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O Transistor IGBT aplicado em eletronica de potencia
7 De Setembro Colegio Egs
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- Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 8 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ COLETOR P+ INJEÇÃO DE PORTADORES MINORITARIOS P-BASE P-BASE N-BASE P N+N+N+ N+ EMISSOR GATE METAL SiO 2 J2 J3 J1 Fig. 1.3.2 - Estrutura Física do IGBT Canal N. O circuito equivalente é mostrado na Fig. 1.3.3 sobre a própria estrutura física, para um melhor entendimento. A presença das quatro camadas gera um tiristor parasita, composto pelos transistores bipolares PNP e NPN, como mostra a Fig. 1.3.3 e Fig. 1.3.4. A operação deste tiristor é altamente indesejável, pois provoca a perda do controle da corrente de coletor e como conseqüência, a sua respectiva destruição por aquecimento. Para evitar sua destruição, a resistência Rst do sustrato P- base (Fig. 1.3.3) deve ser bem baixa de maneira a reduzir a queda de tensão a valores inferiores a 0,6 V (o transistor parasita NPN não deve ser polarizado). O componente MOSFET canal N do circuito equivalente, tem a função de controlar a corrente de base do transistor PNP durante seu operação. Na realidade, no IGBT a corrente de coletor é basicamente controlada através deste componente, dado pelos substratos N-base, P-base e N+. INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 9 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ COLETOR P+ P-BASE P-BASE N-BASE N+N+N+ N+ EMISSOR GATE METAL SiO2 EMISSOR J1 J2 J3 T modR 2 1 R T st Fig.1.3.3 - Estrutura Física e Circuito Equivalente do IGBT Canal N. Gate Coletor Emissor NPN PNP T T R iC Tiristor Rmod 1 2 st ibasePNP MOSi Fig.1.3.4 - Circuito Equivalente do IGBT Canal N. 1.3.1 - SÍMBOLO DO DISPOSITIVO O transistor IGBT utilizado em eletrônoca de potência é do tipo canal-N, o qual é representado através do símbolo mostrado na seguinte figura [11]: INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 10 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ (Coletor) (Gate) (Emissor) E G C Fig. 1.3.1.1 - Símbolo do Transistor IGBT Canal-N. 1.4 - PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO Como o IGBT resulta da combinação de uma estrutura MOS e de uma estrutura bipolar, sua análise difere de ambos os dispositivos de potência. Para compreender sua operação, é necessário o conhecimento da física do transistor MOSFET de potência e do transistor bipolar de potência. Nesta seção é descrito o princípio de operação do dispositivo e, para tal finalidade, não é considerada a situação da operação do tiristor parasita que provoca perda de controle da corrente de coletor. A causa da condução do tiristor parasita será explicada no item de fenômeno de latch-up. 1.4.1 - CAPACIDADE DE BLOQUEIO REVERSO O IGBT não entra em condução (fluxo de corrente de coletor) quando uma tensão negativa entre coletor-emissor (-VCE) é aplicada, apesar de ter-se uma tensão positiva entre gate-emissor (VGE) acima do valor de limiar (threshold voltage), pelo simples fato da junção J3 (formada entre as camadas P+ e N-base) estar polarizada reversamente (ver Fig. 1.3.2). A polarização reversa da junção provoca a formação de uma camada de depleção na região, garantindo desta maneira a capacidade de bloqueio reverso do dispositivo. Esta característica é mostrada através da Fig. 1.4.1.1. É importante dejar claro que a tensão de INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 11 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ ruptura reversa, depende essencialmente da espessura da camada resistiva N-base. As duas tecnologias modernas existentes atualmente, PT (Punch-Through) e NPT (Non-Punch-Through), relativas à estrutura do dispositivo, apresentam características de saída diferentes, as quais serão explicadas posteriormente no capítulo 4. VCE I VCER C ICR característica diretacaracterística reversa região ativa incremento da tensão de gate Fig. 7 - Característica de Saída do IGBT (genérico) 1.4.2 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DIRETA Para que o IGBT se encontre em estado de condução direta (forward conduction), é necessário aplicar simultaneamente tensões positivas entre gate-emissor (VGE) e coletor-emissor (VCE). Aplicando-se estas duas tensões, vence-se a depleção da junção J2 entre as camadas P- base N-base e a depleção da junção J3 entre as camadas P+ N-base (ambas as junções devem ser polarizadas diretamente). A tensão gate- emissor positiva deve ser suficientemente elevada, acima da tensão de limiar, para que a resistência do canal MOS seja pequena durante o fluxo de corrente de coletor. A resistência no canal do IGBT é baixa devido à modulação de condutividade proporcionada pela injeção de portadores minoritários (lacunas) desde a região P+ dentro da região N-base altamente resisitiva. A densidade de portadores minoritários injetados na região N-base é tipicamente de 100 a 1000 vezes maior em relação ao nível de portadores da camada N-base do MOSFET de potência. Por este motivo é reduzida drásticamente a resistência do canal do IGBT em INEP - Instituto de Eletrônica de Potência - EEL - CTC - UFSC Capítulo 1 - Estrutura Física e Princípio de Operação do IGBT 12 _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ relação à resistência do canal do MOSFET de potência. Esta característica permite operar o IGBT em elevadas densidades de corrente durante o estado de condução. Como a camada N-base do IGBT deixa de ser altamente resistiva com a injeção de portadores minoritarios, para aumentar a capacidade de operação com tensões acima de 1000V é suficiente aumentar a espessura desta camada. Devido a ésta característica, atualmente tem-se IGBTs de 3300V e 1200A para aplicação em tração elétrica [55]. Não deve ser esquecido que o fluxo de corrente de coletor do IGBT ocorre pela injeção de portadores minoritários (lacunas) na camada N-base pela presença da junção J3, polarizada diretamente. 1.4.3 - CAPACIDADE DE BLOQUEIO DIRETO O bloqueio do IGBT quando encontra-se em estado de condução, é alcançado reduzindo-se a tensão entre gate e emissor a um valor menor ao valor de limiar. A tensão abaixo do valor de limiar é alcançada curto- circuitando o terminal gate ao terminal emissor com um resistor de baixo valor de resistência. Em estas condições, a junção J2 é polarizada reversamente bloqueando o fluxo de corrente através do canal MOS do dispositivo (ver Fig. 1.3.2). O bloqueio é realizado em condições de tensão coletor-emissor positivo. Observando o circuito equivalente do IGBT mostrado na Fig. 1.3.3, o bloqueio da corrente de coletor do IGBT é realizado através do MOSFET que bloqueia a corrente de base do transistor PNP. A característica de saída do IGBT é controlada através da tensão aplicada entre gate-emissor VGE. Para realizar a transição do estado de condução ao estado de bloqueio, o gate, que inicialmente tem um valor positivo de tensão, é ligado ao emissor por um circuito externo, provocando-se a descarga da capacitância intrínseca de entrada dada pelo paralelo das capacitâncias entre coletor-gate e gate-emissor. A descida abrupta da tensão entre gate e emissor até um valor abaixo do limiar, permite como conseqüência