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APOSTILA TEORICA COMENTADA PM MG pdf · versão 1

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Sumário 
Língua Portuguesa ........................................................................................................... 6 
Seleção vocabular. ...................................................................................................... 6 
Estudo e interpretação de textos de conteúdo literário ou 
informativo ........................................................................................................................ 7 
Linguagem: como instrumento de ação ... ........................................................ 7 
Funções da linguagem na comunicação ........................................................... 9 
Ortografia e acentuação gráfica, conforme o novo acordo 
ortográfico. ................................................................................................................... 11 
Notações léxicas: divisão silábica, emprego do til e do hífen. ......... 23 
Pontuação. ...................................................................................................................... 27 
Concordância verbal e nominal ......................................................................... 33 
Emprego dos pronomes ............................................................................................ 37 
Uso das locuções prepositivas ............................................................................ 42 
Crase ................................................................................................................................... 43 
Uso das conjunções ................................................................................................... 49 
Emprego dos advérbios ............................................................................................ 50 
Figuras de linguagem ................................................................................................ 51 
NOÇÕES DIRETO PENAL ............................................................................................... 55 
1. Princípios constitucionais do direito penal. .......................................... 55 
2. A lei penal no tempo. ............................................................................................. 56 
3. Interpretação da lei penal ............................................................................... 59 
4. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal .............................. 60 
5. Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. ............................... 61 
6. Excludentes de ilicitude e de culpabilidade e imputabilidade 
penal.................................................................................................................................... 62 
7. Do concurso de pessoas ..................................................................................... 68 
8. Das penas ..................................................................................................................... 68 
9. Dos crimes contra a pessoa ............................................................................. 82 
10. Dos crimes contra o patrimônio ................................................................. 97 
11. Dos crimes contra a administração pública ..................................... 107 
Noções de Direito Constitucional....................................................................... 121 
1. Dos princípios fundamentais ......................................................................... 121 
2. Dos direitos e garantias fundamentais ................................................... 122 
3. Da organização do estado .............................................................................. 137 
4. Da organização dos poderes ......................................................................... 148 
5. Da defesa do estado e das instituições democráticas ................... 189 
 
 
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4 
6. Da administração pública ................................................................................ 194 
Noções de Direito Penal Militar........................................................................... 203 
1. Aplicação da lei penal militar ...................................................................... 203 
2. Do crime ...................................................................................................................... 210 
3. Do concurso de agentes................................................................................... 215 
4. Das penas principais ........................................................................................... 216 
5. Das penas acessórias ......................................................................................... 218 
6. Da ação penal ......................................................................................................... 220 
7. Da extinção da punibilidade ........................................................................... 221 
8. Dos crimes militares em tempo ...................................................................... 224 
9. Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar ................... 228 
10. Dos crimes contra o serviço militar e o dever militar ................ 235 
11. Dos crimes contra a administração militar ....................................... 241 
DIREITO HUMANOS ........................................................................................................ 250 
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela 
ONU, em 10 de dezembro de 1948. ..................................................................... 250 
2. Constituição da República Federativa do Brasil: Art.1º, 3º ao 
17, 197 ao 232. ............................................................................................................. 254 
3. Lei nº 9.459, de 10 de março de 1997, define os crimes de 
preconceito de raça e de cor. ............................................................................ 271 
4. Lei nº 9.455, de 07 de abril de 1997, define os crimes de tortura 
e dá outras providências. ..................................................................................... 272 
5. Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, estabelece normas para a 
organização e a manutenção de programas especiais de proteção 
a vítimas e a testemunhas ameaçadas: Art. 1º ao 15º. .......................... 274 
6. Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Estatuto do Idoso, Art. 
1º ao 10, 15 ao 25, 33 ao 42 e 95 ao 118........................................................ 279 
7. 8. Lei Estadual nº 14.170 e Decreto nº 43.683, de 10 de 
dezembro de 2003, regulamenta a Lei Estadual nº 14.170de15/01/2002. ........................................................................................................... 290 
8. Convenção americana sobre direitos humanos ................................. 293 
9. Estatuto Igualdade Racial LEI Nº 12.288 .............................................. 314 
10. Feminicídio LEI Nº 13.104, DE 9 DE MARÇO DE 2015. ................... 320 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ............................................................................... 322 
1. Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03). ................................. 322 
2. Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei nº 
7.716/89). ....................................................................................................................... 332 
3. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90). ........... 334 
4. Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95 e 10.259/2001). 383 
 
 
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5 
5. Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei nº 
11.343/06). .................................................................................................................... 396 
6. Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas 
Gerais – Lei Estadual 14.310/2002. .............................................................. 409 
7. Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de 1965. ................................................ 426 
8.Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, dispõe sobre os crimes 
hediondos. ...................................................................................................................... 432 
9. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, cria mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher: Art. 1º ao 
7º, 10 ao 12, 22 ao 24 e 34 ao 45. ....................................................................... 435 
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA.......................................................................................... 441 
1. Visão Conceitual Básica................................................................................... 441 
2. Variáveis Aleatórias .......................................................................................... 442 
3. Normas de Apresentação Tabular (3.01. Modelo de uma Tabela; 
3.02. Séries/Tabelas Estatísticas; 3.03. Tipos de Séries 
Estatísticas; 3.04. Estudo elementar de uma série temporal; 3.05. 
As variações percentuais). .................................................................................. 443 
4. Medidas de Tendência Central ..................................................................... 447 
5. Análise e Interpretação Matemática de Gráficos Estatísticos
 ............................................................................................................................................... 449 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
Língua Portuguesa 
 
 Seleção vocabular. 
Pelo estudo da seleção vocabular e da sintaxe, objetivamos descrever as mudanças que podem 
ocorrer na produção textual escrita, a partir do vocabulário e do uso deste pelo emissor, nos 
processos de comunicação dos quais faz parte. 
Ao produzir seu texto, seja ele falado ou escrito, o emissor estará, mesmo sem ter consciência 
disto, envolvendo, além da seleção vocabular e da sintaxe, outros campos de pesquisa nesta 
produção. Referimo-nos à semântica e à estilística. 
Dessa forma, tentaremos desvendar a rede de relações que existe desde o momento em que o 
emissor pretende construir sua mensagem, passando pela influência que a oralidade pode 
exercer sobre ela e pela sua escritura propriamente dita, até sua consequente interpretação por 
determinado interlocutor. 
Para o falante, a sua língua materna é um instrumento de suma importância tanto para a sua 
prática comunicativa quanto para sua afirmação enquanto sujeito que exerce determinado papel 
na sociedade. 
O que existe por trás do ato comunicativo, da fala em si, não está explícito para o emissor. Porém, 
mesmo que o falante desconheça ou (re)conheça este fato, isto não fará com que sua mensagem 
seja menos eficiente, pois os sentidos das palavras que emprega não se acham dissociados do 
próprio pensamento 
A necessidade inegável de que o homem sente em se comunicar com o outro resulta em 
escolhas: a quem falar, o que falar, como falar. O discurso produzido a partir dessas escolhas 
será somente seu, visto que refletirá seus fracassos e conquistas, sua história, seu “eu”. 
Fazendo parte de uma sociedade, na qual estará em contato constante com outros, o indivíduo 
necessitará não apenas da linguagem oral para se comunicar. Dentre outras linguagens, a escrita 
será mais um instrumento à disposição dele para demonstrar sua competência linguística. 
Acontece que esta competência é constantemente colocada à prova, como se o usuário da língua 
nunca tivesse tido contato com ela. Referimo-nos especificamente ao ensino da língua. Ao tentar 
transportar os conhecimentos linguísticos que já possui e que emprega eficientemente, da 
linguagem oral para a linguagem escrita, revela-se muitas vezes um fracassado. É difícil entender 
por que precisamos expressarmo-nos diferentemente na escrita. Por que existem tantas regras 
que já não traduzem a realidade do usuário da língua? Por que a cada esquina de uma página 
há tantas exceções, contradições? 
Há extrema urgência em se rever o ensino da língua nas escolas, principalmente de ensino 
fundamental, para que estas questões possam ser esclarecidas. E, antes de tudo, a reformulação 
precisa estar presente também nos cursos de formação de professores, para que esta nova visão 
ganhe o devido espaço. 
De outro modo, não vemos como o falante deixará de sentir-se perplexo diante de um “Dê-me 
um cigarro” no lugar de um “Me dá um cigarro”. 
O estudo da seleção vocabular e da sintaxe na produção dos sentidos durante a textualização 
justifica-se tendo em vista que 
· é através da seleção vocabular que o emissor revela a sua intencionalidade ao produzir 
determinado texto; 
 
 
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7 
· o contexto situacional do ato comunicativo determinará, em parte, a escolha vocabular do 
sujeito escritor; 
· a organização das palavras selecionadas levará à interpretação desejada pelo emissor; 
· se faz necessário evitar as interferências negativas no processo de produção textual escrita, 
uma vez que, por serem negativas, prejudicam o bom entendimento da mensagem. 
 
Estudo e interpretação de textos de conteúdo 
literário ou informativo 
 
Compreensão e interpretação de texto são coisas distintas, enquanto aquela é apenas 
a apreensão das informações contidas no texto, esta é a análise que cada leitor – com sua 
experiência – faz a respeito das informações contidas no texto. Interpretar é, então, utilizar a 
experiência do leitor para entender as mensagens deixadas no texto pelo autor, inferir, chegar a 
uma conclusão do que se lê nas entrelinhas do texto. As bancas não exigem de você esta 
diferença, então relaxe. Há informações que nos permite entender de que se trata a questão a 
ser examinada, se ela trabalha a interpretação ou a compreensão. Eis alguns casos: 
Compreensão: 
Ex.: Segundo o autor... / O autor diz que... / O texto informa que... 
Interpretação: 
Ex.: Conclui-se do texto... / O texto permite deduzir... / A intenção do autor é... 
Entendemos também que podemos analisar o texto sob dois pontos: o subentendido e o 
pressuposto. Quando se fala em subentendido, atribui-se a ideia do que está contido nas 
entrelinhas do texto. Agora, já o pressuposto,nos mostra as ideias explícitas que acontecem no 
texto. 
Fonte: Monster concursos 
 
Linguagem: como instrumento de ação ... 
 
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a 
oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos 
assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio 
social. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são 
basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade. 
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas 
gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que 
falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre 
as demais. Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das 
conversas informais que temos com amigos, familiares e etc. 
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades 
linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, 
regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se: 
 
Variações históricas: 
 
 
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8 
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do 
tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em 
consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se 
à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos. 
Analisemos, pois, o fragmento exposto: 
Antigamente 
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito 
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo 
sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses 
debaixo do balaio." 
Carlos Drummond de Andrade 
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado. 
Variações regionais: 
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes 
regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras 
nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os 
sotaques, ligados às características orais da linguagem. 
 
Variações sociais ou culturais: 
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau 
de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o 
linguajar caipira. 
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, 
cantores de rap, tatuadores, entre outros. 
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. 
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de 
informática, dentre outros. 
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto: 
Vício na fala 
Para dizerem milho dizem mio, 
Para melhor dizem mió, 
Para pior pió, 
Para telha dizem teia, 
Para telhado dizem teiado, 
E vão fazendo telhados. 
Oswald de Andrade 
 
CHOPIS CENTIS 
Eu “di” um beijo nela 
E chamei pra passear. 
A gente fomos no shopping 
Pra “mode” a gente lanchar. 
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. 
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim. 
Quanta gente, 
Quanta alegria, 
A minha felicidade é um crediário nas 
Casas Bahia. 
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho. 
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”, 
Quando eu estou no trabalho, 
Não vejo a hora de descer dos andaime. 
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger 
E também o Van Damme. 
 
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.) 
 
 
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9 
Por Vânia Duarte 
Graduada em Letras 
 
Funções da linguagem na comunicação 
 
Pois bem, as funções da linguagem estão aí para nos explicar as minúcias de cada tipo 
de discurso e conhecê-las aprimora a comunicação, bem como o entendimento da finalidade de 
um texto. Mas você sabe quais são as funções da linguagem e para que servem? Bom, são seis 
as funções da linguagem, sendo que cada uma delas cumpre um objetivo bem específico em 
diferentes contextos comunicacionais. Vejamos: 
 
 
1) Função Referencial ou Denotativa 
Palavra-chave: emissor 
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados 
concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do 
discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, 
ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo: 
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um 
morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial). 
 
2) Função Expressiva ou Emotiva 
Palavra-chave: emissor 
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos 
indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de 
pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos: 
a) Ah, que coisa boa! 
b) Tenho um pouco de medo... 
c) Nós te amamos! 
 
3) Função Apelativa ou Conativa 
Palavra-chave: receptor 
 
 
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10 
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo 
de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, 
ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, 
sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos: 
a) Você já tomou banho? 
b) Mãe, vem cá! 
c) Não perca esta promoção! 
4) Função Poética 
Palavra-chave: mensagem 
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais 
em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas 
habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou 
provocar um efeito humorístico. 
Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem 
da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor 
metafórico e na publicidade. Exemplos: 
a) “... a lua era um desparrame de prata”. 
(Jorge Amado) 
 
 b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. 
(Texto publicitário) 
 
c) Se eu não vejo 
a mulher 
que eu mais desejo 
nada que eu veja 
vale o que 
eu não vejo 
(Daniel Borges) 
 
5) Função Fática 
Palavra-chave: canal 
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em 
situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato 
entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. 
 
 
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11 
Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em 
expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem 
dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. 
Exemplo: 
Alô? Está me ouvindo? 
6) Função Metalinguística 
Palavra-chave: código 
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código 
usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que 
comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos demetalinguagem. Exemplo: 
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. 
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.) 
Observação: em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante 
é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo. 
 Ortografia e acentuação gráfica, conforme o novo 
acordo ortográfico. 
 
Ortografia (do grego orthographia, escrita correta) é a parte da Gramática que trata do 
emprego correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. 
Em português utilizam-se, na expressão escrita, letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação. 
O sistema ortográfico atualmente em vigor é o de 1990, decorrente do Acordo Ortográfico 
da Língua Portuguesa assinado em Lisboa, em 16 de dezembro daquele ano, pelos 
representantes dos sete países lusófonos e aprovado pelo Congresso Nacional em 1994. 
O objetivo principal desse novo Acordo Ortográfico não foi, como era de se esperar, a 
simplificação, mas a unificação ortográfica da língua portuguesa falada na comunidade lusófona. 
Razões de ordem fonética, ou seja, a diversidade de pronúncia entre portugueses e brasileiros, 
não permitiram alcançar uma padronização ortográfica perfeita; mesmo assim, o novo Acordo 
representa uma louvável iniciativa na busca da tão almejada unidade ortográfica de um dos 
idiomas mais falados no mundo. 
Para nós, brasileiros, as alterações ortográficas introduzidas na língua pelo novo sistema são, 
lamentavelmente, superficiais, visto que se restringem ao uso dos sinais diacríticos (acentos 
gráficos, trema, hífen, apóstrofo). São mais sensíveis para os portugueses e os lusofalantes 
africanos, que passarão a grafar sem as consoantes mudas e e p palavras como actor, clirector, 
lectivo, óptimo, etc. 
 
ALFABETO PORTUGUÊS 
 
O alfabeto da Língua Portuguesa compõe-se ele 26 letras: 
a, b, e, d, e, f, g, h, i, j, k, 1, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z 
Ora sozinhos, ora combinados com outras letras ou auxiliados por certos sinais gráficos (acentos, 
til, cedilha, etc.), estes signos representam os mais de trinta fonemas de nossa fala. 
Quanto à forma, as letras podem ser maiúsculas ou minúsculas, de imprensa (ou de fôrma) 
ou manuscritas. 
 
 
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12 
Como vimos nas páginas anteriores, nosso sistema ortográfico não é totalmente fonético, pois 
nem sempre a grafia corresponde à pronúncia das palavras. Tem deficiências e imperfeições, 
responsáveis pela maioria das dificuldades com que nos defrontamos no emprego de certas 
letras, sobretudo as que representam fonemas consonânticos alveolares e palatais fricativos: g 
ou j? s ou z? ch ou x?, etc. 
 
EMPREGO DAS LETRAS K, W e Y · 
 
Usam-se apenas: 
• em abreviaturas e como símbolos de termos científicos de uso internacional: 
km (quilômetro), kg (quilograma), K (potássio), w (watt), W (oeste), Y {ítrio), yd (jarda), etc. 
 
• na transcrição de palavras estrangeiras não aportuguesadas: 
kart, kibutz, smoking, show, watt, playground, playbo}'t hobby, etc. 
 
• em nomes próprios estrangeiros não aportuguesados e seus derivados: 
Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Kennedy, Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, 
Washington, Kremlin, Byron, Walt Disney, kantismo, byroniano, shakespeariano, kartista, 
parkinsonismo, parkinsoniano, Disneylândia, etc. 
 
Observações: 
 
✓ Em palavras estrangeiras aportuguesadas, bem como nos demais casos não previstos 
acima, o k foi substituído por e ou qu, conforme o caso, o w por vou u, conforme o valor 
fonético, e o y por i: uísque, Iorque, Bálcãs, bloco, sanduíche, vermute, Vá/ter, Osvaldo, 
jóquei, iate, ianque, Niterói, Rui, guarani, heureca, viquingue (menos usado que viking), 
etc. 
 
✓ Na transcrição de etnônimos brasílicos, os etnólogos utilizam essas letras exóticas: 
Kamayurá, Kayabi, Kaingang, Waiká, Suyá, etc. É preferível, porém, grafar-se camaiurá, 
caiabi, caingangue, uaicá, suiá, etc., como fazem os dicionaristas modernos. 
 
EMPREGO DA LETRA H 
 
 
Esta letra, em início ou fim ele palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como 
símbolo, por força da etimologia e ela tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta 
palavra vem do latim hodie. 
 
Emprega-se o H: 
 
a) inicial, quando etimológico: 
hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, hilaridade, homologar, Horácio, haxixe, hortênsia, 
hulha, etc. 
 
b) medial, como integrante dos dígrafos eh, Ih, nh: 
chave, beliche, broche, cachimbo, capucho, chimarrão, cochilar, fachada, flecha, machucar, 
mochila, telha, companhia, etc. 
 
c) final e inicial em certas interjeições: 
ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 
 
d) em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico: 
sobre-humano, anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
 
e) no substantivo próprio Bahia {estado do Brasil), por secular tradição. 
 
Observações: 
✓ Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, baianada, baianismo, baianidade, 
laranja-da-bafa e o antropônimo Baía Uosé Baía). 
 
 
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13 
✓ A bem da simplificação ortográfica, o h deveria ser eliminado nos casos a e d acima. 
 
Não se usa H: 
 
a) no início ou no fim de certos vocábulos, no passado escritos com essa letra, embora sem 
fundamento etimológico. Exemplos: 
ontem, úmido, ume, iate, ombro, rajá, Jeová, lná, etc. 
 
b) no início de alguns vocábulos em que oh, embora etimológico, foi eliminado por se tratar 
de palavras que entraram na língua por via populaG como é o caso de erva, inverno e 
Espanha, respectivamente do latim herba, hibernus e Hispania. 
 
Observação: 
✓ " Os derivados eruditos de erva, Espanha e inverno, entretanto, grafam-se com h: 
herbívoro, herbicida, herbáceo, 
hispânico, hispano, hibernal, h;bernar, hibernação. 
 
c) em palavras derivadas e em compostos sem hífen: 
reaver (re + haver), reabilitaG inábil, desonesto, desonra, desumano, exaurir, lobisomem, 
turboélice, etc. 
 
EMPREGO DO E, I, O E U 
 
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e li!, /oi e /ui nem sempre é nítida. 
É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, 
intitula" mágoa,, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. 
 
• Escrevem-se com a letra e: 
a) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -uar: 
continue, continues, habitue, habitues, pontu e, pontues, etc. 
b) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -oar: 
abençoe, abençoes, magoe, magoes, perdoe, perdoes, etc. 
 
c) as palavras formadas com o prefixo ante- (antes,. anterior): 
antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc. 
 
 
 
• Emprega-se a letra i: 
a) na sílaba final de formas dos verbos terminados em -uir: 
diminui , diminuis, influi, influis, possui, possuis,, etc. 
 
b) em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): 
antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc. 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DAS LETRAS G E J 
Para representar o fonema !j! existem duas letras: g e j. Grafa-se este ou aquele signo 
não de modo arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: 
gesso (do grego gypsos) - jeito (do latim jactu) - jipe (do inglês jeep) 
 
• Escrevem-se com g: 
a) os substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem: 
garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem, etc. 
Exceção: pajem. 
 
b) as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ágio, -úgio: 
contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio, etc. 
 
c) as palavras derivadas de outras que se grafamcom g: 
massagista (de massagem)- vertiginoso (de vertigem) - ferruginoso (de ferrugem) – 
engessar (de gesso) - faringite (de faringe) - selvageria (de selvagem), etc. 
 
 
• Escrevem-se com j: 
a) palavras derivadas de outras terminadas em -ja: 
laranja: laranjeira, laranjinha 
loja: lojinha, lojeca, lojista 
granja: granjeiro, granjense, granjear (e suas flexões) 
gorja: (garganta): gorjeta, gorjeio, gorjear (e flexões) 
lisonja: lisonjeiro, lisonjeador, lisonjear (e flexões) 
sarja: sarjeta, sarjar (e flexões) 
cereja: cerejeira 
 
 
 
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b) todas as formas da conjugação dos verbos terminados em -jar ou -jear: 
arranjar: arranje, arranjemos, arranjem, arranjei, etc. 
viajar: viajei, viaje, viajemos, viajem (viagem é substantivo) 
despejar: despejei, despeje, despejem, despejemos, etc. 
gorjear: gorjeia, gorjeiam, gorjeavam, gorjeie, gorjeando, etc. 
 
 
c) vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: 
laje: lajedo, Lajes, lajiano, lajense 
nojo: nojeira, nojento 
jeito: jeitoso, ajeitar, desajeitado, enjeitar, conjetura, conjeturar, dejetar, dejeção, 
dejeto(s), ejetar, ejeção, ejetor, injetar, injeção, interjeição, objetar, objeção, objeto, 
objetivo, projetar, projeção, projeto, projétil, rejeitar, rejeição, sujeitar, sujeição, sujeito, 
subjetivo, trajeto, trajetória, trejeitar, trejeito 
 
 
d) palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: 
canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jia, jiboia, jiló, jirau, Moji, mojiano, pajé, 
pajeú, tijipió, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DOS COM VALOR DE Z 
Escrevem-se com s com som de z: 
• adjetivos com os sufixos -aso, -asa: 
gostoso, gostosa - gracioso, graciosa - teimoso, teimosa, etc. 
 
 
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• adjetivos pátrios com os sufixos -ês, -esa: 
português, portuguesa - inglês, inglesa - milanês, milanesa, etc. 
 
• substantivos e adjetivos terminados em -ês, feminino -esa: 
burguês, burguesa, burgueses - camponês, camponesa, camponeses - freguês, freguesa, 
fregueses - marquês, marquesa, marqueses, etc. 
 
• substantivos com os sufixos gregos -ese, -isa, -ase: 
catequese, diocese, diurese- pitonisa, poetisa, sacerdotisa- glicose, metamorfose, virose, 
etc. 
 
• verbos derivados de palavras cujo radical termina em -s: 
analisar (de análise) - apresar (de presa) - atrasar (de atrás) - abrasar (de brasa) - extasiar 
(de êxtase) - enviesar (de viés)- afrancesar (de francês) - extravasar (de vaso) - alisar (de 
liso), etc. 
• formas cios verbos pôr e querer e de seus derivados: 
pus, pôs, pusemos, puseram, puser, compôs, compusesse, impuser, etc. 
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos, etc. 
 
• os seguintes nomes próprios de pessoas: 
Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, 
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês, etc. 
 
 
 
 
 
EMPREGO DA LETRA Z 
Grafam-se com z: 
• os derivados em -za/1 -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: 
cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc. 
 
• os derivados de palavras cujo radical termina em -z: 
cruzeiro (de cruz}, enraizar (de raiz}, esvaziar, vazar, vazão (de vazio), etc. 
 
• os verbos formados com o sufixo -izar e palavras cognatas: 
fertilizar, fertilizante; civilizar, civilização, etc. 
 
 
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• substantivos abstratos em -eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou 
moral: 
pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc. 
 
 
 
S OU Z? 
 
• Sufixos -ês e -ez: 
a) O sufixo -ês (latim -ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de 
substantivos 
concretos: 
montês (de monte) -- montanhês (de montanha) 
cortês (de corte) -- francês (de França) 
burguês (de burgo) -- chinês (de China) 
 
b) O sufixo -ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: 
aridez (de árido), cupidez (de cúpido), avidez (de ávido), acidez (de ácido), estupidez (de 
estúpido), palidez (de pálido), rapidez (de rápido), mudez (de mudo), lucidez (de lúcido) 
 
• Sufixos -esa e -eza: 
Escreve-se -esa (com s): 
a) nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em -ender: 
defesa (defender), presa (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa 
(empreender), surpresa (surpreender). 
 
b) nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: 
baronesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa. 
 
c) nas formas femininas dos adjetivos terminados em -ês: 
burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de camponês), milanesa (de 
milanês), holandesa (de holandês), etc. 
 
d) nas seguintes palavras femininas: 
framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa. 
 
Escreve-se -eza: 
Usa-se -eza (com z) nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e 
denotando 
qualidades, estado, condição. Exemplos: 
beleza (de belot franqueza (de franco), pobreza (de pobret leveza {de leve). 
 
Observação: 
 
 
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20 
✓ Inclua-se o topônimo Veneza, cidade da Itália. 
 
• Verbos terminados em -isar e -izar: 
Escreve-se -isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em -s. Se o 
radical não terminar em -s, grafa-se -izar {com z): 
avisar (aviso + -ar), anarquizar (anarquia + -izar), analisar (análise+ -ar), civilizar (civil + -
izar), alisar (a+ liso+ -ar), canalizar (canal + -izar), bisar (bis + -ar) amenizar (ameno + -izar) 
catalisar (catálise+ -ar), colonizar (colono + -izar), improvisar (improviso+ -ar) vulgarizar 
(vulgar+ -izar), paralisar (paralisia+ -ar), motorizar (motor+ -izar), pesquisar (pesquisa + -ar) 
escravizar (escravo + -izar), pisar, repisar (piso + -ar), cicatrizar (cicatriz + -ar) 
frisar (friso + -ar), deslizar (deslize+ -ar), grisar (gris + -ar) matizar (matiz + -ar) 
 
Observações: 
✓ As letras sou z aparecerão, é claro, em todas as formas da conjugação desses 
verbos. 
✓ Nos verbos derivados de nomes cujo radical termina em sou z, o sufixo é-ar; se o 
radical termina por outra 
consoante, o sufixo é -izar. 
✓ Dos verbos em -izar, uns, como oficializar, monopolizar, sintonizar, etc., foram 
formados em nossa língua; outros, como batizar, catequizar, dramatizar, 
traumatizar, etc., derivam do grego e entraram no vernáculo já formados. No 
grego, escrevem-se como dzeta, letra que corresponde ao nosso z. 
 
 
EMPREGO DO X 
 
• Esta letra representa os seguintes fonemas: 
/eh/: xarope, enxofre, vexame, etc. 
/cs/: sexo, látex, léxico, tóxico, etc. 
/z/: exame, exílio, êxodo, etc. 
/ss/: auxílio, máximo, próximo, etc. 
/s/: sexto, texto, expectativa, extensão, etc. 
 
• Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-: 
exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. 
 
Observação: 
✓ Nas palavras do segundo item, o x é parte do prefixo latino ex-, mas deveria ser 
abolido, simplesmente por ser desnecessário. Bastaria a variante e- (em vez de ex 
), tal como ocorre em efusão, emigrar, evasão, emanar, etc. 
 
• Grafam-se com x e não com s: 
expectativa, experiente, expiar (remir, pagart expirar (morrer), expoente, êxtase, 
extasiado, extrair, fênix, têxtil, texto, etc. 
 
• Escreve-se x e não eh: 
a) em geral, depois de ditongo: 
caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinot seixo, etc. 
Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. 
 
 
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b) geralmente, depois da sílaba inicial en-: 
enxada, enxame, enxamear, enxaguar, enxaqueca, enxárcia, enxerga, enxergar, enxerido, 
enxerto, enxertar, enxó, enxofre, enxotar, enxovaC enxovalhar, enxovia, enxugar, 
enxúndia, enxurrada, enxuto, etc. 
 
Excepcionalmente, grafam-se com eh: encharcar (de charco), encher e seus derivados 
(enchente, enchimento, preencher, etc.), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda 
vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por eh. 
 
c) em vocábulos de origem indígena ou africana: 
abacaxi, xavante, caxambu (dança negra), caxinguelê, mixira, orixá, xará, maxixe, etc. 
 
d) nas seguintes palavras: 
anexim, bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, 
puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. 
 
Escrevem-se com eh, entre outros, os seguintes vocábulos: 
bucha, charque, charrua, chávena, chimarrão, chuchu, cochilo, cochilar, fachada, ficha, 
flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. 
 
• Homônimos 
bucho = estômago 
buxo= espécie de arbusto 
cocho= recipiente de madeira 
coxo = capenga, manco 
tacha= mancha, defeito; pequeno prego de cabeça larga e chata; caldeira 
taxa= imposto, preço de um serviço público, conta, tarifa 
chá= planta da família das Teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas 
xá= título do soberano da Pérsia (atual Irã) 
cheque = ordem de pagamento 
xeque= no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária 
 
CONSOANTES DOBRADAS 
• Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes c, r, s. 
 
• Escreve-se cc ou cç quando as duas consoantes soam distintamente: 
convicção, occipital, cacção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc. 
 
• Duplicam-se ore os em dois casos: 
a) quando, intervocálicos, representam os fonemas /ri forte e /si sibilante, respectivamente: 
carro, ferro, pêssego, missão, etc. 
 
b) quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do 
hífen, palavra começada por r ou s: 
arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassot minissaia, etc. 
 
Observação: 
 
 
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22 
✓ Em palavras estrangeiras e derivadas conservam-se as consoantes dobradas: 
Garrett, garrettiano, Hoffmann, hoffmânnico, etc. 
 
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS 
• Escrevem-se com letra inicial maiúscula: 
a) a primeira palavra de período ou citação: 
Nossa língua é falada em todos os continentes. 
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua". 
 
Observação: 
✓ No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. 
b) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, 
mitológicos, astronômicos, nomes de regiões): 
José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Jesus Cristo, Maria Santíssima, Tupã, 
Minerva, Via Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, Região Sul, Baixada Fluminense, Triângulo 
Mineiro, etc. 
 
Observação: 
✓ Grafa-se com inicial minúscula: o deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. 
 
c) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: 
Idade Média, Renascença, Centenário da Independência cio Brasil, a Páscoa, o Natal, 
o Dia das Mães, Plano Real, Semana Santa, etc. 
 
d) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. 
 
e) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, 
República, Império, etc. 
 
f) nomes de estabelecimentos, agremiações, corporações, órgãos públicos, etc.: Academia 
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, Secretaria de 
Saúde, Guarda Municipal, Ministério da Fazenda, etc. 
 
g) títulos de jornais e revistas: O Globo, Jornal do Brasil, Veja, etc. 
 
h) expressões ele tratamento: 
Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc. 
 
i) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: 
Os povos do Oriente, o falar do Norte. 
Mas: Corri o país de norte a sul. O sol nasce a leste. 
 
j) nomes comuns, quando personificados ou individualizados: 
o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. 
 
Observação: 
✓ No interior dos títulos, as palavras átonas, como o, a, com, de, em, sem, um, etc., 
grafam-se com inicial minúscula. 
 
 
 
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23 
• Escrevem-se com letra inicial minúscula: 
a) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios 
tornados comuns: 
maio, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, pau-brasil, etc. 
 
b) nomes a que se referem os itens d e e da página anterior, quando empregados em 
sentido geral: 
São Pedro foi o primeiro papa. 
Candidatou-se a presidente da República. 
Todos amam sua pátria. 
As igrejas evangélicas. 
c) palavras, depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (MANUEL 
BANDEIRA) 
"A sobremesa era no pomar: chupar laranjas debaixo das árvores." (ELSIE LESSA) 
O filósofo grego disse: 1'Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." 
 
• Casos opcionais 
Grafam-se, opcionalmente, com letra inicial maiúscula ou minúscula: 
a) nomes designativos de logradouros públicos, edifícios, templos: Rua (ou rua) São José, 
Praça (ou praça) da Paz, Edifício (ou edifício) Jabuti, Igreja (ou igreja) do Bonfim, etc. 
 
b) nomes designativos de santos, de profissionais: Santo Antônio ou santo Antônio, Doutor 
Paulo ou doutor Paulo, Professor Renato ou professor Renato, etc. 
 
c) nomes de disciplinas: Matemática ou matemática, etc. 
 
d) nomes comuns antepostos a nomes próprios de acidentes geográficos: Baía (ou baía) de 
Guanabara. Lagoa (ou lagoa) de Araruama, Rio (ou rio) Amazonas, Ilha (ou ilha) de Marajá, 
Serra (ou serra) do Mar. Pico (ou pico) da Neblina, etc. 
 
e) nomes de livros (menos o inicial e substantivos próprios, que são sempre com 
maiúscula): 
A Menina do Sobrado ou A menina do sobrado, O Primo Basílio ou O primo Basílio, 
Histórias 
sem Data ou Histórias sem data, A Retirada de Laguna ou A retirada de Laguna, etc. 
➔ Os títulos de livros devem ser grifados, com tipo itálico claro. 
 
Fonte: CEGALLA, D. P.Novíssima gramática da língua portuguesa 
 
Notações léxicas: divisão silábica, emprego do til e 
do hífen. 
DIVISÃO SILÁBICA 
 
A divisão silábica faz-se pela silabação, isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na 
escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: 
te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var. 
 
 
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24 
 
Regra geral: 
✓ Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba. 
Regras práticas: 
✓ Não se separam letras que representam: 
 
a) ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, 
im-bui-a, etc. 
 
b) tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-
diouvin-te, U-ru-guai-a-na, etc. 
c) os dígrafos eh, Ih, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc. 
 
d) encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-môni- 
co, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc. 
 
✓ Separam-se as letras que representam os hiatos: 
sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, 
zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc. 
 
✓ Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos 
dígrafos 
rr, 55, se, 5Ç e xc: 
guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc. 
 
✓ Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se 
ao princípioda silabação: 
 
Observação: 
 
✓ Os grupos consonânticos separáveis são sempre internos. Os encontros gn, ps, pt e 
tm, quando internos, 
podem ser pronunciados juntos, na mesma sílaba: di-gno, eli-pse, ra-pto, ri-tmo, etc. 
✓ O x com valor fonético de /c5/ junta-se à vogal seguinte (quando houver): 
fi-xar, com-ple-xo, tó-xi-co, re-fle-xão, o-xi-gê-nio, etc. 
✓ Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das 
palavras(prefixos, radicais, sufixos): 
de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, 
su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc. 
 
EMPREGO DO TIL 
O til sobrepõe-se às letras a e o para indicar vogal nasal. 
Pode figurar em sílaba: 
 
 
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25 
- tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc. 
- pretônica: romãzeira, ba/õezinhos, grã-fino, cristãmente, aquidabãense, etc. 
- átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc. 
Observe: cristão, cristandade; Satã, satânico; Islã, islamismo. 
 
EMPREGO DO HÍFEN 
 
O emprego do hífen é matéria extremamente complexa e continua mal disciplinada pelo novo 
sistema ortográfico, sobretudo no que diz respeito ao uso desse sinal em palavras formadas por 
prefixação, nas quais mais palpáveis são as falhas e incoerências. Para quem escreve, o 
emprego do hífen é um autêntico quebra-cabeça. 
 
Eis, em resumo, o que se preceitua acerca do emprego desse embaraçoso traço unitivo: 
• Emprega-se o hífen: 
• em palavras compostas cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação 
própria, mas perderam sua significação individual para constituir uma unidade semântica, 
um conceito único: 
 
amor-perfeito, água-marinha, beija-flor, quinta-feira, corre-corre, sempre-viva, bem-te-vi, 
vitória-régia, ano-luz, decreto-lei, tio-avô, guarda-chuva, arco-íris, tenente-coronel, médico- 
cirurgião, primeiro-ministro, conta-gotas, etc. 
 
Observação: 
✓ Note a diferença de significação: meio dia (= metade do dia),. ao meio-dia (= às 12 
horas); pão duro (= pão endurecido), pão-duro(= sovina); cara suja (= rosto sujo), cara-
suja (= espécie de periquito); copo de leite (= copo com leite), copo-de-leite (= nome 
de uma flor). 
 
• para ligar pronomes átonos a verbos e à palavra eis: 
deixa-o, obedecer-lhe, chamar-se-á, dir-se-ia, ei-lo, etc. 
 
• em adjetivos compostos: 
mato-grossense, rio-grandense, latino-americano, greco-latino, verde-amarelo, azul-turquesa, 
cor-de-rosa, à-toa, sem-vergonha, sem-par, etc. 
 
• em vocábulos formados pelos adjetivos de origem tupi açu, guaçu e mirim, se o elemento 
anterior acaba em vogal acentuada ou nasal: 
andá-açu, sabiá-guaçu, capim-açu, socó-mirim, etc. 
 
Portanto, sem hífen: jiboiaçu, cajumirim, Mojimirim, etc. 
 
• em vocábulos formados por elementos e prefixos que têm acentuação própria (tônicos): 
além-: além-túmulo, além-mar aquém-: aquém-mar 
pós-: pós-escolar, pós-operatório pré-: pré-nupcial 
pró-: pró-alfabetização recém-: recém-nascido 
 
 
• depois de circum-, mal- e pan-, antes de vogal, m, n ou h: 
pan-americano, pan-helênico, mal-educado, mal-humorado, circum-anal, circum-navegar, 
circum-navegação, etc. 
 
Antes de outras letras, sem hífen: 
malcriado, malfeito, panteísmo, circumpolar, etc. 
 
• depois de bem- (como prefixo e não como advérbio), antes de palavras que têm vida 
autônoma e quando a pronúncia o exigir: 
 
bem-amado, bem-aventurado (para não se ler bem-maventurado)i bem-aventuranças, 
bem-estar, bem-me-quer, bem-nascido, bem-vindo, etc. 
 
 
 
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26 
• nos encadeamentos de palavras: ponte Rio-Niterói, linha aérea Rio-Paris. 
 
• na partição de palavras no fim da linha. 
 
• fora do âmbito da ortografia imposta, como recurso de estilo e com valor expressivo: 
"Começou daí um Brasil-sem-história-certa." (RAUL BoPP) 
"Foi o boi-grande-que-berra-feio-e-carrega-uma-cabeça-na-cacunda." (GUIMARÃES RosA) 
"- Não vou daqui sem uma resposta definitiva, disse meu pai. De-fi-ni-ti-va! repetiu, batendo 
as sílabas com o dedo." (MACHADO DE Assis) 
 
Não se usará hífen: 
 
• sempre que se obliterou a consciência da composição da palavra, o que acontece quando 
um elemento se adaptou foneticamente ao vizinho ou perdeu sua autonomia semântica: 
aguardente, girassol, madrepérola, malmequer, passatempo, pontapé, rodapé, sobremesa, 
vaivém, benquisto, etc. 
 
• quando o prefixo (ou o elemento de composição) pode ser unido ou aglutinado sem prejuízo 
da clareza ou sem promover pronúncias errôneas: 
aeroporto, aeromoça, audiovisual, bioquímico, eletroímã, fotoelétrico, fotocópia, ferrovia, 
geofísica, gastroenterologia, multissecular, neuromuscular, pretônica, radioatividade, 
radiouvinte, retropropulsão, semibárbaro, socioeconômico, supersônico, termoelétrico, 
vasossecção, etc. 
 
Observação: 
✓ Ao se unirem os elementos desses vocábulos compostos, pode ocorrer: a) a 
geminação dor e dos: microrregião, fotossíntese; b) a queda do h inicial do segundo 
elemento: turboé/ice; e) a elisão (facultativa) da vogal final do primeiro elemento: 
radiativo ou radioativo, hidrelétrica ou hidroelétrica. 
 
• nas locuções: 
da gema(= legítimo), um a um, de vez em quando, à toa (locução adverbial), a fim de, ora 
bolas!, de repente, por isso, etc. 
Mas, por serem consideradas palavras compostas e não locuções, escrever-se-ão: 
de mão-cheia, vice-versa, de meia-tigela, sem-par, sem-sal, tão-somente, à-toa (adjetivo), 
sem-cerimônia, etc. 
 
• em expressões do tipo: 
estrada de ferro, doce de leite, cor de café, anjo da guarda, relógio de bolso, dona de casa, 
farinha de trigo. 
 
EMPREGO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO 
• Emprega-se o hífen nas palavras formadas com os prefixos gregos e latinos aero-, agro-, 
ante-, anti-, arquh auto-, bio-, co-, contra-, eletro-, entre-, eco-, extra-, ex-, geo-, hidro-, 
hiper-, inter-, infra-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, preto-, pan-, pseudo-, pluri-, 
retro-, semi-, super-, sub-, supra-, tele-, ultra-, vice-, etc. 
 
a) quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, co-herdeiro1 super-homem, 
pré-história, pan-helenismo, neo-helênico, sub-humano, etc. 
Exceções: desumano, inábil. 
 
b) quando o prefixo termina com a mesma vogal com que começa o segundo elemento: 
anti-ibédco, supra-auricular, micro-onda, semi-interno, auto-observação1 etc. 
Exceção. Excetua-se o prefixo co-, que se une, sem hífen, ao segundo elemento iniciado 
por o: coordenar, cooperar, coordenação, coobrigado, etc. 
 
c) nas formações com os prefixos circum- e pan-, antes de vogal, h, m e n: circum-navegar, 
circum-navegação, pan-americano, circum-anal, circum-murado, etc. 
 
d) nas formações com os prefixos hiper-, inter-, e super-, quando o segundo elemento começa 
 
 
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por r: hiper-realismo, inter-racial, inter-relacionar, super-requintado, etc. 
 
e) nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, 
soto- e vice-: ex-diretor, ex-aluno, sola-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-rei. 
 
f) nas formações com os prefixos tônicos, acentuados, pós-, pré-, pró-, como já vimos. Nas 
formas 
átonas, se justapõem ao elemento seguinte, sem hífen: pospor, prever, promover, etc. 
 
g) com o prefixo sub- antes de b, h e r: sub-humano, sub-raça, sub-bibliotecário. 
 
• Não se usará hífen: 
a) quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, caso em que 
as consoantes se duplicam: antirreligioso, antissemita, minissaia, infrassom, contrarregra, 
microrregião, cosseno, ultrassonografia, etc. 
b) quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: 
antiaéreo, autoestrada, autoaprendizagem,etc. 
 
Observação: 
✓ O emprego do hííen é um ponto de nossa ortograiia que deveria ser urgentemente 
revisto, restringindo-se o uso desse sinal auxiliar da escrita aos casos de absoluta 
necessidade. Não seria preíerível escrever, por exemplo , vagalume, benvindo, 
seminterno, extraoficial, cxcombatcnte, em vez de vaga-lume, bem-vindo, 
semi-interno, extra-oficial, ex-combatente? 
 
 
Pontuação. 
 
A pontuação deve restringir-se ao mínimo necessário. São três as finalidades dos sinais de 
pontuação: 
 
1) Assinalar a pausa e a inflexão de voz (a entonação) na leitura; 
 
2) Separar as palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; 
 
3) Tornar claro o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. 
 
As partes do discurso que têm entre si ligação íntima não pode ser separada por qualquer sinal 
de pontuação. Não se separam: 
 
1) O sujeito de seu predicado; 
 
2) O verbo se seu complemento; 
 
3) O substantivo do adjetivo que o qualifica; 
 
4) Os adjuntos adnominais quando ligados ao nome. 
 
Uso da Vírgula (,) 
 
A vírgula (,) serve para mostrar ao leitor as separações breves de sentido entre termos vizinhos, 
quer na oração, quer no período. 
Geralmente a vírgula é interpretada na leitura por uma breve pausa. 
 
A vírgula é utilizada nos seguintes casos: 
 
Para separar palavras, frases e orações coordenadas assindéticas: 
 
 
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• Fui à livraria, comprei livros e voltei. 
• As pessoas chegam, olham, perguntam e prosseguem. 
 
Para separar os elementos de igual função sintática quando não ligados por conectivo. 
a) Orações: "Trabalhei em vão, busquei, catei, esperei, não vieram os versos." (Machado de 
Assis) 
b) Adjuntos adverbiais: Hoje, por volta das 20 horas, em Santana, por imprudência do 
motorista, um ônibus chocou-se com uma lotação. 
c) Termos de uma enumeração: Comprei um romance, um dicionário, uma enciclopédia. 
 
Para separar vocativos: 
• Olha, Pedro, você precisa comparecer lá. 
 
Para separar apostos e certos predicativos: 
• "Iracema, a virgem dos lábios de mel, tinha os cabelos mais negros que a asa da 
graúna." (José de Alencar) 
 
Para separar as orações alternativas: 
• Ou trabalhas, ou morrerás à míngua. 
 
Para separar as orações intercaladas e outras de caráter explicativo: 
• Segundo afirmam, há no mundo 450.000 espécies vivas de animais. 
 
Para separar as orações independentes: 
• Paulo, disse Maria José, não se esqueça de estudar. 
 
Para separar as orações adjetivas parentéticas: 
• O fogo, que queima, purifica o ambiente. 
 
Para separar certas expressões explicativas, ou retificativas, como isto é, a saber, por 
exemplo, ou melhor, ou antes, etc. 
• O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em 
Deus. 
 
Para separar orações adjetivas explicativas: 
• Pelas 12 horas do dia, que foi de sol ardente, alcançamos a cidade de Nova Viçosa. 
 
Para separar palavras continuativas, conclusivas, explicativas, corretivas: 
• Portanto, alegres os que sorriem. 
• Assim, não haverá mais soluções. 
• Fomos apenas ao shopping, aliás, ao cinema. 
 
De modo geral, para separar orações adverbiais desenvolvidas: 
• Enquanto a mulher passeava, Pedro ficava cuidando das crianças. 
 
Para separar orações reduzidas adverbiais: 
• "Dali eu via, sem ser visto, a sala de visitas." (Lúcio de Mendonça) 
 
Para assinalar a ausência de um verbo anteriormente explícito: 
• Pedro estudava Filosofia, Artes e Teatro; Ana, Matemática, Química e Física. 
 
Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais: 
• Na semana passada, o presidente viajou para a Europa. 
 
Para separar adjuntos adverbiais: 
• "Com mais de setenta anos, andava a pé." (Graciliano Ramos) 
 
Nas datas, depois de nome de cidade: 
• Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2006. 
 
 
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Para indicar a elipse de um termo: 
• Na feira, compramos frutas; no supermercado, açúcar; no açougue, carne. 
 
Para separar certas conjunções pospostas, como porém, contudo, pois, entretanto, 
portanto, etc. 
• Os alunos da professora Rosalva, contudo, haviam desde a véspera voltado às aulas. 
 
Para separar elementos paralelos de um provérbio: 
• Cada terra tem seu uso, cada roca tem seu fuso. 
 
Depois do sim ou não no início de uma frase: 
• Sim, iremos com certeza à festa. 
• Não, vamos reunir todas as pessoas amanhã. 
 
Para separar termos que desejamos realçar: 
• O dinheiro, Matheus o trazia escondido na cueca. 
 
A vírgula não é utilizada nos seguintes casos: 
 
Entre o sujeito e o verbo da oração, quando juntos: 
• Atletas de várias nacionalidades participarão da grande maratona. 
 
Obs: Se entre o sujeito e o verbo ocorrer adjunto ou oração, com pausas obrigatórias, terá 
lugar a vírgula: 
• Meus olhos, devido à fumaça, ardiam e lacrimejavam muito. 
 
Entre o verbo e os complementos, quando juntos: 
• Dona Maria pediu ao diretor do colégio que colocasse a filha em outra sala. 
 
Antes de oração adverbial consecutiva do tipo: 
• O vento soprou tão forte que arrancou mais de uma árvore. 
 
Ponto e Vírgula (;) 
 
O ponto-e-vírgula (;) denota uma pausa maior que a vírgula, mas não ao ponto de encerrar o 
período. Emprega-se principalmente: 
 
Para separar orações coordenadas de certa extensão: 
• Astrônomos já tentaram estabelecer contato com seres extraterrestres; suas tentativas, 
porém, foram infrutíferas. 
 
Para separar os “considerandos” de uma lei, de um decreto, de uma sentença ou de uma 
petição: 
• Considerando...; considerando ....; considerando....; ... 
 
Para separar as partes principais de uma frase cujas ideias já apresentam clareza: 
• Itu, Botucatu e Tefé são ruas do bairro Renascença; Levindo Lopes, Antônio de 
Albuquerque e Cristóvão Colombo, do Funcionários. 
 
Ponto Final (.) 
 
Encerra o período e é, de todos os sinais de pontuação, o que exige pausa mais ampla. 
Emprega-se principalmente: 
 
Para fechar o período: 
• A velhice é uma idade sagrada. 
 
Usa-se também nas abreviaturas: 
• Sr., Sra., a.C., d.C., 
 
 
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Dois Pontos (:): 
 
Os dois pontos (:) anunciam e introduzem uma citação, uma enumeração ou um 
esclarecimento. Usa-se este sinal de pontuação: 
 
Na determinação de hora: 
• 5:00 de quarta-feira. 
 
Nos vocativos de correspondência: 
• Senhores: Senhor:, Sr. Diretor:, 
 
Para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção: 
• "O Baixinho retomou o leme, dizendo: Olha, menino, veja a Bahia." (Adonias Filho) 
 
Antes de uma citação: 
• Bem diz o ditado: Vento ou ventura, pouco dura. 
 
Antes de certos apostos, principalmente nas enumerações: 
• Duas coisas lhe davam superioridade: o saber e o prestígio. 
 
Antes de orações apositivas: 
• A verdadeira causa das guerras é esta: os homens se esquecem de se amar. 
 
Para indicar um esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse: 
• "Mas padre Anselmo era assim mesmo: amigo dos pobres." (João Clímaco Bezerra) 
 
Ponto de Interrogação (?) 
 
Coloca-se (?) após a palavra, a frase ou a oração que incluem pergunta direta. 
• Você não vai a festa hoje? 
 
Obs: Não se usa ponto de interrogação depois de interrogativa indireta: 
• Maria perguntou se devíamos ou não estar aborrecidos. 
 
 
Ponto de Exclamação (!) 
 
Coloca-se (!) após qualquer palavra, frase ou oração de caráter exclamativo, indicando 
espanto, surpresa, admiração, entusiasmo, desprezo, ironia, ordem, súplica, chamamento, dor, 
alegria, etc. 
• Manuel! Vem cá! Nossa! 
 
O ponto de exclamação também é usado após interjeições e aofinal de frases exclamativas: 
• Ai!; Ui!; Hum!; 
 
 
Reticências (...) 
 
As reticências (...) indicam interrupção da frase. Essa interrupção é, muitas vezes, de caráter 
subjetivo, quando o autor pretende mostrar determinados estados emotivos: 
hesitação, 
ansiedade, 
surpresa, 
dúvida, etc. 
 
Elas são usadas, principalmente: 
 
Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento, ou ainda, corte da frase de um 
personagem pelo interlocutor, nos diálogos: 
 
 
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31 
 
• Quem se habitua aos livros... 
 
No meio do período, para indicar certa hesitação ou breve interrupção do pensamento: 
• "- Porque... não sei, porque...porque é a minha sina..." (Machado de Assis) 
 
No fim de um período gramaticalmente completo, para sugerir certo prolongamento da ideia: 
• "Ninguém... A estrada, ampla e solene, Sem caminhantes adormece..." (Olavo Bilac) 
 
Para sugerir movimento ou a continuação de um fato: 
• "E a Vida passa... efêmera e vazia." (Olegário Mariano) 
 
Para indicar chamamento ou interpelação, em lugar do ponto interrogativo: 
• "- Seu Pilar... murmurou ele daí a alguns minutos. 
• - Que é?" (Machado de Assis) 
 
Para indicar supressão de palavras (s) numa frase transcrita: 
• "... o chefe dos pescadores... se arroja nas ondas..." (José de Alencar) 
 
Parênteses ( ) 
 
Usam-se ( ) para isolar palavras, locuções ou frases intercaladas no período, com caráter 
explicativo, as quais são proferidas em tom mais baixo: 
• "Finjamos pois (o que até fingido e imaginado faz horror), finjamos que vem a Bahia e 
o resto do Brasil a mãos dos holandeses..." (Vieira) 
 
Também entre parênteses devem ser postos os nomes de autores, obras, capítulos, etc., 
relativos a citações feitas, como foi feito ao final do exemplo acima. 
 
Os parênteses são usados no caso de parte independente de uma sentença ou parágrafo, não 
diretamente relacionada com o restante da oração: 
• Os profissionais liberais (advogados, médicos, dentistas, engenheiros), quando 
exercem a profissão por conta própria, são considerados segurados autônomos. 
 
São usados para incluir quantias ou números já expostos por extenso: 
• Trezentos mil reais (R$ 300.000,00). 
 
São usados também em caso de siglas de Estado: 
• Belo Horizonte (MG) 
Obs: Esses parênteses podem ser substituídos pela barra diagonal: 
• Belo Horizonte/MG 
 
Travessão ( - ) 
 
O travessão (-) é um traço maior que o hífen e é utilizado para: 
 
Indicar quebra de pensamento: 
• Pedro - para alegria geral - escreveu 15 linhas somente! 
Ressaltar uma expressão: 
• Este é um procedimento de uma vida de político consciencioso e cumpridor de seu 
dever - dever pátrio - e não cumpridor apenas de sua agenda de inaugurações e 
festejos. 
 
No discurso direto: 
• Parece que não se machucou - disse Paulo. 
 
Nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor, ou, simplesmente, início da fala de um 
personagem: 
• "- Você é daqui mesmo? Perguntei. 
 
 
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• - Sou, sim senhor, respondeu o garoto." (Aníbal Machado) 
 
Separar expressões ou frases explicativas, intercaladas: 
• Um bom ensino básico - diga-se mais uma vez - exige a valorização do professor. 
 
Ligar palavras em cadeia de um itinerário, indicar enlace de vocábulos, mas sem formar 
palavras compostas: 
• A linha aérea Brasil - Estados Unidos. 
 
O travessão às vezes substitui os parênteses o mesmo a vírgula e os dois-pontos: 
• "Mas eis - corre-se então nívea cortina." (Cruz e Sousa) 
 
Aspas (“”) 
 
Empregam-se as aspas (" ") no início e no final de uma citação textual. Costuma-se colocar 
aspas em expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência: 
 
• Miguel Ângelo, "o homem das três almas”, (Carlos de Laet) 
 
Coloca-se aspas ou, então, grifam-se palavras estrangeiras, termos da gíria, expressões que 
devem ser destacadas: 
• Paulo vestiu um "short" branco e foi jogar bola. 
 
As aspas são usadas em citações diretas: 
• Machado de Assis disse: "Deve ser um vinho enérgico a política." 
 
As aspas simples são usadas para enfatizar palavras de um texto que já se encontra entre 
aspas: 
• Marcela disse: "É necessário dizer 'bondoso' com bastante energia." 
 
Colchetes [ ] 
 
Os colchetes ([ ]) têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos 
escritos de cunho didático, filosófico, científico: 
 
• "Cada um colhe [conforme semeia]." 
 
O uso dos colchetes na transcrição de um texto indica inclusão de palavra(s): 
• "O [peixe] do meio trazia uma concha na boca..." 
 
 
Os colchetes indicam que a expressão por eles compreendida não faz parte do texto original ou 
que a data é apenas suposta: 
 "Eles se recusam [o João e o José] a assinar o documento." 
 
Parágrafo 
 
O Parágrafo representa-se com o sinal (§) e serve para indicar um parágrafo de um texto ou 
artigo de lei. Parágrafo é cada frase ou conjunto de frases que não se separa, na página, pelo 
processo de mudança de linha. 
 
Observação: É impossível estabelecer normas rígidas para determinar quando se deve 
concluir um parágrafo e iniciar outro. De modo geral, isso é feito para indicar mudança de 
assunto. Em muitos casos, porém, representa apenas descanso para a vista, deixando no 
papel necessários espaços em branco que quebram o caráter compacto e monótono das 
páginas inteiramente cheias. 
 
Asterisco (*) 
 
O asterisco (*), palavra que significa estrelinha, é usado: 
 
 
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• Para remeter a uma nota ou explicação ao pé da página ou no fim de um capítulo; 
 
• Nos dicionários e enciclopédias, para remeter a um verbete; 
 
• No lugar de um nome próprio que não se quer mencionar: o Dr.*, o jornal 
 
 
Concordância verbal e nominal 
Trata-se do segmento da Gramática que investiga e avalia a flexão dos termos de uma 
sentença a fim de que se relacionem harmoniosamente. Antes de adentrarmos o conteúdo, 
analise as seguintes construções: 
Os cara tá jogano bola. 
 Comprei duas bolacha para comer. 
 É proibida entrada de gente burra. 
Nota-se, com obviedade, que há erros nas frases anteriores. Para batizá-los, vamos dizer 
que são ERROS DE CONCORDÂNCIA, ou seja, há algo que não está “de acordo” na 
sentença, que está estranho. Apesar de você ter percebido rapidamente os erros das 
sentenças anteriores, nem sempre eles são tão evidentes. Para conseguirmos entender os 
princípios da concordância, vamos investigar suas principais regras. 
Há três maneiras de se estabelecer concordância na Língua Portuguesa: 
1) Lógica ou gramatical – é a mais comum, e consiste em adequar o termo determinante 
(acompanhante) à forma gramatical do determinado (acompanhado) a que fazem 
referência. 
 A maioria dos representantes faltou. O verbo (faltou) concordou com o núcleo do 
sujeito (maioria) 
 Escolheram o momento adequado. O adjetivo (adequado) e o artigo (o) 
concordaram com o substantivo (momento). 
2) Atrativa – consiste em adequar o termo determinante: 
a) a um dos termos determinados, optando por aquele que está mais próximo: 
 Escolheram a hora e o local adequado. 
b) a uma parte do elemento determinado que não é, necessariamente, seu núcleo: 
 A grande parte dos professores faltaram. 
c) a outro termo da oração que não é o determinado: 
 Tudo são felicidades. 
3) Ideológica ou silepse – consiste em adequar o termo determinante ao sentido do 
vocábulo determinado e não à forma como se apresenta: 
 A família estava tão faminta que comiam tudo o que era trazido. Concordância 
Verbal (Entre o verbo e seus termos relacionados) 
II. CONCORDÂNCIA VERBALRegras básicas: 
 
 
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34 
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. (regra para sujeito simples): 
 O professor explicou o conteúdo. 
 Os professores explicaram os conteúdos. 
2) Para sujeito composto: 
Anteposto ao verbo: o verbo vai para o plural: 
 Eu e meus irmãos vamos à praia. 
 Posposto: o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural: 
 Morreu (morreram) o deputado e o ministro. 
 Formado por pessoas gramaticais diferentes: plural da predominante: 
 Eu, você e os alunos estudaremos para o concurso. 
 Com núcleos em correlação: concorda com o mais próximo ou fica no plural: 
 O analista assim como o técnico busca(m) a causa do problema. 
 Núcleos ligados por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o 
plural: 
 O professor com os alunos resolveu(m) o problema. 
 Núcleos ligados por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular: 
 Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Vadalco. 
 Núcleos ligados por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU: 
 Valdir ou Leão será o goleiro titular. 
 O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino. 
 Sujeito construído com os termos: 
a) um e outro, nem um nem outro: verbo no singular ou plural. 
 Um e outro fez (fizeram) a lição. 
b) um ou outro: verbo no singular. 
 Um ou outro fez a lição. 
c) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural. 
 A maior parte das pessoas fez (fizeram) o exercício recomendado. 
d) coletivo geral: verbo no singular. 
 O cardume nadou rio acima. 
e) expressões que indicam quantidade aproximada seguida de numeral: verbo 
concorda com o substantivo. 
 Aproximadamente 20% dos eleitores compareceram às urnas. 
 Aproximadamente 20% do eleitorado compareceu às urnas. 
f) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular 
ou plural. 
 
 
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 Quem de nós fará (faremos) a diferença? 
g) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente. 
 Fui eu que fiz a diferença. 
h) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular. 
 Fui eu quem fez a diferença. 
i) um dos que: verbo no singular ou plural. 
 Ele foi um dos que fez (fizeram) a diferença. 
j) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural. 
 A ruindade, a maldade, a vileza habita (habitam) a alma do ser humano. 
 Verbos acompanhados da partícula “se”: 
a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. 
 Viam-se ao longe as primeiras casas. 
 Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. 
b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. 
 Necessitava-se, naqueles dias, de novas ideias. 
 Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos. 
 Verbo “ser”: 
a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo. 
 Hoje é dia 3 de outubro, pois ontem foram 2 e amanhã serão 4. 
 Daqui até Florianópolis são 890 quilômetros. 
b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: 
concorda com o predicativo. 
 Vinte milhões era muito por aquela casa. 
 Verbo dar (bater e soar) + hora(s): concorda com o sujeito. 
 Deram duas horas no relógio do campanário. 
 Deu duas horas o relógio do alto da montanha. 
 Verbo parecer + infinitivo: flexiona-se um dos dois: 
 Os alunos pareciam procurar as respostas da prova. 
 Os alunos parecia procurarem as respostas da prova. 
 Sujeito com nome no plural: 
a) com artigo singular ou sem artigo: verbo no singular. 
 O Amazonas deságua no Atlântico. 
 Minas Gerais exporta minérios. 
b) com artigo plural: verbo no plural. 
 Os Estados Unidos enviaram tropas à zona de conflito. 
 
 
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II.CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o 
substantivo a que se referem em gênero e número. 
 Meu belíssimo e antigo carro amarelo quebrou, ontem, em uma rua estreita. 
Casos especiais: 
Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa, com mais de um termo determinado. 
 Comprei um sapato e um vestido pretos. 
 Comprei um sapato e um vestido preto. 
 Bastante - bastantes: 
Quando adjetivo, será variável, e quando advérbio será invariável. 
 Há bastantes motivos para sua ausência. 
 Os alunos falam bastante. 
 
Dica: troque a palavra “bastante” por “muito”. Se “muito” for para o plural, “bastante” também 
irá. 
 
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio: 
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem. 
 A fotografia vai anexa ao curriculum. 
 Os documentos irão anexos ao relatório. 
Se houver a preposição “em” anexo é invariável. 
 Os documentos irão em anexo. 
 É bom, é necessário, é proibido, é proibido: 
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante. 
 É proibido entrada de pessoas sem autorização. 
 É proibida a entrada de pessoas sem autorização. 
 É necessário chegar cedo. 
 É necessária sua chegada. 
 Menos, alerta: 
São sempre invariáveis. 
 Havia menos meninos na sala. 
 Havia menos meninas na sala. 
 O aluno ficou alerta. 
 Os alunos ficaram alerta. 
 
 
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 Só, sós: 
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis. 
 A criança ficou só. 
 As crianças ficaram sós. (adjetivo) 
 Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio) 
A expressão “a sós” é invariável. 
Dica: Troque “só” por “sozinho” (vai para o plural) ou “somente” (fica no singular). 
 
Emprego dos pronomes 
 
Pronome é a palavra que substitui ou retoma um termo. 
Peguei as chaves e as guardei no armário. 
Na sentença, a palavra “as” é um pronome e retoma o termo “as chaves”. 
CLASSIFICAÇÃO 
Os pronomes se dividem em: 
✓ Pessoais / de tratamento; 
✓ Demonstrativos; 
✓ Relativos; 
✓ Interrogativos; 
✓ Indefinidos. 
✓ Possessivos; 
➢ Pessoais 
Os pronomes pessoais, que tomam o lugar da pessoa. 
✓ quem fala (1ª pessoa); 
✓ com quem se fala (2ª pessoa); 
✓ de que ou quem se fala (3ª pessoa). 
 
 
RETOS E OBLÍQUOS 
 
 
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EMPREGO 
➢ Eu e tu x mim e ti 
Regras: 
1) Depois de preposição essencial, usa-se pronome oblíquo. 
Não vá sem mim. 
Entre mim e ti há problemas. Comprei o livro para ti. 
2) Se o pronome for sujeito do verbo, usa-se o caso reto. Não vá sem eu deixar. 
Comprei o livro para tu leres 
Ou seja: MIM NÃO PRATICA AÇÃO. 
Variações da mesma regra: leia para não ser pego na hora de responder às questões sobre 
pronomes. 
Para mim, estudar é legal. (termo deslocado) 
Não é tarefa para mim fazer isto. (termo deslocado) 
3) Verbos causativos e sensitivos. 
Com verbos causativos (mandar, fazer etc.) e sensitivos (ver, sentir, ouvir etc.), o pronome 
oblíquo pode ser sujeito e complemento simultaneamente. Veja os exemplos abaixo: 
✓ Mandou-me sair. (“me” é complemento de “mandar” e sujeito de “sair”) 
✓ Eu a vi chorar. (“a” é complemento de “ver” e sujeito de “chorar”) 
➢ “o” e “a” são complementos diretos: ou seja, são postos juntamente aos os verbos 
transitivos diretos, ou nos bitransitivos. como no exemplo: 
Comprei um carro para minha mãe = Comprei-o para minha mãe. (Ocorreu a substituição do 
Objeto Direto) 
➢ “lhe” é um complemento indireto, equivalente a “a ele ou a ela”: ou seja, é posto 
juntamente a um verbo transitivo indireto

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