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RESUMO II PROCESSO IV (1)

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RESUMOS PROCESSO CIVIL IV 
Resumo completo 
 
O Estado é uma pessoa jurídica de direito público interno (Art. 41, C.Civil) formada 
por três poderes independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o executivo e o 
judiciário (CF Art. 2º) e a sua organização político-administrativa decorre da 
Constituição Federal que trata do tema do At. 18 a 138. 
 
O processo é o instrumento constitucional da atuação do Estado. É uma garantia 
constitucional a todos, pessoas físicas, jurídicas e entidades legitimadas e por essa 
razão deve efetivar os princípios constitucionais que justificam a sua existência na 
prática. (CF Art. 5º, LIV: LV; XXXIV, “a”; XXXV). Como instrumento o processo 
não é um fim em si mesmo, mas uma finalidade, que é utilizado para ‘tornar 
realidade uma sociedade livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos e 
assegurar a dignidade da pessoa humana (CF Art. 3º) 
É costume falar-se em Processo Civil, Processo Penal, Processo Trabalhista, 
Processo Eleitoral, Processo Administrativo, etc. 
Em Processo Civil que é a o nosso objeto de estudo e discussão, fala-se em Processo 
de Conhecimento (Livro I do CPC) e Cumprimento de Sentença (Livro I, Título II) 
este para os títulos executivos judiciais (Art. 515, CPC) e, no Livro II, fala-se em 
Processo de Execução, este para cumprir as obrigações por títulos extra-judiciais 
(Art. 784, CPC). A palavra execução é empregada para expressar realidades de 
natureza satisfativa, tanto no cumprimento definitivo ou provisório da sentença 
por título judicial, como na satisfação provisória ou antecipada por decisão 
interlocutória e na execução por título extra-judicial, denominado processo de 
execução. No processo, tanto a definição jurídica como a satisfação do direito 
reconhecido no judicial ou extrajudicial ocorre, na maioria das vezes, por 
imposição do Estado. Na maioria das vezes, porque nada impede que as partes se 
ajustem e cumpram a obrigação amigavelmente. 
 
Princípios informativos do processo de execução cível: 
Princípio da aplicação das regras subsidiárias. Regem o processo de execução e o 
cumprimento da sentença as regras gerais previstas no Livro II (Art. 771, do CPC), 
com aplicação subsidiária das regras aplicáveis ao procedimento comum (Art. 318, 
p. único). 
Princípio dispositivo na execução: A execução começa por iniciativa da parte (Art. 
523; Art. 798 e Art. 799, CPC). Atenção na justiça do trabalho a iniciativa pode ser 
do juízo (Art. 878 da CLT). 
Principio da cumulação de execuções: o credor pode cumular várias execuções, 
ainda que fundadas em títulos diferentes, contra o mesmo devedor, desde que para 
todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento (Art. 780 CPC). 
Principio da patrimonialidade: o devedor responde com todos os seus bens 
presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições 
legais (Art. 789 c/c Art.833, CPC; Art. 1.711, C.Civil e Lei 8009/90). 
Princípio da utilidade ou da máxima efetividade: A penhora deve recair sobre 
tantos bens quantos bastem para a plena satisfação do credor (Art. 831, CPC), não 
se levando a efeito a penhora se o produto da alienação for totalmente absorvido 
pelo pagamento das custas da execução (Art. 836). 
Princípio da menor onerosidade: A execução deve se realizar pelo meio menos 
gravoso ao executado, o qual tem o ônus de apontá-lo, sob pena de serem mantidos 
os atos já determinados pelo juízo (Art. 805 e p. único CPC). 
Princípio do adimplemento específico: O credor tem o direito de obter o resultado 
prático exatamente como se o devedor tivesse cumprido espontaneamente a 
obrigação (Art. 497 e p. único; Art. 498 e p. único; Art. 806; Art. 811; Art. 814; Art. 
822. CPC). 
Principio da preferência da penhora -prior in tempore potior in iure - o primeiro a 
agir no tempo prefere no direito-: o credor que penhorou em primeiro lugar prefere 
aos demais sobre os bens penhorados (Art. 797, CPC), exceto se sobre o bem 
penhorado existir direito real ou preferência (Art.957 a 965 C.Civil) de outro credor, 
ou no caso de concurso de credores (Art 908, CPC). Havendo mais de uma penhora 
sobre o mesmo bem, cada exeqüente conservará o seu título de preferência (P. 
Único do Art. 797 CPC) 
Princípio do título executivo: Toda execução tem por base um líquido, certo e 
exigível. Os títulos executivos judiciais constam do Art.515, CPC, que não fecha o 
elenco, no qual se incluem as decisões interlocutórias que concedem a tutela 
antecipada, na forma da lei. Os títulos executivos extra-judiciais estão previstos no 
Art. 784, CPC, que não esgota o elenco. 
 
O principio da patrimonialidade e suas conseqüências práticas 
Direito do credor sobre bens alienados em Fraude contra Credores ou em Fraude à 
Execução 
O devedor ao se desfazer do seu patrimônio pode fazê-lo com o intuído de fraudar 
os credores ou para não se submeter às atividades jurisdicionais executivas. 
No caso de fraude contra credores, (alienação gratuita de bens ou remissão de 
dívida se o devedor já estiver insolvente ou tornando-se insolvente em decorrência 
do negócio) o credor pode valer-se da ação Pauliana, de natureza desconstitutiva, 
prevista no C.Civil, Art. 158 e seguintes, para anular o negocio realizado em caso 
de alienação ou para a desconstituição de garantias reais dadas em favor de 
terceiros (Art. 163, C.Civl), A lei considera, neste caso, anulável o negócio jurídico 
(Art. 171, II, do C.Civil). 
A fraude à execução fundamenta-se no princípio da patrimonialidade e prescinde 
das questões relativas à nulidade ou anulabilidade do ato praticado pelo devedor 
que visa burlar a atividade jurisdicional executiva. O negócio jurídico realizado 
pelo devedor é ineficaz ou inoponível ao credor que pode fazer incidir sobre o bem 
alienado a penhora (Art. 792, § 1º). 
A Lei considera em fraude à execução a alienação ou oneração de bem : 
I- pendendo ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória (Art. 
1.228 C.Civil) se o autor tiver feito averbação da ação no registro público se houver; 
II- quando tiver sido averbada no registro do bem, por certidão que o ajuizamento 
da execução foi admitido pelo juízo (c/c Art. 828, § 4º CPC) 
III- quando tiver sido averbada no registro do bem hipoteca judiciária ou outro ato 
de constrição judicial originário do processo onde foi argüida a fraude; 
IV- quando, ao tempo da alienação ou oneração, tramitava contra o devedor ação 
capaz de reduzi-lo à insolvência; 
V- nos demais casos expressos em lei, p.ex. no incidente da desconsideração da 
personalidade jurídica (Art. 131 e seguintes do CPC) caso em que a fraude à 
execução se configura a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende 
desconstituir (Art. 792, § 3º CPC). 
A averbação do arresto ou da penhora no registro competente, requerida pelo 
exequente, independentemente de mandado judicial gera presunção absoluta de 
conhecimento por terceiros (Art. 844 CPC). 
Em se tratando de aquisição de bens não sujeitos a registro, o terceiro adquirente 
deverá demonstrar que tomou todas as cautelas necessárias antes do negócio, 
exibindo certidões de distribuição de ação no domicílio do vendedor e do local 
onde se encontra o bem (Art. 792, § 2º e Sumula 375 do STJ. 
Em se tratando de imóvel localizado em área de fronteira (Lei 6.634/79 c/c Lei 
13.097/15, Art. 53 e seguintes) os negócios jurídicos que tenham por fim constituir, 
transferir ou modificar direitos reais sobre imóveis são eficazes em relação aos atos 
jurídicos precedentes, se não tiverem sido registradas ou averbadas na matrícula 
do imóvel existência de citação em ações reais ou pessoais reipersecutórias; 
averbação do ajuizamento de ação de execução ou fase de cumprimento de 
sentença conforme Art. 828 CPC atual; averbação de restrição administrativa ou 
convencional ao gozo de direitos registrados, de indisponibilidade ou de outros 
ônus previstos em lei; averbaçãopor ordem judicial da existência de outro tipo de 
ação cujos resultados ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu 
proprietário à insolvência (Art. 792, IV, CPC atual) 
 
Todavia, antes de declarar a fraude à execução, o juízo deve intimar o terceiro que, 
se quiser, pode opor embargos de terceiro (Art. 792, § 4º CPC). 
 
Partes na execução - Legitimidade ativa e passiva na execução 
São partes na execução o exeqüente e o executado. 
Têm legitimidade ativa (Art. 778 CPC): 
I – o credor do título judicial ou extrajudicial; 
II – o MP nos casos previstos em lei; 
III – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte do 
credor, lhes for transmitido o direito resultante do ; 
IV – o cessionário quando o direito resultante do lhe for transferido por ato entre 
vivos; 
V – o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
Têm legitimidade passiva (Art. 779 CPC) : 
I – o devedor, reconhecido como tal, no ; 
II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
III – o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação 
resultante do ; 
IV – o fiador do débito constante em extrajudicial; 
V – o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do 
débito; 
VI – o responsável tributário, assim definido em lei. 
Competência para a execução: 
Competência para execução por título 
O cumprimento da sentença será feito perante ( Art.516 CPC) : 
I – os tribunais nas causas de sua competência; 
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; 
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória; 
sentença arbitral; as sentenças estrangeiras homologadas e o exequatur das cartas 
rogatórias serão cumpridos perante o juízo Federal competente (Art. 109, X. CF). 
Não se tratando de cumprimento de sentença de competência do tribunal, o 
exeqüente poderá optar em promover a execução no juízo do atual domicílio do 
executado, ou pelo juízo do local onde se encontrem os bens penhoráveis, ou pelo 
juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer 
requerendo-se ao juízo de origem a remessa dos autos. 
Competência para execução por título extrajudicial 
A execução será feita perante o juízo competente (Art. 781 CPC) 
I – do foro do domicílio do executado; foro de eleição constante do ; ou, ainda, no 
foro de situação dos bens sujeitos à execução; 
II – tendo mais de um domicílio, o executado pode ser demandado em qualquer 
deles; 
III – tendo domicílio incerto, o executado pode ser demandado onde for encontrado 
ou no foro do domicílio do exeqüente; 
IV – havendo vários devedores com diferentes domicílios, o exeqüente pode 
escolher o foro de qualquer deles; 
V – no foro do lugar em que se praticou o ato, ou em que ocorreu o fato que deu 
origem ao título; 
 
Poderes do Juiz na Execução 
Poderes que pode exercer de ofício: 
O juiz pode em qualquer momento do processo (Art. 772 CPC): 
I – ordenar o comparecimento das partes; 
II – advertir o executado de que o seu procedimento constitui ato atentatório à 
dignidade da justiça; 
III – determinar que pessoas indicadas pelo exeqüente forneçam informações, 
documentos e dados relacionados ao objeto da execução 
O além das medidas típicas juiz pode determinar todas as medidas indutivas, 
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o 
cumprimento de ordem judicial (Art. 139, IV CPC); no cumprimento de sentença 
de quantia certa, se a elaboração do demonstrativo dos cálculos depender de dados 
em poder de terceiros ou do executado pode o juízo requisitá-los sob a cominação 
do crime de desobediência (Art.524, § 3º CPC); no cumprimento de sentença de 
obrigação de fazer ou não fazer, além de outras medidas como o desfazimento de 
obras e o impedimento de atividade nociva, pode requisitar o auxilio de força 
policial (Art.536, § 1º); pode aplicar pena de litigância de má-fé ao executado que 
descumpre ordem judicial, sem prejuízo da sua responsabilização por crime de 
desobediência (Art. 536. § 3º CPC); pode determinar as medidas necessárias ao 
cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados (Art. 773 CPC); pode 
aplicar ao executado multa não superior a 20% sobre o valor atualizado do débito 
nos casos de fraude à execução ou nos casos em que o executado se oponha 
maliciosamente à execução ou dificulte ou embarace a realização da penhora, se 
intimado, não indicar e onde estão bens livres à penhora, ou a prova da sua 
propriedade (Art. 774 e p. único CPC); pode determinar outros atos executivos que 
não estejam proibidos na lei e o oficial de justiça os cumprirá, ainda que em 
comarcas contíguas de fácil comunicação e nas situadas na mesma região 
metropolitana, podendo requisitar força policial ( Art. 782 e § 1º e 2º CPC). 
NB: O CNJ disponibiliza vários sistemas que auxiliam o judiciário no cumprimento 
da sua missão: 
 
1 - O Bacen Jud 2.0 foi criado por meio de convênio entre o Banco Central do Brasil 
e o Poder Judiciário. O sistema é operado pelo Banco Central do Brasil, tendo sido 
objeto de convênio celebrado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com vistas 
ao seu aperfeiçoamento e o incentivo de seu uso. Por meio do BacenJud os juízes, 
com senha previamente cadastrada, preenchem um formulário na internet 
solicitando as informações necessárias a determinado processo com o objetivo de 
penhora on-line ou outros procedimentos judiciais. A partir daí, a ordem judicial é 
repassada eletronicamente para os bancos, reduzindo o tempo de tramitação do 
pedido de informação ou bloqueio e, em consequência, dos processos. 
2 -O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CSS-Bacen) é um 
sistema informatizado que permite indicar onde os clientes de instituições 
financeiras mantêm contas de depósitos à vista, depósitos de poupança, depósitos 
a prazo e outros bens, direitos e valores, diretamente ou por intermédio de seus 
representantes legais e procuradores. 
O Cadastro não contém dados de valor, de movimentação financeira ou de saldos 
de contas/aplicações e visa dar cumprimento ao art. 3º da Lei nº 10.701/2003, que 
incluiu dispositivo na Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 10-A), 
determinando que o Banco Central “manterá registro centralizado formando o 
cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de 
seus procuradores”. 
3 - O Infojud é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ) e a Receita Federal, o Programa Infojud (Sistema de Informações ao 
Judiciário) é um serviço oferecido unicamente aos magistrados (e servidores por 
http://www.bcb.gov.br/?SFNCCS
eles autorizados), que tem como objetivo atender às solicitações feitas pelo Poder 
Judiciário à Receita Federal. 
A ferramenta está disponível apenas aos representantes do Poder Judiciário 
previamente cadastrados, em base específica da Receita Federal, e que possuam 
certificado digital emitido por Autoridade Certificadora integrante da ICP-Brasil. 
O acesso ao Infojud é feito no sítio da Receita Federal, opção “e-CAC – Centro 
Virtual de Atendimento ao Contribuinte". Este sistema substitui o procedimento 
anterior de fornecimento de informações cadastrais e de cópias de declarações pela 
Receita Federal, mediante o recebimento prévio de ofícios. O único custo envolvido 
é o do processo para obtenção da certificação dos magistrados (e serventuários), 
que é de responsabilidade direta da Justiça. 
4 – Infoseg. A Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Justiça 
desenvolveu um novo Infoseg com a finalidade de integrar nacionalmente as 
informações concernentes à segurança pública, identificação civil e criminal, 
controle e fiscalização, inteligência, justiça e defesa civil.A ferramenta é um sistema 
de pesquisa inovador que funcionará em plataforma WEB e em dispositivos 
móveis, cuja metodologia permitiráa realização de pesquisa a partir de vários 
argumentos simultaneamente.A base de conhecimento é nacional única e íntegra, 
divididas em tipos específicos, composta por: 
1. Pessoas - Interpol, índice Nacional, Receita Federal CPF e cnpj, condutores 
BNMP(CNJ), SUS,MTE,SISME (MERCOSUL). 
2. Veículos - SINIVEM, SISME (MERCOSUL), OCR, placa, ANTT, Embarcações, 
Aeronaves;. 
3. Armas - SINARM (Policia federal), SIGMA (Exercito), SINAD, SISME 
(MERCOSUL), Desarma. 
Sua abrangência funcional e tecnológica oferecerá soluções para abordagens 
preventivas e análises criminais, minimizando riscos e maximizando a efetividade 
do trabalho. 
5 - O Renajud é um sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que interliga o Judiciário ao Departamento 
Nacional de Trânsito (Denatran). 
A ferramenta eletrônica permite consultas e envio, em tempo real, à base de dados 
do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), de ordens judiciais de 
restrições de veículos — inclusive registro de penhora — de pessoas condenadas 
em ações judiciais . 
6 - Serasajud: O sistema serve para facilitar a tramitação dos ofícios entre os 
tribunais e a Serasa Experian, através da troca eletrônica de dados, utilizando a 
certificação digital para mais segurança. Não havendo mais solicitações enviadas 
em papel, apenas eletrônicas. Para liberar o acesso ao sistema é necessário 
primeiramente realizar o cadastro de usuários e unidades de origem. A Serasa 
Experian realiza um pré-cadastro após o envio de relação completa de magistrados, 
dirigentes, varas, e-mail da vara e unidades de origem. Devem informar também 
informações complementares solicitadas pelos canais de atendimento do 
Serasajud. 
http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ATBHE/servicos-ecac/default.aspx
http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ATBHE/servicos-ecac/default.aspx
7 – SREI: O Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (SREI) foi instituído pela 
Corregedoria Nacional de Justiça, por meio do Provimento n. 47/2015.A ferramenta 
tem como objetivo facilitar o intercâmbio de informações entre os ofícios de registro 
de imóveis, o Poder Judiciário, a administração pública e o público em geral.O SREI 
oferece diversos serviços on-line como pedido de certidões, visualização eletrônica 
da matrícula do imóvel, pesquisa de bens que permite a busca por CPF ou CNPJ 
para detectar bens imóveis registrados, entre outros. O Sistema deve ser 
implantado e integrado por todos os oficiais de registro de imóveis de cada estado 
e do Distrito Federal. O intercâmbio de documentos e informações está a cargo de 
centrais de serviços eletrônicos compartilhados em cada uma das unidades da 
federação. O portal de integração do SREI é gerenciado pela Coordenação Nacional 
das Centrais Estaduais de Serviços Eletrônicos Compartilhados, vinculado ao 
Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB). 
 
EXECUÇÃO E TÍTULO EXECUTIVO: 
Toda execução tem por base um Título (documento) executivo judicial (Art. 515, 
CPC) ou extrajudicial (Art. 784, CPC). 
Os títulos executivos judiciais estão enumerados no Art. 5l5, do CPC, sem esgotar 
o elenco, pois, também as decisões interlocutórias que concedem a tutela provisória 
de urgência ou antecipada são títulos executivos sujeitos à modificação posterior 
(Art. 519, CPC). 
Os títulos executivos extra-judiciais constam no Art. 784, do CPC e de leis especiais, 
p. ex. Lei 10.931/ 2004, art. 20, Cédula de Crédito Imobiliário; art.28, Cédula de 
Crédito Bancário. ATENÇÃO: O cheque prescrito pode ser cobrado por ação monitória 
(Art. 700 CPC). A Súmula 299 do STJ explicita que “é admissível a ação monitória fundada 
em cheque prescrito”. 
Nulidade da execução 
A execução é nula, se o extra-judicial não corresponder a obrigação certa, líquida 
e exigível ou se o judicial não for líquido; se o executado não foi regularmente 
citado ou intimado, conforme o caso ou se a execução for instaurada antes de se 
verificar a condição (Art. 121; 125 e 127, do C. Civil) ou antes ocorrer o termo(prazo 
final para o cumprimento da obrigação) (Art. 131 e 135, do C. Civil), ou se o fundar-
se em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo STF ou fundado em 
aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo STF como 
incompatível com a Constituição Federal em controle de constitucionalidade 
concentrado ou difuso, antes do transito em julgado da sentença (535, §§ 5º, 6º e 7º) 
. 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA POR TÍTULO JUDICIAL E/OU EXTRA-JUDICIAL. Realiza-se 
pela expropriação de bens do executado, pela adjudicação, alienação ou 
apropriação dos frutos e rendimentos de empresa ou estabelecimentos ou de outros 
bens. (Art. 824 e 825) 
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA- Procedimentos Art. 509 a 512 CPC. 
Natureza jurídica: incidente na execução. 
http://registradoresbr.org.br/
http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2967
http://www.irib.org.br/registro-eletronico/centrais-registros
http://www.irib.org.br/registro-eletronico/centrais-registros
http://www.irib.org.br/
Fundamento Art. 783(a execução para cobrança de credito fundar-se-á sempre em 
título de obrigação certa, líquida e exigível) c/c Art. 786 e p.u. do CPC (A execução 
pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, liquida e exigível, 
consubstanciada no . A necessidade de simples operação aritmética para apurar o crédito 
exeqüendo não retira a liquidez da obrigação constante do título). 
 Tanto o CREDOR como o DEVEDOR podem promover a liquidação: 
Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia líquida, proceder-se-á à sua 
liquidação a requerimento do CREDOR ou do DEVEDOR (Art. 509 do CPC). A 
liquidação será por arbitramento quando determinado pela sentença ou 
convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação (Art. 
509, I); será pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e 
provar fato novo (Art. 509, II). Se a sentença contiver uma parte líquida e outra 
ilíquida, o credor pode promover simultaneamente a execução da parte liquida e 
em autos apartados a liquidação da parte ilíquida (Art. 509, § 1º). Quando a 
apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, poderá desde logo 
promover o cumprimento da sentença (Art. 509, § 2º). 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: Art. 513 e seguintes do CPC. 
Cumprimento de Sentença se faz por petição e a requerimento do credor por título 
judicial contra devedor solvente de pagar quantia certa. 
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO:( Art. 520 a 522) O cumprimento pode ser provisório, se 
houver recurso sem efeito suspensivo e corre por conta e risco do exeqüente que 
indenizará o executado, caso a sentença seja reformada ou anulada, restituindo-se 
as partes à situação anterior, liquidando-se nos mesmos autos os eventuais 
prejuízos. A sentença em execução provisória que for modificada ou anulada em 
parte, somente nesse capítulo ficará sem efeito a execução. O levantamento de 
dinheiro ou a alienação de propriedade dependerão de prévia caução fixada pelo 
juiz (Art. 520, I;II;III;IV). No cumprimento provisório, o executado pode apresentar 
impugnação (Art. 520, § 1º c/c 525) e são devidos os honorários e a multa previstos 
no cumprimento definitivo, podendo, no entanto, o executado depositar o valor 
para se livrar da multa, aguardando a decisão do recurso (Art. 520, §§ 2º e 3º c/c 
523, §1º). A petição para o cumprimento provisório, se os autos não forem 
eletrônicos, deverá ser acompanhada da decisão exeqüenda; certidão de 
interposição de recurso sem efeito suspensivo; procurações outorgadas pelas 
partes e no caso de habilitação da parte, se for o caso, a decisão correspondente e 
outras peças necessárias para a demonstração do crédito (Art.522 e p.u.) 
CUMPRIMENTO DEFINITIVO: (Art. 523 a 527) O exeqüente, por petição que indicará os 
nomes completos e CPF ou CNPJ das partes, o valor do débito, o índice de correçãomonetária adotado. Os juros e taxas; o termo inicial e final dos juros e da correção 
monetária; periodicidade da capitalização dos juros se for o caso; a indicação dos 
bens passiveis de penhora, se possível; requererá a intimação do executado para 
pagar em 15 dias úteis o débito acrescido das custas (Art. 523 c/c 524). A intimação 
é necessária e deverá ser feita na forma do art. 513, § 2º, do CPC Não sendo paga a 
dívida, o valor será acrescido de multa de 10% e também de honorários 
advocatícios de 10% e se o pagamento for parcial, a multa e os honorários incidirão 
sobre o restante não pago, expedindo-se mandado de penhora e avaliação, 
prosseguindo a execução (Art.523, §§ 1º, 2º e 3º). VALOR EXCESSIVO: Se o juiz entender 
que o valor apontado aparentemente excede os limites da condenação, determinará 
que a penhora tenha por base o valor que fixar; podendo valer-se do contador do 
juízo para a verificação dos cálculos (Art. 524, §§1º e 2º). Quando a elaboração dos 
cálculos depender de dados em poder do executado ou de terceiros o juiz poderá 
requisitá-los sob a cominação de crime de desobediência (Art. 524, §3º). Quando a 
complementação dos cálculos depender de dados adicionais em poder do 
executado, o juiz poderá fixar prazo de até 30 dias para a exibição, e se não forem 
apresentados serão presumidos corretos os cálculos apresentados pelo exeqüente 
(Art. 524, §§ 4º e 5º). 
PRAZO PARA A IMPUGNAÇÃO DO EXECUTADO: A impugnação é um incidente 
processual, julgado por decisão interlocutória, podendo ser impugnada por 
Agravo de Instrumento, se a sentença não extinguir a execução (Art. 1.015, 
p.u.CPC, se extinguir a execução o recurso é apelação Art. 1.009). Transcorrido em 
branco o prazo para o pagamento, começa a fluir o prazo de 15 dias para a 
apresentação da impugnação, por petição dirigida ao juízo da causa, 
independentemente da realização da penhora ou nova intimação (Art. 525), 
podendo alegar: falta ou nulidade da citação na fase de conhecimento, se o 
processo correu à revelia; ilegitimidade de parte; inexequibilidade do título ou 
inexigibilidade da obrigação, incluindo-se neste caso, se a sentença fundou-se em 
lei ou ato normativo incompatível com a Constituição ou considerado 
inconstitucional pelo STF, antes do transito em julgado da sentença exeqüenda, 
podendo seus efeitos serem modulados (Art. 525, §12º, 13º e 14º. Se a decisão do 
STF for posterior ao transito em julgado da sentença exequenda, cabe ação 
rescisória, conforme § 15º); penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de 
execução ou cumulação indevida de execuções; incompetência absoluta ou relativa 
do juízo da execução; qualquer causa modificativa ou extintiva da execução, desde 
que supervenientes à sentença (Art. 525, §1º). Se os autos da execução NÃO FOREM 
ELETRÔNICOS e houver litisconsórcio na execução com as partes sendo 
representadas por procuradores e escritórios diferentes, o prazo será contado em 
dobro se os autos forem físicos (Art. 525, §3º c/c Art, 229, § 2º). Se na impugnação 
for alegado excesso de execução, o exeqüente deverá indicar o valor que entende 
correto com o demonstrativo discriminado e atualizado do cálculo, sob pena dessa 
alegação ser liminarmente rejeitada e se for o único fundamento a própria 
impugnação. Havendo outros fundamentos, o juiz examinará (Art. 525, §§ 4º e 5º). 
A impugnação não impede a pratica de atos executivos, inclusive os de 
expropriação. O juiz pode atribuir efeito suspensivo total ou parcial (Art. 525, §8º) 
à impugnação, se o executado garantir o juízo com penhora, ou preste caução, ou 
depósito suficientes, se os fundamentos alegados forem relevantes e houver 
fundado receio que o prosseguimento da execução for suscetível de causar ao 
executado grave dano de difícil ou incerta reparação, não impedindo, todavia, atos 
de substituição de bens, reforço, redução de penhora e de avaliação de bens (Art. 
525, § 6º e 7º). No caso de litisconsórcio, o efeito suspensivo concedido à 
impugnação de um dos litisconsortes não beneficiará o outro que não tenha 
oferecido a sua impugnação, se os fundamentos não forem comuns (Art. 525, §9º). 
MESMO SE FOR ATRIBUÍDO EFEITO SUSPENSIVO, a execução poderá prosseguir se o 
exeqüente requerer, prestar caução idônea arbitrada pelo juiz (Art. 525, §10º). 
QUESTÕES RELATIVAS A FATOS SUPERVENIENTES. As questões supervenientes ao 
termino do prazo da impugnação ou as que forem relativas à validade e à 
adequação da penhora da avaliação ou atos subseqüentes, poderão ser argüidos 
por simples petição, no prazo de 15 dias contados da ciência do fato ou da 
intimação do ato (Art. 525, §11º). 
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA POR INICIATIVA DO EXECUTADO: Antes de ser intimado 
para o cumprimento da sentença, o réu pode comparecer nos autos e oferecer em 
pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do 
cálculo. Intimado, o autor será ouvido em 05 dias, podendo impugnar o valor 
depositado, sem prejuízo do seu levantamento, ou dar-se por satisfeito, 
extinguindo-se o processo (Art. 526, §§1º e 3º). Se o depósito feito pelo réu for 
insuficiente, o juízo, aplicará sobre a diferença a multa e os honorários de 10 %, 
ordenando o prosseguimento da execução, com a penhora e avaliação(Art. 526, 
§2º). 
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRA-JUDICIAL Na execução de quantia certa por título extra-
judicial deverá anexar o título e demonstrativo dos cálculos à petição inicial que 
indicará os nomes completos do exeqüente e do executado, CPF ou CNPJ e os 
demais requisitos já mencionados para a petição de cumprimento da sentença (Art. 
798). Além de requerer a citação do executado para pagar em 03 DIAS, deverá, se 
for o caso, requerer também a intimação do credor pignoratício, hipotecário, 
anticrético, ou fiduciário quando a penhora recair sobre bens assim garantidos; 
requerer também a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, se a penhora 
recair sobre bens assim garantidos; requerer também a intimação do promitente 
comprador quando a penhora recair sobre bem que tenha sido objeto de promessa 
de compra e venda registrada; requerer também a intimação do promitente 
vendedor se a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de promessa de 
compra e venda registrada; requerer também a intimação do superficiário, 
enfiteuta, ou concessionário de uso especial de moradia ou direito real de uso, em 
caso de penhora de imóvel submetido a esses regimes; requerer também a 
intimação do proprietário do terreno, com regime de superfície, enfiteuse, 
concessão de uso especial de moradia ou direito real de uso, quando a penhora 
recair sobre esses direitos; requerer também a intimação da sociedade, no caso de 
penhora de quota social, ou de ação de sociedade anônima fechada, para que estas 
informem aos demais sócios da existência de penhora em favor de exeqüente 
estranho à sociedade, assegurando a eles o direito de preferência. Deverá, ainda, 
pleitear, se for o caso, medias urgentes e proceder à averbação em registro público 
do ato da propositura da execução e dos atos de constrição realizados para 
conhecimento de terceiros (Art. 799). ATENÇÃO as intimações em referencia devem 
ser também efetivadas no cumprimento da sentença, por força da aplicação 
subsidiária do Art. 771. Na execução por título extra-judicial, o executado será 
citado para pagar em 03 DIAS, contado da citação. Não sendo efetuado o 
pagamento, ou sendo este parcial, será expedido mandado de penhora e avaliação, 
a ser cumprido por oficial de justiça que lavrará o respectivo auto, intimando o 
executado, sendo certo que a penhora recairá sobre os bens indicados pelo 
exeqüente, ou sobre os que forem indicados pelo executado e aceitos pelo juízo, 
mediante demonstração de que a constrição desses bens será menos onerosa e não 
trará prejuízo ao exeqüente (Art. 829 e §§ 1º e 2º). Não sendo encontrados bens, o 
Oficial de Justiça fará o arrestode tantos bens quantos bastem para garantir a 
execução, e nos 10 dias seguintes ao arresto, o oficial de justiça procurará o 
executado 2 vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a 
citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido (Art. 830 e § 
1º). Frustrada a citação pessoal e a com hora certa, o exeqüente requererá a citação 
por Edital, e uma vez aperfeiçoada a citação, o arresto converte-se em penhora, 
independentemente de termo (Art. 830 e § 2º e 3º). 
EMBARGOS DO EXECUTADO NA EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL: 
Os embargos têm natureza de ação de conhecimento autônoma, não têm efeito 
suspensivo, a menos que seja requerido e deferido pelo juízo (Art. 919, § 1º). É o 
meio pelo qual o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução 
se opõe à execução, devendo ser autuado em apenso (Art.914 e § 1º CPC). Na 
execução por carta (O juizo deprecante pede ao juizo deprecado que efetue penhora 
de bem do executado na sua comarca) os embargos poderão ser deduzidos no juízo 
deprecante ou deprecado. Deverá julgar os embargos o juizo deprecante, salvo se 
eles versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da 
alienação de bens no juízo deprecado (Art. 914, § 2º). O prazo dos embargos é de 
15 dias, contados conforme as regras do Art. 231 (Art. 915). Havendo mais de um 
executado singularmente considerados, o prazo para cada um deles é contado da 
juntada do comprovante da citação. No caso de marido e mulher, companheiro e 
companheira o prazo começa da juntada do ultimo comprovante (Art. 915 § 1º). Na 
execução por carta, o prazo para os embargos a serem julgados no juízo deprecado 
conta-se da juntada na carta da certificação da citação (Art. 915 § 2º, I). Se forem 
julgados pelo juízo deprecante o prazo começa da juntada aos autos principais do 
comunicado da citação feita pelo juízo deprecado (Art. 915 § 2º II c/c § 4º). Não se 
conta prazo em dobro para oferecimento dos embargos (Art. 915 § 3º). 
PAGAMENTO PARCELADO: Se, no prazo dos embargos, o devedor reconhecer o 
débito acrescido das custas e honorários e depositar 30% do valor, pode requerer 
o parcelamento da dívida em até 06 parcelas mensais com correção e juros de 1% 
(Art. 916), ficando impedido de apresentar embargos posteriormente (Art. 916 § 
6º). O exequente será intimado para falar sobre o preenchimento dos requisitos da 
proposta que será decidida em 05 dias pelo juiz (Art. 916 § 1º). Enquanto não 
decidida, o executado deverá depositará as parcelas vincendas, facultado o 
levantamento pelo exequente (Art. 916 § 2º). Deferida a proposta o exequente 
levantará as parcelas depositadas e os atos executivos ficarão suspensos (Art. 916 § 
3º). Se for indeferida, o depósito será convertido em penhora e os atos executivos 
terão sequência (Art. 916 § 4º). A falta de pagamento de quaisquer parcelas 
acarretará o vencimento das prestações subsequentes acrescida de multa de 10% 
sobre o valor não pago e a continuação da execução (Art. 916 § 5º). O pedido de 
parcelamento não se aplica ao cumprimento de sentença (Art. 916 § 7º). Os 
Embargos poderão versar sobre I- (ilegitimidade de parte) e inexequibilidade do 
título ou inexigibilidade da obrigação, incluindo-se neste caso, a sentença baseada 
em lei ou ato normativo inconstitucional (Art. 525, §12º, 13º, 14º e 15º); II- penhora 
incorreta ou avaliação errônea; III - excesso de execução; IV- retenção por 
benfeitorias; V- incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VI- 
qualquer matéria de defesa (Art. 917). Os Embargos serão rejeitados liminarmente 
quando intempestivos ou nos casos de indeferimento da petição inicial ou de 
improcedência liminar do pedido ou se protelatórios (Art. 918, I , II e III c/c 330) 
sendo, neste último caso é considerada conduta atentatória à dignidade da justiça 
(Art.918 e p.u.). Recebidos os Embargos o exequente será intimado para falar em 
15 dias, podendo, no caso de embargos de retenção por benfeitorias requerer a 
compensação de seu valor com os frutos ou os danos alegados, nomeando o juízo 
perito se for o caso (Art. 917, §5º). Em seguida serão decididos com ou sem a 
realização de audiência de instrução, conforme o caso (Art. 920). 
Se não houver a extinção do processo de execução caberá Agravo de 
Instrumento, Art. 1015, p.u.. Se o processo for extinto, cabe apelação Art. 
1009,CPC) 
 
Da penhora e do depósito 
A penhora é ato de constrição que tem por finalidade individualizar os bens do 
patrimônio do devedor os quais ficarão afetados ao pagamento do débito e que serão 
excutidos oportunamente. É ato fundamental de toda e qualquer execução por quantia, 
sem o qual não se pode alcançar a satisfação do credor. 
Ao promover a execução, o credor, já na petição inicial, poderá indicar os bens do 
devedor que deseja ver penhorados. O art. 835 estabelece a ordem de prioridade dos 
bens penhoráveis, mas não tem caráter rígido. Haverá situações em que a gradação 
legal deverá ser posta em segundo plano, quando as circunstâncias indicarem que é 
mais conveniente aos interesses das partes e ao bom desfecho do processo. 
Não havendo indicação do credor, cumprirá ao oficial de justiça, munido do mandado, 
buscar bens do devedor, suficientes para a garantia do débito, observadas as hipóteses 
de impenhorabilidade do art. 833 do CPC e da Lei n. 8.009/90. 
Se o credor não indicar e o oficial de justiça não localizar bens, o juiz poderá, a qualquer 
tempo, de ofício ou a requerimento do credor, intimar o devedor para que os indique. 
Se ele, tendo bens, deixar de informar, incorrerá nas penas do ato atentatório à 
dignidade da justiça. 
Por meio da penhora, os bens do devedor serão apreendidos e deixados sob a guarda 
de um depositário. Enquanto não tiver havido o depósito, a penhora não estará 
perfeita e acabada. Para a sua efetivação, o oficial de justiça poderá solicitar, se 
necessário, ordem de arrombamento, podendo o juiz determinar o auxílio da força 
policial. 
Ela recairá sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, 
custas e honorários advocatícios. 
Se o bem estiver em outra comarca, haverá expedição de carta precatória para que a 
penhora seja efetivada. 
A penhora de imóveis e veículos automotores 
A penhora de bens imóveis e veículos automotores vem regulada especificamente no 
art. 845, § 1º, do CPC. 
Ela pode ser realizada por auto ou por termo. Por auto, quando realizada por oficial 
de justiça, o que só ocorrerá se o credor assim preferir, ou se houver alguma razão para 
a intervenção do oficial, como, por exemplo, a recusa do devedor em entregar a posse 
do imóvel ao depositário. 
Se houver nos autos certidão imobiliária, a penhora de imóveis poderá dispensar a 
participação do oficial de justiça e ser realizada por termo. Não será necessário que o 
oficial vá ao local, nem que descreva o imóvel, já identificado pela certidão. O mesmo 
ocorrerá em relação aos veículos automotores, quando apresentada certidão que ateste 
a sua existência. A penhora por termo tem a vantagem de poder ser realizada mesmo 
que o bem esteja em outra comarca. 
Penhora de créditos, direito e ação e penhora no rosto dos autos 
Penhora de Crédito Art, 855 a 860. Se o crédito resultar de letra de câmbio, nota 
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do 
documento, esteja ou não este em poder do executado. Porém, mesmo sem a 
apreensão, se o terceiro confessar a dívida, será tido como depositário da 
importância, considerando-se feita a penhora com: a) a intimação ao terceiro 
devedor para que não pague ao executado, seu credor; ou b) a intimação ao 
executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito. 
Com a intimação, o terceiro só se exonerará da obrigação depositando em juízo a 
importância da dívida. Se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, 
a quitaçãoque der será considerada fraude à execução (Art. 855, §3º) podendo o 
juízo designar audiência, a requerimento do exeqüente para ouvir o executado e 
o terceiro (§ 4º). Pode também ser objeto de penhora o crédito eventual que o 
executado tenha em relação ao exeqüente, neste caso chamado de penhora de 
mão própria (REsp 829.583/RJ). o crédito objeto de penhora de mão própria terá 
como resultado final sua compensação automática com o débito em execução. 
Se a penhora recair sobre direito e ação do executado, não tendo havido 
embargos ou sendo eles rejeitados, o exequente se sub-rogará nos direitos do 
executado até a concorrência do seu crédito. Art. 857. Poderá, todavia, no prazo 
de até 10 dias da realização da penhora, poderá requerer a alienação judicial do 
bem penhorado(§ 1º, 857); A sub-rogação não impede o sub-rogado de prosseguir 
com a execução se não receber o crédito executado, nos mesmos autos, 
penhorando outros bens (§ 2º 857) 
Se for penhorada dívida de dinheiro a juros, direito a rendas ou prestações 
periódicas, o exeqüente poderá levantar os juros ou as prestações à medida que 
forem sendo depositadas, abatendo-se do crédito as importâncias recebidas, 
conforme as regras da imputação em pagamento (Art. 858). Se a penhora for de 
direito à prestação ou restituição de coisa determinada, o executado será 
intimado a depositá-la no vencimento, correndo sobre ela a execução (Art. 859) 
Se a penhora recair sobre direito e ação do executado, não tendo havido embargos ou 
sendo eles rejeitados, o exequente se sub-rogará nos direitos do executado. 
A penhora no rosto dos autos é a que recai sobre eventual direito do executado, 
discutido em um outro processo judicial. 
Enquanto não julgado o crédito, o devedor tem uma expectativa de direito, que só vai 
se transformar em direito efetivo se a sua pretensão for acolhida. 
É possível efetuar-se a penhora dessa expectativa, no processo em que o executado 
demanda contra terceiros. 
Caso ele saia vitorioso, a penhora terá por objeto os bens ou créditos que lhe forem 
reconhecidos ou adjudicados; caso seja derrotado, ficará sem efeito. 
O procedimento deve observar o disposto no art. 860 do CPC. O oficial de justiça 
intima o escrivão que cuida desse processo a anotar no rosto dos autos que os direitos 
eventuais do devedor naquele processo estão penhorados para garantir a execução 
ajuizada noutro processo. 
Feita a penhora no rosto dos autos, o exequente terá três alternativas: 
■ aguardar o desfecho do processo em que o executado litiga com terceiro; 
■ tentar alienar o direito litigioso, o que não será fácil diante das dificuldades de 
encontrar arrematantes; 
■ sub-rogar-se nos direitos do executado, tornando-se titular do direito litigioso. 
Penhora “on-line” 
É a que se realiza por meio de comandos emitidos às unidades supervisoras das 
instituições financeiras para que sejam bloqueadas as contas bancárias do devedor no 
País. 
O art. 854 do CPC autoriza o juiz a, por via eletrônica, requisitar informações e 
determinar a indisponibilidade de ativos do executado, que estejam em depósito nas 
instituições financeiras do País, sem prévio conhecimento dele. 
Esse instrumento tem sido de grande eficácia na localização de valores do devedor. 
Como o dinheiro é o bem sobre o qual há prioridade de penhora, nos termos do art. 
835, § 1º, CPC, não há necessidade de que primeiro se tente a localização de outros 
bens. Basta que o devedor não pague no prazo de três dias a contar da citação para que 
a medida esteja autorizada. 
Efetuado o bloqueio, o executado será intimado, na pessoa de seu advogado 
constituído ou pessoalmente. 
Pode ocorrer que o bloqueio recaia sobre valores impenhoráveis, como vencimentos 
ou cadernetas de poupança de até quarenta salários mínimos do devedor. Bastará que 
este o comprove no prazo de cinco dias para que o juízo determine a liberação, o que 
deve ser feito no prazo de 24 horas. 
Caso o executado não se manifeste no prazo de cinco dias, ou caso suas alegações sejam 
rejeitadas, o bloqueio converter-se-á de pleno direito em penhora e o valor será 
transferido para conta vinculada ao juízo, onde ficará penhorado até o levantamento 
pelo credor, sem a necessidade de lavratura de termo. 
As instituições financeiras responderão pelos prejuízos causados ao executado em 
decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor superior ao indicado 
na execução ou pelo juiz, bem como pelo não cancelamento da indisponibilidade no 
prazo de 24 horas, quando o juiz assim o determinar. 
Penhora de quotas ou das ações de sociedades personificadas 
Tem procedimento específico, instituído pelo art. 861 do CPC. Feita a penhora, o juiz 
assinará prazo razoável, não superior a três meses, para que a sociedade apresente 
balanço comercial, na forma da lei, ofereça as quotas ou ações aos demais sócios, 
observado o direito de preferência legal ou contratual e, não havendo interesse dos 
sócios na aquisição das ações, proceda à liquidação das quotas ou das ações, 
depositado em juízo o valor apurado, em dinheiro. 
Penhora de empresa, de outros estabelecimentos ou semoventes 
Deverá ser nomeado um administrador que, em 10 dias, apresentará um plano de 
administração, sobre o qual as partes serão ouvidas, após o que o juiz decidirá. As 
partes, de comum acordo, poderão ajustar a forma de administração e escolher o 
depositário, o que o juiz homologará por despacho. No plano, o administrador deverá 
indicar a forma pela qual a empresa ou o estabelecimento será gerido e a forma de 
pagamento do exequente, devendo prestar contas de sua gestão. 
Penhora de percentual de faturamento de empresa 
Vem prevista no art. 866 do CPC. Não deve ser deferida em qualquer situação, mas 
apenas se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem 
de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito do executado. A penhora 
recairá sobre um percentual do faturamento, que deverá ser fixado pelo juiz, de forma 
que propicie a satisfação do exequente em tempo razoável, sem comprometer o 
exercício da atividade empresarial. Para viabilizar a penhora, será nomeado um 
administrador-depositário, o qual deverá submeter à aprovação judicial a sua forma 
de atuação, prestando contas mensalmente e entregando em juízo as quantias 
recebidas, com os respectivos balancetes mensais. 
Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel 
Pode a penhora recair não sobre a coisa, mas sobre os frutos e rendimentos que ela 
produza. O juiz a deferirá quando considerar a forma mais eficiente para o 
recebimento do crédito e menos gravosa ao executado. Por exemplo, é possível ao juiz 
determinar não a penhora de um imóvel do executado, mas dos aluguéis que ele renda. 
A penhora de frutos e rendimentos exige a nomeação de um administrador-
depositório, que ficará investido de todos os poderes que concernem à administração 
do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo o executado o direito de gozo 
do bem, até a satisfação do exequente. Em se tratando de imóveis, é necessário 
promover a averbação no Oficial de Registro de Imóveis. Só então a penhora terá 
eficácia em relação a terceiros. Caso não se trate de bem imóvel, a eficácia em relação 
a terceiros dar-se-á a partir da publicação da decisão que conceda a medida. A 
nomeação do administrador-depositário pode recair sobre o exequente ou sobre o 
executado, ouvida a parte contrária, e, não havendo acordo, sobre profissional 
qualificado para o desempenho da função. 
Averbação da penhora 
Se ela recair sobre imóvel, o exequente deve providenciar para que seja averbada no 
Cartório de Registro de Imóveis. É o que determina o art. 844 do CPC. Também deverá 
ser providenciada a averbação da penhora de veículos e outros bens, sujeitos a registro 
no órgão competente. 
A averbação não é ato integrante da penhora, que se aperfeiçoa de maneira válida e 
eficaz,ainda que ela não seja feita. A finalidade da averbação é torná-la pública, com 
eficácia erga omnes. 
Embora não seja condição de validade da penhora, cumpre ao credor precavido 
promovê-la para que ninguém possa alegar que a ignorava. A averbação gera 
presunção absoluta de conhecimento, por terceiros, da penhora. 
A principal vantagem é que, se o bem for alienado pelo executado, os adquirentes — 
tanto o primeiro quanto os subsequentes — não poderão alegar boa-fé para afastar a 
fraude à execução. A Súmula 375 do STJ deixa claro que a alienação de bens após o 
registro da penhora será considerada em fraude à execução; se anterior, a fraude 
dependerá de prova de má-fé do devedor (fica ressalvada a utilização do art. 828 em 
que há a averbação das certidões da admissão da execução, a partir do qual estará 
configurada também a má-fé). 
A averbação da penhora é feita pela apresentação de cópia do auto ou do termo ao 
Cartório de Registro de Imóveis ou por meio eletrônico (art. 837), não havendo 
necessidade de mandado judicial. 
Substituição do bem penhorado 
O CPC trata da substituição dos bens penhorados por outros nos arts. 847 a 858 do 
CPC. 
De acordo com o art. 848, a substituição poderá ser deferida pelo juiz, a requerimento 
de qualquer das partes quando a penhora: 
■ não obedece à ordem legal (art. 835, do CPC); 
■ não incide sobre os bens designados por lei, contrato ou ato judicial para o 
pagamento, como, por exemplo, nos contratos que instituem hipotecas, nos quais a 
penhora deve recair sobre o bem hipotecado; 
■ recai sobre bens situados em outro foro, que não o de execução, havendo bens neste; 
■ recai sobre bens já penhorados ou gravados, quando há outros livres; 
■ incide sobre bens de baixa liquidez; 
■ fracasse na tentativa de alienação judicial do bem; ou 
■ o executado não indique o valor dos bens ou omita qualquer das indicações previstas 
em lei. 
Prevê-se, ainda, a possibilidade de substituição do bem por fiança bancária ou seguro 
garantia judicial, em valor não inferior ao débito objeto da execução, acrescido de 30% 
(art. 848, parágrafo único). 
O procedimento da substituição será o do art. 853 do CPC. 
O art. 847 autoriza substituição a requerimento do executado quando, no prazo de dez 
dias contados da intimação da penhora, comprovar que a substituição não trará 
prejuízo algum ao exequente e será menos onerosa para ele. 
É sempre possível ao devedor requerer a substituição do bem penhorado por dinheiro, 
o que será vantajoso para o credor, pois tornará desnecessária a fase de expropriação 
judicial. O pedido de substituição por dinheiro não se confunde com o pagamento, em 
que o devedor abre mão de qualquer defesa e concorda em que haja desde logo o 
levantamento para pôr fim à execução. 
Segunda penhora 
O art. 851 do CPC prevê a realização de uma segunda penhora quando: 
■ a primeira for anulada; 
■ executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do 
exequente; 
■ o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por 
estarem submetidos à constrição judicial. 
Redução ou ampliação da penhora 
O art. 874 do CPC prevê a ampliação ou redução da penhora quando, após a avaliação 
dos bens penhorados, concluir-se que há manifesta desproporção em relação ao valor 
do débito. Será necessário requerimento das partes, não cabendo ao juiz determiná-las 
de ofício. 
Antes de decidir, ele deverá ouvir a parte contrária. Diante do que dispõe o art. 874, a 
ampliação ou redução será, em regra, feita após a avaliação, porque só então será 
possível cotejar o valor dos bens com o do débito. Mas admite-se que possam ocorrer 
antes, se a desproporção for de tal forma manifesta, que possa ser constatada antes 
mesmo de os bens serem avaliados. 
O art. 850 ainda admite a redução ou a ampliação da penhora, bem como a sua 
transferência para outros bens, se, no curso do processo, o valor de mercado dos bens 
penhorados sofrer alteração significativa. 
Pluralidade de penhoras sobre o mesmo bem — preferência 
O mesmo bem pode ser penhorado mais de uma vez, em execuções diferentes, já que 
o seu valor pode ser suficiente para garantir débitos distintos. 
Se isso ocorrer, o bem pode ser levado a leilão judicial em qualquer das execuções nas 
quais tenha sido penhorado. Surgirá uma concorrência entre os vários credores para 
saber quem terá prioridade de levantamento do produto da alienação. O art. 908 do 
CPC trata do tema. Dispõe o caput: “Havendo pluralidade de credores ou exequentes, 
o dinheiro lhes será distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas 
preferências”. E o § 2º acrescenta: “Não havendo título legal à preferência, o dinheiro 
será distribuído entre os concorrentes, observada a anterioridade de cada penhora”. 
Para que o juiz possa decidir, os exequentes formularão as suas pretensões, que 
versarão exclusivamente sobre o direito de preferência e a anterioridade da penhora. 
A redação do art. 908 e seus parágrafos permite concluir que, feita a alienação do bem, 
os levantamentos deverão obedecer à seguinte ordem: 
■ primeiro, haverá necessidade de verificar se há algum credor preferencial, como o 
trabalhista, o fiscal, com garantia real e o credor condominial. Se houver mais de um, 
será preciso verificar a ordem das prelações; 
■ não havendo credores preferenciais, mas apenas quirografários, respeitar-se-á a 
prioridade das penhoras, tendo preferência aquele credor que promoveu a primeira 
penhora do bem, e assim sucessivamente. A prioridade é dada pela efetivação da 
penhora, e não pela sua averbação no Registro de Imóveis, nem pela anterioridade do 
ajuizamento da execução. Nem sempre terá prioridade de levantamento o credor que 
promoveu a execução na qual o leilão se realizou. 
 
O depositário 
A penhora só se reputa perfeita e acabada quando os bens, móveis ou imóveis, são 
apreendidos e confiados aos cuidados e à guarda do depositário. É o que dispõe o art. 
839, caput, do CPC: “Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e depósito 
dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia”. 
No auto de penhora constará a nomeação do depositário, que deverá assiná-lo. Mas o 
depositário que não deseja o encargo poderá recusar a nomeação. A Súmula 319 do 
STJ esclarece que ninguém é obrigado a assumi-lo contra a própria vontade. 
O art. 840 do CPC estabelece a ordem de prioridade de nomeação do depositário. 
Quando se tratar de penhora de dinheiro, papéis de crédito e pedras ou metais 
preciosos, o depósito será feito no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou no 
banco do qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social 
integralizado. Quando se tratar de bem móvel, semovente, imóvel urbano ou direito 
aquisitivo sobre imóvel urbano, será feito em poder do depositário judicial. Caso não 
haja depositário judicial, os bens ficarão em poder do exequente, mas poderão ficar em 
poder do executado se forem de difícil remoção ou se o exequente concordar. Os 
imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os utensílios 
e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante caução idônea, 
ficarão em poder do executado. 
Responsabilidade do depositário 
O depositário tem o dever da guarda e preservação dos bens penhorados. O 
depositário judicial não se confunde com o contratual, já que exerce o seu encargo por 
determinação judicial. Não tem, por isso, posse, mas mera detenção do bem. Deve 
cumprir estritamente as determinações judiciais, apresentando a coisa, assim que 
determinado. Se o bem for arrematado ou adjudicado, deve entregá-lo ao adquirente, 
quando o juiz determinar. Se não o fizer, basta que o adquirente requeira, no processo 
de execução, que se expeça mandado de imissão na posse ou busca e apreensão, não 
havendo necessidade de propor ação autônoma. 
Não há mais a possibilidadede ser decretada a prisão civil do depositário infiel, 
mesmo do judicial, afastada pelo STF, que a restringiu tão somente ao inadimplemento 
de dívida de alimentos. 
Da avaliação de bens 
Cumpre ao oficial de justiça, ao realizar a penhora, promover a avaliação do bem, 
valendo-se de todos os elementos ao seu alcance (Art.870). 
Se ele verificar que não tem condições de fazê-lo, porque a avaliação exige 
conhecimentos técnicos especializados, fará uma informação ao juízo, que então 
poderá nomear um perito avaliador, se o valor da execução comportar, devendo 
apresentar o laudo em 10 dias (Art.870, p.u.). 
A hipótese deve ser excepcional, e, ao fazer a informação, o oficial de justiça deve 
justificar as razões para eximir-se. Mas haverá casos que, por sua natureza ou 
especificidad0es técnicas, exigirão conhecimento de um perito. 
Quando possível, a avaliação pelo oficial traz grandes vantagens em ganho de tempo 
e contenção de despesas. 
As partes poderão impugnar a avaliação, tanto do oficial de justiça quanto do perito, 
cabendo ao juiz decidir se acolhe ou não o laudo. Se necessário, serão solicitados 
esclarecimentos ao avaliador. 
Dispensa de avaliação 
O art. 871 do CPC dispensa a avaliação quando: 
■ uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra; 
■ tratar-se de títulos ou mercadorias que tenham cotação em bolsa comprovada por 
certidão ou publicação oficial; 
■ tratar-se de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito 
negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por 
certidão ou publicação no órgão oficial; 
■ tratar-se de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado 
possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de 
anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem 
fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado. 
Nova avaliação 
Não se fará nova avaliação dos mesmos bens, salvo nas hipóteses do art. 873, quando 
ficar constatado que houve erro na avaliação ou dolo do avaliador; se verificar, 
posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição do valor dos bens; ou 
quando houver fundada dúvida sobre o valor a eles atribuído na primeira avaliação A 
nova avaliação tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e 
destina-se a corrigir eventuais omissões ou inexatidões (Art.873 c/c Art. 480, §§1º e 2º). 
A segunda avaliação não substitui a primeira, cabendo ao juízo apreciar o valor de 
uma e de outra (Art.873 c/c Art. 480, §3º). 
Nos casos em que a penhora for feita por termo nos autos, como a de bens imóveis, 
será expedido apenas mandado de avaliação, a ser cumprido pelo oficial de justiça. 
Intimação do executado 
Formalizada a penhora, o executado será intimado. A intimação é necessária para que 
o devedor possa tomar ciência do bem que foi penhorado, podendo apontar eventuais 
equívocos, por ter havido, por exemplo, constrição de bem impenhorável ou bem 
pertencente a terceiros. 
A intimação será dirigida ao advogado do devedor, ou à sociedade de advogados a 
que ele pertence, salvo se o devedor não tiver constituído nos autos, caso em que 
deverá ser pessoal, de preferência por via postal. 
Caso a penhora tenha sido feita na presença do executado, a intimação é dispensável. 
E, ainda, reputar-se-á intimado o executado que tiver mudado de endereço sem prévia 
comunicação ao juízo. 
Outras intimações 
Além do devedor, deverão ser intimadas outras pessoas, que não figuram como partes 
na execução: 
a) o cônjuge (ou companheiro), quando a penhora recair sobre bem imóvel ou direito 
real sobre bem imóvel: (art. 842, do CPC). Mesmo que o bem penhorado pertença só a 
um dos cônjuges (ou companheiro), o outro precisa ser intimado, ainda que não figure 
como parte na execução. Também se houver penhora de meação do marido em 
determinado imóvel, deve ser intimada a mulher. É o mesmo que ocorre com a outorga 
uxória para a alienação de bens imóveis ou para o ajuizamento de ações que versem 
sobre direito real em bens imóveis, necessárias mesmo que o imóvel pertença a um só 
dos cônjuges. 
Dispensa-se a intimação do cônjuge (ou companheiro) se o imóvel pertence somente 
ao executado, e o regime de bens de casamento é o da separação absoluta de bens, isto 
é, aquele em que os cônjuges, por pacto antenupcial, optaram pela separação. O 
cônjuge poderá ingressar na execução, valendo-se de embargos à execução ou da 
exceção de pré-executividade. Ele poderá, ainda, valer-se de embargos de terceiro 
quando quiser livrar da penhora bens de sua meação, comprovando que não tem 
responsabilidade pela dívida; ou de embargos de devedor, quando quiser discutir o 
débito, e defender o patrimônio do devedor. 
b) o credor com garantia real: (art. 799, I, do CPC). “Incumbe ainda ao exequente 
requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, 
quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou 
alienação fiduciária”. A exigência deve ser observada sob pena de ineficácia da 
alienação do bem, nos termos do art. 804 do CPC. 
Sua função é assegurar o direito de preferência ao credor com garantia real sobre o 
produto da arrematação. 
c) o titular de usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair sobre bem gravado 
por usufruto, uso ou habitação. 
d) o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual 
haja promessa de compra e venda registrada. 
e) o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado 
de promessa de compra e venda registrada. 
EXPROPRIAÇÃO 
É por meio da expropriação que o credor alcançará a satisfação do seu crédito na 
execução por quantia certa. Ela pode fazer-se de três maneiras: 1) com a entrega do 
bem ao próprio credor, como pagamento total ou parcial do débito, numa espécie de 
dação compulsória em pagamento, chamada de adjudicação; 2) com a alienação dos 
bens, que pode ser particular ou pública, para converter o bem em pecúnia, 
promovendo-se o pagamento do credor; ou 3) pela apropriação de frutos e 
rendimentos de empresa ou de estabelecimento e de outros bens. 
Há uma ordem de preferência entre os meios de expropriação. A princípio, deve-se 
verificar se há interessados na adjudicação do bem. Somente se não houver, será 
determinada a alienação, que poderá ser feita por iniciativa particular, se o credor o 
preferir; ou em leilão judicial, eletrônico ou presencial. 
A prioridade da adjudicação se justifica, pois ela realiza-se sem outras despesas, pelo 
valor de avaliação, ao passo que o leilão judicial exige gastos de monta com a 
publicação de editais e intimações, permitindo a arrematação por valor inferior ao da 
avaliação, desde que não seja preço vil ou abaixo do preço mínimo fixado pela lei ou 
pelo juiz. 
Adjudicação 
É forma indireta de satisfação do credor, que se dá pela transferência a ele ou aos 
terceiros legitimados, da propriedade dos bens penhorados. 
Quando deferida ao exequente, é semelhante à dação em pagamento, já que ele 
apropria-se do bem como pagamento parcial ou total do débito. No entanto, distingue-
se dela, que é forma voluntária de cumprimento das obrigações, ao passo que a 
adjudicação é forma de expropriação forçada, que dispensa a vontade do devedor. 
Quando deferida a outros legitimados, cumpre-lhes depositar o valor de avaliação, 
para que possa ser levantado pelo credor. 
Não se confunde com a arrematação, na qual o bem é posto em leilão judicial, podendo 
ser arrematado por qualquer interessado e por valor até mesmo inferior ao de 
avaliação. Se o credor, ou qualquer interessado, quiser apropriar-se do bem por menos 
do que o valor de avaliação, terá que tentar fazê-lo em leilão. 
A adjudicação pode ter por objeto bens móveis ou imóveis e só pode ser feita pelo 
valor de avaliação. Depois que o bem tiver sido avaliado,os legitimados poderão 
requerer a adjudicação a qualquer tempo, enquanto não tiver sido realizada a 
alienação particular ou em leilão judicial. 
 Legitimidade para a Adjudicação 
A lei atribui legitimidade para requerer a adjudicação ao próprio exequente, aos 
indicados no art. 889, incisos II a VIII e aos credores concorrentes que hajam penhorado 
o mesmo bem (Art.876 c/c Art. 889). 
Também podem requerê-la o cônjuge, o companheiro, o descendente ou o ascendente 
do executado. A intervenção de qualquer desses interessados é denominada pela 
doutrina de intervenção de terceiros atípica ou inominada. 
Se mais de um legitimado se apresentar, será feita uma licitação entre eles. Aquele que 
oferecer maior valor terá preferência, e em igualdade de condições, em caso de empate, 
terão preferência o cônjuge, o companheiro, os descendentes e os ascendentes do 
devedor, nessa ordem (Art.876, §6º). 
Se a adjudicação for requerida pelo exeqüente e o débito for maior que o valor de 
avaliação será abatido do débito, prosseguindo-se a execução pelo saldo remanescente. 
Se o valor do débito for menor do que o do bem, o exequente deverá depositar a 
diferença (Art.876, §4º). 
Se a adjudicação for deferida aos demais legitimados, cumprir-lhes-á depositar 
integralmente o preço da avaliação no qual ficarão sub-rogados os créditos que recaem 
sobre o bem, inclusive os de natureza propter rem, salvo se o for em favor de algum 
credor que tenha preferência, na forma do art. 908 do CPC, caso em que o preço servirá 
para abater o débito desse credor, e não daquele que promoveu a execução. Requerida 
a adjudicação, o executado será intimado do pedido. (Art.876, §1º). Transcorrido o 
prazo de 05 dias da última intimação e decididas eventuais questões, o juízo ordenará 
a lavratura do auto de adjudicação que será considerada perfeita e acabada após a 
assinatura do juiz, do adjudicatário, do escrivão ou chefe de secretaria e se estiver 
presente do executado, expedindo-se, conforme o caso, carta de adjudicação, com os 
elementos do §2º, do art. 877 e o mandado de imissão na posse se o bem for imóvel; ou 
ordem de entrega se bem móvel ou semovente ( Art. 877, § 1º). No caso de penhora de 
bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura do auto de adjudicação, 
oferecendo preço igual ao da avaliação, se não tiver havido licitação com preço maior, 
e igual direito será deferido à massa falida, no caso de falência ou insolvência do 
devedor hipotecário, ou aos credores em concurso, não podendo o exequente recusar 
o preço da avaliação ( Art. 877, §§ 3º e 4º). Poderá haver nova possibilidade para a 
adjudicação nos casos em que as tentativas de alienação do bem se frustrarem, 
podendo ser requerida nova avaliação (Art. 878). 
ALIENAÇÃO (ART. 879 a 903) 
Alienar é ato jurídico pelo qual se transfere posse e propriedade do bem penhorado 
ao arrematante ou ao adquirente para pagamento do crédito executado. 
A alienação se faz por iniciativa particular, ou em leilão judicial eletrônico ou 
presencial (Art. 879, I e II CPC). A alienação pode ser por iniciativa própria do 
exeqüente ou do executado (Art. 880 c/c p.u. 805) ou por intermédio de corretor , ou 
leiloeiro público credenciado (Art. 880, CPC). O juizo, ouvidos os interessados, fixará 
o prazo da alienação, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de 
pagamento, as garantias e se for o caso o valor da comissão pela corretagem (Art. 7º da 
Resolução nº 236, de 13.7.16 do CNJ c/c Art. 880, § 1º CPC).. A alienação será 
formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do exeqüente, do 
adquirente e se estiver presente, do executado, expedindo-se carta de alienação e o 
mandado de imissão na posse se se tratar de bem imóvel ou, ordem de entrega, se o 
bem for móvel (Art. 880, § 2º CPC). Podendo os Tribunais regulamentar essa matéria 
(Art. 880, § 3º CPC). Se não houver corretor ou leiloeiro público credenciado na 
localidade, a indicação será de livre escolha do exeqüente. (Art. 880, § 4º CPC). 
O leilão judicial será feito por leiloeiro público, salvo se a alienação estiver a cargo de 
corretores de bolsa de valores (Art. 881, §§ 1ª e 2º CPC). Não sendo possível o leilão 
eletrônico, será presencial. O leilão eletrônico segue a Resolução nº 236, de 13.7.16 do 
CNJ. (Art. 882, §§ 1º e 2º CPC), o leilão presencial será realizado no local designado 
pelo juizo, que nomeará o leiloeiro, o qual poderá ser indicado pelo exequente. (Art. 
882, § 3º e Art. 883, CPC). O conjuge ou companheiro pode defender a sua meação 
mediante o uso de Embargos de Terceiro, mesmo que intimado da penhora podendo 
interpor os Embargos até 05 dias depois da arrematação, mas antes da assinatura da 
respectiva carta de arrematação. 
O LEILOEIRO PÚBLICO deverá publicar o Edital, anunciando a alienação e o local 
onde será realizado o leilão; expor aos pretendentes os bens ou as amostras das 
mercadorias; receber e depositar, dentro de 01 (um) dia à ordem do juizo o produto da 
alienação, e prestar contas nos 2 (dois) dias subseqüentes ao depósito, sendo-lhe 
assegurado o direito de receber do arrematante a comissão estabelecida em lei ou 
fixada pelo juizo (Art. 884 caput, e p.u.) O juízo fixará o preço mínimo (Art. 891, p.u.), 
as condições de pagamento e as garantias que poderão ser prestadas pelo arrematante 
(Art. 885 CPC). O leilão será precedido da publicação de Edital que deverá conter a 
descrição do bem penhorado com as suas características e se imóvel sua situação e 
divisas e a indicação da matrícula, registro e averbações; valor da avaliação e preço 
mínimo de alienação e as condições de pagamento e se for o caso a comissão do 
leiloeiro; o lugar dos móveis, veículos e semoventes, e a indicação dos autos do 
processo no qual foram penhorados créditos ou direitos; indicação do local, dia e hora 
da realização do segundo leilão se não houver interessados no primeiro; menção da 
existência de ônus, recurso ou processo pendente sobre os bens a serem leiloados; 
em se tratando de títulos da dívida pública ou títulos negociados em bolsa, o edital 
deverá mencionar o valor da última cotação (Art. 886 e p.u. CPC) 
O leiloeiro fará ampla divulgação do leilão, devendo observar o prazo mínimo de 05 
dias da publicação do Edital do leilão para a sua realização. Se possível deverá se 
publicado na rede mundial de computadores ou em sítio designado pelo juízo com a 
descrição e ilustração dos bens, informando se o leilão será realizado na forma 
eletrônica ou presencial. Poderá o juízo determinar a afixação do Edital em local de 
costume e publicado em resumo pelo menos uma vez em jornal local de ampla 
circulação, podendo alterar a forma de divulgação considerando-se o valor dos bens e 
às condições da sede do juízo. Os editais de imóveis ou veículos automotores serão 
publicados pela imprensa ou por outros meios de divulgação preferencialmente na 
seção ou local reservados a esse tipo de publicidade (Art. 887, §§ 1º a 6 CPC). Não 
realizado o leilão será publicada por ordem do juizo a transferência, seguindo-se as 
formalidades gerais para o leilão ((Art. 888 CPC) se a culpa for do escrivão, chefe da 
secretaria ou leiloeiro, responderão pelas despesas da nova publicação, sem prejuizo 
de sansão administrativa (Art. 888,p.u. CPC). Pena de nulidade deverão ser 
cientificados com antecedência mínima de 05 dias as pessoas indicadas no Art. 889, 
destacando-se a União, Estado e Município quanto aos bens tombados (Art. 889, p.u.). 
Se o executado for revel, não tiver advogado nos autos, ou não tiver endereço ou não 
for encontrado, a intimação será o próprio edital.Art. 889, p.u.) 
PROIBIDOS DE LANÇAR : tutores; curadores; testamenteiros; administradores e 
liquidantes; mandatários; quanto aos bens confiados à sua guarda e responsabilidade; 
juiz, MP, Defensoria Pública, escrivão, chefe de secretaria, servidores e auxiliares da 
justiça, em relação aos bense direitos objeto de alienação na localidade onde servirem 
ou se estender sua autoridade ; os servidores públicos em geral, quanto aos bens ou 
direitos da pessoa jurídica a que servirem ou que estejam sob sua administração direta 
ou indireta; os leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens cuja alienação forem 
encarregados; e os advogados de qualquer das partes.(Art. 890); PREÇO VIL –não 
será aceito lance que ofereça preço vil, assim considerado o que for inferior a 50% do 
valor da avaliação (Art. 891, p.u.). 
O imóvel de incapaz somente poderá ser alienado pelo preço equivalente a 80% do 
valor da avaliação (Art. 896). Não sendo alienado, o imóvel será confiado à guarda de 
administrador/depositário idôneo, adiando-se a alienação pelo prazo não superior a 
01 ano (Art. 896). Se durante a suspensão se apresentar algum pretendente disposto a 
pagar o preço e prestar caução idônea, o juízo ordenará a realização do leilão (Art. 896 
§ 1º). Se o pretendente se arrepender, o juízo lhe aplicará uma multa de 20% sobre o 
valor da avaliação, valendo a decisão como título judicial em favor do incapaz (Art. 
896 § 2º). No prazo do adiamento, poderá o juízo autorizar a locação do imóvel (Art. 
896 § 3º) e findo o prazo da suspensão será marcado novo leilão (Art. 896 § 4º) 
Arrematação 
Se após prestar caução o arrematante ou o seu fiador não pagar o preço oferecido no 
prazo estabelecido, o juízo impor-lhe-á em favor do exequente, a perda da caução, 
voltando, voltando os bens a novo leilão, no qual não serão admitidos a participar o 
arrematante e seu fiador remissos. (Art. 897). Todavia, se o fiador do arrematante 
pagar o valor do lance e a multa poderá requerer que a arrematação lhe seja transferida 
(Art. 898). 
Logo que o produto da arrematação seja suficiente para pagar o credor e as despesas 
da execução, será suspensa a arrematação (Art. 899). Se for ultrapassado o horário do 
expediente forense e não houver autorização do juízo para a prorrogação dele, o leilão 
prosseguirá no dia seguinte (Art. 900). A arrematação constará de auto que poderá 
abranger mais de uma execução, nele sendo mencionadas as condições nas quais foram 
alienados os bens (Art. 901). A ordem de entrega se o bem for móvel, ou a carta de 
arrematação e/ou o mandado de imissão de posse se o bem for imóvel, serão 
expedidos, conforme o caso, depois de efetuado o depósito do valor ou prestadas as 
garantias pelo arrematante e o pagamento da comissão do leiloeiro e as despesas da 
execução (Art. 901, § 1º). O Art. 901, § 2º enumera os requisitos ou elementos que a 
carta de arrematação deve conter. Em se tratando de leilão de imóvel hipotecado, o 
executado poderá remi-lo até a assinatura do auto de arrematação, depositando o 
preço igual ao maior lance (Art. 902). Assinado o auto de arrematação pelo juiz, 
arrematante e o leiloeiro, será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que 
venham a ser julgados procedentes os embargos do devedor ou eventual ação 
autônoma, assegurada a reparação pelos prejuízos sofridos (Art. 903). Todavia, poderá 
ser invalidada, no prazo de dez dias contados da assinatura do auto em caso de preço 
vil, ou considerada ineficaz se faltar a intimação do credor pignoratício, hipotecário ou 
anticrético ou resolvida se o preço não for pago ou prestada caução (Art. 903 e §§ 1º e 
2º). Decorrido o prazo de 10 dias da assinatura e não havendo impugnação, será 
expedida a carta de arrematação, ou a ordem de entrega ou o mandado de imissão na 
posse e a invalidação somente poderá ser pleiteada por ação autônoma na qual o 
arrematante será litisconsorte necessário (Art. 903, §4 c/c Art. 114 ). O arrematante 
poderá desistir da arrematação e reaver o dinheiro, se provar nos 10 dias seguintes a 
existência de ônus real ou gravame não mencionado no edital e se antes de expedida 
a carta, ou se alegar existência de preço vil ou falta de intimação do credor titular de 
direito real ou se for citado para responder ação autônoma de nulidade, no prazo para 
responder a ação desista da arrematação. (Art. 903 § 5º). Se o autor da ação autônoma 
suscitar vicio infundado com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, esse 
ato será considerado atentatório à dignidade da justiça deverá o suscitante ser 
condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de 
multa a ser fixada pelo juízo em favor do exequente de até 20% sobre o valor do bem 
atualizado (Art. 903 § 6º). 
PAGAMENTO DA ARREMATAÇÃO: o pagamento deve ser realizado no ato, por 
depósito judicial ou por meio eletrônico., salvo decisão judicial. Sendo o credor único 
arrematante, não precisa exibir o preço se o crédito for superior ao valor do bem 
arrematado, prosseguindo a execução pela diferença. Se for menor o credito que o 
valor do bem, deve depositar a diferença em três dias, pena de ficar sem efeito a 
arrematação e realizar-se novo leilão à sua custa. Havendo mais de um pretendente, 
haverá licitação entre eles, preferindo em igualdade de oferta o cônjuge, o 
companheiro, descendente e ascendente, nessa ordem. Se o imóvel for tombado, A 
União, Estado e Município, n essa ordem, tem preferência na arrematação em 
igualdade de condições.(Art. 891, §§ 1º a 3º). 
A satisfação do crédito exequendo é feita pela entrega do dinheiro ou pela 
adjudicação dos bens penhorados (Art. 904). O Juízo autorizará que o exequente 
levante até a satisfação integral do seu crédito o dinheiro depositado ou o produto dos 
bens alienados ou o faturamento de empresa ou outros rendimentos de coisas ou 
empresas penhoradas, se a execução for de credor singular ou se não houver outros 
privilégios ou preferencias antes da penhora. Essa liberação não deve ocorrer por 
requerimento em plantão judiciário (Art. 905 e p.u.). Ao receber o mandado de 
levantamento, o exequente dará quitação ao executado nos autos, sendo certo que o 
pagamento poderá ser feito por transferência eletrônica para a conta indicada pelo 
exequente (Art. 906 e p.u.). Pago ao exequente o principal , juros, custas e honorários, 
a importância que sobrar será restituída ao executado (Art. 907). Havendo pluralidade 
de exequentes ou credores, o dinheiro lhes será distribuído e entregue segundo a 
ordem das respectivas preferencias; sendo certo que no caso de adjudicação ou 
alienação os créditos que recaem sobre o bem, inclusive os de natureza propter rem 
sub-rogam-se sobre o respectivo preço, observada a ordem de preferência, e se não 
houver título legal de preferência, o dinheiro será distribuído entre os concorrentes, 
observando-se a anterioridade da penhora (Art. 908). Os exequentes formularão as 
suas pretensões versando exclusivamente sobre o direito de preferência e a 
anterioridade da penhora, decidindo o juízo em seguida (Art. 909). 
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ART. 534 A 535 e 910 CPC E CF ART.100 
Petição inicial: 
Requisitos no art. 534 e §§CPC 
Pode haver litisconsórcio entre os exequentes § 1º; 534 
Não incide multa (§ 1º Art. 523 CPC) sobre o valor devido § 2º, 534 
A Fazenda será intimada/ citada na pessoa do seu representante judicial por carta, 
remessa ou meio eletrônico para impugnar em 30 dias a execução nos mesmos autos 
podendo alegar as matérias elencadas no Art. 535, CPC, sendo lícito alegar qualquer 
matéria de defesa que seria possível no processo de conhecimento previstas no Art. 
910, § 2º. CPC e, ainda, a nulidade do judicial, se a obrigação fundou-se em lei ou ato 
normativo considerado inconstitucional pelo STF ou declarado incompatível com a 
Constituição em controle constitucional concentrado ou difuso antes do transito em 
julgado da sentença ( §5, Art. 535). O impedimento ou suspeição deve ser feito em 
separado § 1º , 535 CPC. 
Se a Fazenda Pública alegar excesso de execução, deve indicar o valor que entende 
correto, sob pena de rejeição §2º , 535 CPC. Se não impugnada ou rejeitada

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