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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA APRENDIZAGEM
01. O que vem a ser a função jurisdicional, típica do Poder Judiciário?
a função típica constitui-se no cabal exercício da função jurisdicional do Estado, ou seja, no Poder-dever de julgar os conflitos aplicando aos mesmos a legislação competente. Assim, pode-se afirmar que, a função jurisdicional é aquela exercida pelo Poder Judiciário, no caso concreto, em busca da pacificação social, mediante o devido processo legal e que, ao final, substituirá a vontade das partes, produzindo coisa julgada.
02. O que são e como podemos classificar as garantias constitucionais do Poder Judiciário?
São as garantias ao bom funcionamento do Poder Judiciário, as pertinentes a própria instituição e aos seus membros, que asseguram sua independência e possibilitam a proteção conferida por este Poder da República aos princípios basilares do Estado Democrático de Direito; como a devida proteção aos direitos individuais e coletivos, advindos da legalidade do devido processo legal, da razoabilidade e isonomia dos interesses.
03. Quais são as garantias constitucionais de imparcialidade do Poder Judiciário dispostas na Constituição Federal?
São tais garantias imprescindíveis:
a) Garantias institucionais, tal garantia, também chamada de “orgânica”  refere-se à independência entre os três Poderes da República. E assegura sua autonomia funcional, administrativa e financeira, segundo o que determina o artigo 99 da CF/1988, premissa vênia.
b) Garantias aos membros, Estas garantias podem ser didaticamente enumeradas como garantias de liberdade e imparcialidade. Sendo as primeiras referentes à vitaliciedade (art. 95, I, CRFB/1988), inamovibilidade (arts. 93, VIII, 95, II e 103-B, § 4º, II, com redação dada pela EC nº 45/2004) e irredutibilidade de subsídios (arts. 93, V e 95, III, CRFB/1988), e as segundas, referentes ao livre exercício da magistratura vinculado às vedações constitucionais pertinentes ao cargo público, disciplinadas no artigo 95, em seu parágrafo único (incisos I ao V, acrescidos pela EC nº 45/2004; sendo o inciso V o referente à “Quarentena”: impossibilidade, por três anos, do exercício da advocacia ao ex-Juiz, afastado por exoneração ou aposentadoria, no Juízo ou tribunal do qual se afastou).  A vitaliciedade diz respeito à manutenção vitalícia do cargo público da magistratura, salvo o disposto no artigo supracitado. A inamovibilidade refere-se às restrições quanto à remoção ou promoção mediante iniciativa própria, nunca ex ofício, salvo o disposto no referido artigo. A irredutibilidade de subsídios, assim denominado, o salário do magistrado pela EC nº 19/1998, assegura o livre exercício de suas atribuições sem a possibilidade de redução salarial. 
c) Independência do Poder Judiciário e controle externo, Ponto delicado é tratar do controle externo de qualquer dos Poderes da República, visto ser cláusula pétrea a independência e harmonia entre os três Poderes; contudo, para o decurso favorável e harmônico do próprio Estado, se faz necessário um mecanismo de contrapeso, entre os Poderes, que possa frear possíveis abusos e demais incoerências no trato da coisa pública.      Neste sentido, surgem os recíprocos controles quanto á fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas diversas esferas dos três Poderes.      No Poder Judiciário, tal controle é exercido pelo Poder Legislativo, no próprio Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, no âmbito nacional, conforme o artigo 71, IV, CRFB/1988.
d) Supremo Tribunal Federal e controle externo do Poder Judiciário. Em regra, o STF expurga todo e qualquer controle externo do Poder Judiciário, que não advenha do Poder constituinte originário; pois entende que, pelo princípio da separação e independência dos Poderes, qualquer limitador do livre exercício da função jurisdicional e demais atribuições atípicas pertinentes ao Poder Judiciário, fere a constituição e, portanto, a soberana vontade popular. 
e) Conselho Nacional de Justiça, Baseado nas inúmeras deficiências da máquina estatal, inclusive as pertinentes ao Poder Judiciário, a proposta de reestruturação do Estado Liberal, fundamentado em rígidas estruturas de poder, para um Estado do Bem-estar social, garantidor dos direitos fundamentais individuais e coletivos, passa necessariamente por uma mudança nos velhos paradigmas e vaidades do Poder Judiciário brasileiro. O Conselho Nacional de Justiça, inserido como órgão do Poder Judiciário, no artigo 92, I-A,13 e, disciplinado no artigo 103-B, CRFB/1988, acrescidos pela EC nº 45/2004, configura-se como órgão de cúpula administrativa do Poder Judiciário, que com sua composição híbrida; contudo, composta por 15 membros, sendo nove do próprio Judiciário, vem trazer uma harmonização nesta transição infraestrutural, complexa e gradativa; pois, não há de se interferir na autonomia deste Poder da República, para maior segurança jurídica. Suas competências são definidas pelo artigo 103-B, § 4º, incisos I ao VII, e é composto segundo o disciplinado no caput, deste mesmo artigo, e em seus incisos do I ao XIII. 
04. Suponha que um indivíduo empossado como juiz no ano de 2010 venha a perder o cargo em 2011 por decisão do respectivo Tribunal. No ano seguinte, passou a exercer advocacia junto ao mesmo juízo do qual se afastou. Considerando o disposto na Constituição Federal, o indivíduo em questão poderia, nestes termos, exercer a advocacia?
Juízes não podem advogar logo depois de afastados, estatui o artigo 95, parágrafo único, inciso V, da Constituição Federal:
“Parágrafo único. Aos juízes é vedado: V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)”.  A vedação constitucional destina-se a impedir a exploração de prestígio, como é trivial. Protege a sociedade da utilização indevida dos poderes inerentes ao exercício de um cargo público no passado. Logo, o impedimento abrange a comarca onde o magistrado se aposentou, e não apenas a vara que ele ultimamente ocupou. Interpretação diversa permitiria que o magistrado, logo depois de aposentar, continuasse advogando, em pé de igualdade com todos os advogados, por exemplo, no mesmo prédio que trabalhava, até a semana anterior, por 20 anos, gozando de toda sua autoridade e poder até então institucional.
05. Explique como se dá a escolha e nomeação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Os membros da corte, referidos como ministros do Supremo Tribunal Federal, são escolhidos pelo presidente da República entre os cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, os indicados são nomeados ministros pelo presidente da República. O cargo é privativo de brasileiros natos  e não tem mandato fixo: o limite máximo é a aposentadoria compulsória, quando o ministro atinge os setenta e cinco anos de idade. 
06. A reforma do Judiciário, realizada por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004, instituiu o Conselho Nacional de Justiça, que tem composição plural de quinze membros. O que vem a ser Conselho Nacional de Justiça e quais as suas competências?
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa a aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. Criado em 31 de dezembro de 2004 e instalado em 14 de junho de 2005, tem sua sede em Brasília, mas atua em todo o território nacional. De acordo com a Constituição da República, compete ao CNJ zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, definir os planos, metas e programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, julgar processos disciplinares e melhorar práticase celeridade, publicando semestralmente relatórios estatísticos referentes à atividade jurisdicional em todo o país.
07. Uma das principais inovações trazidas pela Emenda Constitucional Nº 45/2004 foi a súmula vinculante, prevista no art. 103-A da Constituição Federal. Explique do que se trata e qual o procedimento para sua aprovação. 
A súmula vinculante é um mecanismo constitucional de uniformização da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que possui força normativa sobre os órgãos do Poder Judiciário, bem como sobre toda a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Trata-se de um instituto jurídico de extrema importância no sistema constitucional e processual brasileiro. A exigência de três requisitos ou pressupostos, necessários para a criação de um enunciado de súmula com efeito vinculante pelo STF.
 1.Aprovação por pelo menos 8 ministros (2/3). Regra que também vale para revisão ou cancelamento da súmula vinculante.
 2.Reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O texto maior não diz nada sobre a quantidade de decisões. Mas a melhor doutrina e a prática da Suprema Corte entendem pela necessidade de que o tema, de natureza constitucional, tenha sido debatido inúmeras vezes até que se chegue a um consenso sobre a validade, interpretação e eficácia de uma determinada norma
 3.Controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre estes e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
08. O que vem a ser a regra do “Quinto constitucional”?
Quinto constitucional é o mecanismo que confere vinte por cento dos assentos existentes nos tribunais aos advogados e promotores; portanto, uma de cada cinco vagas nas Cortes de Justiça é reservada para profissionais que não se submetem a concurso público de provas e títulos; a Ordem dos Advogados ou o Ministério Público, livremente, formam uma lista sêxtupla, remete para os tribunais e estes selecionam três, encaminhando para o Executivo que nomeia um desses nomes. Essas indicações são suficientes para o advogado ou o promotor deixar suas atividades e iniciar nova carreira, não na condição de juízes de primeiro grau, início da carreira, mas já como desembargador ou ministro, degrau mais alto da magistratura.
09. Explique quais são as competências do Superior Tribunal de Justiça, nos termos da Constituição Federal.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
        I -  processar e julgar, originariamente:
            a)  nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
            b)  os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
            c)  os habeas corpus, quando o coator ou o paciente for quaisquer das pessoas mencionadas na alínea a, ou quando o coator for Ministro de Estado, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
            d)  os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
            e)  as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
            f)  a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
            g)  os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
            h)  o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
        II -  julgar, em recurso ordinário:
            a)  os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
            b)  os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
            c)  as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
        III -  julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
            a)  contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
            b)  julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;
            c)  der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
    Parágrafo único. Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe, na forma da lei, exercer a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.
010. Diferencie as funções típicas e atípicas de cada Poder, no âmbito da organização dos poderes estabelecida pela Constituição Federal.
a) Órgão Legislativo:
 Função típica: a atividade legiferante e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo;
 Função atípica de natureza executiva: ao dispor sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licenças a servidores etc.;
Função atípica de natureza jurisdicional: o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I).
 
b) Órgão Executivo:
Função típica: prática de atos de chefia de Estado, chefia de Governo e atos de administração;
Função atípica de natureza legislativa: o Presidente da República, por exemplo, adota medida provisória, com força de lei (art. 32);
Função atípica de natureza jurisdicional: o Executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos.
 
c) Órgão Judicial:
 Função típica: julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no caso concreto e dirimindo os conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei;
Função atípica de natureza legislativa: regimento interno de seus Tribunais (art. 96, I, a);
Função atípica de natureza executiva: administra ao conceder licenças e férias aos magistrados e serventuários (art. 96, I, f).

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