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Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Kai Loh – Escola Politécnica - USP TINTAS E VERNIZES Capítulo 44 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Existem desde pré-história • Função estética e protetora (mais recente) • Situação atual • Redução do impacto ambiental, gerando uma grande inovação nos produtos • Produção de tintas “amigáveis” • Menor teor de VOC (Volatile Organic Compound) ou COV • Baixo odor, redução de solventes aromáticos • Menor teor de sólidos • Substituição por emulsões – produtos de base aquosa Introdução Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Combinação das funções • Decoração • Proteção da base (durabilidade dos substratos) • Impede corrosão de metais • Reduz absorção de água de argamassas e a sua lixiviação • Reduz absorção de água de madeiras • Funções especiais • Higiene, retardar chama, anti-estática • Reduz reflexão da radiação térmica IV -conforto térmico • Sinalização - a mais importante é a viária • Segurança de trabalho • Identificação de tubulações Funções básicas dos sistemas de pintura Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Veículo • Resina, não volátil • Solvente, volátil • Aditivos • Pigmentos • Aditivos Constituintes básicos •Figura 1 - Composição genérica de tinta do mercado – Fonte: Gnecco, 2007 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Fração não volátil • Aglutinante das partículas de pigmento • Características relacionadas com a resina • Propriedades mecânicas- tração, elasticidade • Permeabilidade • Resistência ao intemperismo – radiação UV, água, poluentes • Resistência química – alcalinidade da argamassa • Aderência Resina Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Partículas finas – entre 0,1 μm e 5 μm praticamente insolúveis no meio onde estão dispersos • Orgânicos – podem ou não apresentar solubilidade • Solúveis: possuem alto poder de tingimento, são mais caros e mais tóxicos - também chamados corantes • Inorgânicos – influem no aspecto da pintura como cor, textura • Inertes ou cargas – funções: enchimento, textura, resistência à abrasão (carbonato de cálcio, talco) • Ativos - funções: • Promover cor: dióxido de titânio, • Propriedade anticorrosiva: zarcão, cromato de zinco • Reflexivos: alta reflexão na região do infravermelho – esferas de vidro Pigmentos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • É volátil, por isso chamado de veículo volátil • Não fazem parte da pintura após a sua secagem e cura • O teor é corrigido conforme a necessidade momentos antes da aplicação. Varia conforme a absorção (porosidade) e rugosidade do substrato • Tinta látex (emulsão aquosa): tem como solvente a água • Funções básicas: • Dissolver a resina – esmaltes, a óleo, epoxi • Conferir viscosidade adequada para aplicação • Influir na secagem Solvente Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Composição de diferentes naturezas químicas • Hidrocarbonetos alifáticos - aguarrás • Hidrocarbonetos aromáticos – xileno e tolueno • Glicóis: butil glicol, acetato de etilglicol • Cetonas: metil etil cetona (MEK), ciclohexanona • Álcoois: isopropílico, butílico, etílico Solventes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Substâncias adicionadas em pequenas proporções na tinta – entre 0,1% a 2% • Proporciona funções específicas • Biocidas: fungicidas, bactericidas, algicidas – ação contra microrganismos biológicos • Reológicos: estabilizar emulsões - manter os pigmentos em suspensão, facilitar a aplicação • Agentes dispersantes: tensoativos – facilitam a producão • Secantes: aceleram a secagem de tintas alquídicas • Antibolhas, antinatas Aditivos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Formulação • Proporcionamento de matérias-primas para obter propriedades desejadas • Formulação: envolve elevado número de matérias primas – aproximadamente 15 substâncias diferentes • Conhecimento da formulação permite prever algumas propriedades, mesmo assim é necessária a realização de ensaios de desempenho Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Fração volumétrica de pigmentos (PVC) • PVC: parâmetro mais utilizado para descrever o proporcionamento da composicão da tinta - termo em inglês de Pigment Volume Concentration • CPVC: região crítica onde observa-se uma elevada mudança nas propriedades da película como porosidade, flexibilidade, resistência aos agentes agressivos - termo em inglês de Critical Pigment Volume Concentration 100x VvVp VpPVC + = •Vp = volume de pigmento •Vv = volume de veículo sólido Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Efeito do PVC nas propriedades da pintura •Figura 2 - Ilustra, qualitativamente, as mudanças de propriedades conforme a variação do PVC – Fonte: Ciullo, 2003 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Fração volumétrica de pigmentos (PVC) •Quadro 1 – Aspecto do acabamento da pintura em função do PVC Tipo de acabamento PVC (%) Alto brilho 10 a 15 Semibrilho 15 a 30 Acetinado 30 a 35 Fosco 35 a 45 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Constituintes básicos •Figura 3 – Composição genérica de vários tipos de tinta – Fonte: Gnecco et al, 2007 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Fotos por MEV – aumento de 10.000xs Figura 4 – Aspecto da superfície de pintura obtida com tinta de baixo PVC , acabamento semibrilho Figura 5 – Aspecto da superfície de pintura obtida com tinta de alto PVC , acabamento fosco Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Processo de fabricação Figura 6 – Processo de fabricação das tintas (adaptado de Silva, 2005) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Tipos de sistemas de pintura • Fundo: produto destinado à primeira demão ou mais demãos sobre a superfície e funciona como uma ponte entre o substrato e a tinta de acabamento • Selador: aplicação em materiais porosos – argamassa e madeira • Primer: proteção anticorrosiva de metais e algumas vezes para madeira • Washprimer: aumentar a aderência de metais não ferrosos • Fundo preparador: promover a coesão de partículas soltas – pintura calcinada, argamassa sem coesão, gesso Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Tipos de sistemas de pintura • Massa: correção de irregularidades da superfície já selada – produto pastoso e com elevado teor de cargas • Tinta de acabamento: fornecer as propriedades necessárias para o fim a que se destina, inclusive tonalidade – parte visível do sistema de pintura Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Constituintes dos sistemas de pintura Figura 7 – Principais constituintes dos sistemas de pintura Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Principais tintas e vernizes - Classificação Substratos minerais porosos: concreto, reboco, argamassa, cerâmica, gesso • Látex (PVAc, acrílico, texturas) • Esmalte sintético (alquídica) • Tinta epóxi • Tintas base de cal (caiação), de cimento • Tinta de base de silicatos alcalinos (sódio, potássio) – Selador para materiais porosos como argamassa • Verniz – acrílico (base água e solvente), poliuretânico mono componente e bicomponente (base água e solvente), epoxi (base água e solvente) * • Silicones – silanos e siloxanos *geralmente usado em manutenção industrial Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Principais tintas e vernizes - Classificação Madeira e derivados • À óleo • Esmalte sintético (alquídica),base solvente e base água • Impregnante (stains) ), base solvente e base água • Verniz sintético, poliuretânico mono componente e com filtro solar e poliuretânico bicomponente com filtro solar PVC • À óleo • Esmalte sintético (alquídica), base solvente e base água Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Principais tintas e vernizes - Classificação Metálicos, ferrosos e não ferrosos • À óleo • Esmalte sintético (alquídica), base solvente e base água • Esmalte sintético (alquídica), base solvente e base água, dupla ação • Epóxi, base solvente e base água Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Sistemas base água Acrílicos e vinílicos • Dispersão aquosa contendo resina (emulsão), conhecidos no mercado como látex, pigmentos como o dióxido de titânio e/ou outros pigmentos coloridos, cargas e aditivos • Resina • acrílica (ácido metacrílico e o metacrilato de metila copolimerizado com acrilato de etila ou butila) • PVA (copolímeros de acetato de vinila com maleato de dibutila, fumarato de butila, versatato de butila) • Tipos de acabamentos: o semibrilho, o acetinado e o fosco • São mais permeáveis a água do que os esmaltes sintéticos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mecanismo de formação de filme a base de dispersão aquosa Sol. Látex teor de sólido 20-50 % (massa) Estágio I Estágio III Estágio II Coalescência Empacotamento e deformação das partículas Formação de filme rígido Evaporação de água Cura T> Tg Deformação de partículas T≥TMFF Sol. Látex teor de sólido 20-50 % (massa) Estágio I Estágio III Estágio II Coalescência Empacotamento e deformação das partículas Formação de filme rígido Evaporação de água Cura T> Tg Deformação de partículas T≥TMFF T: temperatura TMFF: Temperatura mínima de formação de filme Tg: Temperatura de transição vítrea Figura 8 – Estágios da formação de um filme à base de dispersão aquosa (látex) (Uemoto, 1998) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Sistemas alquídicos • São constituídos por resinas alquídicas, pigmentos orgânicos e inorgânicos ativos, cargas minerais inertes, secantes organo-metálicos (sais metálicos), aditivos e solventes como os hidrocarbonetos alifáticos • A resina mais comum é formada pelo glicerol (álcool polihídrico) com anidrido ftálico (ácido polibásico) - são provenientes de poliésteres, resultantes de reações químicas entre polialcóois e ácidos graxos ou óleos. • A combinação dos diferentes ingredientes controla a reação de polimerização, influenciando nas propriedades do produto final. • Geralmente são fornecidas com solventes, e os produtos obtidos com esses polímeros formam película pela reação com o oxigênio (oxidação) do ar durante a exposição. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Sistemas bicomponentes - Resina epóxi e poliuretana • Resinas epóxi: são produtos de reação entre epiclorohidrina e bisfenol-a e são caracterizadas pela presença do grupo glicidila ou epóxi e de outros grupos funcionais na molécula. Os “catalisadores” (componente B) mais comuns são à base de poliaminas, poliamidas e isocianato alifático • Resinas poliuretanas têm como componente A o acrílico ou poliéster e componente B isocianatos alifáticos ou aromáticos. A reação de um grupo isocianato com grupos hidroxila presentes em poliésteres, ou acrílicos polihidroxilados acrílica (ácido metacrílico e o metacrilato de metila copolimerizado com acrilato de etila ou butila) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Sistemas bicomponentes - Resina epóxi e poliuretana • Tempo de vida útil (pot life): característica de tintas bicomponentes, que significa o tempo útil para a aplicação destas resinas, após a mistura dos dois componentes (bicomponentes) • Na Figura 9 está ilustrada a forma de apresentação de produto bicomponente (epoxi). Um excesso de componente B torna a película dura e quebradiça, ao passo que um excesso de componente A torna a película mole e pegajosa (Figura 10) • Ambas resinas possuem produtos de base aquosa ou base solvente • São produtos mais impermeáveis a água e ao vapor de água do que esmalte sintético Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Tintas epoxi bicomponente Figura 9 – Componente A é a resina epóxi e componente B é o agente de cura (Fonte: Gnecco, 2007). S O L V E N T ES O L V E N T E R E S I N A R E S I N A E P O X IE P O X I P I G M E N T O S O L V E N T ES O L V E N T E A G E N T E A G E N T E D E C U R AD E C U R A C O M P O N E N T EC O M P O N E N T E A ( B a s e p i g m e n t a d a ) C O M P O N E N T EC O M P O N E N T E B “ ( c a t a l i s a d o r ) ” Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Tintas epoxi bicomponente Figura 10 – Mistura de tinta epóxi bicomponente (Fonte: Gnecco, 2007) + ++ •Mistura correta •Mistura incorreta Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Conhecidos no mercado como stain, são absorvidos pela madeira, saturando-se parcial ou totalmente as fibras superficiais. Alguns produtos contêm hidrorepelente na formulação, como parafinas e ceras. Este tipo de produto pode ser encontrado nos acabamentos transparente ou semitransparente, sem a formação de barreira de proteção. O produto no acabamento semitransparente contêm baixos teores de pigmentos inorgânicos. Impregnantes para madeira Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas - VOC • Tintas e produtos para pintura: podem conter substâncias/elementos potencialmente tóxicos que causam efeitos na saúde dos seres vivos e impactos no ambiente. • VOC • Metais pesados • Biocidas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas - VOC • VOC • Termo em inglês de Volatile Organic Compound e em português de Composto Orgânico Volátil (COV) • Composto orgânico volátil que participa de reações fotoquímicas na atmosfera (ASTM D 3960-05) • São emitidos à atmosfera pelas tintas, principalmente as de base solvente, como a tinta a óleo, o esmalte sintético e em solventes como a aguarrás e thinner • Composição: hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, hidrocarbonetos contendo halogênio, cetonas, ésteres, álcoois • Ocorrência: durante as operações de pintura e secagem da tinta Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas - VOC • Efeitos • Afetam a saúde do trabalhador, resultando em problemas de saúde ocupacional e prejuízos na sua produtividade • Problemas respiratórios, irritação e obstrução nasal, desidratação e irritação da pele, problemas na garganta e nos olhos, dor de cabeça e cansaço, levando à perda da concentração Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas - VOC • Emissão de VOCs em ambiente externo • Função da composição química dos solventes, produzindo diferentes teores de ozônio - reatividade fotoquímica • Ozônio troposférico: combinação de hidrocarbonetos (VOCs), óxidos de nitrogênio, radiação UV e calor • Ozônio: um dos principais integrantes da névoa fotoquímica urbana - conhecida popularmente por smog (BREZINSKI, 1995) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas - VOC • Emissão de VOCs em ambiente interno fechado • Ocorrência de problemas característicos de SED (Síndrome de Edifícios Doentes) • Sintomas mais comuns: irritação e obstrução nasal, desidratação e irritação da pele, problemas na garganta e nos olhos, dor de cabeça e cansaço, perda da concentração Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambientaldas tintas - VOC Produto tipo 01/01/07 01/01/10 Interior fosco Água Solvente 75 400 30 30 Interior brilhante Água Solvente 150 400 100 100 Exterior (Substrato mineral) Água Solvente 75 450 40 430 Interior/exterior (Madeira e metal) Água Solvente 150 400 300 100 Interior e exterior (Vernizes e stains) Água Solvente 150 500 100 400 Quadro 2 – Limites da regulamentação Européia, Directiva 2004/42/CE (g/L), para teor máximo de VOC, para tintas e vernizes da linha decorativa/arquitetura (DIARIO OFICIAL DE LA UNIÓN EUROPEA, 2004) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas – Metais pesados • Pigmentos nocivos à saúde: antimônio, cádmio, cromo hexavalente, chumbo e mercúrio • Presença em tintas de secagem ao ar e em fundos preparadores (primer) • Podem causar problemas de saúde ocupacional aos trabalhadores na fase de aplicação da pintura e como material de descarte e entulhos (resíduo) da construção civil. • Origens: • Aditivos secativos • Pigmentos coloridos, geralmente nas cores vermelhas, amarelas, laranjas e verdes • Pigmentos anticorrosivos em fundos preparadores Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Impacto ambiental das tintas- biocidas • Biocidas: aditivos que servem para preservar a tinta, na forma líquida ou como película de pintura • Efeitos: a ação de agentes biológicos, como as bactérias, os fungos e as algas • São susceptíveis à lixiviação por água • Os produtos de base mercurial estão sendo substituídos por produtos menos tóxicos - menor impacto ambiental Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Diretrizes para a especificação de sistemas de pintura • Execução de pintura: deve ser considerada desde a fase da definição do projeto. • Exemplo: os detalhes de projeto influem durabilidade da pintura, principalmente em fachada externa de edifícios • Fatores que determinam a escolha: • as condições do meio onde será exposta a superfície a ser pintada - grau de agressividade da atmosfera local, condições climáticas, o uso a que se destina a edificação, a natureza do substrato se alvenaria, madeira, gesso Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade da tinta • Resultado da interação entre o material e o ambiente que o cerca, incluindo aspectos de microclima • Agentes de degradação: radiação solar, fatores climáticos, agentes biológicos, agentes poluentes, etc. • Efeito sinérgico • Função • Tinta, características do substrato • condições do meio ambiente • uso Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade • Previsão de vida útil • Determinação das propriedades antes e após envelhecimento sob condições de uso simuladas • Natural: ensaio de longa duração. Exposição do material em Estações de Envelhecimento Natural - pode-se assegurar uma degradação mais próxima à do real • Acelerado: realizados em laboratório sob condições de uso simuladas em câmaras. É possível controlar a intensidade dos fatores de intemperismo, gerando resultados experimentais reprodutíveis Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade – Ensaios de intemperismo Quadro 3 – Variáveis existentes nos ensaios de intemperismo (Jacques, Master e Lewry , 1996) Primários Secundários Luz Poluentes atmosféricos Calor Tensões físicas e fadiga Umidade Agentes biológicos - Erosão - Ambiente marinho - Incompatibilidade entre materiais •Variáveis ambientais Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade – Ensaios de intemperismo Quadro 4 – Variáveis existentes nos ensaios de intemperismo (Jacques, Máster e Lewry , 1996) •Variáveis de procedimento experimental Ensaios acelerados Ensaios in situ Posição dos suportes de corpos-de-prova Ângulo dos suportes Calibração Posição dos suportes Seleção do dispositivo de ensaio Tempo de exposição Condições ambientais no laboratório Seleção do local Número de corpos-de-prova Número de corpos-de-prova Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade - degradação • Durabilidade: função do tipo de polímero, da sua formulação, microestrutura, composição química dos pigmentos, tipo de acabamento, aditivos presentes • Degradação do material polimérico – ruptura de ligações na cadeia principal e redução de massa molecular • Degradação da película – alteração de propriedades físico-químicas e mecânicas como coloração, brilho, manchas brancas ou escuras, pulverulência, fissuras, aumento de porosidade, perda da flexibilidade • Função protetora mais duradoura do que decorativa • A superfície de aplicação tem elevada influência na durabilidade da pintura Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Durabilidade - degradação • Luz: efeitos da radiação solar (λ entre 290 a 3.000nm), principalmente a ultravioleta (UV) (λ entre 280-400nm) que provoca as reações fotoquímicas. Quanto menor o λ maior é a energia absorvida e maior potencial de ruptura de ligações químicas. O material se torna quebradiço, há alteração de cor • Calor: a temperatura varia conforme a localidade, estação do ano e efeitos como chuva ou neve • Umidade: efeitos de água sob a forma líquida ou vapor como a de condensação, de chuva, do orvalho etc. É ela que fornece meios para a ocorrência da degradação como a hidrólise ou acidólise • Efeitos cíclicos: a absorção e desorção de umidade no substrato podem causar fenômenos de expansão e retração volumétrica e de concentração de tensões dentro de um material Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios • Principal função: previsão do comportamento • Critérios básicos • Proteção da superfície • Efeito estético • Ensaios: realizados em condições padronizadas para permitir reprodutibilidade • Principais tipos de ensaio • Tinta líquida: de caracterização, de aplicação do produto, de formação de filme • Película seca e curada: propriedades – resistência abrasão, a agentes químicos, porosidade, durabilidade • Substrato/sistema de pintura Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios normalizados na tinta líquida Propriedades Métodos Massa específica NBR15382-06 Teor de sólidos NBR15315-05 Teor de sólidos, resina e pigmentos ASTM C 3723- 99 Identificação da resina por IV ASTM D 3677 Poder de cobertura úmida NBR14943-03 Tempo de secagem (medida instrumental) NBR15311-05 Quadro 5 – Ensaios em tinta líquida (ABNT, 2005) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios normalizados na película seca Quadro 6 – Ensaios na película seca para avaliação de desempenho ao longo do tempo – durabilidade (ABNT, 2004) Propriedades Métodos Cor e diferença de cor NBR15077-04 Brilho NBR15299-05 Grau de empolamento NBR15381-06 Grau de craqueamento NBR14945-03 Grau de calcinação NBR15302-05 Crescimento de fungos em placas de Petri NBR14941-03 Crescimento de fungos em câmara tropical NBR15301-05 Envelhecimento acelerado (UV/condensação de água) NBR15380-06 Intemperismo natural (Exposição em estações) Proj. 02:115.29-029 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios normalizados na película seca Quadro 7 – Ensaios na película seca para avaliação de desempenho (ABNT, 2004) Propriedades Métodos Manchamento por água NBR15304-05 Poder de cobertura seca NBR14942-03 Abrasão úmida sem pasta abrasiva NBR15078-04 Abrasão com pasta abrasiva NBR14940-03 Dureza König NBR14946-03 Porosidade em película NBR14944-03 Permeabilidade ao vapor de água Proj. 02:115.29-017 (1) Tração e alongamento Proj. 02:115.29-041 (1) Resistência a produtos químicos Proj. 02:115.29-026 (1) (1) Projeto de normaLivro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Requisitos mínimos para tinta látex econômica nas cores claras – Especificação Quadro 8 – Critérios usados para a verificação da conformidade de tinta látex econômica nas cores claras – NBR 15079 (ABNT, 2004) Métodos de ensaios Requisitos mínimos NBR14942-03: Poder de cobertura de tinta seca ≥ 4,0 m2/l NBR14943-03: Poder de cobertura de tinta úmida Razão de contraste ≥ 55% NBR15078-04: Resistência à abrasão úmida sem pasta abrasiva ≥ 100 ciclos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Requisitos mínimos para tinta látex nas cores claras – Especificação (em consulta pública) Quadro 9 – Critérios usados para a verificação da conformidade de tinta látex nas cores claras – Projeto 02:115.29-051 (ABNT, 2007) Requisitos Método de ensaio Econômica Standard Fosca Premium Fosca Cobertura seca m²/L NBR 14942 4,0 5,0 6,0 Cobertura úmida % NBR 14943 55,0 85,0 90,0 Abrasão úmida s/ pasta abrasiva Ciclos NBR 15078 100 - - Abrasão úmida c/ pasta abrasiva Ciclos NBR 14940 - 40 100 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios normalizados para massa niveladora Quadro 10 – Ensaios para massas niveladoras monocomponentes à base de dispersão aquosa Propriedades Métodos Absorção de água NBR15303-05 Resistência à abrasão NBR15312-05 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Requisitos mínimos para massas niveladoras interior e exterior – Especificação Quadro 11 – Critérios usados para a verificação da conformidade de massas niveladoras – NBR 15348-06 (ABNT, 2006) Métodos de ensaios Interior Interior/Exterior NBR15312-05: Resistência à abrasão massa desbastada após (48 ± 1) h de secagem: ≥ 10g massa desbastada após (48 ± 1) h de secagem: ≥ 10g NBR15303-05: Absorção de água massa desbastada após (24 ± 1) h de secagem: ≥ 5g massa desbastada após (24 ± 1) h de secagem: ≥ 5g TINTAS E VERNIZES Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Formulação Fração volumétrica de pigmentos (PVC) Slide Number 12 Fração volumétrica de pigmentos (PVC) Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Tipos de sistemas de pintura Tipos de sistemas de pintura Slide Number 19 Principais tintas e vernizes - Classificação Principais tintas e vernizes - Classificação Principais tintas e vernizes - Classificação Sistemas base água Mecanismo de formação de filme a base de dispersão aquosa Sistemas alquídicos Sistemas bicomponentes - Resina epóxi e poliuretana Sistemas bicomponentes - Resina epóxi e poliuretana Tintas epoxi bicomponente Tintas epoxi bicomponente Impregnantes para madeira Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas - VOC Impacto ambiental das tintas – Metais pesados Impacto ambiental das tintas- biocidas Diretrizes para a especificação de sistemas de pintura Durabilidade da tinta Durabilidade Durabilidade – Ensaios de intemperismo Durabilidade – Ensaios de intemperismo Durabilidade - degradação Durabilidade - degradação Ensaios Ensaios normalizados na tinta líquida Ensaios normalizados na película seca Ensaios normalizados na película seca Requisitos mínimos para tinta látex econômica nas cores claras – Especificação Requisitos mínimos para tinta látex nas cores claras – Especificação (em consulta pública) Ensaios normalizados para massa niveladora Requisitos mínimos para massas niveladoras interior e exterior – Especificação
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