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TODOS OS CASOS CONCRETOS PROCESSO CIVIL IV

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CASO CONCRETO 1
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
Sem dúvida, deve ser deferido o pleito do devedor, levando em conta o princípio do menor sacrifício do executado contemplado no art. 805 do CPC. Ora se o magistrado vislumbrar que o executado possui vários bens suficientes para o pagamento de uma dívida não poderia permitir que a penhora recaísse sobre o bem de maior valor já que eventual arrematação em segunda em segunda hasta pública p ode trazer prejuízos ao devedor em razão da possibilidade do lanço ser inferior ao valor da avaliação. Deve-se ainda ressaltar que não se trata de princípio com contornos absoluto sendo processo dial ético e assim a necessidade de se outorgar as mesmas garantia as ambas às partes indistintamente sob o risco de vulnerar o princípio da isonomia processual, portanto se há um direito de crédito constitucionalmente assegurado, há Correspondente direito de defesa por parte do devedor 
 
DOUTRINA: 
art. 620 do CPC consagra o princípio da execução menos onerosa ao executado: “Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”. 
É preciso compreender corretamente a norma: “(…) a opção pelo meio menos gravoso pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes”[1]. Assim, havendo vários meios executivos aptos à tutela adequada e efetiva do direito de crédito, escolhe-se a via menos onerosa ao executado. O princípio visa impedir a execução desnecessariamente onerosa ao executado; ou seja, a execução abusiva. 
O princípio aplica-se em qualquer execução (fundada em título judicial ou extrajudicial), direta ou indireta, qualquer que seja a prestação executada (fazer, não-fazer, dar coisa ou dar quantia). 
Trata-se, como se vê, de norma que protege a boa-fé, ao impedir o abuso do direito pelo credor que, sem qualquer vantagem, se valesse de meio executivo mais danoso ao executado. Não parece que o valor que se busca proteger com esse princípio é a dignidade do executado, suficiente e adequadamente protegida pelas regras que limitam os meios executivos, principalmente aquelas que prevêem as impenhorabilidades[2]. Protege-se, isso sim, a ética processual, a lealdade, impedindo o comportamento abusivo do exeqüente. A identificação do valor protegido é muito importante para a ponderação que se precise fazer entre esse princípio e o princípio da efetividade. 
Há quem encare o princípio da boa-fé como o corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. Dessa forma, ao proibir a execução abusivamente onerosa, o princípio também serviria à tutela da dignidade da pessoa humana, ainda que mediata ou reflexamente. 
Não se deve entender essa norma como uma cláusula geral de proteção ao executado, que informaria todas as demais regras de tutela do executado (princípio do favor debitoris) espalhadas pela legislação. O princípio é uma dessas normas de proteção do executado, e não a fonte de todas as outras. O art. 620 do CPC é uma cláusula geral, que serve para impedir o abuso do direito pelo exeqüente: em vez de enumerar situações em que a opção mais gravosa revelar-se-ia injusta, o legislador valeu-se, corretamente, de uma cláusula geral para reputar abusivo qualquer comportamento do credor que pretender valer-se de meio executivo mais oneroso do que outro igualmente idôneo à satisfação do seu crédito. O art. 187 do Código Civil também consagra uma cláusula geral sobre o abuso do direito: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. As normas têm natureza e finalidade semelhantes. 
A aplicação do princípio pode dar-se ex officio: se o credor optar pelo meio mais danoso, pode o juiz determinar que a execução se faça pelo meio menos oneroso. Mas, autorizada a execução por determinado meio, se o executado intervier nos autos e não impugnar a onerosidade abusiva, demonstrando que há outro meio igualmente idôneo, haverá preclusão. O princípio protege o executado; não se pode dispensar a preclusão. 
O princípio não autoriza a interpretação de que o valor da execução deve ser reduzido, para que o executado possa cumprir a obrigação, ou de que se deve tirar o direito do credor de escolher a prestação, na obrigação alternativa, muito menos permite que se crie um direito ao parcelamento da dívida, ou direito ao abatimento dos juros e da correção monetária etc. Também não é correta a interpretação que pretende extrair do texto normativo a impossibilidade de penhora de dinheiro, porque é sempre mais oneroso ao executado: a penhora de dinheiro é sempre mais favorável ao exeqüente, não existindo outro meio tão eficaz quanto ele. 
O princípio autoriza que se entenda lícito o pedido do executado de substituição do bem penhorado por dinheiro, a qualquer tempo. Não há justifica que possa impedir esse tipo de providência, sempre mais favorável ao exeqüente e que, no caso concreto, pode revelar-se como menos onerosa ao executado. 
Trata-se de princípio que frequentemente entrará em rota de colisão com o princípio da efetividade, o que torna ainda mais importante a correta identificação do seu conteúdo dogmático. 
2 - Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. 
X d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
Sim, deve ser deferido o pedido do devedor adotando o princípio do menor sacrifício do executado contemplado no art. 805 do CPC:
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
CASO CONCRETO 2	
 1a Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. 
Fraude à execução - Todas as hipóteses pressupõem a existência de ação judicial em curso. 
Para a hipótese de redução à insolvência, a configuração da fraude à execução necessita da comprovação do elemento objetivo (eventus damni), consistente no dano causado ao credor-exequente pela alienação ou oneraçãodo bem objeto de penhora. 
Nas demais hipóteses, não há necessidade de provar o dano. 
Não existe necessidade de provar os elementos subjetivos (scientia e consilium fraudis), pois estes são presumidos. 
Fraude contra credores - Já a fraude contra credores se assemelha à fraude à execução, na medida em que em ambas há alienação de bens pelo devedor a terceiros, tornando-o insolvente 
O CAMINHO É VIA AÇÃO PAULIANA PARA PROVAR A FRAUDE E PEDIR A INVALIDAÇ ÃO DO ATO E A BUSCA DO BEM. QUANDO O DEVEDOR COMEÇA A DILAPIDAR O PATRIMÔNIO PARA SE TORNAR INSOLVEN TE E N ÃO T ER MAIS PATRIMÔNIO PARA QUE POSSA SER EXECUTADO, O CREDOR PODE PEDIR AO JUIZ COMO MEDIDA URGENTE QUE BLOQUEIE OS BENS. 
DOUTRINA: 
Nas palavras do ilustre processualista Fredie Didier: 
“A fraude à execução é manobra do devedor que causa dano não apenas ao credor (como na fraude pauliana), mas também à atividade jurisdicional executiva. Trata-se de instituto tipicamente processual. É considerada mais grave do que a fraude contra credores, vez que cometida no curso de processo judicial, executivo o apto a ensejar futura execução, frustrando os seus resultados. Isso deixa evidente o intuito de lesar o credor, a ponto de ser tratada com mais rigor” 
Questão nº 2. Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
X b) o responsável tributário, assim definido em lei; 
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei.
Em linhas gerais na fraude a execução o seu termo inicial é a partir do início da execução. Já na fraude de credores pode ocorrer no momento seguinte ao que a dívida foi contraída. Na fraude à execução é necessário demonstrar um estágio de insolvência, má-fé e pode ser reconhecida nos próprios autos. Já na fraude a os credores deve ser demonstrada insolvência, conluio entre vendedor e comprador e deve haver um processo de conhecimento pelo rito comum ação Pauliana.
CASO CONCRETO 3
Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
Existem 3 caminhos para essa pergunta, se a ação for baseada em contrato que se prevê valor certo, atende-se o calculo aritmético, segundo caminho liquidação por arbitramento se não houver necessidade de prova de fato novo e o terceiro caminho se houver necessidade de fato novo ai será o procedimento comum. 
Obs: fato novo aqui e um fato que já se sabia mas naquele momento não precisava de tal prova. 
Não é possível modificar a sentença, conforme parágrafo 4ª do 509. § 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou 
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? 
Recorre com gravo de instrumento - Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Artigo 512 cpc 
Doutrina 
Segundo as palavras de Fredie Didier[1]: “O objetivo da liquidação é, portanto, o de integrar a decisão liquidanda, chegando a uma solução acerca dos elementos que faltam para a completa definição da norma jurídica individualizada, a fim de que essa decisão possa ser objeto de execução. Dessa forma, liquidação de sentença é atividade judicial cognitiva pela qual se busca complementar a norma jurídica individualizada estabelecida num título judicial. Como se trata de decisão proferida após atividade cognitiva, é possível que sobre ela recaia a autoridade da coisa julgada material” 
Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: 
X a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
c) a nota promissória; 
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio
Resposta: a) No caso Concreto a modalidade de liquidação mais adequada é por arbitramento considerando a necessidade de conhecimento técnico, cálculo atuarial para apuração do valor do prédio, vide artigo 509, inciso I, do CPC. Na liquidação é vedado modificar a sentença vide artigo 509, parágrafo 4°, CPC. 
b) como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? Resposta: Caso haja discordância em relação ao valor deverá a parte interpor agravo de instrumento vide parágrafo único do artigo 1015 CPC.
CASO CONCRETO 4
1a Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias na liquidação, no cumprimento de sentença, na execução e no inventário são atacadas via agravo de inst rumento, nos termos do art. 1.015, parágrafo único do CPC
[...] uma ação autônoma de conhecimento, denominada embargos do devedor. Não se trata de defesa ou contestação, exercitada no bojo da execução, mas sim de ação autônoma, cujo objetivo é a desconstituição ou depuração do título que lastreia o processo executivo. Os embargos tem natureza constitutiva, posto que, se procedentes, transmudarão a situação jurídica do executado: de devedor para não devedor. (NUNES, 2003, p.428).
Questão nº 2. Considerando o CPC , indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença: 
a) incompetência relativa; 
x b) impossibilidade jurídica do pedido; 
 c) ilegitimidade da parte; 
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções
Resposta: neste caso o acolhimento da tese defensiva não ocasiona o fim da execução, visto que a execução é apenas uma fase do processo.
Assim trata-se de decisão interlocutória, sendo passível de ser impugnada por via de agravo de instrumento, como previsto no parágrafo único do artigo 1015 do CPC. 
CASO CONCRETO 5
1a Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
(Art. 914, 915, 917 do CPC.) 
Dever ser admitido sim , por envolver matéria de ordem pública, isto é, exigibilidade do título executivo (retirando dele a carga ou eficácia executiva).Do contrário estaria comprometido o modelo constitucional do devido processo legal executivo. A doutrina denomina-o de objeção de não executividade e alguns seguimentos de exceção de Pré-executividade. Em princípio não, mantendo-se o mandado de penhora, enquanto pendente de exame e no caso, impõe-se uma interpretação restritiva tal qual se dá em relação aos embargos art. 919 do CPC
Arruda Alvim, (et al):
“São títulos extrajudiciais tão só aqueles documentos a que lei, em sentido formal, outorga eficácia executiva. É irrelevante, portanto, a declaração em contrário das partes ou, inversamente, a cláusula executiva, convenção através da qual as partes, em alguns ordenamentos estrangeiros, atribuem eficácia executiva a certo documento”.[9]
2a Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
b)de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução;
 c)de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
x d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos.
Resposta: a) Não deve ser admitido. A exceção de pré – executividade deve ser embasada em uma matéria de ordem pública, sendo algo que o juiz deveria conhecer de ofício. 
Muito embora segundo a exceção de pré -executividade não tenha previsão clara no CPC, é um mecanismo de defesa aceito pela jurisprudência e doutrina que possibilita ao executado apresentar por meio de mera petição qualquer matéria que o magistrado possa pronunciar de oficio.
A maioria dos doutrinadores defende que esse instrumento, embora tenha raízes no período do Império, ganhou maior notoriedade com o caso Mennesman, em 1966. Na ocasião, Pontes de Miranda elaborou parecer sobre o caso da Companhia Siderúrgica Mennesman, que estava sendo alvo de várias ações de execução, no sentido de que a falta de um instrumento de defesa que pudesse ser apresentado antes da efetiva imposição de restrições patrimoniais causava grave prejuízo ao polo passivo.
Segundo Freddie Didier Jr., “a exceção de pré-executividade é caracterizada por três elementos: Atipicidade, pois não está prevista na legislação (embora esse elemento tenha sido parcialmente afastado pelo fato de que o NCPC trata indiretamente do instrumento); Limitação probatória; Informalidade.”
b) A nulidade do título deve ser arguida em Embargos de Execução.
CASO CONCRETO 6
1a Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
 O magistrado deve decidir conforme o art. 8 96, do NCPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80 % (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano. Portanto, a arrematação não foi válida
2a Questão. A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta:
 a) o seguro de vida;
 b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
x c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
 d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor.
Resposta: Trata-se realmente de arrematação inválida pois não foi atingido o preço mínimo na hipótese em que incapaz é sujeito passivo na execução vide artigo 896 CPC.
CASO CONCRETO 7
1a Questão: Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
Resposta: Quando o executado não possuir bens penhoráveis, suspende -se a execução na forma do art. 921, III, do CPC, pelo prazo de 1 (um) ano conforme o art. 921, § 1°, do CPC. Passado 1 ano, e não for encontrado bens penhoráveis de acordo com art. 921, § 2°, do CPC , o juiz ordenará o arquivamento dos autos, que serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo for encontrado bens penhoráveis como versa o art. 921, § 3°, do CP C. Passado 1 (um) ano sem a manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente na forma do art. 921, § 4°, do CPC que é, aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito nos termos dos artigos 921, §4º, combinado com art. 924, V, ambos do CPC. Trata-se de uma sentença com resolução de mérito de acordo com o art. 487, I, do CPC
 2a Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta: 
a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
X b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito;
 c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis.
Resposta: O CPC admite expressamente a possibilidade da suspensão do processo pela ausência de bens penhoráveis artigo 921, inciso III do CPC, também estabelece que findo este prazo iniciará o transcurso da prescrição intercorrente vide parágrafo 4°, artigo 921 e artigo 924, inciso V do CPC.
CASO COMCRETO 8 
1 a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes.Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 
Resposta: Tema polêmico e não pacifico, pois de um lado há quem entenda que o valor pode rá ser reduzido, mas o valor já acumulado já integra o patrimônio do credor. Por outro lado há quem entenda que está decisão tem caráter retroativo.
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: a) Impugnação; b) Embargos a execução; c) Exceção; d) Contestação
CASO CONCRETO 9
1 a Questão. Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão?
Resposta: Assiste razão a Maurício o procedimento presente do artigo 910 do CPC refere-se apenas para as obrigações de pagar, e que a Fazenda Pública possua bens empenhoráveis e deve realizar o cumprimento por uma sistemática própria (precatório ou RPV “Requisição de pequeno valor”).
CASO CONCRETO 10
1 a Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? 
Resposta: Resposta negativa. A sistemática para que as obrigações de pagar sejam liquidadas pela Fazenda Pública é naturalmente mais morosa do que aquelas devidas por particulares.
Aliado a este fato o CP C expressamente proibiu a aplicação desta multa de 10% nos casos em que a Fazenda Pública estiver sendo executada (artigo 534, parágrafo 2° CPC)
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública: a) incompetência relativa; b) impossibilidade jurídica do pedido; c) ilegitimidade da parte; d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
CASO CONCRETO 11
1 a Questão: O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? 
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos: a) prisão civil; b) protesto do título judicial; c) desconto em folha de pagamento; d) mandado de imissão.
CASO CONCRETO 12
1 a Questão: Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo? 
2ª Questão. Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta: a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal; b) no mandado de segurança coletivo, a improcedência do pedido por falta de provas faz coisa julgada em relação aos interesses individuais dos substituídos; c) a ação popular, cuja legitimidade é atribuída aos cidadãos, só pode ser ajuizada em caso de atos ilegais e lesivos ao patrimônio público; d) os direitos individuais homogêneos são considerados como direitos difusos.

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