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Segundo Dahl, nenhuma constituição preservaria uma democracia de um país cuja as condições sejam altamente desfavoráveis. Fazendo um retrocesso histórico, podemos concordar ou discordar do autor? Quando Robert Dahl cita Alice no país das Maravilhas na introdução do Capítulo Nove do seu livro “Sobre a Democracia” ele faz um paralelo sobre coisas que as pessoas querem que seja, mas não são. Essa tentativa de convencer a maioria a acreditar em uma ilusão é papel constante de líderes autoritários no mundo todo, da mesma forma que eles querem que a população creia no impossível, os mesmos se esforçam para mascarar seus totalitarismos como democracias. Entretanto, algumas instituições que se fazem necessárias na democracia são inexistentes nesses países ditos democráticos. Outro levantamento feito por Dahl, foi de como os gregos se diziam democráticos se hoje, para os parâmetros existentes a “democracia grega” não é uma das mais democráticas. Porém, para a sociedade que não conhecia nada além da ditatura, aquela falsa ideia de participação política era mais do que suficiente. O surgimento da constituição foi outro avanço para a democracia, principalmente porque ali estavam inseridos todos os direitos e deveres dos cidadãos assegurando que tudo que supostamente seria cumprido fosse cobrado dos governantes. Porém a constituição pode ser fictícia, e, elaborada afim de apenas representar um papel falso, e não algo que realmente funcione. Quando Dahl fala afirma que nenhuma constituição preservaria uma democracia em um país em crise, ele está profundamente correto. Dessa forma, fazendo analogia a Alice, não adianta se fingir que existe algo quando na verdade só há vazio. Não é possível fingir democracia quando na verdade só se encontra farsa.
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