro da couraça (eventualmente fora dela, quando o maciço permitir), é montado o revestimento segmentado pré-moldado de concreto (ou metálico). O avanço da máquina se dá pela reação de macacos contra os anéis de revestimento já montados. No caso de TBM para rocha, sem couraça, o avanço se dá mediante sapatas ancoradas nas paredes laterais do túnel. Na parte posterior da máquina, são colocados tubos de concreto pré - moldados, que são cravados sucessivamente no solo pelo conjunto de macacos hidráulicos. A propulsão é realizada no poço de serviço, provocando o avanço do equipamento e demais tubos já instalados. O direcionamento do equipamento em avanço ao interior do túnel é ajustado com auxílio de um aparelho de raio laser, instalado no poço de serviço. Quando não tripulado, o comando e o controle do direcionamento é feito externamente através de um painel de controle que possibilita ao operador monitorar os comandos necessários para a correta execução. Os tubos deverão ser de concreto e, também resistir aos esforços horizontais causados pelas cargas dos macacos de cravação. Os tubos de concreto armado deverão possuir nas extremidades de cada seção um colar para possibilitar a emenda através da junta elástica entre os tubos. Os tubos com diâmetros maiores que 1,60 m poderão ser emendados por meio de parafusos tensores, previamente preparados para isso. Na primeira seção deverá ser adaptada uma carcaça de aço “shield”, com as finalidades de servir como câmara de trabalho, proteger o primeiro tubo e facilitar o corte do terreno na cravação. O equipamento shield deverá ser provido dos acessórios necessários que permitam seu avanço em solos de alteração ou mesmo rocha, com a utilização de cabeça escarificadora especial. Para pequenos diâmetros o shield deverá ser provido de software que execute o gráfico de fuga do equipamento em relação ao eixo de projeto. O poço de serviço deverá ter dimensões internas mínimas compatíveis com o tipo de equipamento de cravação. Na parede do poço de cravação, oposta à direção na qual será cravado o tubo, deverá ser construído um quadro rígido para a reação do macaco hidráulico, compatível com o tipo de equipamento e condições de resistência do solo. A tubulação cravada deverá entrar justa no terreno, não podendo ficar folgas 37 significativas externas, devendo, portanto, a tubulação ocupar totalmente a área escavada, não permitindo recalques no terreno, dispensando injeção de preenchimento com argamassa de cimento e areia ou outros materiais. Os tubos deverão ser impermeáveis a infiltrações, atender à norma NTS 163 SABESP e às normas técnicas de estruturas de concreto armado para condução de líquidos agressivos, tanto do ponto de vista de recobrimento de ferragem como de fissuração de concreto. Os tubos deverão ser inspecionados e aprovados. Os desvios máximos permitidos para a tubulação implantada estão especificados nas Normas Técnicas mencionadas acima. Figura 12 – EPB Sheild da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® Figura 13 – Características do EPB Sheild da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® 38 Figura 14 – TBM - Mixshield da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® Figura 15 – Características básicas do Mixshield da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® 39 Figura 16 – Single Shield da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® Figura 17 – Características básicas do Single Shield da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® 40 Figura 18 – Direct Pipe da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® Figura 19 – Características básicas do Direct Pipe da HERRENKNECHT TUNNELLING® Fonte: HERRENKNECHT TUNNELLING® 41 6.2.5 Guided Boring Machine (GBM) As informações a seguir são parte integrante do memorial descritivo elaborado pelo consórcio Jofegê /Enotec. O método de perfuração horizontal seguida de alargamento e cravação de tubos de concreto, tipo pipe jacking com 1m de comprimento, mais conhecido como Guided Boring Machine (GBM) ou popularmente Shield rosca, é definido com um sistema de perfuração dirigível para instalação de tubulações de esgoto ou aguas pluviais. Consiste da perfuração do furo piloto através de uma cabeça de direcionamento e diversos tubos guia, dotado de parede dupla com cerca de 75 mm e 1 m de comprimento, a perfuração é feita por rotação hidráulica, podendo injetar agua ou bentonita, direcionado por um sistema óptico que dá uma precisão de decimo de porcento 0,1% a 0,2%, obedecendo a um feixe de raio laser instalado na parte posterior do cravador e dirigido ao centro do tubo guia inicial dotado um Target instalado próximo aponta do tubo guia, sendo que a ponta do tubo guia é dotada de uma faca que pode corrigir a direção do tubo guia de modo a manter a inclinação correta, deste modo à perfuração está sempre seguindo o alvo. Após feito o furo guia, alargamento do furo piloto através de um alargador com diâmetro 200 mm e 1 m de comprimento, dotado de ferramenta de corte na parte frontal e de diversos tubos camisa, dotados de rosca helicoidal interna para o transporte do material escavado ao poço de emboque e remoção posterior para o bota fora. O torque do motor hidráulico para girar as roscas é de 1800KN. Figura 20 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), execução furo guia Fonte: Memorial Descritivo Consórcio Jofegê /Enotec 42 Figura 21 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), alargamento do furo Fonte: Memorial Descritivo Consórcio Jofegê /Enotec Depois do alargamento do furo é feito a cravação do tubo condutor ou tubo camisa. Após o alargamento do furo piloto é instalado no poço de emboque a ferramenta de corte para o diâmetro final e em seguida são cravados os tubos com o transporte do material escavado através dos tubos camisas com rosca helicoidal para o PV de desemboque onde à medida que se crava um tubo é retirado no poço de desemboque um tubo camisa e o material escavado. A força aplicada na cravação dos tubos é de 950 kn. Figura 22 - Equipamento Guided Boring Machine (GBM), execução furo guia Fonte: Memorial Descritivo Consórcio Jofegê /Enotec 43 7 TIPOS DE SONDAGENS Algumas das investigações de subsolo necessárias para execução de túneis são: 1. Sondagem a percussão (Figura 23); Figura 23 – Execução de sondagem a percussão Fonte: Ação Engenharia 2. Sondagem mista ou rotativa (Figura 24); Figura 24 – Testemunho de sondagemmista Fonte: Pessoal 44 3. Perfil geológico; (Figura 25); Figura 25 – Perfil geológico do túnel Antônio e André Rebouças Rio de Janeiro - RJ Fonte: O Globo 45 4. Sondagem sísmica (Figura 26); Figura 26 – Esquema da execução de sondagem sísmica Fonte: Alta resolução 5. Granulometria (Figura 27); Figura 27 – Ensaio de peneiras para determinação de granulométrica Fonte: DCE Joinville 46 6. Compressão axial (Figura 28); Figura 28 – Ensaio de compressão axial de solos Fonte: LabGeo UFSCAR 7. Compressão triaxial (Figura 29); Figura 29 – Ensaio triaxial de solos Fonte: LabGeo UFJF 47 7.1 Aspectos Geotécnicos e Geologia do Local Conforme apresentado, as escavações da metade superior dos Poços PV-01 e PV-03 ocorrerão em solos aluvionares das várzeas do Rio Pinheiros, com espessuras da ordem de quatro a cinco metros. Na margem direita predomina areias aluvionares de baixa compacidade. A parte superior dessas areias é coberta por argilas orgânicas moles, com espessuras máximas da ordem de 1,0m. Na margem esquerda, a predominância é de argilas moles com espessuras da ordem de 4,0m. Sobre essas, aparece uma lente de areia de um a dois metros de espessura, de baixa compacidade. Apesar de sua grande heterogeneidade, apresentam comportamento geomecânico bem conhecido, o que não deve acarretar em maiores complicações para as obras. Sobrepostas às camadas quaternárias, ocorrem aterros de argilas siltosas com espessuras máximas também da ordem de um a dois metros são matérias sem muitas implicações para o presente trabalho. Abaixo das camadas quaternárias ocorrem solos gnaisse muito característicos dessa região. São materiais que “guardam” muitas características das rochas que lhe deram origem, e, portanto, apresentam comportamento geomecânico muito distinto entre um ponto e outro. De fato a anisotropia é uma característica marcante desse material, o que pode resultar em comportamentos distintos do esperado pelo projeto. Podem ainda apresentar matacões dispersos ao longo da camada, o que pode impactar na produtividade das escavações. Os solos residuais são usualmente subdivididos em solos residuais jovens e solos residuais maduros. Os primeiros correspondem aos solos que sofreram poucas ações intempéricas, e, portanto, tendem a apresentar uma granulometria mais grosseira. Em geral, encontram-se sob a forma de siltes arenosos pouco argilosos. Os solos residuais jovens estiveram sob ações intempéricas mais intensas e, portanto, sofreram mais alterações em sua matriz mineralógica. Tendem a se apresentar como siltes argilosos. Em ambos os casos, a quantidade de mica existente na matriz mineralógica será determinante no comportamento geomecânico. Caso a matriz rochosa tenha sido mais biotítica (maior proporção de mica), mais “fofo” ou “mole” será o material. Caso a matriz rochosa tenha sido granítica (maior proporção de quartzo e feldspato) mais “compacto” e “duro” será o material. É importante frisar que tanto gnaisses biotíticos como gnaisses graníticos ocorrem na região em iguais proporções e de forma aleatória, sendo impossível a sua terminação sem a 48 análise visual dos testemunhos de sondagem. Outra característica marcante desse material diz respeito ao seu comportamento nos ensaios de simples reconhecimentos com medidas de Nspt, e também quando no contato com gradientes hidráulicos. Em geral, esses materiais tendem a apresentar elevados valores de resistência à penetração do amostrador padrão do ensaio de Nspt. No entanto, quando desconfinados, tendem a perder essa característica, chegando a apresentar grande expansividade. Esse fenômeno é agravado quando em presença de gradientes hidráulicos, ainda que pequenos. Nessas condições é frequente a lixiviação de finos e perdas de material nas escavações (volumes escavados superiores aos volumes teóricos), o que acaba resultando em recalques mais pronunciados na superfície. O nível d’água local encontra-se a aproximadamente 2,0 m de profundidade, nas camadas arenosas quaternárias, o que pode resultar em pressões hidrostáticas da ordem de 100 kPa (10 mca) em relação ao fundo da escavação. Portanto, o reaterro dos poços se faz necessário como medida de prevenção à tendência de flutuação dessas estruturas. Ainda, diante da metodologia executiva adotada, para as escavações será necessária a adoção de algum sistema de rebaixamento e controle de infiltrações de água. 49 Figura 30 – Perfil Geológico Fonte: Acervo Pessoal O objetivo desse levantamento Geofísico (Imageamento Geoelétrico) foi para o dar subsídio aos Estudos de Investigações Geotécnicas Complementares - Coletor IPI 08 no Trecho 50 Av. Marginal do Rio Pinheiros”. O trecho investigado está situado na zona sul de São Paulo, às margens do Rio Pinheiros. Através da solicitação do consórcio Tietê e consórcio Jofege/Enotec. O trecho investigado à margem do Rio Pinheiros, delimitado entre os PVs18 ao 03 as margens do rio Pinheiros. Foi feita amostragem através de sondagens diretas a percussão (SP) e mistas (SM), que mapearam a presença de material rochoso em profundidades que deverão ser interceptadas quando da realização dos túneis, notadamente entre os trechos dos PV’s 16 ao 03. O Imageamento Geolétrico foi necessário para mostrar as características do solo ao longo do trecho onde seria o caminhamento do interceptor IPI 08, dado que as duas sondagens executadas foram feitas de forma localizada, não apresentando um quadro geral da situação, o objetivo foi identificar potenciais interferências às futuras escavações, como blocos de rocha (matacões) e posição do topo rochoso. O Imageamento Geoelétrico é uma técnica de investigação em duas dimensões (2D), a partir de medidas tomadas na superfície do terreno. A finalidade é estudar as variações laterais da resistividade do subsolo, sendo muito adequado para detectar contatos geológicos verticais ou inclinados, mineralizações, diques, fraturamentos e/ou falhamentos, blocos de rochas, contaminações por produtos inorgânicos ou orgânicos e outros corpos ou estruturas que se apresentem como heterogeneidades. Os eletrodos externos injetam corrente (eletrodos de corrente) enquanto os eletrodos centrais (eletrodos de potencial) efetuam a leitura da diferença de potencial estabelecida entre eles (Figura 31) 51 Figura 31 - Princípio do método da eletrorresistividade Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução Figura 32 - Os eletrodos e cabos multieletrodos foram implantados ao longo da via de acesso em terra. Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução 52 Figura 33 - Estaca topográfica PV 10 interceptada ao longo da seção Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução Figura 34 - Caminhamento Elétrico indicam as posições aparentes dos pontos de leituras Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução 53 Esse método consiste em se cravar vários Eletrodos ao longo do trecho do terreno a ser investigado, aplica-se então uma corrente elétrica através de cabos nos eletrodos, as condutividades através dos diversos tipos de solo são diferentes, através de uma aparelhagem eletrônica esses dados obtidos em diferentes escalas em ohms são convertidos graficamente em uma imagem bidimensional com uma escala cromática. O modelo é representado em forma de uma função matemática que relaciona os parâmetros físicos (p.e. resistividade, velocidade, densidade, etc.) Figura 35 - valores das resistividades elétricas aparentes associadas a uma escala de cores. Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução Figura 36 - Syscal Switch Pro - Eletrorresistivímetro digital multi-eletrodo utilizado durante a aquisição Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução 54 Figura 37 - Seções de Imageamento Geoelétrico com indicaçõesdas principais feições anômalas mapeadas e delimitadas Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução Figura 38 – Escala Cromática das Resistividades Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução 55 Figura 39 – Correlação das Resistividades Fonte: Relatório Técnico – Alta Resolução O Imageamento Geoelétrico possibilitou a investigação em perfil contínuo do interior dos maciços terrosos/rochosos e evidenciou consideráveis contrastes nas resistividades elétricas. A integração das informações geofísicas com as sondagens mecânicas permitiu compilar uma primeira correlação das faixas de valores das resistividades elétricas (estratos) com os mais prováveis materiais que compõem a sub superfície, identificados nas sondagens mecânicas. 56 8 ESTUDO DE CASO 8.1 Apresentação do Projeto Tietê III – Etapa – Interceptor IPI-8 – São Paulo O Interceptor de esgotos IPI-8 pertence ao conjunto de obras da 3ª Etapa do Projeto de Despoluição do Rio Tietê, estando localizado na zona Oeste da RMSP. Trata-se de uma travessia sob o rio Pinheiros a qual interligará a margem esquerda com a margem direita, onde atualmente já se encontra o IPI-6, atualmente em operação. O projeto inicial da travessia do rio Pinheiros era para ter sido feito em NATM, mas devido aos estudos do solo, foi encontrado um grande número de rocha fragmentada, podendo causar riscos da agua percolar e acontecer acidentes. Devido ao estudo desenvolvido, verificou-se mudar de método, para o slurry shield, seria mais seguro, e a travessia levaria menos tempo para ser executada. Verificando assim que essa mudança iria ser viável, foi solicitado uma PEC (Preço extra contratual) para esse novo método, O estudo de caso tem como objetivo apresentar os métodos usados para o desenvolvimento de um Interceptor, referente ao contrato 61.603/12 sendo ele o IPI-08 (Interceptor Pinheiros-08). O Interceptor IPI- 08 tem uma extensão de projeto de 2.442,61 m, redes em diâmetros de 500mm, 600mm e 800mm e uma travessia, sob o Rio Pinheiros, alcançando uma extensão de 197,33m em tubo camisa empregado no diâmetro 1.500mm. O Interceptor IPI-08 ao todo foram executados 21 PVs. Na margem direita do rio encontra-se o Poço de Emboque PV-03, um dos objetos do presente estudo, enquanto que na margem oposta encontra-se o Poço de Desemboque PV-01, o outro objeto desse estudo. O Poço de Emboque PV-03 apresenta diâmetro de 7,40 metros e profundidade de 13,0 metros, sendo praticamente escavado parte em solo aluvionar e parte em solo residual. O Poço de desemboque PV-01 apresenta 4,30 metros de diâmetro e 14,50 metros de profundidade, sendo parte escavado em solo aluvionar, parte em solo residual e uma terceira parte em maciço rochoso medianamente fraturado e alterado. Em ambos os poços, o Projeto Executivo concebeu o revestimento das escavações em concreto projetado reforçado com tela metálica em ambas as faces do revestimento (infra e extradorso do revestimento). Trata-se escavações circulares verticais, sendo até mesmo empregada em poços de grande diâmetro. 57 A concepção de poços verticais com concreto projetado procura tirar proveito da forma geométrica da escavação e da resistência do concreto à compressão. Em geral, são estruturas em que os esforços fletores são diminutos, o que possibilita a adoção de estruturas esbeltas e econômicas. Adicionalmente, pelo fato do concreto projetado apresentar rápido ganho de resistência inicial, as escavações são rápidas e com adequado nível de segurança. 8.1.2 Localização A nova rede Interceptora de Esgoto (IPI-8) está localizado a margem do rio Pinheiros/SP. Ao lado da Avenida Magalhaes de Castro e Avenida das Nações Unidas, próximo à ponte Estaiada de Santo Amaro. O bairro é predominante em comércios e residências, e é considerado de alta classe social. A maior parte de sua escavação será realizada, com seção plena em rocha, entretanto com alguns trechos em solo, com escavações feitas a mão (método NATM) e tratamentos no maciço que consistirão de concreto projetado (com e sem tela de aço) e tirante e a Travessia usando o Slurry Shield. O conhecimento sobre os maciços onde irá ser instalado o túnel ou galeria são indispensáveis para as previsões de comportamento, eventuais falhas, escolhas de equipamentos, métodos construtivos, tratamentos e revestimentos finais. Tudo isso torna uma obra mais detalhada, segura e com um custo benefício mais eficiente. 58 Figura 40 - Controle dos trechos executados Fonte: Google Maps 59 8.1.3 Etapa da Travessia Conforme apresentado nos desenhos de sequência executiva, os poços serão escavados em etapas. Na primeira etapa, ocorrerão os serviços preliminares de interferência, tratamento execução da parede de proteção. Na segunda e na terceira etapas, ocorrem as escavações com aplicação do suporte em concreto projetado sobre maciço terroso. Na quarta etapa, as escavações com aplicação do suporte em concreto projetado ocorrem em maciço rochoso, sendo sucedido pela execução do revestimento secundário, também em concreto projetado. A quinta etapa é destinada à execução das lajes de fundo dos poços. Para o PV-01, a sexta e última etapa corresponde à execução das estruturas internas após o desemboque da perfuratriz (equipamento de Slurry Shield) e reaterro lateral entre o suporte das escavações e as estruturas internas. Para o PV-03, a sexta etapa corresponde à execução da estrutura de reação para partida da perfuratriz em concreto moldado, deixando para a sétima e última etapa a execução das estruturas internas e reaterro lateral do poço. As escavações ocorrerão em passos de avanço de 1,50m, com a parte central do poço ocorrendo em um primeiro momento. A retirada dos bordos poderá ser realizada em uma única etapa ou em fases, conforme avaliação das condições de estabilidade do maciço. Foi previsto um tratamento inicial em colunas secantes de jet grouting de resistência inicial à compressão simples superior a 3 MPa, e que devem garantir a estabilidade das escavações. Não foi previsto, à priori, um sistema de rebaixamento do lençol freático ainda que as sondagens acusem a existência de elevadas pressões hidrostáticas no fundo da escavação. Toda a responsabilidade de garantia da estabilidade e estanqueidade das escavações reside nas colunas de jet grouting (JG). A água acumulada no interior dos poços deverá, pelo projeto, ser retirada através de bombas centrífugas de uso corrente. Com relação ao suporte do poço, para os trechos de escavação em solo, o projeto previu a aplicação de uma camada de concreto projetado com 6,0cm de espessura após a escavação de um bordo lateral. Sobre esta, é posicionada uma tela metálica Q196, com imediata aplicação de 4,0cm de concreto projetado para complementação do revestimento primário do poço. Para os trechos em rocha, o projeto previu a aplicação de uma camada de concreto projetado de 15 cm de espessura, reforçada com duas camadas de tela metálica Q196 (uma no intradorso do suporte e outra no extradorso), além da aplicação eventual 60 de tirantes de resina para 15 tf. Em resumo, pode-se considerar que a metodologia empregada está adequada com o tipo e o porte de obra considerado. O IPI-08 iniciou, pela jusante na travessia do Rio Pinheiros, que recebe neste ponto a contribuição do CT (Coletor Tronco) Cidade Jardim e do CT Goiás I (existente). Foi executado na faixa do EMAE (Empresa Metropolitana de Agua e Energia), na margem esquerda do Rio Pinheiros e tem seu termino na altura do CT Paes Mendonça. O trecho contemplado neste Interceptor foi uma singularidade entre o PV (Poço de Visita) 01 ao PV03, sendo executado da seguinte maneira: Para a execução deste trecho foinecessário à abertura de dois PS (Poços de serviço), sendo que um dos, serviu de emboque para uma máquina de “slurry shield” utilizada na cravação de tubulações. Os poços de serviços foram executados mecanicamente, com os seguintes equipamentos: retroescavadeira e mini grua. Os poços tiveram as paredes projetadas com concreto e na parte inferior foi executada uma laje pra a conformação hidráulica. O PS03 foi executado com o diâmetro de 8,00m e uma profundidade de 12,95m. As paredes foram projetadas em concreto, na parte inferior foi executada uma laje e uma parede de reação onde a máquina “slurry shied” executou a cravação de 197,33m de tubo cravado sentido ao PS01, com o trecho concluído os PS foram transformados em PV. 61 Figura 41 - Inicio do trecho, Abertura do PS03 Fonte: Acervo Pessoal Figura 42 - Execução da parede em projetado do PS03 Fonte: Acervo Pessoal 62 Figura 43 - Laje já executada do PS03 Fonte: Acervo Pessoal Figura 44 - paredes de reação do Poço de Serviço 03 Fonte: Acervo Pessoal 63 Figura 45 - Mobilização da máquina “slurry shield” no PS 03 Fonte: Acervo Pessoal Figura 46 - Mobilização da máquina “slurry shield” no PS 03 Fonte: Acervo Pessoal 64 Figura 47 - Cravação de tubos entre o trecho do PS03 ao PS01 Fonte: Acervo Pessoal Figura 48 - Cravação de tubos entre o trecho do PS03 ao PS01 Fonte: Acervo Pessoal 65 Figura 49 – Aterramento e transformação do PS03 em PV03 Fonte: Acervo Pessoal Figura 50 – Aterramento e transformação do PS03 em PV03 Fonte: Acervo Pessoal 66 Figura 51 - trecho conformado dentro dos tubos de 1500mm entre os PV03 e PV01 Fonte: Acervo Pessoal Figura 52 - PV finalizado Fonte: Acervo Pessoal 67 O PS01 foi executado com o diâmetro de 5,00m e uma profundidade de 13,50m. As paredes foram projetadas com concreto, na parte inferior foi executada uma laje, sendo o poço de desemboque da máquina “slurry shied” de tubo cravado com o trecho concluído os PS foram transformados em PV. Figura 53 – Transformação do PS01 em PV Fonte: Acervo Pessoal Figura 54 - Transformação do PS01 em PV Fonte: Acervo Pessoal 68 8.1.4 Tratamento do solo (poços de visita) A técnica jet-grouting (Figura 55) no tratamento de solos, tem como objetivo melhorar as propriedades mecânicas do solo, ou seja, aumentar os parâmetros de resistência, diminuir a deformabilidade e a sua permeabilidade. Para essa técnica de avanço em obras subterrâneas como túneis e galerias as perfuratrizes rotopercussivas são as mais utilizadas, devido sua praticidade, segurança e produtividade, abaixo segue exemplo do tratamento do PV 03 Figura 55 - Esquema de jet grouting para reforço de parede de túneis com perfuratriz rotopercussiva Fonte: Acervo pessoal 8.1.5 Comparação de Método Na engenharia os métodos construtivos sofreram inúmeras evoluções e estudos sobre os equipamentos e materiais empregados, por trata-se de obras com grau de dificuldade elevado, risco e custo. Basicamente existem 2 tipos de métodos construtivos de túneis e galerias são eles o escavado (vala a céu aberto, método invertido e NATM) e os mecanizados (TBM, Pipe-Jacking e Pre-Lining), podemos perceber como avaliar melhor custo para a execução do empreendimento, 69 mas sem desprezar a avaliação da melhor técnica, já na Figura 56 podemos apresenta-se a relação dos métodos de escavação com o tipo de maciço a desmontar. Figura 56 – Gráfico de avaliação de custo de métodos construtivos de túneis Fonte: Martinho, 2012 Figura 57 – Domínios dos métodos de escavação em função do maciço a desmontar Fonte: Martinho, 2012 70 Tabela 1 – Comparação dos Métodos Métodos Variáveis de projeto NATM MTBM Tunnel liner HDD GBM diâmetro (mm) >1500 <=800 600 a 1500 300 a 800 <500** distância curta <=200 curta longa <70 precisão de trajeto baixa alta tipo de solo indicado terra ou rocha terra ou rocha terra ou rocha terra terra produtividade (m/dia) 1 10 a 20 1 100 20 a 25 forma de escavação manual/mecanizada mecanizada manual mecanizada mecanizada Fonte: Dados extraídos da matéria da publicação da revista infraestrutura urbana (ed 5-Julho/2011) Na comparação dos métodos existem diversos fatores a se considerar conforme Paulo Dequech, presidente da Abratt-Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva e Flávio Durazzo, engenheiro coordenador. São notadamente grandes as variáveis, e cada método vai ser mais bem aproveitado dependendo da especificidade de cada obra, por exemplo, redes coletoras de esgoto do ponto de vista de produtividade e diâmetro reduzido seria mais adequado a utilização do método HDD, pela produtividade. Para redes que necessitam de maior precisão na declividade do trajeto, e diâmetros maiores seria indicado o MTBM OU GBM, que usam tubos cravados e trajetos mais retilíneos. A capacidade de cravação de tubos está diretamente relacionada ao diâmetro e distância do trecho de execução, quanto maior o diâmetro mais potente terá que ser o equipamento e consequentemente maior, ocupando assim maior espaço e limitando a distância de cravação a trechos menores. 71 8.1.6 Captação para ETE Figura 58 – ETE de Barueri Fonte: SABESP-Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo O no interceptor IPI-8 interligara ao IPI-6 já existe, executado na II etapa do Projeto Tietê, todo o esgoto recolhido, estará sendo jogando para a ETE de Barueri, que hoje está sendo ampliada, para atender todo esgoto recolhido. A Estação localiza-se no município de Barueri e serve a maior parte da cidade de São Paulo. Também atende os municípios de Jandira, Itapevi, Barueri, Carapicuíba, Osasco, Taboão da Serra e partes de Cotia e Embu. Data de início da operação: 11de maio de 1988 Pessoas beneficiadas: 4,4 milhões de habitantes. Vazão média de projeto: 9,5 mil litros por segundo, vazão atual: 9,7 mil litros por segundo (média 2010). O processo de tratamento é de lodo ativado convencional e em nível secundário, com grau de eficiência de cerca de 90% de remoção de carga orgânica. Sistema de esgotamento sanitário – Os esgotos são transportados para a estação, através de um sistema de esgotamento constituído por interceptores, sifões, travessias, emissários, totalizando 73 quilômetros de extensão. ETE passará dos atuais 9,500 litros por segundo de esgoto tratado para 16,000 litros por segundo. Assim, a unidade, que já trata os esgotos de 4,4 milhões de pessoas, passará a atender mais 3 milhões de moradores de São Paulo, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra. 72 Figura 59 – ETE de Barueri (antes da ampliação) Fonte: SABESP-Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo 73 Figura 60 – ETE de Barueri (após a ampliação) Fonte: SABESP-Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo 74 Tabela 2 – Liberação dos o órgãos de acordo com o trecho (PVE ao PV13) Fonte: Acervo pessoal Tabela 3 – Liberação dos o órgãos de acordo com o trecho (PV 13 ao PV 26) 75 Fonte: Acervo pessoal 76 77 9 CRONOGRAMA Abaixo, é apresentado um cronograma contendo início, meio e fim da execução proposta para a pesquisa: suas atividades e seus prazos de execução. Tabela 1 – Cronograma de atividades ETAPAS Ago-Set 2015 Out-Nov 2015 dez/15 Mar-Abr 2016 Mai-Jun 2016 jul/16 Levantamento bibliográfico 17/09,19/9,20/09 e 21/09 X Fichamento de textos X Coleta de fotos X X Coleta de fontes X X X Análise de fontes X X Entrega do projeto do trabalho(TCC1) X Apresentação (TCC1) X Tabulação de dados X Organização do roteiro X Redação do trabalho X Revisão final / entrega do trabalho final e completo (TCC2) 03/04 e 29/04 30/05/2016 Apresentação (TCC2) 15/06/2016 78 79 80 10 CONCLUSÃO O projeto Tietê foi criado, para suprir o tratamento do esgoto e trazer qualidade de vida a população, com os avanços da tecnologia, faz com que as obras de saneamento sejam mais eficazes, de alta produtividade, sem prejudicar o meio ambiente e a população, o método utilizado foi MND (método não destrutível), usando o equipamento Slurry Shield. Devido a grande demanda populacional, as obras de saneamento básico tendem-se a aumentar. Principalmente nos grandes centros, e para a execução da mesma, tende-se respeitar todas as Normas exigidas pela concessionária e as do meio ambiente. As tecnologias do mercado estão cada vez mais modernizadas, e causando menos danos ao seu redor. Como já havia citado, a população está aumentando desorganizadamente, e as obras de tuneis, estão cada vez crescendo, e equipamentos como Slurry Shield, estão sendo usadas com mais frequência, não apenas em obras de saneamentos, mas também em obras de metro, rodoviárias entre outras. A tecnologia do método usando o “Slurry Shield” é utilizada para atender critérios com mais segurança e automação na aplicação, com produtividade, assim havendo em determinadas obras reduções de custo, melhoria no processo de perfuração, atendendo a especificidade da obra que nesse estudo de caso foi de rocha fraturada. A geologia do terreno é primordial para obras desse tipo, é ela que mostra os tipos de equipamentos a serem usados e as estimativas dos prazos a serem concluídos. O estudo de caso mostra o método MND usando o Slurry Shield, equipamento modernos, exportado da Alemanha, eficiente em seu serviço, utilizando principalmente em grandes metrópoles, não causando interferências ao meio ambiente e a comunidade da região. O Slurry Shield, assim como outros métodos, tem suas vantagens e desvantagens, tem alta produtividade, comparado a outros métodos, são requeridos em obras especificas onde se necessita de uma entrega em curto prazo, uma das desvantagens é o alto custo, e espaço de manejo, devido ao tamanho do equipamento e sua instalação. Enfim a utilização de novas tecnologias torna possíveis as construções de obras de alto grau de complexidade, hoje as obras de saneamento, optam mais por meios assim, para não haver grandes impactos ambientais. 81 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986), Estudo de Concepção de Sistemas de Esgotos Sanitários. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986). NBR 9648:1986. “Estudo de Concepção de Sistemas de Esgotos Sanitários”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986), Projeto de Redes Coletoras de Esgotos Sanitários. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986). NBR 9648:1986. “Projeto de Redes Coletoras de Esgotos Sanitários”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986), Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986). NBR 9648:1986. “Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986), Projeto de Interceptores de Esgotos Sanitários. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1986). NBR 9648:1986. “Projeto de Interceptores de Esgotos Sanitários”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Procedimento para qualificação de mangoteiro de concreto projetado aplicado por via seca. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13597:2012. “Procedimento para qualificação de mangoteiro de concreto projetado aplicado por via seca”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Concreto projetado - Reconstituição da mistura recém-projetada. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13044:2012. “Concreto projetado - Reconstituição da mistura recém-projetada”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Concreto projetado - Determinação dos tempos de pega em pasta de cimento Portland, com ou sem a utilização de aditivo acelerador de pega. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13069:2012. “Concreto projetado - Determinação dos tempos de pega em pasta de cimento Portland, com ou sem a utilização de aditivo acelerador de pega”. 82 ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Moldagem de placas para ensaio de argamassa e concreto projetados. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13070:2012. “Moldagem de placas para ensaio de argamassa e concreto projetados”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Concreto projetado - Determinação do índice de reflexão por medição direta. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13317:2012. “Concreto projetado - Determinação do índice de reflexão por medição direta”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Concreto projetado - Determinação do índice de reflexão em placas. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 13354:2012. “Concreto projetado - Determinação do índice de reflexão em placas”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Termoplásticos - Determinação do índice de fluidez. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 9023:2015. “Termoplásticos - Determinação do índice de fluidez”. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012), Plásticos - Determinação das propriedades mecânicas à tração. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2012). NBR 9622:2015. “Plásticos - Determinação das propriedades mecânicas à tração”. ABRATT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA NÃO DESTRUTIVA. Manual Técnico de Métodos Não Destrutivos. Prática da Pesquisa, fev. 2012. Disponível em: < http://www.abratt.org.br/diretrizes_mnd.pdf>. Acesso em: 21 set. 2015 BRASIL, Instituto Trata. Esgotamento Sanitário do Rio Pinheiros. Prática da Pesquisa, set 2012. Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/comeca-perfuracao-de-rocha-de-5-000- toneladas-que-vai-concluir-o-esgotamento-sanitario-do-rio-pinheiros-maxpress-online-geral>. Acesso em: 19 set. 2015 COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 001: Obras lineares pelo Método Subterrâneo com anéis segmentados de Concreto – “Mini Shield”. São Paulo: SABESP, 2001. http://www.tratabrasil.org.br/comeca-perfuracao-de-rocha-de-5-000-toneladas-que-vai-concluir-o-esgotamento-sanitario-do-rio-pinheiros-maxpress-online-geral http://www.tratabrasil.org.br/comeca-perfuracao-de-rocha-de-5-000-toneladas-que-vai-concluir-o-esgotamento-sanitario-do-rio-pinheiros-maxpress-online-geral 83 COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 021: Condutos Forçados. São Paulo: SABESP, 1999. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 025: Projeto de redes coletoras de esgoto. São Paulo: SABESP, 2006. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 026: Coletores-Tronco, Interceptores e Emissários por gravidade. São Paulo: SABESP, 1999. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 045: Tubo de Concreto Armado para Esgoto Sanitário. São Paulo: SABESP, 1999. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 162: Obras lineares executadas em concreto projetado pelo método NATM. São Paulo: SABESP, 2001. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 49: Polietileno - Determinação da Densidade por Deslocamento. São Paulo: SABESP, 1999. COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. NTS 50: Polietileno - Determinação do Tempo de Oxidação
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