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07-Cristologia

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SUMÁRIO 
 
1 - UMA PALAVRA ......................................................................................................2 
2 - CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” .....................................................................2 
2.1. A OBJEÇÃO DA IGREJA CRISTÃ AO CHAMADO “JESUS HISTÓRICO” ...................................2 
2.2. A PESQUISA EM BUSCA DO “JESUS HISTÓRICO” E O FRACASSO DA INVESTIGAÇÃO ..............3 
3 - A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS .............................................................7 
3.1. CONCEITOS DE CRISTIFICAÇÃO ....................................................................................7 
3.2. O TIPO DE FECUNDAÇÃO QUE FORMOU O CORPO DO SENHOR JESUS CRISTO ....................8 
3.3. A NATUREZA HUMANA DE CRISTO ..............................................................................10 
3.4. A NATUREZA DIVINA DE CRISTO.................................................................................11 
3.5. ATRIBUTOS DIVINOS QUE LHE SÃO ATRIBUÍDOS............................................................12 
3.6. TÍTULOS DADOS IGUALMENTE A DEUS PAI E A JESUS CRISTO ........................................13 
3.7. OBRAS ATRIBUÍDAS IGUALMENTE A DEUS PAI E A JESUS CRISTO....................................13 
3.8. A UNIPERSONALIDADE DE JESUS CRISTO ....................................................................14 
3.9. ASPECTOS MÉDICOS DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO ............................................14 
4 - ASPECTOS ILEGAIS DO JULGAMENTO DE JESUS...............................................15 
4.1. A INTRODUÇÃO DAS TESTEMUNHAS............................................................................16 
4.2. O VEREDICTO DE PILATOS ........................................................................................16 
4.3. SOLDADOS ROMANOS ESCARNECEM E BATEM EM JESUS ..............................................17 
4.4. A COROA DE ESPINHOS E O MANTO............................................................................17 
4.5. A SEVERIDADE DO ESPANCAMENTO............................................................................17 
4.6. SOFRIMENTO NA CRUZ..............................................................................................18 
4.7. SOFRIMENTO FÍSICO NA CRUZ ...................................................................................19 
4.8. ABANDONO POR DEUS – MORTE ESPIRITUAL................................................................20 
4.9. MORTE POR CRUCIFICAÇÃO – LENTA SUFOCAÇÃO ........................................................20 
4.10. UMA ÚLTIMA BEBIDA DO VINAGRE .............................................................................21 
4.11. CELEBRAÇÃO DA OPOSIÇÃO GUERRA ESPIRITUAL.........................................................21 
4.12. JESUS DEU SUA VIDA...............................................................................................21 
4.13. MORTE POR CRUCIFICAÇÃO.......................................................................................22 
4.14. APARÊNCIA NO CÉU..................................................................................................22 
4.15. SEGUINDO A JESUS CRISTO ......................................................................................23 
5 - A VIDA DE CRISTO DE “A” A “Z” E DE GÊNESIS A APOCALÍPSE.........................23 
5.1. JESUS “O SENHOR É SALVAÇÃO” ................................................................................23 
5.2. INFÂNCIA ................................................................................................................23 
5.3. TRÊS ANOS DE MINISTÉRIO .......................................................................................24 
5.4. A ÚLTIMA SEMANA...................................................................................................24 
5.5. DO GÊNESIS AO APOCALÍPSE.....................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRISTOLOGIA - 2 
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!” 
www.institutodeteologialogos.com.br | contato@institutodeteologialogos.com.br 
1 - UMA PALAVRA 
Cristologia refere-se ao estudo referente a Jesus Cristo – sua pessoa e sua obra. 
Tratar-se-á as temáticas da teologia sistemática bem como passagens bíblicas essenciais 
referentes à temática, bem como o dilema do porquê da morte de Jesus na cruz. 
Lemos em Jo.1:14 que o Verbo se fez carne. Não devemos entender com isso que o 
Verbo foi transformado em carne ou misturado com carne, e sim que escolheu para Si 
mesmo um templo formado pelo ventre de uma virgem, no qual habitar; e que Aquele que 
era o Filho de Deus ficou sendo o Filho do Homem, não pela confusão da substância, mas 
sim pela unidade de pessoa. 
2 - CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” 
No período compreendido entre 1774 a 1778, foi iniciada a procura do Jesus Histórico. 
Lessing publicou pós morte as anotações de Hermann Samuel Reimarus. Esse estudioso 
questionava a tradicional forma de apresentar Jesus na Igreja e no Novo Testamento. Para 
ele Jesus nunca fizera uma reivindicação messiânica, nunca institui qualquer sacramento, 
nunca predisse a sua morte e nem ressuscitou dentre os mortos. Dizia que Jesus era um 
engodo. Essa atitude instigou a busca do Jesus “verdadeiro”. A metodologia racionalista foi 
a predominante como método de pesquisa dessa busca, peculiar a primeira parte do século 
XIX. A polêmica desses estudos foi um terreno fértil para nascerem obras pró e contra 
Jesus. 
O interregno entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra Mundial foi a ocasião em 
que a busca do Jesus histórico foi abandonada, em função da falta de interesse pela 
procura e pelas dúvidas quanto a sua possibilidade. Entretanto, três fatores foram 
fundamentais para essa desistência: primeiro - a obra de Albert Schweitzer que revelou a 
idéia de que o Jesus liberal nunca existiu, pois ele foi criado e baseado nos desejos de 
liberais, não em fatos verídicos; segundo - a partir da obra de William Wrede e dos críticos 
da forma, houve o reconhecimento de que os evangelhos não eram meramente biografias 
objetivas que facilmente poderiam ser pesquisadas à procura de informações historicistas; 
por fim - Martin Kähler influenciou os estudiosos a reconhecerem que o objeto da fé da 
igreja no decurso de todos os séculos nunca tinha sido o Jesus histórico do liberalismo 
teológico, mas o cristo da fé, ou seja, o Cristo sobrenatural proclamado nas Sagradas Letras. 
Ernst käsemann, em 1953, reacendeu as chamas da busca do Jesus da história, 
propalando seu receio de que a lacuna entre o Jesus da história e o Cristo da fé era muito 
semelhante à heresia docética, que negava a humanidade do Filho de Deus. Como era de se 
esperar Käsemann decepcionou-se em seus intentos. 
O avanço da ciência histórica não tem modificado a opinião universal a cerca do 
Senhor Jesus. Prova disso é que, desde o mundo antigo à contemporaneidade, encontramos 
mesmo que em forma diversificada a historicidade da pessoa bendita de Jesus de Nazaré. 
2.1. A Objeção da Igreja Cristã ao Chamado “Jesus Histórico” 
A igreja cristã ri do fascínio dos liberais pela busca do que eles chamam de “Jesus 
Histórico”. Isso se justifica pelo fato de que o Cristianismo é o que é através da afirmação de 
que o homem Jesus de Nazaré, que foi chamado “o Cristo”, é de fato o Cristo, a saber, o 
Messias, o Ungido. Toda vez que é sustentada a asserção de que Jesus é o Cristo, ali existe 
a mensagem cristã; onde quer que essa asserção seja negada, é negada igualmente a 
mensagem cristã. 
A religião cristã nasceu não quando nasceu o homem chamado “Jesus”, mas sim, no 
momento que um de seus seguidores foi levado a dizer-lhe: “Tu és o Cristo”. E o 
Cristianismo ficará vivo enquanto existirem pessoas que repitam essa afirmação. Isso 
porque o evento sobre o qual o Cristianismo se baseia apresenta dois lados: o fato que é 
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chamado “Jesus de Nazaré” e a recepção deste fato por aqueles que O receberam como o 
Cristo. Interessante que no momento que os discípulos O aceitam como o Cristo é também o 
momento que Ele é rejeitado pelos poderes da história. Então, Aquele que é o Cristo deve 
morrer por haver aceito o título de “Cristo”. 
Jesus como o Cristo é tanto um fato histórico quanto um objeto de recepção pela fé. 
Não se pode afirmar a verdade sobre o evento no qual se baseia o Cristianismo sem afirmar 
ambos esses lados. Se Jesus não tivesse impactado os seus discípulos com o fato de ser o 
Cristo, e eles tivessem crido, bem como através deles a todas as gerações posteriores, o 
homem que é chamado Jesus de Nazaré talvez fosse recordado apenas como uma pessoa 
histórica e religiosamente importante. Mas se ele foi crido e provou de fato ser o Cristo. 
Nesse sentido, quem é o “Jesus Histórico”? Russel Norman Champlin responde tal 
questionamento em sua obra Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Para ele o Jesus 
histórico é igualmente o Jesus a quem adoramos e servimos. É o Jesus teológico 
naturalmente, podemos ter algumas noções falsas a cerca d’Ele, mas há tal identificação de 
pessoa. Jesus é uma figura cósmica, dotada de importância universal. Não foi meramente 
um homem bom, um excelente mestre. Ele é também o Senhor da Glória, no sentido mais 
literal possível. 
James Moffatt, em sua obra Jesus Christ The Same assevera: 
“Nada é mais provável do que aquele que viveu à face da Terra, por alguns poucos 
anos, seja o mesmo Cristo, a quem seus seguidores adoram como Senhor; nenhum novo 
Jesus foi criado por algum movimento sincretista do primeiro século cristão. Há certa 
unidade no ministério insolúvel de sua pessoa, que é, não apenas real, mas também é, a 
causa real que subjaz às diversas interpretações de sua vida e de sua obra, e as 
experiências posteriores Igreja subentendem, repetida e continuadamente, que deve haver 
comunhão com ele, como algo mais profundo que qualquer modificação interna ou externa 
da fé”. 
2.2. A Pesquisa em Busca do “Jesus Histórico” e o Fracasso da 
Investigação 
Paul Tilllych, em sua obra Teologia Sistemática expõe o insucesso da capturação do 
chamado “Jesus Histórico”. Pude dividir a opinião de Tillych em cinco pontos, a saber: 
1. Foi falsa a idéia de a crítica histórica ter destruído a própria fé. 
2. Esse fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa. 
3. O Cristianismo se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de 
Jesus e não em uma novela histórica. 
4. Os ensinos e as mensagens de Jesus não têm relação com a situação concreta na 
qual foram pronunciadas. 
5. Uma confusão em torno do termo “Jesus Histórico”. 
Vejamos esses cinco aspectos do pensamento Tillychano. 
A. A Crítica Histórica Parecia Haver Destruído a Própria Fé. Desde o momento em que 
foi aplicado o método científico de pesquisa histórica à literatura bíblica, problemas 
teológicos que nunca estiveram completamente ausentes ficaram de tal forma aumentados, 
como nunca o estiveram em períodos anteriores da história da igreja. O método histórico 
une elementos analítico-críticos e construtivo-conjeturais. Para a consciência cristã normal, 
moldada pela doutrina ortodoxa da inspiração verbal, o primeiro elemento impressionou 
muito mais do que o segundo. Só foi sentido o elemento negativo no termo “crítica”, e esse 
empreendimento todo foi chamado de “crítica histórica” ou “alta crítica”` ou, com referência 
a um método recente, “critica da forma”. Em si mesmo, o termo “crítica histórica” significa 
nada mais do que pesquisa histórica. Toda pesquisa histórica crítica suas fontes, separando 
aquilo que apresenta mais probabilidade daquilo que apresenta menos ou é totalmente 
improvável. Ninguém duvida da validez desse método, já que ele é confirmado 
continuamente por seu sucesso; e ninguém protesta com seriedade se ele destrói belas 
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lendas e preconceitos profundamente enraizados. Mas a pesquisa bíblica se tornou suspeita 
desde seu próprio começo. Ela parecia criticar não só as fontes históricas, mas também a 
revelação contida nessas fontes. Pesquisa histórica e rejeição da autoridade bíblica foram 
consideradas idênticas. Revelação, supunha-se, abarcava não só o conteúdo revelatório, 
mas também a forma histórica na qual apareceu. Isso parecia ser verdade especialmente 
com relação aos fatos referentes ao “Jesus histórico”. Já que a revelação bíblica é 
essencialmente histórica, parecia impossível separar o conteúdo revelatório dos relatos 
históricos tais quais apresentados nos registros bíblicos. A crítica histórica parecia haver 
destruído a própria fé. 
Mas a parte crítica da pesquisa histórica na literatura bíblica é a parte menos 
importante. Mais importante é a parte construtivo-conjetural, que foi a força motora em 
todo esse empreendimento. Os fatos que estão por três dos registros, foram buscados; 
especialmente se buscaram os fatos sobre Jesus. Havia um desejo urgente de descobrir a 
realidade desse homem, Jesus de Nazaré, por trás das tradições coloridas e ao mesmo 
tempo, camufladoras dessa realidade, que são tão antigas quanto ela própria. Desse modo, 
a pesquisa pelo assim chamado “Jesus histórico” teve início. Seus motivos eram ao mesmo 
tempo religiosos e científicos. Essa tentativa era corajosa, nobre e extremamente 
significativa em muitos aspectos. Suas conseqüências teológicas são inúmeras e bastante 
importantes. Mas, vista à luz de sua intenção básica, a tentativa da crítica histórica de 
encontrar a verdade empírica sobre Jesus de Nazaré foi um fracasso. O Jesus histórico, a 
saber, o Jesus que está por trás dos símbolos de sua recepção como o Cristo, não só não 
apareceram, quanto se distanciavam cada vez mais g medida que se dava um novo passo. A 
história das tentativas de se escrever uma “vida de Jesus”, elaborada por Albert Schweitzer 
em sua primeira obra, “A busca do Jesus Histórico” ainda é válida. Sua própria tentativa 
construtiva foi corrigida. Eruditos, tanto conservadores quanto radicais, se tornaram mais 
cautelosos, mas a situação metodológica não mudou. Isso se tornou manifesto quando o 
programa ousado de “desmitologização do Novo Testamento”, feito por Bultmann, levantou 
uma tempestade em todos os campos teológicos, e a lentidão com que a escola de Barth 
considerava o problema histórico foi seguida por um impressionante despertamento. Mas o 
resultado do questionamento novo (e muito antigo) não é uma imagem do assim chamado 
Jesus histórico, mas o “insight” de que não existe uma imagem por trás da imagem bíblica 
que pudesse se tornar cientificamente provável. 
B. O Fracasso foi Motivado Pela Natureza das Fontes de Pesquisa. A situação exposta 
acima não é questão de um defeito passageiro da pesquisa histórica que um dia seja 
superado. Ela é causada pela própria natureza das fontes. Os registros sobre Jesus de 
Nazaré são os de Jesus como o Cristo, dados por pessoas que o receberam como o Cristo. 
Portanto, se tentamos encontrar o Jesus real que está por trás da imagem de Jesus como o 
Cristo, é necessário separar criticamente os elementos que pertencem ao lado factual do 
evento, daqueles elementos que pertencem ao lado receptivo. Ao fazer isso, esboça-se uma 
“Vida de Jesus”; muitos desses esboços foram elaborados. Em muitos deles atuaram 
juntos: honestidade científica, devoção amorosa e interesse teológico. Em outros são visíveis 
o distanciamento crítico e até mesmo a rejeição malévola. Mas nenhum pode reivindicar ser 
uma imagem provável, que seja o resultado de um labor científico tremendo dedicado à essa 
tarefa durante duzentos anos. No máximo, eles são resultados mais ou menos prováveis,incapazes seja de fornecer uma base para a aceitação da fé cristã, seja para rejeitá-la. 
Tendo em vista essa situação, houve tentativas de reduzir a imagem do Jesus histórico 
aos seus traços “essenciais”; a elaborar uma Gestalt, ao mesmo tempo em que deixando 
abertos g dúvida seus traços particulares. Mas esse não é o processo correto. A pesquisa 
histórica não pode pintar uma imagem essencial depois de eliminar todos os traços 
particulares porque eles são questionáveis. Ela permanece dependente dos traços 
particulares. 
Conseqüentemente, as imagens do Jesus histórico nas quais é amplamente evitada 
uma “Vida de Jesus” diferem tanto umas das outras, quanto aquelas nas quais não é 
aplicada tal auto-restrição. 
A dependência da Gestalt na valoração dos traços particulares é evidente num 
exemplo tomado do complexo daquilo que Jesus ensinou sobre si mesmo. Para elaborar esse 
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ponto, deve-se saber, além de muitas outras coisas, se ele aplicou o título “Filho do 
Homem” a si mesmo, e caso sim, em que sentido. Toda resposta dada a essa questão é uma 
hipótese mais ou menos provável, mas o caráter do quadro “essencial” do Jesus histórico 
depende decisivamente dessa hipótese. Esse exemplo mostra claramente a impossibilidade 
de substituir a tentativa de esboçar uma “Vida de Jesus” tentando pintar a “Gestalt de 
Jesus” 
Esse exemplo mostra ao mesmo tempo outro ponto importante. Pessoas que não estão 
familiarizadas com o aspecto metodológico da pesquisa histórica temem suas conseqüências 
para a doutrina cristã e por isso gostam de atacar a pesquisa histórica em geral e a 
pesquisa na literatura bíblica em especial, acusando-as de preconceitos teológicos. Se elas 
forem consistentes, negarão que sua própria interpretação também é preconcebida ou, como 
elas diriam, dependente da verdade de sua fé. Mas elas negam que o método histórico tenha 
critérios científicos objetivos. Contudo, essa afirmação não pode ser sustentada em vista do 
imenso material histórico que foi descoberto e freqüentemente verificado de forma empírica 
por um método de pesquisa usado universalmente. E característico desse método que ele 
tenta manter uma auto-crítica permanente para libertar-se de preconceitos conscientes ou 
inconscientes. Isso nunca é plenamente bem sucedido, mas é uma arma poderosa e 
necessária para se obter conhecimento histórico. 
Um dos exemplos aludidos freqüentemente neste contexto é o tratamento dos milagres 
do Novo Testamento. O método histórico não aborda as histórias de milagres nem com o 
pressuposto de que aconteceram porque foram atribuídos aquele que é chamado o Cristo, 
nem com o pressuposto de que eles não aconteceram porque esses eventos contradiriam as 
leis da natureza. O método histórico pergunta, quão fidedignos são os relatos em cada caso 
particular, quão dependentes são eles de fontes mais antigas, como poderiam ter sido 
influenciados pela credulidade de um período, como são bem confirmados por outras fontes 
independentes, em que estilo são escritos, e para que finalmente são usados no contexto 
todo. Todas essas questões podem ser respondidas de forma “objetiva” sem a interferência 
desnecessária de preconceitos positivos ou negativos. O historiador nunca pode conseguir 
uma certeza dessa forma, mas pode chegar a um alto grau de probabilidade. Contudo, seria 
um salto a outro nível se ele transformasse a probabilidade histórica em uma certeza 
histórica positiva ou negativa mediante um juízo de fé (como será mostrado mais adiante). 
Essa distinção clara freqüentemente é confundida pelo fato óbvio de que a compreensão do 
sentido de um texto é parcialmente dependente das categorias de compreensão usadas no 
encontro com textos e registros. Mas não é totalmente dependente delas, já que existem 
aspectos filológicos e outros que estão abertos à uma abordagem objetiva. Compreensão 
exige participação do sujeito naquilo que compreende, e só podemos participar em termos 
daquilo que somos, incluindo nossas próprias categorias de compreensão. Mas essa 
compreensão “existencial” nunca deveria perverter o juízo do historiador com respeito aos 
fatos e relações. A pessoa cuja preocupação última é o conteúdo da mensagem bíblica está 
na mesma posição que aquela cujo conteúdo t indiferente, se discutem questões como as do 
desenvolvimento da tradição sinótica, ou os elementos mitológicos e lendários do Novo 
Testamento. Ambas têm os mesmos critérios de probabilidade histórica e devem usá-los 
com o mesmo rigor, embora ao fazer isso possam afetar suas próprias convicções religiosas 
ou filosóficas. Nesse processo pode acontecer que preconceitos que fecham os olhos para 
fatos particulares abrem-nos para outros. Mas esse “abrir os olhos” é uma experiência 
pessoal que não pode ser convertida num princípio metodológico. Só existe um 
procedimento metodológico, e esse consiste em olhar o objeto a ser investigado e não nossa 
maneira de olhar o objeto, já que nossa atitude se acha realmente determinada por muitos 
fatores psicológicos, sociológicos e históricos. Esses aspectos devem ser desconsiderados 
intencionalmente por quem quer que aborde um fato objetivamente. Não se deve formular 
um juízo sobre a auto-consciência de Jesus a partir do fato de que se é um cristão - ou anti-
cristão. O juízo deve ser inferido de um certo grau de plausibilidade, baseado em registros e 
em sua provável validez histórica. Isso, sem dúvida, pressupõe que o conteúdo da fé cristã 
seja dependente desse juízo. 
C. O Cristianismo se Baseia no Testemunho a Respeito do Caráter Messiânico de 
Jesus. A religião cristã se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus 
de Nazaré e não em uma novela histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus Histórico. A 
busca do Jesus histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de fatos confiáveis sobre 
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o homem Jesus de Nazaré, para se obter um fundamento seguro à fé cristã. Essa tentativa 
foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu probabilidades sobre Jesus, em grau maior 
ou menor. A base dessas probabilidades, ela esboçou “Vidas de Jesus”. Mas essas se 
pareciam mais a novelas do que a biografias; elas com certeza não poderiam fornecer uma 
base segura para a fé cristã. O cristianismo não se baseia na aceitação de uma novela 
histórica; ele se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus por 
pessoas que não estavam absolutamente interessadas numa biografia do Messias. 
A intuição dessa situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa 
de construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma 
interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora não todas) 
não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer contexto biográfico. 
Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam ou não ter sido ditas por ele. 
Nessa base o problema biográfico insolúvel não guarda a menor relação com a verdade das 
palavras correta ou erradamente registradas como palavras de Jesus. O fato de que a 
maioria das palavras de Jesus tem um paralelo na literatura judaica contemporânea não é 
um argumento contra sua validez. Esse também não é um argumento contra sua unicidade 
e poder, tais como aparecem em coleções como o Sermão da Montanha, as parábolas e as 
discussões com inimigos, bem como com seus seguidores. 
D. Os Ensinos e as Mensagens de Jesus Cristo. Uma teologia que tenta fazer das 
palavras de Jesus um fundamento histórico da fé cristã pode fazê-lo de duas maneiras. Pode 
tratar as palavras de Jesus como “ensinos de Jesus” ou como “mensagem de Jesus”. Como 
ensinos de Jesus, elas são entendidas como interpretaçõesrefinadas da lei natural ou como 
intuições originais da natureza do homem. Elas não tem relação com a situação concreta na 
qual foram pronunciadas. Como tal, pertencem à lei, profecia ou literatura sapiencial, da 
mesma maneira como no Antigo Testamento. Elas podem transcender todas essas três 
categorias em termos de profundidade e poder; mas não os transcendem em termos de 
caráter. Contudo, restringir a investigação histórica aos “ensinos de Jesus” é reduzir Jesus 
ao nível do Antigo Testamento e implicitamente negar sua reivindicação de superar o 
contexto Vetero-Testamentário. 
A segunda forma pela qual a pesquisa histórica se restringe às palavras de Jesus C 
mais profunda que a primeira. Ele nega que as palavras de Jesus sejam regras gerais de 
comportamento humano, que elas sejam regras às quais a gente deva se sujeitar, ou que 
elas sejam universais e possam portanto ser abstraídas da situação na qual foram ditas. Em 
vez disso, enfatizam a mensagem de Jesus de que o Reino de Deus está “à mão” e que 
portanto aqueles que querem entrar nele devem se decidir a favor ou contra o Reino. Essas 
palavras de Jesus não são regras gerais, mas exigências concretas. Essa interpretação do 
Jesus histórico, sugerida especialmente por Rudolf Bultmann, identifica o sentido de Jesus 
com o sentido de sua mensagem. Ele exige uma decisão, a saber, a decisão por Deus. E essa 
decisão inclui a aceitação da Cruz, porque ele mesmo aceitou a sua. Aquilo que é 
historicamente impossível, a saber, o esboço de uma “vida” ou uma Gestalt de Jesus, é 
engenhosamente evitado usando aquilo que está imediatamente dado - a saber, sua 
mensagem sobre o Reino de Deus e suas condições e apegando-se cada vez mais ao 
“paradoxo da Cruz de Cristo” Mas até mesmo esse método de juízo histórico restrito não 
pode oferecer um fundamento à fé cristã. Ele não mostra como pode ser cumprida a 
exigência de decidir-se pelo Reino de Deus. A situação de ter que se decidir permanece 
sendo aquela sob a lei. Não transcende a situação do Antigo Testamento, a situação da 
busca por Cristo. Pode-se chamar a essa teologia de “liberalismo existencialista” em 
contraste com o “liberalismo legalista” do primeiro. Mas nenhum desses métodos responde à 
pergunta de onde reside o poder de obedecer aos ensinos de Jesus ou de decidir-se pelo 
Reino de Deus. Isso esses métodos não podem fazer porque a resposta deve vir de uma nova 
realidade que, de acordo com a mensagem cristã, é o Novo Ser em Jesus como o Cristo. A 
Cruz é o símbolo de um dom antes de ser o símbolo de uma exigência. Mas, se isso for 
aceito, é impossível retirar-se do ser de Cristo para refugiar-se em suas palavras. A via de 
acesso última da pesquisa e busca do Jesus histórico está barrada, e manifesta o fracasso 
da tentativa de apresentar um fundamento à fé cristã através da investigação histórica. 
E. A Confusão Semântica em Torno da Expressão “Jesus Histórico”. Esse resultado 
teria sido reconhecido com mais facilidade se não fosse pela confusão semântica a respeito 
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do sentido do termo “Jesus histórico”. Esse termo foi usado predominantemente para os 
resultados da pesquisa histórica referente ao caráter e vida da pessoa que está por trás dos 
registros do Evangelho. Como todo conhecimento histórico, nosso conhecimento dessa 
pessoa é fragmentário e hipotético. A investigação histórica sujeita esse conhecimento ao 
ceticismo metodológico e à mudança contínua que ocorre nos traços particulares, bem como 
nos essenciais. Ela tem como alvo ideal atingir um alto grau de probabilidade, mas em 
muitos casos isso é impossível. 
O termo “Jesus histórico” também é usado para significar o evento “Jesus como 
Cristo” como um elemento factual. O termo nesse sentido levanta a questão da fé e não a 
questão da pesquisa histórica. Se o elemento factual no evento cristão fosse negado, seria 
negado também o fundamento do cristianismo. Ceticismo metodológico sobre o labor da 
pesquisa histórica não nega esse elemento. A fé não pode nem mesmo garantir o nome 
“Jesus” com respeito àquele que foi o Cristo. Ela deve deixar isso às incertezas de nosso 
conhecimento histórico. Mas a fé garante a transformação factual da realidade naquela vida 
pessoal que o Novo Testamento expressa em sua imagem de Jesus como o Cristo. Se não se 
distinguirem esses dois sentidos do termo “Jesus histórico”, não é possível haver nenhuma 
discussão honesta e frutífera. 
3 - A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE 
JESUS 
3.1. Conceitos de Cristificação 
Christos em grego é “ungido”, de epichriô, “ungir, “untar”. A ilustração utilizada pelo 
Educador em Teologia Expedito Nogueira Marinho bem se adeqúa a essa etimologia: quando 
cai sobre uma folha de papel uma gota de azeite, esse papel ou qualquer outra substância 
porosa fica ungida ou permeada pelo óleo ao ponto de parecer ambos a mesma coisa, 
porque tanto o azeite está no papel como o papel está no azeite, de forma que ambos não 
podem serem vistos separadamente. 
Por “cristificação”, entende-se o ato ou efeito de o homem Jesus de Nazaré (de fato, 
pessoa humana) ser permeado pelo “Cristo”. Para isso ocorrer Jesus teve que ser 
efetivamente homem. Entretanto, é preciso ponderar que apesar de Jesus ter nascido, 
crescido, trabalhado, sofrido como ser humano, não viveu como todo indivíduo. O nosso 
Senhor não era o tipo de homem como os outros homens. Essa análise deve ser feita para 
não se cair nos extremismos: uns elevam Jesus, a tal ponto de perder a sua humanidade 
como faziam os docéticos do passado; outros diminuem Jesus a tal ponto de confundi-lo 
com um mero ser humano qualquer. 
A. Ser Filho do Homem: Requisito Para Ser Cristificado. O primeiro requisito para 
Jesus de Nazaré ser cristificado foi o fato de ele não ser um homem do tipo que toda a raça 
humana é. Ele foi o único homem 100% humano, enquanto o restante dos seres humanos 
são apenas semi-humanos. Por isso mesmo, enquanto Se manifestou em carne aos homens, 
Ele preferia Se auto-entitular “O Filho do Homem”. Nosso Senhor não se denominou como 
filho de homem, mas sim Filho do homem, o que significa ser ele filho de uma geração 100% 
hominal. Ele foi gerado de modo diferente do restante da humanidade. 
O título Filho do Homem freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo, lembra sua 
humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre somente no NT e com 
exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em Ezequiel (por 
toda a extensão do livro), a frase é empregada por Deus 91 vezes. Segundo o Dr. Allmen, em 
seu Vocabulário Bíblico citado por Tasker a expressão “Filho do Homem” (Jo 3.13) havia se 
tornado uma figura messiânica mais corrente. Esse é o motivo porque um exame dos textos 
evangélicos permite, quase sem possibilidade de erro, preferir que ao designar-se “Filho do 
homem” o Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo 
nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança judaica do 
“Homem dos últimos tempos”, conforme lemos em Rm 5.12-21; 1 Co 15.22, 45, 47; e 2. 5-
11). R.V.G. Tasker Professor Emérito de Exegese do Novo Testamento na Universidade de 
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Londres em sua obra Mateus - Introdução e Comentário, defende a idéia de que Cristo 
apartou para si o título em foco porque o termo expressava melhor do que qualquer outro 
vocábulo os dois lados da sua natureza. Por um lado, chamava a atenção para as limitações 
e sofrimentos a que ele estava por necessidade sujeito durante a sua existência terrena; 
como homem real (sendo que o hebraico, “filho do homem” equivale a “homem”) esteve 
abaixo dos anjos, conforme Hb 2.6,7. Por outro lado. Também sugeriaa sua transcendência, 
que se veria em toda a sua glória quando os homens vissem o Filho do homem vindo para 
juízo nas nuvens do céu e reivindicando os seus direitos de propriedade sobre todos os 
reinos de acordo com o vaticínio do profeta Daniel (Dn 7.13,14). 
B. Jesus de Nazaré Pôde ser Cristificado Porque Também é o Filho de Deus. Para os 
teólogos católicos Juan Mateos e Juan Barreto, na obra Vocabulário Teológico do Evangelho 
de São João, a terminologia “Filho do homem” indica a condição humana realizada nele com 
excelência, plenitude e unicidade que o constitui em modelo de homem, o vértice da 
humanidade. Em outro momento da obra, apesar de os autores recomendarem cautela ao 
interpretar essa expressão. Admitem que “Homem” acompanhado do artigo definido “o” no 
Evangelho segundo escreveu João, ou seja, “O homem” (o Filho do homem) aparece no texto 
joanino doze vezes: 1.51; 3.13,14; 6.27,53,62; 8.28; 9.35; 12.12,34; 13.31. A passagem mais 
destacável é Jo 6.27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que 
permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, 
imprimiu o seu selo” (grifo nosso). Aqui o Filho do homem, distingui-se dos outros homens 
por estar marcado com o selo de Deus. Este selo é O Espírito, que recebeu em plenitude, 
conforme Jo 1.32,33. 
Ora, a visão de João Batista que descreve a descida do Espírito Santo é a explicação 
em forma de narrativa da afirmação teológica de Jo 1.14: “E o Verbo se fez carne, e habitou 
entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do 
Pai”. A glória identifica-se com o Espírito e sua comunicação se realiza e caracteriza o 
projeto de Deus feito homem (vemos que em Jo 1.1c “um” Deus era o projeto. O filho do 
Homem significa pois nos lábios de Jesus, sua própria humanidade que possui a plenitude 
do espírito, o projeto divino sobre o homem realizado nele, o modelo de homem, o ‘vértice 
humano. É a realidade de Jesus vista desde baixo, desde sua raiz humanam, que se ergue 
até à absoluta realização pela comunicação do Espírito. O seu correlativo é o título “o Filho 
de Deus”, que significa a mesma realidade vista de cima, desde de Deus, designado o que é 
totalmente semelhante a ele e possui a condição divina. 
Nessa linha de análise, a expressão “o Filho de Deus” designa Jesus como o que 
possui a plenitude do Espírito de Deus, denotando a relação particular e exclusiva que 
Jesus tem com o Pai. a expressão encontra-se pela primeira vez nos lábios de João Batista, 
expressando o efeito da descida do Espírito sobre Jesus, conforme Jo 1.32-34. A esta 
consagração com o Espírito o próprio Jesus associa a sua qualidade de Filho de Deus, 
consoante Jo 10.36. A condição de Filho de Deus, unidade à de Messias, constitui a 
profissão de fé da comunidade cristã. Logo, Jesus de Nazaré pôde ser cristificado porque 
também é o Filho de Deus. 
 
3.2. O Tipo de Fecundação que Formou o Corpo do Senhor Jesus 
Cristo 
Como já discorri anteriormente Jesus de Nazaré não se auto-intitulou como filho de 
homem, mas sim Filho do homem, o que denota ser ele filho de uma geração 100% hominal. 
Para se entender isso é preciso distinguir a forma comum com que a espécie humana é 
gerada e o modo sobrenatural pelo qual “o Verbo se fez carne”. 
A. Geração Natural. Fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado - 
a penetração de um espermatozóide em um óvulo. Nesse sentido, fecundar é comunicar a 
(um germe) o princípio, a causa imediata do seu desenvolvimento; é conceber, gerar alguém. 
Poucas maravilhas da natureza podem ser comparadas ao mágico instante da concepção da 
vida humana. O encontro entre o óvulo e o espermatozóide e marcado na Trompa de 
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Falópio. Lá o óvulo, em repouso, espera pacientemente a chegada de um espermatozóide 
para ser fecundado e posteriormente tornar-se um bebê. 
O milagre da criação natural deve ocorrer dentro de 24 horas, caso contrário como 
declara a escritora Déborah Fonseca “tudo se resumirá a um rio de sangue”, com a chegada 
da menstruação. De outro lado, bem próximo, no momento do orgasmo masculino cerca de 
400 milhões de espermatozóides são liberados e partem em ritmo alucinado para fazer 
cumprir sua missão de criar um novo ser humano,. Alguns podem levar horas até 
percorrerem os 18 centímetros entre a vagina e as trompas. Os mais afoitos, porém, 
conseguem chegar em questão de segundos. Há ainda outros, sem a mesma sorte, que 
acabam ficando pelo caminho presos nas cavidades do útero. Apenas um pequeno grupo 
vence todos os obstáculos e chega próximo ao óvulo. Sem hesitar um só instante, um dos 
espermatozóides se adianta aos outros e penetra o óvulo. Imediatamente, a composição 
química do óvulo se altera e impede a passagem de outros. É o fim desta incrível jornada e o 
início de uma nova vida. Glória ao Criador! 
A forma pela qual a raça humana é fecundada é a hiloplasmática. O prefixo “hilo” vem 
do vocábulo “hily” que significa matéria; e “plasmática” origina-se de “plasmar” que quer 
dizer “formar”. Essa análise etimológica nos leva a concluir que um corpo “hilo-gerado” é um 
corpo gerado pela matéria. Entende-se por matéria nesse contexto substância física, ou com 
mais aprofundamento, pelo ponto de vista filosófico da expressão, o que dá realidade 
concreta a uma coisa individual, que é o objeto de intuição no espaço e dotado de uma 
massa mecânica. Como vimos acima a forma com que uma pessoa é gerada é um estupendo 
milagre. Mas, por mais maravilhoso (e não deixa de ser um milagre) que seja nosso Senhor 
Jesus teve uma geração muito mais maravilhosa que essa, como veremos adiante. 
B. Geração Sobrenatural. Se a produção de um ser humano natural já é estupenda e 
miraculosa, muito mais nos deixa estupefatos a forma com que “o Verbo se fez carne e 
habitou entre nós”. É o chamado milagre da regressão, que o Apóstolo Paulo bem descreveu 
de um modo até poético aos crentes em Filipos, quando expôs a profunda doutrina da 
necessidade de o cristão manter-se humildade em seu coração à semelhança de “Cristo 
Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que 
se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se 
semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, 
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fp 2.5-8). 
Como expus anteriormente a fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é 
gerado - no caso natural ocorre com a penetração de um espermatozóide em um óvulo, 
comunicando-lhe a causa imediata do seu desenvolvimento. Mas o nosso Senhor Jesus não 
foi fecundado pelo modo hiloplasmático como comentei anteriormente. Sua geração foi 
bioplasmática. Analisemos a etimologia do termo “bioplasmática”. A palavra “bios” em grego 
é “vida” e relembrando o sufixo “plasmática” vem de “plasmar” que quer dizer “formar”. 
Significa dizer que um corpo “bioplasmático” é um corpo formado pela vida. Logo, Jesus foi 
gerado pela vida. 
A geração bioplasmática por certo fora a maneira com qual Deus planejara a 
procriação da espécie humana a partir de Adão, entretanto, tal plano foi frustrado pelo fato 
de o primeiro homem não ser aprovado no teste de fidelidade aplicado pelo Senhor. O 
pecado interrompeu o projeto de procriação pela vida planejado pelo Criador. Em contra 
partida, Jeová pôde executar o seu plano de geração do ser através da encarnação do Verbo 
divino. O Filho de Deus não foi gerado pela matéria, por isso, pôde se auto-entitular de Filho 
do Homem. Jesus de Nazaré foi o maior homem que já pisou a face da Terra. 
Talvez a idéia acima fique estranha ao leitor apressado da Bíblia que lendo o Santo 
Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu São Lucas vê a própria declaração de Jesus 
acerca de um profeta“... entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João 
Batista” (Lc 7.28). Jesus sabia que Ele próprio era o maior ser humano da face da terra (o 
único 100% homem), mas também tinha consciência que não tinha provindo a carne de 
Maria e muito menos de José. Conforme vemos em Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Virá 
sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que 
há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. Falando de modo reverente, Gabriel diz 
que o Espírito Santo descerá sobre Maria e que o poder do Altíssimo a envolvera. 
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Alguns exegetas esclarecem essa passagem bíblica de modo peculiar. Leon Morris 
ensina que esta expressão delicada exclui idéias grosseiras de uma “união” entre o Espírito 
Santo com Maria. Gabriel deixa claro que a concepção de Maria será o resultado de uma 
atividade divina. Por causa disso, o filho a ser nascido seria “santo... o Filho de Deus”. A 
nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém esclarece que a expressão “o poder do Altíssimo te 
cobrirá com a sua sombra” evoca, seja nuvem luminosa de Jeová, conforme Ex 13.22, 
19.16, 24.16), seja as asas do pássaro que simbolizam o poder protetor (Sl 17.8; 57.2; 
140.8) e criador (Gn 1.2) de Deus. Merril Tenney assevera que em contraste com as lendas 
pagãs da antigüidade relacionadas com reputada descendência de deuses homens, não 
houve nenhuma intervenção física. O Espírito Santo, por meio de uma ato criador no corpo 
de Maria, providenciou os meios físicos para a encarnação. O teólogo E. F. Kevan ensina que 
o Espírito Santo desceu sobre a virgem Maria em Sua capacidade como poder criativo de 
Deus, conforme Gn 1.2, a encarnação foi o começo de uma nova criação. O “poder do 
Altíssimo” cobriu-a livre de toda a mancha do pecado. Ainda que verdadeiramente da raça 
de Adão, Jesus no entanto nasceu como Cabeça, sem pecado, de uma nova raça. As 
palavras de Gabriel: “Será chamado Filho de Deus”, dão base à filiação divina do filho de 
Maria quando de Sua concepção pelo Espírito divino. Isso não implica, nem tão pouco exclui 
a sua preexistência. Seu resultado é visto na consciência da paternidade de Deus que Jesus 
possuía desde Seus anos primordiais. Portanto, o homem Jesus não fora gerado pela 
matéria, mas sim, pela vida. Não foi contaminado com o elemento pecaminoso que havia em 
Maria. 
Por outro lado, os homens naturais são “gerados pela carne e pelo sangue”, por isso 
são mortais como todo animal, mas, o Senhor Jesus possuía em si a imortalidade. Prova 
disso foi o que Ele mesmo revelou acerca dessa verdade: “...dou a minha vida para a 
retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a 
dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). 
Somente tem legitimidade para falar dessa maneira quem possui em si a imortalidade. Isso 
corrobora a verdade de que Jesus foi gerado de um modo 100% humano e 0% animal, em 
função disso, ele intitula a si mesmo de “O filho do Homem”. 
 
3.3. A Natureza Humana de Cristo 
1. Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8). 
2. Feito da Semente de Davi: 
o Sem (Gn.9:27). 
o Abraão (Gn.12:1-3). 
o Isaque (Gn.26:2-5). 
o Jacó (Gn.28:13-15). 
o Judá (Gn.49:10). 
o Davi (IISm.7:12-16). 
Crescimento e Desenvolvimento Naturais 
1. Vigor Físico (Lc.2:52). 
2. Faculdades Mentais (Lc.2:40). 
Aparência Pessoal (Jo 4:9). 
Natureza Humana Completa 
1. Corpo (Mt.26:12). 
2. Alma (Mt.26:38). 
3. Espirito (Lc.23:46). 
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Limitações Humanas 
1. Limitações Físicas: 
o Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28). 
o Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5). 
o Fome (Mt.21:18). 
o Sede (Jo.19:28). 
o Sofrimento e Dor (Lc.22:44). 
o Sujeição à Morte (ICo.15:3). 
2. Limitações Intelectuais: 
o Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52). 
o Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13). 
o Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32). 
3. Limitações Morais (Hb.2:18;4:15). 
4. Limitações Espirituais: 
o Dependia das Oraçes (Mc.1:35). 
o Dependia do Espirito Santo (At.10:38; Mt.12:28). 
Nomes Humanos 
1. Jesus (Mt.1:21). 
2. Filho do Homem (Lc.19:10). 
3. O Nazareno (At.2:22). 
4. O Profeta (Mt.21:11). 
5. O Carpinteiro (Mc.6:3). 
6. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5). 
Relação Humana com Deus 
1. Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava 
com Deus (Mc.15:34). 
2. Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos 
divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua 
natureza divina; não houve autoextinção. Também o Ser divino não se tornou 
humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser 
Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o 
uso independente do Seu poder para depender do Espirito Santo. 
 
3.4. A Natureza Divina de Cristo 
Nomes Divinos 
1. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8). 
2. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36; 
3. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6). 
4. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9). 
5. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18). 
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6. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21). 
7. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10). 
8. Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em grego é 
Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas 
humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e 
somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36; 
IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16). 
Pelo Culto Divino que lhe é Atribuído 
1. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10). 
2. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52). 
3. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 
com Fp.2:10,11). 
4. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8-10). 
Pelos Ofícios Divinos que lhe Foram Atribuídos 
1. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16). 
2. Preservador (Cl.1:17). 
3. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49). 
4. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com 
IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA 
= Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; 
Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2). 
Pela Associação de Jesus, o Filho, com o Nome de Deus Pai (IICo.13:14; ICo.12:4-
6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19). 
 
3.5. Atributos Divinos que lhe são Atribuídos 
Atributos Naturais 
1. Onisciência (Jo.1:47-51; 4:16-19,29; 6:64; 16:30; 8:55; Jo.10:15; 21:6,17; 
Mt.11:27; 12:25; 17:27; Cl.2:3). 
2. Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23). 
3. Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8). 
4. Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2). 
5. Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6). 
6. Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27). 
7. Auto-Existência (Jo.1:1,2). 
8. Espiritualidade (IICo.3:17,18). 
Atributos Morais 
1. Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24). 
2. Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1). 
3. Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20). 
 
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3.6.Títulos Dados Igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo 
1. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; 
Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; 
Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20). 
2. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20). 
3. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6). 
4. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; 
Tt.2:13; Jd.25). 
5. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23). 
6. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo 
(Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5). 
7. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), 
Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5). 
8. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5). 
9. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus 
Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18). 
10. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus 
Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6). 
11. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6). 
12. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo 
(IJo.4:14). 
13. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo 
(Is.41:14;43:3;47:4;54:5). 
14. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo 
(Ap.17:14;19:16). 
15. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58). 
16. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo 
(Ap.1:11,17;2:8;22:13). 
17. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus 
Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9). 
18. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20). 
 
3.7. Obras Atribuídas Igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo 
1. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; 
At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; 
Hb.1:2,10). 
2. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus 
Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1) 
3. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18). 
4. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo 
5. (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21). 
6. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29). 
 
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3.8. A Unipersonalidade de Jesus Cristo 
Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No 
entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ou Pessoas, 
sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma. Jesus Cristo é uma 
só Pessoa em duas naturezas distintas, porém unidas. 
 
3.9. Aspectos Médicos da Crucificação de Jesus Cristo 
Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu? 
EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturar 
Latim: ex: “sobre, por causa de” / cruciar: “cruz; por causa da cruz" 
O tom dessa apresentação poderá ser melhor resumida dentro da palavra "excruciar", 
(a raiz da palavra "cruciante") a qual se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. 
As raízes em Latim da palavra são:"ex", que significa por causa de ou sobre, e "cruciar", que 
significa cruz. A palavra "excruciar" vem do Latim para "por causa de, ou sobre, a cruz". 
(Websters) 
Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos lugares em 
Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de Jerusalém. Na última ceia, Ele 
disse aos discípulos que Seu corpo e Seu sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26-
29) Saindo Ele da cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de volta 
para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por Anás, antigo sumo 
sacerdote, e Caifás, genro de Anás. Posteriormente, Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi 
declarado culpado de blasfêmia ao se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena 
de morte. Sendo que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele foi 
mandado a Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não encontrando nada de errado, 
mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressão 
da multidão, então ordenou que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente 
conduzido para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário. 
 
A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO 
É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento que Ele 
enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um carpinteiro e viajando por 
toda a região durante Seu ministério requeria que Ele estivesse em boas condições físicas. 
Antes da crucificação, entretanto, Ele foi forçado a andar 4 quilômetros depois de uma noite 
sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis julgamentos, foi 
escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e foi abandonado por seus amigos e seu 
Pai. (Edwards) 
 
O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR 
O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a 
Ultima Ceia, Aonde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu corpo e sangue 
seria dado.(Mateus. 26:17-29) Hoje em Jerusalém, qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo 
ou Cenaculum (latim para sala de jantar), um quarto que esta construído sobre onde 
acredita-se ser o local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção da 
velha cidade. 
GETSÊMANE: prensa de óleo 
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E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes 
gotas de sangue, que caíam sobre o chão. "o Espirito de Deus... esmagado" (Lucas 
22:44). 
Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade aonde passou algum tempo em 
oração no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas antigas árvores de oliva, 
algumas delas podem ter crescido das raízes das árvores que estavam presentes na época de 
Jesus. (Todas as árvores em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos 
conquistaram a cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e 
viver por milhares de anos.) O nome "Getsêmane", vem do Hebreu Gat Shmanim, significa 
"prensa de óleo" (Kollek). Desde que "óleo" é usado na Bíblia para simbolizar o Espirito 
Santo, pode-se dizer então que o jardim é onde "o Espirito de Deus foi esmagado". (Missler). 
Era aqui que Jesus agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que 
este é o único lugar na Bíblia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra "agonia" é 
mencionada. (Strong's Concordance) A palavra Grega para agonia significa "empenhado em 
combate" (Pink) Jesus agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que Ele está ao 
ponto de morrer (Marcos14:34). Contudo Ele orava, "Não se faça a minha vontade, mas a 
tua." 
De importância médica, é que Lucas menciona Ele tendo suado sangue. O termo 
médico para isto, "hemohidrosis" ou "hematidrosis" tem sido visto em pacientes que 
experimentaram extremo stress ou choque nos seus sistemas. (Edwards) Os capilares em 
volta dos poros suados tornam-se frágeis e começam a pingar sangue no suor. Um caso na 
história é descrito em que uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira 
guerra mundial, desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na 
casa vizinha adela. (Scott) Outro relatório menciona uma freira que, ao estar ameaçada de 
morte pelas espadas dos soldados inimigos, "estava tão aterrorizada que ela sangrava por 
toda parte do seu corpo e morreu de hemorragia na presença de seus 
atacantes."(Grafenberg) Em memorial ao sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em 
Getsêmane é conhecida como a Igreja da Agonia. (também chamada de Igreja das Nações 
porque muitas nações doaram dinheiro para sua construção).(Kollek) 
 
ABANDONADO PELOS HOMENS 
Mateus 26:56b: "Então todos os discípulos, deixando-o fugiram." 
Salmos 22:11: "Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem 
acuda." 
Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos Judeus. 
Todos os seus discípulos o abandonaram, até mesmo ao custo de ter que correr nu (Marcos 
14:51-52). Ele é preso (João 18:12) então levado de volta para a cidade e para corte do Sumo 
Sacerdote, aonde é localizada perto do Cenáculo. 
 
4 - ASPECTOS ILEGAIS DO 
JULGAMENTO DE JESUS 
A seguir estão alguns dos aspectos ilegais do julgamento de Jesus: 
 Os julgamentos poderiam ocorrer somente nos lugares de reunião regular do 
Sinédrio (não no palácio do Sumo Sacerdote) 
 Os julgamentos não podiam ocorrer na véspera do Sabat ou de Festas e nem a 
noite 
 Uma sentença de "culpado" somente poderia ser pronunciada no dia seguinte ao 
julgamento 
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4.1. A Introdução das Testemunhas 
Deut 19:15: "Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer 
iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou 
de três testemunhas se estabelecerá o fato." 
Deut 17:6: "Pela boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de 
morrer; pela boca duma só testemunha não morrerá." 
Marcos 14:56: "Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos 
não concordavam." 
Enquanto na corte do Sumo Sacerdote, Ele foi questionado por Anás (João 18:13) e 
golpeado por um soldado (João 18: 22). Ele foi trazido então a Caifás e ao Sinédrio, que 
procuravam por Jesus à morte pelo testemunho falso de muitas testemunhas. As 
testemunhas trazidas contra Ele não concordavam. Pela lei, ninguém poderia ser posto a 
morte sem a concordância de duas ou três testemunhas nos seus testemunhos. Embora as 
testemunhas não concordassem, Ele foi considerado culpado de blasfêmia quando Ele lhes 
disse de Sua identidade como Filho de Deus. Ele foi sentenciado a morte. Jesus sofreu 
escarnecimento dos guardas do palácio, que cuspiram nEle, bateram nEle e esbofetearam 
Sua cara. (Marcos 14:65.) Durante o julgamento, Pedro nega-Lhe três vezes. Os 
procedimentos do julgamento de Jesus violaram muitas das leis da Sua sociedade. Entre 
algumas das outras leis violadas estão: (Bucklin) 
Nenhum aprisionamento poderia ser feito a noite. 
1. À hora e a data do julgamento eram ilegais porque ocorreu a noite e na véspera do 
Sabat. Neste momento impossibilitando alguma chance para o requerimento da 
suspensão da pena no dia seguinte ao evento da condenação. 
2. O Sinédrio era sem autoridade para incitar acusações. Era somente suposto para 
investigar acusações trazidas perante ele. No julgamento de Jesus, a própria corte 
formulou as acusações. 
3. As acusações contra Jesus foram mudadas durante o julgamento. Ele foi 
inicialmente acusado de blasfêmia baseado na sua declaração de que poderia 
destruir e reconstruir o Templo de Deus dentro de três dias, e também de ser Filho 
de Deus. Quando Ele foi trazido perante Pilatos, a acusação era que Jesus era um 
Rei e não defendia o pagamento de impostos aos Romanos. 
4. Como indicado acima, a exigência de duas testemunhas de acordo para condenar 
a pena de morte não foi cumprida.. 
5. A corte não se reuniu no regular local de reuniões do Sinédrio, como é requerido 
pela lei Judia. 
6. À Cristo não foi permitido uma defesa. Pela a lei judia, deveria ter ocorrido uma 
busca exaustiva nos fatos apresentados pelas testemunhas. 
7. O Sinédrio pronunciou a sentença de morte. Pela a lei, ao Sinédrio não era 
permitido condenar e colocar a pena de morte em efetivo. (João 18:31) 
Hoje, se pode visitar o palácio do Sumo Sacerdote. Aonde se pode estar no meio das 
ruínas do pátio. E está disponível um modelo das estruturas do palácio no tempo de Jesus. 
4.2. O Veredicto de Pilatos 
Marcos 15:15 - "Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e 
tendo mandado açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado." 
O Sinédrio reuniu-se cedo na manhã seguinte e sentenciou-O a morte.(Mateus 27:1) 
Jesus foi levado perante a Pilatos, porque aos judeus não era dado como aos romanos o 
direito de realizar execuções. A acusação foi agora mudada para a alegação que Jesus 
reivindicava ser Rei e proibia a nação de pagar impostos a César. (Lucas 23:5) Apesar de 
todas as acusações, Pilatos não encontrou nada errado. Ele mandou Jesus a Herodes. Jesus 
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ficou calado perante Herodes, exceto para afirmar que Ele é o Rei dos Judeus. Herodes 
mandou-O devolta a Pilatos. Pilatos é incapaz de convencer a multidão da inocência de 
Jesus e ordena Jesus a ser posto a morte. Algumas fontes indicam que era lei romana, que 
um criminoso que estava para ser crucificado teria que primeiro ser chicoteado. (McDowell) 
Outros acreditam que Jesus foi primeiramente chicoteado por Pilatos na esperança de livra-
Lo através de uma punição mais leve.(Davis) Apesar do seu esforços, os Judeus permitiram 
que Barrabás fosse liberado e exigiram que Jesus fosse crucificado, ainda gritando que, "O 
Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25) Pilatos entrega Jesus para 
ser chicoteado e crucificado. 
É neste momento que Jesus sofre um violento espancamento físico. (Edwards) 
Durante as chicotadas, a vitima era amarrada a um poste, deixando suas costas 
inteiramente exposta. Os Romanos usavam um chicote, chamado flagrum ou flagellum o 
qual consiste em pequenas partes de osso e metal unidos a vários cordões de couro. O 
número de chicotadas não é registrado nos evangelhos. O número de golpes na lei judia foi 
estabelecido em Deuteronômio 25:3 em quarenta, mas mais tarde reduzido a 39 para 
prevenir golpes excessivos por um erro de contagem. (Holmans). A vítima frequentemente 
morria por causa do espancamento. (39 golpes acreditava-se trazer o criminoso a "um da 
morte".) A lei romana não colocava nenhum limite sobre o número de golpes a se dar. 
(McDowell) Durante as chicotadas, a pele era arrancada das costas, expondo uma massa 
ensanguentada de músculo e osso ("hambúrguer": Metherall). Ocorria extrema perda de 
sangue pelo espancamento, enfraquecendo a vítima, às vezes, ao ponto de ficar 
inconsciente. 
4.3. Soldados Romanos Escarnecem e Batem em Jesus 
Mateus 27:28-30 (Os soldados) despiram-No e colocaram-No um manto escarlate 
então trançaram uma coroa de espinhos e fixaram em sua cabeça. Eles colocaram uma 
cajado na Sua mão direita e ajoelharam-se na Sua frente e O escarnecia dizendo: "Salve, rei 
dos judeus!". Eles cuspiram nEle, e pegaram o cajado e golpearam-O na cabeça várias vezes. 
Jesus foi então espancado pelos soldados romanos. No escarnecimento, eles vestiram-No no 
que era provavelmente a capa de um oficial romano, o qual era de cor roxo escuro ou 
escarlate. (Bíblia Amplificada) Ele também usava a coroa de espinhos. Ao contrário da coroa 
tradicional a qual é descrita por um anel aberto, a verdadeira coroa de espinhos pode ter 
coberto o escalpo inteiro.(Lumpkin) Os espinhos podem ter tido 2.54 a 5.08 centímetros de 
comprimento. Os evangelhos indicam que os soldados romanos continuamente bateram na 
cabeça de Jesus. Os golpes dirigiramos espinhos para dentro do escalpo (uma das áreas 
mais vascular do corpo) e na testa, causando sangramento severo. 
4.4. A Coroa de Espinhos e o Manto 
Gênesis 3:17b-18: "Maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os 
dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. 
"Isaías 1:18 "Vinde, pois, e arrazoemos," diz o SENHOR. "Ainda que os vossos pecados são 
como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelho como o 
carmesim, tornar-se-ão como lã." O significado do manto escarlate e a coroa de espinhos é 
para enfatizar Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bíblia descreve o 
pecado pela cor escarlata (Isaías 1:18) e aqueles espinhos que apareceram logo depois da 
queda do homem, como um sinal da maldição. Assim, os artigos que Ele usou são símbolos 
para mostrar que Jesus tomou os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo. Não é 
claro se Ele usou a coroa de espinhos na cruz. Mateus descreve que os romanos removeram 
Suas roupas depois do espancamento, e então colocaram Suas próprias roupas de novo 
nEle. (Mateus 27:31) 
4.5. A Severidade do Espancamento 
Isaías 50:6: "Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que 
me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam". 
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Isaías 52:14: "..... Como pasmaram muitos à vista dele -- pois o seu aspecto estava tão 
desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens". 
A severidade do espancamento não é detalhada nos evangelhos. Entretanto, no livro 
de Isaías, ele sugere que os romanos arrancaram Sua barba. (Isaías 50:8) Também é 
mencionado que Jesus foi espancado tão severamente que seu aspecto não parecia como "a 
dos filhos dos homens" i.e. como uma pessoa. "O seu aspecto estava tão desfigurado que 
não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens." As pessoa ficavam 
horrorizadas ao olhar para Ele (Isaías 52:13). Seu desfiguramento talvez possa explicar 
porque Ele não foi reconhecido facilmente em Suas aparições pós ressurreição.(Missler) 
Hoje, se pode visitar o local conhecido como Lithostrotos, aonde acredita-se ser o chão da 
Fortaleza de Antônio.(todavia recente escavações talvez ponha em dúvida esta teoria 
(Gonen)) O chão está marcado para jogos uma vez jogados por soldados romanos. 
Do espancamento, Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa, para ser 
crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em 595 metros. (Edwards). Uma 
rua estreita de pedra, era provavelmente cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi 
conduzido através das ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz 
(chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal provavelmente 
pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda dos soldados romanos, o qual 
carregava uma placa que anunciava Seu crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em 
Latim e em Grego. No caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que 
Ele talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Uma queda com o 
pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado uma contusão do coração, 
predispondo Seu coração a ruptura na cruz. (Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da 
África (Tripoli)), que aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar. 
A presente Via Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi 
conduzido a Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a verdadeira 
localização da Via Dolorosa é disputada. Muita da tradição a respeito do que aconteceu a 
Jesus é encontrada na Via Dolorosa hoje em dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram 
e 9 igrejas no caminho hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. 
(Magi) Hoje em dia, há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que foram 
usadas durante a época de Jesus. 
4.6. Sofrimento na Cruz 
Salmo 22:16-17: " Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; 
transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e 
ficam a mirar-me." 
 O evento da crucificação é profetizado em diversos lugares por todo o Velho 
Testamento. Um dos mais impressionantes é narrado em Isaías 52:13, aonde ele diz que, 
"Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime." 
Em João 3, Jesus fala sobre o cumprimento dessa profecia quando Ele diz, "E como Moisés 
levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para 
que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna." Ele refere aos eventos narrado em 
Números 21:6-9. O Senhor tinha mandado uma praga de serpentes impetuosas no povo de 
Israel e morderam o povo de modo que muitas pessoas morreram. Depois que o povo 
confessou seus pecados a Moisés, o Senhor perdoou eles tendo feito uma serpente de 
bronze. O bronze é um símbolo do julgamento e a serpente é um símbolo da maldição. 
Quem quer que fosse mordido por uma serpente e então olhasse a serpente de bronze, era 
salvo da morte. Estes versos são profecias que apontam a crucificação, em que Jesus seria 
(levantado) na cruz para julgamento do pecado, para que todo aquele que nele crê não 
pereça, (a morte eterna) mas tenha a vida eterna.II Cor 5 :21 Amplifica este ponto, nisso 
"Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que Nele fôssemos feitos 
justiça de Deus."(Pink) É interessante que o símbolo de Aesculapius que é o símbolo da 
profissão médica hoje em dia, teve suas raízes da fabricação da serpente de 
bronze.(Metherall) Certamente, Jesus é quem cura a todos! Jesus é conduzido ao lugar da 
caveira (Latim: Calvário, Aramaico: Golgota) para ser crucificado. A atual localização do 
Calvário está também em disputa. No fim da Via Dolorosa, há uma "T bifurcação ". Se 
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virarmos a esquerda, nós iremos a Basílica do Santo Sepulcro. Se virarmos para direita, nós 
iremos ao Calvário de Gordon. A Basílica do Santo Sepulcro tem se acreditado por muito 
tempo ser o local tradicional da crucificação. 
Calvário de Gordon possivelmente tem uma razão profética para ser o lugar da 
crucificação. Em Gênesis 22, Abraão é testado por Deus para sacrificar Isaque no topo da 
montanha. Percebendo que ele estava agindo fora da profecia, que "Deus proverá para si o 
Cordeiro", Abraão chama o lugar do evento de "Jeová-Jiré", "No monte do senhor se 
proverá." Se nós pegarmos isso como evento profético da morte de Jesus, então Jesus 
morreu no terreno mais elevado de Jerusalém. Calvário de Gordon é o ponto mais elevado 
de Jerusalém, 777 metros acima do nível do mar. (Missler: Map from Israel tour book) Hoje 
em dia, no Calvário de Gordon, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão 
ao local a aparência de uma caveira. 
Jesus foi então crucificado. Crucificação era uma prática que se originou com os 
Persas e foi mais tarde passado para os Carthaginians e os fenícios. Os romanos 
aperfeiçoaram como um método de execução o qual causava máxima dor e sofrimento em 
um período de tempo. Aos crucificados incluíam escravos, provincianos e os tipos mais 
baixos de criminosos. Cidadãos romanos, exceto talvez para soldados que desertavam, não 
eram sujeitados a esse tratamento. (McDowell) 
O local da crucificação "era escolhido propositadamente para ser fora dos muros da 
cidade porque a Lei proibia tais de ser dentro dos muros da cidade... por razões sanitárias... 
o corpo crucificado era as vezes deixado para apodrecer na cruz e servir como uma desonra, 
um convincente aviso e dissuasivopara os que ali passavam." (Johnson) Às vezes, o 
subordinado era comido quando vivo e ainda na cruz por bestas selvagens. (Lipsius) 
O Procedimento da crucificação pode ser resumido conforme o seguinte. O patibulum 
era colocado sobre a terra e a vitima colocada em cima dele. Os pregos, com 
aproximadamente 18 centímetros de comprimento e com 1 cm de diâmetro eram cravados 
nos pulsos. Os pregos entrariam na proximidade do nervo mediano, causando que choques 
de dor fosse irradiado por todo o braço. Era possível colocar os pregos entre os ossos de 
modo que nenhuma fratura (ou ossos quebrados) ocorressem. Estudos tem mostrado que os 
pregos provavelmente estiveram cravados através dos ossos pequenos do pulso, desde que 
pregos na palma da mão não suportariam o peso de um corpo. Em terminologia antiga, o 
pulso era considerado ser parte da mão. (Davis) Posicionado no local da crucificação 
estariam postes em pé, tendo aproximadamente 2.15 metros de altura.(Edwards) No centro 
dos postes estava um ordinário assento, chamado sedile ou sedulum, no qual servia como 
suporte para a vítima. O patibulum era então levantado sobre os postes. Os pés eram então 
pregados aos postes. Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados 
lateralmente, deixando numa posição muito desconfortável. O titulo era pendurado sobre a 
cabeça da vitima. 
Havia diversos tipos diferentes de cruzes usadas nas crucificações. Na época de Jesus, 
era mais provável que a cruz usada fosse no formato de T (ou "tau" cruz,), não a popular 
cruz no formato t a qual é aceita nos dias de hoje.(Lumpkin) 
4.7. Sofrimento Físico na Cruz 
Salmos 22:14-15: "Como água me derramei, e todos os meus ossos se 
desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A 
minha força secou-se como um caco e a língua se me pega ao paladar; tu me puseste no pó 
da morte." 
Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de severa 
hipovolemia pela perda de sangue. Os versos acima descrevem Seu estado desidratado e a 
perda de Sua força. 
Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma tremenda tensão posta sobre os 
pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos 
cotovelos.(Metherall) Os braços, sendo preso para cima e para fora, prendendo a caixa 
torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificulta extremamente o exalar, e 
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impossibilitava ter completa inspiração do ar. A vítima poderia apenas ter pequenas 
respiradas.(Isto talvez explique o porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava 
na cruz). Enquanto o tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de oxigênio e 
posição fixa do corpo, passariam por severas cãibras e contrações espasmódicas. 
4.8. Abandono por Deus – Morte Espiritual 
Mateus 27:46: "Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá 
sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" 
Com o pecado do mundo sobre Ele, Jesus sofreu a morte espiritual (separação do 
Pai).Isaías 59:2 diz que o pecado causa separação de Deus, e que Ele esconde Sua face de 
vós de modo que Ele não ouça. O Pai teve que virar a face de Seu Filho Amado quando 
estava na cruz. Pela primeira vez, Jesus não dirige a Deus como Seu Pai. (Courson) 
4.9. Morte por Crucificação – Lenta Sufocação 
 Respiração superficial causando colapso em pequenas áreas do pulmão. 
 Diminuição do oxigênio e aumento de gás carbônico causando acides nos tecidos. 
 Líquido formado nos pulmões. Piorando a situação citada na 2ª etapa. 
 O coração é estressado e eventualmente para. 
O lento processo do sofrimento e conseqüência da morte durante a crucificação pode 
ser sumariado como segue: 
"... aparentemente parece que o mecanismo da morte na crucificação era asfixia. A 
corrente de eventos no qual conduziram finalmente a asfixia são as seguintes: Com o peso 
do corpo que está sendo suportado pelo sedulum, os braços eram puxados para cima. 
Causando o intercostal e o músculo peitoral a ser esticado. Além disso, o movimento destes 
músculos era oposto pelo peso do corpo. Com os músculos respiratórios esticados assim, a 
respiração torna-se relativamente fixa. Enquanto dispnea desenvolve e dor nos pulsos e 
braços aumentam, a vítima era forçada a levantar o corpo do sedulum, transferindo desse 
modo o peso do corpo aos pés. A respiração tornam-se mais fácil, mas com o peso do corpo 
sendo exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas aumentava. Quando a dor se tornava 
insuportável, a vítima repentinamente abaixava outra vez para o sedulum com o peso do 
corpo puxando os pulsos e outra vez esticando os músculos intercostal. Dessa maneira, a 
vítima alterna entre levantar seu corpo do sedulum a fim de respirar e repentinamente 
abaixando no sedulum para aliviar a dor nos pés. Eventualmente, ele torna-se esgotado ou 
fica inconsciente de modo que não poderia mais levantar seu corpo do sedulum. Nesta 
posição, com os músculos respiratórios essencialmente paralisados, a vitima sufocava e 
morria”. (DePasquale and Burch) 
Devido a defeituosa respiração, os pulmões da vitima começavam a ter colapsos em 
pequenas áreas causando hipoxia e hipercarbia. Uma acides respiratória, com a falta de 
compensação pelos rins devido a perda de sangue decorrentes das numerosas surras, 
resultou em um aumento da pressão cardíaca, que bate mais rápido para compensar. 
Acumulam líquidos nos pulmões. Sob o stress da hipoxia e acides o coração eventualmente 
falha. Há diversas teorias diferentes na real causa da morte. Uma teoria declara que houve 
um enchimento do pericárdio com liquido, que pôs uma pressão fatal na habilidade do 
coração de bombear sangue (Lumpkin). Uma outra teoria declara que Jesus morreu de 
ruptura cardíaca." (Bergsma) A real causa da morte de Jesus , entretanto, "pode ter sido por 
múltiplos fatores e relacionado primeiramente a choques hipovolemicos, exaustante asfixia e 
talvez aguda falha cardíaca."(Edwards) Uma fatal arritmia cardíaca pode ter causado o 
evento terminal. (Johnson, Edwards) 
CRISTOLOGIA - 21 
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4.10. Uma Última Bebida do Vinagre 
João 19:29-30: "Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de 
hissopo uma esponja ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca. Então Jesus, depois de 
ter tomado o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espirito.” 
Tendo sofrido severa perda de sangue de suas numerosos espancamentos e desta 
forma em um estado desidratado, Jesus, em uma das suas últimas declarações, diz "Tenho 
sede." Foi 2 vezes oferecido bebida a Ele na cruz. A primeira, na qual Ele recusou, era vinho 
veja Vinho nos tempos de Jesusdrogado (misturado com mirra) veja também Aspéctos 
Médicos da Morte de Jesus. Ele escolheu enfrentar a morte sem uma mente turvada. 
Edersheim escreve: 
"Era uma prática de misericórdia Judaica dar aqueles conduzidos à execução uma 
poção de um forte vinho misturado com mirra para entorpecer a consciência". Esta função 
caritativa era realizada à custa de, se não por, uma associação de mulheres em Jerusalém 
(Sanh. 43a). A poção foi oferecido a Jesus quando Ele alcançou Gólgota. Mas tendo 
provado... Ele não beberia... Ele encontraria com a Morte, mesmo no seu mais severo e 
violento modo, e conquistar submetendo-se ao todo”. 
A segunda bebida, a qual Ele aceita momentos antes da Sua morte, é descrita como 
um vinagre de vinho. É importante notar Dois pontos. A bebida foi dada em "cana da planta 
de hissopo". Lembre-se que estes eventos ocorreram na festa da Páscoa. Durante esta festa, 
(Êxodo 12:22) hissopo foi usado para aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa nos umbrais 
de

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