Trabalho sobre tríplice contingência

Prévia do material em texto

TRÍPLICE CONTINGÊNCIA
São José do Rio Preto - SP
2018
O que é tríplice contingência? Dê um exemplo.
 Análise do comportamento procura sempre pelas relações funcionais entre os eventos e os comportamentos, então fora desenvolvida uma das melhores ferramentas adequada para estabelecer e explicar essas relações, conhecida como Análise Funcional.
	Análise Funcional é compreendida através da explicação que o comportamento acontece porque é funcional (função), ou seja, está ligado com o valor da sua utilidade biológica (função de sobrevivência e o valor adaptativo dos indivíduos). Para conseguir fazer uma análise funcional precisa-se estabelecer relações entre a ocasião em que a resposta ocorre (antecedente-Sd), a resposta (R) e as consequências (Sr+) que essa reposta produz, e através dessas interdependências entre os antecedentes, a resposta e as consequências de um determinado comportamento que é conhecida como Tríplice Contingência. A análise funcional é concretizada com a utilização as contingências de reforçamento que estão sendo exercidas em um comportamento, por isso, que com essa ferramenta o terapeuta consegue descrever quais são os determinados comportamentos e reforçamentos que deverão ser alterados para conseguir uma melhora para o cliente. 
	Para melhor compreensão, abaixo demonstraremos com um exemplo dessa intervenção. Primeiro precisamos entender como montar o esquema da tríplice contingência: Sd + R + Sr+. 
	Exemplo do caso: Pegaremos o exemplo da nossa paciente A.C.S. na clínica. Ela namorava um rapaz e praticamente moravam juntos. A.C.S relatou que ela discutia repetidas vezes com ele, porque ela pedia para ele lavar a louça e ele não fazia, pois a A.C.S chegava em casa, via a louça suja na pia e brigava com ele, mas ela sempre ia lavar. Primeiro analisamos o comportamento com o Sd (estímulos antecedentes): Ela pedir para ele lavar a louça todos os dias antes de sair para trabalhar. Resposta do comportamento: não lavar a louça, a consequência (Sr+): ela chega em casa e a louça suja estar lá no mesmo lugar, ela briga com ele, porém vai lá e lava. E isso acontece todas as vezes que ela pede pra ele fazer essa tarefa e sempre a consequência, é ela chegar em casa e lavar, pois o mesmo não o faz.
	Se o namorado não lavar a louca, então sua namorada chegará em casa, fica incomodada e brava com a situação, e mesmo assim vai lavar a louça, e com isso, ela o reforça positivamente, pois ele pensa: Se eu não lavar a louça, ela vai chegar e discutir comigo, porém vai lavar a louça. A paciente A.C.S discuti, diz coisas ruins para o companheiro, porém ela continua fazendo e infelizmente toda essa discussão não levará a lugar nenhum, pois no fundo ela que foi reforçando com o tempo esse comportamento do parceiro, porque toda vez ele não faz e ela faz, então pra ele talvez não tenha algum motivo bom para que ele lave a louça. 
	A.C.S precisa parar de reforçá-lo positivamente, para isso a mesma precisa parar de lavar a louça, o namorado precisava compreender que não ia ser dessa maneira, que ele precisa lavar a louça para ajudar em casa. Portanto, A.C.S não pode chegar em casa e lavar a louça, mas sim ficar brava e não fazer nada para organizar isso, precisa falar que se ele não fizer, ela também não fará, pois os dois precisam colaborar nas atividades diárias da casa, e com o tempo ele vai entender que se ele não fazer, ela também não fará, e que essa tarefa foi designada para ele, sendo assim, condicionado novamente para fazer de maneira correta.
	Por fim, todos os estímulos dados antes de um determinado comportamento é considerado Sd - estímulos antecedentes, logo após vêm a resposta R do mesmo e então vêm a consequência Sr+. Isso é a tríplice contingência utilizada para reformular e estruturar um determinado comportamento de um cliente na clínica.