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AAR - Atividade Acadêmica Remota - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO - ALUNO PALOMA MARQUES FERNANDES RA N3915E-2 SALA 603 - UNIP PARAISO - NOTURNO.docx

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ALUNO: PALOMA MARQUES FERNANDES RA: N3915E-2 
SALA: 603 
TURMA: DR3R68
UNIP PARAISO PERIODO: NOTURNO
PODER EXECUTIVO
1) Qual a diferença entre Chefe de Estado e Chefe de Governo?
  O Chefe de Estado é quem representa determinado país publicamente, de forma cerimonial em festas e outros eventos para autoridades ou mesmo em programas humanitários, ele é apenas uma figura protocolar, mas sem poderes administrativos. Nos sistemas parlamentaristas, essa função é ocupada pelo presidente (eleito pelo povo e nomeado pelo Parlamento) ou por um monarca (rei ou rainha, que assume de forma hereditária), já nos países presidencialistas, como Brasil e Estados Unidos, as duas posições são ocupadas por uma única pessoa: o Presidente da República   Já o Chefe de Governo, pode ser ou um 1° ministro ou um chanceler e é quem cuida da administração do país, governa de fato (com poderes executivos) escolhido pelo Parlamento.
 
2) Cite e explique duas competências exclusivas do Presidente da República.
No art. 84/88 CF, V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
Compete privativamente ao Presidente da República fazer isso, ele pode vetar total ou parcialmente de acordo com o interesse do país.
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio.
Também complete privativamente a ele. Pode decretar o estado de defesa em caso de revolução nacional ou desastres naturais que ameacem a ordem pública ou paz social, por exemplo, e estado de sítio em caso de guerra, por exemplo.
3) Quais os requisitos para candidatura e eleição do Presidente da República?
· Ser brasileiro nato (nascido no Brasil ou filho de brasileiro);
· ter pelo menos 35 anos de idade;
· ser filiado a partido político (e estar no partido atual por pelo menos seis meses antes da data de eleição);
· cumprir os critérios de elegibilidade previstos na Ficha Limpa (dentre os quais: não ser condenado em segunda instância na Justiça, por órgão colegiado).
4) O que ocorre quando há vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente nos dois primeiros anos de mandato?
  Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, se fará uma eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Art 81/88 CF.
  Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
5) O que ocorre quando há vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente nos dois últimos anos de mandato?
   Segundo o art. 81, CF, § 1º, ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
6) O que é crime de responsabilidade? O que ocorre quando o Presidente comete crime de responsabilidade? Como se inicia o processo por crime de responsabilidade e onde será o Presidente julgado?
Segundo a lei nº 1.079/50, no art. 4º, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:
I - A existência da União:
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;
III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:
IV - A segurança interna do país:
V - A probidade na administração;
VI - A lei orçamentária;
VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos;
VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89).
São passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
 
7) Quais são os crimes comuns que o Presidente pode cometer? Onde será julgado por tais crimes? Onde e como é admitida a denúncia?
    As infrações penais comuns opõem-se às infrações político-administrativas (crimes de responsabilidade), e tanto estas como aquelas podem ser cometidas pelo Presidente da República durante o exercício do mandato presidencial.
Perante o STF.
Em sendo um crime comum (peculato, corrupção passiva, concussão etc), admitida a acusação por maioria qualificada de dois terços da Câmara dos Deputados o Presidente da República sujeitar-se-á ao Supremo Tribunal Federal, que permitirá ou não a instauração de um processo contra o Chefe do Executivo Federal. Percebe-se, pois, que o Presidente da República dispõe de prerrogativa de foro (prerrogativa de função). Somente a Corte Suprema poderá processá-lo e julgá-lo por crimes comuns (CF, art. 102, I, b), obviamente após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, que precisará do voto de 2/3 (dois terços) de seus membros para autorizar o processo. É importante notar, no entanto, que a admissão da acusação pela Câmara dos Deputados não vincula a Corte Suprema (STF), que poderá rejeitar a denúncia-crime ou queixa-crime, caso entenda, por exemplo, inexistirem elementos suficientes de autoria e materialidade. Recebida a denúncia, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções por 180 (cento e oitenta) dias; decorrido este prazo voltará o Presidente a exercer suas funções presidenciais, devendo o feito prosseguir até a decisão derradeira. Registre-se que enquanto não sobrevier sentença condenatória, o Presidente da República não poderá ser preso (art. 86, § 3º, da CF/88). 
8) Explique a imunidade penal temporária do Presidente da República.
O artigo 86, §4º, afirma que:
“O Presidente da República, na vigência de eu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.”
Ou seja, o Presidente da República possui um tipo especial de imunidade que vai além do foro privilegiado (o direito de ser julgado apenas pelo STF). Essa imunidade penal temporária garante que o Presidente, enquanto durar o seu mandato, possa ser julgado apenas de duas formas:
1)Por crimes de responsabilidade, em processo de impeachment. Esses crimes estão definidos na Lei 1.079/50 e refere-se a infrações que o presidente comete enquanto exerce suas funções e quem o julga por impeachment é o Congresso Nacional. Dois terços da Câmara e do Senado precisam ser a favor da condenação;
2)Por infrações comuns (penais), em ação do STF, apenas quando tiverem relação com o exercício da presidência, ou seja, se vier a tona que o presidente, em algum momento de seu mandato, cometeu algum crime ligado às suas funções, poderia ter um inquérito autorizado pelo Supremo.
Mesmo em casos de crimes comuns, a aceitação da denúncia por parte do Supremo contra o presidente também depende da autorização prévia de dois terços da Câmara dos Deputados.

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