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ESTUDO DIRIGIDO DIREITO DO TRABALHO I PROVA FINAL 2019 2

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INFORMAÇÕES SOBRE O EXERCÍCIO 
	
	
	 
	ESTUDO DIRIGIDO– ENTREGA NA DATA DA AVALIAÇÃO FINAL INDIVIDUAL. MANUSCRITO. 
VALOR: 3 PONTOS 
 
QUESTÕES INCOMPLETAS NÃO SERÃO CONSIDERADAS PARA A NOTA TOTAL. 
 
	
	
	 
	
	
	CURSO: DIREITO-CARLOS LUZ 
	DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO I 
	Turno 
	M 
	T 
	N 
	PERÍODO 
 6o 
	
	
	
	X 
	 
	X 
	
	PROFESSOR (A): ADÉLIA PROCÓPIO CAMILO 
	
	
 
A matéria da avaliação é CUMULATIVA (serão excluídos somente os itens: histórico e fontes). 
Estudem TODO o conteúdo restante que foi dado em sala, durante o semestre. 
Bons Estudos! 
 
1) Cite e explique uma hipótese de decadência no Direito do Trabalho. 
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
Súmula 403, STF
O artigo trata do prazo para empregador ajuizar ação de inquérito para apuração de falta grave contados da suspensão. Com a decadência o autor perde o seu direito de forma total,
 
2) Qual a regra geral prescricional aplicável ao Direito do Trabalho? Explique. 
A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Conforme dispõe o art.7º XXIX, CF; Art.11 CLT e a Súmula 308,I, TST
3) Ainda sobre a prescrição no Direito do Trabalho explique:
 a) causas impeditivas 
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição
b) causas interruptivas
ART.11 CLT § 3o A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.
c)causas suspensivas 
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
d)prescrição intercorrente 
É a perda do direito de ação no curso do processo, em razão da inércia do autor da ação, que não praticou os atos necessários para seu prosseguimento e deixou a ação paralisada por tempo superior ao máximo previsto em lei. Sendo esse prazo de dois anos- ART.11-A CLT
e)prescrição e prova perante a previdência social 
f) prescrição total x prescrição parcial. 
 Prescrição Total são aquelas parcelas não asseguradas pelas lei, conforme dispõe o art,11 §2°,CLT. A partir da data de violação o prazo começa a correr.
Prescrição Parcial: São aquelas parcelas asseguradas em lei, sendo nesse caso aplicadas as regras de prescrição pois o direito se renova com o tempo.
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei
4) Quanto ao contrato de trabalho: 
a) Explique e determine as consequências, de acordo com a teoria das nulidades trabalhistas, do contrato de trabalho:
b) a1) Trabalho proibido.
c) a2) Trabalho ilícito. 
d) Quando se dá a capacidade plena para o trabalho? Explique as demais situações. 
A capacidade plena para o trabalho se inicia aos 18 (dezoito) anos, sendo considerado absolutamente incapaz o menor de 16 (dezesseis) anos, somente podendo trabalhar na condição de menor aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos nos termos do art.403 da CLT
 
5) Sobre o contrato de trabalho por prazo determinado, responda: 
a) Hipóteses Previstas na CLT. 
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência. 
b) Prazo máximo de duração. 
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
c) Prorrogação 
pode ser prorrogado quantas vezes as partes quiserem, desde que não ultrapasse o limite de 2 anos. Se prorrogado por mais de dois anos o contrato se transforma automaticamente em contrato por prazo indeterminado. Se o empregador quiser contratar novamente o mesmo trabalhador, cujo contrato por prazo determinado encerrou-se no limite máximo de 2 anos, terá que aguardar o intervalo de 6 meses entre este e o novo contrato por prazo determinado. Para não ser obrigado a esperar o prazo de 6 meses, o empregador poderá admitir o trabalhador através de um contrato por prazo indeterminado.
d) Sucessividade : 
Para celebração de novo contrato de experiência, deve-se aguardar um prazo de 6 meses, no mínimo, sob pena do contrato ser considerado por tempo indeterminado.
 
6) Em relação ao trabalhador temporário (6019/74) e a prestação de serviços a terceiros (terceirização), responda: 
a) Hipóteses de contratação 
Necessidade de substituição transitória de pessoal permanente
Demanda complementar de serviços
b) Prazo de duração do contrato do trabalhador temporário. 
a duração do contrato de trabalho temporário, incluídas as prorrogações, não pode ultrapassar um período total de nove meses;
c) Conceitue: empresa de prestação de serviços a terceiros, empresa de trabalho temporário, contratante, empresa tomadora. 
A empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante, serviços determinados e específicos. 
Já a contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos.
empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.
Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4º desta Lei.
d) Explique a responsabilidade da Administração Pública Direta e Indireta na Terceirização. 
 
7) Fale sobre os critérios de agregação dos trabalhadores ao sindicato no Brasil e explique a unicidade sindical. 
 
8) Em que consiste o acordo coletivo de trabalho e a convenção coletiva de trabalho? Qual a sua duração máxima? 
· Acordo Coletivo consiste em uma negociação de direitos e deveres dos trabalhadores e da empresa, feita entre está e o sindicato da categoria que representa os funcionários.
· Convecção Coletiva: Tem uma amplitude maior e é celebrada entre o(s) sindicato(s) de empregados de uma categoria econômica e o sindicato Patronal — ou seja, que representa as empresas daquela categoria. Ou seja, a Convenção Coletiva é um acordo que atinge toda a categoria econômica e tem uma amplitude muito maior, valendo inclusive para empresas que não são filiadas àquele sindicato.
Assim como acontece com o acordo coletivo, a validade da convenção coletiva é de dois anos. No entanto, comumente, as convenções são revistas após o período de um ano de vigência.
a) Fale sobre a aderência destes instrumentos aos contratos de trabalho. 
b) Em caso de conflito entre acordo coletivo e a convenção coletiva, qual prevalece? Acordo coletivo de trabalho SEMPRE prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. Porque acordo coletivo representa os interesses dos trabalhadores atingidos. Pois, acordo é um ato jurídico celebrado entre sindicatos e empresas, então as cláusulas que vierem a ser por ele avençadas estarão mais próximas da realidade das partes do que aquelas estabelecidas em convenção, fato que não distancia o princípio da proteção.
c) Cite as hipóteses em que os acordos e convenções prevalecem sobre a lei. 
“Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015 ;
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.
d) Cite as hipóteses de vedação de redução ou supressão de direitos por acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
 “Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
IV - salário mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
VIII - salário-família;
IX - repouso semanal remunerado;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal;
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias;
XIV - licença-paternidade nos termos fixados em lei;
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;
XIX - aposentadoria;
XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência;
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;
XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;
XXIX - tributos e outros créditos de terceiros;
XXX - as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação.
9) Fale sobre a estabilidade de emprego do dirigente sindical, abordando, inclusive: Comunicação, Dispensa, Registro da candidatura durante o aviso prévio, Extinção da empresa. 
O dirigente sindical é aquele empregado que foi eleito para exercer o cargo de direção e representação de sindicato profissional, inclusive como suplente. O direito à estabilidade provisória no emprego a esses profissionais tem como objetivo proteger o empregado e a categoria que representa, proporcionando tranquilidade e independência na defesa dos interesses dos trabalhadores.
A estabilidade do dirigente sindical é garantida desde a data do registro da sua candidatura ao cargo até um 1 (um) ano após o fim de seu mandato (artigo 543, § 3º da CLT). Em caso de reeleição a estabilidade é renovada, contando do zero desde o momento da recandidatura e sendo válida até 1 (um) ano após o fim do segundo mandato.
O trabalhador que se candidata ao cargo de Dirigente Sindical deve comunicar por escrito ao seu empregador sobre o registro da sua candidatura, bem como sobre a sua eleição e posse para que a estabilidade seja válida (artigo 543, § 5º da CLT). Essa comunicação feita ao empregador pode ser realizada por qualquer meio, pelo próprio trabalhador, não sendo obrigatória a comunicação pelo sindicato (súmula 369, I do TST).
Assim, se o registro da candidatura ocorrer durante a vigência do aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, o trabalhador não tem direito à estabilidade (súmula 369, V do TST).
se o estabelecimento para o qual o dirigente foi eleito se extinguir, ele automaticamente perderá o direito à estabilidade (súmula 369, IV do TST). Ocorre que, se o estabelecimento for extinto, mas o empregado for transferido para uma filial localizada na mesma base territorial onde exerce suas atividades, a estabilidade permanecerá.
 
10) Explique as receitas sindicais e sua obrigatoriedade. 
 
Os sindicatos dispõe de fontes de receitas para o custeio de suas funções, sendo as receitas previstas em lei : contribuição confederativa, contribuição sindical, contribuição assistencial e mensalidade sindical.
Contribuição confederativa: O objetivo é o custeio do sistema confederativo - do qual fazem parte os sindicatos, federações e confederações, tanto da categoria profissional como da econômica - é fixada em assembleia geral. Tem como fundamento legal o art. 8º, IV, da Constituição.
Contribuição Sindical: é um valor pago por todos os trabalhadores que quiserem contribuir com o sindicato de sua categoria, econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não associados a um sindicato.
Contribuição Assistencial: Visa financiar as atividades assistenciais do sindicato e compensar custos da participação nas negociações para obtenção de novas condições de trabalho. art. 513, alínea “e”
Mensalidade sindical consiste na contribuição realizada pelo sócio do sindicato, ou seja, por aquele que adere de forma voluntária ao sindicato e passa a realizar a contribuição mensalmente à entidade. Alínea “b” do art. 548 da CLT
Essas duas fontes de receitas referidas na Constituição Federal (Contribuição Confederativa e Contribuição Sindical) são hoje facultativas. Além delas, existem as contribuições assistenciais e mensalidade sindical. (Súmula Vinculante n. 40 e art. 578 da CLT)
11) Sobre a greve, responda: 
a) Características:
 São características da greve, a suspensão dos serviços sem o consentimento patronal; caráter coletivo; caráter temporário; observância das disposições legais.
b) Requisitos :
-Existência de uma frustrada tentativa prévia de conciliação
-Convocação de Assembleia para conciliação.
-Prévia Notificação, no prazo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas ou 72 horas no caso de serviçosessenciais.
c) Serviços ou atividades essenciais: 
Em se tratando de greve nos serviços ou atividades essenciais art. 101 ,os trabalhadores devem 
Garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Caso não seja cumprida tal determinação, impõe o art. 12 da Lei de Greve que o Poder Público assegurará a prestação dos respectivos serviços. Na prática, os Tribunais impões multas diárias em caso de descumprimento da obrigação de continuidade dos serviços.

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